Estatuto do Desarmamento (Lei /03)
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- Vergílio de Oliveira Branco
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1 Legislação Penal Extravagante Professor Samuel Silva Estatuto do Desarmamento (Lei /03) Olá futuro(a) Policial Militar do Estado de Goiás, tudo bem? Iniciamos hoje a nossa primeira Aula de Legislação Penal Extravagante. Eu, Professor Samuel Silva, estarei com você em 4 encontros neste primeiro módulo. Vamos lá? O Tema da nossa aula de hoje é o Estatuto do Desarmamento (Lei /03), que regulamenta o registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e munição no Brasil. Observa-se, que com o Estatuto, o País passou a ter critérios mais rigorosos para o controle das armas em geral. Até 1997, as condutas envolvendo armas de fogo eram meras contravenções penais. A lei /03 também aperfeiçoou a legislação para punir mais efetivamente o comércio ilegal e o tráfico internacional de armas de fogo. Tais crimes, antes enquadrados como contrabando e descaminho, passaram a ser expressamente previstos em lei especifica. 1. Competência na Lei /03: STJ/STF decidiram que em regra a competência dos crimes do estatuto é da justiça estadual, salvo se atingir interesse direto da União (funcionário infrator). Exceção: tráfico internacional de armas é crime genuinamente federal. 2. Diferença entre porte e posse de arma: 2.1. A posse ocorre no interior da residência do infrator ou nas dependências dela ou no local de trabalho do qual o infrator seja o proprietário ou o responsável legal. (Art. 5º e 12 da Lei /03) O porte ocorre em qualquer outro local que não seja residência ou local de trabalho que o dono da arma seja o proprietário.
2 3. Do Registro: Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei. OBS 1.: As armas de fogo de uso permitido deverão ser registradas no SINARM, vinculado ao Ministério da Justiça e gerido pela Polícia Federal. OBS 2.: As armas de uso restrito, são aquelas que somente podem ser utilizadas pelas Forças Armadas, instituições de segurança pública e pessoas habilitadas, e por isso devem ser registradas no Comando do Exército, órgão responsável pela gestão do Sigma Certificado de Registro de Arma de Fogo: Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm. O CRAF, garante a posse da arma de fogo, exclusivamente no: Interior da residência ou dependência desta; Local de trabalho, desde que o agente seja o titular ou responsável legal pelo estabelecimento ou empresa Aquisição de arma de fogo: Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; II apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; III comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei
3 PARA AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO, DEVE-SE COMPROVAR: Efetiva necessidade; Idoneidade; Ocupação lícita e Residência certa; Capacidade técnica e aptidão psicológica. OBS.: Caso o agente não seja membro das Forças Armadas, integrante de órgãos de segurança pública, agente prisional, Guarda Municipal, dentre outros, somente poderá adquirir uma arma de fogo após atingir a idade de 25 anos. 4. Do Porte: Diferente do que ocorre com a posse, o porte de arma de fogo é restrito, e é este documento que permite que o proprietário transporte a arma consigo fora de sua residência e local de trabalho. O Estatuto do Desarmamento, em seu art. 6º, autoriza o porte de arma para algumas pessoas. Da lista abaixo, é importante que você saiba que os policiais e os militares (incluindo PMs e CBMs) não precisam cumprir os requisitos do art. 4º para adquirir arma de fogo. PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITÓRIO NACIONAL os integrantes das Forças Armadas; os integrantes de órgãos de segurança pública; os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de (cinqüenta mil) e menos de (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
4 os integrantes da Polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias; as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei; para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental. integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria- Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público CNMP. OBS.: A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas 4.1. Do Porte para o caçador de subsistência: Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos: I - documento de identificação pessoal; II - comprovante de residência em área rural; e III - atestado de bons antecedentes.
5 OBS.: O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido Outras autorizações de porte de arma: Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional. 5. Armas de fogo apreendidas: As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. 6. Dos Crimes e das Penas 6.1. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: Pena detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa A posse IRREGULAR tem que ocorrer: a) No interior da residência do infrator ou; b) No local de trabalho do qual ele seja o proprietário ou o responsável legal. FIQUE ATENTO: O STJ, já decidiu que pode haver crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido quando o agente possuir, no interior de sua residência, armas de fogo e munições com os registros vencidos, e também já decidiu que essa conduta não configura crime.
6 DIREITO PENAL. TIPICIDADE DA CONDUTA DE POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM REGISTRO VENCIDO. A conduta do agente de possuir, no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos pode configurar o crime previsto no art. 12 do Lei /2003 (Estatuto do Desarmamento). RHC DF, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 15/9/2015, DJe 5/10/2015. DIREITO PENAL. GUARDA DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM REGISTRO VENCIDO. Manter sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com registro vencido não configura o crime do art. 12 da Lei /2003 (Estatuto do Desarmamento). APn 686-AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 21/10/2015, DJe 29/10/ OMISSÃO DE CAUTELA Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa Omissão de cautela (PRIMEIRA PARTE), consuma-se quando: a) Menor de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodera de arma de fogo. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. OBS.: É um crime culposo (negligência ou imprudência). Observe que crime se consuma com o manejo da arma pelo menor ou deficiente. Caso o acidente efetivamente ocorra, poderá haver outros crimes.
7 6.3. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. FIQUE ATENTO: Segundo o STF e o STJ para que o crime de porte de arma de fogo se consume, não é necessário que a arma esteja municiada. É importante salientar, porém, que o STJ tem entendido que, se a arma não está apta a disparar, não há crime, conforme você pode verificar no julgado abaixo, de agosto de 2014: Não está caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito técnico de arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para realizar disparos. AgRg no AREsp DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/8/2014. OBS.: O STJ já firmou entendimento no sentido de que a prova do porte ilegal pode ser feita por diversos meios, não sendo necessária perícia. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. OOOOOPAA! ADI 3112 Informativo 465 do STF Relativamente aos parágrafos únicos dos artigos 14 e 15 da Lei /2003, que proíbem o estabelecimento de fiança, respectivamente, para os crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e de disparo de arma de fogo, considerou-se desarrazoada a vedação, ao fundamento de que tais delitos não poderiam ser equiparados a terrorismo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes ou crimes hediondos (CF, art. 5º, XLIII). Asseverou-se, ademais, cuidar-se, na verdade, de crimes de mera conduta que, embora impliquem redução no nível de segurança coletiva, não podem ser igualados aos crimes que acarretam lesão ou ameaça de lesão à vida ou à propriedade. LOGO OS PARÁGRAFOS ÚNICOS DOS ARTIGOS 14 E 15 DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO PERDERAM A SUA EFICÁCIA.
8 6.4. DISPARO DE ARMA DE FOGO Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: Pena reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Sem eficácia, conforme vimos anteriormente). OBS.: Este tipo penal tem o condão de proteger a integridade física das pessoas que estejam no local onde o disparo é efetuado. O crime se consuma com o disparo, e somente é punível se a conduta não se referi a outro crime. Caso essa tipificação não fosse considerada subsidiária, o crime em estudo seria praticado junto com outros crimes, em várias ocasiões POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
9 vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. OBS.: Observa-se que esta conduta trata-se de um crime é próprio, pois somente pode ser cometido por quem pratica atividade comercial ou industrial. FIQUE ATENTO: Para este crime, assim como para o TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO, haverá aumento de pena da metade se se a arma de fogo, acessório, ou munição for de uso proibido ou restrito TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 7. Aumento de pena para os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento: Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei.
10 Estes crimes são: Porte Ilegal de Arma de Fogo; Disparo de Arma de Fogo; Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito; Comércio Ilegal de Arma de Fogo; e Tráfico Internacional de Arma de Fogo. OBS.: As empresas mencionadas são aquelas que desenvolvem as atividades de segurança privada e transporte de valores. 8. Liberdade provisória: Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por meio da ADIN LOGO, TODOS OS CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DO DESARMAMENTO ADMITEM LIBERDADE PROVISÓRIA. ******** É isso meus amigos, vamos agora, resolver algumas questões!
11 Questões Estatuto do Desarmamento Lei Nos termos do Estatuto do Desarmamento, Lei n , de 2003, dentre as categorias de pessoas a seguir enumeradas, qual é aquela, para a qual existe a restrição ao direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, com validade em âmbito nacional? a) agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. b) integrantes das Forças Armadas c) integrantes da policia da Câmara dos Deputados. d) integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de (quinhentos mil) habitantes. e) agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência. 2. Lucas, delegado de polícia de determinado estado da Federação, em dia de folga, colidiu seu veículo contra outro veículo que estava parado em um sinal de trânsito. Sem motivo justo, o delegado sacou sua arma de fogo e executou um disparo para o alto. Imediatamente, Lucas foi abordado por autoridade policial que estava próxima ao local onde ocorrera o fato. Nessa situação hipotética, a conduta de Lucas poderá ser enquadrada como a) crime inafiançável. b) contravenção penal. c) crime, com possibilidade de aumento de pena, devido ao fato de ele ser delegado de polícia. d) crime insuscetível de liberdade provisória. e) atípica, devido ao fato de ele ser delegado de polícia.
12 3. Quem vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente, segundo o Estatuto do Desarmamento, incide nas penas do crime de a) disparo de arma de fogo. b) omissão de cautela. c) porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. d) posse irregular de arma de fogo de uso permitido. e) posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. 4. NÃO incorre nas mesmas penas cominadas para o delito de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito quem a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente. b) suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato. c) possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade. e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou e plosivo. 5. João Rambo, proprietário e responsável legal de uma padaria, possui em seu local de trabalho, dentro da gaveta do caixa registrador do estabelecimento, uma arma de fogo de uso permitido, um revólver calibre 22 LR. No entanto, João Rambo não possui registro, nem o porte do referido armamento.
13 Nessa situação, é configurado crime de: a) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido. b) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. c) Omissão de cautela. d) Comércio ilegal de arma de fogo. e) A conduta de João Rambo não constitui crime. 6. Segundo o Estatuto do Desarmamento, para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: I. comprovação de idoneidade. II. apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa. III. comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 7. Proprietário de empresa de segurança deixa de comunicar furto de munição de seu estabelecimento à Polícia Federal. Na hipótese: a) comete o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, na forma comissivoomissiva.
14 b) não comete o crime de omissão de cautela, uma vez que o bem furtado não é arma de fogo. c) comete o crime de tráfico culposo de arma de fogo. d) comete o crime de comércio ilegal culposo de arma de fogo. e) comete o crime de omissão de cautela. 8. No crime de comércio ilegal de arma de fogo, a natureza jurídica do fato de ser a arma ou munição de uso proibido ou restrito constitui: a) circunstância agravante genérica. b) circunstância judicial. c) causa especial de aumento de pena. d) circunstância qualificadora. e) circunstância agravante específica. 9. Com relação às regras previstas na Lei nº /2003, conhecida como Lei de Arrmas, é correto afirmar que: a) o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido deixou de ser considerado crime, tratandose de infração administrativa. b) a posse irregular de arma de fogo é crime inafiançável. c) a supressão de sinal de identificação da arma de fogo é infração administrativa punida com multa. d) o disparo de arma de fogo deixou de ser considerado crime, tratando-se de contravenção penal e) há causa de aumento de pena para os crimes de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito praticados por policiais civis ou militares.
15 10. NÃO constitui conduta equiparada a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito a) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. b) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente. c) expor à venda, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar d) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado. e) possuir, deter, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Gabarito das Questões 1D - 2C - 3E - 4D - 5A - 6E - 7E - 8C - 9E - 10C Você sempre sabe quando você não fez o suficiente, mas você nunca sabe quando você fez demais. - Charley Pell
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