Eventos pluviais extremos: análise comparativa entre observações de RADAR e pluviômetros de superfície

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1 Eventos pluviais extremos: análise comparativa entre observações de RADAR e pluviômetros de superfície Introdução Liliana de Oliveira Pereira Emerson Galvani 2 A precipitação pluvial (chuva líquida e ou sob a forma sólida, granizo) é um dos atributos do clima mais importantes para os estudos climatológicos, isso se deve às conseqüências que estas podem ocasionar, quando ocorridas de forma excessiva e em larga escala (precipitação de elevada intensidade), causando diversos danos para os setores econômico e social (tais como agricultura, transporte, abastecimento de água e energia elétrica, etc.) e episódios relacionados a impactos ambientais em diversas escalas como enchentes, inundações, assoreamento de cursos d água, dentre outros. Segundo Custódio (200), nos trópicos, onde o regime fluvial é determinado pelas estações de chuvas e secas, a constatação de um clima urbano alerta para o aumento da freqüência e da intensidade das precipitações, sobretudo das precipitações excepcionais. Essa excepcionalidade climática, de acordo com a autora, ou desastre climático, potencializa o risco e os danos das inundações em áreas densamente urbanizadas, tal caso o da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). Ainda de acordo com Custódio (200), é imprescindível considerar que a existência de desastres naturais, relacionados a intensas chuvas, é uma função do ajustamento humano a eles, posto que sempre envolvem iniciativa e decisão humana e que as enchentes não seriam danosas se o homem evitasse as áreas mais vulneráveis como as planícies inundáveis, além do que a atuação humana pode decisivamente contribuir para alterar as condições de regime e escoamento dos cursos d água. Assim, visando uma contribuição aos estudos geográficos e principalmente àqueles ligados à climatologia, é que se verificou a importância desta proposta de pesquisa que realizou um estudo sistemático de uma das principais ferramentas disponíveis na atualidade para o monitoramento pluvial, o radar meteorológico, juntamente com a análise de dados de postos pluviométricos de superfície para a análise de precipitação intensa na RMSP. Geógrafa e aluna do Programa de Pós -Graduação em Geografia Física- FFLCH/ USP. liliana.pereira@usp.br 2 Professor Doutor do Departamento de Geografia- FFLCH/ USP. egalvani@usp.br

2 Revisão Bibliográfica Para tal finalidade esta pesquisa apóia- se em uma revisão bibliográfica relevante aos estudos geográficos principalmente aos voltados à climatologia que possuem a função de possibilitar conhecimentos mais apurados sobre eventos pluviais extremos monitorados por meio de imagens de radar meteorológico e de dados de postos pluviométricos em superfície das quais destacam- se, as obras de Alves Filho (996), Fragoso (996), Pereira Filho (989) e Scolar (999) por apresentarem, como principal proposta de análise, o estabelecimento da relação entre os produtos fornecidos pelo Radar Meteorológico e a devida aplicabilidade conferida a estes no efetivo acompanhamento de eventos pluviais, especialmente em áreas urbanas. Episódios pluviais intensos na Região Metropolitana de São Paulo é o destaque na dissertação de Alves Filho (996) que apoiou- se na análise de doze eventos de inundações compondo um estudo analítico de clima urbano, usando dados pluviométricos de uma série temporal entre os anos de 982 e 99. Fragoso (996), realizou um estudo no qual indicou a climatologia como um dos domínios dentre as ciências que tratam da atmosfera em que as imagens de radar constituem um dos instrumentos de trabalho que vem crescentemente sendo aplicado em estudos que abordam as situações atmosféricas responsáveis por precipitações intensas e estes por sua vez estão relacionados, muitas vezes, a fenômenos de meso-escala, como sistemas convectivos, cuja configuração e dinamismo só são reveladas por meio de imagens de radar. Já as contribuições de Pereira Filho (989), em sua dissertação, para esta pesquisa baseiam- se em diversos estudos sobre a utilização de radares meteorológicos para previsão de chuva a curto-prazo aplicado à previsão hidrológica em bacias urbanizadas, na qual definiu a RMSP como área de estudo. Por fim, o estudo de Scolar (999) intitulado A utilização de imagens de radar meteorológico para quantificação da precipitação pluviométrica realizou pesquisa relevante sobre a importância do uso de imagens de radar para a estipulação dos totais de chuva em áreas urbanas e rurais. Materiais e Métodos Para a realização deste trabalho visitas técnicas foram realizadas com a finalidade de registro de imagens fotográficas das dependências do SAISP- Sistema de Alerta de 2

3 Inundações de São Paulo, CGE- Centro de Gerenciamento de Emergências e do local onde o radar móvel do IAG- Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas esteve instalado no município de Barueri- SP, bem como de colher informações, dados técnicos de utilização e funcionamento e obter os mapas de chuva fundamentais para a base teórico-metodológica deste trabalho, contando ainda com o auxílio de entrevistas junto aos operadores responsáveis pelos órgãos citados. Estes órgãos visitados, realizam de forma integrada o monitoramento pluvial da grande São Paulo por meio do Radar Meteorológico de São Paulo, instalado em Ponte Nova na divisa entre os municípios de Biritiba Mirim e Salesópolis, setor leste do estado de São Paulo (na região da bacia do Alto Tietê) que tem a função de monitorar eventos de pluviosidade na RMSP. Desta forma, com a conclusão das etapas acima mencionadas, tornou- se possível traçar um panorama relacionando as imagens de operação de um radar meteorológico, as formas de utilização dos produtos gerados por este aparelho de monitoramento especificamente no caso de uma vertente da Ciência Geográfica, a Climatologia. Utilizou- se nesta pesquisa, como objeto de estudo, a análise comparativa entre as imagens de radar meteorológico de um caso ligado a evento de pluviosidade excessiva (verificado na Região Metropolitana de São Paulo entre os dias 24 e 25 de maio de 2005, outono) e os gráficos pluviométricos confeccionados a partir de dados de pluviômetros de superfície. Este episódio se configurou, de acordo com dados obtidos junto ao SAISP, como uma excepcionalidade meteorológica, posto que a ocorrência deste evento foge aos padrões normais para a época em que ocorreu, no qual, de acordo com o relatório diário de chuva fornecido por este órgão mencionado, registrou-se o maior total pluviométrico da última década, cerca de 86 mm/h (na região da Serra de Paranapiacaba) em menos de vinte e quatro horas, sendo que a média pluviométrica para o mês de maio inteiro é de apenas 80 mm/h. Resultados e Discussão Segundo Alves Filho (2003), Palmer e Marshall, realizaram os primeiros estudos sobre as possíveis aplicações de radares em meteorologia, que resultaram, em 948, nos primeiros estudos sobre a relação quantitativa entre as medidas de radar e a intensidade da precipitação por ele detectada em superfície, ou seja, estes pesquisadores perceberam que o mesmo dispositivo que estava servindo para a detecção de alvos como 3

4 aviões e embarcações também serviriam para detectar outro tipo de alvo como gota de água em suspensão na atmosfera. Segundo Lisboa et al. (986), em meteorologia por radar o termo alvo significa algo na atmosfera que faz retornar para um receptor uma quantidade detectável de energia eletromagnética na faixa de freqüência de ondas de rádio. Portanto no estudo das aplicações do radar meteorológico deve-se considerar a difusão ou reflexão de energia de gotas de nuvens, de partículas de gelo, de flocos de neve, em regiões com grandes variações no índice de refração, e até mesmo, às vezes, por insetos e pássaros. De acordo com Pereira Filho et al. (989), a origem da palavra RADAR provém da designação, em inglês, Radio Detection and Ranging, cuja tradução quer dizer detecção de alvos e medida de distância por rádio ecos (mais precisamente por energia eletromagnética). O Radar Meteorológico é um dos equipamentos mais utilizados por estações meteorológicas no monitoramento de eventos ligados à precipitação na Região Metropolitana de São Paulo pois este, de acordo com Fragoso (996), supre informação de maneira eficaz e mais rápida frente a outros utilizados pela meteorologia como os satélites meteorológicos. Assim, em condições meteorológicas que variam rapidamente, e que exista a necessidade de acompanhamento mais detalhado, as imagens de radar são a ferramenta mais indicada, juntamente com a leitura dos pluviômetros instalados em diversos pontos da RMSP. Seu princípio de funcionamento baseia-se, segundo Alves Filho (996) et al., em um princípio semelhante ao sistema de navegação de um morcego emitindo pulsos de energia eletromagnética que ao encontrarem um alvo (sistema de nuvens) detectam e retornam ao equipamento repassando-lhe dados desse alvo. Este instrumento é composto por uma antena de transmissão e por um dispositivo receptor de sinais para alta freqüência. A torre do radar é metálica, e possui cerca de 9 metros de altura. Ela suporta a antena do radar banda S (comprimento de onda alpha = 0 cm). A antena do radar emite pulsos de energia eletromagnética que retornam a esta quando parte da energia emitida é refletiva pelo alvo. O sinal eletromagnético é adequadamente tratado em uma interface e encaminhado para o processamento. Posteriormente este sinal pode ser visualizado em monitores de vídeo para que, nas centrais de monitoramento pluvial, usando também dados da rede de pluviômetros, sejam impressos e analisados e assim os boletins de acompanhamento em tempo real possam ser confeccionados. 4

5 ANTENA Transmissor/Receptor ALVO FIGURA : Esquema de funcionamento do radar meteorológico Fonte: ALBINO; PRADO, Com alcance de até 400 km, o radar é capaz de operar isoladamente ou formando uma rede de sensores para compor o cenário de uma região mais abrangente, ou ainda, associados a sistemas mais amplos e complexos. Através do radar meteorológico, e a partir de um ponto específico, pode-se dispor do campo detalhado de precipitação em um determinado momento ou ainda de forma acumulada e em tempo real sobre uma área extensa, possibilitando assim, o uso de modelos de alerta por diversos órgãos, tais como os que operam no estado de São Paulo: SAISP e o CGE- Centro de Gerenciamento de Emergências de São Paulo, sobre a ocorrência de potenciais eventos de pluviosidade entre outros de mesma gênese. Uma característica importante do princípio de funcionamento dos radares meteorológicos modernos, segundo dados obtidos junto ao SAISP, é o software utilizado para o tratamento do grande volume de dados de refletividade gerados pelo equipamento. Este software permite ter-se em tempo real a distribuição da chuva em uma base cartográfica a um nível de altura constante, denominado CAPPI, do inglês Constant Altitude Plan Position Indicator. Os dados de chuva na área do radar são interpolados num nível de altura constante entre,5 a 8,0 km de altura, em uma área de aproximadamente 360 km² de raio, com uma resolução espacial que atinge cerca de 2 km². A área desta resolução espacial é o eqüivalente a possuir-se (trinta e dois mil e quatrocentos) postos pluviográficos em uma área de Km² (cento e cinqüenta e dois mil quilômetros quadrados) aproximadamente. 5

6 Segundo Lisboa (986), a partir de dois CAPPIs distintos, separados por um intervalo de tempo variável entre 20 e 50 minutos, determina-se através de uma correlação espacial entre as taxas de precipitação observadas a velocidade do sistema. De posse da velocidade e da direção de deslocamento da chuva é possível determinar os campos de precipitação, em determinada escala de tempo e espaço e, desta forma, efetuar a previsão para até três horas da frente de chegada do sistema, em uma área distinta. Desta forma, é possível notar o indispensável papel representado por este aparelho, pois devido à dimensão de sua área de alcance ser significativamente grande, substitui a mão-de-obra de muitos técnicos que trabalhariam nestes postos pluviográficos e também reduz gastos com a obtenção e manutenção de muitos outros aparelhos que são utilizados nestes postos. Dentre as principais aplicações dos produtos e informações obtidas através do radar meteorológico, o sensoriamento remoto do evento de pluviosidade torna possível o acompanhamento de sua evolução espaço-temporal sobre as bacias hidrográficas. Porém, o intervalo entre a observação do fenômeno de pluviosidade e a emissão de boletins de previsão, deve ser dotado de um sistema de aquisição e tratamento de dados em tempo real, de modo a realizar a coleta de dados de chuva em intervalos de tempo regulares, quantificando a mesma por unidade de área na superfície. Esses dados são introduzidos em modelos hidrológicos que possibilitam realizar a previsão da vazão dos cursos d água que cortam a RMSP. Os principais produtos gerados por este instrumento são: - Os mapas de precipitação: também denominados CAPPI, (sigla em inglês, Constant Altitude Plan Position Indicator), ou indicador de plano de altitude constante, que consiste em uma ilustração gerada em tempo real, em um evento intenso a cada 5 minutos, as áreas onde está ocorrendo precipitação na área de cobertura do radar. Por meio de uma graduação de cores que indica a intensidade da chuva é possível a realização de sua leitura na unidade de medida mm/ h (milímetros por hora). Em tons azuis claros chuva fraca (garoa) e em tons avermelhados chuva intensa (geralmente de gênese convectiva). 6

7 mm/h FIGURA 2: Imagem da precipitação - CAPPI que indica a chuva em mm/h. Fonte: O Topo de Ecos: é um outro produto que pode ser confeccionado a partir das análises das imagens fornecidas pelo radar; trata-se de um eficiente indicador de atividade convectiva, posto que representa a medida de precipitação no topo das nuvens sendo possível estimar a altura em quilômetros dos sistemas atuantes, onde em uma graduação de cores os setores do sistema que são mais altos são representados por cores quentes e vice-versa. Também possibilita na média e alta camada atmosférica a verificação da presença, ou não de granizo suspenso nas mais altas camadas dos cúmulo-nimbos. mm/h FIGURA 3: Ilustração do produto Topo de Ecos da região do Butantã Fonte:

8 3- O produto ALERTA é obtido, segundo o SAISP, através da análise integrada das imagens geradas pelo radar e por meio das informações e dados fornecidos pela rede hidrológica fluviométrica (Rede Telemétrica do Alto Tietê no leste da Região Metropolitana de São Paulo e de Cubatão na Baixada Santista). No estado de São Paulo, especificamente, o ALERTA, de acordo com os técnicos e meteorologistas do SAISP, nada mais é do que o resultado de boletins emitidos periodicamente (a cada cinco minutos) durante o evento chuvoso e que trata-se de uma ferramenta auxiliar utilizada na identificação de áreas que apresentam potencial para uma possível ocorrência de tempestades (chuvas de convecção) e por conseqüência efeitos danosos produzidos pelas mesmas, tais como extravasamento de cursos fluviais e alagamentos em áreas extremamente urbanizadas. De acordo com o SAISP, a função ALERTA é na realidade uma síntese da análise de outros produtos gerados pelo radar meteorológico indicadores de atividade convectiva intensa, convertidos em um boletim. Nestes boletins os eventos pluviais são classificados por categorias de intensidade: - tempestade, pode ser classificada como uma chuva severa que pode, muitas vezes, ser acompanhada por uma variedade de fenômenos meteorológicos tais como ventos, granizo, trovoada e relâmpagos associados à intensa atividade convectiva, que nada mais é que uma precipitação de curta duração, porém suficiente para provocar enchentes súbitas, devido à intensidade de sua quantificação espacial ser muito grande. Neste caso, este evento pode gerar boletim de estado de ALERTA; - chuva de média intensidade em pontos isolados, classificada como chuva moderada, analisada pelo SAISP, que emite apenas um boletim de estado de ATENÇÃO, para as áreas afetadas pelo evento, pois tendo-se em vista as condições dinâmicas da atmosfera e dos sistemas convectivos é importante salientar este estado para que não ocorram situações inesperadas que demandem soluções emergenciais em um curto espaço de tempo; - chuva fraca, classificada como leve, ou ausência de precipitação, permite aos técnicos do SAISP através da identificação de sua área de ocorrência, emitir boletins de estado de OBSERVAÇÃO, por meio das imagens geradas pelo radar e pelos postos pluviométricos. De posse de tais dados e produtos obtidos pelo radar e encarregados de realizar as verificações e análises necessárias, os técnicos e meteorologistas do SAISP, emitem os ALERTAS sob as condições necessárias, mas que nem sempre suficientes, para a 8

9 determinação de características meteorológicas significativas em superfície. E é justamente por esta razão que este produto recebe a designação de ALERTA, pois este fundamenta- se em dados históricos de radar na chamada climatologia local, ou escala microclimática. O produto final de todas as observações e análise de dados é o Relatório de Evento, segundo os meteorologistas do SAISP. A partir das conclusões obtidas elaborase uma espécie de Dossiê sobre o fenômeno, destacando principalmente sua gênese, identificação temporo- espacial, duração e áreas afetadas com os possíveis danos, além das imagens e outros produtos gerados pelo radar e por dados dos pluviômetros em superfície. Para a constatação da utilização de todos os produtos do radar citados até aqui foi utilizada como estudo de caso, a análise de um episódio que atingiu alguns setores do estado de São Paulo, incluindo a capital entre os dias 24 e 25 de maio de 2005, de acordo com dados obtidos junto à Defesa Civil do Estado de São Paulo. A precipitação medida no dia 24 atingiu a marca dos 7 milímetros em cerca de 24 horas, um evento pluvial de tamanha magnitude e vigor não era registrado no mês de maio em São Paulo há pelo menos três décadas, de acordo com o relatório oficial elaborado pelo SAISP. Ainda segundo, o SAISP, a madrugada do dia 24 foi atingida por esse intenso e vigoroso evento de pluviosidade, em função da entrada de uma forte massa de ar frio oriunda do sul do país, no setor leste do estado de São Paulo, provocando uma situação de verdadeiro caos não somente na Grande São Paulo como também em demais municípios do estado como Indaiatuba, localizado a cerca de 00 Km da capital, que foi tragicamente atingido pelo temporal no dia seguinte. De acordo com o relatório e CAPPI s deste evento gentilmente cedidos SAISP, áreas de instabilidade que se formaram devido ao rápido deslocamento de uma frente fria causaram fortes chuvas em todo o estado nesta ocasião. Ainda segundo o relatório, a chuva teve início às 3:4 (GMT) 3 na madrugada do dia 24 passando por um pico as 20:4 (GMT) terminando as 5:47 (GMT) do dia Greenwich Meridian Time, convenção internacional para fuso horário no meridiano 0º que, convertendo-se para o horário oficial de Brasília, deve-se subtrair 3 horas. 9

10 mm/h FIGURA 4: CAPPI do início do evento na grande São Paulo, às 3:4 (GMT) 0:4, no horário de Brasília, de 24 de maio de 2005 Fonte: SAISP, 2008 mm/h FIGURA 5: CAPPI do pico do evento na grande São Paulo às 20:4 (GMT) 7: 4, no horário de Brasília, de 24 de maio de 2005 Fonte: SAISP, 2008 Abaixo seguem os gráficos de pluviosidade registrada pelos pluviômetros digitais das estações meteorológicas de superfície do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo, em quatro regiões da cidade, no mês de maio de 2005:

11 Precipitação na Zona Oeste de São Paulo no mês de Maio de 2005 em mm (Estação Butantã) 78,8 60,2 mm ,2 0 6, 0, FIGURA 6: Precipitação, em mm/h, registrada na Zona Oeste de São Paulo Org.: Pereira, L. O., 2008 Dias Precipitação na Zona Leste de São Paulo no mês de Maio de 2005 em mm (Estação Aricanduva) mm ,3 56,7 4 0,9,3 0,3 4,7 0, Dias FIGURA 7: Precipitação, em mm/h, registrada na Zona Leste de São Paulo Org.: Pereira, L. O., 2008

12 Precipitação na Zona Norte de São Paulo no mês de Maio de 2005 em mm (Estação Santana) ,9 mm ,4 9,2 0,0,8, Dias FIGURA 8: Precipitação, em mm/h, registrada na Zona Norte de São Paulo Org.: Pereira, L. O., 2008 Precipitação na Zona Sul de São Paulo no mês de Maio de 2005 em mm (Estação Jabaquara) mm ,90,4 0,4 4,9 7, Dias 86,5 45,7 0, FIGURA 9: Precipitação, em mm/h, registrada na Zona Sul de São Paulo Org.: Pereira, L. O., 2008 Uma breve análise comparativa entre o CAPPI (Figura 5) que imageou o pico do evento pluvial e os gráficos de precipitação registrada em superfície nas quatro estações base do CGE, indica que a chuva ocorreu de maneira uniformemente espacializada pela RMSP, e ainda que, segundo os totais pluviométricos registrados em cada um dos posto dos setores Oeste, Leste Norte e Sul da capital paulista foram atingidos pelas chuvas nos dias 24 e 25 de forma semelhante não havendo significativas diferenças entre os máximos milímetros em cada um dos dois dias de duração do evento fazendo concluir-se que as células convectivas apresentavam muitos quilômetros de extensão horizontal.

13 mm/h FIGURA 0: CAPPI que indica o término do evento às 5:47 (GMT) 2:47, no horário de Brasília, de 25 de maio de 2005 Fonte: SAISP, 2008 Na figura 4 tem-se o CAPPI que registrou o exato momento no qual o sistema de nuvens começa a se formar devido a influencia da forte massa de ar que atingiu o estado, no qual averiguou-se ainda não estar ocorrendo precipitação na capital. O CAPPI que registrou a máxima intensidade do sistema, como verifica- se na figura 5, foi obtido por volta das 7 horas do dia 24. Interpretando este CAPPI, nota-se que praticamente toda a RMSP está sendo atingida pelas chuvas e que os setores rastreados pelo raio de 240 km do radar de Ponte Nova, que mais foram atingidos, estavam situados no núcleo da célula convectiva, próximo à área onde está instalado o radar, variando de 30 a 75 mm/h de precipitação. Já o terceiro CAPPI ilustrado na figura 0, permite averiguar que apenas cerca de 20 por cento da área coberta pelo radar está sedo atingida por uma chuva que segundo a classificação meteorológica padrão definida pelo SAISP, está classificada como leve (com variações de 0 a 5 mm/h) em alguns pontos do setor oeste da RMSP e extremo sul da capital paulista. Os postos da rede telemétrica do Alto Tietê e Cubatão, registraram chuva acumulada variando entre 29,4 e 86, 9 mm/h (posto de Paranapiacaba). De acordo com os gráficos pluviométricos, gentilmente cedidos pelo SAISP, entraram em estado de

14 extravasamento 4 Ribeirão dos Meninos, um afluente do Córrego Tamanduateí e o posto fluviométrico de Barragem Móvel. Segundo dados e informações obtidas em visita técnica junto ao Centro de Gerenciamento de Emergências- CGE de São Paulo, foram registrados cerca de 3 mm/ h de chuva na capita paulista em um período de menos de 24 horas, marca bem superior à registrada em todo o mês de maio do ano anterior que registrou 70,5 mm/h de precipitação. Ainda de acordo com dados do CGE e SAISP, analisados na última década, o maior índice pluviométrico já verificado em todo o mês de maio foi medido no ano de 998 ano este que apresentou pouco mais de 06 mm/h, portanto conclui-se que este evento foi classificado pelos meteorologistas como excepcional anomalia convectiva. Com toda esta quantidade de chuva, inúmeros transtornos foram enfrentados pela população em relação aos transportes como quilômetros e mais quilômetros de congestionamentos devidos aos inúmeros pontos de alagamento registrados pelo CGE. Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 8:30 h do dia 25 eram registrados recordes de aproximadamente 9 km de congestionamento na capital paulista, sendo que a média para este horário é de normalmente 80 Km o que obrigou a CET suspender o rodízio de veículos nestas circunstâncias. Os efeitos e estragos deste intenso evento também foram sentidos em outros setores do estado, a região de Campinas foi uma das mais afetadas pelo temporal, causando devastação em vários municípios como Capivari, onde o saldo foi de uma morte no bairro de Calegari. Na região metropolitana de São Paulo, no município de Mairiporã houve também morte em conseqüência das fortes chuvas. Outros casos fatais envolvendo mortes foram, de acordo com dados jornalísticos, foram registrados nos municípios de Mairinque, Guarujá e na capital. Outro grave problema que a população teve de enfrentar foram as enchentes. De acordo com os técnicos do CGE e SAISP, em toda a cidade de São Paulo foram registrados cerca de 46 pontos de alagamentos sendo um dos mais sérios, aquele que há muito não ocorria, deixando submersa por cerca de duas horas seguidas uma das vias mais movimentadas da cidade de São Paulo- A Marginal do rio Tietê. Constatou-se, portanto, a partir das análises das três CAPPI (imagens dos mapas de chuva) e dos quatro gráficos confeccionados a partir dos dados dos postos pluviométricos localizados nas regiões norte, sul, leste e oeste em superfície, que o radar meteorológico constitui uma ferramenta eficaz no sentindo de quantificar a pluviosidade, 4 - Inundação provocada pela invasão natural das margens pelas águas do curso d água.

15 localizando as células precipitantes e acompanhando sua evolução espaço-temporal, já que foi possível notar um paralelo entre a quantidade de chuva (em mm/h) registrada nos pluviômetros de superfície e aquela observada nas imagens CAPPI. Mostrando-se um eficiente recurso para a previsão de eventos de pluviosidade já que, segundo Fragoso (996) et al, supre de informações de modo rápido os órgãos incumbidos de prestar os primeiros socorros em caso de eventos severos. Considerações Finais Monitorar remotamente a chuva é na atualidade uma emergência constante principalmente quando se trata da observação e acompanhamento dos fenômenos de gênese convectiva que se formam rapidamente e atingem de forma avassaladora regiões ou áreas densamente urbanizadas e muito populosas causando danos muitas vezes irreversíveis. Para tais finalidades o aprimoramento de novas técnicas e equipamentos, como o Radar Meteorológico, se faz primordial em todos os níveis de análise que percorrem desde o planejamento urbano centralizado ou até mesmo aquele realizado com incumbência emergencial para corrigir falhas e minimizar danos; até mesmo quando se faz um apanhado generalizado sobre as questões relativas à meteorologia/ climatologia abrangentes em escala nacional. Foi possível concluir no item Resultados e Discussões, deste trabalho, por meio de observações e análises, que existe uma correlação visual nítida entre os totais de chuva registrados nos pluviômetros de superfície e as imagens obtidas por radar meteorológico no evento de grande magnitude ocorrido entre os dias 24 e 25 de maio do ano de Através dos mapas CAPPI e dos gráficos de totais pluviométricos notou-se que os índices de chuva ultrapassaram a marca dos 70 mm/h em todas as estações de superfície do CGE no dia 24 de maio. Portanto, como considerações finais pôde-se observar a correlação intrínseca entre as duas metodologias de avaliação e registro de chuvas adotadas nesta pesquisa, já que em termos quantitativos tantos os CAPPI s como os dados pluviométricos dos postos em superfície registraram os mesmos totais de chuva na Grande São Paulo durante o evento extremo analisado.

16 Referências Bibliográficas ALBINO, D.; PRADO, B. R. Material de aula confeccionado para a disciplina de Climatologia-I, p. 4, ALVES FILHO, A. P. Episódios pluviais intensos na Região Metropolitana de São Paulo: uma avaliação no decênio Dissertação de Mestrado. São Paulo, FFLCH/ USP, 996. CUSTÓDIO, V. A persistência das enchentes na Grande São Paulo. Tese de Doutoramento. São Paulo, FFLCH/ USP, 200. FRAGOSO, M. A utilização das imagens de radar meteorológico em climatologia. Lisboa, Finisterra, 996. LISBOA, H. M. Avaliação da estimativa da precipitação por radar meteorológico na previsão de vazões em tempo-real para uma bacia urbana. Dissertação de Mestrado. São Paulo. IAG/ USP, 986. PEREIRA FILHO, A. J. Uso do radar meteorológico para previsão de chuva a curto-prazo aplicado à previsão hidrológica em bacias urbanizadas. Dissertação de Mestrado. São Paulo, IAG / USP, 989., A. J. Radar Meteorológico: Curso de Interpretação de Imagens e análise meteorológica- Meteorologia com radar. São José dos Campos- UNIVAP, 999. SCOLAR, J. Utilização de radar para quantificação da precipitação pluviométrica. Seminário apresentado à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP de Botucatu. Botucatu, 999. THIELEN, J.; GADIAN, A. Influency of Topography and Urban Heat Island Effects on the Outbreak of Convective Storms Under Unstable Meteorological Conditions: a Numerical Study. Meteorological Applications. Vol. 4, 997.

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