I SIMPÓSIO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS do PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS SAN TIAGO DANTAS (UNESP, UNICAMP e PUC-SP)

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1 A ESCOLA INGLESA E A PREOCUPAÇÃO COM A VARIÁVEL DOMÉSTICA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: UMA QUESTÃO DE EVOLUÇÃO RODRIGO TORRES DE ARAÚJO LIMA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INTRODUÇÃO O objetivo principal desse trabalho é analisar elementos teóricos constitutivos da Escola Inglesa de Relações Internacionais a fim de entender como ela aborda a questão da relação entre a política doméstica e a política externa dos países. A motivação principal para esse estudo emergiu após observações de obras da literatura inglesa, quando foi possível perceber um enorme déficit desse tipo de abordagem. A partir dessa constatação, buscou-se entender as razões desse déficit. Para isso, foi feita uma análise dos elementos e conceitos que circundam os principais autores ingleses de Relações Internacionais, tanto em seu período clássico como nas obras mais recentes. A partir daí, buscou-se entender se a prioridade estruturalista dessa escola se dá por uma incompatibilidade de seus conceitos com os elementos próprios dos estudos de relações internacionais sobre política doméstica ou por razões de tradição e evolução. Para isso o trabalho foi dividido em algumas etapas. Inicialmente, identificou-se como a escola francesa e as abordagens americanas tratam a questão da relação doméstico-internacional. Em seguida, foi feita uma análise geral dos principais elementos constitutivos que diferenciam a Escola Inglesa das demais abordagens. A partir daí, foi possível identificar quais os estudos da Escola que já levam em conta a relação internoexterno ainda que de forma superficial e quais abrem espaço para o seu desenvolvimento futuro. Por fim, foram identificadas as causas e as conseqüências da baixa incidência desse tipo de análise.

2 RESULTADOS OBTIDOS / ESPERADOS Relação Interno-Externo na Escola Francesa e nas abordagens americanas Antes de chegarmos a qualquer conclusão acerca das causas da baixa incidência da preocupação da relação política doméstica- política externa nas obras da escola inglesa, faz-se necessário abordar de forma breve como essa preocupação é tratada na escola francesa e nas abordagens americanas. Paralelo como esse adquire fundamental importância na medida em que nos permite entender o grau de importância que essa relação possui para esses grupos epistemológicos. A partir daí, poderemos considerá-la relevante ou não às preocupações concernentes à disciplina Relações Internacionais. Escola Francesa 1 Possuindo como principal característica a dimensão societária que dá às Relações Internacionais, a escola francesa é diferenciada não só pelos conceitos específicos com os quais trabalha, mas principalmente pela utilização de um método próprio. Esse método é baseado num sistema dual de causalidades e finalidades que interagem e se influenciam. Como conseqüência disso, surge a idéia da multicausalidade nas relações internacionais. Esse conceito nos dá a noção de que os fenômenos da vida internacional não podem ser reduzidos aos estudos da história diplomática, política ou jurídica. Da mesma forma, não terão sua amplitude abarcada com explicações universalistas. O que ocorre é uma constante interação entre o que Jean-Baptiste Duroselle 2 chamou de forças profundas e o que ele chamou de cálculo estratégico. Considerando ainda os movimentos ocorridos (como a Guerra, por exemplo) e as características de seus 1 Nesse trabalho, os estudos da Escola Francesa de Relações Internacionais foram centrados no trabalho de Jean-Baptiste Duroselle e Pierre Renouvin 2 DUROSELLE, Jean-Baptiste. Todo Império perecerá Editora UnB.

3 componentes, torna-se possível uma compreensão mais completa e real da vida internacional. Além dessa noção de fontes múltiplas e causas diversas dos fenômenos internacionais, a escola francesa se diferencia por buscar as regularidades deles e por valorizar tanto a sua singularidade mesmo com a existência de padrões comuns, eles nunca serão exatamente iguais. A irracionalidade presente nos processos decisórios também merece destaque dentre as principais preocupações desse grupo. Em sua obra Todo Império Perecerá, Jean-Baptiste Durroselle segue esse mesmo caminho. E é exatamente por conta de duas dessas características que foram analisadas que ele destaca em sua obra a importância da análise da relação política interna e política externa, reservando várias páginas exclusivamente a ela. Essas duas características que permitem a análise são a existência de múltiplas causas dos fenômenos internacionais e a irracionalidade do processo decisório, que não é conseqüência exclusiva de um cálculo racional. Logo no primeiro capítulo, onde ele analisa os componentes das relações internacionais, o autor dedica algumas páginas à Política externa e política interna. Inicialmente, mostra que é possível destacar fenômenos exclusivamente de política interna, mas que não existem atos políticos que sejam exclusivamente internacionais, não sendo também internos. Para ele, todo ato de política externa tem reflexos nas políticas domésticas dos Estados. Inclusive, destaca que essa é uma preocupação de muitos autores clássicos como Tucídides e Maquiavel. Após essa constatação, Durroselle procura corroborar sua idéia empiricamente. Exemplifica essa sua visão citando alguns casos que podem ser considerados como padrões de regularidades nesse tipo de situação: decisões tomadas com intenção de reverberar no estrangeiro, mas que tem implicações internas como financeiras, sociais e de equilíbrio de político; decisões tomadas a partir de um cálculo misto de política interna e externa; decisões de política externa tomadas para ter efeito de propaganda interna; decisões de política interna que afeta a externa como é o caso de mudanças na

4 legislação fiscal, por exemplo; e decisões internas com força de lei que proibissem a guerra hipótese considerada irrelevante aos estudiosos das relações internacionais. Ao final, Durroselle conclui: Resulta do que acaba de ser dito que toda teoria de relações internacionais implica um estudo aprofundado da política externa. (...) Assim, todos os casos de relações internacionais compreendem um elemento interno, em que os meios são conhecidos, e um elemento aleatório, que é a reação do estrangeiro. Nenhuma teoria das relações internacionais é possível se não se determinam as combinações, infinitamente variadas, entre a hierarquia e o aleatório. (Duroselle, pág. 59) Com isso, percebe-se que, para ele, um dos principais representantes da escola francesa, o elemento da política doméstica é essencial no estudo das relações internacionais. Desprezá-lo seria uma falha e uma falta à compreensão global dos fenômenos. E ainda que sua obra seja uma análise não específica do papel da política doméstica, e apesar de não considerar o papel de outros vários atores internos na formulação de política externa, pode-se perceber a clara preocupação com a relação interno-externo. Dessa forma, é possível concluir que a escola francesa não possui elementos constitutivos que sejam contraditórios ou que impeçam os estudos da política doméstica como influenciadora (e influenciada) da política externa. Inclusive, o sistema de multicausalidades serve como um estimulante a esse tipo de análise. Em adição, em termos de conteúdo, percebe-se entre seus representantes (assim como Durroselle,

5 Renouvin também analisa esse tema quando trata tanto da formulação do interesse nacional quanto das forças profundas sobre o homem de Estado) uma preocupação corrente acerca dessa relação, legitimando a importância do tema. Abordagens Americanas Apesar de não haver uma Escola Americana com preceitos e conceitos próprios, optou-se por analisar a epistemologia americana por esta conter correntes teóricas que apresentam grande preocupação com o tema. Elas serão analisadas em separado e de forma sucinta. As duas correntes clássicas da teoria política internacional americana são o realismo e o liberalismo. Em seu período original, nenhuma das duas correntes tinha preocupações com análises de política doméstica, uma vez que se atentavam mais a análises estruturais e a uma oposição racionalismo x idealismo. O primeiro autor a considerar a existência da relação política interna-política externa foi o neorealista Kenneth Waltz, em 1953, em sua obra Explaining War. Ele identificou a existência de três níveis de análises: nível sistêmico, nível estatal / societal e nível individual. No entanto, para ele, a política doméstica, que se encontrava no segundo nível, apresentava um número muito grande de variáveis, o que tornaria a análise falha. Para ele, a solução desse problema seria desconsiderá-la, uma vez que sua importância não era tão grande. E exatamente com essa justificativa que os neorealistas passaram a analisar os Estados como uma caixa-preta, ou seja, somente em seu nível sistêmico, como atores unitários. Foi com os liberais-institucionalistas que a caixa-preta do Estado foi aberta. Cabe aqui selecionar os principais autores que contribuíram à evolução dessa temática.

6 Graham Allison 3, com sua obra sobre a crise dos mísseis, criou o modelo da Política Burocrática e o modelo Organizacional. Ambos servem para entender como se dá a relação entre as burocracias dos Estados e como as decisões são tomadas a partir dessa relação. Além do papel do presidente e das outras burocracias do executivo, tenta-se entender como os interesses são formados. Robert Putnam, com sua obra Diplomacy and Domestic Politics: The Logic of Two-level Games, de 1988, lança o modelo dos Jogos de Dois Níveis, inovador por conseguir estabelecer uma relação mais direta entre os fatores domésticos e os internacionais. É um modelo Estadocêntrico, apesar de não considerar o Estado como um ente unitário. Inclusive, evidencia a heterogeneidade do ambiente interno, dando bastante importância ao papel dos atores influentes durante o processo decisório partidos políticos, grupos de interesse (econômicos ou não), classes sociais, legislativo e opinião pública. O modelo consiste na existência de dois tabuleiros onde o negociador comanda dois jogos simultâneos: um no nível internacional (chamado nível 1), jogado com o negociador de outro país; e o outro no nível doméstico (chamado nível 2), onde os grupos internos tentam convencer os líderes a adotar políticas de seu interesse, enquanto esses líderes tentam ganhar mais poder formando coalizões entre os grupos. Para que seja possível fazer jogadas no tabuleiro internacional, o ator precisa do respaldo no tabuleiro doméstico. Isso quer dizer que a política externa não pode ser desvinculada do jogo político interno. Assim, a posição defendida no nível sistêmico deve ser coincidente com o interesse nacional resultante do jogo político doméstico. Só assim haverá implementação das decisões negociadas. Esse respaldo ( ratificação, segundo o autor) por parte dos grupos domésticos é essencial para que o outro negociador perceba que as decisões tomadas podem ser 3 ALLISON, Graham. (1999), [1969], Conceptual Models and the Cuban Missile Crisis, in VIOTTI, Paul & KAUPPI, Mark.

7 implementadas. De forma análoga, o respaldo do ambiente doméstico de seu oponente é importante para saber se a implementação será factual. Helen Milner, em sua obra Interests, Institutions and Information, Domestic Politics and International Relations, busca aperfeiçoar as questões tratadas por Putnam no modelo dos Jogos de Dois Níveis, promovendo um aprimoramento teórico do mesmo. Ela parte da idéia de que a cooperação internacional é determinada pelo comportamento objetivo dos Estados que procuram criar ganhos mútuos através de ajustes políticos. Ou seja, as disputas políticas domésticas, gerando vencedores e perdedores, vão determinar a forma como a cooperação ocorrerá. A fim de entender essas complexidades, Milner identifica as três variáveis determinantes na forma de cooperação entre os Estados: a distribuição de preferências entre os atores influentes, as instituições e a distribuição de informação. Os atores relevantes do jogo político, para ela, são o executivo, o congresso e os grupos de interesse. Isso mostra que a estrutura doméstica possui grandes complexidades. Como é possível perceber, a preocupação com a relação interno-externo dentro do ambiente acadêmico norte-americano é elevada e se apresenta como um elemento moderno da disciplina. Cada dia mais autores se propõem a identificar as complexidades dessa relação, visto sua grande importância para a compreensão dos fenômenos internacionais. Escola Inglesa: Principais Elementos Constitutivos A relativa displicência em relação à necessidade de escolha de uma tradição ou de uma teoria específica para compreender a realidade e o esforço de buscar uma abordagem pluralista são, sem dúvida, suas maiores contribuições, embora certamente possa ser essa também uma de suas fraquezas. (SARAIVA, pág.133)

8 Diferentemente do que ocorre no mainstream norte-americano, a escola inglesa tradicionalmente não engessa seus debates entre correntes específicas com conceitos próprios e diferentes uns dos outros. Enquanto que neorealistas, institucionalistas e construtivistas possuem definições e noções diferentes acerca dos mesmos temas, a Escola Inglesa é fundamentalmente marcada por uma unidade conceitual, que vai além das posições intelectuais divergentes de cada grupo de autores. Assim, é imprescindível que seja feita uma revisão desses elementos que a constituem para que se compreenda melhor sua amplitude teórica, suas principais preocupações e suas características inatas. Para isso é interessante notar, ainda que de forma breve, como se deu o desenvolvimento da Escola Inglesa desde seus primórdios até os dias atuais. Uma compreensão mais global pode ser alcançada através da análise da divisão histórica de Olé Wǽver 4. O autor separa a existência da Escola em quatro fases distintas que, mesmo apresentando traços de continuidade, servem para a identificação dos diferentes traços de sua evolução. A primeira fase, de 1959 a 1966, é marcada pela atuação quase exclusiva do British Committee e pelo desenvolvimento da noção de Sociedade Internacional. A segunda fase, que vai de 1966 a 1977, é marcada pelas obras de Hedley Bull A Sociedade Anárquica e de Martin Whight Systems of States, muito importantes para o lançamento dos principais conceitos da Escola. A terceira fase, de 1977 a 1992, segundo Wǽver, representou o fim da atuação exclusiva do British Committee e o surgimento de uma nova geração de autores. Foi durante esse período que Adam Watson lançou suas duas obras principais A expansão da Sociedade Internacional e A evolução da Sociedade Internacional, que incluíram um elemento mais historicista à Escola. Além disso, Roy Jones 5 lançou o nome de Escola Inglesa a esse grupo epistemológico, sendo considerado o iniciador do processo de auto-reflexão que seguiria. A quarta e última fase, que vai de 1992 até a atualidade, é marcada pela tentativa de revisão dos 4 Waever,Olé. Four Meanings of International Society: a Trans-Atlantic Dialogue, in Roberson, B.A.. International Society and the Development of International Relations Theory.London, Jones, Roy E. The English School of International Relations: A case for closure.1981.

9 conceitos fundamentais lançados em suas duas primeiras fases, pela sua consolidação como uma vertente única da Teoria de Relações Internacionais, pela auto-avaliação e pela inclusão de novos temas nos estudos desenvolvidos. As duas primeiras fases merecem especial atenção, uma vez que foi durante esse período que os principais elementos constitutivos da Escola Inglesa foram lançados. Isso se deveu tanto à atuação do British Committee quanto às obras seminais de Martin Whight e Hedley Bull. Charles Manning e Edward Carr também foram nomes importantes na difusão das idéias compartilhadas entre os integrantes da Escola Inglesa no período. Apesar do relativo consenso em relação à importância desses autores para a garantia de uma interseção dos estudos que se desenvolveriam na Escola Inglesa, existe um ponto controverso. Quais seriam os elementos constitutivos garantidores da sua unidade conceitual? Segundo Barry Buzan, o núcleo constitutivo que dá unidade à Escola é formado por dois principais elementos: seu approach metodológico e os seus três conceitos-chave. O pluralismo metodológico é notadamente uma característica diferenciadora. Além da forte presença da historicidade e da normatividade, faz-se uso de abordagens mais positivistas, da hermenêutica e também da teoria crítica. Essa multiplicidade de métodos garante um grande diferencial à Escola, fazendo com que eles sirvam como ferramentas adaptáveis a cada tarefa distinta. Quanto aos conceitos-chave, Richard Little 6 acredita na idéia de que a Escola Inglesa é baseada numa divisão tripartite entre Sistema Internacional, Sociedade Internacional e Sociedade Mundial. A fim de melhor explicar o que cada um deles representa, Barry Buzan 7 faz um paralelo com as três tradições definidas por Wight Realismo, Racionalismo e Revolucionismo e com as referências aos clássicos citados 6 Little, Richard. Neorealism and English School: a metodological, ontological and theoretical reassessment.european Journal of International Relations Buzan, Barry. The English School: na underexploited resource in IR. Review of International Studies

10 por Bull Hobbes, Grotius e Kant. Dessa forma, ele apresenta a estrutura conceitual da Escola Inglesa, como sendo uma mescla entre três grupos complementares: Sistema Internacional/ Hobbesianismo/ Realismo: trata sobre temas de poder político entre Estados, considerando a natureza anárquica internacional como sendo o centro da Teoria de Relações Internacionais. Tende a trabalhar com uma vertente mais estruturalista, em um nível sistêmico. Segundo Buzan, por ser bastante trabalhada e pela sua relação paralela com o neorealismo norte-americano, é uma área bem desenvolvida dentro dos estudos da Escola Inglesa. Sociedade Internacional/ Grotianismo/ Racionalismo: trata principalmente sobre a institucionalização de interesses e identidades compartilhados entre os Estados. Apresenta um caráter mais normativo, analisando questões relacionadas a normas e regimes. Dialoga bastante com a teoria de regimes norte-americana e está no centro das preocupações da Escola. Sociedade Mundial/ Kantianismo/ Revolucionismo: trabalha com indivíduos, organizações não-estatais e com a população global como foco. Mantém uma relação com os estudos de transnacionalismo, apesar de também apresentar um caráter mais normativo. Segundo Buzan, entre as três, é a tradição menos sistematicamente articulada e a que possui os conceitos menos desenvolvidos. Richard Little ainda faz um paralelo entre essas três tradições e os principais métodos utilizados pela Escola. A tradição do Sistema Internacional com o positivismo, a da Sociedade Internacional com a hermenêutica e a da Sociedade Mundial com a Teoria Crítica. No entanto, o que se observa é que a utilização do método vai além da separação entre essas tradições. Inclusive, uma das grandes heranças da Escola é a maleabilidade metodológica e temática. Nesse ponto, há uma grande diferenciação da tradição positivista norte-americana. Na escola inglesa o método pode ser adaptável à temática. Segundo Buzan:

11 The English School is not just another paradigm to throw into the tedious game of competing IR theories. It is, istead, an opportunity to step outside that game, and cultivate a more holistic, integrated approach to the study of International Relations. (BUZAN, pág. 472.) Percebe-se, assim, que a idéia dessa separação de tradições busca uma complementaridade de temas e conceitos, a fim de abranger o máximo possível das Relações Internacionais. Não se busca criar competições excludentes entre correntes distintas. O autor que mais defendeu a exclusão do positivismo rígido típico norteamericano nos trabalhos da Escola Inglesa foi Hedley Bull 8. Ele rejeitava os modelos heurísticos e as pretensões científicas das ciências sociais americanas e buscava uma análise definitiva das Relações Internacionais, sem preocupações conjunturais ou momentâneas. Considerado a principal referência dentro da abordagem racionalista, apresentava algumas importantes questões normativas no que tangia a natureza das Relações Internacionais. Sua obra A Sociedade Anárquica lançou muitos dos conceitos que perduram até hoje entre as três tradições inglesas garantindo, inclusive, a unidade existente entre elas. Além das idéias de Sistema Internacional, Sociedade Internacional e Sociedade Mundial, Buzan aponta um outro conceito lançado por Bull como sendo fundamental à unidade da Escola Inglesa: o de Instituições. Segundo Bull, Instituições é o conjunto de hábitos e práticas orientados para atingir objetivos comuns, e manifestam o elemento de colaboração entre os Estados na sua função política. Ele ainda as identifica como sendo 8 BULL, Hedley. A sociedade Anárquica. UnB, 2002.

12 o equilíbrio de poder, o direito internacional, a diplomacia, as grandes potências e a guerra. Bull define cada uma das cinco instituições: - Equilíbrio de poder: situação na qual nenhuma potência possui posição de preponderância absoluta e em condições de determinar a lei para as outras. É ele que cria condições para a atuação das demais instituições. - Direito Internacional: conjunto de regras que ligam os estados e os outros agentes da política mundial em relações recíprocas, aos quais se atribui status legal. Quando admitido, mostra que os Estados reconhecem que estão em sociedade e que têm deveres, mesmo que suas ações muitas vezes fujam à lei estabelecida. - Diplomacia: gestão das relações entre estados e outras entidades da política mundial, por meios pacíficos e com o uso de agentes oficias. Tem a função de realizar acordos, manter comunicação e trocar informações, minimizar efeitos de atritos. Simboliza a existência da sociedade de Estados. -Guerra: violência organizada promovida pelas unidades políticas entre si. - Grandes Potências: pressupõe a noção de sociedade internacional. Preservam o equilíbrio geral, evitam e controlam crises, limitam a guerra e possuem responsabilidade em relação aos demais. Apesar de serem de fundamental relevância à Escola Inglesa, tanto o conceito de instituições quanto a definição de cada uma delas não podem ter sua importância equiparada a dos três conceitos-chave, Sistema Internacional, Sociedade Internacional e Sociedade Mundial. Isso porque o conceito de Instituições está mais restrito às abordagens Realista e Racionalista, não conseguindo abranger alguns importantes aspectos do Revolucionismo Kantiano. Isso se torna perceptível quando se tenta fazer uso desses conceitos no nível individual. Mesmo assim, para esse trabalho, a definição de Instituições será considerada um dos elementos constitutivos da Escola Inglesa, mesmo que em um nível inferior quando comparada aos demais conceitos-chave.

13 Um último conceito importante lançado por Hedley Bull foi o de Ordem Internacional. Considerado como o padrão de atividade que sustenta os objetivos elementares ou primários da sociedade de estados, ou sociedade internacional 9, a Ordem Internacional apresenta um grande paralelo com a anarquia do sistema, com as instituições e com a noção de justiça. Ela permeia basicamente toda a obra de Bull e está presente em uma de suas principais indagações: Há uma Ordem na Política Mundial?. A resposta é dada em três esferas diferentes. A ordem interna, ou seja, dentro dos Estados, é garantida pela Soberania. A ordem internacional, para ele, é parte do registro histórico das Relações Internacionais, cuja prova é a própria formação do Sistema Internacional e da Sociedade Internacional. A terceira esfera analisada é a ordem de uma sociedade mundial, como forma de manutenção dos objetivos elementares da vida social. Para o alcance dessa ordem mundial, ele aborda a necessidade de uma convergência de interesses e de um consenso mínimo em relação à paz, à justiça e ao gerenciamento ambiental. Para ele a transcendência do sistema de estados não será suficiente para criar esse consenso, e talvez não seja mesmo necessária 10. Isso mostra que, de acordo com Bull, o Sistema Internacional não é impeditivo para o alcance da Ordem Mundial, tampouco uma Sociedade Mundial é o caminho para alcançá-la. Mesmo identificando a importância do conceito de ordem relacionado às três tradições centrais, nesse trabalho ele será considerado assim como as Instituições um elemento constitutivo que se encontra em um segundo nível de importância. Isso porque é um tema que não é uma preocupação geral, estando mais intimamente vinculado à vertente racionalista. Além disso, segundo Buzan, Bull and most others in the rationalist tradition felt themselves to be distant from revolutionism, which they saw as a source of 9 BULL, Hedley. A sociedade Anárquica. UnB, BULL, Hedley. A sociedade Anárquica. UnB, 2002.

14 disorder 11. Isso mostra uma certa incompatibilidade do conceito de ordem com a Sociedade Mundial, pelo menos na visão de Bull. Diante da investigação dos principais fatos históricos, autores, obras e críticas da tradição inglesa de Relações Internacionais, foi possível identificar os três elementos constitutivos garantidores sua unidade epistemológica: seus conceitos, sua abordagem metodológica e suas referências teóricas. Os conceitos-chave Sistema Internacional, Sociedade Internacional e Sociedade Mundial conseguem abranger a plenitude das principais preocupações temáticas da Escola. Complementados pelos conceitos secundários Instituições e Ordem, dão uma melhor noção das principais questões analisadas. Quanto ao método, o que destaca a Escola Inglesa é o pluralismo. Permite a utilização de diferentes formatos metodológicos de acordo com o conteúdo estudado. Apesar de não serem condicionantes aos trabalhos, a normatividade e a historicidade permeiam grande parte das obras. No que tange as referências teóricas, a Escola Inglesa possui o traço comum dos trabalhos do British Committee e das obras de Hedley Bull, Martin Whight, Adam Watson e Roy Jones apesar de reconhecer-se a importância de outros autores nãocitados. Essas referências permeiam até hoje os debates da Escola, tanto os de caráter auto-reflexivo como os que se debruçam sobre temáticas de Relações Internacionais. Com a identificação dos elementos de coesão da tradição inglesa, já é possível tentar entender o porquê da baixa incidência de certas temáticas em suas obras. Do clássico ao contemporâneo: transformações temáticas e novas demandas Os autores da tradição da escola inglesa são solidamente ligados pela existência de conceitos comuns, que os identificam. Os elementos constitutivos da Escola Inglesa permeiam as suas principais obras, desde o início de seus trabalhos até os dias de hoje. Bull, Whight, Watson, Dunne, Buzan entre outros, mesmo em períodos históricos 11 Buzan, Barry. The English School: na underexploited resource in IR. Review of International Studies

15 diferentes, conseguem ser ligados por fio condutor triplo: os conceitos, o pluralismo metodológico e as referências teóricas estão presentes constantemente. No entanto, existem importantes diferenças entre os autores do período inicial e do período contemporâneo no que se refere às temáticas abordadas. Essas transformações das preocupações intelectuais podem ser explicadas, dentre outros motivos, por conta das alterações da conjuntura internacional em que se inserem. Períodos de conflitos e guerras tendem a gerar desafios que podem ser mais facilmente resolvidos com análises mais estruturais. Períodos com maior fluxo de comércio, pessoas e informação exigem respostas de teorias globais. Ou seja, cada conjuntura exige uma resposta própria aos desafios emergentes. Em suas duas primeiras fases, a Escola Inglesa apresentava análises mais sistêmicas, questões mais normativas e referências mais generalizantes. Tanto por conta da sua iniciação como abordagem teórica, como devido ao contexto internacional da época. Era o período de Guerra Fria, em que a Inglaterra ocupava uma posição coadjuvante no sistema bipolar, além do soerguimento da crise de atuação da Organização das Nações Unidas e da ameaça nuclear por conta da disputa entre as duas potências. Após essa primeira fase, a escola inglesa passou um certo período esquecida dentro do mainstream das relações internacionais. Redescoberta na passagem dos anos 1980 para o início da década passada, a Escola Inglesa havia permanecido nas três décadas anteriores como água morna, um não-dito na história do pensamento atinente às relações internacionais e um albergue espanhol onde todos depositavam e retiravam seus próprios apetrechos intelectivos para as relações internacionais. (SARAIVA, pág. 131.)

16 Após seu aggiornamento, a escola passou a ter outras características e preocupações principais. A constante auto-avaliação através dos conceitos teóricos passa a ser uma forte característica, assim como a valorização dos mesmos. Tim Dunne ressalta a importância do pluralismo político e teórico emergido a partir do início dos anos Mostra também que a nova geração tornou-se mais aberta às influências da filosofia, da Teoria Social e da História Mundial. Ele ainda considera: The other important dynamic (...) is the increasing interest in the English School research, agenda by theorists who do not demonstrate any self-identificatin with the School. (DUNNE, PÁG.224) Esse pluralismo teórico e a contribuição de outros grupos acadêmicos de fora da tradicional escola inglesa, somados à transformações da conjuntura internacional, permitiram a inserção de novas preocupações na agenda dos autores. Relação entre linguagem, ação e intenção, questões morais, análises de forças econômicas e sociais etc passam a fazer parte dos estudos da área. Barry Buzan identifica seis áreas tradicionalmente exploradas nos trabalhos da Escola Inglesa e procura apontar que aspectos ainda estão pouco desenvolvidos nos dias de hoje. Auto-Reflexões: Buzan sugere que o demasiado número de trabalhos acerca dos elementos já estabelecidos da Escola pode ser um dos fatores da sua estagnação em alguns temas. Isso porque não abre espaço para novos questionamentos e novos autores. Relação da Escola Inglesa com outras teorias: para ele há um vasto espaço para ser trabalhado na relação entre a tradição inglesa e a ascensão

17 Construtivista, como sendo complementares. Também acredita no potencial da sua relação com a Teoria de Regimes. Guerra e Balança de Poder: tenta entender como a mudança nas questões de balança de poder pode alterar a natureza da Sociedade Internacional, através de uma abordagem de caráter mais estruturalista. Acredita, no entanto, que esta temática tende a ser arrefecida, na medida que a balança de poder entre os Estados perde importância em detrimento da competição dos mercados. Para ele, essa temática ainda é muito importante para os estudos da história da Sociedade de Estados européia, mas não é primordial quando se fala de análise futura. História da Sociedade Internacional: destaca os estudos ainda escassos da Escola Inglesa em relação às transformações da sociedade internacional européia e o seu desenvolvimento atual do continente. Para ele, isso permitiria a ligação da teoria inglesa com comprovações empíricas, uma vez que a União Européia serve de exemplo para muitos dos fundamentos da Escola. Relação Ética, Direito Internacional, Intervenção e Sociedade Internacional: busca entender como equacionar essas variáveis para alcançar uma melhor resposta aos problemas da Sociedade Internacional. Estado: de acordo com Buzan, o Estado tem sido central para a Teoria da Escola Inglesa, dentre outros motivos, pela abordagem inside-out que é priorizada. O autor aponta o Estado como sendo a principal subunidade da Sociedade Internacional e, a partir daí, mostra alguns dos temas relacionados a ele, como a soberania e suas limitações, a existência de uma multiplicidade de atores agentes das Relações Internacionais, a evolução do Estado Moderno, o impacto das transformações domésticas na Sociedade Internacional e a preocupação com questões de ideologia e Estados Revolucionários. É dentro desse quadro que Buzan convoca e sugere a

18 necessidade de se estudar questões de política doméstica, em especial, as nuances do Estado como subunidade da Sociedade Internacional. Inclusive: International Society is constructed by the units,, and consequently reflects their domestic character. ( ) thick International Societies have to unpack and redistribute elements of sovereignty. ( ) states are not the only actors generating, and being generated by, international society ( ) English School theory needs to understand all of this better than it now does. (BUZAN, Pág. 487) Com a identificação das temáticas que ainda não são muito exploradas pela Escola Inglesa, é possível, de forma paralela e sucinta, centrar especificamente na questão doméstica para apontar como se dá essa preocupação atualmente. A Relação Interno-Externo nos estudos atuais da Escola Inglesa Apesar de Barry Buzan considerar a análise dos impactos das transformações domésticas na Sociedade Internacional como sendo central na teoria da Escola Inglesa, o que se observa é que pouco se escreveu sobre essa relação. Os principais autores das fases iniciais dessa teoria não abordaram de forma explícita esse tema, tampouco os autores recentes o fizeram com freqüência. Existe, no entanto, entre os ingleses, alguma preocupação mais específica com o nível Estado / Sociedade e seu papel nas Relações Internacionais? Algumas temáticas tentam apresentar relações entre suas preocupações e questões domésticas, sem conseguir, entretanto, análises mais aprofundadas. É o caso, por exemplo, dos estudos de regimes. Andrew Hurrel 12 faz uma análise da relação entre as questões mais relacionadas à teoria de regimes e os aspectos da Sociedade Internacional. Nesse trabalho, ele aponta a necessidade de aprofundamento da compreensão da 12 Hurrel, Andrew. International Society and the Study of Regimes A reflective approach.

19 dimensão doméstica nos estudos de regime. Isso porque esse tipo de estudo na maioria das vezes prioriza a relação com teorias de interdependência e de transnacionalismo, deixando de lado importantes aspectos no âmbito doméstico. Hurrel destaca a importância da relação interno-externo tanto na criação de regimes quanto na implementação de normas determinadas por eles. Tanto na formação dos valores e interesses dos Estados quanto no processo de aceitação e internalização de regras internacionais, a configuração social e burocrática dentro dos Estados é de extrema relevância. Além disso, outro importante determinante considerado pelo autor para a definição dos regimes é o papel do indivíduo como agente das Relações Internacionais. Ou seja, além do nível societal / estatal, Hurrel defende a inclusão do nível individual como sendo relevante à compreensão do funcionamento dos regimes. Inserida na mesma relação, o autor ainda faz uma crítica à abordagem de Bull- Whight da Sociedade Internacional. Segundo ele, essa abordagem é demasiadamente centrada nas relações inter-estatais, ou seja, no nível sistêmico. Por outro lado, a noção de Sociedade Internacional permitiria a construção da relação entre valores e culturas comuns em nível internacional ou mundial com o impacto de fatores domésticos sociais, culturais e políticos. Assim, a Escola Inglesa, ao mesmo tempo em que encontra alguns obstáculos para o estudo da relação interno-externo também encontra alguns incentivos. Se fizermos uma análise das três tradições da Escola analisadas anteriormente, pode-se constatar que, embora a do Sistema Internacional não permita uma análise da dimensão doméstica por conta de sua característica estrutural, as outras duas dão liberdade aos autores para incluir a variável doméstica como central em seus debates. A abordagem da Sociedade Internacional, na sua relação com a teoria de regimes, já possui essa demanda. E a abordagem da Sociedade Mundial também passará a ter quando os estudos adentrarem em questões como a atuação doméstica de atores que agem em rede, a mobilização desses atores, a reconstrução do conceito de soberania, o papel do Estado como agente internacional, dentre outros temas.

20 Assim, percebe-se que as demandas que vão sendo criadas orientam a ampliação do escopo da Escola Inglesa permitindo que ela amplie e aprofunde a preocupação com a variável doméstica, assim como ocorre com algumas abordagens americanas. A baixa importância da variável doméstica na Escola Inglesa: causas e consequências Diante do exposto, para se compreender o lugar das análises da dimensão doméstica dentro da Escola Inglesa, alguns questionamentos se fazem necessários. I) Existe algum tipo de incompatibilidade entre os elementos constitutivos da escola e as questões típicas das análises da relação interno-externo? II) Caso não exista, por que, então, ela é tão esquecida? III) Quais as conseqüências desse esquecimento? A resposta para a primeira pergunta é não. Analisando isoladamente cada um dos elementos constitutivos da Escola, poderemos concluir que não excluem abordagens que levem em conta o nível estatal / societal. Para tal conclusão, faz-se necessário considerálos um a um. Quanto aos conceitos fundamentais da Escola Inglesa, compreende-se que, em conjunto, buscam englobar todos os aspectos das Relações Internacionais. Apesar da abordagem do Sistema Internacional / Realismo fazer uma análise essencialmente estruturalista dos fenômenos internacionais, ainda há espaço dentro das duas outras abordagens ao estudo de fenômenos domésticos influenciando decisões externas, assim como o contrário. Isso pode ser observado quando são feitas investigações acerca do estabelecimento e da implementação de normas dentro dos países integrantes de regimes internacionais, no âmbito da tradição da Sociedade Internacional / Racionalismo. É o que defende Andrew Hurrel em seus trabalhos. Também é possível trabalhar a relação interno-externo, na Escola Inglesa, ao se estudar, por exemplo, a questão da soberania estatal na abordagem da Sociedade Mundial / Revolucionismo. Ainda em relação aos conceitos fundamentais, é interessante notar uma relação que pode ser estabelecida entre

21 essas tradições e os níveis de análise de Waltz. A tradição do Sistema Internacional faz uso exclusivamente no nível sistêmico; a tradição da Sociedade Internacional se utiliza tanto do nível estatal / societal quanto do sistêmico; e a tradição da Sociedade Mundial recorre a dois níveis de análise, o estatal / societal e o individual. Isso mostra que, como dito anteriormente, a forma de abordagem vai variar de acordo com a demanda temática. Quanto aos conceitos de Ordem Internacional e de Instituições, apesar de fundamentais à construção das idéias da Escola, eles estão mais restritos a preocupações normativas e sistêmicas, respectivamente. Mas, ainda assim, tem maleabilidade para serem adaptadas a outros tipos de análises. Em relação à abordagem metodológica, o seu pluralismo também permite a investigação da estrutura doméstica dos Estados através de diversas maneiras desde estudos de caso, como é feita freqüente nos estudos americanos, até análises mais históricas ou normativas. A historicidade e a normatividade também são acréscimos que podem ser utilizados para tornar o estudo mais complexo. As referências teóricas tampouco aparecem como obstáculo para essa tarefa. Apesar de terem se preocupado primordialmente com aspectos sistêmicos no início dos trabalhos ingleses, seus primeiros autores lançadores dos principais conceitos fundamentais não apresentam oposição explícita a noções como multiplicidade de atores domésticos, formulação de interesse nacional, necessidade de respaldo de grupos internos para tomada de decisão etc. Então, se não existe uma contradição entre os elementos constitutivos ingleses e esse tipo de análise, por que ele não recebe uma maior atenção dos estudiosos? Duas respostas se encaixam a esse questionamento. Primeiramente, a redescoberta relativamente recente da escola inglesa trouxe à tona várias questões de cunho teórico sobre a própria abordagem em si. Essa é uma tendência natural de uma escola que passou por uma descontinuidade momentânea de evolução. Observando-se os artigos dos principais autores ingleses da atualidade, constata-se que grande parte deles aborda

22 problemas relacionados aos autores do período clássico, como Bull, Watson e Wight. Ou seja, a temática da auto-reflexão ainda ocupa uma parcela muito grande das análises. Em segundo lugar, percebe-se que a Escola ainda privilegia a abordagem estruturalista presente da tradição do Sistema Internacional / Realismo. Nessa tradição, as maiores motivações às suas pesquisas são procurar entender as relações internacionais em um nível mais macro. Não se percebe, no geral, a preocupação com os níveis mais baixos. E quando ela existe, acaba por ficar afogada diante da imensidão de conceitos adaptados aos problemas sistêmicos. Esse esquecimento não se configura como uma falha, mas sim como uma falta. O arcabouço teórico não se torna errado ou incoerente por não considerar a relação internoexterno. Mas algumas vezes perderá bons elementos para análise por fazer isso. A inclusão dessa preocupação renderá um número muito maior de variáveis, que tornarão a pesquisa mais extensa, mas que podem ser adaptadas de acordo com os objetivos do estudo. Caso necessário, podem ser ignoradas. E essa seleção é totalmente compatível com a Escola Inglesa, que possui não só um método pluralista e adaptável à temática como também um arranjo conceitual com três tradições complementares. Para se compreender a importância dessa inclusão é necessário que se reconheça que, como defende Duroselle, é impossível fazer política externa isoladamente. O estudo do elemento doméstico na política externa é um fator que garante um maior grau de complexidade a qualquer análise, fornecendo, assim, um entendimento mais completo de fenômenos da sociedade internacional. CONCLUSÃO...talvez o melhor exemplo do caso inglês seja o fato de que é estimulante inventar e criar conceitos que emanam de percepções e estudos de problemas novos e realidades próprias que nos cercam. (SARAIVA, 2006)

23 Como foi possível perceber ao longo desse trabalho, ao contrário da escola francesa e das abordagens norte-americanas, a escola inglesa não dedica grande preocupação à questão da relação entre política doméstica e política externa, apesar de sua notória importância para a compreensão de fenômenos internacionais. Pela investigação, pode-se perceber que essa falta não se dá por questões de incompatibilidade estrutural-conceitual. Falta à Escola Inglesa uma dedicação maior à inovação e à inclusão de novos temas e agendas, dentre os quais a relação internoexterno. A preocupação com os conceitos fundamentais é válida e importante, mas não deve ocupar todo o espaço de preocupações da escola. O grupo da Escola Inglesa pode se aproveitar do seu rico e bem estruturado arcabouço conceitual para incluir a preocupação da relação interno-externo na sua agenda, já que isso lhe garantiria análises mais complexas e mais profundas. Resta aqui o incentivo a essa mudança que será fundamental à evolução dos seus trabalhos. BIBLIOGRAFIA WALTZ, Kenneth. (1954), Explaining war, in Paul Viotti e Mark Kauppi, International Relations Theory: Realism, Pluralism and Globalism, ALLISON, Graham. (1999), [1969], Conceptual Models and the Cuban Missile Crisis, in VIOTTI, Paul & KAUPPI, Mark. ALLISON, Graham e HALPERIN, Morton (1972), Bureaucratic Politics: a paradigm and some implications. World Politics, 24. PUTNAM, Robert. (1993) [1988], Diplomacy and Domestic Politics: The logic of Twolevel games, in EVANS, Peter. Double-Edged Diplomacy; an Interative Approach. Berkley, University of California Press. MILNER, Helen V. (1997), Interests, Institutions and Information, Domestic Politics and International Relations. Princeton, N.J., Princeton University Press.

24 RENOUVIN, Pierre & DUROSELLE, Uma Introdução a História das Relações Internacionais DUROSELLE, Jean-Baptiste. Todo Império perecerá Editora UnB. SARAIVA, José Flávio S., Revisitando a Escola Inglesa. Revista Brasileira de Política Internacional, 49(1), pp WATSON, Adam. The Evolution of International Society: a comparative historical analysis. WIGHT, Martin. A política do poder. Brasília: UnB/IPRI, BULL, Hedley. A sociedade Anárquica. UnB, DUNNE, Tim. New thinking on international society.british Journal of Politics and International Relations. V.3. Num.2,pp BUZAN, Barry. Rethinking Hedley Bull on the Institutions of International Society. The Institutions of Anarchical Society. WAEVER,Olé. Four Meanings of International Society: a Trans-Atlantic Dialogue, in Roberson, B.A.. International Society and the Development of International Relations Theory.London, JONES, Roy E. The English School of International Relations: A case for closure LITTLE, Richard. Neorealism and English School: a metodological, ontological and theoretical reassessment.european Journal of International Relations BUZAN, Barry. The English School: na underexploited resource in IR. Review of International Studies

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