Principais aspectos da avaliação de rega por sulcos. José Manuel Gonçalves Escola Superior Agrária de Coimbra Tel.

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1 Principais aspectos da avaliação de rega por sulcos José Manuel Gonçalves Escola Superior Agrária de Coimbra Tel

2 Avaliação da rega Consiste na análise do sistema de rega através de técnicas baseadas em medições de campo, para compreender o seu funcionamento e detectar os problemas existentes Tem a finalidade de aconselhar o agricultor a tomar as medidas mais oportunas na melhoria da gestão da rega

3 Avaliação de sistemas de rega Um guia para a gestão da rega John Merriam e Jack Keller 1978, EUA

4 Objectivos Caracterizar quantitativa e qualitativamente as práticas e a gestão da rega, identificando os principais problemas Estimar os valores máximos de eficácia do sistema relativos às estruturas existentes Definir as estratégias alternativas que optimizem os factores água, mão-de-obra, energia e capital Fazer comparações económicas de procedimentos e métodos de rega Adquirir experiência e conhecimento para projectar sistemas de rega

5 Rega por sulcos A superfície do solo está armada em camalhões, os quais delimitam os sulcos, que são pequenos canais de reduzido declive longitudinal e de comprimento relativamente grande A água é aplicada na cabeceira de alimentação da parcela, efectuando-se o escoamento em superfície livre nos sulcos, sobre o solo e por acção da gravidade até ao local onde ocorre a infiltração para a zona radicular da cultura

6 melhores resultados em terrenos planos com solos uniformes e pouco permeáveis

7 Exemplos

8 Exemplos

9 Exemplos

10 Exemplos

11 Pontos fortes simplicidade na operação e manutenção do sistema pouco exigente em tecnologia bem adaptável a culturas em linha reduzido investimento inicial (o nivelamento de terras pode ser uma excepção) consumo de energia nulo ou reduzido grande tolerância ao clima e à qualidade da água relativa flexibilidade quanto à fonte de abastecimento

12 Pontos fracos limitações quanto ao tipo de solo, variabilidade do solo e topografia exige em regra nivelamento exige preparação cuidada do solo e da abertura dos sulcos não é eficaz com dotações reduzidas e frequentes mercado nacional não oferece opções de equipamentos de distribuição de água automatização é complexa relativamente exigente em mão de obra

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27 Factores determinantes no funcionamento e desempenho da rega por sulcos declive longitudinal (valor e regularidade)

28 Factores determinantes no funcionamento e desempenho da rega por sulcos declive longitudinal (valor e regularidade) problemas num terreno mal nivelado terreno inclinado terreno de nível

29 Nivelamento de precisão com controlo laser Com o nivelamento de terras modifica-se a forma da superfície do solo, combinando-se objectivos de rega e de drenagem

30 Factores determinantes no funcionamento e desempenho da rega por sulcos declive longitudinal (valor e regularidade) permeabilidade do solo forma dos sulcos formas típicas dos sulcos

31 Factores determinantes no funcionamento e desempenho da rega por sulcos declive longitudinal (valor e regularidade) permeabilidade do solo forma dos sulcos rugosidade do solo caudal de alimentação dos sulcos

32 Caudais de alimentação dos sulcos (valores normais) Tipo de solo Declive (%) Caudal 1ª rega (L/s) Caudal médio (L/s) Arenoso Franco Argiloso

33 Avaliação da rega Calendários de rega decisão de quando e quanto regar Datas das regas Dotações aplicadas depende da oferta: disponibilidade de água na rede depende da procura: consumo hídrico das culturas Sistema de rega

34 Calendários de rega Disponibilidade de água pela rede colectiva de distribuição indicadores de desempenho: fiabilidade regularidade equidade

35 Calendários de rega Disponibilidade de água pela rede colectiva de distribuição características da rede: caudal, pressão, frequência, duração método de distribuição: rotação, a pedido, por acordo antecedência do pedido

36 Calendários de rega Factores que determinam a procura de água Consumo hídrico (evapotranspiração) Sensibilidade da cultura Reserva de água do solo Precipitação e contributo da toalha freática

37 Exemplo de avaliação de calendário Campo do Bico-da-Barca (MMV) - cultura do milho 180 (mm) Armazenamento C.Campo L.R.Óptimo Registo TDR Mai 08 Jun 08 Jul 07 Ago 06 Set 06 O ut

38 Medições Estimar o teor de humidade do solo antes da rega Registar tempo de rega Registar o estado de desenvolvimento da cultura Estimar ou medir o volume de água aplicado Estimar as perdas de água da parcela por drenagem superficial

39 Sistema de avisos de rega

40 Avaliação dos sistemas de rega Indicadores de desempenho na parcela: Eficiência de rega Uniformidade da infiltração Fracção de Perdas de água

41 Avaliação dos sistemas de rega Elementos a serem considerados na avaliação: Caudal de alimentação dos sulcos e sua regularidade no sector de rega Sistema de distribuição de água aos sulcos Tempo de aplicação Forma, regularidades e rugosidade dos sulcos Perdas de água

42 medição de caudal

43 Espaçamento entre sulcos

44 Secção transversal

45 Análise de dados e resultados Estimar o perfil de água infiltrada (com bases em medições de humidade do solo ou em curva de infiltração e curvas de avanço e recessão) Comportamento da secção transversal (forma, estabilidade, rugosidade) Adequabilidade da infiltração lateral (efectuar cortes transversais 48 h após a rega para avaliar a distribuição da humidade) Avaliar a regularidade da topografia do terreno

46 Caracterização da infiltração Medições de humidade do solo, antes e depois da rega Balanço volumétrico na fase de avanço da rega Balanço volumétrico da rega, considerando o avanço e a recessão Sulco infiltrómetro

47 Nivelamento com controlo Laser medição da infiltração

48 medição de caudais e tempo de avanço

49 Curva de infiltração

50 Curva de infiltração

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54 exemplo de avaliação da rega (Margem Esquerda, solo franco-limoso) Eficiência de aplicação = 82% Uniformidade = 87% Perda por percolação = 10% Perda em superfície = 8% Caudal de alimentação = 1,6 L/s Caudal na extremidade max=0,3 L/s

55 avaliação da uniformidade da alimentação alimentação com manga perfurada e orifícios reguláveis (Tentúgal)

56 avaliação da uniformidade da alimentação alimentação com manga perfurada e orifícios não reguláveis (Coruche, ECR)

57 avaliação da uniformidade da alimentação alimentação com manga perfurada e orifícios não reguláveis (Baixo-Mondego)

58 Alguns dados Investimento Eur/ha Manutenção (Eur/ha)/ano Nivelamento de terras Custo unitário Eur Investimento Eur/ha Manga flexível (5 12 ) Válvulas para manga flexível Tubo PVC janelado ( mm) Mão-de-obra com a rega (manga/tubo) Por ano 6 12 h/ha

59 Muito obrigado. José Manuel Gonçalves Escola Superior Agrária de Coimbra Tel

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