Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. São João del-rei, 27 de março de 2017.

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1 RESOLUÇÃO N o 003, de 27 de março de Cria a Comissão Permanente de Flexibilização da Jornada de Trabalho dos Servidores Técnico-administrativos em Educação da UFSJ e aprova o seu Regimento Interno. O PRESIDENTE DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI UFSJ, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, e considerando: I a Resolução/CONSU nº 030, de 19 de setembro de 2016; II o caput do art. 207 da Constituição Federal de 1988; III a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; IV a Lei nº , de 12 de janeiro de 2005; V o disposto no art. 3º do Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995, alterado pelo Decreto nº 4.836, de 9 de setembro de 2003; VI o Parecer n o 008, de 27/03/2017, deste mesmo Conselho. RESOLVE: Art. 1º Criar a Comissão Permanente de Flexibilização da Jornada de Trabalho dos Servidores Técnico-administrativos em Educação da UFSJ e aprovar o seu Regimento Interno, anexo a esta Resolução. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. São João del-rei, 27 de março de Prof. SÉRGIO AUGUSTO ARAÚJO DA GAMA CERQUEIRA Presidente do Conselho Universitário Publicada nos quadros da UFSJ em 30/03/

2 REGIMENTO DA COMISSÃO PERMANENTE DE FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DA UFSJ CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Regulamentar os procedimentos para a jornada flexível de trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de São João del-rei, tendo em vista o Decreto n 1.590/1995, alterado pelo Decreto nº 4.836/2003, e determinar a adoção da jornada de trabalho flexibilizada de 6 (seis) horas diárias e carga horária de 30 (trinta) horas semanais de trabalho, sem intervalo para refeições e sem redução da remuneração aos servidores técnico-administrativos, excetuando-se os cargos com jornadas de trabalho estabelecidas em lei específica. CAPÍTULO II DA FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO Art. 2º A implantação da jornada de trabalho flexibilizada de 30 (trinta) horas dos servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de São João del-rei será considerada apta mediante análise e parecer favorável da Comissão Permanente de Flexibilização da Jornada de Trabalho, a ser instituída, e após homologação do Reitor, por meio de Portaria. Art. 3º A jornada flexibilizada de trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação da UFSJ, para cumprimento de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, fica condicionada à comprovação de quantitativo de servidores suficientes, lotados no setor/unidade, que assegurem o funcionamento de 12 (doze) horas ininterruptas do setor/unidade, em função do atendimento ao público usuário, inclusive nos casos de atendimento público no período noturno e da comprovação de necessidade do serviço. 1º Somente poderão ter a jornada de trabalho flexibilizada os servidores que assinarem o termo de opção correspondente. 2º Nos setores/unidades com jornada flexibilizada, os ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, Cargos de Direção (CD) ou Funções Gratificadas (FG), submetem-se ao regime de integral dedicação ao serviço, não podendo flexibilizar a jornada de trabalho. 3º A flexibilização da jornada de trabalho proposta não se aplica aos servidores ocupantes de cargo com jornada profissional regulamentada por lei específica. 4º A flexibilização da jornada de trabalho se fará respeitando a especificidade dos cargos, a similaridade das competências profissionais e a continuidade dos serviços, sendo vedado o estabelecimento de escalas entre técnicos ocupantes de cargo de diferentes níveis e/ou entre técnicos ocupantes de cargos com áreas de atuação distintas. 5º Nos casos de cargos com atuação na mesma área, mas de diferentes níveis de classificação na carreira, serão admitidas escalas entre profissionais registrados no mesmo conselho profissional ou de competências similares avaliadas pela Comissão Permanente de Flexibilização, podendo ser solicitado à Pró-reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PROGP) parecer analítico referente às atribuições dos cargos envolvidos e do local de trabalho. 2

3 6 Para os serviços que exigirem atividades contínuas de 24 (vinte e quatro) horas, é facultada a adoção do regime de turno ininterrupto de revezamento, conforme art. 2º, do Decreto nº 1.590/95. Art. 4º O servidor que tiver a jornada de trabalho flexibilizada poderá retornar à jornada de 40 horas nos seguintes casos: I a pedido próprio; II quando identificada a impossibilidade de atendimento ininterrupto por 12 (doze) horas no setor/unidade; III quando da inobservância do presente Regimento e das normas estabelecidas na Resolução/CONSU nº 030/2016; IV se passar a desempenhar cargo de direção ou função de chefia. Art. 5º O servidor estudante que optar pelo horário especial a que tem direito, de acordo com o disposto no art. 98 da Lei nº 8.112/90, ou que estiver em afastamento parcial para programa de pós-graduação stricto sensu não poderá cumprir jornada flexibilizada de trabalho. CAPÍTULO III DO CONTROLE DE FREQUÊNCIA DOS SETORES/UNIDADES FLEXIBILIZADOS Art. 6º A escala nominal de servidores, bem como os respectivos horários de trabalho atualizados serão afixados no setor/unidade de lotação do servidor, em local de grande circulação, de fácil acesso e visibilidade pelo público usuário dos serviços. Art. 7º O controle da frequência dos servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de São João del-rei será realizado mediante ponto eletrônico. Art. 8º O servidor com jornada de trabalho flexibilizada somente poderá acumular horas excedentes, quando, por exigência do serviço, tiver que trabalhar acima de 8 (oito) horas diárias. Parágrafo único. Para a compensação de recessos, poderá ser utilizado saldo de horas excedentes, com a justificativa descrita na frequência do servidor. Art. 9º Situações de outra natureza e atrasos deverão conter anuência e justificativa junto à chefia imediata, observada a Lei nº 8.112/90. CAPÍTULO IV DOS PROCEDIMENTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA JORNADA FLEXIBILIZADA DE TRABALHO Art. 10. Os setores/unidades deverão encaminhar a documentação abaixo especificada, por meio de processo, à Comissão Permanente de Flexibilização: I Requerimento de flexibilização da jornada de trabalho (anexo I ou anexo II); II Plano de Trabalho (anexo III) III Termo de Concordância e Compromisso com a preservação e a melhoria da qualidade do atendimento ao público usuário (anexo IV), assinado por todos os servidores do setor/unidade. na internet. 1º A PROGP disponibilizará os anexos supracitados em sua página eletrônica 3

4 2º O requerimento enviado pelos servidores de determinado setor/unidade somente será aceito se houver a ciência da chefia imediata sobre a solicitação. 3º O Plano de Trabalho deverá conter cumulativamente a descrição das competências, atividades e serviços, tipificação (quanti-qualitativamente) dos usuários, horário e dias de funcionamento do setor/unidade, relação da equipe de trabalho com respectivo cargo, escala de trabalho proposta, justificativa do pedido, estudo de viabilidade, definição da forma de organização do setor/unidade para suprir períodos de férias, licenças e ausências de servidores com jornada flexibilizada. 4º O Plano de Trabalho deverá conter também situações específicas, tais como servidores ocupantes do cargo de Técnico de Laboratório Área que atendem a mais de um laboratório de ensino. Art. 11. A Comissão Permanente de Flexibilização deverá emitir o Relatório de Viabilidade da Jornada Flexibilizada de Trabalho (anexo V) em até 30 (trinta) dias do recebimento da documentação especificada no Art º A decisão da Comissão Permanente de Flexibilização deverá basear-se no disposto na Resolução/CONSU nº 030/2016 e nas regras contidas neste Regimento, observando sempre a continuidade do serviço e os interesses institucionais e dos usuários. 2º A Comissão de que trata o caput, para embasar sua decisão, poderá solicitar outras informações aos requerentes, desde que obedecido o prazo de resposta estabelecido no caput. Art. 12. Após manifestação da Comissão Permanente de Flexibilização, o processo será encaminhado à Reitoria em caso de parecer favorável, para emissão de Portaria, ou devolvido ao setor/unidade interessado, se houver parecer desfavorável. Art. 13. Não será permitida a adoção da jornada de trabalho flexibilizada em setores/unidades que: I não houver justificativa para funcionamento de 12 (doze) horas ininterruptas ou após às 21 (vinte e uma) horas; II não houver número de servidores suficientes para manter o funcionamento do setor por 12 (doze) horas ininterruptas; III enviarem informações incompletas à Comissão Permanente de Flexibilização. Art. 14. A jornada de trabalho flexibilizada poderá ser suspensa a qualquer momento, mediante comprovação, conforme definido no 1º do art. 15, de que as atividades de um setor/unidade estão sendo prejudicadas e da apreciação da Comissão Permanente de Flexibilização. Art. 15. Após (12) doze meses de experiência, contados da data de publicação da portaria autorizativa da jornada de trabalho flexível, as unidades/setores serão submetidos à avaliação, a fim de se definir pela continuidade ou não da jornada especial de trabalho. 1º A avaliação prevista no caput deste artigo, de responsabilidade da Comissão Permanente de Flexibilização, deverá considerar aspectos relacionados à qualidade no atendimento, assiduidade e pontualidade no horário dos servidores, continuidade no horário de funcionamento da unidade/setor, qualidade de vida no trabalho do servidor e alcance dos objetivos previstos no período. 4

5 2º A Comissão Permanente de Flexibilização deverá desenvolver instrumentos de coleta de dados junto às unidades/setores em que for implantado o regime especial de trabalho, a fim de subsidiar a análise e elaboração do relatório de avaliação. CAPÍTULO V DA COMISSÃO PERMANENTE DE FLEXIBILIZAÇÃO Art. 16. A Comissão Permanente de Flexibilização da Jornada de Trabalho será composta por: I 2 (dois) representantes da Pró-reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PROGP); II 2 (dois) representantes do Sindicato dos Servidores da UFSJ (SINDS-UFSJ); III 1 (um) representante dos técnicos-administrativos no Conselho Universitário (CONSU); IV 1 (um) representante da Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação (CIS); V 1 (um) representante de cada um dos campi fora de sede indicado pelos seus pares, alternativamente, sempre que envolver análises de requerimentos dos respectivos campi ou análises nas quais existam posicionamentos discordantes empatados. Parágrafo único. A vigência da Comissão Permanente de Flexibilização será de 2 (dois) anos, prorrogável por igual período. Art. 17. Após sua constituição, a Comissão Permanente de Flexibilização deverá escolher entre seus membros: um coordenador, um vice-coordenador e um secretário, responsáveis pelo recebimento dos requerimentos, organização e coordenação dos trabalhos. Art. 18. A Comissão Permanente de Flexibilização se reunirá mensalmente, em caráter ordinário, e, em caráter extraordinário, mediante convocação de seu coordenador ou da maioria simples de seus membros. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 19. Sob nenhuma hipótese prevalecerá o interesse do servidor sobre a necessidade institucional. Art. 20. Os casos omissos serão tratados pela PROGP, sendo ouvida a Comissão Permanente de Flexibilização. Art. 21. Este Regimento entra em vigor na data de sua publicação. São João del-rei, 27 de março de Prof. SÉRGIO AUGUSTO ARAÚJO DA GAMA CERQUEIRA Presidente do Conselho Universitário 5