Centro Universitário Leonardo Da Vinci HELENISMO

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1 Centro Universitário Leonardo Da Vinci HELENISMO Guilherme Sanchez Josué Pavan Newton Paulo Sandro Severo Professor Tutor: Alexander Magnus

2 Porto Alegre 11 de Dezembro de 2014 Introdução: Através do artigo à seguir pretendemos abordar alguns aspectos pouco ou mal explorados da História do mundo antigo, como a história de Felipe II da Macedônia e suas conquistas e feitos, feitos estes que legaram a seu filho Alexandre IV, Alexandre o Grande, a maquina de guerra que o levaria a conquistar o mundo antigo. Também pretendemos desconstruir ou explicar alguns fatos mal explicados da história de Alexandre IV, como a questão do homossexualismo e sua morte. Para encerrar, este artigo pretende

3 trazer à tona aspectos importantes sobre a morte de Alexandre e o que acontece com seu vasto império depois de sua morte.

4 Β : Filipe II O Macedônico Φίλιππος Muito se fala sobre Alexandre o Grande e suas conquistas (e sobre ele também falaremos mais tarde), mas tão pouco é dito sobre seu pai Filipe II, também conhecido por Filipe Caolho ou por Filipe O Macedônico, o homem que colocou a Macedônia de fato no mapa e legou à Alexandre sua educação, generais, armas de guerra e espírito. Do Lado Paterno, Alexandre Descendia de Hércules por Caranos (PLUTARCO, 2011, p. 19) Essa afirmação de Plutarco sobre a descendência de Alexandre nos diz que Filipe é Descendente de Hércules e à Hercules Filipe fez jus em toda sua vida, foi um grande guerreiro, um exímio estrategista. Quando Filipe começou a governar em 359 a.c. a Macedônia estava sob domínio dos Ilírios, através de sua grande habilidade enquanto líder, guerreiro e estrategista Filipe libertou os povos macedônicos, mas o que o

5 tornou o maior poder da Europa foi a sua complacência e moderação com relação aos povos derrotados. Filipe permitia que aqueles que eram derrotados por ele retornassem para suas casas e famílias, montou então um novo estado Macedônico e dando direitos iguais aos povos conquistados, porém assumindo para si a maior autoridade se tornou Senhor de um império forte e estruturado. Mas para investir em campanha contra a Grécia e Tebas apenas isso não era suficiente. Antes de seu governo, Felpe havia sido por muito tempo refém dos tebanos, e tivera oportunidade de estudar as táticas militares de Ifícrates e Epaminondas, também pode estudar os avanços em tecnologia de guerra dos Tebanos aprendendo sobre as falanges, lanças entre outras armas. Dessa forma quando chegou a hora de investir contra Grécia e Tebas, Filipe empregou tudo que havia de mais moderno, colocou incrementos seus, e de todos os outros que havia aprendido ao longo de sua vida, aqui alguns deles:

6 Falange: Modelo de formação onde homens andam juntos em uma formação retangular com lanças, isso facilitava o controle de campo de batalha e permitia uma movimentação mais agressiva por parte das tropas. Sarissas: Essas lanças de mais de cinco metros e meio de altura foram uma das grandes causadoras não só das vitórias de Filipe, mas também das vitórias de Alexandre, combinado com a formação de falange, era como atacar um porco espinho gigantesco e detinha até mesmo capacidade de desviar uma baixa porcentagem de flechas. Gastrafetes: Uma espécie de balestra que se apoiava na barriga de seu atirador podendo utilizar portanto todo o poder do corpo do atirador e não apenas a força do braço do mesmo, isso permitia flechas sendo lançadas à uma velocidade e distância nunca antes vista e com uma força e precisão arrasadoras. Catapulta de torção: Era como uma balestra montada sobre um suporte enorme,

7 que criava tensão através de mecanismos e torção de fibras, o poder deixava de vir do homem e agora os macedônicos tinham armas de cerco que eram mais poderosas e nunca antes vistas em campo de batalha. Munido de suas novas tecnologias de guerra Filipe da Macedônia investiu contra os gregos que ainda lhe ofereciam resistência. Queronéia, cidadezinha da Beócia, região situada ao norte da Ática, bem acima de Atenas, foi palco de uma batalha histórica, decisiva para o destino da Grécia Antiga. Lá, na data de 2 de agosto de 338 a.c., a célebre falange macedônica pôs fim à confederação de cidades estado gregas que lhe resistia. Tendo os Altos do Monte Parnaso como testemunha muda, o rei Filipe II em poucas horas de combate destroçou um exército tebano-ateniense com relativa facilidade. (PLUTARCO, 2011, p. 5)