Em 2010, senadores candidatos usam mais verba para divulgar mandatos do que senadores não candidatos

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1 A Transparência Brasil é uma organização brasileira, independente e autônoma. Rua Francisco Leitão 339 cj São Paulo SP Brasil. Tel: tbrasil@transparencia.org.br. Em 2010, senadores candidatos usam mais verba para divulgar mandatos do que senadores não candidatos Por Fabiano Angélico 1 Agosto de 2010 Projeto Excelências e a verba indenizatória O projeto Excelências, da Transparência Brasil, monitora a atividade de mais de 2 mil parlamentares, ocupantes das 55 principais Casas Legislativas do país. No sítio de Internet do projeto ( é possível obter diversas famílias de informações a respeito desses deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores de capitais. Os dados são constantemente recolhidos de fontes oficiais. Uma das famílias de informações constante no projeto é o uso da verba indenizatória (quando a Casa Legislativa publica os dados de maneira acessível, o que acontece em uma quantidade limitada de casos a maioria das Casas sequer publica os dados). Para visualizar informações relacionadas ao uso da verba indenizatória no Senado e em outras oito Casas Legislativas, basta acessar Os dados relativos ao Senado cobrem o período de fevereiro de 2008 a julho de O presente estudo aponta que cada senador candidato nas eleições de outubro embolsou em 2010 (até julho) uma média de R$ 22 mil a título de ressarcimento por uso da verba dita indenizatória em consultorias e divulgação do mandato, quantia 48% maior do que o montante utilizado em média por cada senador não candidato no mesmo período nas mesmas rubricas. Entre os quatro maiores partidos, o DEM reúne os senadores com maiores gastos em divulgação de mandato: despesa média de R$ 39 mil, quase o dobro dos gastos médios dos senadores do PMDB (R$ 21 mil), mais do que o dobro dos senadores do PSDB (R$ 17 mil) e quase o quádruplo do PT (R$ 10 mil). Observa-se ainda que as cinco bancadas estaduais mais gastadoras nas rubricas consultorias e divulgação são as do Distrito Federal, Alagoas, Tocantins, Rio Grande do Norte e Piauí. Por outro lado, as cinco bancadas com menos despesas apresentadas são as de São Paulo, Roraima, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais. A verba indenizatória A verba dita indenizatória é um benefício a que têm direito parlamentares de quase todas as Casas legislativas brasileiras. Trata-se de um estipêndio mensal que deve ser utilizado para custear atividades relacionadas ao trabalho parlamentar. No Senado Federal, assim como em várias Casas Legislativas brasileiras, é possível utilizar a verba indenizatória para a divulgação do mandato embora em ano eleitoral o senador só possa utilizar a verba para esse fim nos três primeiros meses do ano 2. 1 Coordenador de projetos. Apoio de Marina Atoji. Direção: Claudio Weber Abramo.

2 Além da divulgação de mandato parlamentar, a verba pode ser usada para consultorias, aluguel de imóveis para escritório político, aquisição de material de consumo para uso no escritório político e locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes. Devido ao fato de que muitos parlamentares disfarçam gastos com comunicação na forma de consultorias (de assessores de imprensa, marqueteiros e outros), no projeto Excelências reúnem-se numa mesma categoria as rubricas divulgação do mandato parlamentar e consultoria. Os gastos dos senadores candidatos em consultorias e divulgação Cinquenta e quatro senadores são candidatos nas eleições de outubro. Desse grupo, dez não apresentaram despesas em Consultorias/Divulgação em nenhum dos sete primeiros meses de São eles: Alfredo Nascimento (PR-AM), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Delcídio Amaral (PT-MS), Edison Lobão (PMDB-MA), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Gilvam Borges (PMDB-AP), Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Marco Maciel (DEM-PE) e Romeu Tuma (PTB-SP). Os demais senadores candidatos se utilizaram neste ano eleitoral de um total de R$ 1 milhão na rubrica. Em 2010, o gasto médio ficou em R$ 22,7 mil para os 44 senadores candidatos que informaram esses tipos de despesa. Dezoito gastaram acima desse montante. Desse grupo, dez são políticos da região Nordeste. O maior gastador da lista é um político do Centro-Oeste (Adelmir Santana, candidato a deputado federal pelo DEM do Distrito Federal), mas em segundo e terceiro lugares estão senadores do Nordeste: Fernando Collor (PTB), candidato a governador de Alagoas, e Rosalba Ciarlini (DEM), candidata a governadora do Rio Grande do Norte. No outro extremo da lista, quem aparece com o menor gasto com consultorias e divulgação em 2010 é Marina Silva, do PV do Acre, candidata à Presidência da República, com R$ 105. Em penúltimo está Magno Malta (PR), candidato à reeleição no Espírito Santo (R$ 507), e em antepenúltimo aparece Aloizio Mercadante (PT), candidato a governador de São Paulo (despesas de R$ 591). Na tabela abaixo estão os 44 senadores candidatos, os partidos políticos a que estão filiados e a Unidade da Federação que representam, além do cargo que disputam em outubro e a quantia embolsada em 2010 (até julho) por despesas com consultorias e divulgação do mandato parlamentar, de acordo com dados do projeto Excelências. Senador Partido UF Candidatos em 2010 Cargo a que concorre Montante (R$) Adelmir Santana DEM DF Deputado federal ,00 Fernando Collor PTB AL Governador ,59 Rosalba Ciarlini DEM RN Governador ,50 Demóstenes Torres DEM GO Senador ,48 Heráclito Fortes DEM PI Senador ,00 João Ribeiro PR TO Senador ,00 2 Íntegra da Portaria do Senado nº 2, de 2003, que regula o uso da verba indenizatória: 2

3 Senador Partido UF Candidatos em 2010 Cargo a que concorre Montante (R$) Valdir Raupp PMDB RO Senador ,33 Renan Calheiros PMDB AL Senador ,00 Jarbas Vasconcelos PMDB PE Governador ,99 Mão Santa PSC PI Senador ,75 Garibaldi Alves Filho PMDB RN Senador ,00 João Vicente Claudino PTB PI Governador ,00 Lúcia Vânia PSDB GO Senador ,71 Raimundo Colombo DEM SC Governador ,59 Papaléo Paes PSDB AP Senador ,00 José Agripino Maia DEM RN Senador ,00 Tasso Jereissati PSDB CE Senador ,00 Marcelo Crivella PRB RJ Senador ,26 MÉDIA ,54 Osmar Dias PDT PR Governador ,72 Roberto Cavalcanti PRB PB Senador ,00 Paulo Paim PT RS Senador ,00 Serys Slhessarenko PT MT Deputado federal ,19 Antonio Carlos Júnior DEM BA Suplente senador ,66 Cristovam Buarque PDT DF Senador ,60 Jefferson Praia PDT AM Senador ,00 Flexa Ribeiro PSDB PA Senador ,67 Marconi Perillo PSDB GO Governador ,82 José Nery PSOL PA Deputado estadual ,20 Sérgio Guerra PSDB PE Deputado federal ,00 Tião Viana PT AC Governador ,84 Jorge Yanai DEM MT Senador ,00 Fátima Cleide PT RO Senador 9.970,00 Efraim Morais DEM PB Senador 6.000,00 Ideli Salvatti PT SC Governador 5.863,42 Renato Casagrande PSB ES Governador 5.300,00 César Borges PR BA Senador 5.160,00 Patrícia Saboya PDT CE Deputado estadual 4.492,79 Hélio Costa PMDB MG Governador 3.750,00 Almeida Lima PMDB SE Deputado federal 2.646,80 Flávio Arns PSDB PR Vice-governador 2.076,70 Romero Jucá PMDB RR Senador 1.298,44 Aloizio Mercadante PT SP Governador 591,36 Magno Malta PR ES Senador 507,48 Marina Silva PV AC Presidente 105,00 TOTAL ,89 Os senadores que não disputam as eleições de 2010 apresentam gastos mais modestos em consultorias e divulgação este ano: média de R$ 15,4 mil. 3

4 Assim, a despesa média dos senadores candidatos é quase 50% superior à dos não candidatos. Despesa média dos senadores candidatos (R$) Despesa média dos senadores não candidatos (R$) Diferença , ,63 48% Vinte e sete senadores não são candidatos em Para oito deles, não consta no sítio do Senado qualquer informação sobre gastos com consultorias ou divulgação: Epitácio Cafeteira (PTB-MA), Mauro Fecury (PMDB-MA), Cícero Lucena (PSDB-PB), Alvaro Dias (PSDB-PR), Francisco Dornelles (PP-RJ), Régis Fichtner (PMDB-RJ), Pedro Simon (PMDB-RS) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE). Entre os dezenove senadores não candidatos que foram reembolsados, quem mais gastou no período foi Gim Argello (PTB), que chegou a ser cotado para concorrer ao governo do Distrito Federal: despesas de R$ 45 mil. Já o senador que menos gastou foi João Tenório (PSDB-AL): R$ 167. Não candidatos em 2010 Senador Partido UF Montante (R$) Gim Argello PTB DF ,00 Mozarildo Cavalcanti PTB RR ,70 Inácio Arruda PC do B CE ,60 Augusto Botelho PT RR ,00 Valter Pereira PMDB MS ,00 Gerson Camata PMDB ES ,00 José Sarney PMDB AP ,00 Mário Couto PSDB PA ,00 MÉDIA ,63 Kátia Abreu DEM TO ,58 Jayme Campos DEM MT ,00 Acir Gurgacz PDT RO ,00 Marisa Serrano PSDB MS ,05 Sérgio Zambiasi PTB RS ,00 Geraldo Mesquita Júnior PMDB AC 7.463,89 Eliseu Resende DEM MG 5.000,00 João Durval PDT BA 3.900,00 Eduardo Suplicy PT SP 1.000,00 Neuto De Conto PMDB SC 240,00 João Tenório PSDB AL 167,09 TOTAL ,91 Partidos políticos Entre os 44 senadores que são candidatos, há filiados de doze partidos políticos. Considerando-se apenas as quatro maiores legendas (cada uma com mais de cinco senadores 4

5 candidatos), os que mais gastam com consultorias e divulgação pertencem ao DEM: despesa média de R$ 39 mil, quantia superior aos gastos médios dos senadores do PMDB (R$ 21 mil), do PSDB (R$ 17 mil) e do PT (R$ 10 mil). Partido Nº de senadores candidatos Despesa média (R$) PTB ,30 DEM ,80 PSC ,75 PMDB ,22 PRB ,63 PSDB ,70 PR ,16 PDT ,53 PSOL ,20 PT ,14 PSB ,00 PV Unidades da Federação Entre os 44 senadores candidatos com despesas efetuadas este ano com consultoria e divulgação, os mais gastadores representam o Distrito Federal, Alagoas, Tocantins, Rio Grande do Norte e Piauí. Nota-se que nesse grupo há três estados do Nordeste, um represente do Centro-Oeste e outro da região Norte. A ausência de estados do Sul ou do Sudeste sugere que a prática de se utilizar de verba indenizatória para divulgar o mandato é menos usual em regiões mais desenvolvidas economicamente. Na outra extremidade da tabela, os senadores que apresentaram as menores despesas foram eleitos em São Paulo, Roraima, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais (três estados da região Sudeste, um do Norte e um do Nordeste). Senadores candidatos UF Despesa média (R$) DF ,30 AL ,30 TO ,00 PI ,25 RN ,50 GO ,00 AP ,00 RO ,67 RJ ,26 PE ,00 RS ,00 5

6 Senadores candidatos UF Despesa média (R$) SC ,01 AM ,00 CE ,40 MT ,10 PB ,00 PA ,44 PR ,71 BA ,33 AC 5.097,42 MG 3.750,00 ES 2.903,74 SE 2.646,80 RR 1.298,44 SP 591,36 Por que o projeto Excelências agrupa divulgação e consultoria? De acordo com as regras do Senado, são passíveis de ressarcimento as despesas dos parlamentares com: Aluguel de imóveis para escritório político (...); Aquisição de material de consumo para uso no escritório político (...); Locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes. Contratação de consultorias, assessorias, pesquisas, trabalhos técnicos e outros serviços de apoio ao exercício do mandato parlamentar. Divulgação da atividade parlamentar. Observe-se que a permissão para se usar dinheiro público para divulgação de mandato é por si só uma contrafação e serve apenas aos propósitos eleitorais dos senadores, uma vez que o Senado Federal já possui uma vasta estrutura de comunicação 3, que inclui uma emissora de TV, uma emissora de rádio, uma agência de notícias e um jornal impresso, além de atuação nas chamadas novas mídias, como o microblog Twitter 4. Além disso, a possibilidade de se utilizar recursos públicos para a contratação de consultorias e outros serviços de apoio sem tornar públicas informações sobre o tipo de serviço prestado abre margem para desvios. No projeto Excelências optou-se por reunir as cinco rubricas apresentados pelo Senado em quatro. Assim, Aluguel de imóveis para escritório político torna-se simplesmente Aluguel ; Aquisição de material de consumo para uso no escritório político é registrado como Diversos ; Locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes 3 TV Senado ( Rádio Senado ( Agência Senado ( Jornal do Senado ( 4 O setor de comunicação do Senado tem três contas no Twitter. Ver 6

7 torna-se Transportes/Estadias ; e as rubricas Divulgação do mandato parlamentar e Consultorias torna-se uma só categoria: Consultorias/Divulgação. Optou-se por se reunir numa mesma categoria as rubricas consultorias e divulgação do mandato parlamentar porque muitas das despesas inscritas como consultorias são na realidade serviços de comunicação. Tal raciocínio se materializa quando se observam os gastos neste ano eleitoral. Como se mencionou no início deste estudo, o documento que disciplina o uso da verba indenizatória no Senado proíbe a utilização do estipêndio para fins de divulgação do mandato no período de seis meses que antecede as eleições. Uma pesquisa realizada no sítio de Internet do Senado indica que de fato nenhum senador inscreveu despesas na categoria divulgação a partir de abril de Entretanto, vinte senadores contrataram empresas de comunicação no período e inscreveu tais gastos na rubrica consultorias. A tabela abaixo apresenta os senadores que utilizaram os recursos para pagar empresas de comunicação, o partido a que estão filiados, a Unidade da Federação que representam, o cargo que estão disputando nas eleições 2010 e a quantia que embolsaram a título de ressarcimento após gastos com empresas de comunicação em abril, maio, junho e julho de 2010: Senador Partido UF Candidatos em 2010 Cargo ao qual se candidata Montante (R$) Adelmir Santana DEM DF Deputado federal ,00 Fernando Collor PTB AL Governador ,77 Rosalba Ciarlini DEM RN Governador ,50 Demóstenes Torres DEM GO Senador ,34 Renan Calheiros PMDB AL Senador ,00 Jarbas Vasconcelos PMDB PE Governador ,99 Lúcia Vânia PSDB GO Senador ,00 Heráclito Fortes DEM PI Senador ,00 João Vicente Claudino PTB PI Governador ,00 Cristovam Buarque PDT DF Senador 7.500,00 Papaléo Paes PSDB AP Senador 7.500,00 Roberto Cavalcanti PRB PB Senador 7.500,00 Antonio Carlos Júnior DEM BA Suplente senador 6.500,00 Raimundo Colombo DEM SC Governador 5.500,00 Garibaldi Alves Filho PMDB RN Senador 4.636,00 Mão Santa PSC PI Senador 3.600,00 Hélio Costa PMDB MG Governador 3.070,00 Fátima Cleide PT RO Senador 810,00 Ideli Salvatti PT SC Governador 530,00 Serys Slhessarenko PT MT Deputado federal 225,00 TOTAL ,60 A tabela abaixo apresenta a(s) empresa(s) de comunicação que cada senador contratou no período entre abril e julho. Embora não se saiba qual o serviço de consultoria prestado, 7

8 pode-se afirmar que todas as empresas abaixo têm ao menos uma atividade econômica diretamente ligada a serviços de comunicação. É o que aponta consulta ao sítio de Internet da Receita Federal 5. Senador Adelmir Santana Fernando Collor Rosalba Ciarlini Demóstenes Torres Heráclito Fortes Renan Calheiros Jarbas Vasconcelos Mão Santa Garibaldi Alves Filho João Vicente Claudino Lúcia Vânia Raimundo Colombo Papaléo Paes Roberto Cavalcanti Serys Slherassenko Antonio Carlos Junior Cristovam Buarque Fátima Cleide Ideli Salvatti Hélio Costa Empresa de comunicação contratada a título de consultoria WHD CONSULTORIA E COMUNICACAO S/C LTDA CITEL SERVICE ALEXANDRE FERREIRA MULATINHO VP CONSULTORIA EMPRESARIAL E ASSESSORIA TECNICA EM PROJETOS LTDA ME. LOGOS PROPAGANDA LTDA POLIS EDITORIAL LTDA NOVAGENCIA PROPAGANDA LTDA CENTRO DE PESQUISA DE MIDIA LTDA ME VTV PRODUCOES LTDA GLOBAL COMUNICACAO E ASSESSORIA LTDA ER PRODUCOES NOVO JORNAL RN GRAFICA E EDITORA LTDA ICONE COMUNICACAO LTDA VIDEOPRESS PRODUCOES E JORNALISMO LTDA ME AT + G PRODUCOES LTDA GW BRASILIA COMUNICACAO S/A FABRICA DE COMUNICACAO LTDA T. P. S. FRANCO - ME V BATISTA DO NASCIMENTO ME PLANO A COMUNICACAO E EVENTOS LTDA GRAFICA E EDITORA CENTRO OESTE LIMITADA FRARANI -CONSULTORIA E PESQUISA - CONSUPESQ CLIP & CLIPPPING COMUNICACAO LTDA TECNICO MANUT DE EQUIP. DE INFORMATICA LTDA-ME AGENCIA HIVE ICONE VIDEO LTDA PONTO X COMUNICACAO INTEGRADA LTDA Seguem-se cinco exemplos para ilustrar o uso de verba indenizatória na rubrica consultorias para a contratação de empresas de comunicação. Exemplo 1 Candidato a deputado federal, Adelmir Santana (DEM-DF) informa em julho três meses antes das eleições ter efetuado pagamentos à empresa WHD Consultoria e Comunicação: 5 Seção Emissão de comprovante de inscrição e de situação cadastral do sítio de Internet da Receita Federal: acessado em 10.ago Uma tabela que indica a(s) atividade(s) econômica(s) de cada uma das empresas listadas na tabela acima pode ser encontrada neste endereço: 8

9 De acordo com o cadastro da WHD na Receita Federal, a empresa é uma agência de publicidade: 9

10 Exemplo 2: O ex-presidente Fernando Collor (PTB), candidato a governador de Alagoas, utilizou-se da verba indenizatória para pagar serviços da empresa Citel Service. O cadastro da Citel na Receita Federal informa que, entre suas oito diferentes atividades econômicas, a empresa atua em duas áreas ligadas à comunicação: 10

11 Exemplo 3: Rosalba Ciarlini (DEM), candidata ao governo potiguar, declara na rubrica consultorias ter gastado em julho a quantia de R$ com Alexandre Ferreira Mulatinho : O CNPJ referente a Alexandre Ferreira Mulatinho indica uma empresa individual cujas atividades estão diretamente relacionadas com a ação publicitária: 11

12 Exemplo 4: Demóstenes Torres, candidato à reeleição pelo DEM de Goiás, informou em junho despesas de mais de R$ 7 mil com a empresa Logos Propaganda: Na Receita Federal, o cadastro da Logos informa que a empresa tem uma única atividade econômica: 12

13 Exemplo 5: O ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) utilizou os serviços da empresa Novagencia Propaganda no período em que o uso da verba indenizatória é vetado para a divulgação do mandato. Em junho de 2010, por exemplo, o senador alagoano informou ter desembolsado R$ em favor da Novagencia. A atividade econômica principal da Novagencia é agência de publicidade, de acordo com a Receita Federal: 13