ANÁLISE DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA JAN/2015
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- Rodrigo Festas
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1 ANÁLISE DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA JAN/015 COMÉRCIO VAREJISTA NO BRASIL RECUPERA VENDAS EM JANEIRO A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem como objetivo produzir indicadores que permitam acompanhar a evolução conjuntural do comércio varejista e de seus principais segmentos. De acordo com a PMC, o comércio varejista do país iniciou 015 com variações de 0,8% no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, ambas as taxas com relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Tanto na série de volume quanto na de receita, o resultado volta a ser positivo depois da interrupção no crescimento apresentada em dezembro (-,6%). Para o Comércio Varejista Ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, a variação sobre o mês anterior, com ajuste sazonal, foi de 0,6% para o volume de vendas e a receita nominal. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, apresentou queda de (-,9%) para o volume de vendas e aumento de 0,5% na receita nominal. No acumulado dos últimos 1 meses, as taxas foram de (-,%) e 3,1% para o volume de vendas e para a receita nominal, respectivamente. A tabela 1 mostra os resultados para o Brasil. Tab.1 Brasil: Volume de Vendas e Receita Nominal do Comércio Varejista em (%) Período Varejo Varejo Ampliado Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal Janeiro / Dezembro 0,8 1,3 0,6 0,6 Janeiro 015 / Janeiro 0,6 6, -,9 0,5 01 Acumulado 015 0,6 6, -,9 0,5 Acumulado em 1 meses 1,8 8,0 -, 3,1 Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015 A PMC mostrou que cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram alta mensal no volume de vendas, com destaque para: 1,3% em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação;,% em Móveis e eletrodomésticos; 1,% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 1,3% para Tecidos, vestuário e calçados; 0,3% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 0,0% para Combustíveis e lubrificantes; (-0,1%) para Material de construção; (-0,5%) em Veículos e motos, partes e peças; (-0,6%) para Livros, jornais, revistas e papelaria; e (-%) para Outros artigos de uso pessoal e doméstico. A queda de 10,% em livros jornais, revistas e papelaria ocorreu além dos preços serem altos, o setor que está tendo substituição, revistas e livros estão passando a ser consumido pelo meio eletrônico. Ele já vem desde o ano passado sofrendo queda segundo o IBGE. Ver a tabela logo abaixo, com todos os resultados. O resultado foi pior na conta do chamado varejo ampliado, que inclui os setores de veículos e material de construção: queda de,9% na comparação com janeiro de 01. As condições de crédito desfavoráveis, a inflação elevada e a falta de confiança do consumidor são algumas razões que explicam o resultado ruim. A Confederação Nacional do Comércio/CNC está pessimista. A CNC revisou a previsão de crescimento do varejo para
2 todo o ano para baixo. A tabela mostra os resultados do mês de janeiro para todos os subgrupos de atividades do comércio varejista. Tab. Brasil: Volume de Vendas do Comércio Varejista e Comércio Varejista Ampliado Segundo Grupos de Atividade - Janeiro 015 ATIVIDADES MÊS/MÊS MÊS/IGUAL MÊS ACUMULADO ANTERIOR (*) DO ANO ANTERIOR Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação NOV DEZ JAN NOV DEZ JAN NO 1 ANO MESES COMÉRCIO VAREJISTA (**) -,6 0,8 1, 0,3 0,6 0,6 1,8 1 - Combustíveis e -0,3-0,5 0,0 0,1,0,1 lubrificantes - Hiper, supermercados, -0,9-0,3-1, -0,9 0,9 prods. alimentícios, bebidas e fumo.1 - Super e hipermercados -0,5-0,3-1,1-0,8 0, 0, 0,9 3 - Tecidos, vest. e calçados, -7, 1,3 1,8-3, ,3 - Móveis e eletrodomésticos 6,6-9,,,3-3, -3,1-3,1-0,1.1 - Móveis , -,9-11,0-11,0-0,8. - Eletrodomésticos , -,8 0,5 0,5 0,3 5 - Artigos farmaceuticos, -0,6-1,1 1, 6,0 8,0 5,0 5,0 8,3 med., ortop. e de perfumaria 6 - Equip. e mat. para 5,5-7,6 1,3 5,6 7, 19,0 19,0 0,0 escritório informatica e comunicação 7 - Livros, jornais, rev. e 1-9,7-0,6-5, -9,3-10, -10, -9,1 papelaria 8 - Outros arts. de uso pessoal 5,5-3, - 11,7 7,,7,7 7, e doméstico COMÉRCIO VAREJISTA 1,6-3,6 0,6 -, -, -,9 -,9 -, AMPLIADO (***) 9 - Veículos e motos, partes e 7,3-9,6-0,5-9,5-8,6-16,6-16,6-10,8 peças 10- Material de Construção - -0,1 -, 1,0 -,8 -,8-0,6 Fonte: IBGE-PMC/Janeiro/015 (*) s com ajuste sazonal (**) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (***) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10
3 Unidades da Federação Brasil: Comércio Varejista - Resultados Regionais A PMC mostrou que os resultados de janeiro de 015 em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, foram positivos, em termos de volume de vendas, para 3 estados. As maiores taxas ocorreram no Amapá (8,6%); Sergipe (,%); Piauí (3,%); Distrito Federal (,7%); e Ceará (,%). O gráfico 1 ilustra as taxas de variação do volume de vendas para o comércio varejista no Brasil, em janeiro de 015. Gráfico 1. Brasil: Variação do Volume de Vendas do Varejo por UF (Jan-015) Brasil: Variação do Volume de Vendas do Varejo por UF Janeiro-015 AP SE PI DF CE PA RO TO PB AM SP RJ GO AL SC Brasil PE RN AC RS PR BA MA MG -0, MT -0,MS -0, ES -0, RR 0,1 0, 1 0,9 0,8 0,8 1, 1, 1,7 1,7 1,6,,7 3,, 8, Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015 O comércio varejista ampliado 1 no Brasil registrou na relação janeiro de 015/janeiro de 01, para o volume de vendas, uma variação de -,9% e taxa acumulada em 1 meses de -,%. Segundo o IBGE, essa desaceleração ocorreu em função do desempenho negativo de veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -16,6%, acumulando em 1 meses taxa de -10,8%. 1 Inclui os setores de veículos e material de construção, além daquelas que compõem o varejo.
4 Unidades da Federação A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da desaceleração do crescimento real da massa de salários. No varejo ampliado, considerando a comparação de jan-015jan-01, 0 estados apresentaram variações negativas no volume de vendas na comparação com o mesmo período do ano anterior, destacando-se Distrito Federal (-1,%), seguido por Acre (-9,3%); Goiás (-8,8%); São Paulo (-8,%); e Rio Grande do Sul (-8,%). As maiores taxas positivas foram Amapá (17,3%) e Roraima (1%). O destaque positivo vai para o Amapá (17,3%), Roraima (1%) e Rondônia (,8%). Ver o gráfico logo abaixo, com os resultados do varejo ampliado para o Brasil. Gráfico. Brasil: Variação do Volume de Vendas do Comércio Varejista Ampliado por UF (Jan-015/Jan-01) Brasil: Variação do Volume de Vendas do Comércio Varejista Ampliado (Jan-015/Jan-01) -0,3-0,5-0,8 AP RR RO RJ SE RN MS MA CE AL, 1,7 1,3 1,1,8 1 17,3-1,9 -, -,6-3, -3, -, -,5 -,9-5,7-5,8-7, -8, -8, -8,8-9,3-1, -1, -1, ES PA SC PE AM BA PI PR MT Brasil TO PB MG RS SP GO AC DF Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015
5 SERGIPE: COMÉRCIO VAREJISTA APRESENTA CRESCIMENTO NO VOLUME DE VENDAS EM JANEIRO DE 015 O comércio varejista de Sergipe apresentou variação positiva de,% no mês de janeiro de 015 (ajustado sazonalmente), em relação ao mês anterior. É importante lembrar que em dezembro, o comércio varejista apresentou uma queda nas vendas de (-6,9%). O resultado de janeiro, portanto, mostrou uma recuperação excelente no início deste ano. Sergipe apresentou resultado superior ao Brasil (0,8%). A receita de vendas apresentou variação positiva de,6%. Considerando o resultado das vendas de janeiro-015 em relação ao mesmo mês do ano anterior, Sergipe obteve uma variação positiva de,5%, assim como em relação à receita nominal de vendas, 6,7%. No ano, o volume de vendas apresenta uma variação acumulada de,5%. Em relação ao comércio varejista ampliado, Sergipe apresentou uma variação positiva de,5% no volume de vendas, no mês de janeiro em relação à dezembro de 01. Na comparação entre o mês de janeiro-015 em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio varejista também apresentou uma variação positiva de 1,7%. A tabela 3 apresenta, de forma reduzida, os resultados do volume de vendas e da receita nominal do comércio varejista para o Estado de Sergipe, em janeiro de 015. Tab.3. Sergipe: Volume de Vendas e Receita Nominal do Comércio Varejista em (%) Período Varejo Varejo Ampliado Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal Janeiro / Dezembro,,6,5,5 Janeiro 015 / Janeiro 01,5 6,7 1,7 5,7 Acumulado 015,5 6,7 1,7 5,7 Acumulado em 1 meses 1,3 6,5 1,6 6, Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015. Obs.: O comércio varejista ampliado inclui as atividades de veículos e de material de construção, além daquelas que compõem o varejo. O gráfico 3 ilustra o comportamento mensal da taxa de variação do volume de vendas em Sergipe, para o ano de 01 e 015, com ajuste sazonal. Gráfico 3. Sergipe: Variação do Volume de Vendas do Comércio Varejista (mês/mês anterior): ,7 Sergipe: Variação Mensal do Volume de Vendas do Comércio Varejista (mês/mês anterior): ,1,3, 1,1, jan/1 fev/1 mar/1 abr/1 mai/1 jun/1-0,9-1,9 -,8 jul/1 ago/1 set/1 out/1 nov/1 dez/1 jan/ ,9 Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015.
6 No que concerne à receita de vendas, o comércio varejista de Sergipe apresentou em janeiro (,6%) deste ano um resultado superior ao mesmo mês do ano anterior (,0%). No ano, a receita de vendas apresentou uma variação positiva de 6,7%. O gráfico ilustra o comportamento da variação mensal da receita de vendas do comércio varejista de Sergipe no ano de 01 e janeiro de 015. Gráfico. Sergipe: Variação Mensal da Receita de Vendas do Comércio Varejista : (mês/mês anterior) Sergipe: Variação Mensal da Receita de Vendas do Comércio Varejista (mês/mês anterior): ,3 1,1 1,7 jan/1 fev/1 mar/1 abr/1 mai/1 jun/1 jul/1 ago/1 set/1 out/1 nov/1 dez/1 jan/15-1, -0,9-1 -1,6 3,3 5,9, , Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015.
7 Varia;áo (%) NORDESTE: COMÉRCIO VAREJISTA INICIA O ANO COM CRESCIMENTO NAS VENDAS E RECEITA O comportamento do comércio varejista no Nordeste, no mês de janeiro deste ano foi muito bom em relação ao mês de dezembro do ano passado. Todos os estados apresentaram resultados positivos para o volume de vendas. Os resultados mais expressivos foram de Sergipe (,%), o melhor resultado da região, seguido do Piauí (3,%) e Ceará (,%). É importante registrar que a região Nordeste apresentou, no mês de dezembro de 01, resultados negativos no volume de vendas para todos os estados, portanto, em janeiro de 015 houve uma recuperação do comércio varejista em todos os estados da região. O gráfico 5 mostra o comportamento do volume de vendas do Nordeste, no mês de janeiro de 015, com ajuste sazonal. Gráfico 5. Nordeste: Variação do Volume de Vendas do Comércio Varejista Janeiro/015 (Jan-015),5 3,5 3,5 Nordeste: Variação do Volume de Vendas do Comércio Varejista Janeiro/015 (Jan-015), 3,, 1 0,5 0 Maranhão Piaui Ceará Rio G. do Norte 0,9 Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015. Em relação à receita nominal de vendas do comércio varejista no Nordeste, o mês de janeiro deste ano foi muito bom em relação ao mês de dezembro do ano passado. Todos os estados apresentaram resultados positivos para a receita de vendas. Assim como no volume de vendas, a receita de vendas em todos os estados da Região apresentaram recuperação em relação a dezembro de 01, quando todos os estados tiveram resultados negativos na receita de vendas do comércio varejista. Os resultados mais expressivos foram de Sergipe e Piauí, ambos com variação de,6% na receita de vendas, seguidos de Ceará (3,8%). O gráfico 6 abaixo mostra o comportamento da receita de vendas para os estados do Nordeste, em janeiro de 015.
8 Gráfico 6. Nordeste: Variação da Receita de Vendas do Comércio Varejista Janeiro/015 (Jan-015) 5,5 Nordeste: Variação da Receita de Vendas do Comércio Varejista Janeiro/015 (Jan-015),6,6 3,8 3,5 3,7,5 1,6 1, 1,3,1 1 0,5 0,6 0 Maranhão Piaui Ceará Rio G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 015.
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