Utilização de Crotalária spectabilis no Controle de Nematóides da Raiz do Feijoeiro

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1 Tabela 1. Potencialidade de fixação de nitrogênio por algumas leguminosas utilizadas como adubo verde. Nome científico Nome comum Quantidade de N fixado (kg/ha) Cajanus cajan Feijão guandu 37 a 280 Canavalia ensiformis Feijão de porco 49 a 190 Crotalaria breviflora Crotalária breviflora 98 a 160 Crotalaria juncea Crotalária juncea 150 a 450 Crotalaria mucronata Crotalária mucronata 80 a 160 Crotalaria ochroleuca Crotalária ochroleuca 133 a 200 Crotalaria spectabilis Crotalária spectabilis 60 a 150 Dolichos lab-lab Lab-lab 66 a 180 Lathyrus sativus Chícharo 80 a 100 Lupinus albus Tremoço branco 128 a 268 Mucuna aterrima Mucuna preta 120 a 210 Mucuna cinereum Mucuna cinza 170 a 210 Mucuna deeringiana Mucuna anã 50 a 100 Vicia sativa Ervilhaca 90 a 180 Fonte: Derpsch & Calegari (1992); Wutke (1993) Utilização de Crotalária spectabilis no Controle de Nematóides da Raiz do Feijoeiro Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da palhada de Crotalaria spectabilis no controle de nematóides da raiz do feijoeiro. Tabela 1. Nematóides dos gêneros Pratylenchus e Pseudhalenchus por grama de raiz de plantas de feijoeiro da cultivar Pérola, em solo com e sem adição de palhada de Crotalaria spectabilis. Tratamentos Número de nematóides por grama de raiz Pratylenchus sp. Pseudhalenchus sp. Solo natural 544,00 16,00 Solo com c. spectabilis 1,23 1,23 Pedro Marques da Silveira1 Carlos Agustín Rava2 1Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fertilidade de Solos e Nutrição de Plantas, Embrapa Arroz e Feijão, Caixa Postal 179, , Santo Antônio de Goiás,GO, Brasil. pmarques@cnpaf.embrapa.br 2 Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitopatologia, Embrapa Arroz e Feijão. rava@cnpaf.embrapa.br

2 NEMATÓIDES DEVEM SER MONITORADOS E MANTIDOS SOB CONTROLE PERMANENTE 17/04/2010 Lavouras de soja com manchas em reboleiras, onde as plantas ficam pequenas e amareladas. Esse sintoma, comum em lavouras de várias regiões do Brasil, especialmente onde o solo é arenoso, revela um mal escondido: os nematóides, vermes não visíveis a olho nu, que provocam lesões nas raízes da soja, comprometendo o sistema de absorção de água e nutrientes. No Brasil, há quatro tipos de nematóides que provocam prejuízos à soja: dois de galha, um de cisto e o das lesões radiculares, chamado de Pratylenchus. Este último, atualmente, vem sendo motivo de preocupação, especialmente na região central do Brasil. De modo geral, há duas estratégias principais para o controle de nematóides em soja. A rotação de culturas e a resistência genética. As duas devem sempre ser usadas de forma combinada. No caso do Pratylenchus, não há fontes conhecidas de resistência, por isso é importante uma mudança de atitude do produtor, explica Waldir Pereira Dias, pesquisador da Embrapa Soja. Essa mudança implica em romper com a ponte verde, ou seja, em evitar o cultivo sucessivo de soja-milho safrinha, sem resguardar um período entre a colheita da soja e o plantio do milho. Sabemos que na ausência de hospedeiro, a população de nematóide cai significativamente, por isso é importante interromper a fonte permanente de alimentos, explica Dias. Também é importante fazer o controle das ervas daninhas e da soja tigüera. Hoje, especialmente em Mato Grosso, a rotação/sucessão da soja com espécies vegetais não hospedeiras já começa a fazer parte das estratégias de manejo nas propriedades onde o Pratylenchus vem causando prejuízos. A rotação com espécies de crotalárias spectabilis e ochroleuca, plantas usadas como adubo verde, tem se mostrado a opção mais eficiente no controle do parasita. As crotalárias, além de elevar o nível de nitrogênio do solo, também reduz as populações de nematóides no solo. Mas é preciso fazer o plantio na densidade adequada, para não deixar espaços para as plantas daninhas, explica o pesquisador. Alguns genótipos de milheto, apesar de não apresentarem a mesma eficiência que algumas crotalarias, também são uma alternativa, principalmente em solos de textura média a argilosa. Para o pesquisador, o controle preventivo é a melhor maneira de combater o problema. O agricultor tem que mapear os talhões onde ocorrem as reboleiras, aferir os níveis populacionais e definir a estratégia, que engloba desde a escolha de cultivares de soja menos sensíveis até a opção pela rotação". Na região Central do Brasil, os danos por nematóides são mais significativos, porque a temperatura e a umidade são mais favoráveis à multiplicação dos mesmos. A incorporação de solos arenosos também agrava o problema. Em regiões onde os solos são mais argilosos, tem mais matéria orgânica e as chuvas também são mais bem distribuídas, como no Sul do país, é mais difícil perceber o ataque de nematóides nas lavouras, porque geralmente não há sintomas visíveis nas plantas. Nesses casos, o produtor deve fazer a coleta de amostras de solo e raízes de soja e encaminhá-las a um laboratório de nematologia, detalha. Alerta o pesquisador: Nas propriedades que não adotam a rotação de culturas, a tendência do problema com nematóides é se agravar cada vez mais. Quem tem problema com nematóides, terá sempre. Não é possível erradicar. A gravidade do problema dependerá do ano e da forma como o agricultor vai conduzir a lavoura.

3 MT Notícias/Nov 2011 O plantio de crotalária na entressafra da soja está se difundindo em Mato Grosso, em substituição aos milhetos ADR 300 e 70-10, como alternativa para reduzir o nível populacional de nematoides, principalmente do nematoide das lesões radiculares, Pratylenchus brachyurus. Porém, o custo é mais elevado. Ao cultivar 200 hectares com crotalária, o produtor irá desembolsar no mínimo R$ 14,4 mil, investimento 140% maior que o empregado para o uso do milheto, que exigiria R$ 5 mil. O produtor Celso Nicaretto, da fazenda Pleno Verão, comprou as sementes de crotalária na região Sul do Estado, pagando cerca de R$ 7,50 (kg). Plantei 200 hectares no mês passado, após a colheita da soja. Influenciado por vizinhos, Nicaretto diz que optou por investir na nova cultura após observada a sua eficácia no controle do nematoide. Na região Leste do Estado, o produtor José Luiz Steffen diz pretender plantar também a crotalária logo após a colheita da próxima safra de soja. A pesquisadora Ligia R. Lopes relata que um produtor de Nova Mutum colheu 22 sacas de soja por hectare com a incidência do nematoide P. brachyurus e após rotação com a crotalária a produtividade subiu para 52 sacas por hectare. Porém, acrescenta, embora o fator de reprodução do nematoide com o milheto fique ao redor de 0,2% e com a crotalária seja praticamente zero, cabe ao produtor avaliar qual alternativa é mais viável economicamente. Por enquanto, o manejo mais adotado no Estado inclui o uso do milheto, mas, com as perdas causadas nos últimos 3 anos, a crotalária já passou a ser utilizada em todas as regiões produtoras de soja e milho de Mato Grosso. O controle do Pratylenchus é bem difícil, pois para ele não há cultivares com moderada ou alta resistência, como para os nematoides de galhas e de cisto, completa.

4 NEMATÓIDES Nematóides são vermes microscópios e geralmente abundantes no solo, água doce e salgada e muitas vezes são parasitas de animais, insetos e também de plantas. Nos solos agrícolas geralmente existem uma comunidade complexa de diferentes espécies de nematóides, alguns se alimentam de bactérias ou fungos com importância na decomposição e reciclagem de nutrientes outros são predadores ou onívoros. No entanto, uma parcela substancial da comunidade de nematoides do solo alimenta-se diretamente nas raízes das plantas, às vezes causando doença ou não. Os fitonematoides em geral são classificados como endoparasitas, que invadem os tecidos radiculares e fica grande parte do seu ciclo de vida dentro das raízes das plantas, ou ectoparasitas, que geralmente alimentam-se externamente a raiz. Os nematoides alimentam-se nas raízes por meio de um estilete que é inserido nas células das raízes para remover o conteúdo celular. Desta maneira impedem a absorção de água e nutrientes pelas plantas. CONTROLE A prevenção é a melhor forma de controle de patógenos de solo, em especial os nematóides. A prevenção mantém a área de cultivo livre desses patógenos, uma vez que introduzidos na propriedade, o produtor terá que conviver com o problema, já que sua erradicação é praticamente impossível. Desta forma, os métodos usuais de controle têm como objetivo principal reduzir ou manter as densidades populacionais dos nematoides em níveis baixos que não causem perdas econômicas. Deve-se também ter o cuidado de desinfestar máquinas e implementos agrícolas que possam disseminar nematóides juntamente com partículas de solo aderidas aos pneus e demais partes do maquinário para áreas de cultivo não contaminadas. Assim, a utilização de jatos fortes de água para remoção de solo aderido aos maquinários é eficiente para evitar a disseminação desses organismos. ALQUEIVE O alqueive constitui em manter o terreno limpo sem a presença de culturas ou plantas infestantes. O solo permanece sem vegetação com práticas de capinas manuais, arações, gradagens e com o emprego de herbicidas temporariamente, em associação. O alqueive reduz a população dos nematoides pela ação dos raios solares. A eficiência do alqueive vai depender de sua duração, da temperatura e da umidade do solo e da espécie de nematoide envolvida. Com esta movimentação, estes consumirão mais suas reservas energéticas e morrerão por inanição. Porém, o alqueive é uma prática que possui o inconveniente do custo de manter o solo limpo por determinado tempo, com redução de lucro para o produtor e favorecimento de erosões em regiões que ocorrem chuvas elevadas. ROTAÇÃO DE CULTURAS A rotação de culturas é uma das práticas mais importantes na redução de nematoides em uma propriedade. Em casos de plantios consecutivos com plantas hospedeiras, de dois a três anos, numa mesma área em que haja incidência do nematoides, pode haver uma explosão dos níveis populacionais destes organismos, inviabilizando desta forma a área para cultivos subsequentes. Entretanto, a rotação é bastante difícil, pois o Meloidogyne spp. apresenta caracterizadas por atacar diferentes espécies de plantas possui mais de espécies de plantas hospedeiras conhecidas. A rotação de culturas com culturas que não hospedam um determinado patógeno tem como finalidade eliminar total ou parcialmente estes organismos pela subtração do seu alimento. PLANTAS ANTAGONISTAS A utilização de plantas antagonistas tem mostrado resultados expressivos na redução dos níveis populacionais de nematoides em diferentes culturas. Crotalárias (Crotalaria spectabilis, C. juncea L. e C. breviflora), cravo-de-defunto (Tagetes patula L., T. minuta L., T. erecta L.) e mucunas (Estizolobium spp.) são exemplos de plantas antagonistas que são utilizadas com sucesso no controle de nematoides. Merece destaque o fato de que a C. juncea e as mucunas tem comprovada eficácia para M. incognita e M. javanica, são hospedeiras desfavoráveis, porém podem causar aumento das densidades populacionais de Pratylenchus. As plantas antagonistas podem permitir a invasão de nematoides, porém não permitem seu desenvolvimento até a fase adulta. É o caso das crotalárias (C. spectabilis e C. ochroleuca), que

5 funcionam como hospedeiras atraindo os nematoides para as raízes. Contudo, numa segunda fase, oferecem repelência aos nematoides que penetram ou que estão nas proximidades das raízes. As crotalárias também produzem substâncias tóxicas, como a monocrotalina, que inibe o movimento dos juvenis. Neste caso, recomenda-se o seu cultivo até aproximadamente 80 dias seguido da incorporação da massa verde, pois se deve evitar o início da floração para não dificultar o processo de decomposição pela formação de alto volume de materiais fibrosos. No caso do cravo-de-defunto, ocorre a liberação de exsudados radiculares com ação tóxica sobre os nematoides, denominada α- tertienil. Outra vantagem das plantas antagonistas, crotalárias e mucunas é que podem ser utilizadas como cultura de cobertura ou serem incorporadas ao solo na forma de adubo verde, com melhoria também nas condições físicas e químicas do solo e pela incorporação de fertilizantes naturais. USO DE MATERIAL ORGÂNICO A utilização de matéria orgânica funciona como condicionador do solo, favorecendo suas propriedades físicas, além de contribuir com fornecimento de determinados nutrientes, como nitrogênio. As plantas são favorecidas em relação ao ataque dos nematoides pelo seu crescimento mais vigoroso. Além disso, a matéria orgânica estimula o aumento da população de microrganismos de solo, em especial de inimigos naturais dos nematoides, além de liberar substâncias tóxicas com sua decomposição que contribuem para a mortalidade destes. O esterco de gado ou de galinha, tortas oleaginosas, palha de café, bagaço de cana e torta de mamona são exemplos de materiais orgânicos. Seu uso tem sido explorado na agricultura orgânica e é recomendado para a exploração de pequenas áreas. O esterco de gado ou de galinha deve ser esterilizado antes de ser aplicado, principalmente em áreas novas de cultivo, pois estes podem constituir-se como fonte de disseminação de fitopatógenos. CULTIVARES RESISTENTES A utilização de variedades resistentes constitui, juntamente com outras práticas culturais, de grande relevância para o controle dos nematoides, e tem como vantagens não oferecer riscos à saúde humana, ser de custo relativamente baixo e não poluir o ambiente. Entretanto devido a variabilidade entre os nematoides, torna-se difícil encontrar uma cultivar totalmente resistente as diversas espécies e raças de nematoides. AMOSTRAGEM PARA DIAGNOSE O correto diagnóstico da espécie de nematoide envolvida é feito pela análise de amostras de solo e raízes em laboratório especializado, visando conhecer as densidades populacionais destes organismos no solo, na fase de pré-plantio e em fases posteriores de desenvolvimento da cultura. Com isso, podese preventivamente reduzir os prejuízos, antes do plantio, bem como amenizar as perdas em caso do nematoide já estar instalado na lavoura. Jadir Borges Pinheiro (PESQUISADOR EMBRAPA CNPH BRASILIA)

6 Adubação verde é a solução contra nematoides Nematoides são organismos microscópicos vermiformes que penetram as raízes e delas retiram os nutrientes necessários para o desenvolvimento. Devido ao parasitismo no sistema radicular, é muito comum que os sintomas ocasionados por esses parasitas sejam confundidos com outros fatores, principalmente com deficiência nutricional. Alguns nematoides, como o das lesões radiculares (Pratylenchus spp.), movimentam-se livremente no interior das raízes, retirando nutrientes e migrando em busca de novos locais para se alimentar. Esses nematoides formam galerias no interior do sistema radicular e abrem portas de entrada para outros patógenos de solo, como fungos e bactérias. Manejo O manejo de nematoides é bastante complexo e, em geral, requer o manejo integrado, incluindo principalmente uso de cultivares resistentes, controle químico e rotação de culturas. O primeiro tem como principal limitação o número reduzido de cultivares que apresentam resistência aos nematoides, especialmente quando eles ocorrem em populações mistas, ou seja, mais de uma espécie em uma mesma área. O controle químico também apresenta limitações, especialmente a falta de produtos registrados para inúmeras culturas, além dos problemas com custos e o risco de contaminação do meio ambiente. A rotação de culturas, por sua vez, é apontada como uma das principais formas de manejo dos nematoides. Nesse sistema podem ser incluídas plantas de interesse comercial, que não permitam a reprodução dos nematoides presentes na área. Contudo, alguns nematoides possuem muitos hospedeiros e praticamente todas as plantas cultivadas são suscetíveis a eles. Como exemplo, temse os nematoides das galhas, cuja seleção de plantas para o controle dos mesmos é dificultada pela suscetibilidade da maioria das espécies de interesse comercial. Mesmo assim, para esses nematoides, a integração lavoura-pecuária tem mostrado resultados interessantes, visto que a maioria das gramíneas que compõe esse sistema (braquiárias e panicuns) não possibilita a multiplicação do nematoide. Porém, nos últimos anos, o principal problema para adoção do sistema de rotação é o manejo de P. brachyurus, que caracteristicamente parasita diversas plantas de interesse comercial, incluindo gramíneas forrageiras. Soma-se a isto o fato de que, em muitas áreas, esse nematoide ocorre associado ao nematoide das galhas, estreitando ainda mais o leque de opções para rotação. Em tais situações, ou mesmo quando a população é isolada, porém muito elevada, uma alternativa viável para o produtor é a utilização da adubação verde. A adubação verde A adubação verde consiste no cultivo de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal, podendo ser utilizada em rotação, sucessão ou em consórcio com culturas de interesse econômico. Na rotação, o adubo verde pode ser incorporado ao solo ou mantido em cobertura sobre a superfície do terreno. Inúmeros atributos são conferidos a essa prática, como proteção do solo, melhoria de suas características físico-químicas, acréscimo de matéria orgânica, aumento na população de micro-organismos benéficos, redução de plantas daninhas, entre muitos outros. A adubação verde também tem vários efeitos positivos na redução dos nematoides. Esta prática adiciona ao solo grande quantidade de matéria orgânica, que durante o processo de decomposição proporciona o aumento na população de diferentes micro-organismos benéficos, inclusive de inimigos naturais dos nematoides. Além disso, durante a decomposição, compostos químicos com atividade nematicida podem ser liberados no solo. Manejo de nematoides com adubação verde Algumas espécies de adubo verde apresentam alto potencial para o manejo dos nematoides, pois funcionam como "armadilha". Isto ocorre quando elas atraem o nematoide para o interior de suas raízes, mas não permitem que eles se multipliquem, ou quando produzem substâncias com atividade nematicida. Merecem destaque entre essas plantas as mucunas e crotalárias, que além de apresentarem efeito nematicida sobre vários nematoides, produzem grande quantidade de massa verde e alta capacidade de fixar nitrogênio atmosférico. A mucuna preta é considerada uma das melhores plantas para adubação verde porque cobre totalmente o solo, produzindo até 40 t/ha de massa verde e contribuindo com a fixação de até 180 kg/ha de nitrogênio da atmosfera. Além dos nematoides, ela auxilia no controle de plantas daninhas e é muito eficiente para reabilitar terras devolutas e proteger o solo contra a erosão, sendo ainda também altamente palatável para animais. A crotalária, por sua vez, fixa até 450 kg/ha/ano de nitrogênio e produz cerca de 30 t/ha de fitomassa verde. Diagnóstico, antes de tudo Antes da introdução de um sistema de adubação verde para o controle de nematoides, é de grande importância o diagnóstico laboratorial das espécies presentes na área, pois alguns adubos verdes também podem ser suscetíveis aos nematoides. Por exemplo, apesar de diversas espécies de crotalária auxiliarem no controle do nematoide de cisto da soja, como Crotalaria spectabilis, C. juncea e C. paulina, outras são consideradas suscetíveis, como a C. lanceolata Em área com infestação de Meloidogyne incognita e M. javanica deve-se ter cuidado com o uso de C. juncea, visto que trabalhos apresentam resultados variados quanto à capacidade de a planta controlá-los. As mucunas estão entre os melhores adubos verdes para o controle de nematoide de cisto da soja e nematoides das galhas, porém, o produtor deve ficar atento, já que elas são suscetíveis a P. brachyurus. Estudos apontam a melhor solução Trabalhos recentes apontaram que o cultivo consorciado de nabo forrageiro e aveia preta no inverno contribui para a redução de P. brachyurus no primeiro ciclo da cultura subsequente. Porém, apesar desta opção e da indiscutível importância dos adubos verdes de inverno para o manejo do solo, para o controle de nematoides os melhores resultados são obtidos quando se opta pelas culturas de verão, porque é nessa época do ano que os nematoides apresentam maior atividade reprodutiva. O custo com a implantação da adubação verde pode ser bastante variável, especialmente em função do preço das sementes e dos custos com maquinários. É importante o produtor optar pela espécie vegetal que melhor se adapte a sua região e à realidade de sua propriedade, utilizando, sempre que possível, máquinas e implementos nela disponíveis. Em todo caso, tal custo não deve ser visto como despesa, mas sim como investimento, uma vez que dados de diversas empresas de pesquisa mostram que os nematoides ocasionam, em média, 10% de redução na produção de soja nacional, chegando a 90% em casos de elevada população e manejo inadequado. No milho, o manejo de nematoides pode aumentar em até 39% a produtividade. Vale salientar que, em determinados casos, principalmente quando as populações de nematoides encontram-se muito elevadas, a rotação com adubos verdes é vista como a principal, senão a única, alternativa de recuperação da saúde do solo. Autores: Cláudia Regina Dias-Arieira Nematologista, professora da Universidade Estadual de Maringá - Campus Umuarama crdarieira@uem.br Fernando Marcelo Chiamolera Doutorando em Fitotecnia - Unesp/Jaboticabal 30/10/2013

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