Boletim Informativo 12/08
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- Leonor Benke de Oliveira
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1 Boletim Informativo 12/08 Auditores Tributários Auditores Independentes Consultoria Empresarial M A T É R I A t r i b u t á r i a f e d e r a l Regime Tributário Diferenciado Através da Portaria 2521 de 29 de dezembro de 2008 (DOU ) são estabelecidos os parâmetros para seleção das pessoas jurídicas a serem submetidas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado e especial no ano de 2009: Do Acompanhamento Diferenciado Art. 1º - Para fins do disposto no art. 4º da Portaria RFB nº , de 7 de novembro de 2007, deverão ser indicadas, para o acompanhamento diferenciado a ser realizado no ano de 2009, as pessoas jurídicas: I - sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual declarada na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) do exercício de 2008, ano calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (sessenta e cinco milhões de reais); II - cujo montante anual de receita bruta informada nos Demonstrativos de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), relativos ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (sessenta e cinco milhões de reais); III - cujo montante anual de débitos declarados nas Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), relativas ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (seis milhões e quinhentos mil reais); IV - cujo montante anual de Massa Salarial informada nas Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (nove milhões de reais); V - cujo total anual de débitos declarados nas Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (três milhões de reais). Parágrafo único - Além daquelas indicadas na forma deste artigo, estarão sujeitas ao acompanhamento diferenciado no ano de 2009, as pessoas jurídicas indicadas nos termos dos Parágrafos 1º a 3º do art. 4º da Portaria RFB nº 11211, de Acompanhamento Especial Terão acompanhamento especial as pessoas jurídicas: I - sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual declarada na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) do exercício de 2008, ano calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (trezentos e cinqüenta milhões de reais); II - cujo montante anual de receita bruta informada nos Demonstrativos de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), relativos ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (trezentos e cinqüenta milhões de reais); III - cujo montante anual de débitos declarados nas Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), relativas ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (trinta e cinco milhões de reais); IV - cujo montante anual de Massa Salarial informada nas Guias de Recolhimento do FGTS e Informações MATÉRIA federal Regime Tributário Diferenciado IN fixa valores de correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física - IRPF 2009 Receita altera datas de entrega das declarações de espólio e saída definitiva do país MATÉRIA estadual ICMS Crédito Acumulado/Liquidação de Débito ICMS - Substituição Tributária/Inclusões Escrituração Fiscal Digital RICMS - Alteração MATÉRIA trabalhista e previdenciária Concessão de aposentadoria urbana ficará mais rápida com análise automática do cadastro Atestado Médico Particular e Pericial (INSS)/Benefícios de Incapacidade Laborativa/ Procedimento à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (trinta e cinco milhões de reais); ou V - cujo total anual de débitos declarados nas Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2007, seja superior a R$ ,00 (doze milhões de reais). Parágrafo 1º - O disposto no caput aplica-se também à pessoa jurídica sucessora, nos casos de incorporação, fusão ou cisão total ou parcial, ocorridos no ano-calendário de 2008, quando a incorporada, fusionada ou cindida estava sujeita a esse acompanhamento em decorrência de seu enquadramento nos parâmetros de receita bruta, débitos declarados ou massa salarial. Parágrafo 2º - O acompanhamento de que trata este artigo compreende a execução de todas as ações necessárias para assegurar tratamento prioritário e conclusivo às demandas e pendências relacionadas às pessoas jurídicas indicadas. Parágrafo 3º - O tratamento
2 conclusivo referido no 2º deve ser priorizado em relação às demais atividades desenvolvidas na unidade da RFB. Das Disposições Gerais Art. 3º - As Superintendências Regionais da Receita Federal do Brasil deverão encaminhar à Coordenação Especial de Maiores Contribuintes (Comac), observadas as orientações expedidas por esta Coordenação Especial, a relação das pessoas jurídicas resultantes de incorporação, fusão ou cisão total ou parcial, para o fim previsto no parágrafo único do art. 1º e no parágrafo 1º do art. 2º. Art. 4º - Até 31 de dezembro de 2008, a Comac editará ato interno contendo a relação final das pessoas jurídicas indicadas para o acompanhamento de que trata esta Portaria. Art. 5º - Deverá ser encaminhada comunicação às referidas pessoas jurídicas, até o último dia útil do mês de janeiro de cada ano, sobre sua indicação para o acompanhamento diferenciado. Parágrafo único - A Comac editará, até o último dia útil do mês de dezembro de cada ano, ato interno estabelecendo o modelo de comunicação e as orientações necessárias ao cumprimento do disposto no caput. Art. 6º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º - Revogam-se o art. 6º da Portaria RFB nº 11211, de 07 de novembro de 2007, a Portaria RFB nº 11213, de 08 de novembro de 2007, e a Portaria RFB nº 11365, de 12 de dezembro de IN fixa valores de correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física - IRPF 2009 A Secretaria da Receita Federal, através das Instruções Normativas nºs 895 e 896, de 29 de dezembro de 2008, fixou tabelas progressivas para o cálculo do imposto de renda na fonte e do recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) de pessoas físicas no ano-calendário de 2009 e para os rendimentos de prestação de serviços de transporte rodoviário internacional de carga, auferidos por transportador autônomo pessoa física, residente na República do Paraguai. A correção da tabela do imposto de renda da pessoa física, em 4,5% está prevista na Lei nº , de 31 de maio de 2007, alterada pelo artigo 15 da Medida Provisória nº 451, de 15 de dezembro de 2008, com a inclusão de duas novas alíquotas de 7,5% e 22,5%. Com a correção da tabela, os limites das deduções no cálculo mensal, de que trata a IN RFB nº 896, de 2008, passaram a ser os seguintes: R$ 144,20 (cento e quarenta e quatro reais e vinte centavos) mensais por dependente; R$ 1.434,59 (um mil, quatrocentos e trinta e quatro reais e cinqüenta e nove centavos) mensais, a parcela isenta dos rendimentos de aposentadoria e pensão a partir do mês em que o contribuinte completar sessenta e cinco anos de idade. Receita altera datas de entrega das declarações de espólio e saída definitiva do País A Receita Federal, através da Instrução Normativa RFB nº 897, de 29/12/2008, alterou os prazos de entrega das Declarações de Saída Definitiva do País e de Final de Espólio. No caso da Declaração Final de Espólio o prazo passa a ser sempre no último dia útil de abril, coincidindo com a data de entrega da Declaração de Ajuste anual das Pessoas Físicas. No caso da Declaração de Saída Definitiva do País o prazo passa a ser até 30 (trinta) dias contados da data da saída definitiva, caso esta ocorra após 31 de março. M a t é r i a T r i b u t á r i a E s t a d u a l ICMS Crédito Acumulado/ Liquidação de Débito Com a publicação do Decreto nº , de 17 de dezembro de 2008 (DOE ) foram introduzidas alterações no regulamento do imposto. A medida visa alterar o Capítulo VI do Título V do Livro IV, composto pelos artigos 586 a 592, que estabelece as condições para a liquidação de débito fiscal com a utilização de crédito acumulado do ICMS, inovando as regras estabelecidas no que segue: 1 - permite a liquidação de débito fiscal do imposto com crédito acumulado do ICMS devidamente apropriado pelo detentor, inclusive o relativo a débito parcelado cujo acordo esteja sendo regularmente cumprido, com a possibilidade de liquidação de parcelas integrais vincendas (da última para a primeira parcela), sem haver necessidade de romper o parcelamento; 2 - estabelece que o valor mínimo de pedido de liquidação de débito fiscal com crédito acumulado é o correspondente em reais a Boletim Informativo Etae Dez/08
3 (quinhentas) UFESPs, exceto quando referente a parcelas vincendas de parcelamento; 3 - substitui o Termo de Liquidação de Débito pela Declaração de Liquidação de Débito Fiscal, a qual será firmada apenas pela autoridade administrativa indicada pela legislação, sem a necessidade da assinatura do contribuinte; 4 - permite a liquidação parcial do débito fiscal na hipótese em que o contribuinte não recolha eventual diferença entre o valor do débito e o valor da reserva de crédito acumulado efetuada, caso em que a cobrança da diferença não recolhida prosseguirá, nos termos da legislação. ICMS - Substituição Tributária/ Inclusões Com a alteração da Lei 6.374/1989 dada pela Lei nº , de 22 de dezembro de 2008 (DOE ) são acrescentados ao rol de mercadorias sujeitas ao regime da Substituição Tributária os dispositivos adiante indicados, com a redação que se segue: XXXVIII - quanto a produtos de papelaria, relativamente ao imposto até o XXXIX - quanto a produtos de colchoaria, relativamente ao imposto até o XL - quanto a ferramentas, XLI - quanto a produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, relativamente ao imposto até o XLII - quanto a máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, XLIII - quanto a materiais elétricos, XLIV - quanto a artefatos de uso doméstico, relativamente ao imposto devido nas operações subseqüentes até o XLV - quanto a bicicletas, relativamente ao imposto devido nas operações subseqüentes até o XLVI - quanto a brinquedos, XLVII - quanto a instrumentos musicais, relativamente ao imposto até o Distrito Federal, que promova saída ; Boletim Informativo Etae Dez/08 3
4 Escrituração Fiscal Digital RICMS - Alteração Através da publicação do Decreto n.º 53934, de 31 de dezembro de 2008 (DOE ) é acrescentado o artigo 250-A ao regulamento do imposto transcrito a seguir: Art. 250-A - A Escrituração Fiscal Digital - EFD deverá ser efetuada pelo contribuinte mediante o registro eletrônico, em arquivo digital padronizado, de todas as operações, prestações e informações sujeitas à escrituração nos seguintes livros fiscais (Lei n.º 6374/89, art. 67 e Convênio ICMS nº 143/2006): I - Registro de Entradas; II - Registro de Saídas; III - Registro de Inventário; IV - Registro de Apuração do IPI; V - Registro de Apuração do ICMS. Parágrafo 1º - A Secretaria da Fazenda disciplinará: 1 - a forma, as condições e os prazos em que o arquivo digital da EFD de que trata o caput deverá ser gerado pelo contribuinte e enviado por este à Secretaria da Fazenda, observado o disposto no item 1 do parágrafo 4º; 2 - as hipóteses de: a) substituição do arquivo digital da EFD com a finalidade de retificação da escrituração; M A T É R I A T R a b a l h i s t a e p r e v i d e n c i á r i a A partir de hoje (5), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estará apto a conceder aposentadoria por idade para os trabalhadores urbanos em apenas 30 minutos. No último dia 31, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto 6722/ 08, que alterou o Regulamento da Previdência Social e b) dispensa da EFD, em que o contribuinte ficará obrigado a efetuar a escrituração das operações, prestações e informações de que trata o caput, nos termos do disposto nos arts. 213, 214, 215, 221, 223, 224, 225, 226, 229, 231 e 233 deste Regulamento. Parágrafo 2º - O contribuinte não poderá efetuar a escrituração de que trata o caput de forma diversa da prevista neste artigo, salvo nas hipóteses de dispensa da EFD de que trata alínea b do item 2 do parágrafo 1º. Parágrafo 3º - O arquivo digital da EFD deverá conter a assinatura digital do contribuinte, ou de seu representante legal, certificada por entidade credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), de forma a garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica das informações nele contidas. Parágrafo 4º - Salvo disposição em contrário, o contribuinte deverá, para cada período de referência, relativamente a cada estabelecimento localizado neste Estado: 1 - gerar um único arquivo da EFD e enviá-lo uma única vez à Secretaria da Fazenda; Concessão de aposentadoria urbana ficará mais rápida com análise automática do cadastro possibilitou o reconhecimento automático de direitos. A análise de benefícios levará em consideração os dados referentes a vínculos e contribuições existentes no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Segundo o Ministério da Previdência Social, gradualmente, 2 - conservar o arquivo digital da EFD pelo prazo previsto no art Parágrafo 5º - As obrigações de gerar, enviar e conservar o arquivo digital da EFD, não poderão ser substituídas pela impressão em papel das informações relativas a operações e prestações sujeitas à EFD. Parágrafo 6º - As operações, prestações e informações sujeitas à EFD nos termos deste artigo consideramse escrituradas nos livros fiscais indicados neste artigo, a partir do momento em que for gerado o recibo de entrega do respectivo arquivo digital da EFD regularmente recepcionado pela Secretaria da Fazenda. Parágrafo 7º - A regular recepção do arquivo digital da EFD pela Secretaria da Fazenda não implicará no reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações nele contidas, nem na homologação da apuração do imposto informada pelo contribuinte. Parágrafo 8º - Não se aplicam à EFD os seguintes dispositivos deste Regulamento: 1 - os incisos I, II, III, IV, IX, X, XI, do art. 213; 2 - o parágrafo 1º do art. 213 e os arts. 224, 225, 226, 229, 231 e 233, relativamente aos respectivos livros de que trata este artigo. (NR). Art. 2 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 01 de janeiro de os dados estarão disponíveis para a concessão dos demais benefícios. Em março, será possível conceder aposentadoria por tempo de contribuição para trabalhadores urbanos e, em julho, a concessão de aposentadoria por idade para trabalhadores rurais. De acordo com o ministério, quando o trabalhador requerer a aposentadoria por idade, o servidor do INSS emitirá um extrato com todas as informações de sua vida laboral que constarem do cadastro. Todas as contribuições e vínculos 4 Boletim Informativo Etae Dez/08
5 empregatícios serão considerados para o cálculo do benefício. Se o trabalhador notar a existência de lacunas no seu cadastro, poderá solicitar a inclusão de dados, mas terá que comprovar sua legalidade por meio de documentos. Segundo a legislação previdenciária, o valor da aposentadoria por idade corresponde a 70% do salário de benefício, acrescidos em 1% para cada grupo de 12 contribuições mensais até completar 100% do salário de benefício. Por este motivo, se o trabalhador notar que, mesmo tendo o tempo mínimo para se aposentar, há vínculos empregatícios que não estão no CNIS, será necessário solicitar a inclusão dessas informações. De acordo com a lei, para o trabalhador da área urbana se aposentar por idade é preciso ter 65 anos no caso do homem e 60 anos no caso da mulher e, pelo menos, 180 contribuições, o equivalente a 15 anos. Aos que se inscreveram na Previdência antes de 25 de julho de 1991 é aplicada uma tabela de transição. Para quem atingir a idade em 2009, por exemplo, são necessárias 168 contribuições, o equivalente a 14 anos. A cada ano, são acrescentadas seis contribuições, até chegar a 180, em Atualmente, os vínculos e remunerações a partir de julho de 1994, constantes do CNIS, já são considerados para o reconhecimento automático do direito ao benefício. Isso significa que o ônus da prova de qualquer vínculo existente neste período deixou de ser do segurado e passou a ser do INSS. De acordo com o ministério, para aceitar vínculos e remunerações extemporâneas, aqueles incluídos no sistema após a data legal, o INSS continuará a exigir a apresentação de documentos comprobatórios dos dados ou de divergências, especialmente no caso de retificação de informações. A exigência, neste caso, é essencial para evitar a inclusão de dados fraudulentos. O CNIS, criado em 1989, é o banco de dados do governo federal, com o objetivo de reconhecer automaticamente direitos previdenciários, coibir irregularidades na concessão de benefícios, controlar a arrecadação, direcionar a fiscalização de empresas e subsidiar o planejamento de políticas públicas. Na estrutura de dados do CNIS, existem 165 milhões de registros de pessoas físicas, dos quais 68 milhões com CPF validado junto à base de dados da Receita Federal do Brasil. Há, ainda, 430 milhões de vínculos empregatícios, 10 bilhões de remunerações, 1,3 bilhão de contribuições e 26 milhões de registros de pessoas jurídicas. (Fonte: Agência Brasil) Atestado Médico Particular e Pericial (INSS)/Benefícios de Incapacidade Laborativa/Procedimento Atravé s da publicação da Resolução CFM nº 1.851/2008 (Publicada no D.O.U. de 18 de agosto de 2008, Seção I, pg. 256) recomendamos às empresas em geral, atentar para as disposições pertinentes à emissão de atestados médicos e, por conseguinte sua aceitação para fins de atendimento à legislação do trabalho e da previdência social. O CONSELHO FEDERAL DE MEDI- CINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº , de 19 de julho de 1958, e a Lei nº , de 15 de dezembro de 2004, que altera a Lei nº 3.268/57 e CONSIDER ANDO que o médico assistente é o profissional que acompanha o paciente em sua doença e evolução e, quando necessário, emite o devido atestado ou relatório médicos e, a princípio, existem condicionantes a limitar a sua conduta quando o paciente necessita buscar benefícios, em especial, previdenciários; CONSIDER ANDO que o médico perito é o profissional incumbido, por lei, de avaliar a condição laborativa do examinado, para fins de enquadramento na situação legal pertinente, sendo que o motivo mais freqüente é a habilitação a um benefício por incapacidade; CONSIDERANDO o Parecer CFM nº 5/08, de 18 de abril de 2008; CONSIDERANDO, finalmente, o decidido na Sessão Plenária realizada em 14 de agosto de 2008, RESOLVE: Art. 1º O artigo 3º da Resolução CFM nº 1.658, de 13 de dezembro de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 3º Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes procedimentos: I - especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do paciente; II - estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente; III - registrar os dados de maneira legível; IV - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina. Parágrafo único. Quando o atestado for solicitado pelo paciente ou seu representante legal para fins de perícia médica deverá observar: I - o diagnóstico; II - os resultados dos exames complementares; III - a conduta terapêutica; IV - o prognóstico; V - as conseqüências à saúde do paciente; VI - o provável tempo de repouso estimado necessário para a sua recuperação, que complementará o parecer fundamentado do médico perito, a quem cabe legalmente a decisão do benefício previdenciário, tais como: aposentadoria, invalidez definitiva, readaptação; VII - registrar os dados de maneira legível; VIII - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina. Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Boletim Informativo Etae Dez/08 5
6 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DA RESO- LUÇÃO CFM Nº 1.851/2008 A fim de não dar margem a interpretações conflitantes ao artigo 3º da RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002, que normatiza a emissão de atestados médicos, impõe-se a sua revisão, visto que disposições emanadas de instâncias inferiores têm trazido grande discussão no meio médico acerca da atuação, em especial, do médico perito frente ao médico assistente do paciente. O aludido artigo 3º, estabelece que: Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes procedimentos: a) especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a completa recuperação do paciente; b) estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente; c) registrar os dados de maneira legível; d) identificar-se como emissor mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina. Adequando a discussão à constante evolução que sofre nossa sociedade, em especial, na área da Medicina, impõe ao órgão máximo da categoria, em última instância, disciplinar controvérsias reinantes no seio da classe, afastando, assim, eventual ingerência e fatores de conflito na relação médico-paciente e INSS. Nesse sentido, antes de adentrar ao âmago da discussão, deve-se observar a hierarquia das normas e seus planos hierárquicos, vendo-se que no ápice da pirâmide encontrase o Conselho Federal de Medicina, tendo na base todos os Conselhos Regionais, que embora detenham autonomia funcional, devem obediência normativa àquele. A vista disso, se tem que não pode existir ordenamentos conflitantes no seio dos Conselhos Federal e Regionais, disciplinando de forma diversa um mesmo tema. Dentro dessa ordem de idéias, se faz necessário, para não dizer exigível, manifestação casuística do Conselho Federal acerca do referido artigo, frente à dinâmica dos fatos que se vivenciam. É necessário que o Conselho Federal, de uma vez por todas, normatize a atuação do médico assistente e do médico-perito frente ao paciente, contudo, convém verificar as figuras desses profissionais, de forma isolada, para se poder concluir o presente trabalho. Assim, temos que o médico assistente é o profissional que acompanha o paciente em sua doença e evolução e, quando necessário, emite o devido atestado ou relatório médicos e, a princípio, existem condicionantes a limitar a sua conduta quando o paciente necessita buscar benefícios, em especial, previdenciários. De outro lado, o médico perito é o profissional incumbido, por lei, de avaliar a condição laborativa do examinado, para fins de enquadramento na situação legal pertinente, sendo que o motivo mais freqüente é a habilitação a um benefício por incapacidade. A atividade pericial, no âmbito Conselhal e associativo, se constitui hoje em uma área de atuação de todas as especialidades e é regulamentada pela Lei nº , de 2 de junho de Esta Lei estabelece que compete privativamente aos ocupantes do cargo de Perito Médico da Previdência Social e, supletivamente, aos ocupantes do cargo de Supervisor Médico-Pericial da carreira, o exercício das atividades médico-periciais inerentes ao Regime Geral da Previdência Social, especialmente: I - emissão de parecer conclusivo quanto à capacidade laboral para fins previdenciários; II - inspeção de ambientes de trabalho para fins previdenciários; III - caracterização da invalidez para benefícios previdenciários e assistenciais; e IV - execução das demais atividades definidas em regulamento. Parágrafo único. Os Peritos Médicos da Previdência Social poderão requisitar exames complementares e pareceres especializados a serem realizados por terceiros contratados ou conveniados pelo INSS, quando necessários ao desempenho de suas atividades. Em função disso, a atividade médico-pericial, em especial do INSS, tem por finalidade precípua a emissão de parecer técnico conclusivo na avaliação de incapacidades laborativas, em face de situações previstas em lei, bem como a análise de requerimentos de diversos benefícios, sejam assistenciais, ou indenizatórios. Portanto, é imperativo afastar, ou mesmo retirar, a atribuição do médico assistente de sugerir ao paciente condutas inerentes e específicas da atuação do médico perito, posto serem distintas as atuações desses profissionais. Expectativa gerada por sugestão, não contemplada pelo entendimento do perito, cria situações, não só de indisposição aos médicos peritos, mas pode gerar agressões físicas, inclusive fatais, como já ocorridas. Acentua-se forçosamente, que não se pode conferir ao médico assistente a prerrogativa de indicar o benefício previdenciário, conduta inerente à função do médico perito. Propõe-se, então, retirar a palavra completa do item a) do artigo 3º e acrescentar um parágrafo único neste mesmo artigo, normatizando especificamente o atestado para fins de perícia médica. GERSON ZAFALON MARTINS Conselheiro Relator. AuditoresTributáriosConsultoriaEmpresarial A u d i t o r e s I n d e p e n d e n t e s Etae Boletim Informativo é uma publicação do Grupo ETAE Rua Barão de Itapetininga, 255 2º and, cjs 201 a 208, Centro , São Paulo, SP tel , fax etae@etae.com.br Colaboradores Francisco Fernandes de Andrade Pedro Pinto da Silva Silvia Tareiro Paulo Roberto de Augusto Isihi Flavio Augusto Isihi Tuneo Ono Martinho Nishijima Dimas Gavino José Roberto de Lima Vanti Direção Flávio de Augusto Isihi Projeto Gráfico e impressão Gráfica Exacta 6 Boletim Informativo Etae Dez/08
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