PROCESSO DE PREPARAÇÃO PARA O CAPÍTULO INSPETORIAL 2013

Transcrição

1 POROROCA Instrumento de Preparação para o Capítulo Inspetorial 2013 nº 01 Caríssimo irmão, PROCESSO DE PREPARAÇÃO PARA O CAPÍTULO INSPETORIAL 2013 Com sentimentos de alegria e esperança me dirijo a você com o objetivo de comunicar-lhe o itinerário que já iniciamos e queremos percorrer como processo de preparação ao nosso Capítulo Inspetorial 2013 (CI 2013). Nosso Reitor-mor, padre Pascual Chaves, com a carta 413, convocou a Congregação para iniciar o caminho de preparação para o XXVII Capítulo Geral. No primeiro número deste instrumento de comunicação apresento-lhe basicamente informações introdutórias relativas ao processo de preparação ao CI 2013 e estímulos de corresponsabilidade para que possamos vivenciar, juntos e com seriedade, este importante tempo de estudo do tema do CG 27 proposto pelo Reitor-Mor e seu conselho. 1. O Capítulo Inspetorial 2013 O Capítulo Geral, ordinariamente, é precedido pelos Capítulos Inspetoriais. Por isso daí surge a importância de levarmos a sério, como inspetoria, a tarefa que nos cabe. A renovação da Congregação passa inevitavelmente pela qualidade 1

2 de vida de cada inspetoria. Consequentemente, estamos todos, diretamente comprometidos. O nosso CI 2013 está agendado para os dias de abril 2013, em nossa casa de retiros Monsenhor Lourenço Giordano. O processo de preparação desse importante evento tem diversas dimensões: metodológica, pastoral, técnica, administrativa e econômica... no entanto a mais importante de todas, é dimensão espiritual. Dela vai depender a qualidade e o conteúdo do mesmo. Somos todos convidados a abraçar esse processo em sua pluridimensionalidade. Vários passos já foram dados do processo de sua preparação: a) Comissão e regulador: o inspetor com o conselho inspetorial, no mês de julho, definiu a Comissão preparatória do CI 2013, a saber, o Pe. João Mendonça Filho, Pe. João Benedito Cunha, Pe. Daniel Cunha, Pe. José Benedito Araújo e o Pe. Antônio de Assis Ribeiro foi nomeado coordenado da comissão e regulador do próximo Capítulo. b) Carta convocatória: o padre inspetor com sua carta convocatória já nos convidou a apreender este caminho espiritual e pastoral de auto-avaliação e confronto a partir dos temas do CG 27. c) Reuniões da Comissão: a comissão preparatória ao Capítulo Inspetorial 2013 já promoveu duas reuniões nas quais vários importantes passos foram dados, tais como: elaboração de um cronograma geral, definição de um instrumento de estudo, definição dos temas de estudos segundo a proposta do CG 27; criação do logotipo e elaboração da oração para capítulo CI. Posteriormente tudo foi apresentando ao Inspetor e Conselho para aprovação. d) Instrumento de comunicação: como nos anos passados, no processo de preparação para o Capítulo Inspetorial, vamos adotar um opúsculo informativo que 2

3 se chamará Pororoca. Mas por que esse nome? A palavra pororoca é de origem tupi e significa estrondo da natureza. A pororoca é um fenômeno natural que se expressa na formação de grandes e fortes ondas consequentes do encontro entre as águas de um rio com a força das águas do mar. As impetuosas águas salgadas do mar, chocando-se com o rio, o faz retroceder gerando barulho e um grande movimento de ondas rio acima, derrubando árvores, alterando a paisagem do rio, provocando medo e fascínio! Os que pegam as ondas se divertem com o surfismo. Esse maravilhoso fenômeno é fruto da ação conjunta entre muitos agentes naturais como o rio, o mar, o vento, a lua, o sol, a terra, a temperatura... Queremos que o processo de preparação par o CI 2013, CG 27 e o Bicentenário do nascimento de Dom Bosco, seja como uma pororoca carismática entre nós! Estamos em tempos de conversão pastoral! Para que isso ocorra de fato, precisamos combinar muitos elementos: nossa consciência vocacional, a missão, o estudo, a oração, a convivência fraterna... e) O para a comunicação com os irmãos no processo de preparação do CI 2013, usaremos o cipororoca2013@isma.org.br. Já está funcionando! Para ele você pode mandar sugestões, reflexões pessoais, contribuição comunitária. f) Os subsídios Pororoca : os opúsculos deverão ser simples, com poucas páginas, com linguagem coloquial, direta, clara; de conteúdo provocador de acordo com cada tema, estimulantes à interação. Cada pororoca terá III partes em sua estrutura: I parte: fundamentos teológicos (a Palavra de Deus) e carismático (Constituições e Capítulos Gerais) do tema; II parte: reflexão com questionamentos para a pessoa do salesiano e da comunidade a serem respondidas e enviadas ao regulador do CI; III parte: oração conclusiva. Sugerimos que esse subsídio não seja usado na hora da oração da co- 3

4 munidade, mas em uma reunião específica; é bom que a comunidade não fique condicionada pela pressão do tempo reduzido. g) Uso dos temas nos retiro mensais: Estão previstos a reflexão de quatro grandes temas, a saber: o sentido da Radicalidade Evangélica (Pe. Bira), Chamados a ser Místicos no Espírito (Pe. João Mendonça), Chamados a ser Profeta (Pe. João Benedito) e Chamados a ser Servos dos Jovens (Pe. Daniel Cunha). Esses temas, além de serem estudados em cada comunidade, também podem ser aprofundados nos retiros comunitários ou de área. h) Oração: enfim, para que, de fato, entremos no movimento do Espírito Santo, protagonista do nosso processo de conversão pessoal e comunitária, precisamos da oração. Por isso, cada comunidade, deverá fazer todos os dias a oração proposta, sobretudo, na oração da manhã e nas vésperas. i) Mini-assembleias pré-capitulares das áreas: os membros da Comissão serão os assessores das miniassembleias das áreas para não sobrecarregar o regulador devido necessidade de constantes viagens e outras responsabilidades. Os assessores e datas das mini-assembléias são: MANAUS dia 13 de novembro (assessores: Pe. João Benedito e José Benedito), PARÁ dia 15 de novembro (assessor: Pe. Mendonça), AROMA dia 19 de novembro (assessor: Pe. Bira), e RIO NEGRO dia 26 de novembro (assessor: Pe. Daniel Cunha); essas datas foram definidas de acordo com a agenda do inspetor para favorecer sua presença. A metodologia e a duração, vão depender de cada realidade em serena combinação entre assessores e diretores. Mas se exige, necessariamente, a prévia reflexão, pessoal e comunitária. 2. A Natureza do Capítulo Inspetorial Do artigo das Constituições da Sociedade de São Francisco de Sales fala-se do Capítulo Inspetorial. O Capítulo Inspetorial 4

5 é a reunião fraterna em que as comunidades locais reforçam o sentido de sua pertença à comunidade inspetorial, mediante a solicitude comum pelos problemas gerais. É também a assembléia representativa dos irmãos e das comunidades locais. Delibera sobre o que concerne à inspetoria, salvo a competência conferida pelas Constituições e Regulamentos Gerais a outros órgãos de governo. As deliberações do Capítulo Inspetorial terão força obrigatória após a aprovação do Reitor-Mor com o consentimento de seu Conselho (Art. 170). No artigo seguinte estão estabelecidas algumas atribuições específicas do Capítulo Inspetorial, como: 1. estabelecer quanto diz respeito ao bom andamento da inspetoria; 2. procurar os meios aptos para promover a vida religiosa e pastoral da comunidade inspetorial; 3. estudar e verificar a execução concreta das deliberações do Capítulo Geral; 4. elaborar e rever o diretório inspetorial no âmbito das competências atribuídas a esse nível; 5. eleger um ou dois delegados ao Capítulo Geral e seus suplentes, de acordo com os Regulamentos Gerais (Art. 171). Como se vê, trata-se de um evento muito importante! Ao centro de toda essa importância estão: as exigências da nossa vida fraterna em comunidade, o sentido de pertença à congregação, a realidade de cada inspetoria e as exigências missão. Portanto, para que o Capítulo Inspetorial seja bem proveitoso, requer um bem articulado processo de preparação em diversos níveis, fases e dimensões. Todos, por sermos salesianos, devemos estar envolvidos nessa empreitada. 3. O objetivo do GC27 O tema do CG 27 é Testemunhas da radicalidade evangélica. Trata-se de um convite a fazermos um profundo mergulho nos fundamentos e na consistência da nossa resposta vocacional salesiana. Somos chamados a descer à raiz que sustenta a nossa árvore vocacional e, a partir da daí, autoavaliar-nos sobre seus frutos e dinamismo. 5

6 Esse tema está em continuidade com o processo de reflexão que a Congregação vem fazendo nestes últimos anos, através dos Capítulos Gerais e também está inserido em nosso caminho de conversão pessoal e comunitária em preparação ao Bicentenário do nascimento de Dom Bosco em Em estreita relação como o lema sacerdotal de Dom Bosco Da mihi animas coetera tolle, o tema do CG 27 nos provoca a aprofundar o sentido da radicalidade evangélica em nossa vida e nos convida a sermos místicos no Espírito investigadores de Deus, profetas dos nossos tempos, e servos dos Jovens. Dessa forma nos estimula a reacender o fogo da paixão espiritual e apostólica em nossos corações. 4. Temas a serem tratados no CI 2013 a) O primeiro e grande assunto que estudaremos no Capítulo Inspetorial, traduzindo em propostas concretas, é o tema do Capítulo Geral XXVII. b) O segundo tema previsto é o aprofundamento e discussão de propostas para a animação vocacional em sintonia como uma das opções fundamentais do POI. Em nossa inspetoria já fizemos muitas experiências, mas frente aos novos desafios culturais e atual configuração inspetorial, precisamos revitalizar esse compromisso e assumir novas metas. c) O terceiro tema é a revisão de alguns itens do Diretório Inspetorial, de modo particular no âmbito econômico administrativo faremos também em sintonia com o POI. 5. Metodologia de trabalho pré-capitular O caminho metodológico que escolhemos é aquele mesmo do processo de preparação aos Capítulos e Assembleias inspetoriais já realizadas. Trata-se de um método participativo que exige envolvimento afetivo e efetivo, reflexão, estudos, partilha e debates a nível pessoal e comunitário. Três são os níveis de participação: 6

7 a) Nível individual: cada salesiano empenha-se em fazer a sua leitura, reflexão pessoal sobre os temas e partilha em sua comunidade e com a comissão se quiser b) Nível comunitário: cada diretor e encarregado, promove e motiva a sua comunidade à reflexão, ao confronto com a realidade e ao estudo dos temas propostos em cada subsídio Pororoca. c) Nível de Área: cada irmão deve tomar parte, afetiva e efetivamente, na Mini-assembleia dos irmãos da sua área como importante encontro de reflexão pré-capitular. Lembre-se que essa Mini-assembleia da Área, só será, de fato, proveitosa se cada comunidade antes tiver dedicado tempo para refletir sobre os temas propostos. Esses encontros têm por finalidade favorecer o aprofundamento dos temas através do confronto intercomunitário e ampliar a percepção da realidade da vida da inspetoria naquele contexto com seus valores e limites internos e desafios que nos rodeiam. 6. Recordemos alguns imprescindíveis compromissos comunitários a) Leitura pessoal e comunitária da carta do Reitor-Mor número 413 Convocação ao Capítulo Geral. b) Leitura e reflexão dos temas de cada subsídio Pororoca. c) Envio das respostas da comunidade para a Comissão Inspetorial através do cipororoca2013@isma.org.br. d) Prática da Lectio Divina relacionada com o tema do CG 27. e) Envolvimento dos jovens e leigos da obra no processo de reflexão dos temas. Os diretores e os encarregados das obras deverão ser os primeiros a animar os irmãos e juntos reservar o tempo oportuno para que essa tarefa seja cumprida. 7

8 7. Conclusão O aprofundamento do tema do CG 27 nos convida à renovação espiritual que tem como objetivo final a promoção da nossa vida consagrada salesiana levando-nos, consequentemente, a mais fidelidade carismática, fertilidade pastoral e fecundidade vocacional. Motivados a continuar nosso caminho de conversão espiritual e comunitária, no processo de preparação à celebração do bicentenário do nascimento de Dom Bosco, deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo. Ele que suscitou Dom Bosco para colaborar na salvação da juventude, a porção mais delicada e preciosa da sociedade humana» (C 1), reforce em nossas mentes o dom da docilidade espiritual e, guiados por Maria Auxiliadora, continuaremos conservando o bom vinho do entusiasmo e da generosidade na vivência da nossa vocação. Fraternalmente, Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) Regulador do CI-2007 Vice-inspetor 8