Bromeliaceae da Serra da Mantiqueira: distribuição geográfica e conservação. Thaís Trindade de Lima

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1 Bromeliaceae da Serra da Mantiqueira: distribuição geográfica e conservação Thaís Trindade de Lima São Paulo Verão

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3 Ficha Catalográfica elaborada pela Seção de Biblioteca do Instituto de Botânica Lima, Thais Trindade de L732b Bromeliaceae da Serra da Mantiqueira: distribuição geográfica e conservação / Thais Trindade de Lima -- São Paulo, p.il. Dissertação (Mestrado) -- Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2008 Bibliografia. 1. Bromeliaceae. 2. Taxonomia. 3. Catálogos. I. Título CDU :

4 THAÍS TRINDADE DE LIMA BROMELIACEAE DA SERRA DA MANTIQUEIRA: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E CONSERVAÇÃO Dissertação apresentada ao Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de MESTRE em BIODIVERSIDADE VEGETAL E MEIO AMBIENTE, na Área de Concentração de Plantas Vasculares em Análises Ambientais. ORIENTADORA: DRª. MARIA DAS GRAÇAS LAPA WANDERLEY

5 Fotos da capa, da esquerda para a direita: 1. Afloramentos rochosos Parque Nacional do Itatiaia, Rio de Janeiro. 2. Pôr-do-sol visto da estrada para o Pico do Gavião, São Tomé das Letras, Minas Gerais. 3. Cachoeira, em formação de Campo Rupestre, Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais. 4. Vista do Complexo - Serras Negras, a partir do Burro de Ouro (Serra do Funil), Minas Gerais. 5. Pedra das Flores e Pedra Cume, vistas da Pedra dos Cabritos, Extrema, Minas Gerais. 6. Pico da Bandeira, Parque Nacional do Caparaó, Espírito Santo. 7. Floresta Ombrófila Densa Montana, Camanducaia, Minas Gerais. 8. Pico dos Marins, Piquete, São Paulo. Fotos: 1, 4, 8: S.E. Martins; 2: E.M.C. Leme; 3, 5, 7: T. Trindade-Lima, 6: L.M. Versieux.

6 À minha MÃE, meu anjo da guarda na Terra. Por me amar incondicionalmente, cuidar de mim, me guiar e me ensinar tudo que eu precisava saber. Dedico.

7 O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de, vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem... Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras... Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo... Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar... Fernando Pessoa

8 À Maria das Graças Lapa Wanderley Nos cântico III dos Lusíadas, no século XVI, já aparece a famosa expressão Tal pai, tal filho, tão simples e ao mesmo tempo tão profunda, inferindo sobre as características mais peculiares de um ser, o gene, mas também apontando para os fatores ambientais, de convivência, para a formação de um indivíduo. Hoje adaptamos esta expressão para outros fins, como Tal orientador, tal orientando e aqui estou eu me guiando por mais uma virtude sua, escrevendo, para tentar por meio da ordenação de palavras, expressar o quanto você é importante para mim. Começarei do começo. A vida é um mistério e dá voltas, tal qual um estigma conduplicado espiralado, e nos leva a caminhos que não poderíamos supor existir. Uma paixão se inicia, sem muitas explicações, não há razão, um dia de repente passamos a perceber de modo diferente o que está a nossa volta, e sentimos a força da transformação, como num passe de mágica, de luz em açúcar, e um mundo maravilhoso se abre, e dentro deste paraíso descobrimos seres ainda mais especiais, gentis, fornecendo água e abrigo a uma infinidade de outros seres, as Bromeliaceae. Esta descoberta conduz diretamente a uma nova descoberta, também surpreendente, VOCÊ. Sinônimo de alegria, bondade, sabedoria. E iniciamos uma nova trilha, atravessamos caminhos quase intransponíveis, repletos de Bromelia antiacantha, com seus espinhos retrorsos e antrorsos, impiedosos em qualquer direção, resistimos e prosseguimos, porque a vida não é nada fácil mesmo, e a Tillandsia usneoides nos ensina uma bélissima lição, sem raiz, sem caule, não tendo como se segurar, exceto pela união, dando as mãos umas às outras, formando um emaranhado, e ainda assim propondo-se a servir de ninho a um pássaro qualquer. E começamos a perceber que não importa ter escamas super especializadas ou tanques desenvolvidos, o fundamental é estarmos no lugar certo, de nada adianta sermos perfumadas, quando somente os beija-flores alcançam nosso néctar. A cada novo passo aumentamos um pouco mais nossa bagagem, mas é uma bagagem que não incomoda e que será sempre carregada com prazer. Espero poder continuar trilhando este caminho ao seu lado, para que me ajude a atravessar os tortuosos caminhos sem muitas marcas. Nada é por acaso, a terceira lei de Newton diz, que toda ação tem uma reação, o céu é azul porque o mar é verde. Desejo que nosso encontro possa produzir bons frutos, não importa se forem bagas, ou cápsulas, o importante é que as sementes germinem.

9 AGRADECIMENTOS A palavra agradecer é originária do termo latino gratescere e significa ser grato por; demonstrar gratidão. Gratidão do latim gratidutine, é reconhecimento por benefício recebido. Reconhecimento, o ato ou efeito de reconhecer. Por fim, reconhecer, do latim recognoscere, é considerar ou admitir que (alguém ou algo) possui legítima ou verdadeiramente certa qualidade ou condição. Assim, meus agradecimentos são as pessoas especiais, que cruzaram o meu caminho durante esta trajetória e de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho. Se estas páginas estivessem sendo escritas quando ainda se utilizava penas e nanquim, certamente não seriam legíveis. A restrospectiva de todas as fases e a lembranças das pessoas, que fizeram, e muitas, ainda fazem, parte desta jornada, emocionam. E as lágrimas certamente manchariam o papel. Não organizei os agradecimentos por ordem de importância, a aleatoriedade induz o ser humano à busca por padrões. Aqui, eles podem existir, e ficarão por conta da imaginação. Peço antecipadamente desculpas, caso deixe as emoções guiarem as palavras e me extenda demais, limitar sentimentos não é tarefa fácil. Nas próximas linhas, expresso da maneira mais resumida possível, meu muito obrigada. À minha doce e pequena princesa Thalia, minha irmã caçula. Como poderia ter concluído este trabalho sem a dedicação dela, que atenciosamente me ouviu falar da Mantiqueira, vibrou comigo ao descobrirmos juntas uma bromélia em uma árvore qualquer e, foi minha secretária particular nos momentos finais da dissertação, me ajudando com a organização dos materiais e em tudo que era necessário. Pelas muitas vezes, em que sem reclamar, esteve disposta a realizar pedidos meus (buscar um copo de água). Pela alegria ao me ver chegar e pelas lágrimas nas despedidas, que me impulsionavam a fazer sempre o melhor. Por alegrar e movimentar minha vida. Pelo amor, carinho e inspiração. À Suzana E. Martins, por seu maravilhoso sorriso de todos os momentos. Que me possibilitou, ainda na graduação, ter acesso à importantíssima obra de Smith & Downs (exemplar da sala da Graça). Pela prestatividade em todos, os muitos momentos, em que requisitei sua opnião, bibliografias, máquina fotográfica, pen drive, roupas, mochila, etc. Se pelo menos 1/3

10 das pessoas possuíssem o bom humor da Suzana, a convivência, de uma maneira geral, seria muito mais divertida. Ao Júnior (Jú), sem o qual, certamente eu teria sofrido de inanição. Pelos nossos jantares, piadas, conversas e apoio em todos os momentos de confinamento. Pela revisão das referências bibliográficas e sugestões para a apresentação da dissertação. Às pessoas que trabalham nas instituições de fomento a pesquisa e na Pós-Graduação do Instituto de Botânica, que indiretamente tornam possível a realização de trabalhos como este. À minha irmã Thalice, sempre alegre, inoscente e prestativa, que esteve ao meu lado, disposta a tudo que pudesse para me ajudar. Pelas milhares de vezes que me interrompeu durante o trabalho para me falar do seu dia a dia na escola, e com isso permitiu que eu desse um tempo para o descanso mental e retornasse com maior vigor. Pela torcida, carinho e amor. Ao eminente pesquisador Leonardo Versieux, fonte de inspiração da presente dissertação. Pelas conversas esclarecedoras, compartilhamento de conhecimentos e empréstimo de materiais. Pela maravilhosa expedição às montanhas de Minas Gerais e do Espírito Santo. Por efetivamente contribuir com idéias, comentários e conceitos para este trabalho. À minha vózinha do coração, Manoelina. Pelas orações de todos os dias, em especial, passar na prova, conseguir a bolsa e concluir o trabalho. Por me achar importante e me fortalecer com seus elogios. Pelo amor, carinho e compreensão. Aos curadores dos herbários consultados, pela atenção dispensada, em especial ao Lúcio Leoni, do herbário GFJP, pela receptividade e simpatia, e pela ajuda na análise dos materiais. À Lara, Brida e a minha caçula Pandora, minhas paixões, pelo amor incondicional, dedicação integral e exclusiva. Por tornarem minha vida mais leve. Ao Rafael, meu irmão de orientação, que iniciou na mesma fase que eu esta empreitada e que apesar das oscilações da nossa eterna situação de amor e ódio, esteve muito presente nesta caminhada. Por todos os favores e empréstimos, pelas longas e interessantes conversas na escada sobre as Bromeliaceae. Pelo apoio, nos momentos difíceis e pelos muitos momentos de alegria compartilhados. À Pesquisadora Dr.ª Fátima Salimena, Luiz Menini, Pedro Viana, Carolina Matozinhos e Najara Alves, equipe da Universidade Federal de Rio Preto, por me apresentarem a Serra do

11 Funil, um paraíso encantado, repleto de bromeliáceas. Pela positividade, companhia durante as viagens a Rio Preto e fornecimento de informações e materiais da região. À Cristiane de Oliveira (furmiga), pelo bom humor e risadas ilimitadas, pelos encontros casuais às 5h da manhã, e o desejo de boa noite, ou bom dia. Por compartilhar as alegrias e frustrações da iniciação a música e, quanto a dissertação,...hum...por...ah!...me lembrar, muitas vezes, que eu estava um pouquinho atrasada e me fazer parar de caminhar e correr. Aos funcionários, estagiários e pesquisadores do Instituto de Botânica de São Paulo, pela convivência, prestatividade nos serviços, favores e sugestões para o desenvolvimento do trabalho. Ao botânico de coração Elton Leme, pelos maravilhosos livros de sua autoria, que desde o início me acompanharam e me permitiram conhecer melhor e me apaixonar ainda mais pelo fascinante universo das Bromeliaceae. Pelas calorosas discussões taxonômicas, éticas e ecológicas via , pela sugestão e acompanhamento à expedição realizada a São Tomé das Letras, local surpreendente, onde foram feitas observações muito interessantes. Pela prontidão com que atendeu meus pedidos para envio de imagens e bibliografias. Pelo exemplo de vida, como disse Pablo Picasso há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol. À Gisele, que apesar do gênio forte mostrou-se uma companheira inigualável. Pelas confidencias de todas as naturezas e riquíssimas discussões botânicas. Por todos os momentos em que se preocupou comigo, mesmo que demonstrasse isso através de críticas. Pela inestimável ajuda na organização da viagem e consulta aos herbários do Rio de Janeiro, sem seu apoio eu não teria conseguido. Pela contribuição na revisão do texto na fase final da dissertação. Às pessoas com quem tive o prazer de coletar e compartilhar descobertas, Elton, Leonardo, Graça, Suzana, Letícia, Vitorino, Fátima, Pedro, Catarino, Olga, Luís, Denílson, Otávio, Cláudio, Najara, Carolina, Alice, Túlio, Eveline, Leila, Tiago e Renan. Pelas histórias mirabolantes contadas nas trilhas e os ensinamentos sobre outras famílias botânicas. Á Marta, minha amiguinha do coração, que me apresentou os caminhos da pesquisa, e que apesar de distante sempre esteve presente. Pelo apoio na aula de qualificação, crucial para o desenvolvimento e principalmente apresentação da mesma. Por acreditar e me confortar nos momentos difíceis com palavras meigas. Por aceitar me ajudar na revisão final do texto, apesar de se tratar de um tema completamente distinto da sua especialidade.

12 Aos professores que ministraram as disciplinas cursadas, pelas experiências e conteúdos apresentados, que possibilitaram que eu expandisse meus conhecimentos, Carlos E.M. Bicudo, Fábio de Barros, Jefferson Prado, Maria das Graças L. Wanderley, Inês Cordeiro, Luiz Mauro Barbosa, Henrique Forero, Catarina Nievolla e Vivian Tamaki. Às minhas grandes amigas de Extrema, Elaine e Erica, por não se esquecerem de mim, mesmo nos momentos em que toda minha atenção estava completamente voltada às Bromeliaceae. À Marília C. Duarte, pela companhia e ajuda durante a consulta a alguns dos herbários de Minas Gerais, e no maravilhoso tur a fascinante cidade de Ouro Preto. Ao meu irmão David, sério, às vezes sarcástico, mas muito inteligente. Por estar sempre disposto a responder a uma pergunta minha. Pelos momentos de raciocínio lógico. Pelas muitas vezes que disponibilizou seu computador para que eu pudesse trabalhar. Pela ajuda na organização das imagens da dissertação e por estar ao meu lado, contribuindo com as questões de formatação nos momentos finais do trabalho. Pela torcida, respeito e carinho. Ao Anderson, uma pessoa mais que especial que, literalmente me ajudou do início ao fim da dissertação, mesmo no começo, quando ainda me achava chata e metida. Seria impossível listar todos os serviços prestados, mas certamente tudo o que fez ficará guardado para sempre em minha mente. Pela maravilhosa companhia durante as noites na seção, regadas de muito trabalho e muitíssimas risadas. Pela cumplicidade quando éramos alojados, que tornou nossa estadia altamente divertida. Pela atenção, carinho, cuidado, amizade. Por tudo. Aos membros da banca do exame de qualificação, Fábio de Barros, Paulo Sano e Margarida de Mello, pelas valiosas sugestões. À Margarida, em especial, pela positividade e deslumbramento com o projeto. À Raquel Monteiro pelo envio do trabalho realizado na Serra do Ibitipoca (antes da publicação), as informações extraídas foram de grande valia para os comentários da dissertação. Ao excelentíssimo Prof. Dr. George Shepherd, pela disponibilização do mapa, e ao seu aluno Leonardo Meirelles, pela troca de informações referentes a Serra da Mantiqueira. Ao Gianm, pelas poesias e pelas fantásticas viagens ao mundo da subjetividade. Por participar de todos os meus anseios e tornar a conclusão deste trabalho menos traumática. Pela

13 agilização do processo gráfico. Por ter conseguido escanear as imagens quando eu já não tinha mais expectativas. Ao Denílson Peralta, por se prontificar a solucionar problemas com o Brahms, durante períodos cruciais para o desenvolvimento do trabalho, inquestionavelmente sua colaboração foi crucial para a continuidade deste trabalho. A todos os meus tios, tias, primos, primas e agregados por serem à base dos meus valores. Em especial a família do meu tio Wanderley (Simone, Leonardo, Leley, Luciana, Ana Paula e Gabriela), por trazerem alegria a minha vida e apesar de não entenderem bem o que faço, estarem sempre dispostos a me ouvir. Por todo o carinho e estímulo. À Neuraci e ao João, por oferecer estádia em São Paulo no ínicio do projeto. Pelo apoio, carinho e compreensão dispensada. À galera do aloja por todos os momentos vivenciados, muitas festas, alguns confrontos, que certamente muito me ensinaram sobre a convivência em grupo. Em especial a Maria, Erica, Kleber, Ferdz, Cati, Daniela e Juçara, pessoas mais próximas, pela troca de experiências, atenção e carinho. À equipe do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Extrema, pela infra-estrutura oferecida, idéias compartilhadas e por aguardar a finalização da dissertação para o meu regresso às atividades profissionais. À minha mãe Beth, que pela grandiosidade, torna inexpressável meu reconhecimento e gratidão. Por ser exatemente como é, minha fonte de inspiração e força para prosseguir. TE AMO. Certamente há muitos outros que a sobrecarga da memória, no fim da dissertação, não me permitiu lembrar. A estes, peço desculpas pelo esquecimento, mas afirmo com absoluta certeza, que também foram essenciais. Muito agradecida!

14 Minha princesa, mais princesa Como pensar em amanhã se sei que não mais verei seus olhos brilharem para mim Como me conformar com as intempéries da existência, se não a tenho ao meu lado para me consolar Meu pequeno raio de sol, iluminou e aqueceu minha vida pela sempre presença Trocava tudo pelos meus carinhos (menos a bolinha), eu trocaria quase tudo para tê-la de novo Erlichia,, que direito tem ela de leva-la de mim? Só me resta indagar sobre o sentido de tudo, a dissertação foi feita, os resultados apresentados e você não está mais aqui comigo Não pude perceber minha lindinha que você já apresentava sinais de que algo não estava bem, será que eu poderia ter influenciado o fluxo do destino?, não sei Só sei que te adoro muito e as lembranças da sua passagem continuarão sempre vivas Para minha eterna nenêm preferida, Brida (apelidos carinhosos, Bida, Bi. Bibi, branquela)

15 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ESCOLHA DO TEMA & OBJETIVOS A FAMÍLIA BROMELIACEAE UM BREVE HISTÓRICO ASPECTOS EVOLUTIVOS Relações entre as subfamílias CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA Porte Raízes Caule Folhas Inflorescência Escapo Flores Frutos Sementes Hábito INTERAÇÕES ECOLÓGICAS POLINIZAÇÃO E AGENTES POLINIZADORES ASPECTOS ECONÔMICOS...17

16 Importância alimentícia Industrial Ornamental Medicinal Saúde pública CATÁLOGOS METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO ESTUDO DE CAMPO Serra do Lopo Complexo Serra Negra RESULTADOS & DISCUSSÃO CATÁLOGO DAS ESPÉCIES DE BROMELIACEAE DA SERRA DA MANTIQUEIRA CONSIDERAÇÕES TAXONÔMICAS A redescoberta de Billbergia pohliana Mez Uma nova espécie de Vriesea dos Campos Rupestres de Minas Gerais BANCO DE DADOS E COLEÇÕES BOTÂNICAS Coleção viva DIVERSIDADE E ENDEMISMO DISTRIBUIÇÃO & HABITAT DAS ESPÉCIES NA SERRA DA MANTIQUEIRA CONSERVAÇÃO DAS BROMELIACEAE OCORRENTES NA SERRA DA MANTIQUEIRA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE I LISTA DAS ESPÉCIES...297

17 APÊNDICE II LISTA DE MUNICÍPIOS APÊNDICE III LISTA DE COLETORES APÊNDICE IV FOTOGRAFIAS DOS TIPOS APÊNDICE V FOTOGRAFIAS DAS ESPÉCIES ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Distribuição geográfica da família Bromeliaceae... 2 Figura 2. Mapa físico da Serra da Mantiqueira...32 Figura 3. Mapa demonstrando as variações altitudinais da Serra da Mantiqueira...32 Figura 4. Imagem de satélite da porção sul da Serra da Mantiqueira...35 Figura 5. A Visão tridimensional Serra do Lopo. B Demarcação da Trilha da Pedra das Flores...35 Figura 6. Ambientes e vegetação da Serra do Lopo...36 Figura 7. Ambientes da Serra do Funil, Rio Preto Minas Gerais...38 Figura 8. Ilustração Billbergia pohliana Mez. e Billbergia reichardtii Wawra Figura 9. A. Espécime de Billbergia pohliana B. Holótipo de Billbergia reichardtii Wawra..226 Figura 10. Foto de Billbergia pohliana Mez Figura 11. Foto de Billbergia reichardtii Wawra Figura 12. Foto de Vriesea sp. nova Figura 13. Número total de espécimes de Bromeliaceae depositados nos herbários Figura 14. Fotos da coleção viva Figura 15. Porcentagem do número de espécies ocorrentes em cada subfamília...241

18 Figura 16. Representatividade do total de espécies endêmicas para cada uma das três subfamílias de Bromeliaceae na Serra da Mantiqueira Figura 17. Número total de gêneros, espécies e espécies endêmicas das três subfamílias de Bromeliaceae ocorrentes na Serra da Mantiqueira Figura 18. Hábitos dos táxons de Bromeliaceae ocorrentes na Serra da Mantiqueira Figura 19. Número de táxons de Bromeliaceae X hábitats em que ocorrem na Serra da Mantiqueira Figura 20. Municípios que apresentaram os maiores números totais de coletas de Bromeliaceae da Serra na Serra da Mantiqueira Figura 21. Municípios da Serra da Mantiqueira para os quais são referidas mais de 20 espécies LISTA DE TABELAS E QUADROS Tabela 1. Herbários consultados...24 Tabela 2. Riqueza e endemismos apresentados pelos diferentes gêneros de Bromeliaceae ocorrentes na região da Serra da Mantiqueira Tabela 3. Número de gêneros e espécies encontrados em diferentes catálogos elaborados para a família Bromeliaceae Tabela 4. Distribuição dos táxons de Bromeliaceae endêmicos nos diferentes ambientes da Serra da Mantiqueira Quadro 1. Algumas característica morfológicas de Billbergia pohliana Mez e Billbergia reichardtii Wawra Quadro 2. Unidades de conservação da Serra da Mantiqueira...262

19 RESUMO O estudo aqui apresentado é resultado do levantamento das Bromeliaceae ocorrentes na região da Serra da Mantiqueira. Bromeliaceae é considerada a maior família de fanerógamas de distribuição neotropical, sendo a Mata Atlântica brasileira um dos principais centros de diversidade e endemismo. A Serra da Mantiqueira é um dos principais núcleos deste bioma e diante da constatação de que o conhecimento das Bromeliaceae, nesta serra, ainda é incipiente e tendo em vista a importância ecológica desta família, o presente estudo objetivou a produção de um catálogo, contendo dados ecológicos, informações sobre a distribuição geográfica, conservação e comentários taxonômicos das espécies ocorrentes na região. A reunião das informações contidas na literatura, banco de dados e trabalho de campo, resultaram no reconhecimento de 220 táxons, sendo 192 espécies e 28 táxons infra-específicos, distribuídos em 20 gêneros. É apresentada uma discussão acerca de uma espécie redescoberta durante este estudo e a descrição de uma nova espécie para a Serra da Mantiqueira. Ao todo foram examinadas 2189 coleções. Cerca de 1/3 destas estavam depositadas no Herbário RB. A maioria das coletas procedem de menos de 20% do total de municípios da Serra da Mantiqueira. As áreas de Mata Atlântica abrigam a maioria das espécies (59%), seguida pelas espécies que habitam tanto a Mata Atlântica quanto os Campos Rupestres (12%) e espécies que são encontradas na Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude (6%). Do total de táxons, 37 (17%), são endêmicos da região da Serra da Mantiqueira. Uma parcela significativa dos táxons (40%) não ocorre em unidades de conservação. Os dados obtidos neste projeto ampliaram o conhecimento da diversidade e distribuição das Bromeliaceae ocorrentes na Serra da Mantiqueira e poderão subsidiar a adoção de medidas conservacionistas. Palavras chave: Bromeliaceae, Serra da Mantiqueira, catálogos, distribuição geográfica, conservação.

20 ABSTRACT The present study is the result of a research made on Bromeliaceae found in Serra da Mantiqueira montain region. Bromeliaceae is considered the largest family fanerogamics of neotropical distribution, and the Brazilian Atlantic Forest one of the main centers of its diversity and endemism. Though the Serra da Mantiqueira region is one of main centers of this biome, we ve identified a lack of knowledge and information about the Bromeliaceae incidence in these mountains. Bearing in mint the ecological importance of this family, this study aim to produce a catalogue containing ecological data, information on the geographical distribution, conservation and taxonomic comments about occurring species in the region. Based on information gathered from literature, database and the fieldwork, we re able to recognize 220 taxa, being 192 species and 28 taxa infraespecific, distributed in 20 genera. This study presents a rediscovered species during research and also a description of a new species from the Serra da Mantiqueira. There were 2189 collections examined, of which a third had been deposited at the Herbarium RB. Most of the collection comes from less than 20% of all towns of the Serra da Mantiqueira region. The areas of Atlantic Forest shelter many of the species (59%), followed by the species that in habit both the Atlantic Forest and rock fields (Campos Rupestres) (12%) and species that are found in the Atlantic Forest, rock fields (Campos Rupestres) and highlands (Campos de Altitude) (6%). From all taxa, 37 (17%) are endemic in Serra da Mantiqueira region. A significant portion of taxa (40%) does not occur in conservation units. The figures obtained in this project have expanded the knowledge of the diversity and distribution of Bromeliaceae occurring in the Serra da Mantiqueira and may subsidize the adoption of conservation measures. Keywords: Bromeliaceae, Serra da Mantiqueira, catalogues, geographic distribution, conservation.

21 1 Introdução 1. INTRODUÇÃO...e no terceiro dia Deus disse: "produza a Terra a relva, ervas que dêem sementes e árvores frutíferas que dêem frutos segundo a sua espécie". A origem das Bromeliaceae tem sido abordada em poucos trabalhos ao longo dos anos. Gómez (1972) propôs um táxon pré-histórico de Bromeliaceae, datado de 36 milhões de anos, o qual denominou de Karatophyllum bromelioides Gómez. Givnish (2004) indica que a família teria se originado no período Mioceno, há cerca de 23 milhões de anos, no Escudo das Guianas, irradiando-se posteriormente para o continente americano. Leme et al. (2005) analisaram um fóssil relacionado às Bromeliaceae descoberto na Chapada do Araripe, Ceará e estimaram que o material tenha cerca de 100 milhões de anos. Atualmente os representantes da família estão distribuídos por todos os ecossistemas compreendidos entre o sul dos Estados Unidos, o leste do Brasil e a região central da Argentina e do Chile (Leme & Marigo 1993). Apenas uma espécie, Pitcairnia feliciana (A. Chev.) Harms e Mildbr. é referida para o continente africano (Smith & Downs 1974, Reitz 1983, Judd et al. 2002). Givnish et al. (2004) sugerem que esta disjunção é decorrente de um processo de dispersão a longa distância, que teria ocorrido há aproximadamente 12 milhões de anos. Os resultados obtidos por Leme et al. (2005) indicam que a família pode ter se originado anteriormente à separação total dos continentes sulamericano e africano, gerando novos questionamentos. Considerada a maior família de fanerógamas de distribuição neotropical (Gilmartin 1973), Bromeliaceae reúne 57 gêneros e cerca de espécies (Luther 2006), que ocorrem desde o nível do mar até altitudes superiores a 4.000m, em regiões de elevada precipitação ou em áreas semi-áridas e até mesmo desérticas (Dalghren 1985, Lima 1996).

22 2 Introdução A família apresenta três grandes centros de diversidade e dispersão de espécies: os Andes, com prolongamentos em direção ao México e Antilhas, o Planalto das Guianas e o leste brasileiro (Smith & Downs 1974). Figura 1. Distribuição geográfica da família Bromeliaceae (Imagem: Heywood). Estima-se que mais de 50% das espécies e 80% dos gêneros ocorram no Brasil, sendo, cerca de 22%, endêmicos do país, que se destaca por ser um dos mais biodiversos para a família (Leme 2003, Forzza 2005). Os remanescentes de Mata Atlântica, entre os estados de Santa Catarina e Bahia, apresentam a maior riqueza de espécies, grande parte restrita a esta formação (Reitz 1983). A Serra da Mantiqueira é uma das maiores cadeias de montanhas do leste sul-americano e ocupa uma extensa área da região Sudeste do Brasil, sendo um dos principais núcleos da Mata Atlântica brasileira (Rizzini 1997).

23 Escolha do tema & Objetivos 3 2. ESCOLHA DO TEMA & OBJETIVOS Vai-se às estrelas e não se sabe o que acontece no morro à nossa frente... Jean Giono Pelas peculiaridades e riqueza florística, a Serra da Mantiqueira foi recentemente considerada como área prioritária para a proteção de mananciais e de importância biológica especial (Conservation Internacional et al. 2000, MMA 2002, Drummond 2005, Menezes & Giulietti 2000, Martinelli 1996). Apesar do crescente número de trabalhos sobre Bromeliaceae elaborados na última década, na Serra da Mantiqueira as informações são muito incompletas ou encontram-se dispersas em fontes de difícil acesso. Além disso, esta família vem sofrendo perda contínua de suas populações naturais, tanto pela extração ilegal de exemplares nativos, como pela degradação dos ecossistemas onde vivem seus representantes, o que pode levar ao desaparecimento de táxons ainda desconhecidos. Diante da constatação de que o conhecimento das Bromeliaceae na Serra da Mantiqueira ainda é incipiente e tendo em vista sua importância ecológica, com o intuito de reunir e complementar os estudos com a família nesta área, o presente trabalho objetivou a produção de um catálogo contendo dados ecológicos, informações sobre a distribuição geográfica e comentários taxonômicos das espécies ocorrentes na região. O catálogo elaborado poderá auxiliar em ações que visem à conservação das Bromeliaceae, pois facilita o reconhecimento das espécies ocorrentes na Serra da Mantiqueira e apresenta dados relativos a distribuição, taxas de endemismo e grau de proteção das espécies. O estudo proposto, além de permitir o conhecimento da diversidade de Bromeliaceae da Serra da Mantiqueira, ampliou as coleções de herbários, por meio de novas coletas e forneceu informações que poderão auxiliar na resolução de problemas taxonômicos na família.

24 4 A família Bromeliaceae 3. A FAMÍLIA BROMELIACEAE...elas estão sempre ligadas à vida... são ilhas ao inverso, pois cercam as águas... Roberto Burle Marx 3.1. UM BREVE HISTÓRICO A história das Bromeliaceae remonta a 1493, ano em que Cristóvão Colombo realizou a sua segunda viagem ao novo mundo. Colombo teria visto na Ilha de Guadalupe, no mar das Antilhas, populações de Ananas comosus, o popular abacaxi. O navegador ficou tão impressionado com o aroma e sabor de seus frutos que presenteou a rainha da Espanha da época, Isabel de Castela, com uma dessas plantas (Padilla 1977, Hayward 1956 apud Leme & Marigo 1993). O reconhecimento das Bromeliaceae como um grupo botânico data do final do século XVII. O nome bromélia é atribuído ao padre explorador francês Charles Plumier, que percorrendo a região das Antilhas conheceu um conjunto de plantas que os nativos denominavam de karatas. Este padre denominou-as de Bromelia, em homenagem ao botânico sueco Olaf Bromel (Padilla 1977, Isley 1987 apud Leme & Marigo 1993). Linnaeus, em 1753, utilizando-se do nome criado por Plumier estabeleceu o gênero Bromelia, ao qual atribuiu 14 espécies. Jussieu, em 1789, considerando o gênero Bromelia, criou a família, que denominou Bromeliae. Entre 1850 e 1890 foram realizados diversos estudos taxonômicos sobre a família (Beer 1857, Wawra e Baker 1889), que aumentaram consideravelmente o número de espécies conhecidas e ampliaram o interesse por esta família característica da região neotropical. Mez ( ) elaborou uma importante monografia, publicada na obra Flora Brasiliensis, na qual descreveu 381 espécies. Posteriormente, o mesmo autor publicou o

25 5 A família Bromeliaceae tratamento total da família em Monographiae Phanerogamarum (1896) e Das Pflazenreich ( ). Smith e Downs (1974, 1977, 1979) publicaram o mais recente e completo estudo sobre as Bromeliaceae, lançando os três volumes da série Flora Neotropica, que contribuiu significativamente para o conhecimento taxonômico do grupo, sendo, ainda hoje, uma obra de referência para trabalhos relativos à taxonomia do grupo ASPECTOS FILOGENÉTICOS Devido às características peculiares, a família Bromeliaceae foi considerada por muitos autores em uma ordem à parte, Bromeliales (Cronquist 1981, Brown & Gilmartin 1983, Dahlgreen et al. 1985). Com base na morfologia, foi tratada como um grupo próximo de Velloziaceae, Rapateaceae, Zingiberales, sem haver um consenso (Givnish et al. 1990). Atualmente está incluída na ordem Poales, dentro das Comelinóides, tendo como grupo irmão Thyphaceae e Sparganiaceae (APG 2003, Linder & Rudall 2005). A família é monofilética, sustentada por sinapomorfias moleculares, morfológicas e citogenéticas (Chase et al. 2000, Givnish et al. 2004, Barfuss et al. 2005). Dentre as sinapomorfias pode-se citar: - linhas estigmáticas na porção distal dos lobos dos estigmas, que são especializados. - escamas (tricomas) foliares adaptados à absorção de água e nutrientes, estas estruturas estão presentes em todas as bromeliáceas conhecidas, com exceção de uma espécie do gênero Navia (Benzing 1976). A presença de tricomas foliares confere alta capacidade de estabelecimento e sobrevivência sob condições adversas (Benzing 1976, 1990). - número básico de cromossomos (x = 25), embora ocorram variações em alguns gêneros, sugere-se que as discrepâncias sejam resultados de processos de aneuploidia e poliploidia. (Marchant 1967, Brown & Gilmartin 1983).

26 6 A família Bromeliaceae Relações entre as subfamílias A divisão infrafamiliar em Bromeliaceae tem sido motivo de muitas controvérsias ao longo da história taxonômica e filogenética da família. Harms (1930) foi o primeiro autor a propor a divisão da família em quatro subfamílias: Bromelioideae, Tilladsioideae, Pitcairnioideae e Navioideae. Mez (1934) incluiu Navioideae em Pitcairnioideae, aceitando apenas três subfamílias, sendo estas divididas em tribos. Smith & Downs (1974, 1977, 1979) também adotaram as três subfamílias, porém sem a divisão em tribos. Apesar da concordância de muitos autores sobre a divisão em três subfamílias alguns gêneros como Brocchinia, Navia e Glomeropitcairnia sempre foram objetos de dúvidas quanto aos seus posicionamentos (Brown, 2000). Gilmartin & Brown (1987) baseados em análises cladísticas de caracteres morfológicos consideraram Pitcairnioideae como o grupo basal e Tillandsioideae e Bromelioideae como táxons irmãos. Dados moleculares têm sido utilizada para geração de hipóteses sobre os relacionamentos filogenéticos de angiospermas. Em Bromeliaceae estudos com base em dados moleculares têm sido conduzidos abordando principalmente as relações subfamiliares (Brown 2000). Um dos primeiros trabalhos com este enfoque foi realizado por Ranker et al. (1990), utilizando dados de restrição de DNA do cloroplasto de dez espécies de Bromeliaceae (cinco Tillandsioideae, três Pitcairnioideae e duas Bromelioideae). Estes autores concluem que Bromelioideae e Pitcairnioideae (considerada parafilética) são táxons-irmãos e que com exceção Glomeropitcairnia, a subfamília Tillandsioideae é o grupo basal da família. Glomeropitcairnia, segundo estes autores, poderia ser considerado um gênero pertencente a uma subfamília monotípica.

27 7 A família Bromeliaceae Givnish et al. (1990) também usaram dados de sítios de restrição de DNA de cloroplasto, apontando Pitcairnioideae com táxon-irmão de Tillandsioideae, e Bromelioideae ocupando a posição basal na família. Terry et al. (1997), utilizando o gene de cloroplasto ndhf, desenvolveram o seqüênciamento de DNA para 52 espécies de Bromeliaceae (15 Bromelioideae, oito Pitcairnioideae e seis Tillandsioideae). Estes autores concluíram que Bromelioideae seria o táxon-irmão de Pitcairnioideae (parafilética) e Tillandsioideae seria o táxon mais basal do grupo, assim como os resultados obtidos por Ranker et al. (1990). No entanto, indicaram Glomeropitcairnia como um grupo basal de Tillandsioideae. Estudos recentes com base em evidências moleculares propõem a subdivisão das Bromeliaceae em oito subfamílias, passando a família a ser constituída pelas subfamílias Bromelioideae, Tillandsioideae, Pitcairnioideae, Hechtioideae, Puyoideae, Lindmanioideae, Brochinioideae e Navioideae, onde Bromelioideae e Tillandsioideae são mantidas e consideradas monofiléticas e Pitcairnioideae é dividida em mais cinco subfamílias (Givnish et al. 2004, Thorne & Reaveal 2006) CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA Porte A família Bromeliaceae é constituída por plantas predominantemente herbáceas. Apenas o gênero Puya possui representantes lenhosos, como Puya raimondii Harms, dos Andes Peruanos, que pode atingir mais de dez metros de altura. Os menores representantes pertencem ao gênero Tillandsia, como Tillandsia bryoides Grisebach ex Baker, que quando florida atinge cinco centímetros (Leme & Marigo 1993, Reitz 1983).

28 8 A família Bromeliaceae Raízes De uma maneira geral, as Bromeliaceae apresentam sistema radicular reduzido, estrutural e funcionalmente (Braga 1977), que atuam mais especificamente na fixação da planta ao substrato, principalmente nas espécies que crescem como rupícolas ou epífitas. Em algumas espécies como Tillandsia usneoides (L.) L., devido ao desenvolvimento de um eficiente sistema de tricomas de absorção e hábito diferenciado (longos ramos pendentes), as raízes podem estar ausentes. No entanto, em espécies terrícolas, as raízes exercem papel crucial na absorção de água e nutrientes e podem atingir grandes comprimentos (Reitz 1983) Caule Diversos autores (Beer 1857, Baker 1889, Mez 1894, 1896, 1934, Smith 1955, Smith & Downs 1974, 1977, 1979, Holst 1997) referiram-se às Bromeliaceae como acaulescentes, por estas apresentarem, comumente, caules curtos encobertos, na maioria das vezes, pelas bainhas foliares,. Caules evidentes podem ser visualizados em alguns representantes da família, como no gênero Tillandsia. Outras estruturas caulinares como estolões, rizomas e escapos podem ser observadas em bromeliáceas. Estas características são algumas vezes utilizadas na delimitação de alguns táxons Folhas As Bromeliaceae possuem folhas de disposição alterna, dística ou polística. Geralmente com uma porção alargada na base, denominada bainha, que pode ou não ser distinta do restante da folha, chamado de limbo ou lâmina. As folhas podem apresentar variadas cores e pigmentações, bem como diferentes formas, tamanhos e texturas, características que podem variar de acordo com a exposição solar a qual a planta está submetida.

29 9 A família Bromeliaceae Existem algumas espécies de Pitcairnia que possuem folhas decíduas, também há casos de heterofilia, com as folhas basais completamente diferentes das demais. Apesar de ser um caráter variável, influenciado pelas condições ambientais, algumas espécies são facilmente conhecidas pelo padrão de coloração das folhas, como Vriesea hieroglyphica (Carrière) E. Morren, que apresenta faixas transversais semelhantes à escrita egípcia. A roseta foliar pode formar um reservatório de água e detritos orgânicos, conhecido como cisterna ou tanque, que comumente abriga grupos variados de seres vivos, formando a fitotelmata. A terminologia empregada para a designação das margens foliares pode variar entre autores. Leme (1997, 1998 e 2000) subdivide as margens que apresentam espinhos em: espinulosas, serruladas e serradas de acordo com o tamanho e densidade em que os espinhos estão presentes. Holst (1997) caracteriza as margens como sendo inteiras, espinescentes ou serrilhadas. Wanderley & Martins (2007) também utilizam esta designação. A presença ou ausência de espinhos nas folhas é um dos caracteres utilizado para a separação das subfamílias de Bromeliaceae. A margem foliar é inteira, na subfamília Tillandisoideae, e serrilhada ou espinescente em Bromelioideae e Pitcairnioideae s.l. Em algumas espécies de Pitcairnioideae (gênero Pitcairnia) e de Bromelioideae (gênero Nidularium) podem ocorrer folhas com margens inteiras Inflorescência Nota-se grande variação quanto aos padrões de inflorescência na família Bromeliaceae, que podem ser simples, em racemo ou espiga, ou composta (paniculada e corimbiforme), com

30 10 A família Bromeliaceae ramificações de 1ª a 5ª ordem, podendo ser capituliforme, estrobiliforme piramidal, cilíndrica, globosa até linear (Wanderley & Martins 2007). A forma, comprimento do eixo da inflorescência e das ramificações são amplamente variáveis na família, ainda assim são bastante importantes para a separação genérica e infragenérica, apesar da possibilidade de diferenças em um mesmo táxon Escapo A grande maioria das espécies de Bromeliaceae conhecidas apresenta escapo terminal, que se desenvolve a partir do centro da planta. Apenas Dyckia possui escapo lateral (com apenas algumas exceções). Este caráter é utilizado na separação deste gênero, com outro afim, Encholirium, que possui escapo terminal. O escapo pode ser desde longo até muito curto. Há representantes na família que não apresentam escapo desenvolvido e a inflorescência fica total ou parcialmente imersa na roseta foliar. Podem ocorrer variações no comprimento do escapo de uma mesma espécie, como em Canistrum giganteum, cuja inflorescência pode apresentar-se pouco distanciada até distintamente elevada acima da roseta foliar. Associadas ao escapo ocorrem brácteas, que podem ser coriáceas, membranáceas ou estramínias, revestidas por escamas ou glabras, com margens inteiras ou portando espinhos, muito mais curtas até maiores que os entrenós e algumas vezes caducas (Wanderley & Martins 2007). As brácteas podem ser vistosas, como na grande maioria das espécies do gênero Billbergia. Neste gênero a coloração da inflorescência fenece em poucos dias, mas em algumas Vriesea e Aechmea pode durar meses (Leme & Marigo 1993).

31 11 A família Bromeliaceae Em muitas espécies, as brácteas do escapo são as únicas estruturas da planta fortemente coloridas, certamente atuando na atração do polinizador. Em alguns casos podem estar relacionadas a dispersão de frutos e sementes (Benzing 2000). Brácteas não vistosas também são observadas. No gênero Tillandsia, por exemplo, em muitas espécies o escapo apresenta brácteas pouco desenvolvidas, semelhantes às folhas Flores A variedade de formas, tamanho e coloração das brácteas florais é uma das características mais utilizadas taxonomicamente, apesar deste caráter ser variável dentro de um mesmo táxon. As flores das Bromeliaceae são sésseis ou pediceladas, actinomorfas ou levemente zigomorfas, bissexuadas, raramente funcionalmente unissexuadas, diclamídeas e heteroclamídeas. O cálice é formado por três sépalas livres ou unidas, simétricas ou assimétricas, com morfologia e dimensões muito variáveis. A corola é constituída por três pétalas livres ou conatas, de coloração em geral vistosa. Associados às pétalas, podem ocorrer dois apêndices membranáceos com forma e tamanho diversos, possivelmente com função de proteção e armazenamento de néctar (Cronquist 1981, Dahlgreen 1985). O androceu é constituído por seis estames, dispostos em dois verticilos, um oposto às pétalas e outro oposto às sépalas, apresentando-se exsertos ou inclusos na corola, livres entre si ou formando um anel pétalo-estamínico. Os filetes são delicados ou carnosos, cilíndricos ou laminados, eretos ou recurvos, retos ou plicados, possuem anteras lineares, lanceoladas, oblongas ou sagitadas, dorsifixas, raramente basifixas, bitecas, com deiscência rimosa e introrsa. Os grãos de pólen variam em relação ao tamanho, número, ornamentação da exina e padrão de abertura, ocorrendo grãos inaperturados, monocolpados, porados ou sulcados

32 12 A família Bromeliaceae (Wanderley & Melhem 1991, Halbritter 1992 apud Benzing 2000). Características polínicas são bastante relevantes e contribuem para a delimitação de gêneros e espécies. O gineceu é gamocarpelar, formado por um ovário trilocular, com três placentas axilares, variando de súpero à ínfero, com nectários septais em geral desenvolvidos. O estilete é terminal, tubular ou trígono, de comprimento variável. O estigma trífido, é em geral espiral-conduplicado, com três lobos expandidos ou raramente pouco desenvolvidos, eretos ou cupulados, com linhas estigmáticas papilosas marginais geralmente presentes (Brown & Gilmartin 1984, 1989, Wanderley & Martins 2007). Os óvulos podem ser numerosos ou escassos, anátropos, ou raramente campilótropos, providos ou não de apêndices. A disposição do ovário é utilizada na separação das subfamílias de Bromeliaceae, sendo considerado para a subfamília Bromelioideae a presença de ovário ínfero, para Tillandsioideae, ovário súpero e para Pitcairnioideae, ovário súpero ou semi-ínfero Frutos Nas espécies que apresentam ovário ínfero, formam-se frutos carnosos/bagas, indeiscentes, que necessitam da ação de animais para a sua dispersão, como em Bromelia antiacantha, também chamada de banana-do-mato, cujos frutos também são utilizados por humanos. Os índios bororós do Mato Grosso, segundo Hoehne (1951), costumavam coletar seus frutos durante o dia e passavam a noite degustando-os crus, cozidos ou torrados. Frutos do tipo cápsulas são produzidos pelas espécies que possuem ovário súpero ou semi-ínfero, estes, são deiscentes e não necessitam da ação de agentes dispersores. No gênero Ananas ocorre fruto composto, originário da concrescência de várias flores de uma inflorescência Sementes

33 13 A família Bromeliaceae As sementes de Bromeliaceae, ao contrário da maioria das monocotiledôneas, apresentam os dois tegumentos após a maturação, testa (externo) e tegma (interno). O endosperma é amiláceo, típico da ordem Poales. Os apêndices das sementes são utilizados para a delimitação das três subfamílias tradicionalmente aceitas, sendo plumosos nas Tillandsioideae, alados nas Pitcairnioideae e ausentes nas Bromelioideae Hábito Quanto ao hábito, a família pode ser dividida em terrícolas, epífitas, rupícolas ou saxícolas. Pittendrigh (1948) sugere algumas características ecofisiológicas associadas aos diferentes tipos de hábito. Terrestres - desenvolvem-se diretamente sobre o solo. Podem ser classificadas como, solo-dependentes: espécies que possuem raízes funcionais e são desprovidas de tanque; protanques: espécies que formam tanques rudimentares, possuem poucos tricomas escamiformes e têm raízes ativas; tanque-dependentes: que caracterizam-se por possuírem tanques bem desenvolvidos com grande quantidades de tricomas, raízes com pouca capacidade de absorção. Epífitas - desenvolvem-se sobre forófitos, mas as raízes atuam somente como elemento de fixação. Neste grupo, ocorrem espécies tanque-dependentes e atmosféricas: que não formam tanque, mas apresentam um eficiente sistema de tricomas absorventes nas folhas, capazes de absorver até mesmo vapor d água. Rupícolas ou saxícolas - podem ser atmosféricas ou tanque-dependentes, desenvolvendose sobre rocha nua, ou fendas e depressões, onde há alguma disponibilidade de matéria orgânica. As espécies que crescem sobre rocha nua são importantes componentes nos processos de sucessão destes locais, atuando como pioneiras, contribuindo para o acúmulo de matéria orgânica e possibilitando o conseqüente desenvolvimento de espécies mais exigentes.

34 14 A família Bromeliaceae 3.4. INTERAÇÕES ECOLÓGICAS As espécies de Bromeliaceae que formam cisternas são componentes importantes de diversos ecossistemas, servindo como fonte de alimento e hábitat para uma grande diversidade de animais (Souza & Couto 2001). Diversos estudos demonstram a utilização de bromeliáceas como fonte de recursos para vertebrados superiores. Pizo & Oliveira (1999) observaram a utilização de sementes de espécies de Aechmea por primatas (Cebus apella). Brown & Zunino (1990) ao analisarem a dieta desta mesma espécie, em ambiente extremos, constataram a utilização de seis espécies de bromélias como recurso alimentar, durante períodos desfavoráveis. Fragaszy et al. (1990) relataram a utilização de folhas de bromeliáceas por primatas desta espécie. Callithrix geoffroy, sagüi-de-cara-branca, permanece parte do seu dia vasculhando rosetas de Bromeliáceas a procura de animais, a fim de complementar sua dieta protéica. Leontopetheus rosalea, mico-leão-dourado e espécies congêneres, todas ameaçadas de extinção, apresentam o mesmo hábito (Leme & Marigo 1993). Outros vertebrados como os anfíbios, geralmente anuros, encontram nas cisternas um ambiente úmido ideal para o seu desenvolvimento e reprodução (Teixeira et al., 2002). Alguns répteis, como serpentes e largatixas, baseiam sua dieta em anfíbios e insetos que habitam a planta (Britto-Pereira et al. 1988). Quanto aos invertebrados, diversas classes se beneficiam direta ou indiretamente do micro ambiente proporcionado pelas bromélias. Algumas ordens de insetos, como dípteros, coleópteros, odonatas e lepidópteros, utilizam-se da planta para fins reprodutivos (Marrero et al., 1996). Diversas espécies de crustáceos, moluscos e nematóides, por necessitarem de ambientes úmidos, encontram na planta um habitat favorável (Wittman 2000). Aracnídeos geralmente estão

35 15 A família Bromeliaceae associados às bromélias por estas abrigarem grande quantidade de alimento. Comumente existem espécies de ácaros vivendo no meio aquático gerado pelas plantas (Figueira 1989). Outras interações interessantes têm sido reportadas para representantes da família. Ramalho et al. (2004) relatou que Xylocopa (Monoxylocopa) abbreviata Hurd & Moure nidifica nas hastes de inflorescências de Encholirium spectabile Martius ex Schultes f.. Leme & Marigo (1993) relataram, dentre outros exemplos, a relação de Tillandsia usneoides, com o Guaxe (Cacicus haemorrhous) que utiliza os ramos emaranhados da planta para a construção de seus ninhos, e em troca atuam na dispersão da espécie, transportando (aderidos ao corpo) pequenos ramos da planta para locais diversos. Já foi observada a coabitação entre bromeliáceas e orquidáceas. As orquídeas introduzem suas raízes entre as folhas das bromélias obtendo um suprimento perene de água e nutrientes. Espécies de Araceae são frequentemente encontradas desenvolvendo-se em tanques de Bromeliaceae (Reitz 1983), como Anthurium bromelicola que vive exclusivamente no interior de bromélias-tanque de Pernambuco e Alagoas (Siqueira-Filho et al. 2006). Nas comunidades neotropicais, a família Bromeliaceae desempenha função biológica de enorme importância (Benzing 2000), atuando na manutenção de processos chave nos ecossistemas, como polinização e dispersão (Martinelli 1994, Buzato et al. 2000, Sazima et al. 2000). Mestre et al. (2001) concluíram em seu trabalho que o microhabitat bromelícola é de fundamental importância, tanto para as comunidades que nele se desenvolvem como para a manutenção da diversidade da floresta atlântica. Rocha et al. (2004) relatam que a degradação de habitats reduz acentuadamente a abundância e a diversidade de bromélias em várias regiões, o que leva a perda de diversas formas de vida que possuem ciclo dependente das Bromeliaceae, resultando na conseqüente redução da diversidade biológica do ecossistema.

36 16 A família Bromeliaceae 3.5. POLINIZAÇÃO E AGENTES POLINIZADORES O processo de auto-fecundação em Bromeliaceae, parece ser raro, pois as flores em geral são protândricas. Na maioria dos casos há zoogamia. A antese ocorre mais frequentemente durante o dia. Algumas espécies dos gêneros Vriesea e Aechmea apresentam flores com antese noturna. A duração da antese pode variar de poucas horas a cerca de três dias, o mais comum é durar um dia (Reitz 1983, Leme & Marigo 1993). A direção de abertura das flores comumente segue um padrão, nas espécies de inflorescência nidular é centrífuga, em outros tipos de inflorescência pode variar da base para o ápice, ou do centro subindo ou descendo em ordem, mas em uma mesma espécie o padrão é mantido. A floração seqüencial já foi reportada para espécies simpátricas de Bromeliaceae e pode ser interpretada como resultado evolutivo da competição por um mesmo polinizador. A manutenção da oferta de néctar ao longo de um período mantém o agente polinizador e favorece as espécies envolvidas (Araújo et al. 1994). Em Bromeliaceae, a polinização pode ser realizada por uma ampla gama de agentes. Nesta família, a polinização por vertebrados é predominate sobre a polinização por insetos, ao contrário da maioria das Angiospermas (Sazima et al. 1989). Cerca de 85 % das espécies da Floresta Atlântica são polinizadas por beija-flores (Fischer 1994, Varassin 2002). Entre as principais características apresentadas pelas bromélias ornitófilas destacam-se as brácteas florais com tonalidades vermelhas, flores amarelas, tubulares, alta produção de néctar com concentração de açucares e antese diurna. A co-evolução entre Bromeliaceae e beija-flores, tem sido sugerida ao longo dos anos. Piacentini (2006) estudou a relação entre a floração de bromeliáceas e uma comunidade de beijaflores no Sul do Brasil e concluiu em seu trabalho não haver relações especialistas entre os

37 17 A família Bromeliaceae grupos estudados. O autor aponta que existe uma carência de dados para melhor avaliação da questão de co-evolução. Polinização por morcegos ocorre principalmente no gênero Vriesea, em especial no subgênero Xiphion. De uma maneira geral, os representantes polinizados por estes agentes, apresentam pétalas com coloração que varia de branco-amarelada a vermelho-acastanhada, corola tubular alargada, antese noturna, grande quantidade de néctar e odor desagradável. Também há relatos de polinização por morcegos para espécies de Alcantarea, Encholirium e Puya (Reitz 1983, Leme & Marigo 1993). Insetos são polinizadores menos comuns, quando ocorre a polinização é realizada por abelhas ou borboletas. As espécies polinizadas por estes agentes normalmente apresentam pétalas azuis, inflorescências densamente congestas, flores com tubo estreito e nectários ocultos, quando presentes ASPECTOS ECONÔMICOS Importância alimentícia Destaca-se o abacaxi, uma das frutas tropicais mais conhecidas. Atualmente praticamente todos os Estados brasileiros cultivam o abacaxi (Borges et al., 2004). Outra bromeliácea utilizada para fins alimentícios é a Bromelia laciniosa Martius ex Schultes f., a famosa macambira do nordeste brasileiro, que há décadas é utilizada na alimentação do gado e do homem. Das bainhas foliares é extraída uma farinha, para o preparo de pão e mingau, que apresenta teor protéico três vezes maior que a farinha de mandioca e 15 vezes mais cálcio que o leite (Leme & Marigo 1993). Na região Sul, as bagas produzidas por algumas espécies de Aechmea, são consumidas pelas crianças que as denominam de chupe-chupe (Reitz 1983).

38 18 A família Bromeliaceae Industrial A fibra extraída de Ananas lucidus, o curauá, uma espécie amazônica, é utilizada pela indústria em substitutição a fibra de vidro, dentre outros fins. A planta já vem sendo utilizada pelas populações locais para a confecção de diversos produtos artesanais (Monteiro et al. 2006, Mothé & Araújo 2004). Neoglaziovia variegata chamada popularmente de caroá, também é fornecedora de fibras e no passado foi bastante utilizada pela indústria têxtil da região Nordeste. Hoje sua utilização é modesta e apenas as populações rurais continuam a explorar o caroá, para confecção de cordas, redes e tapetes (Leme & Marigo 1993) Ornamental Benzing (1980) relata que em 1776 Guzmania lingulata (L.) Mez foi introduzida como planta ornamental na Europa, e que a partir daí houve crescente interesse de colecionadores e comerciantes por estas plantas do novo mundo. Billbergia pyramidalis (Sims) Lind. também figura entre as primeiras Bromeliaceae levadas para a Europa (Leme 1995a). Em 1811, o Royal Botanical Garden contava com uma coleção de 16 espécies. No Brasil, o comércio de Bromeliáceas foi iniciado na década de 70, com a exploração de Aechmea fasciata (Lind.) Baker, espécie nativa do Rio de Janeiro, hoje essa é uma das espécies mais observadas em arranjos de floriculturas (Coffani-Nunes 1997). O uso ornamental destas plantas tem se tornado cada vez mais popular, sendo as bromeliáceas muito utilizadas em projetos paisagísticos modernos. Roberto Burle Max, por exemplo, revolucionou o conceito de estética dos jardins, ao utilizar plantas brasileiras, destacando sempre representantes da família em suas criações, como verdadeiras esculturas vivas. O fácil acesso às plantas no ambiente natural tem levado a extração de milhares de exemplares da natureza mesmo em unidades de conservação (Leme & Marigo 1983).

39 19 A família Bromeliaceae Miranda (2001) indica a utilização de Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker para a composição de jardins públicos e privados na região Centro-oeste Medicinal De uso cientificamente comprovado pode-se citar a bromelina, uma enzima produzida pela planta para a defesa química contra larvas de insetos. Em seres humanos a enzima atua sobre algumas proteínas sendo utilizada para diversos fins. Nidularium innocentii Lem. é utilizado com antiinflamatório, analgésico, anti-helmíntico e diurético (Chedier et al., 2000). Bromelia antiacantha Bertol. é popularmente utilizada pelas propriedades antihelmínticas e antitussígenas, também há relatos de utilização no tratamento de feridas, especialmente aftas e afecções da mucosa. Tillandsia usneoides (L.) L. conhecida como barba-de-velho ou barba-de-pau, misturada à manteiga de cacau ou banha é utilizada como supositórios para casos de hemorróidas. Tillandsia stricta, cravo-do-mato é utilizada como medicamento diurético (Reitz 1983) Saúde pública Convém ressaltar a importância das bromeliáceas que apresentam tanques com relação às questões sanitárias. Estas plantas seriam possíveis criadouros para mosquitos transmissores de doenças como a malária e a dengue. No entanto, não há conclusões precisas sobre a relevância das bromélias em casos de epidemias..

40 20 Catálogos 4. CATÁLOGOS "Um jardim como a vida, precisa ser visto na sua totalidade. Se nos detivermos na beleza de um detalhe, todo o resto parecerá feio." Paulo Coelho A palavra catálogo foi utilizada neste trabalho como sinônimo do termo inglês checklist. A importância dos catálogos de espécies em ações conservacionistas tem sido destacada por diversos autores, uma vez que estes estudos contribuem significativamente para o conhecimento da biodiversidade de áreas específicas. Estas listagens podem ser utilizadas na inferência de centros de diversidade e endemismos e na formulação de questões acerca da origem e história evolutiva dos grupos. Além disso, otimizam o processo de identificação das espécies de uma determinada região e podem ser úteis em comparações da diversidade entre localidades. Embora necessitem de atualizações constantes, os catálogos documentam em um determinado momento da história o volume de informações sobre as espécies (Boggan et al. 1993). O Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA) possui um projeto denominado CHECK LIST que: (...) dedica-se a publicar listas de espécies, mapas de distribuição geográfica e notas sobre a distribuição geográfica de quaisquer táxons. Esse tipo de estudo tem sido negligenciado por ser considerado "muito básico" ou "não tendo uma aplicação relevante. No entanto, esforços para preservar os remanescentes naturais de espécies são fundamentais para a perpetuação da vida como ela tem evoluído. O primeiro passo para se conseguir isso é manter o registro da distribuição das espécies. ( acessado em 25/10/2007). Nota-se um aumento considerável de publicações referentes a checklist ou catálogos, envolvendo desde áreas relativamente restritas, como municípios, parques e estados, até países ou grandes regiões fitogeográficas.

41 21 Catálogos Diferentes metodologias têm sido adotadas nos trabalhos propostos. Alguns autores baseiam-se apenas na literatura ou nos herbários como fonte de dados, enquanto outros associam dados de herbários à literatura. Poucos utilizam conjuntamente a literatura, os herbários e o trabalho de campo. Fontoura et al. (1991) realizaram o checklist das Bromeliaceae do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. O levantamento das espécies baseou-se na literatura e nas coleções dos herbários. As autoras discutem a distribuição geográfica dos táxons no Estado, considerando as diferentes tipologias vegetais ocorrentes no Rio de Janeiro. Holst (1994) fornece um checklist das Bromeliaceae da Venezuela, incluindo dados sobre a distribuição das espécies e níveis de endemismo. Este autor utilizou informações contidas na literatura e dados de herbários. Betancur & Jaramillo (1998) estudaram a distribuição da família Bromeliaceae nas vertentes andinas do sul da Colômbia. As informações sobre as espécies da região se basearam no trabalho de campo, consulta à literatura e análise dos espécimes depositados em herbários. Os autores forneceram uma listagem das espécies, dados sobre as afinidades florísticas, altitude e formas de vida dos táxons. Krömer et al. (1999) elaboraram o checklist das Bromeliaceae da Bolívia com base em informações da literatura e materiais dos herbários. São apresentados os nomes aceitos para as espécies, sinônimos (quando pertinentes), amplitude de altitude, distribuição por estados e indicações sobre os táxons endêmicos. Espejo-Serna et al. (2004) realizaram uma sinopse das Bromeliaceae do México, baseando-se exclusivamente na análise de materiais herborizados. Os autores apresentam informações sobre os espécimes-tipo, distribuição por estado e municípios e informações sobre endemismos. Pulido-Esparza et al. (2004), elaboraram um catálogo da flora bromeliológica do Estado de Guerrero, no México, baseados na análise de materiais herborizados e revisão bibliográfica. O

42 22 Catálogos trabalho apresenta chaves de identificação para gêneros e espécies e uma análise detalhada da distribuição das espécies. Versieux & Wendt (2006), basearam-se na análise de materiais herborizados, revisão bibliográfica e trabalho de campo para elaborar um catálogo para as espécies de Bromeliaceae do estado de Minas Gerais, no Brasil. É fornecida uma listagem, com dados de distribuição geográfica e estado de conservação das espécies. Versieux et al. (dados não publicados) realizaram o levantamento das Bromeliaceae ocorrentes na Cadeia do Espinhaço nos Estados da Bahia e Minas Gerais. A listagem foi preparada a partir do levantamento das coleções e consulta a literatura especializada. Os autores fornecem dados referentes à distribuição dos táxons (na Serra do Espinhaço) e taxas de endemismos. Espejo-Serna et al. (2007) levantaram as Bromeliaceae de Oaxaca, um estado do México, com base na análise de materiais herborizados e dados da literatura. Os autores compararam a flora Bromeliológica de Oaxaca com a de Chiapas, Guerrero, Puebla e Vera Cruz. Espejo-Serna et al. (2004) indicam que no México o exame das coleções botânicas tem gerado importantes informações a respeito das Bromeliaceae locais, em decorrência das constantes incorporações de novos materiais. O desenvolvimento de um elevado contingente de pesquisas botânicas nas últimas décadas tem levado ao incremento das coleções de herbários. Em alguns casos, são incorporados às coleções exemplares procedentes de estudos florísticos gerais, envolvendo diversas famílias botânicas, e a não avaliação dos exemplares por especialistas pode resultar em identificações imprecisas ou ausência de identificação. Informações relevantes a respeito das áreas de ocorrência dos táxons, ou mesmo a descoberta de novas espécies, pode ser mascarada nesses estudos mais generalistas, o que ressalta a importância da realização de catálogos de espécies especializados.

43 23 Metodologia 5. METODOLOGIA "O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos." Lao-Tzu A etapa preliminar do presente estudo constou da revisão e compilação dos dados bibliográficos relacionados à família Bromeliaceae na Serra da Mantiqueira. Foram examinadas as grandes monografias referentes à família: Mez (1894, 1896, 1901), Baker (1889), Beer (1857), Smith & Downs (1955, 1974, 1977, 1979), e publicações mais recentes que abordassem o tema em questão. Os maiores herbários da região Sudeste do Brasil foram inventariados (Tabela 1). Também foram extraídos dados disponíveis no site do CRIA, das instituições (UEL, MBLM, NY, SPSF) e das coleções dos herbários disponíveis na web (NY, U e Z). Além disso, foram utilizadas informações do banco de dados elaborado pelo pesquisador Leonardo de Mello Versieux que analisou, além dos herbários (BHCB, CESJ, HB, RB, R, SP e VIC) consultados neste trabalho, as coleções (MBM, HBR, RFA, SEL e US). Embora o banco de dados deste pesquisador contivesse dados referentes apenas às espécies ocorrentes em Minas Gerais, considerou-se relevante incluir as informações neste trabalho. Foi elaborada uma lista com os municípios situados na região da Serra da Mantiqueira (Apêndice II) para possibilitar a triagem dos espécimes nos herbários, uma vez que raramente encontram-se referidas nas etiquetas das exsicatas informações específicas sobre as localidades, sendo comumente citados, apenas o estado e município onde o material foi coletado. Para as coleções que mencionavam somente o nome da unidade de conservação e/ou serra onde o espécime foi coletado, optou-se por manter a localidade referida, considerando que na maioria dos casos havia mais de um município associado à área.

44 24 Metodologia As exsicatas referentes à área de estudo foram fotografadas e as informações contidas nas etiquetas foram transcritas para um banco de dados elaborado com o programa Brahms Botanical Research and Herbarium Management System versão 5.55 da Universidade de Oxford. Os espécimes indeterminados foram, quando possível, identificados de acordo com bibliografia especializada. Tabela 1: Herbários consultados. Siglas de acordo com Holmgren et al Sigla ESA HRCB UEC IAC SP SPF BHCB CESJ OUPR GFJP ESAL VIC HME RB R HB Instituição Universidade de São Paulo, SP. Universidade Estadual Paulista, SP. Universidade Estadual de Campinas, SP. Instituto Agronômico de Campinas, SP. Instituto de Botânica, SP. Universidade de São Paulo, SP. Universidade Federal de Minas Gerais, MG. Universidade Federal de Juiz de Fora, MG. Universidade Federal de Ouro Preto, MG. Universidade do Estado de Minas Gerais, MG. Universidade Federal de Lavras, MG. Universidade Federal de Viçosa, MG. Herbário Prefeitura Municipal de Extrema, MG. Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ. Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ. Herbarium Bradeanum, RJ. Para cada táxon foram levantados os seguintes dados: nome e autor da espécie; publicação; basiônimo; material-tipo; hábitat; amplitude de altitude na qual o táxon se insere na Serra da Mantiqueira; hábito (epífita, terrícola, rupícola e saxícola) e comentários (dados

45 25 Metodologia fenológicos, distribuição das espécies no Brasil e nos limites da área de estudo e informações taxonômicas e referentes a conservação). As indicações do hábito, hábitat, altitude, fenologia e distribuição das espécies na Serra da Mantiqueira, foram baseadas essencialmente nos dados extraídos das etiquetas das exsicatas examinadas. Para espécies que já haviam sido abordadas em outros trabalhos na área de estudo, quando pertinente, utilizaram-se os dados fornecidos pelos autores que, nestes casos, foram citados nos comentários. Os dados referentes à distribuição geográfica no Brasil foram obtidos principalmente da Flora Neotropica (Smith & Downs 1974, 1977 e 1979). Nos casos em que as espécies foram revisadas ou descritas posteriormente adotou-se a distribuição considerada nas publicações. Uma vez que este trabalho consiste no levantamento das espécies ocorrentes na Serra da Mantiqueira, a determinação do estado de conservação das espécies poderia ser falha, já que não há informações sobre toda a amplitude de ocorrência dos táxons. Sendo assim, só foi indicado o estado de conservação para as espécies endêmicas da Serra da Mantiqueira, seguindo a classificação da IUNC (2001). Para espécies ocorrentes na Serra da Mantiqueira, que já foram revisadas, foi indicada a categoria apresentada pelos autores dos respectivos trabalhos. Foi indicada para cada táxon nos comentários, a ocorrência dentro de unidades de conservação de uso integral, segundo o SNUC (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000). Os dados referentes às unidades de conservação foram extraídos essencialmente dos seguintes trabalhos: Minas Gerais-Camargos (2001); Espírito Santo IPEMA (2005); São Paulo Brito et al. - (http//: e Rio de Janeiro (FBDS 3, 2000). Na seção 6.6 são listadas as unidades de conservação situadas na Serra da Mantiqueira, com indicação da área e municípios abrangidos. Optou-se por apresentar os materiais examinados de forma completa, visando fornecer o maior número possível de informações, facilitar a busca por espécimes e a análise das áreas com

46 26 Metodologia maior concentração de coletas, bem como, permitir uma interpretação histórica, baseada nas datas em que os espécimes foram coletados. Os materiais examinados foram apresentados da seguinte forma:, ESTADO: Município, localidade, 1º coletor e número de coleta, data da coleta do espécime (sigla do/dos herbários onde o material está depositado). Estados, municípios e coletores são listados em ordem alfabética. Os coletores são citados pelo último sobrenome, separado por vírgula das iniciais do nome e 1º sobrenome. Em exemplares que não indicavam número de coleta, foi mencionado após a sigla do herbário, o número de registro do material no respectivo herbário. No apêndice IV são apresentados os espécimes-tipo examinados. Considerou-se como examinados os materiais-tipo analisados nos herbários visitados e as imagens obtidas através da consulta eletrônica ou disponibilizada por outros pesquisadores. Foram reunidas no apêndice V, fotografias das espécies de Bromeliaceae ocorrentes na Serra da Mantiqueira (geralmente no ambiente), tiradas durante o presente trabalho ou disponibilizadas por outros pesquisadores. A nomenclatura usada para os táxons segue Luther (2006), as abreviaturas de autores estão de acordo com Brummit e Powell (1992). As obrarum princeps são citadas conforme as abreviaturas de Stafleu e Cowan ( ) para os livros e Lawrence et al. (1968) para periódicos. Foram consideradas as espécies, variedades e formas citadas por Govaerts (2005) em World Checklist of Bromeliaceae e as indicadas na listagem de Luther (2006). No caso de espécies descritas ou revisadas posteriormente a estas datas, utilizaram-se as concepções aceitas nos respectivos trabalhos, quando estes foram devidamente publicados.

47 27 Metodologia 5.1. ÁREA DE ESTUDO A Serra da Mantiqueira é uma das maiores cadeias de montanhas do leste sul-americano e ocupa uma extensa área da região Sudeste do Brasil, se estendendo pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo (Mendes Junior et al. 1991, Meirelles 1991, Hucke 1972) (Figura 2 e 3). Pertence ao domínio da Mata Atlântica, considerado pelo Decreto Federal 750/93 como o conjunto de formações florestais e ecossistemas associados, com as respectivas delimitações estabelecidas pelo mapa de vegetação do Brasil elaborado pelo IBGE em De uma maneira geral, a Serra da Mantiqueira apresenta formações florestais que variam de floresta estacional semidecidual a florestas ombrófilas montana e alto-montana (Veloso et al. 1991). A área apresenta desníveis altitudinais consideráveis refletindo em sub-tipologias relacionadas à fisionomia das comunidades florestais nela presente (Rizzini 1997, Moreira & Camelier 1977). Os topos mais elevados ( m) estão nas bordas do Planalto de Campos do Jordão e das serras do Itatiaia e Caparaó e apresentam formas morfológicas bastante contrastantes com o relevo não tão vigoroso adjacente, dominados por encostas, vertentesterraços e terraços. Possíveis origens para tal relevo estão nos processos morfogenéticos ocorridos no Quaternário, na última glaciação, quando condições climáticas peculiares desses topos mais altos favoreceriam a desagregação mecânica das rochas, em razão da ação do gelo e degelo, processo também conhecido como glaciação quaternária de altitude. Tal processo seria o responsável pelas paisagens exóticas observadas nos maciços das Agulhas Negras e Prateleiras, no Itatiaia, entre outras (Azevedo 1972, CETEC 1983). A superfície que corresponde ao Rebordo Ocidental da Serra da Mantiqueira está inserida em uma área planáltica, que foi denominada por Ross (1996) como Planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste, um local que tem sua gênese vinculada a vários ciclos de dobramentos

48 28 Metodologia acompanhados de metamorfismos regionais, falhamentos e extensas intrusões. Para o autor, o processo epirogenético se manteve no pós-cretáceo até o Terciário Médio, desenvolvendo soerguimentos da plataforma sul-americana, que [...] reativou falhamentos antigos e produziu escarpas acentuadas, como as das serras da Mantiqueira e do Mar [...]. Possui características marcantes, destacando-se principalmente pelo fato de ser quase inteiramente constituída de rochas pré-cambrianas (Almeida & Litwinski 1984, Machado-Filho et al. 1983). A Serra da Mantiqueira constitui o segundo degrau do Planalto Brasileiro, representando o orobioma mais frio ao leste da América do Sul (Moreira & Camelier 1977, Safford 1999). Em conjunto com a Serra do Mar, constituem o sistema montanhoso com a mais destacada feição orográfica da borda atlântica sul-americana (Almeida & Carneiro 1998). Tanto a escarpa da Mantiqueira, como a da Serra do Mar são consideradas pelos geomorfológos, como uma falha que ocorreu no relevo e/ou o resultado da ação de erosões. Ab Saber e Bernardes (1958) aceitam as duas hipóteses, ou seja, concluem que ocorreram grandes falhamentos na parte oriental do Planalto Brasileiro e a erosão foi trabalhando sobre estes movimentos dando um aspecto ondulado a escarpa, revelando assim, o desgaste realizado pela erosão. Num panorama histórico, ficam evidentes as diferentes delimitações propostas para a serra da Mantiqueira. Mello & Mello (1909), descrevem tal serra como uma grande cordilheira do interior do Brasil, que segue na direção sudoeste-nordeste, ao longo do vale do rio Paraíba do Sul, na divisa dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, correndo a uma distância média de 100 km da serra do Mar, com a qual apresenta certo paralelismo. Esses autores apresentam a Mantiqueira com prolongamentos para o norte, em Minas Gerais, englobando áreas da hoje denominada serra do Espinhaço, cujas continuações se estenderiam à chapada Diamantina, na

49 29 Metodologia Bahia. O seu limite meridional seria a serra da Cantareira, próximo à cidade de São Paulo, como exposto abaixo: Pouco alem da Cantareira, uma cinta de terras altas prende o systema da Mantiqueira com a Serra do Mar, fazendo a separação das águas dos rios Tiété e Parahyba. O ponto mais elevado desse contraforte é o Serrote de Itapiti, dois kilômetros à N.W. da cidade de Mogy das Cruzes á margem direita do Tiété. N esta direcção a serra da Mantiqueira recebe os seguintes nomes locaes: Serra da Cantareira ao N.E. de S. Paulo; Serra dos Poncianos a W. de S. José dos Campos; Pico do Agudo, Serra de São Bento e Serra dos Campos do Jordão a W. e N. de Pindamonhangaba; Serra do Piquete attingida pela via férrea de Lorena a Bemfica; Pico do Imbú e Serra do Passa Quatro atravessada pela Estrada de Ferro Minas e Rio; Serra do Jacú; Serra do Picú; Serra do Itatiaya, o ponto culminante do Brazil; Pedra Sellada; Serra do Passa- Vinte; Serra do Bom Jardim; Garganta de João Ayres, atravessada pela Estrada de Ferro Central do Brazil, na linha tronco, território de Minas; Serra do Presídio; Serra de S. Geraldo; Serra do Soriano; e finalmente Serra dos Aymorés, no território do Estado do Espírito Santo... Em seu prolongamento para N. a Mantiqueira, penetrando no estado de Minas Geraes, offerece um ponto elevado, em que se encontram e se entretecem as cabeceiras de três dos maiores rios do Brazil: a E. as águas do rio Pyranga, affluente do Rio Doce; ao N. o rio Paraopeba, affluente do S. Francisco; e ao S. o rio Carandahy, tributário do Rio Grande, bacia do Prata...Assim os termos Serra do Espinhaço, como Serra das Vertentes, que nunca existiram, ficam reduzidos ao seu verdadeiro valor de simples expressão descriptiva ou figurada, empregada pelo Barão de Eschwege, para designar o fácies geológico dessa região montanhosa. A sciencia não permitte que se substituão por expressões figurativas, engendradas no gabinete, os nomes geographicos de regiões perfeitamente conhecidas pelos habitantes e definitivamente consagradas pelo povo, unico que pode legislar no assumpto... Mello & Mello, 1909.

50 30 Metodologia Várzea (1942) relata que a Serra da Mantiqueira estende-se da margem norte do Tiête (onde se localiza o Pico do Jaraguá) no estado de São Paulo, até o sul da Bahia (onde se localiza o morro do descobrimento). Pelo exposto acima, nota-se já no início do século XX, certa polêmica na delimitação da Mantiqueira, que viria a ser constituída por um conjunto de serras com denominações regionais. Por outro lado, mesmo nos dias atuais, é grande a dificuldade de se delimitar uma serra, visto existirem regiões limítrofes ou prolongamentos que podem ser considerados nós-orográficos, ou seja, áreas de transição e/ou justaposição entre formações geomorfológicas distintas. Assim, o estabelecimento de conectividade entre tais prolongamentos só deve ser feito após criteriosa análise geomorfológica. Em um contexto mais atual, notam-se ainda variações de conceitos no que se refere a delimitação da Serra da Mantiqueira. A Serra da Mantiqueira é definida por Abreu (1973) como um acidente geográfico situado entre Minas Gerais e São Paulo que atua como marco divisório, e recebeu a seguinte caracterização geomorfológica:...localiza-se neste espaço um núcleo de escudo muito complexo soerguido pela epirogênese positiva e afetado por uma tectônica quebrável ativa pós-cretácea, em cujos rebordos encontramos os melhores exemplos, em nosso país, de montanhas em blocos... No diagnóstico ambiental realizado para o estado de Minas Gerais (CETEC 1983) a Mantiqueira é definida como uma unidade geomorfológica que faz parte do grupo de serras cristalinas do planalto Atlântico, com terrenos pré-cambrianos, muitas vezes fortemente erodidos, dissecados, contrastando, em alguns trechos, com áreas muito elevadas e escarpadas como o pico da Bandeira (2.890 m), na serra do Caparaó, e o pico das Agulhas Negras (2.787 m), na serra do Itatiaia. Estende-se a partir das cabeceiras do rio Camanducaia, no sul do estado de MG, por entre a fronteira de Minas Gerais com São Paulo e Rio de Janeiro, ao longo da margem esquerda do rio Paraíba do Sul, e prossegue de modo descontínuo ao longo da divisa

51 31 Metodologia entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A partir das cabeceiras do rio do Peixe, afluente do Paraibuna, o bloco maciço da Mantiqueira bifurca-se, sendo que uma faixa de elevações segue rumo ao município mineiro de Juiz de Fora, enquanto a outra segue até as proximidades de Santos Dumont, também em Minas Gerais. O limite norte da serra da Mantiqueira é descontínuo e composto por prolongamentos (i.e. blocos) com formas de relevo bastante dissecadas, com uma série de topos nivelados entre m. Um bloco a nordeste de Juiz de Fora é interrompido pela Depressão do rio Paraíba do Sul, ressurgindo na região do município mineiro de Astolfo Dutra, onde é cortado pelo rio Pomba. Ainda mais ao norte surgem três blocos isolados, sendo o mais oriental, na divisa com estado do Espírito Santo, a serra do Caparaó, onde se situa o pico da Bandeira. Os dois blocos remanescentes se interrompem (1º) ao sul de Manhuaçú e (2º) ao sul de Caratinga, ambos, municípios mineiros. Machado-Filho et al. (1983) indicam que a Serra da Mantiqueira é formada por dois planaltos principais, um meridional e o outro setentrional. O setor setentrional demarca o limite natural entre o nordeste paulista do sudoeste mineiro e é constituído pelas unidades dos Patamares Escalonados do Sul Capixaba, pelos maciços do Caparaó e pela unidade das serranias da Zona da Mata Mineira. A região da Mantiqueira Meridional se constitui pelo Planalto de Campos do Jordão e a unidade do Planalto de Itatiaia. Frente à complexidade e multiplicidade de fatores envolvidos e a discordância observada em alguns casos na literatura, optou-se neste trabalho em incluir no catálogo de espécies todas as Bromeliaceae ocorrentes na região da Serra da Mantiqueira, considerando-se a delimitação proposta por Machado-Filho et al. (1983), os prolongamentos apontados por Várzea (1942) para a porção ao sul e os limites apresentados por CETEC (1983) para a porção norte da Serra. Com relação aos limites leste-oeste foram consideradas todas as áreas adjacentes a linha norte-sul (independentemente da altitude) levando-se em conta menções, em diferentes trabalhos, para a Serra da Mantiqueira (e.g. Serra de São José, Tiradentes, Minas Gerais, Alves (1992) indica que a porção oeste e sul refere-se a Serra da Mantiqueira; município de São João

52 32 Metodologia da Boa Vista, São Paulo, segundo Colabardini (2003) pertence ao Rebordo Ocidental da Serra da Mantiqueira). Figura 2: Mapa físico da Serra da Mantiqueira. Fonte: Ecodinâmica Consultores associados Ltda Meio Ambiente estudos e projetos, Figura 3: Mapa demonstrando as variações altitudinais da Serra da Mantiqueira. Fonte: George Shepherd.

53 33 Metodologia 5.2. Estudo de campo Pela grande extensão da Serra da Mantiqueira, duas áreas foram selecionadas para estudos no campo: Serra do Lopo e Serra Negra, ambas no estado de Minas Gerais. A escolha destas áreas deveu-se ao fato de não haver estudos sobre a família nestas regiões e a infraestrutura existente, adequada para uma programação de coleta. As coletas foram realizadas periodicamente, em trilhas pré-existentes e em outras estabelecidas durante o presente projeto, visando abranger o maior número possível de ambientes, bem como explorar áreas menos acessíveis. Foram coletados preferencialmente indivíduos férteis, com flores e/ou frutos, ou ainda exemplares estéreis. As plantas que não se encontravam em período de floração foram mantidas em cultivo na coleção do Bromeliário do Instituto de Botânica de São Paulo e/ou no viveiro da Prefeitura Municipal de Extrema para o aguarde de florescimento. Nos indivíduos de médio e grande porte, foram utilizadas para a confecção das exsicatas a porção reprodutiva (escapo e inflorescência) e geralmente, duas ou três folhas, sendo o restante do exemplar e quando presentes os brotos, posteriormente cultivados nas coleções vivas citadas acima. As exsicatas foram depositadas no Herbário do Instituto de Botânica (SP) e no Herbário da Prefeitura Municipal de Extrema, e as duplicatas distribuídas a outros herbários brasileiros. Além do material herborizado, algumas porções reprodutivas foram fixadas em álcool 70% para análises posteriores. Durante o trabalho foram realizadas algumas excursões esporádicas ou ocasionais a outras localidades da Serra da Mantiqueira, visto tratarem-se de áreas relevantes para o entendimento da taxonomia e distribuição das espécies ocorrentes na Serra da Mantiqueira ou por serem regiões pouco conhecidas.

54 34 Metodologia Em Minas Gerais foram realizadas expedições ao Parque Estadual do Ibitipoca, Parque Nacional do Caparaó, distrito de Monte Verde no município de Camanducaia e ao município de São Tomé das Letras e áreas adjacentes. No Espírito Santo, ao Parque Nacional do Caparaó e municípios próximos. Em São Paulo, ao município de Piquete e Joanópolis. E no Rio de Janeiro a região de Raposo Serra do Lopo A Serra do Lopo (Figura 4 e 5) consiste num fragmento parcialmente isolado da Serra da Mantiqueira, que forma uma divisa entre os estado de São Paulo e Minas Gerais, nos limites dos municípios de Extrema (MG) e Joanópolis (SP). Possui altitude mínima de 935m e máxima de 1780m (Figura 4). Clima do tipo Tropical de Altitude, com temperatura média anual de 24ºC. A precipitação é de cerca de 1.800mm aproximadamente, sendo os meses de janeiro a março os mais chuvosos (Prefeitura Municipal de Extrema 2003, Departamento Municipal de Meio Ambiente 2002). Está enquadrada dentro do Domínio da Floresta Atlântica e sua cobertura vegetal é composta principalmente por Floresta Ombrófila Densa, em estágio secundário de regeneração. Nos pontos mais altos observa-se uma floresta densa, em estágio avançado de recuperação. Acima de 1400 m ocorre Floresta Ombrófila Densa Nebular, que torna a vegetação desta região bastante peculiar (APA Fernão Dias, 1998) (Figura 6). Nesta Serra, há em uma determinada área, a cerca de 1300 m de altitude, uma formação campestre, que abriga espécies comuns em Campos de Altitude. Também são freqüentes afloramentos rochosos, geralmente colonizados por uma grande diversidade de táxons.

55 35 Metodologia Figura 4: Imagem de satélite da porção sul da Serra da Mantiqueira, em destaque Serra do Lopo. Fonte: Leila Yamamoto. A B Figura 5: A Visão tridimensional Serra do Lopo. B Demarcação da Trilha da Pedra das Flores, em amarelo, principais pontos de coleta. Fotos: Leila Yamamoto

56 36 Metodologia B A C D E F G H I J L Figura 6. Ambientes da Serra do Lopo, Extrema Minas Gerais. A: Vista da Pedra Cume. B: Torre da Embratel. C: Vista da Pedra das Flores e Pedra Cume, a partir da Pedra dos Cabritos. D. Araucária, encontrada em áreas de Floresta Ombrófila Densa Mista. E: Vriesea bituminosa Wawra, em Floresta Ombrófila Densa Nebular. F. Pedra do Lopo. G. Trilha para a Pedra Cinco Dedos. H. Vista do reservatório Cantareira a partir da rampa de asa delta. I. Pedra dos Cabritos. J: Vista a partir da Pedra da Sacerdotiza. L: Lago Negro, a cerca de 1500 m de altitude (Fotos: Arquivos do Departamento de Meio Ambiente, Prefeitura Municipal de Extrema).

57 37 Metodologia Complexo- Serra Negra O Complexo - Serra Negra localiza-se nos domínios da vertente sul e da porção centrooeste do planalto da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, englobando parte dos municípios de Santa Bárbara do Monte Verde, Rio Preto, Santa Rita de Jacutinga, Olaria e Bom Jardim de Minas. Um grupo de pesquisadores e estagiários do herbário da Universidade Federal de Juiz de Fora, coordenados pela Profª. Dr.ª Fátima Salimena têm realizado trabalhos na região, que até o momento era pouco conhecida. As informações abaixo consistem essencialmente nos trabalhos deste grupo e nas observações feitas durante as excursões realizadas a esta área. Observa-se na área características ímpares com relação a vegetação. A região é marcada por um relevo montanhoso com escarpas íngremes e vales encaixados, chegando a aproximadamente 1600m de altitude. A vegetação é representada por Florestas Estacionais Semideciduais e florestas nebulares, além de formações predominantemente arbustivas e áreas campestres, relacionada a afloramentos quartzíticos, geralmente em quotas altitudinais mais elevadas (Figura 7). Não foi incluída na área de proteção ambiental (APA) Serra da Mantiqueira, apesar de ser contígua às delimitações da APA. As florestas que dominam a paisagem, vistas como um todo, formam um grande corredor ecológico, que interliga toda a região sul da Zona da Mata a APA Mantiqueira, abrangendo o maciço do Itatiaia (Drummond 2005).

58 38 Metodologia A B C D E F Figura 7. Ambientes da Serra do Funil, Rio Preto Minas Gerais. A: Vista da Igreja do Vilarejo do Funil a partir da Trilha do Cânion. B: Trilha para o Cruzeiro, área campestre com vegetação arbustiva. C. Vista do Burro de Ouro. D: Área de Campo Rupestre em meio a Floresta Ombrófila Densa Montana. E: Cachoeira Ninho da Égua. F: Gruta próxima ao Burro de Ouro (Fotos: A, B, D, E Martins, S.E.; C, F Viana, P.).

59 39 6. RESULTADOS & DISCUSSÃO Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condição de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali? Fernando Pessoa 6.1. CATÁLOGO DAS ESPÉCIES DE BROMELIACEAE DA SERRA DA MANTIQUEIRA A Serra da Mantiqueira apresenta 220 táxons, sendo 192 espécies e 28 táxons infraespecíficos, pertencentes a 20 gêneros, distribuídos pelas três subfamílias de Bromeliaceae (Tabela 2). Cada um dos táxons é tratado individualmente a seguir. Acanthostachys strobilacea (Schult. f.) Klotzsch in Link, Klotzsch & Otto, Icon. pl. rar. hort. berol. 1: Basiônimo: Hohenbergia strobilacea Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. veg. 7(2): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Martius s.n. (Holótipo: M). Distribuição geográfica: ES, MA, MG, PR, RJ, SP. s Espécie com ampla área de distribuição, registrada para o Paraguai, noroeste da Argentina e especialmente o Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira ocorre nos estados de Minas Gerais e São Paulo. É facilmente reconhecida, tanto no campo, quanto nos herbários pelo aspecto peculiar de suas folhas, que são poucas, estreitamente lineares e recurvadas e, pela inflorescência estrobilar, sustentada por um longo escapo cilíndrico, portando duas brácteas foliáceas no ápice. Cresce exclusivamente como epífita em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, preferencialmente em locais próximos a cursos d água, entre 200 e 800 m de altitude. Floresce entre os meses de julho e fevereiro. Ocorre em unidade de conservação.

60 40 MINAS GERAIS. Córrego Água Limpa, IX 1993, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 2488). Serra Negra - Serra de Ibitipoca, Silveira, M (R). Além Paraíba, Claussen, A.M. 361 (RB). Barra Longa: Distrito de Dobra, 18 VII 1996, Paula, C.C (VIC). Coimbra: Serra de São Geraldo, 13 XI 1995, Valente, G.E. 155 (VIC). Coronel Pacheco: fazenda Boa Ventura, 19 II 1942, Heringer, E.P. 943 (VIC). Fazenda Boa Ventura, 19 II 1942, Heringer, E.P. 943 (SP). Heringer, E.P. s.n. (RB -). Guaraciaba: margem do rio Piranga, I 2001, Paula, C.C. s.n. (VIC 25934). Jequeri: UHE de Providência, 27 XI 1997, Salino, A (BHCB). Leopoldina: Domingos Pisoni, 24 V 1936, Mello Barreto, H (BHCB). Domingos Pisoni, 24 V 1936, Mello Barreto, H (US) Mello Barreto, H.L (RB). Muriaé: fazenda Barra Alegre, 23 X 1989, Simão-Bianchini, R. 202 (SPF). Ponte Nova: Ilha da Garça, 4 VIII 2000, Goldschmidt, A. 50 (VIC). Brito, margem do Rio Piranga, 26 VIII 2004, Silva, B.R. 9 (RB). Silva, C.R. 9 (RB). Porto Firme: estrada entre Porto Firme e Guaraciaba, 12 X 1996, Paula, C.C (VIC). Rio Novo: Ribeirão, IX 1894, Schwacke, W (RB). Schwacke, P (RB). Herb. Schwacke (RB). Rio Preto: U.H.E. de Melo, IX 1998, Brugger, M. s.n. (CESJ 30367). Santo Antônio do Rio Abaixo: 23 III 1966, Duarte, A.P (RB). Tombos: Margem do Rio Carangola, 29 VIII 2006, Saddi, E. 214 (RB). SÃO PAULO. Amparo: Monte Alegre - Sobre o rio perto da cachoeira, 27 III 1943, Kuhlman, M. 407 (SP). Monte Alegre do Sul: Kuhlmann, J.G. 407 (RB). Pinhal: Bairro das Três Fazendas, 15 XI 1947, Kuhlman, M (SP). São João da Boa Vista: Mosén, H (RB). Kuhlmann, J.G (RB). Aechmea bambusoides L.B. Sm. & Reitz, Bull. Bromeliad Soc. 14 (2): Tipo: Brasil, Minas Gerais, entre Muriaé e Ponte Nova, Seidel, A. 526 (Holótipo: US, Isótipo: HBR). Distribuição geográfica: MG. Aechmea bambusoides é restrita à região de Além Paraíba, Minas Gerais, no domínio da Serra da Mantiqueira. Não havia registros para a espécie nos últimos vinte anos, mas foi, em 2006, encontrada em Pirapetinga, município próximo a localidade típica. Versieux (2005) indica sua ocorrência para o estado do Rio de Janeiro. Entretanto, nas coleções examinadas não foram encontradas referências para este estado. Trata-se de um táxon bem delimitado com morfologia bastante distinta das espécies congêneres, principalmente pelo aspecto peculiar da inflorescência, que se assemelha ao bambu. Esta é sustentada por um longo escapo delicado, recurvado, com ramos curtos, portando brácteas primárias róseas, maiores que os ramos. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, entre 140 e 210 m de altitude. Floresce de julho a outubro. Não ocorre em unidade de conservação.

61 41 MINAS GERAIS. 1963, Seidel, A. 526 (US). 1963, Seidel, A. 526 (HBR). Além Paraíba: rodovia BR-116, 16 X 1985, Hatschbach, G (MBM). 22 IX 1968, Martinelli, G (RB). 22 IX 1968, Martinelli, G (US). 22 IX 1968, Braga, P.I.S (RB). 3 VIII 1968, Braga, R. 30 (RB). Laranjal: 6 II 1971, Krieger, P.L (CESJ). Muriaé: Seidel, A. 526 (RB). VII 1985, Leme, E.M.C. 672 (RB). Pirapetinga: Caminho para a parada, 30 IX 2006, Heron 286 (RB). Aechmea bocainensis E. Pereira & Leme, Revista Brasil. Biol. 45 (4): Tipo: Gurken 9, Parati, Serra da Bocaina próximo à São Paulo, Rio de Janeiro, Brasil, 12.ii. 1976, fl. cult. 10/07/1980 (Holótipo: HB; foto RB). Distribuição geográfica: RJ, SP. Nas coleções examinadas, não foram vistos materiais de Aechmea bocainensis procedentes da Serra da Mantiqueira. Wendt (1997) e Martins et al. (2007) citam a ocorrência da espécie para o município de Campos do Jordão, no estado de São Paulo. Importante salientar que o material citado Silva 193, segundo a autora, está depositado no herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) e esta coleção se encontra informatizada, com dados disponíveis no programa specieslink do CRIA, e o referido material também não se encontra na lista disponível on-line. Segundo Pereira & Leme (1985b) e Martins et al. (2007) a espécie relaciona-se morfologicamente a Aechmea vanhoutteana, ambas pertencentes ao subgênero Pothuava. Wendt (1997) relata que estes táxons se assemelham apenas pela coloração das brácteas e flores, e que apresentam diferenças significativas, principalmente na morfologia das brácteas florais, que em A. bocainensis são glabras, ligeiramente carenadas, côncavas, envolvem o ovário e apresentam ápice obtuso e terminado em um longo espinho. Em contraste, as brácteas de A. vanhoutteana são densamente branco lanosas em direção a base, ecarenadas, ligeiramente côncavas e não envolvem o ovário, sendo o ápice acuminado. Wendt (1997) indica que a espécie cresce como rupícola ou epífita na Mata Atlântica, entre e m de altitude. Martins et al. (2007) coletaram materiais com flores em junho e outubro. Ocorre em unidade de conservação. Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker var. bromeliifolia in Benth. & Hook. f., Gen. pl. 3: Basiônimo: Tillandsia bromeliaefolia Rudge, Pl. Guian. 4:

62 42 Tipo: Guiana Francesa, Martin s.n. (Holótipo: BM). Distribuição geográfica: AM, AP, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MT, PA, PB, PR, RJ, RO, SC, SP. Táxon amplamente distribuído. Pode ser encontrado em diversos países da América Central, no noroeste da América do Sul e em todas as regiões do Brasil. Faria (2006) não cita a ocorrência para a região sul e não faz nenhum comentário sobre os materiais citados por Smith & Downs (1979) e Reitz (1983) para esta região. Na Serra da Mantiqueira é registrado por poucas coletas, apenas para o estado de Minas Gerais, em áreas relativamente distantes umas das outras. Aechmea bromeliifolia var. bromeliifolia possui uma longa lista de sinônimos, provavelmente pela morfologia bastante variável, uma vez que os caracteres vegetativos podem variar em função do ambiente em que se encontram. Faria (2006) relata que o táxon pode ser caracterizado pelas brácteas florais depresso-ovadas, com ápice truncado ou truncadoemarginado, densamente cobertas por indumento flocoso e flores de 1,5-1,6 cm de comprimento. Atualmente são aceitas duas variedades além da variedade típica. Neste trabalho foram considerados como pertencentes à variedade típica os exemplares que não apresentavam identificação infra-específica e informações acerca da coloração do escapo e das brácteas escapais, que são utilizadas na delimitação das variedades. Cresce como epífita ou terrícola em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 900 e m de altitude, em ambientes sombreados ou completamente expostos, formando geralmente aglomerados populacionais de indivíduos procedentes de um único rameto. Floresce no mês de maio. Aechmea bromeliifolia var. bromeliifolia é referida para o Parque Estadual do Ibitipoca, no entanto no levantamento realizado recentemente por Monteiro & Forzza (dados não publicados) não foi reencontrada. Deste modo, o táxon não se encontra protegido em nenhuma unidade de conservação. MINAS GERAIS. Barroso: Mata do Baú, 26 VIII 2001, Assis, L.C.S. 180 (CESJ). Mata do Baú, 20 X 2001, Forzza, R.C (CESJ). Mata do Baú, 26 VIII 2001, Assis, L.C.S. 195 (CESJ). Entre Rios de Minas: 5 IX 1970, Krieger, L (CESJ). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Poços de Caldas: 16 II 2005, Reis, J.R.M. s.n. (ESAL 20289). Tiradentes: 11 X 1987, Alves, R.J.V. 61 (RB).

63 43 Aechmea bromeliifolia var. albobracteata Philcox, Ashingtonia 1(8): Tipo: Brasil, Mato Grosso (Holótipo: K). Distribuição geográfica: MG, MT. Aechmea bromeliifolia var. albobracteata é conhecida principalmente em regiões de Cerrado dos estados do Mato Grosso e Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira há apenas dois registros para o táxon. Versieux (2005) cita apenas um material, incluído neste levantamento, para o município de Lambar, mas informa haver uma grande população da espécie no Parque Estadual do Pico do Itambé. O autor registrou 104 exsicatas para a variedade típica e apenas uma para esta variedade. Este fato pode ser decorrente da falta de indicação nas etiquetas da coloração das partes florais. Durante este trabalho, foram encontradas algumas populações no município de Extrema, Minas Gerais, onde ocorre em áreas próximas ao centro urbano, em árvores existentes nas praças e áreas arborizadas. A espécie é caracterizada principalmente pela coloração branca das brácteas escapais, que são imbricadas e eretas durante a antese. Smith & Downs (1979) não reconhecem este táxon, citando o material-tipo como material examinado de A. bromeliifolia. Faria (2006) ressalta que, além da coloração das brácteas escapais, este táxon pode ser caracterizado pelo escapo e brácteas florais verdes, enquanto na variedade típica o escapo e brácteas florais são vinosos ou atropurpúreos. A variedade cresce como epífita em regiões da Mata Atlântica, a cerca de 900 m de altitude. Floresce nos meses de julho e agosto. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Extrema: Mata do Parque de Eventos, 24 VII 2004, Trindade-Lima, T. 88 (HME). Lambari: 6 VIII 1967, Pereira, E (HB, MBM). Aechmea bruggeri Leme, Bromélia 3(3): CESJ). Tipo: Brasil, Minas Gerais, Rio Preto, Leme 3404, fl. cult. (Holótipo: HB, Isótipo: Distribuição geográfica: MG.

64 44 Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, restrita ao município de Rio Preto, Minas Gerais, com apenas uma coleta referida para o município de Juiz de Fora, em local relativamente próximo à área de coleta do material-tipo. Foi descoberta nas margens do Rio Santa Rita, em uma área destinada à construção de uma usina hidrelétrica, durante o resgate da flora da região, realizado pelo pesquisador Márcio Brügger da Universidade Federal de Juiz de Fora (Leme 1996). Durante as expedições a campo realizadas neste trabalho foram encontradas populações desta espécie na Serra do Funil, também no município de Rio Preto (localidade típica), em duas áreas distintas. Alguns exemplares estão sendo cultivados no bromeliário do Instituto de Botânica de São Paulo. Aechmea bruggeri caracteriza-se pela propagação por rizomas robustos, formando densos agrupamentos populacionais, com inflorescência estrobiliforme e flores pequenas, com pétalas lilases. A coloração das folhas pode sofrer variações, dependendo da exposição solar. Segundo Leme (1996), assemelha-se a Aechmea vanhoutteana (Van Houtte) Mez, da qual difere pelo hábito terrestre, folhas diminutamente espinulosas, inflorescência não lanada, brácteas florais distintamente carenadas, flores menores, pétalas com apêndices basais fimbriados e óvulos caudados. Wendt (1997) ressalta que estes dois táxons são bastante distintos, e indica que morfologicamente A. bruggeri apresenta maior similaridade com Aechmea alopecurus Mez, que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Cresce como terrícola em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 400 e m de altitude, desde ambientes sombreados próximos a cursos d água até áreas mais abertas, em formações de quartzito com matas baixas. A floração acontece entre março e agosto. Não ocorre em unidade de conservação. Segundo Versieux (2005), encontra-se na categoria criticamente em perigo. MINAS GERAIS. Juiz de Fora: cultivada, 26 IX 2000, Faria, A.P.G. 5 (RFA). Rio Preto: área a ser inundada da valesul S.A., 28 VI 1996, Brugger, M. s.n. (CESJ 3404). cultivada, 15 III 1999, Luther, H.E. s.n. (SEL 80174). cultivada, 3 VI 1997, Luther, H.E. s.n. (SEL 77372). rio Santa Rita, 28 VI 1996, Brugger, M. s.n. (HB 79628). U.H.E. de Mello, IX 1996, Pires, F.R.S. s.n. (CESJ 30665). Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Serra do Funil, 20 VIII 2004, Matozinhos, C.N. 28 (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP).

65 45 Aechmea distichantha Lem. var. distichantha, Jard. Fleur. 3: t Tipo: Brasil, São Paulo, serra d Ypanema, De Jonghe Hortus s.n. (Holótipo: BR?). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Aechmea distichantha var. distichantha apresenta ampla distribuição, ocorrendo no noroeste da Argentina, Paraguai, Uruguai e leste brasileiro. Martins et al. (2007) indicam a ocorrência também para a região Centro-Oeste. Na Serra da Mantiqueira é encontrada nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com grande número de coleções procedentes das regiões limítrofes entre os referidos estados. Caracteriza-se pela inflorescência composta, brácteas florais decorrentes, concrescidas com as paredes do ovário e, parcialmente, com os entrenós. Apresenta grande plasticidade fenotípica influenciada pela variação das condições ambientais. É comum encontrar indivíduos, em áreas próximas (sob diferentes graus de luminosidade) completamente distintos, no que se refere ao tamanho e coloração das folhas e densidade e tamanho dos espinhos. Na Serra da Mantiqueira não há outras espécies morfologicamente similares a A. distichantha. Atualmente são aceitas três variedades, além da variedade típica e de uma forma. A maioria dos materiais examinados não apresentava identificação infra-específica. Entretanto, uma vez que a delimitação entre as variedades baseia-se principalmente na forma da inflorescência e morfologia foliar, a análise das exsicatas permite identificar, com relativa segurança, as variedades. Cresce como epífita, rupícola ou terrícola em áreas da Mata Atlântica, Campos de Altitude e Campos Rupestres, entre 800 e m de altitude, normalmente formando grandes populações. Floresce de fevereiro a outubro, predominantemente nos meses de inverno. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Morro Cavado, 30 IV 1962, Castellanos, A (HB). Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). Bocaina de Minas: Glaziou s.n. (RB -). Caldas: 5 VII 1941, Viégas, A.P. s.n. (IAC 6653). Regnel, A. I-437 (RB). Mosén, H (RB). Camanducaia: fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (BHCB). fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (RFA). Entre Camanducaia e Monte Verde, 27 VII 1988, Vasconcellos, M.B (UEC). Caxambú, 6 VIII 1968, Pereira, E (HB). 6 VIII 1967, Pereira, E (HB). 6 VIII 1967, Pereira, E (HB). Extrema: Serra do Lopo - Trilha Pedra das Flores, 24 VI 2004, Trindade-Lima, T. 53 (HME). Serra do Lopo - Trilha Pedra das Flores, 14 V 2004,

66 46 Trindade-Lima, T. 17 (HME). Bairro das Furnas, 24 VI 2004, Trindade-Lima, T. 59 (HME). Serra do Lopo - Trilha da Sacerdotiza, 26 III 2004, Trindade-Lima, T. 05 (HME). Serra do Lopo - Trilha Torre da Embratel, 26 III 2004, Trindade-Lima, T. 01 (HME). Ibituruna: Arredores do rio das Mortes, 14 VI 2001, Mota, R.C. 466 (BHCB). Itamonte: Parque Nacional de Itatiaia, 16 VIII 1969, Sucre, D (RB). Paraisópolis: pedra de São Domingos, 22 VI 2000, Kamino, L.H.Y. 77 (BHCB). pedra de São Domingos, 14 X 2000, França, G.S. 179 (BHCB). Pedralva: Serra da Pedra Branca, 1 VI 2002, Valente, A.S.M. 221 (CESJ). Ponte Nova: rio Piranga, 25 VI 2002, Paula, C.C. 09 (VIC). Poços de Caldas: Véu da Noiva, 6 XII 1964, Santos, N (R). 16 II 2005, Reis, J.R.M. s.n. (ESAL 20290). Viegas, A.P (RB). São João Del Rei: Vale das Águas Santas, 11 VII 1997, Moura, R. 75 (R). Vale das Águas Santas, 11 VII 1997, Moura, R. 73 (R). Tiradentes: Serra de São José, 1997, Brina, A.E. s.n. (BHCB 39493). Serra de São José, 31 V 1989, Krieger, P.L (CESJ). 23 IX 1989, Alves, R.J.V. 729 (RB). 19 VI 1978, Martinelli, G (RB). Toledo: Pedra Limpa, 27 III 1999, Stehmann, J.R (BHCB). Pedra Limpa, 27 III 1999, Stehmann, J.R (SEL). RIO DE JANEIRO. Serra do Itatiaia, 15 VI 1902, Duden, P. 776 (R). Itatiaia: IX 1934, Brade, A.C (RB). Macieira, IX 1934, Brade, A (RB). Dusén, P.K.H. s.n. (RB -). IX 1934, Brade, A.C (RB). SÃO PAULO. Amparo: Monte Alegre, 27 III 1943, Kuhlmann 410 (SP). Atibaia: Pedra Grande, 3 VI 1936, Gehrt, A. s.n. (SP -). Pedra Grande, 6 VII 1993, Coffani, J.V. 048 (SPF). Parque Municipal da Grota Funda, Bernacci, L.C (UEC). Pedra Grande, 22 VIII 1985, Hutchison, P.C (UEC). Bernacci, L.C (ESA). Campos do Jordão: Parque Estadual Campos do Jordão, 19 IX 1982, Enweidik, M (R). Umuarama, 10 XII 1964, Santos, N (R). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal)., 26 VII 1967, Mattos, J (SP). Horto Florestal Campos do Jordão, 10 IV 1992, Buzato, S. s.n. (SP ). 15 IX 1923, Hoehne, F.C. s.n. (SP 8669). Reserva do Instituto Florestal São José, 29 IX 1976, Davis, P.H (UEC). Horto Florestal, 10 IV 1992, Buzato, S (UEC). VIII 1993, Barreto, K.D (ESA). 29 IX 1976, Davis, P.H. s.n. (RB ). 15 IX 1923, Hoehne s.n. (RB 8669). Itapira: 16 V 1927, Hoehne, F.C. s.n. (SP 8669). Jundiaí: Serra do Japi - Trilha do Mirante, 18 VII 1995, Pirani, J.R.P (SP). Parque Municipal da Serra do Japi, 19 X 2004, Assis, L.C.S (SPF). Serra do Japi, 11 IV 1994, Vasconcellos, M.B (UEC). Piquete: Serra da Mantiquiera, 30 V 1999, Campacci, M.A. 211 (SP). Aechmea distichantha var. glaziovii (Baker) L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 1: Basiônimo: Aechmea glaziovii Baker, J. Bot. 17: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, pico do Itatiaia, Glaziou 8986 (Holótipo: K). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, SP. Esta variedade é típica da região do Itatiaia, com ocorrência se estendendo para áreas adjacentes nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Poucas coletas são citadas para regiões não pertencentes ao domínio da Serra da Mantiqueira. Distingue-se da variedade típica pelo menor porte, inflorescência mais curta e ovóide e pelas folhas com ápice usualmente arredondado e apiculado.

67 47 Cresce como epífita, terrícola ou rupícola em áreas de Mata Atlântica, preferencialmente em locais úmidos, entre 900 e m de altitude. Floresce entre junho e outubro. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Delfim Moreira: São Francisco dos Campos, 7 VI 1950, Kuhlmann, M (SP). Kuhlmann, J.G (RB). Poços de Caldas, 17 IX 1961, Andrade, A.G (R). Sapucaí-Mirim: Serraria Boa Vista, 27 X 1950, Kuhlmann, M (SP). Kuhlmann, J.G (RB). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Smith, L.B (RB). V 1950, Brade, A.C. s.n. (RB 95418). 6 XI 1976, Martinelli, G (RB). Estrada Nova, V 1950, Brade, A. s.n. (RB 95418). Resende, 25 X 1981, Martinelli, G (RB). 11 X 1977, Martinelli, G (RB). SÃO PAULO. Atibaia: Gehrt, A. s.n. (RB 35596). 6 VII 1993, Coffani-Nunes, J.V. 48 (RB). Campos do Jordão: Parque Estadual Campos do Jordão, 25 X 1974, Carauta, P (RB). 29 IX 1976, Davis, P.H (RB). Itatiaia, 2 VII 1939, Foster, M.R. 147 (R). Itapira, Hoehne s.n. (RB -). Monte Alegre do Sul, Kuhlmann, J.G. 410 (RB). Aechmea distichantha var. schlumbergeri E. Morren ex Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Morren Hortus s.n. (Holótipo: LG, Isótipo: B). Distribuição geográfica: MG. Esta variedade ocorre no Brasil, exclusivamente na porção mais interiorana da Serra da Mantiqueira, na região de Poços de Caldas, Minas Gerais. Smith & Downs (1979) citam a ocorrência, além desta região, para a Argentina, Bolívia e Paraguai. Diferencia-se da variedade típica pela inflorescência mais alongada, com espigas eretas apresentando poucas flores e da variedade glaziovii pelo maior porte, inflorescência longa, cilíndrica e folhas usualmente atenuadas. Cresce mais freqüentemente em áreas de Cerrado e Campos Rupestres, como epífita, rupícola ou saxícola, entre 800 e 2200 m de altitude. Floresce nos meses de julho, agosto e setembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caldas: 24 VIII 1861, Regnell, A.F. 437 (US). Itamonte: 16 VIII 1969, Sucre, D (RB). Itutinga: 7 VI 1985, Kautsky, R. 880 (RB). Colnago, E. s.n. (RB ). Poços de Caldas: Pedra Balão, 7 IX 1978, Carvalho, L.D.F (RB). 5 VII 1941, Viégas, A.P (SP). 7 IX 1978, Carvalho, Ld AF 1051 (RB). Tiradentes, 7 VII 1996, Vieira, C.M. 831 (RB).

68 48 Aechmea gamosepala Wittm., Bot. Jahrb. Syst. 13(29): Tipo: Brasil, Santa Catarina, Schimper 231 (Holótipo: LG). Distribuição geográfica: MG, PR, RS, SC. A espécie ocorre essencialmente nos estados da região Sul do Brasil. Smith & Downs (1979) citam o táxon para São Paulo. Entretanto Martins et. al (2007) não indicam sua ocorrência para este estado. Em Minas Gerais, é reportada apenas para o município de Manhuaçu, na Serra da Mantiqueira. Versieux (2005) relata que se trata, possivelmente, de uma indicação errônea. A identificação do material é confirmada neste trabalho, optando-se aqui por incluir o táxon, visto não haverem outros indícios, além do padrão geral de distribuição da espécie, que confirmem algum equívoco relacionado à identificação do exemplar. Aechmea gamosepala caracteriza-se pela inflorescência simples, com muitas flores, sépalas altamente conadas, apículo conspícuo e pétalas azuis. Não foram encontradas outras espécies com características similares na Serra da Mantiqueira. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 650 m de altitude. O espécime analisado apresenta flores, mas não é indicado na etiqueta o mês de coleta. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Manhuaçu:1977, Seidel, A. 897 (SEL). Aechmea lamarchei Mez in Mart. Fl. bras. 3(3): Sinônimo: Machrochordion lamarchei (Mez) L.B. Sm. & Kress, Phytologia 66(1): Tipo: Lamarche Hortus in Morren Hortus s.n. (Holótipo: LG). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, RJ. Smith & Downs (1979) indicam que Aechmea lamrchei ocorre da Bahia até o Rio de Janeiro. Faria (2006) relata que a espécie é encontrada principalmente em áreas do interior do estado do Espírito Santo e em Minas Gerais, não mencionando nenhum material de outros estados. Na Serra da Mantiqueira, a maioria das coletas concentra-se na região de Muriaé, em Minas Gerais, com apenas dois registros para o município de Varre-Sai, Rio de Janeiro.

69 49 A espécie pertence ao subgênero Macrochordion, assim como A. bromeliifolia. Faria (2006), na revisão deste subgênero, não comenta afinidades entres estes táxons. Segundo a autora, a espécie assemelha-se à A. chlorophylla L.B. Sm. e A. maculata L.B. Sm., espécies indicadas por Smith (1955) como afins de A. bromeliifolia. Baker (1989) cita um exemplar de A. lamarchei (ainda não descrita na época, e designada como M. Lamarckii ), em seus comentários de A. bromeliifolia, relatando que esta planta possuía folhas mais estreitas, espinhos e flores maiores que A. bromeliifolia. No material herborizado, sem análises detalhadas dos caracteres florais, A. lamarchei assemelha-se à A. bromeliifolia, principalmente pela disposição das brácteas escapais. A espécie caracteriza-se pela roseta infundibuliforme, pelas grandes flores e por formar agrupamentos populacionais numerosos, crescendo normalmente em ambientes sombreados próximos a cursos d água, algumas vezes, em solos encharcados. Cresce em áreas de Mata Atlântica, como terrícola, raramente epífita ou rupícola, entre 200 e m de altitude. Floresce durante todo o ano, com concentração nos meses de inverno, principalmente agosto. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Mantiqueira, VIII 1894, Silveira, A.A. 5 (R). Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 26 V 1994, Leoni, L.S (GFJP). Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 3 IX 1995, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 11 IX 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual, 19 II 2002, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Fazenda do Grama, 4 II 1930, Mexia, Y (US). córrego da Água Limpa, 6 VIII 1989, Leoni, L.S. 832 (RB). APA - Morro da Torre, 8 VII 1994, Leoni, L.S (GFJP). Córrego da Água Limpa., 6 VIII 1989, Leoni, L.S. 812 (GFJP). Alvorada, VII 2001, Leoni, L.S (GFJP). Caratinga: fazenda Montes Claros (T/B), 19 IV 1984, Andrade, P.M. 148 (BHCB). Estação Biológica de Caratinga, 29 VI 1991, Spósito, T.C.S. 72 (BHCB). Coronel Pacheco, 6 VIII 1945, Heringer, E.P (SP). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 19 VII 2001, Castro, R.M. 531 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 23 III 2002, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 24 VI 2000, Salimena, F.R. 196 (CESJ). 23 III 2002, Forzza, R.C (RB). Faria Lemos: Fazenda Monte Castelo, 19 VI 2003, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (SEL). Reserva Municipal do Córrego da Água Limpa, 18 VIII 1992, Leme, E.M.C (SEL). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 13 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 21 VI 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB). 6 VIII 1989, Leoni, L.S. 832 (RB). Jequeri: UHE de Providência, 19 XI 1997, Salino, A (BHCB). Leopoldina, 25 XI 1978, Seidel, A. 783 (HB). Rio Pomba, 21 VII 1969, Braga, R. 60 (RB). 21 VII 1969, Braga 60 (RB). Viçosa: distrito de Ilheu, 18 VIII 1930, Mexia, Y (VIC). distrito de Ilheu, 18 VIII 1930, Mexia, Y (US). entre Porto Firme e Guaraciaba: vale do rio Piranga, 12 X 1996, Palhais, C.B. 44 (VIC). RIO DE JANEIRO. Varre-Sai: 8 VII 2004, Pontes, R.A. 77 (RB). 8 VII 2004, Pontes, R.A. 75 (RB).

70 50 Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. var. nudicaulis, Fl. Brit. W. I Basiônimo: Bromelia nudicaulis L., Sp. pl. 1: Tipo: Índias Ocidentais, Plumier s.n. (Holótipo: P). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PR, RJ, SC, SP. Aechmea nudicaulis var. nudicaulis apresenta ampla distribuição, ocorrendo desde o México até o noroeste da América do Sul e leste do Brasil. Smith & Downs (1979) não citam a ocorrência desta variedade para o Brasil. Na Serra da Mantiqueira ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, desde a Serra do Caparaó, no norte, até Campos do Jordão, mais ao sul. A espécie pertence ao subgênero Pothuava (Baker) Baker. Caracteriza-se por apresentar inflorescência em espigas laxas e, considerando a totalidade das características, é bem delimitada e de fácil identificação. Wendt (1997) não considera as variedades na revisão que realizou para o subgênero Pothuava. A autora relata que devido a ampla distribuição da espécie e ocorrência de variadas formas, não é possível uma delimitação concisa das variedades de A. nudicaulis. Atualmente são aceitas sete variedades, além da variedade típica e de uma forma. A maioria dos exemplares examinados não estava identificada ao nível infra-específico, Deste modo, os materiais de identificação impossibilitada pela difícil visualização das brácteas florais e pela ausência de informações nas etiquetas sobre a coloração foram considerados como pertencentes à variedade típica. Cresce como epífita, rupícola, terrícola e saxícola em áreas de Mata Atlântica, Campos de Altitude e Campos Rupestres, entre 400 e m de altitude, sendo comum em locais próximos a cursos d água. A floração é observada ao longo de todo o ano, com concentração nos meses de primavera. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 23 VI 1996, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 III 1996, Paula, C.C (VIC). Caldas, 1865, Regnell, A.F. III-1255 (p.p.) (RB). Camanducaia: fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (BHCB). fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (RFA). Carangola, VI, Seidel, A. 951 (US). Orquidário F. Hoehne, 24 III 1989, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 731). Carrancas: Serra de Carrancas, afloramento próximo, 8 X 1998, Kinoshita, L.S (UEC). Coimbra: Serra de São Geraldo, 11 X 1995, Valente, G.E. 140 (VIC). Ervália: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 8 XII 1995,

71 51 Paula, C.C (VIC). Extrema: Serra do Salto, 6 VIII 2004, Trindade-Lima, T. 92 (HME). Jequeri: UHE de Providência, 19 XI 1997, Salino, A (BHCB). Juiz de Fora: distrito de Toledos, 23 XI 1991, Brugger, M. s.n. (CESJ 26122). Laranjal, 6 II 1971, Marilene 9975 (CESJ). Lima Duarte: Serra de Ibitipoca, VI 1896, Magalhães, H (R). Parque Estadual do Ibtipoca, 19 I 2005, Monteiro, R.F. 48 (SP). 4 II 2004, Monteiro, R.F. 13 (RB). 19 I 2005, Monteiro, R.F. 48 (RB). Rio Novo: Sumidouro, IX 1895, Schwacke, W (RB). IX 1895,? s.n. (RB ). IX 1895, Schwacke, P (RB). Rio Preto, 29 III 2004, Alves, R.S.C. s.n. (CESJ 42650). Serra do Funil - Ninho da Égua, 25 IV 2005, Matozinhos, C.N. 182 (CESJ). São Geraldo: Serra de São Geraldo, 22 X 1995, Paula, C.C (VIC). Serra de São Geraldo, 22 X 1995, Paula, C.C (VIC). São João Del Rei: Serra do Lenheiro, 11 X 1999, Moura, R. 189 (R). Tiradentes, IX 2002, Chaddad, J.r.; J 79 (ESA). 7 X 1990, Farney, C (RB). Viçosa: fazenda São João, 19 XII 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (VIC 2014). Kuhlmann, J.G. s.n. (RB136285). RIO DE JANEIRO. Itaocara: Estrada Batatais - Porto Marinho, 15 V 1995, Paula, C.C (VIC). Itatiaia, VII 1959, Strang, H.E. 107 (R). 25 IV 1989, Costa, A. 265 (RB). 7 XI 1992, Wendt, T. 264 (RB). 25 IV 1989, Costa, A. 165 (RB). SÃO PAULO. Campos do Jordão: Horto Florestal, 16 VIII 1992, Buzato, S (UEC). Horto Florestal, 28 I 1993, Buzato, S (UEC). Horto Florestal, 27 VI 1992, Buzato, S (UEC). Aechmea nudicaulis var. aureorosea (Antoine) L.B. Sm., Smithsonian Misc. Collect. 126: Basiônimo: Hoplophytum aureo-roseum Antoine, Wiener Ill. Gart.-Zeitung 6: Tipo: Vienna Hortus s.n. (nenhum material preservado). A lectotipificação com base na ilustração original foi sugerida por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SP. Variedade restrita a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. Na última é referida para a porção mais ao norte, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Difere da variedade típica pelas sépalas e pétalas com traços ou completamente avermelhadas ou vináceas em direção ao ápice e amareladas na base. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 400 e m de altitude. Floresce entre abril e dezembro, com concentração de outubro a dezembro. Ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Iúna, 20 XI 1969, EP (RB). MINAS GERAIS. Carangola: Serra da Araponga - Fazenda Neblina, VII 1990, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 1260). Serra da Araponga, XII 1989, Cosenza, B. s.n. (GFJP 1023). Coronel Pacheco: fazenda da Liberdade, 3 XII 1942, Heringer, E.P (SP). Heringer, E.P (RB). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Lima Duarte: Parque

72 52 Estadual de Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Pouso Alegre, 10 VIII 1932, Hoehne, F.C. s.n. (SP 29796). Tiradentes, 16 X 1987, Alves, R.J.V. 177 (RB). Aechmea nudicaulis var. cuspidata Baker, J. Bot. 17: Tipo: Brasil, São Paulo, Burchell 3150 (Holótipo: K). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Variedade amplamente distribuída, ocorrendo na Venezuela, Equador e leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada principalmente para a porção sul, em áreas limítrofes dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Distingui-se da variedade típica pelas brácteas florais triangulares ou elípticas e da variedade aureorosea por apresentar sépalas e pétalas amarelas. Cresce em áreas de Mata Atlântica e Campo Rupestre, entre 900 e m de altitude. Não há muitas indicações quanto ao hábito nos materiais analisados. Um dos exemplares indica hábito terrícola e um outro saxícola. Quanto à floração, também só há indicação em um dos materiais, que foi coletado com flor no mês de setembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caldas, 23 VI 1865, Regnell, A.F (US). Regnel, A. III-1258 (p.p.) (RB). Sapucaí-Mirim: Serraria Boa Vista, 27 X 1950, Kuhlmann, M (SP). Kuhlmann, J.G (RB). Tiradentes, 3 X 1987, Peron, M. 316 (RB). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, Foster, M.B. 126 (RB). 1949, Lutz, B. s.n. (R ). SÃO PAULO. Atibaia, 6 IX 1939, Foster, M.R. 476 (R). Campos do Jordão: Reserva do Instituto Florestal, 30 IX 1976, Davis, P.H (UEC). Aechmea organensis Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Teresópolis, serra dos Órgãos, Wawra II-317 (Holótipo: W, destruído). Distribuição geográfica: MG, RJ, RS, SC, SP. A espécie é referida por Smith & Downs (1979) para os estados acima referidos (exceto Minas Gerais). Martins et al. (2007) indicam a ocorrência da espécie do Espírito Santo ao Paraná. Na Serra da Mantiqueira, A. organensis é registrada apenas para Parque Estadual da

73 53 Serra do Brigadeiro, sendo esta a única localidade em que a espécie ocorre em Minas Gerais (Versieux 2005). Trata-se de uma espécie polimórfica, onde a inflorescência pode ser desde composta, com muitas ramificações na base (padrão predominante) até simples. A coloração e o tamanho das flores também são bastante variáveis. O conjunto formado pelo hipanto, ovário e sépalas pode variar do alaranjado ao vermelho e as flores podem ter de 21 a 29 mm (Martins et. al 2007). Assemelha-se a A. coeletis (K. Koch) E. Morren e A. gracilis Lind., ambas não referidas para a Serra da Mantiqueira. Cresce como epífita ou rupícola, em ambientes sombreados ou diretamente exposta a luz solar, em áreas de Mata Atlântica e Campos de Altitude, entre e m de altitude. Floresce de outubro a fevereiro. Paula (1998) indica a floração entre abril e julho. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Araponga - Fazenda Neblina, II 1995, Leoni, L.S (GFJP). Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 16 V 1993, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 24 X 1994, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 X 2000, Paula, C.C. s.n. (VIC 25935). Parque Estadual, 25 II 2006, Leoni, L.S (GFJP). Sericita: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 12 I 1996, Paula, C.C (VIC). Aechmea phanerophlebia Baker, Handb. Bromel. 47: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Glaziou (Holótipo: K). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SP. Espécie restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira ocorre quase exclusivamente no estado de Minas Gerais, com apenas uma coleta referida para o município de Resende, no estado do Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, a espécie distribui-se por diferentes ambientes, apresentando significativas variações morfológicas, principalmente em relação à coloração das folhas e conformação da roseta. Aechmea phanerophlebia caracteriza-se pelo porte robusto, com folhas coriáceas e inflorescência paniculada, bipinada a tripinada. Baker (1889), na descrição original, indica sua proximidade com A. distans, táxon atualmente pertencente ao gênero Hohenbergia. Durante as coletas realizadas neste trabalho foram encontradas algumas populações na

74 54 região de Rio Preto, Minas Gerais, que apresentavam morfologia da inflorescência e flores discrepantes em relação ao padrão geral da espécie. Estes materiais assemelham-se aos exemplares coletados no Parque Estadual do Ibitipoca, que foram identificados por Monteiro & Forzza (dados não publicados) como A. aff. phanerophlebia. Esta autora aponta a possibilidade de se tratar de uma nova espécie. Ressalta-se a necessidade de estudos mais aprofundados a fim de uma melhor compreensão deste táxon. Aechmea phanerophlebia habita áreas de Mata Atlântica e Campo Rupestre, cresce sob forte insolação ou em ambientes florestais, bastante sombreados. Apresenta habito predominantemente terrícola, mas também ocorre como rupícola, epífita ou saxícola, em altitudes que variam de 300 a m. A floração acontece de fevereiro a julho, concentrando-se em junho e julho. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Parque Estadual do Ibitipoca, 17 VIII 1996, Gomes, L.N.R. s.n. (CESJ 29571). Aiuruoca: Pico do Papagaio, 9 VI 1999, Vasconcelos, M.F. s.n. (BHCB 47859). Carangola: rio Carangola, 24 VII 1988, Leoni, L.S. 304 (RB). rio Carangola, 24 VII 1988, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 304). Faria Lemos: Fazenda Santa Rita, 13 IV 2006, Silva, M.F.B. 113 (GFJP). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 24 VI 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13726). Parque Estadual de Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Serra de Ibitipoca, 29 IX 1970, Sucre, D (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 10 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Estadual do Ibitipoca, 29 VI 2004, Assis, L.C.S (SP). Martinelli, G (RB). 29 VI 2004, Assis, L.C.S (RB). 5 VIII 2004, Forzza, R.C (RB). 27 X 2004, Monteiro, R.F. 39 (RB). Minduri: Mata Triste, 2 X 1999, Simões, A.O. 894 (UEC). Muriaé: Pedra do Pontão, 11 VII 2001, Leoni, L.S (GFJP). Ponte Nova: rio Piranga, 25 VI 2002, Silva, R.R. 9 (VIC). Rio Novo: Serra do Henrique, IX 1895, Schwacke, W (RB). Serra do Henrique, IX 1895, Schwacke, W (RB). Schwacke, P (RB). Schwacke, P (RB). Rio Preto: Serra Negra - Trilha para o Burro de Ouro, 18 V 2006, Abreu, N.L. 90 (CESJ). Serra Negra, 22 VIII 2006, Abreu, N.L. 108 (CESJ). Funil - Trilha para a Cachoeira "Marciano", 21 IV 2005, Valente, A. 382 (CESJ). São Geraldo: Serra de São Geraldo, 15 XI 1996, Paula, C.C (VIC). São João da Chapada, Irwin, H.S (RB). Viçosa: Fundão, 2 IV 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 26365). sítio Bom Sucesso, 14 VIII 2002, Silva, R.R. 45 (VIC). Fazenda da Casca, 7 IX 1957, Emygdio, L (R). RIO DE JANEIRO. Resende, 23 IX 1978, Jouvin, P.P. 255 (RB). Aechmea pineliana (Brongn. ex Planch.) Baker, J. Bot. 17: Basiônimo: Echinostachys pineliana Brong. ex Planch., Hort. donat Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Guanabara, Pinel s.n. (Holótipo: P). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ.

75 55 Aechmea pineliana ocorre com maior freqüência em áreas de restinga, no estado do Espírito Santo e Rio de Janeiro, com prolongamentos para o interior, sendo a Serra da Mantiqueira o limite oeste de sua distribuição. Caracteriza-se pelo longo espinho apical das brácteas florais e pelo coma de brácteas estéreis no ápice da inflorescência. Embora estas características sejam compartilhadas por outras espécies congêneres (A. alopecurus Mez e A. triticina Mez), estes táxons não ocorrem na Serra da Mantiqueira, o que permite o reconhecimento de A. pineliana nas coleções examinadas. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, entre 500 e m de altitude. A floração ocorre entre março e agosto, concentrando-se no final deste período. É encontrada em unidades de conservação. Wendt (1997) enquadra a espécie na categorial vulnerável, devido a restrita área de ocorrência. A autora relata que apesar de ocorrer em unidades de conservação no estado do Rio de Janeiro, que as populações sofrem intensa pressão antrópica e, sendo assim, é provável que a espécie se torne em perigo de extinção num futuro próximo. MINAS GERAIS. Pedra Dourada, VIII 1997, Leoni, L.S (GFJP). Parque Estadual do Brigadeiro, 15 VIII 1993, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 VIII 1993, Leoni, L.S (HB). Coronel Pacheco: Água Limpa, 10 VII 1967, Pereira, E (HB). Água Limpa, 10 VII 1967, Pereira, E (US). Estação Experimental de Água Funda, Gomes, V. 6 (HB). Fervedouro: Reserva Ecológica - Córrego Água Limpa, 7 XI 1993, Leoni, L.S (GFJP). Rosário da Limeira, III 2001, Paula, C.C (VIC). Aechmea purpureo-rosea (Hook. f.) Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Nenhum espécime preservado. Tipificada pela descrição e ilustração originais segundo Smith & Downs (1979). Distribuição geográfica: MG, RJ, ES. Espécie restrita a região Sudeste do Brasil. Foi registrada para a Serra da Mantiqueira por Versieux (2005), sendo o táxon conhecido para Minas Gerais, apenas no município de Jequeri. Segundo este autor, o material indicado por Smith & Downs (1979) para Minas Gerais trata-se na realidade de Aechmea phanerophlebia. Aechmea purpureorosea caracteriza-se pela roseta tubular e folhas com textura coriácea com grandes espinhos marginais negros. A coloração da inflorescência, de uma maneira geral, é similar a A. distichantha. No entanto, as espécies são morfologicamente distintas.

76 56 Cresce como epífita, em áreas de Mata Atlântica, normalmente em matas ciliares, a cerca de 400 m de altitude. Floresce no mês de março. Não ocorre em unidade de conservação e o local onde foi coletada, segundo consta na etiqueta da exsicata, é uma área de inundação da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Escura, o que sugere o potencial risco de desaparecimento desta espécie na Serra da Mantiqueira e no estado de Minas Gerais. MINAS GERAIS. Jequeri: UHE Cachoeira Escura, 30 IV 1998, Salino, A (BHCB). Aechmea ramosa Mart. ex Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. veg. 7(2): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Martius 1036 (Holótipo: M). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Aechmea ramosa é restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é encontrada em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, principalmente na porção noroeste da Serra. Pertence ao subgênero Aechmea, e apresenta uma variedade além da variedade típica, referida apenas para áreas não pertencentes ao domínio da Serra da Mantiqueira, no estado do Espírito Santo (Smith & Downs, 1979). Alguns materiais examinados apresentavam identificação infra-especifica e devido à área de ocorrência, neste estudo, os demais materiais foram determinados como pertencentes à variedade típica. Caracteriza-se pelo porte robusto e estrutura da inflorescência laxamente tripinada, com raque delicada. A espécie é bem delimitada, não possuindo afinidade próxima com outros táxons brasileiros. Embora apresente grande plasticidade morfológica, principalmente das folhas, é facilmente reconhecida mesmo após a herborização. Habita ambientes variados e mostra-se bastante resistente a áreas perturbadas e urbanizadas. Versieux (2005) relata que a coloração das pétalas, pode sofrer variações. Para a Serra da Mantiqueira, não foram observadas discrepâncias com relação à cor da corola, com a totalidade dos exemplares examinados ostentando pétalas amarelas. Cresce como epífita, terrícola ou rupícola em áreas de Mata Atlântica, entre 300 e m de altitude. Floresce de março a setembro, com concentração no fim deste período. A maioria dos materiais analisados encontrava-se em estágio de frutificação. Ocorre em unidade de conservação.

77 57 MINAS GERAIS. Carangola: Rio Carangola, 25 II 1989, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 679). rio Carangola, 8 X 1996, Nolasco, P. 03 (GFJP). Caratinga: Serra da Grama, 20 VII 1993, Leoni, L.S (GFJP). Estação Biológica de Caratinga, 6 IX 1998, Lombardi, J.A (BHCB). Estação Biológica de Caratinga, 6 IV 1990, Paula, J.A. s.n. (BHCB 17677). fazenda Montes Claros, 17 III 1984, Lopes, M.A. 43 (BHCB). Coronel Pacheco: Estação Experimental da Água Funda, 6 III 1968, Pereira, E (HB). 15 I 1969, Pereira, E (HB). 6 III 1968, Pereira, E (HB). Estação Experimental da Água Limpa, 6 III 1947, Lutz, B. 2 (R). 6 III 1968, Pereira, E (NYBG). 6 III 1968, Pereira, E (NYBG). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 27 V 2001, Almeida, V.R. 5 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 25 XI 2000, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 25 XI 2000, Forzza, R.C (SPF). 27 V 2001, Almeida, V.R. 5 (RB). Ewbank da Câmara, VIII 1896, Magalhães, H (R). Faria Lemos: Fazenda Santa Clara, IX 2006, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Juiz de Fora: 16 IX 1972, Krieger, P.L (RB). 19 IX 1970, Krieger, P.L (RB). Fazenda de S. Mateus, 16 IX 1972, Krieger, L (BHCB). fazenda de S. Mateus, 16 IX 1972, Krieger, L (RB). fazenda de S. Mateus, 16 IX 1972, Krieger, L (SP). Fazenda de S. Mateus, 16 IX 1972, Krieger, L (CESJ). Rio dos Peixes, 19 IX 1970, Krieger, L (MBM). Rio dos Peixes, 19 IX 1970, Krieger, L (RB). rio dos Peixes, 19 IX 1970, Krieger, L (SPF). Rio dos Peixes, 19 IX 1970, Krieger, L (CESJ). rio do Peixe, 19 IX 1970, Urbano, P.L.K (CESJ). IX 1972, Krieger, L (ESA). Rio Novo: Ribeirão, 24 IX 1894, Schwacke, W (RB). Viçosa: sítio Bom Sucesso, 14 VIII 2002, Silva, R.R. 44 (VIC). Paraibana: Oliveira s.n. (RB -). RIO DE JANEIRO. Itaocara: 9 IV 1977, Martinelli, G (RB). Natividade: 7 VII 2004, Pontes, R.A. 70 (RB). Aechmea roberto-anselmoi E. Pereira & Leme, J. Bromeliad Soc. 35: 171 (1985). isótipo, US). Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Raposo. Leme, E.M.C. 94. July, 22, (holótipo: HB, Distribuição geográfica: MG, RJ. Aechmea roberto-anselmoi é endêmica da Serra da Mantiqueira. Era conhecida apenas para o norte do estado do Rio de Janeiro, próximo a divisa com os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, recentemente Leoni & Trindade-Lima (2006) registraram sua ocorrência para o município de Carangola, Minas Gerais. Pereira & Leme (1985a) indicam afinidades dessa espécie com A. ornata Baker, diferenciando-as principalmente pelo escapo com cerca de cm de comprimento, coberto densamente por escamas brancas, brácteas escapais curtas e espinescentes, brácteas florais purpúreas, escuras, densamente branco-flocosas e pelas sépalas livres em A. roberto-anselmoi.

78 58 Segundo estes autores, a área de distribuição destes táxons é distinta: A. ornata ocorre do Rio Grande do Sul ao sul do estado de São Paulo. O material Pontes 72, procedente do município de Natividade, Rio de Janeiro, estava identificado como A. ornata, mas levando em consideração as características morfológicas e a área de ocorrência, este espécime foi aqui identificado como A. roberto-anselmoi. A espécie cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica, às vezes, próxima a cursos d água, a cerca de 500 m de altitude. Nos exemplares analisados há indicações de floração nos meses de abril e setembro. Não ocorre em unidade de conservação, e uma vez que apresenta distribuição restrita deve-se estar atento a questão da conservação deste táxon. MINAS GERAIS. Carangola: Rio Carangola - Fazenda J. Kamil, 15 IX 1993, Leoni, L.S (GFJP). Rio Carangola, IV 2000, Leoni, L.S (GFJP). RIO DE JANEIRO. Natividade: 7 VII 2004, Pontes, R.A. 72 (RB). Aechmea vanhoutteana (Van Houtte) Mez in Mart., Fl. bras. 3(3) Basiônimo: Echinostachys vanhoutteana Van Houtte, Catal Tipo: Tipificada pela descrição e ilustração de E. Morren in Belgique Hort. 31: 163 t (Smith & Downs 1979). Distribuição geográfica: MG, RJ, SP, ES (?). Aechmea vanhoutteana ocorre na região Sudeste do Brasil, concentrando-se basicamente na Serra da Mantiqueira, com poucos registros para o estado do Rio de Janeiro. No Espírito Santo, a única coleta conhecida, procedente do município de Vitória, é considerada duvidosa por Wendt (1997). Segundo Wendt (1997) a espécie é bem delimitada, com algumas características similares apenas com A. bocainensis, conforme já discutido. Cresce preferencialmente como rupícola, raramente como epífita ou terrícola, em áreas de Mata Atlântica, entre 800 e m de altitude. Floresce nos meses de agosto, setembro e outubro. Ocorre em unidade de conservação. No estado de São Paulo é considerada ameaçada de extinção por Martins et al. (2007) por não ocorrer em unidade de conservação e apresentar distribuição restrita.

79 59 MINAS GERAIS. Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 16 X 1988, Brugger, M. 361 (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 16 X 1988, Brugger, M. 361 (RB). Parque Nacional, 2 VIII 1996, Leoni, L.S (HB). Parque Nacional do Caparaó, 2 VIII 1996, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, 14 XI 1996, Molasco, P. 32 (GFJP). Brugger, M. FPNC 361 (RB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 XII 1995, Paula, C.C (VIC). fazenda da Mundial, 5 III 1996, Paula, C.C. s.n. (VIC 25939). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Parque Nacional do Itatiaia, 5 IX 2005, Almeida, V.R. 65 (R). Parque Nacional do Itatiaia, 23 XI 1967, Mattos, J (SP). Zerny s.n. (RB -). Resende, 10 X 1977, Martinelli, G (RB). 23 IX 1978, Jouvin, P.P. 233 (RB). SÃO PAULO. Campos do Jordão, Mee, M. 55 (RB). Pindamonhangaba: Eugênio Lefevre, X 1961, Kuhlman, M. s.n. (SP 59101). Queluz: Beira do Rio Marambaia, 7 IX 2004, Martins, S.E. 870 (SP). Aechmea weilbachii Didr., Ann. Sci. Nat. Bot. 2: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Corcovado, Didrichsen s.n. (Holótipo: C). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Esta espécie é conhecida para o estado de Minas Gerais por apenas uma coleta, realizada no município de Lima Duarte, no Parque Estadual do Ibitipoca. No levantamento das Bromeliaceae deste Parque realizado recentemente por Monteiro & Forzza (dados não publicados) o táxon não é citado. A ocorrência da espécie nesta região não é muito compatível com as localidades citadas por Smith & Downs (1979), que apontam materiais coletados principalmente em áreas litorâneas. Aechmea weibachii caracteriza-se pelas folhas com distinção evidente entre as bainhas e lâminas, brácteas escapais vermelhas, eretas, cobrindo o escapo, inflorescência laxamente ramificada, glabra, vermelha, espigas com duas a seis flores e brácteas primárias maiores que os ramos inferiores (Smith & Downs 1979). Na Serra da Mantiqueira não foram observados outros táxons com características similares a esta espécie. Cresce como epífita na Mata Atlântica, segundo Versieux (2005) em altitudes inferiores a 730 m. Floresce em junho. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 25 VI 2002, Silva, R.R. 6 (VIC).

80 60 Alcantarea extensa (L.B. Sm.) J.R. Grant, Trop. Subtrop. Pflanzenwelt 91: Basiônimo: Vriesea extensa L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo. 1: Tipo: Brasil, Espírito Santo, Cachoeiro do Itapemirim, Foster, M.B. 163 (Holótipo: GH). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Alcantarea extensa é restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira ocorre somente no estado de Minas Gerais, na porção mais noroeste da Serra, sobre afloramentos graníticos. Versieux (2005) relata que este táxon apresenta grande variabilidade morfológica, como folhagem e eixo da inflorescência totalmente verdes e/ou com manchas vináceas ou totalmente avermelhados, e variações no comprimento dos ramos da inflorescência, que pode ser simples ou composta, apontando a necessidade de novos estudos taxonômicos. Na descrição de V. extensa (= A. extensa) Smith (1943) associa o táxon a V. geniculata (= A. geniculata), dintinguindo-os pelos ramos da panícula que são mais longos e pelas brácteas com protuberância próxima do ápice que se assemelha a giba. Cresce como rupícola ou saxícola, em áreas de Mata Atlântica e Campos de Altitude, entre 400 e 1600 m de altitude. Floresce de dezembro a fevereiro. Ocorre em unidade de conservação. Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 2 II 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 22 IX 1999, Goldschmidt, A. 19 (VIC). Pedra do Pato, 20 I 1990, Leoni, L.S (RB). Carangola: pedra do Pato, XII 1999, Pinheiro, F. 27 (SP). Serra da Araponga - Pedra do Pato, 20 I 1990, Leoni, L.S (GFJP). Faria Lemos: Fazenda Monte Castelo, 8 I 2006, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 21 VI 1996, Paula, C.C (VIC). Manhuaçu: rodovia BR 262, 4 XII 1984, Hatschbach, G (MBM). Sericita: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 12 I 1996, Paula, C.C (VIC). Alcantarea imperialis (Carrière) Harms in Engl. & Prantl., Nat. Pflanzenfan. 15a: Basiônimo: Vriesea imperialis Carrière, Rev. Hort. 60: Tipo: Hortus Paris Museum s.n. (Holótipo: P). Distribuição geográfica: MG, RJ.

81 61 Alcantarea imperialis é conhecida apenas para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira é referida para Minas Gerais, ocorrendo na porção norte e noroeste da Serra. Caracteriza-se pelas bainhas muito largas, lâminas liguladas e inflorescência geralmente ultrapassando três metros de comprimento. Cresce como rupícola ou saxícola, em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, a cerca de 500 m de altitude. A floração concentra-se no mês de outubro. Ocorre em unidade de conservação. Segundo Versieux (2005) a espécie é vulnerável, pois apesar de ocorrer em amplas populações, leva um longo período para atingir a maturidade e pelo habitat ocupado (afloramentos rochosos), estão expostas aos riscos das queimadas. Monteiro & Forzza (dados não publicados) relatam que no Parque Estadual do Ibitipoca a espécie é conhecida por poucos indivíduos restritos a áreas mais elevadas. MINAS GERAIS. Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 3 III 2001, Forzza, R.C (MBM). Reserva Biológica da Represa do Grama, 3 III 2001, Forzza, R.C (CESJ). Dona Euzébia: Serra da Boa Vista, 5 II 1996, Paula, C.C (VIC). Juiz de Fora, 27 X 1946, Krieger, L (RB). 27 X 1946, Krieger, L (CESJ). Pedreira Santo Cristo, 14 XI 1999, Caiafa, A.N. s.n. (CESJ 30424). 27 X 1946, Krieger, P.L (RB). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 8 III 2006, Ferreira, F.M. 996 (CESJ). Fazenda do Rio do Salto, 22 IX 2006, Forzza, R.C (SP). 11 III 2004, Forzza, R.C (RB). Manhuaçu, 28 X 1969, Heringer, E.P (RB). 28 X 1969, Heringer, E.P. s.n. (RB ). Rio Novo: Serra do Henrique, 27 IX 1895, Schwacke, W (RB). Schwacke, P (RB). Alcantarea nahoumii (Leme) J.R.Grant, Trop. Subtrop. Pflanzenwelt 91: Basiônimo: Vriesea nahoumii Leme, J. Bromeliad Soc. 43(6): 244, Tipo: Brasil, Bahia, Milagres, Nahoum & Marigo s.n. (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: BA, MG. Alcantarea nahoumii era conhecida somente para o estado da Bahia, na região nordeste do Brasil. Registra-se aqui a ocorrência para o estado de Minas Gerais, onde foi coletada nos municípios de Araponga e Carangola.

82 62 A espécie caracteriza-se pelas folhas levemente amareladas, brácteas escapais grandes, vermelhas e verdes e ramos da inflorescência densos. Cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica entre 900 e 1800 m de altitude. Floresce em dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, XII 1999, Paula, C.C. s.n. (VIC 25415). Carangola: APA da Torre, 8 XII 2001, Leoni, L.S (GFJP). Alcantarea odorata (Leme) J.R. Grant, Trop. Subtrop. Pflanzenwelt 91: Basiônimo: Vriesea odorata Leme, Bradea 5(16): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, próximo a Raposo, Leme, E.M.C (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: MG, RJ. Assim como Alcantarea extensa, Alcantarea odorata é conhecida apenas para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira é referida para a região de Leopoldina e Além Paraíba, em Minas Gerais. Leme (1989) ao descrever Vriesea odorata (= A. odorata) indicou similaridades com V. geniculata (= A. geniculata) e V. regina (= A. regina), distinguindo-a da primeira pelas bainhas foliares de coloração marrons escura, lâminas das folhas e brácteas escapais e primárias densamente cretáceas, pela inflorescência mais curta e mais densa, com os ramos do ápice muito pouco floridos, sépalas obovadas, e pelas pétalas menores, amarelas, com ápice arredondado-emarginado e lígulas subagudas ou arredondadas, e de V. regina pela lâmina das folhas mais estreitas e densamente cretácea, brácteas escapais e primárias densamente cretáceas, inflorescência mais densa e muito mais curta, com ramos menores, raque geniculada, brácteas florais verdes, com ápice arredondado, sépalas com ápice arredondado, e pelas pétalas menores, apresentando ápice arredondado-emarginado. A. odorata cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 200 m de altitude. Floresce entre dezembro e fevereiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERIAS. Além Paraíba: às margens da BR 116, 20 II 2002, Paula, C.C (VIC). Leopoldina: Serra de Leopoldina, 6 XII 1972, Duarte, A.P (RB). BR-116, 18 I 1995, Hatschbach, G (BHCB).

83 63 Alcantarea regina (Vell.) Harms in Engler & Prantl, Nat. Pflanzenfam., ed., 15a: Basiônimo: Tillandsia regina Vell., Fl. flumin.: (1829); Icon. 3: tab (1831). Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Parati. Vellozo s.n., não há espécime preservado. A tipificação é baseada na descrição e ilustração. Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Alcantarea regina era conhecida somente para os estados do Rio de Janeiro. Foi recentemente registrada por Versieux & Wanderley (2007) para São Paulo e Minas Gerais. No último foi observada em uma área próxima ao Parque Estadual do Ibitipoca, no município de Lima Duarte, região da Serra da Mantiqueira. Versieux & Wanderley (2007) discutem a problemática envolvida com esse táxon, que por não possuir um espécime-tipo preservado e apresentar descrições e ilustrações originais pouco precisas, foi por muito tempo tratada como uma espécie duvidosa ou de circuncrição variável. Novas coletas realizadas na localidade típica, região de Parati, no estado do Rio de Janeiro e a análise de populações do estado de São Paulo, possibilitaram a conclusão dos autores de que, a ilustração e as informações contidas na obra original são suficientes para o reconhecimento da espécie. São apontadas como características marcantes a coloração verde homogênea das lâminas, brácteas, escapo e sépalas, onde somente, às vezes, se observam listras oblíquas e máculas vermelho-vinosas logo acima da bainha, na face abaxial da folha, ou pequenas manchas avermelhadas em direção ao ápice nas brácteas florais e sépalas. Conforme já discutido assemelha-se a Alcantarea odorata. Alcantarea regina cresce como rupícola, a cerca de 870 m de altitude, formando densas populações em paredões rochosos muito úmidos. Floresce no mês de janeiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: I 2007, Versieux et al. 352 (SP). Ananas ananassoides (Baker) L.B. Sm., Bot. Mus. Leafl. 7: Basiônimo: Acanthostachys ananassoides Baker, Handb. Bromel Tipo: Brasil, Minas Gerais, Caldas, Regnell III-1261 em parte (Holótipo: P, Isótipo: US).

84 64 Distribuição geográfica: AM, AP, DF, GO, MG, MS, MT, PA, PB, RJ, RO, SP, TO. Ananas ananassoides apresenta ampla distribuição, ocorrendo na Argentina, Paraguai e nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Leal et al. (1998) indicam que a espécie ocorre do Sudeste do Brasil a Venezuela e Colômbia. A maioria dos dados aponta que este táxon ocorre preferencialmente no Cerrado. Na Serra da Mantiqueira é referida apenas por alguns registros para os estados de Minas Gerais e São Paulo. Caracteriza-se pelas folhas estreitas, espinulosas, inflorescência pequena, fruto globoso a cilíndrico, sustentado por um longo e fino escapo. Assemelha-se a Ananas bracteatus distinguindo-se pelas lâminas foliares mais estreitas e flores na antese maiores ou do mesmo comprimento que as brácteas florais (vs. folhas geralmente mais largas e flores menores que as brácteas florais na antese em A. bracteatus) Martins et al. (2007). Cresce como terrícola em áreas de Campos Rupestres e Mata Atlântica, entre 400 e 700 m de altitude. Floresce de setembro a fevereiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Chapadão da Serra Negra, 3 X 1959, Castellanos, A (R). Chapadão da Serra Negra, 3 X 1959, Castellanos, A (R). Juiz de Fora: São Pedro, 30 X 1977, Agostinho, T (CESJ). Rio Preto: Serra do Funil, 30 IX 1989, Grandi, T.S.M (BHCB). Viçosa: UFV, 27 II 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 26368). SÃO PAULO. Atibaia: Gehrt, A. s.n. (SP 47466). Gehrt, A. s.n. (SPF 66242). Gehrt, A. s.n. (RB -). Monteiro Lobato e Ouro Verde: Estrada de Panorama ao Rio do Peixe, 7 IX 1995, Bernacci, L.C (SP). Ananas bracteatus (Lindl.) Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. veg. 7(2): Basiônimo: Ananassa bracteata Lindl. Bot. Reg. 13: t Tipo: Lindley s.n. (Holótipo: CGE?). Distribuição geográfica: ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Ananas bracteatus ocorre no norte da Argentina, Paraguai e Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira há registros da espécie para os estados de Minas Gerais e São Paulo. Conforme já mencionado apresenta afinidades com Ananas ananassoides. É muito provável, considerando a área de distribuição, que muitos dos materiais identificados como A. ananassoides pertençam a este táxon, uma vez que no material herborizado são perdidas

85 65 características importantes desta espécie (e.g. coloração das brácteas florais, que na planta viva são vivamente rosadas). Também podem ocorrer reduções consideráveis, devido à desidratação, no tamanho das estruturas e, além disso, muitas vezes as folhas se dobram parecendo mais finas, como em A. ananassoides. Cresce essencialmente como terrícola, normalmente formando grandes populações, em áreas de Mata Atlântica, entre 300 e 900 m de altitude. A floração concentra-se entre agosto e novembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Pirraça, 10 XI 1993, Leoni, L.S (GFJP). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 14 X 2001, Forzza, R.C (CESJ). Ervália: Ventania, 5 II 1998, Paula, C.C. s.n. (VIC 25941). Extrema: Mata do Rodeio, 7 XI 2004, Trindade-Lima, T. 96 (HME). Fervedouro: Comunidade do Brigadeiro, 10 VIII 1996, Paula, C.C (VIC). Juiz de Fora: ReBio do Poço da Anta, 21 IX 1989, Moreira, O.S.T (CESJ). Manhuaçu: São Pedro do Avaí, 12 X 1995, Wendt, T. 318 (RB). 12 X 1995, Wendt, T. 318 (RB). São João Nepomuceno: Serra dos Núcleos, 14 II 2003, Valente, A. 263 (CESJ). SÃO PAULO. Bragança - Socorro: Rod. Bragança Paulista - Socorro, 20 IX 1939, Camargo, F (SP). Queluz: Beira do Rio Marambaia, 7 IX 2004, Martins, S.E. 869 (SP). Socorro, 20 IX 1939, Viegas, A.P (SP). São José dos Campos, 14 X 1984, Eiten, G (SP). Ananas comosus (L.) Merr., Interpr. Rumph. Herb. Amboin Basiônimo: Bromelia comosa L. in Stickman, Herb. Amboin Tipo: A base para Lineu descrever Bromelia comosa em 1754 foi Anassa domestica Rhumph. 1747, coletado em Amboina ou Ambon, nas Molucas. Smith e Downs (1979) não mencionam nenhuma ilustração ou espécime, embora em L (herbário de Leiden, Holanda) esteja depositado um espécime, constituído por uma bráctea do escapo, que é indicado como síntipo. Distribuição geográfica: Ocorre em diferentes localidades como espécie subespontânea ou cultivada. Segundo Smith e Downs (1979), evoluiu na porção central do Brasil e posteriormente foi amplamente dispersada. Ananas comosus é uma espécie cultivada e devido à histórica utilização pelos humanos, tornou-se absolutamente variável e amplamente distribuída. Na Serra da Mantiqueira há registros somente para o norte do estado de São Paulo, próximo à divisa com Minas Gerais. Martins et al. (2007) no tratamento da Flora de São Paulo, não citam este táxon para o

86 66 estado. O material F. Camargo s.n. é considerado por estas autoras como Ananas bracteatus. A caracterização de Ananas comosus é dificultada pelo polimorfismo da espécie. De uma maneira geral, distingui-se das demais espécies do gênero pelas brácteas florais inconspícuas, serrilhadas, não imbricadas e que não cobrem o ovário na maturidade. A espécie cresce como terrícola em áreas de Cerrado. Não há dados referentes a altitude e fenologia. Não ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Bragança Paulista, 20 IX 1939, Camargo, F. s.n. (IAC 4785). Socorro, 20 IX 1939, Viégas, A.P. s.n. (IAC 4786). 20 IX 1939, Zagatto, O. s.n. (UEC 67030). Ananas macrodontes E. Morren, Belgique Hort. 28: pl Basiônimo: Bromelia sagenaria Arruda, Diss. pl. Brazil Tipo: De acordo com Smith & Downs (1979), não existe nenhum espécime preservado, espécie tipificada pela descrição. Distribuição geográfica: AL, BA, ES, MG, MT, PE, PR, RJ, SC, SP. Duval et al. (2005) realizaram um estudo filogenético com Ananas e Pseudoananas, utilizando marcadores de DNA de cloroplasto e apontam que estes dois gêneros emergem como um grupo monofilético. Considerando estes dados Martins et al. (2007) consideraram Pseudoananas como sinônimo de Ananas. A análise histórica realizada por estas autoras indica que o epíteto que deve ser utilizado, seguindo os princípios do Código de Nomenclatura Botânica, é Ananas macrodontes. Esta espécie apresenta ampla área de distribuição, ocorrendo na Argentina, Bolívia, Equador e Paraguai. No Brasil é registrada para todas as regiões, exceto região Norte. Na Serra da Mantiqueira é referida para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A espécie é bem delimitada, podendo ser diferenciada das demais espécies do gênero pela infrutescência sem coroa de brácteas estéreis na região apical. Cresce como terrícola em áreas de Cerrado e Mata Atlântica. Não há dados referentes a altitude e fenologia. Martins et al. (2007) indicam floração no mês de outubro. Não ocorre em unidade de conservação.

87 67 MINAS GERAIS. Alfenas, Regnel, A. III-1262 (RB). SÃO PAULO. Atibaia, Foster, M.B. 475 (RB). São José dos Campos, Eiten, G (RB). Billbergia alfonsijoannis Reitz, Anais Herb. Barb. Rodr. 4: Tipo: Reitz 4674, Taió, Ribeirão Grande, Serra do Mirador, Santa Catarina, Brasil, 1 dez 1951 (Holótipo: HBR). Distribuição geográfica: MG, PR, SC. Billbergia alfonsijoannis apresenta distribuição disjunta, sendo conhecida por poucas coletas, nos estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Gaiotto (2005) indica a ocorrência desta espécie para o estado de São Paulo, mas não cita o material examinado. Na Serra da Mantiqueira só é registrada para o município de Lima Duarte, no Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais. Pertence ao subgênero Helicodea, que caracteriza-se segundo Smith & Downs (1979) pelas sépalas profundamente retusas e apiculadas, essencialmente tridentadas, brácteas florais pequenas e inflorescência longa com flores laxamente dispostas. Monteiro & Forzza (dados não publicados) compara a espécie a outros táxons pertencentes a este subgênero, como Billbergia zebrina e Billbergia porteana. Com relação a primeira as autoras apontam como caracteres distintivos a bainha evidente e violácea, inflorescência com aproximadamente 50 flores e ovário violáceo e ovóide, enquanto Billbergia zebrina apresenta bainha estreita com margem castanho-hialina, inflorescência com flores, pétalas mais estreitas e ovário branco e obovóide. No entanto não reconheceram diferenças significativas entre esta espécie e B. porteana, sugerindo a necessidade de estudos mais aprofundados. Gaiotto (2005), que realizou um estudo taxonômico do gênero Billbergia no Paraná, também ressalta a dificuldade de delimitação destes táxons, todos ocorrentes neste estado. Nos materiais herborizados, aqui analisados, foram mantidas, na maioria dos casos, as identificações constantes nas etiquetas, uma vez que não foram examinadas coleções vivas. Cresce em populações esparsas, como epífita, em áreas de Mata Atlântica e em Campos de Altitude com afloramentos rochosos, a aproximadamente 1100 m de altitude. Floresce de outubro a dezembro. Ocorre em unidade de conservação.

88 68 MINAS GERAIS. Lima Duarte, 19 X 2003, Monteiro, R.F. 8 (RB). 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). Billbergia amoena (G. Lodd.) Lindl. var. amoena, Bot. Reg. 13: t Basiônimo: Tillandsia amoena G. Lodd., Bot. Cab. 1: Tipo: Loddiges Hortus in Lindley s.n. (Holótipo: CGE). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, GO, RJ, SP, PR, SC. Espécie amplamente distribuída no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Pertence ao subgênero Billbergia e integra um complexo de espécies caracterizado pelo pequeno porte, brácteas escapais vistosas e vivamente coloridas (róseas) e flores sésseis. Atualmente são aceitas seis variedades e uma forma para este táxon, cujas delimitações são sutis, normalmente relacionadas a caracteres como a coloração, dificilmente percebíveis na análise de material herborizado. Deste modo, os materiais que não apresentavam identificação infra-específica e nem dados de coloração nas etiquetas foram considerados neste trabalho como pertencentes à variedade típica. Billbergia amoena var. amoena ocorre em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, em variados ambientes, tanto no interior de florestas como em áreas antropizadas, onde cresce como rupícola, epífita ou saxícola, de 300 a 1100 m de altitude. Floresce de fevereiro a julho. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Alto Caparaó: Serra do Caparaó, 30 IV 1988, Krieger, L. 120 (RB). 30 IV 1988, Krieger, P.L. FPNC 120 (RB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 22 IX 1999, Goldschmidt, A. 22 (VIC). Barroso: Serra de Barroso, 1988, Leoni, L.S. 450 (RB). Carangola: Fazenda Monte Castelo, 1985, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 450). Serra do Barroso, II 1987, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 305). Tombos: 29 VII 1986, Leitman, M. 164 (RB). 3 VI 1988, Giordano, L.C. 420 (RB). 29 VII 1986, Moraes, M. 164 (RB). Viçosa: fazenda Crissiuma, 20 X 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (VIC 2015). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Luetzelburg, V. s.n. (RB -). São Gonçalo: Seidel, A (RB). SÃO PAULO. Jaraguá, 29 IV 1921, Gehrt, A (SP). Gehrt, A. s.n. (RB -). Billbergia amoena var. carnea E. Pereira, Bradea 2: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Botumirim, Seidel, A. 707 (Holótipo: HB).

89 69 Distribuição geográfica: MG. Billbergia amoena var. carnea é conhecida além da localidade típica, apenas para o município de Tiradentes em Minas Gerais. Diferencia-se da variedade típica e das demais variedades, segundo o autor da espécie, pela coloração (cor de carne) das brácteas, escapo, raque e metade inferior das sépalas. Cresce como saxícola ou epífita em áreas de Campos Rupestres, a cerca de 1300 m de altitude. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Tiradentes: Trilha de subida da Serra de São José, 23 VI 2001, Silva, B.R. 729 (HB). 8 XII 1993, Alves, R.J.V (RB). Billbergia amoena var. robertiana Pereira & Leme, Brasil Florestal Tipo: Brasil, Espírito Santo, Domingos Martins, Kautsky 825 (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: ES, MG. Esta variedade ocorre nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. No último é referida apenas para a região do Parque Nacional do Caparaó, na Serra da Mantiqueira. Diferencia-se da variedade-tipica e das demais variedades conhecidas, segundo a descrição original pelas folhas purpúreas com manchas brancas e pelo ovário não sulcado. Cresce como terrícola em áreas de Mata Atlântica. O exemplar analisado foi coletado com flores no mês de outubro. Os autores da espécie indicam na obra original que o material-tipo floresceu neste mesmo mês. Não há dados referentes a altitude. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 12 X 1992, Leoni, L.S (GFJP). Billbergia X claudioi Leme, Bradea 4(39) Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Resende, Serrinha, Leme 934 (Holótipo: HB. Isótipo: RB).

90 70 Distribuição geográfica: RJ. Leme (1987) descreveu esta planta como um híbrido, entre Billbergia distachia var. distachia (Vell.) Mez e Billbergia vitatta Brong. ex Morel, ambas encontradas na localidade onde foi coletada Billbergia x claudioi. Até o momento só é conhecida na região de coleta do material tipo, na Serra da Mantiqueira. Segundo este autor o táxon em questão apresenta características intermediárias entre as duas espécies citadas acima. Estes táxons florescem simultaneamente, o que poderia facilitar a ocorrência do processo de hibridação. Cresce como saxícola, a cerca de 1000 m de altitude. Não há dados sobre o ambiente e período de floração. Ocorre em unidade de conservação. RIO DE JANEIRO. Resende, VIII 1986, Leme, E.M.C. 934 (RB). Billbergia distachia var. distachia (Vell.) Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Basiônimo: Tillandsia distachia Vell., Fl. flum Tipo: Tipificada pela estampa de Vellozo, Icon. 3: t (Smith & Downs 1979). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, SC, SP. Billbergia distachia var. distachia é muito comum no leste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, especialmente em ambientes florestais. Caracteriza-se pela inflorescência recurvada, geniculada, simples ou pseudosimples, com brácteas florais pequenas e ovário truncado. O material herborizado pode ser confundido com outras espécies do gênero, devido ao habito muito similar e o tipo de montagem da exsicata, que, muitas vezes, dificulta a visualisação do padrão da inflorescência. O táxon assemelha-se mais intimamente a Billbergia nutans, da qual pode ser diferenciada pelo maior porte, ovário truncado na base, pétalas com pequena mancha azul no ápice ou completamente verdes e maior largura das lâminas foliares (vs. ovário atenuado na base, pétalas conspicuamente azuis no ápice e lâminas foliares mais estreitas em Billbergia nutans). São aceitas três variedades para esta espécie além da variedade típica. Cerca de 90 % dos

91 71 exemplares examinados não apresentavam identificação infra-específica. Dessa forma, quando não foi possível a determinação da variedade, em virtude da falta de informações sobre a coloração nas etiquetas, o material foi considerado como pertencente a variedade típica. Cresce como epífita, terrícola, rupícola e saxícola, essencialmente na Mata Atlântica, muitas vezes próxima a cursos d água, em ampla faixa altitudinal, ocorrendo de 550 a 2800 m. Floresce preferencialmente de junho a outubro, alguns registros da região de Ibitipoca apontam florescimento nos meses de dezembro e fevereiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 20 V 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). PCH Aiuruoca, 20 V 2000, Tameirão Neto, E (SEL). 6 XII 1998, Martinelli, G (RB). Camanducaia: Mata do pinheirão, 2 VI 2001, Lombardi, J.A (BHCB). fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (BHCB). fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (RFA). Mata do Altair, 3 II 2001, França, G.S. 257 (BHCB). Caldas, Lindenberg 564 (RB). Carrancas: Serra de Carrancas, VII 1897, Rabello, R. s.n. (R ). Caxambú, Pereira, E (RB). 4 VIII 1967, Pereira, E (HB). 4 VIII 1967, Pereira, E (US). 11 VI 1957, Pabst, G.F.J (HB). Conceição da Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). Delfim Moreira: PCH Ninho de Águia, IV 2000, Costa, L.V. s.n. (BHCB 52509). rio Bicas, 10 IX 1960, Sick, H. 7 (HB). Ewbank da Câmara: rio Paraibuna, 15 IX 1994, Santos, H.G.P. 341 (SPF). Extrema: Serra do Lopo - Trilha Pedra das Flores, 2 VI 2004, Trindade-Lima, T. 26 (HME). Serra do Lopo - Trilha Pedra das Flores, 24 VI 2004, Trindade-Lima, T. 50 (HME). Serra do Lopo, Trilha para a Pedra das Flores, 14 V 2004, Kinoshita, L.S. 04/77 (UEC). Itajubá, 13 VII 2004, Temponi, L.G. 372 (RB). Itajubá / Cruzeiro: Travessia Marins - Itaguaré, 13 VII 2004, Temponi, L.G. 372 (SPF). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 16 X 1986, Andrade, P.M. 818 (BHCB). Parque Estadual de Ibitipoca, 26 VIII 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13729). Serra de Ibitipoca, VII 1896, Magalhães, H (R). Parque Estadual de Ibitipoca, 25 X 1997, Figueiredo, C. 14 (R). Serra de Ibitipoca, 2 X 1970, Sucre, D (RB). São Francisco do Prata, 9 V 1989, Krieger, L (CESJ). Parque Estadual do Ibitipoca, 21 IX 2002, Araújo, F.S. 233 (CESJ). Parque Estadual do Ibitipoca, 5 II 2004, Monteiro, R.F. 26 (SP). 23 IX 2001, Marquete, R (RB). 26 X 2004, Monteiro, R.F. 37 (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 27 (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 26 (RB). 19 X 2003, Monteiro, R.F. 7 (RB). 30 VI 2004, Assis, L.C.S (RB). 27 IX 1970, Krieger, P.L (RB). 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). Paraisópolis: Pedra de São Domingos, 14 X 2000, França, G.S. 176 (BHCB). Passa Quatro: fazenda São Bento, XI 1948, Vidal, J. s.n. (R ). Poços de Caldas, 10 IX 2005, Reis, J.R.M. s.n.(esal 20291). Rio Preto, VIII 2004, Abreu, N.L. 002 (CESJ). Serra do Funil, 20 VIII 2004, Matozinhos, C.N. 26 (CESJ). Santos Dumont, Brade, A.C (RB). RIO DE JANEIRO. 1 VII 1939, Foster, M.R. 136 (R). Serra do Itatiaia, 23 VII 1902, Dusén, P. 724 (R). Serra do Itatiaia, 23 VII 1902, Dusén, P. 721 (R). Serra do Itatiaia, 16 VI 1930, Brade, A.C (R). Engenheiro Passos, 3 VI 1995, Sano, P.T. 137 (RB). Itatiaia: Dusén, P.K.H. 721 (RB). VII 1953, Pereira, E. 101 (e.p.) (RB). 19 VII 1935, Brade, A.C (RB). Município de Itatiaia - Lemulia, Leme, E. 722 (R). Parque Nacional do Itatiaia, 6 IX 2005, Almeida, V.R. 66 (R). Fazenda da Serra, VII 1959, Strong, H.E. 107 (R). 15 VIII 1948, Occhioni, P (RB). SÃO PAULO. Serra da Cantareira, 3 VIII 1939, Camargo, F. s.n. (IAC 4568). Campos do Jordão: Hoehne s.n. (RB -). 10 IX 1937, Campos Porto, P (RB). Parque Estadual de Campos do Jordão, 27 X 1973, Mello, L.E (R). 15 IX 1923, Hoehne, F.C. s.n.

92 72.(SP 8667). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (SP). Parque Estadual de Campos do Jordão, 6 XII 2000, Costa, C.B. 442 (SP). Área de Sanatório Fco. Xavier, 10 IX 1995, Sakane, P.T. s.n. (SP ). 20 IX 1992, Buzato, S. s.n. (SP ). Horto Florestal, 20 IX 1991, Buzato, S. s.n. (SPF ). Horto Municipal, 28 X 1992, Wasum, R.A (NYBG). P. E. Instituto Florestal, 24 VII 1982,? s.n. (SPSF 8357). Campos Porto, Leite, J.E (RB). Cruzeiro: Alto do Pico Itaguaré, 4 VI 1995, Giulietti, A.M (SP). Alto do Pico Itaguaré, 4 VI 1995, Giulietti, A.M (SPF). Itapira, Hoehne s.n. (RB -). Monte Alegre do Sul, Kuhlmann, M. 512 (RB). 27 VII 1949, Kuhlmann, M (SP). Piquete: Serra da Mantiqueira, 30 V 1999, Campacci, M.A. 200 (SP). Queluz: Margem do Rio das Cruzes, 23 V 1996, Árbocz, G.F (SP). Billbergia distachia var. concolor Reitz, Anais Bot. Herb. Barbosa Rodrigues 4: Tipo: Reitz 4152 Fachinal, Biguaçú, Santa Catarina, Brasil, 14 jul 1951 (Holótipo: HBR). Distribuição geográfica: MG, RJ, SC. Billbergia distachia var. concolor é conhecida por poucos registros para alguns estados da região Sudeste e Sul. Na Serra da Mantiqueira é referida para Poços de Caldas, em Minas Gerais, sendo este o primeiro registro do táxon para este estado. No Rio de Janeiro é registrada para a região do Itatiaia. Esta variedade caracteriza-se pelas folhas concolores, sépalas e pétalas totalmente verdes. Cresce como epífita, em áreas de Mata Atlântica, no interior de florestas. Não há dados sobre a altitude de ocorrência. Floresce no mês de setembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Poços de Caldas: 1 IX 1980, Leitão Filho, H.F. 97 (UEC). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Pereira, A.B. 19 (RB). Billbergia distachia var. straussiana (Wittmack) L.B. Smith, Anais Bot. Herb. Barbosa Rodrigues 2: Tipo: H. Strauss in Wittmack Hortus s.n. (B? n v, Mez). Distribuição geográfica: PR, SC, SP. Billbergia distachia var. straussiana ocorre de São Paulo a Santa Catarina. Na Serra da Mantiqueira foi observado apenas um registro para o município de Bragança Paulista, São Paulo.

93 73 citado por Smith & Downs (1979) na Flora Neotrópica. Esta variedade cararcteriza-se por apresentar folhas concolores, sépalas com ápice azul e pétalas totalmente verdes. Não há dados referentes ao ambiente, hábito, habitat e altitude de ocorrência do táxon. Não ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Bragança Paulista: VIII 1910, Duarte, C. 160 (SP). Duarte, C. s.n. (RB -). Billbergia elegans Mart. ex Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. veg. 7(2): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, Martius s.n. (Holótipo: M, Isótipo: B). Distribuição geográfica: ES, MG. Na Serra da Mantiqueira Billbergia elegans ocorre somente na região de Tiradentes, em Minas Gerais. B. elegans juntamente com outras espécies do gênero, forma um grupo, que apresenta inflorescência composta, lepidota, às vezes com as brácteas e as sépalas também apresentando escamas e flores sésseis a curto-pediceladas (B. sanderiana, B. bradeana L.B. Sm., B. tweedieana, B. laxiflora L.B. Sm., B. pohliana, B. reichardtii e B. chlorantha L.B. Sm.). Estas espécies ocorrem em áreas do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, havendo sobreposição em alguns casos. É mais intimante relacionada a B. sanderiana, da qual difere segundo Smith & Downs (1979) pela inflorescência composta desde a base e mais densamente coberta por escamas em B. elegans (vs. inflorescência composta próximo ao ápice e glabra em B. sanderiana). Versieux (2005) observou brácteas florais alaranjadas e avermelhadas para B. elegans (vs. brácteas florais róseas para B. sanderiana). Cresce como epífita, rupícola ou saxícola, em áreas de Mata Atlântica, entre 900 e 1600 m de altitude. Floresce de junho a outubro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra do Ibitipoca, V 1895, Mez, H (R). Barroso: Mata do Baú, 20 VI 2003, Assis, L.C.S. 845 (CESJ). Mata do Baú, 8 X 2001, Assis, L.C.S. 289 (CESJ). São João del Rei: Casa de Pedra, 11 VII 1997,

94 74 Moura, R. 78 (R). Mata no caminho para o Vale das Águas Santas, 11 VII 1997, Moura, R. 74 (R). Tiradentes: Duarte 3749 (RB). Billbergia euphemiae var. euphemiae E. Morren, Belgique Hort. 22: Tipo: Liège Hortus s.n. (Holótipo: LG). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, RJ. Billbergia euphemie var. euphemiae é conhecida da Bahia ao Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira a ocorrência do táxon restringe-se ao estado de Minas Gerais. Atualmente são aceitas três variedades além da variedade típica. A variedade típica se caracteriza pelas folhas verdes com faixas mais claras ou quase concolores, inflorescência laxa ou sublaxa e com as brácteas florais da base da inflorescência semelhantes às brácteas do escapo. Cresce preferencialmente como epífita, mais raramente como rupícola ou terrícola, em ambientes florestais da Mata Atlântica, ou mesmo em áreas perturbadas, entre 350 e 1400 m de altitude. Floresce nos meses de setembro e outubro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Alto Caparaó: Brugger, M. FPNC 371 (RB). Parque Nacional do Caparaó, 16 X 1988, Brugger, M. 371 (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 16 X 1988, Brugger, M. 371 (RB). Parque Nacional do Caparaó, 16 X 1988, Brugger, M. 371 (SPF). Parque Nacional do Caparaó, VI 1996, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, IX 1998, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 III 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 III 1996, Paula, C.C (VIC). Carangola: Serra da Araponga - Fazenda Santa Clara, X 1992, Leoni, L.S (GFJP). Coronel Pacheco: Estação Experimental, 21 IX 1944, Heringer, E.P (SP). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 31 X 2001, Almeida, V.R. 16 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 1 IX 2001, Almeida, V.R. 11 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 25 II 2000, Faria, P.C.L. 75 (CESJ). 31 X 2001, Almeida, V.R. 16 (RB). Ervália: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 8 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Juiz de Fora: 16 IX 1972, Krieger, P.L (RB). Fazenda São Mateus, 19 IX 1972, Krieger, L (RB). ReBio do Poço da Anta, 21 IX 1989, Moreira, O.S.T (CESJ). Viçosa: Distrito de São Miguel, 7 IX 1957, Rente, E.C. 434 (R). São Miguel, 2 VI 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (VIC 2018). Billbergia euphemiae var. nudiflora L.B. Smith, Smithson. Misc. Collect. 126: R). Tipo: Foster 159, Itapemirim, Espírito Santo, Brasil, 7 jul (Holótipo: GH, isótipo:

95 75 Distribuição geográfica: ES, MG. Billbergia euphemiae var. nudiflora ocorre apenas nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira é conhecida para os dois estados para os quais é referida. Esta variedade caracteriza-se pelas folhas verdes com faixas horizontais paleáceas ou quase concolores, inflorescência subdensa, raque quase reta e brácteas florais pequenas ou apenas ligeiramente alargadas na base. Cresce como epífita na Mata Atlântica. Não há dados sobre a altitude e floração da espécie. Não ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Iúna: EF (RB). MINAS GERAIS. Coronel Pacheco: Estação Experimental de Café, 11 XII 1942, Heringer, E.P (SP). Descoberto: Mynssen, C.M. 747 (RB). Billbergia horrida Regel, Ind. Sem. Hort. Petrop. for 1856: Tipo: St. Peterburg Hortus s.n. (Holótipo: LE?). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, RJ. Billbergia horrida ocorre no leste do Brasil, da Bahia ao Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira é referida apenas para o estado de Minas Gerais, na porção noroeste da Serra. Esta espécie caracteriza-se por apresentar as lâminas foliares totalmente verdes. A espécie é facilmente reconhecida pela inflorescência densa, esverdeada e flores com pétalas verdes, fortemente recurvadas, com apenas uma pequena mancha azul no ápice. Paula (1998) observou no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, que populações mais expostas ao sol e com baixa umidade no solo, apresentavam folhas de cor purpúrea. O autor relata que, estas plantas quando cultivadas a 50% de luminosidade, tornam-se completamente verdes. Normalmente, encontram-se associadas a suas rosetas, colônias de formigas. Cresce em áreas de Mata Atlântica, como epífita, rupícola ou saxícola, entre 300 e 1300 m de altitude. Floresce de julho a setembro. Ocorre em unidade de conservação.

96 76 Carangola: Serra do Barroso, II 1987, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 306).Caratinga: Estação Biológica de Caratinga, 5 IX 1998, Lombardi, J.A (BHCB). Faria Lemos: Fazenda Jatobá, 8 IX 2003, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 14 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Comunidade do Brigadeiro, 4 IX 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 VII 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 26 IX 1995, Paula, C.C (VIC). Ilhéus do Prata: Mexia 4967 (RB). Juiz de Fora: Fazenda São Mateus, 16 IX 1972, Krieger, L (RB). fazenda São Mateus, 16 IX 1972, Krieger, L (SPF). Fazenda São Mateus, 16 IX 1972, Krieger, L (CESJ). X 1910, Hoehne, F.C. 26 (SP). Rio dos Peixes, 19 IX 1971, Krieger, L (SPF). 27 X 1946, Krieger, L (CESJ). São Bento Abade: 30 XI 1998, Martinelli, G (RB). Viçosa: distrito de Ilheu, 17 VIII 1930, Mexia, Y (VIC). Billbergia iridifolia (Nees & Mart.) Lindl., Bot. Reg. 13: t Basiônimo: Bromelia iridifolia Nees & Mart., Nova Acta. Acad. Phys.-Med. Caes. Leop.-Carol. German. Nat. Cur. 11: Tipo: Brasil, Bahia, Wied-Neuwied s.n. (Holótipo: BR). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, RJ. Billbergia iridifolia ocorre no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para Minas Gerais e Espírito Santo. A espécie é bem delimitada, caracterizando-se pela inflorescência pêndula com raque delicada e fortemente geniculada e brácteas florais semelhantes às brácteas escapais, grandes, excedendo o tamanho das sépalas. Versieux (2005) relata que no material seco as folhas assumem coloração glauca e as brácteas ficam marrom-avermelhado, e se desprendem com facilidade, o que facilita sua identificação. Nos materiais examinados nota-se, além disso, que as folhas apresentam um canalículo e normalmente estreitam-se em direção a base. Cresce como epífita ou rupícola, em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 600 m de altitude. Floresce nos meses de setembro e outubro. Não ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Alegre: Vidal 3 (RB). MINAS GERAIS. Carangola: Fazenda Santa Rita, 9 II 1988, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 307). Fazenda Santa Rita, 15 X 1991, Leoni, L.S (GFJP). Furriel, 28 IX 2003, Leoni, L.S (GFJP). Faria Lemos: Fazenda Santa Rita, 1 X 2006, Leoni, L.S (GFJP). Guaraciaba: Represa da Brecha, IV 2001, Paula, C.C. s.n. (VIC 25943). Ilhéus do Prata: Mexia 4975a (RB). Viçosa: 23 I 1931, Mexia, Y (VIC). Billbergia leptopoda L.B. Sm., Contr. Gray Herb. 154:

97 77 Tipo: Brasil, Minas Gerais, Governador Valadares, Foster, M.B (Holótipo: GH). Distribuição geográfica: ES, MG. Billbergia leptopoda ocorre apenas nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira é referida apenas para o extremo norte, na região de Caratinga, em Minas Gerais. Caracteriza-se pelas folhas maculadas, brácteas florais superiores grandes e sépalas largamente arredondadas. Assemelha-se a Billbergia lietzei E. Morren, conhecida apenas da localidade típica no estado do Rio de Janeiro, sem localização precisa. Cresce como terrícola ou epífita em áreas de Mata Atlântica em torno de 600 m de altitude. Floresce entre março e maio. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caratinga: Estação Biológica de Caratinga, 6 VII 1987, Andrade, I.R. 194 (BHCB). Estação Biológica de Caratinga, 19 III 1994, Lombardi, J.A. 524 (BHCB). Estação Biológica de Caratinga, 14 V 1989, Paula, J.A. s.n. (BHCB 17821). Estação Biológica de Caratinga, 21 IV 1984, Costa, L.V. 98 (BHCB). Estação Biológica de Caratinga, 27 VIII 1967, Andrade, P.M. 272 (BHCB). Billbergia lymanii var. lymanii E. Pereira & Leme, Bradea 4: RB). Tipo: Brasil, Espírito Santo, Domingos Martins, Kautsky, R. 670 (Holótipo: HB, Isótipo: Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Billbergia lymanii var. lymanii é restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira a espécie é conhecida somente para o estado de Minas Gerais. Assemelha-se a B. vittata, da qual pode ser diferenciada pelo ápice das sépalas não setoso, escapo tomentoso, sépalas inteiramente vermelhas e inflorescência simples com flores pediceladas (Pereira & Leme 1984). Paula (1998) distingue estas duas espécies, ocorrentes no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, pela roseta foliar aberta, espinhos pouco evidentes e inflorescência simples em Billbergia lymanni (vs. roseta foliar tubular, espinhos evidentes e inflorescência composta em Billbergia vitatta).

98 78 Cresce como rupícola ou epífita em áreas de Mata Atlântica, entre 400 e 1600 m de altitude. Floresce entre março e setembro. Ocorre em unidade de conservação. As populações observadas por Paula (1998) no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, são epífitas raramente rupícolas, com distribuição esparsa, ocorrendo principalmente no interior de matas conservadas, e florecem em junho e julho. MINAS GERAIS. Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, VII 1997, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, 5 IV 1999, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 7 III 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 23651). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 III 1996, Paula, C.C (VIC). Fervedouro: Floresceu em cultivo, IX 1994, Leme, E.M.C (HB). Córrego Água Limpa - Carangola, VII 1993, Leoni, L.S (GFJP). Rosário da Limeira: Serra das Aranhas, 2 VII 1999, Paula, C.C. s.n. (VIC 23651). São Geraldo: Serra de São Geraldo, 12 III 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC23651). Serra de São Geraldo, 11 VI 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 23651). Viçosa: 2 VI 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (VIC 2016). Billbergia lymanii var. angustifolia E. Pereira & Leme, Bradea: 130 (1985). Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Petrópolis, Morro do Coco. Martinelli s. n., julho (Holótipo: HB. Isótipo: RB). Distribuição geográfica: MG, RJ. Esta variedade era conhecida apenas para o estado do Rio de Janeiro. Registra-se aqui a primeira ocorrência para a Serra da Mantiqueira e estado de Minas Gerais. Segundo os autores da espécie, difere da variedade típica pelas folhas mais estreitas e rígidas, com o limbo pronunciadamente estreitado em direção ao ápice, sendo este muito agudo. Billbergia lymanii var. angustifolia cresce como rupícola, em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 700 m de altitude. Floresce no mês de maio. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Divino: Fazenda Fortaleza, 1 V 1992, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 1843). Billbergia minarum L.B. Sm., Smithsonian Misc. Collect. 126: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Governador Valadares, Foster, M.B. 766 (Holótipo: GH).

99 79 Distribuição geográfica: ES, MG. Espécie conhecida apenas para os estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os municípios de Lima Duarte e Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais. Billbergia minarum, segundo Smith (1955) descritor da espécie, assemelha-se a B. leptopoda L.B. Sm. e a B. lietzei E. Morren, diferenciando-se apenas pelo tamanho das brácteas florais superiores. Versieux (2005) indica afinidades com B. distachia, ambas com inflorescência pseudo-simples, geniculada, raque glabra e padrão semelhante de cores da corola, apontando como diferenças, a presença ou ausência de pedicelos e a forma e coloração das sépalas. O material Krieger, L citado por esse autor, foi considerado por Monteiro & Forzza (dados não publicados) como B. distachia, no Parque Estadual do Ibitipoca. Outro exemplar deste mesmo coletor, nº 9143, procedente de Juiz de Fora, está melhor conservado, sendo possível a visualização dos pedicelos e a forma da raque um pouco distinta do padrão geral de B. distachia. Consideramos neste trabalho a determinação proposta nas exsicatas, destacando a necessidade de estudos mais aprofundados para melhor compreensão destes táxons. Cresce como epífita ou terrícola em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 750 m de altitude. Floresce no mês de setembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Juiz de Fora, 3 IX 1970, Krieger, L (RB). 3 IX 1970, Krieger, L (CESJ). 3 IX 1970, Krieger, P.L (RB). Lima Duarte: Serra de Ibitipoca, 27 IX 1970, Krieger, L (CESJ). Serra de Ibitipoca, 27 IX 1970, Krieger, L (RB). Serra de Ibitipoca, V 1898, Magalhães, H (R). Billbergia nutans H. Wendl. ex Regel, Gartenflora 18: 162, t Tipo: Herrenhaunsen hortus s.n. (LE?). Lectotipificação pela ilustração original sugerida por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: MG, PR, RS, SC, SP. Até recentemente a espécie era registrada apenas para os estados do sul do Brasil, norte da Argentina, Paraguai e Uruguai. Proença et. al (2007) relatam a ocorrência para o estado de

100 80 São Paulo e Versieux & Wendt (2006) para Minas Gerais, nos municípios de Carmo do Rio Claro, Santana do Riacho e Viçosa, sendo o último localizado na região da Serra da Mantiqueira. Além desse registro, para a Serra da Mantiqueira há referência para os municípios de Mairiporã e Caieiras, no estado de São Paulo. Billbergia nutans caracteriza-se pelo hábito delicado, com lâminas foliares muito estreitas. Conforme já mencionado a espécie assemelha-se a B. distachia. Cresce em áreas de Mata Atlântica a cerca de 700 m de altitude. Não há dados sobre o hábito e a fenologia da espécie. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Viçosa, 1958, Silva Neto s.n. (RB ). SÃO PAULO. Caieiras: P. E. Cantareira, 18 I 2000,? s.n. (SPSF 26307). Mairiporã: P. E. Cantareira, 7 VI 2005,? s.n. (SPSF 34749). Billbergia pohliana Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Pohl 5508 (Holótipo: W, destruído). Tipificada pela descrição original e ilustração. Distribuição geográfica: MG. Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, conhecida, além do material-tipo, por apenas uma coleta, realizada em 1919 no município de Coronel Pacheco, Minas Gerais. Durante este projeto foram identificadas algumas populações na região de Rio Preto, Minas Gerais. Billbergia pohliana pertence a um grupo de espécies que apresentam inflorescência visivelmente composta e lepidota (esparsa ou densamente), flores sésseis ou curto-pediceladas e ovário muito maior que as brácteas florais. Apresenta muitas similaridades com Billbergia seidelii L.B. Sm. & Reitz e Billbergia reichardtii. Uma discussão mais detalhada à cerca da identidade destes táxons é apresentada na seção MINAS GERAIS. Coronel Pacheco: Água Limpa, 6 VII 1967, Pereira, E (HB). Água Limpa, 5 VI 1968, Pereira, E (HB). Estação Experimental de Café, 6 VI 1945, Heringer, E.P (SP). 6 VI 1945, Heringer, E.P (RB). Rio Novo: Fazenda Boa Esperança, 19 IV 1995, Leoni, L.S (GFJP). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Billbergia porteana Brongn. ex Beer, Fam. Bromel

101 81 Tipo: Brasil, Bahia, Morel em Paris Hortus s.n. (Holótipo: P?). Distribuição geográfica: BA, CE, DF, ES, MG, MT, PB, PI, SP, RJ. Espécie com ampla área de distribuição, ocorre no Paraguai, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Gaiotto (2005) indica a ocorrência para o estado do Rio de Janeiro, mas não cita o material de herbário examinado. Smith & Downs (1979) indicam dúvidas quanto à procedência do material coletado por Weir (K), se a ocorrência é para São Paulo ou Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira ocorre apenas no estado de Minas Gerais. Conforme já discutido, assemelha-se a Billbergia alfonsijoannis. Monteiro & Forzza (dados não publicados) citam o material Martinelli et al (RB, GFJP), como B. alfonsijoannis. B. porteana também apresenta afinidades com B. zebrina, semelhança já observada por vários autores. Smith & Downs (1979) basearam a separação destes táxons principalmente no formato do ovário, cilíndrico em B. porteana e turbinado em B. zebrina. Gaiotto (2005) também utiliza este caracter na distinção das espécies na chave, mas, embora não comentado, nas ilustrações apresentadas neste trabalho, notam-se diferenças significativas no tamanho e formato das brácteas florais e ornamentação das sépalas. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, em torno de 1200 m de altitude. Floresce entre dezembro e março. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra do Brigadeiro, 27 III 1994, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Orquidário F. C. Hoehne, 22 III 1989, Leoni, L.S. 730 (GFJP). Caxambu: Sampaio 6042 (RB). Caxambu: III 1929, Sampaio, A. J. W.? 6042 (R). Corinto: Mexia 5563 (RB). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 8 XII Viçosa: Universidade Federal de Viçosa - Vila Gianeti, 14 II 2002, Paula, C.C. s.n.(vic 26372). Águas de Contendas: Saint-Hilaire A-143 (p.p.) (RB). Billbergia pyramidalis (Sims) Lindley, Bot. Reg. 13: sub pl Basiônimo: Bromelia pyramidalis Sims, Bot. 42: pl Tipo: Sims Hortus s n. Description and plate. Distribuição geográfica: BA, PA, RJ. Billbergia pyramidalis ocorre na Venezuela, leste das Índias e Brasil. O padrão de distribuição da espécie para o Brasil é curioso, pois ocorre em áreas geograficamente distantes.

102 82 Na Serra da Mantiqueira é registrada apenas para a região de Itatiaia, Rio de Janeiro. Apresenta uma extensa lista de sinônimos, o que demonstra a ampla variação morfológica do táxon. A espécie caracteriza-se pelas folhas densamente escamosas, que formam faixas transversais mais claras, inflorescência simples, rósea, com grande quantidade de escamas, dando aspecto aveludado e brácteas superiores do escapo bem desenvolvidas, vistosas, imbricadas e eretas. No espécime analisado não há dados referentes ao ambiente, hábito, altitude e floração. Ocorre em unidade de conservação. RIO DE JANEIRO. Itatiaia, Luetzelburg, V. s.n. (RB -). Billbergia reichardtii Wawra, Oesterr. Bot. Z., 30: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Wawra II-197 (Holótipo: W, destruído). Brasil, Minas Gerais, de Juiz de Fora para a serra da Mantiqueira, Warming 2172 (Neótipo: C). Distribuição geográfica: ES, MG. Billbergia reichardtii é conhecida por apenas uma coleta em Guiomar, no estado do Espírito Santo, realizada há mais de 60 anos e para áreas da Serra da Mantiqueira, no estado de Minas Gerais. Conforme já mencionado forma um complexo de espécies com Billbergia pohliana e Billbergia seidelii. Os comentários sobre está espécie encontram-se na seção ESPÍRITO SANTO. No sopé da Serra do Caparaó, 25 I 1972, Heringer, P (HB). MINAS GERAIS. Coronel Pacheco: Gomes, V. 62 (HB). Gomes, V. 62 (RFA). Antiga Fazenda Água Limpa, 26 VI 1996, Leme, E.M.C (HB). Juiz de Fora: Serra da Mantiqueira, 20 VI 1863, Warming, E (SEL). Wawra II-197 (RB). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Billbergia sanderiana E. Morren, Belgique Hort. 34: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Sander 1 (Holótipo: LG). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ.

103 83 Espécie conhecida por poucas coletas no Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada apenas para o município de Tombos, Minas Gerais. Caracteriza-se pela inflorescência composta, lepidota, lâminas foliares com espinhos muito conspícuos, flores sésseis e pelas pétalas verde-amareladas com ápice azul. Conforme já mencionado assemelha-se a Billbergia elegans. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 270 m de altitude. Não há dados sobre o período de floração, o exemplar analisado, coletado no mês de julho, apresenta inflorescência passada. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Tombos: estrada Tombos-Pedra Dourada, 29 VII 1986, Leitman, M. 181 (RB). Billbergia saundersii W. Bull, Gard. Chron. n.s. 1: Tipo: Saunders Hortus s.n. ( Clonótipos : MO, NY, US). Distribuição geográfica: BA, MG. Billbergia saundersii era conhecida apenas para o estado da Bahia. Versieux (2005) registra ocorrência para o estado de Minas Gerais, município de Tombos, localizado na porção noroeste da Serra da Mantiqueira. Este táxon é considerado por alguns autores, como Smith & Downs (1979) como um sinônimo de Billbergia chlorosticta Saunders Hortus. Versieux (2005) relata que as ilustrações disponíveis nesta obra apresentam diferenças significativas, e aponta a necessidade de estudos mais aprofundados com estes táxons. A espécie caracteriza-se pelas folhas estreitas, agudas, brácteas escapais muito mais longas que largas, delgadas e flores distintamente pediceladas com brácteas florais normalmente ultrapassando a tamanho das flores. Cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica a cerca de 270 m de altitude. Floresce em julho. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS; Tombos: 29 VII 1986, Leitman, M. 166 (RB).

104 84 Billbergia tweedieana var. tweedieana Baker, Handb. Bromel Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Tweedie 1313 (Holótipo: K). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Billbergia tweedieana var. tweedieana é restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira há apenas um registro no município de Carangola, Minas Gerais para a variedade típica. Nesta mesma área há indicações para Billbergia var. latisepala, a outra variedade atualmente aceita. De uma maneira geral B. tweedieana var. tweediena é bem delimitada, sendo facilmente reconhecida mesmo após a herborização. Caracteriza-se principalmente pela inflorescência ereta, subcorimbosa, geralmente com ramos alongados e brácteas escapais grandes, fortemente imbricadas, ocultando o escapo. Smith & Downs (1979) utilizam basicamente o tamanho da planta e das sépalas para a separação das variedades, com plantas de até 2 m de altura e sépalas de mm na variedade típica e plantas menores de até 1 m de altura e sépalas com no máximo 13 mm na variedade latisepala. Nos exemplares examinados não foi possível delimitar seguramente as variedades, visto que parecem ocorrer variações, dependendo do ambiente em que os materiais foram encontrados. Optou-se em manter as identificações constantes nas etiquetas, destacando-se a importância de um estudo mais detalhado para uma delimitação mais consisa destas variedades. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 400 m de altitude. Floresce em outubro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Carangola: rio Carangola, 4 X 1988, Leoni, L.S. 464 (RB). Billbergia tweedieana var. latisepala L. B. Sm., Smithson. Misc. Collect. 126: Tipo: Brasil, Cantagallo, (Guanabara), Glaziou 15476, 24 aug (Holótipo: GH, Isótipos: P, US). Distribuição geográfica: MG, RJ.

105 85 Esta variedade era registrada apenas para o estado do Rio de Janeiro. Foi reportada para Minas Gerais por Leoni & Trindade (2006) para os municípios de Carangola e Alto do Caparaó. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, entre 500 e 1000 m de altitude. Floresce, assim como a variedade típica, no mês de outubro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Coronel Pacheco: Água Limpa, 24 X 1968, Pereira, E (HB). Viçosa: fazenda Crissiuma, 21 X 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (VIC 2013). Fazenda Crissiuma, 21 X 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (RB 2013). 21 X 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (RB). Billbergia vittata Brongn., Portef. Hort. 2: Tipo: Morel Hortus s.n. ( Clonótipo : P). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Billbergia vittata é bem representada nas coleções de herbários. Ocorre somente no Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é referida para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Caracteriza-se pela roseta tubular, lâminas com grandes espinhos negros, inflorescência levemente recurvada, composta na base, intensamente colorida. Conforme já mencionado, assemelha-se a B. lymanii. Segundo Versieux (2005), no material herborizado, a bainha foliar e o ápice das pétalas mantêm uma coloração arroxeada forte e as lâminas foliares podem manter as faixas transversais esbranquiçadas na face adaxial. Nos materiais analisados neste trabalho notase grande variação quanto ao número de flores nas inflorescências e tamanho das brácteas escapais e primárias, todavia com base nas características apontadas acima é possível o reconhecimento da espécie. Cresce como epífita ou terrícola, em áreas de Mata Atlântica, em ambientes variados, entre 800 e 1500 m de altitude. Floresce ao longo de todo o ano (dezembro a agosto) com concentração entre fevereiro e abril. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Alto Caparaó: Parque Nacional, 27 IV 1996, Leoni, L.S (HB). Parque Nacional do Caparaó, 3 VI 2006, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 20 V 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 21 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 I 1996, Paula, C.C (VIC). Córrego Serrinha - Parque Estadual, 31 III

106 , Leoni, L.S (GFJP). Barbacena, VI 1981, Moutinho 41 (HB). Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 27 IV 1996, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Serra da Araponga, II 1992, Leoni, L.S (GFJP). Serra da Araponga - Fazenda Santa Clara, II 1992, Leoni, L.S. s.n. (GFJP 1842). Ervália: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 8 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Rio Preto, Strang, H.E. 665 (RB). Santa Luzia: Sampaio 6905 (RB). RIO DE JANEIRO. Parque Nacional do Itatiaia, 28 VIII 1964, Mee, M. s.n. (R ). Itatiaia: Serra do Itatiaia, Parque Nacional, 28 VIII 1964, Mee, M. s.n. (NYBG ). Parque Nacional do Itatiaia, Mee, M. s.n. (SP 80052). Foster, M.B. 125 (RB). Canela, M.B.F. 49 (R). Billbergia zebrina (Herb.) Lindl., Bot Reg. 13: t Basiônimo: Bromelia zebrina Herb., Bot. Mag. 53: t Tipo: Lindley Hortus s.n. ( Clonótipo : K). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Billbergia zebrina tem ocorrência registrada para o Paraguai, Uruguai, noroeste da Argentina, Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira ocorre em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Conforme já mencionado apresenta afinidades com B. alfonsijoannis e B. porteana. Percebe-se que este epíteto aparece com maior freqüência nas coleções, possivelmente pela adoção desta identificação, por grande parte dos botânicos, para designar exemplares do subgênero Helicodea, que apresentam inflorescências simples, densas, escapo conspicuamente farinoso, brácteas rosadas e pétalas fortemente revolutas na antese. Nos materiais herborizados torna-se praticamente impossível a distinção destes táxons, sendo assim, neste trabalho foram considerdas as identificações contidas nas etiquetas. Cresce essencialmente como epífita, apenas um registro indica hábito rupestre. Habita áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 350 e1000 m de altitudes. Floresce de agosto a março. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Morro do Ferro, 15 I 1994, Souza, V.C (SPF). Barroso: Mata do Baú, 27 II 2001, Assis, L.C.S. 19 (CESJ). Carangola, 22 III 1989, Leoni, L.S. 730 (RB). Carrancas: Toca da Ponte, 10 XI 1998, Simões, A.O. 416 (UEC). Cataguases, Martinelli, G (RB). Coronel Pacheco: Água Limpa, 6 VII 1967, Pereira, E (HB). Água Limpa, 24 II 1968, Pereira, E (HB). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 20 IV 2002, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 20 IV 2002, Forzza, R.C (MBM). Reserva Biológica da Represa do Grama, 26 I 2002, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 26 I 2002, Forzza, R.C (BHCB). Reserva Biológica da Represa do Grama, 26 I 2002,

107 87 Forzza, R.C (MBM). Guaraciaba: Represa da Brecha, IV 2001, Paula, C.C. s.n. (VIC 25946). Muriaé: Cultivada no horto botânico da UFV, V 2001, Paula, C.C. s.n. (VIC 25946). Ponte Nova, 4 VIII 1996, Paula, C.C (VIC). Porto Firme: vale do rio Piranga, 12 X 1996, Paula, C.C (VIC). Rio Preto, 4 III 2004, Schuchter, V. 13 (CESJ). Funil, Serra da Caveira D'Anta, 21 II 2004, Assis, L.C.S. 967 (CESJ). Serra do Funil - Fazenda Tiririca, 11 IX 2004, Matozinhos, C.N. 91 (CESJ). São João Nepomuceno: Serra dos Núcleos, 12 II 2003, Valente, A. 258 (CESJ). Águas de Contendas, Saint-Hilaire s.n. (RB -). SÃO PAULO. Amparo: Monte Alegre, 27 III 1943, Kuhlman, M. 408 (SP). Lorena, Delforge, R.V. s.n. (RB -). 20 I 1924, Delfange, H (RB). Monte Alegre do Sul, Kuhlmann, J.G. 408 (RB). São João da Boa Vista, Mosén, H (RB). Bromelia antiacantha Bertol., Virid. Bonon. Veg Tipo: Tipificada pela descrição e ilustração. Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Bromelia antiachantha ocorre no Paraguai, Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira há registros da espécie para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Caracteriza-se pelo grande porte, folhas com espinhos conspícuos, antrosos e retrorsos, que se tornam vivamente vermelhas na porção basal-central durante a floração, inflorescência composta e grandes frutos (bagas) amarelos. Assemelha-se intimamente a B. balansae. Smith & Downs (1979) relatam que B. antiacantha propaga-se por rizomas curtos, possui folhas que podem atingir até 3 m de altura, sendo as bainhas das folhas mais externas subtriangulares e das mais internas elípticas, inflorescência subcilíndrica densa ou sublaxa, brácteas florais mais curtas que o ovário, sépalas não carenadas e pétalas curtamente conadas (vs. propagação por estolão, folhas com cerca de 1m de altura, bainhas elípticas, inflorescência paniculada e densamente cilíndrica, brácteas florais maiores que o ovário, sépalas carenadas e pétalas conadas por até 0,8mm em B. balansae). Reitz (1983) destaca, além destas características, os ramos da inflorescência distintos e as flores racemosas em B. antiacantha e ramos da inflorescência abortivos e flores fasciculadas em B. balansae. Nos materiais analisados foi possível diferenciar estes táxons baseando-se principalmente na forma da inflorescência. Cresce essencialmente como terrícola, em áreas de Mata Atlântica e Cerrado, entre 400 e 1500 m de altitude. Floresce de outubro a janeiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Carangola: Cultivada como cerca viva, 30 XII 1992, Leoni, L.S (HB). Extrema: Serra do Lopo - Trilha Pico dos Cabritos, 20 IV 2004, Trindade-Lima, T. 10 (HME). Manhuaçu: São Pedro do Avaí, 4 XII 1995, Wendt, T. 319

108 88 (RB). Rio Preto: Estrada para o Vilarejo do Funil, 28 I 2007, Trindade-Lima, T. 227 (CESJ). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, Smith, L.B (RB). SÃO PAULO. Morro do Jaraguá, 15 XI 1929, Hoehn, M. sem n º (SP). Jaraguá, Hoehne s.n. (RB -). Jundiaí: Serra do Japi - Trilha do Mirante, 18 VII 1995, Pirani, J.R (SP). São José dos Campos, 15 I 1962, Mimure, I. 206 (SP). 2 VI 1961, Eiten, G (SP). 3 V 1962, Mimura, I. 357 (SP). São Roque, Everetti s.n. (RB -). Bromelia balansae Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Paraguai, Balansa 608 (Holótipo: G). Distribuição geográfica: AM, DF, GO, MG, MT, PA, PR, SC, SP, RS. Bromelia balansae ocorre no nordeste da Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai e Brasil, principalmente em áreas de Cerrado. Na Serra da Mantiqueira há poucos registros, todos para o estado de Minas Gerais, em áreas disjuntas, na região norte da serra e no extremo sul. Conforme já mencionado assemelha-se a B. antiacantha. A espécie caracteriza-se pelo aspecto mais compacto, quando comparada a B. antiacantha, maior proporção de folhas que se tornam vermelhas durante a floração e, de uma maneira geral, flores mais vistosas. Cresce como terrícola, ocasionalmente rupícola (apenas um indivíduo observado vegetando na forquilha de uma grande árvore), em áreas de Mata Atlântica, entre 900 e 1500 m de altitude. Floresce de outubro a fevereiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Grama - Fazaenda Neblina (PESB)., 17 XI 1999, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Perímetro urbano, 30 XII 1992, Leoni, L.S (GFJP). Distrito de Bom Jesus da Madeira, 15 VIII 1992, Leoni, L.S (GFJP). Bromelia regnellii Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Caldas, Regnell II-285 (Holótipo: B, Isótipos: S, US). Distribuição geográfica: BA, DF, GO, MA, MG, MT, PA, RO, SP. Espécie com ampla área de distribuição no Brasil. Na Serra da Mantiqueira é registrada apenas pelo material tipo, coletado na região de Caldas em Minas Gerais.

109 89 Bromelia regnellii caracteriza-se pelas bainhas largas, densamente cobertas por esacamas marrons, escapo relativamente curto, com longas brácteas, que algumas vezes ultrapassam a altura da inflorescência. Cresce como terrícola, em áreas de Mata Atlântica a cerca de 1100 m de altitude. O material-tipo apresenta flores e foi coletado no mês de novembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caldas, 16 XI 1878, Regnell, A.F. 285 (US). Regnel, A. II-1258 (p.p.) (RB). Canistropsis marceloi (E. Pereira & Moutinho) Leme, Canistropsis, Bromel. Mata Atl., Basiônimo: Neoregelia marceloi E. Pereira & Moutinho, Bradea 3 (12): 89-90, est. 1, fig. C, foto ; marcelli. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Serra do Itatiaia, Visconde de Mauá, 13 fev. 1980, M. C. Araújo 9. (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: MG, RJ. Canistropsis marceloi é endêmica da Serra da Mantiqueira. A espécie era conhecida apenas para a Serra do Itatiaia, na região de Visconde de Mauá, no estado do Rio de Janeiro. Durante este trabalho foi encontrada uma pequena população no município de Rio Preto, em Minas Gerais. Este é o único registro do gênero para este estado e para Serra da Mantiqueira. O posicionamento genérico deste táxon foi dificultado ao longo dos anos, por este apresentar características destoantes, podendo ser enquadrado tanto no gênero Neoregelia, quanto no subgênero Canistropsis de Nidularium. Leme (1998) elevou o subgênero Canistropsis a categoria de gênero. Segundo este autor Canistropsis marcelloi pertence a este gênero pela propagação vegetativa por estolhos longos, inflorescência ultrapassando as bainhas foliares, pétalas mais ou menos patente-flascidentes após a antese e pelas características da anatomia foliar e pólen. A espécie caracteriza-se pelas folhas densamente lepidotas, principalmente na face abaxial, que a torna intensamente prateada, inflorescência composta (assim como Neoregelia fosteriana e Neoregelia lymaniana) e brácteas florais e sépalas vivamente vermelhas. A distinção de Canistropsis marceloi de Neoregelia fosteriana e Neoregelia lymaniana baseia-se em todas as

110 90 características indicadas acima para o gênero Canistropsis. Leme (1998) indica proximidade morfológica com Canistropsis burchelli que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Cresce exclusivamente como rupícola ou saxícola, em áreas úmidas da Mata Atlântica e Campos Rupestres, em torno de 1000 m de altitude. Há indícios de floração nas etiquetas dos exemplares analisados para os meses de janeiro, fevereiro, maio, agosto e dezembro. Leme (1998) relata não haverem dados seguros sobre a floração da espécie na natureza. Os materiais coletados durante este trabalho apresentavam flores no mês de janeiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Rio Preto, Trilha para o Cânion, Trindade-Lima, T. 233 (SP). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, Strang, H.E. 956 (RB). 31 V 1995, Braga, J.M.A (RB). 24 V 1935, Brade, A.C (RB). 24 II 1936, Brade, A.C (RB). 21 II 1936, Brade, A.C (RB). Itatiaia: 24 II 1936, Brade, A (RB). Taquaral, 21 II 1936, Brade, A (RB). Visconde de Mauá, VIII 1985, Leme, E.M.C. 717 (RB). Canistrum auratum Leme, Pabstia 4(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Manhuaçu, Seidel, A fl. cult. Leme, E.M.C (Holótipo: HB. Isótipos: RB, SEL). Distribuição geográfica: BA, MG. O único registro deste material para a Serra da Mantiqueira é do material-tipo, que foi coletado por Alvim Seidel próximo ao município de Manhuaçu, em Minas Gerais. Leme (1997a) relata que a ocorrência desta espécie não é compatível com a distribuição do gênero, no entanto a existência de um exemplar procedente de uma região de Mata Atlântica úmida do município de Una, no sul da Bahia, gera questionamentos sobre a real área de distribuição geográfica da espécie. Canistrum auratum pertence ao subgênero Cucullanthus e caracteriza-se pelas lâminas foliares sublineares, brácteas primárias amarelo-ouro e pétalas amarelas. Segundo Leme (1997a) é uma das espécies mais curiosas deste subgênero, com características polínicas divergentes das demais espécies e similares as espécies do gênero Nidularium, senso latu (Halbritter & Till, inéd. in Leme 1997a). Habita área de Mata Atlântica. Não há dados disponíveis a cerca da altitude e hábito da

111 91 espécie. O material tipo floresceu em cultivo no mês de dezembro e um outro material suplemententar utilizado pelo autor da espécie, floresceu em fevereiro. Este período de floração é compatível com o de outras espécies do gênero (Leme 1997a). Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Manhuaçu, XII 1990, Seidel, A (HB, RB). XII 1990, Seidel, A (SEL). Leme, E.M.C (RB). Seidel, A. s.n. (RB ). Canistrum cyathiforme (Vell.) Mez in Mart. Eichler & Urb. Fl. bras. 3(3): Basiônimo: Tillandsia cyathiformis Vell., Fl. flum Tipo: Lectotipificada pela ilustração de Vellozo em Icon. 3: t. 144, Fl. flum. 1831, designado por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: BA, MG, PR, RJ, SC, SP. A espécie foi recentemente restabelecida por Wanderley et. al (2007), que adotam o conceito de Mez (1891), seguido por Smith & Downs (1979). Segundo estas autoras as características consideradas disgnósticas por Leme (1997a), que propôs a transferência desta espécie do gênero Canistrum, para o gênero Wittrockia, não são suficientes para a segregação, uma vez que há um contínuo na variabilidade dos caracteres. Canistrum cyathiforme assemelha-se a C. giganteum, podendo ser diferenciado pelo maior comprimento do escapo, brácteas primárias com espinhos marginais mais uniformemente dispostos em direção ao ápice, ramos externos, sépalas e ovário menores e pelas pétalas e estigmas amarelo-ouro (Leme 1997a). Cresce como epífita ou terrícola em área de Mata Atlântica, entre 800 e 1200 m de altitude. Floresce de outubro a abril. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Alto Caparaó, IX 1996, Souza, V.C (ESA). Caldas: Pedra Branca, X 1861, Regnell, A.F (US). Regnel, A. III-1259 (RB). Camanducaia: fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (BHCB). fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (RFA). Delfim Moreira: fazenda Córrego Alegre, 22 IV 1939, Kuhlmann, M. s.n. (SP). Pouso Alegre, 7 VIII 1928, Salvador, J (NYBG). 7 VIII 1928, Salvador, J. s.n. (SP 40258). Santa Rita de Ouro Preto, 20 VI 1894, Schwacke, P (RB). RIO DE

112 92 JANEIRO. Cabeceiras do Rio Funil, 8 XI 1956, Kuhlman, M (SP). Posse, 7 V 1968, Sucre, D (RB). SÃO PAULO. Cantareira, 28 VI 1919, Hoehne, F.C. s.n. (SP 3370). Amparo: Monte Alegre- Margem do Rio Camanducaia, 26 VIII 1943, Kuhlmann, M. 981 (SP). Atibaia, Bernacci, L.C (ESA). Parque Municipal da Grota Funda, Bernacci, L.C. s.n. (FUEL 13620). Campos do Jordão, 10 IV 1992, Buzato, S. s.n. (SP ). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (SP). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (SP). I 1996, Leme, E.M.C (RB). VI 1987, Menescal, R. s.n. (RB -). Canistrum giganteum (Baker) L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 2: 118, fig Basiônimo: Nidularium giganteum Baker, J. Bot. 18: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Glaziou (Holótipo: K, Isótipo R). Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Espécie restrita ao Sudeste brasileiro. Pode-se dizer que o centro de distribuição deste táxon é a Serra da Mantiqueira, uma vez que a maioria das populações conhecidas ocorre em seus limites. Canistrum giganteum foi considerado por Leme (1997a) como um dos integrantes do gênero Wittrockia Lindman. Wanderley et. al (2007) revalidaram a proposta de Smith (1950) considerando a espécie como pertencnete ao gênero Canistrum. A espécie caracteriza-se pelo grande porte, folhas com espinhos muito pronunciados, geralmente com uma mancha vermelha no ápice e inflorescência normalmente com escapo curto, não ultrapassando as bainhas foliares. Conforme já discutido assemelha-se a Canistrum cyathiforme. Cresce como epífita, terrícola ou rupícola, em áreas da Mata Atlântica, de 700 a 2200 m de altitude. A floração ocorre de novembro a abril, apenas um registro indica florescimento em julho. Paula (1998) indica floração entre novembro e janeiro, Leme (1997) entre abril e agosto, o que demonstra grande variação no período de floração desta espécie. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra do Pico, 10 IV 1879, Glaziou, A (US). Serra da Mantiqueira, VII 1895, Magalhães, H (R). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 1 IX 1996, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 13 XI 1995, Paula, C.C (VIC). Carangola: Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 16 V 1993, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB). Itamonte, Foster, M.B. 128 (RB). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 27 XII 1989,

113 93 Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 10 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). 22 XI 2004, Forzza, R.C (RB). 10 III 2004, Forzza, R.C (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 29 (RB). Martinelli, G (RB). Passa Quatro, 23 III 1921, Zikán, J.F. s.n. (SP 5382). Rio Preto: Serra do Funil - Ninho da Égua, 25 IV 2005, Matozinhos, C.N. 183 (CESJ). VIII 1985, Leme, E.M.C. 707 (RB). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, IX 1934, Brade, A.C (RB). Resende: Parque Nacional do Itatiaia, 31 VII 1966, Eiten, G B (SP). SÃO PAULO. Lavrinhas: Vale do Ribeirão do Braço, 6 II 1995, Kinoshita, L.S (SP). Canistrum lindenii (Regel) Mez in Mart., Eichler & Urb., Fl. Bras. 3(3): Tipo: Comte de Germiny s.n. (Lectótipo: LG). Distribuição geográfica: ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP. s Canistrum lindenii ocorre no leste brasileiro, do estado do Espírito Santo até Santa Catarina. Na Serra da Mantiqueira é referida apenas para Minas Gerais. A espécie era considerada por Leme (1997) como integrante do gênero Edmundoa Leme. Este gênero foi recentemente sinonimizado em Canistrum por (Wanderley et. al 2007), sendo a espécie restabelecida em Canistrum. As autoras não consideram nesta proposta as variedades, que eram até então aceitas. Na Serra da Mantiqueira todos os matérias analisados foram coletados em Minas Gerais e identificados como pertencentes à variedade rosea, que caracterizava-se, principalmente, pelas brácteas primárias de coloração rosa a avermelhada. Cresce essencialmente como rupícola em áreas de Mata Atlântica, entre 800 e 1000 m de altitude. Floresce em abril. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Carangola: Serra da Grama, 19 V 1991, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Cryptanthus regius Leme, Journal of the Bromeliad Society 57(6) Tipo: Minas Gerais, Tiradentes em direção a São João Del Rey, Serra de São José, near Marco Zero da Estrada Real, ca. 1,000 m elev., 26 Jul. 2004, E. Leme 6372, fl. cult Holotype: HB. Distribuição geográfica: MG.

114 94 Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, descrita recentemente e, até o momento, conhecida somente para a região de São João del Rei e Tiradentes, em Minas Gerais. Segundo o autor da espécie, assemelha-se intimamente a Cryptanthus schwackeanus, diferindo pela roseta com um maior número de folhas (15-18), lâminas foliares mais longas e largas (14-17 x cm), fascículos basais com mais flores (4), sépalas maiores (8-9,5 cm) e pétalas sem calosidades (vs. roseta foliar com menor número de folhas (10-15), lâminas foliares menores e mais estreitas (4-11 x 0,7-1,3 cm), fascículos basais com menos flores (2), sépalas menores (6-7 cm) e pétalas com calosidades em C. schwackeanus). Cresce como rupícola em áreas de Campos Rupestres, a cerca de 1000 m de altitude (Leme 2008). Não há dados sobre o período de floração do táxon. Não ocorre em unidade de conservação. Cryptanthus schwackeanus Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Itabira, pico de Itabira do Campo, Glaziou (Lectótipo: B. Isolectótipo: P). Distribuição geográfica: MG, SP. Cryptanthus schwackeanus é referido por Smith & Downs (1979) para o estado de Minas Gerais e São Paulo. Para Minas Gerais é freqüente no quadrilátero ferrífero (Versieux 2005) e registrado também para regiões da Serra do Espinhaço e Serra da Mantiqueira. Em São Paulo é conhecido por apenas uma coleta procedente do município de Atibaia, localizado na Serra da Mantiqueira. Morillo (1996) não confirma a ocorrência da espécie para este estado. Na monografia das Bromeliaceae para a Flora de São Paulo, elaborada por Wanderley & Martins (2007), não é relatada a ocorrência deste gênero. Os materiais referidos para a porção mineira da Serra da Mantiqueira, exceto o exemplar procedente do município de Santa Rita, apresentam grandes similaridades com uma espécie recém descrita para a mesma região, Cryptanthus tiradentensis, havendo grande probabilidade de não tratarem de Cryptanthus schwackeanus. Nas observações da etiqueta de um dos exemplares é indicada a presença de escamas na face adaxial das folhas, característica não apresentada por Cryptanthus schwackeanus. Deste modo, a presença da espécie para a Serra da Mantiqueira é duvidosa. Neste trabalho optou-se em manter as identificações contidas nas etiquetas, uma vez que não foram realizados estudos mais

115 95 aprofundados. Destaca-se a necessidade de uma avaliação mais minuciosa, a fim de se estabelecer a real área de ocorrência deste táxon. A espécie é amplamente variável, mostrando grandes variações no que concerne ao tamanho e coloração das folhas. Morillo (1996) relata que em condições de cultivo, plantas procedentes de diferentes populações e de porte variável, adquiriram dimensões similares. De uma maneira geral Cryptanthus schwackeanus caracteriza-se pelas folhas não constrictas em direção a base, glabras na face adaxial, espinhos conspícuos, longos e inflorescência com poucas flores. Conforme já mencionado assemelha-se a Cryptanthus regius. Também apresenta similaridades com Cryptanthus tiradentensis, discutida abaixo. Cresce como rupícola ou saxícola em áreas de Cerrado, Campos Rupestres e afloramentos rochosos da Mata Atlântica, a cerca de 800 m de altitude. Floresce em janeiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Santa Rita, 13 I 1993, Baker, W (HB). São João Del Rei: XII 1893, Schwacke, P. s.n. (RB -). Tiradentes: 19 VII 1978, Martinelli, G (RB). SÃO PAULO. Atibaia: 2 I 1942, Gehrt, A. s.n.(sp 46304). Cryptanthus tiradentesensis Leme, Journal of the Bromeliad Society 57(6) Tipo: Minas Gerais. Tiradentes, Serra de São José, vertente sul, Caminho dos Escravos, ca. 1,200 m elev., 23 July 2003, E. Leme Holotype: HB. Distribuição geográfica: MG. Cryptanthus tiradentesensis assim como Cryptanthus regius foi descrito recentemente, sendo indicado apenas para o município de Tiradentes, em Minas Gerais. Durante este trabalho foram reconhecidas algumas populações no município de São Tomé das Letras. A espécie é endêmica da Serra da Mantiqueira. Assemelha-se a Cryptanthus schwackeanus, diferindo, segundo o autor da espécie, pelas folhas densamente a subdensamente branco lepidotas em ambos os lados, sépalas maiores (8-10mm) e pétalas sem calosidades (vs. folhas glabras adaxialmente, sépalas menores (6-7mm) e pétalas com calosidades (Leme 2008).

116 96 Cresce como rupícola ou saxícola em áreas de Campos Rupestres, entre 700 e 1400 m de altitude (Leme 2008). Floresce no mês de dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. São Tomé das Letras. Escola Municipal João Cota, 21 XII 2007, Trindade-Lima, T. 241 (SP). Dyckia argentea Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Glaziou 17280a (Holótipo: B, Isótipo: P). Distribuição geográfica: MG. Dyckia argentea é endêmica da Serra da Mantiqueira, com ocorrência registrada para a Serra de São José, no município de Tiradentes, em Minas Gerais. Versieux (2005) indica que alguns exemplares procedentes de São Tomé das Letras apresentam semelhanças com esta espécie. Durante este trabalho foram observadas algumas populações em São Tomé das Letras, Minas Gerais com características compatíveis a Dyckia argentea, diferindo somente pelo maior comprimento do pedicelo, brácteas florais e sépalas (quando comparado a descrição original). Smith & Downs (1974) utilizam como características distintivas desta espécie na chave, as brácteas florais pequenas e inconspícuas, não cobrindo as sépalas e folhas densamente escamosas pelo menos inicialmente. Com relação às outras espécies do gênero ocorrentes na Serra da Mantiqueira, Dyckia argentea pode ser caracterizada pelas folhas carnosas, lepidotas, espinhos conspícuos, com base esverdeada e avermelhados em direção ao ápice, escapo glabro, levemente verde-avermelhado, brácteas escapais diminutas, serreadas, pedicelos com a mesma coloração do escapo e brácteas florais não ultrapassando o tamanho das sépalas. A espécie cresce como saxícola ou rupícola em áreas de Campos Rupestres, entre 1300 e 1400 m de altitude, geralmente em populações esparsas. Floresce de outubro a abril. As populações de São Tomé das Letras foram observadas com frutos no mês de dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. São Thomé das Letras: 30 X 1984, Pirani, J.R. CFCR 5737 (SP). X 1998, Reis, C.L. 123 (BHCB). 10 XI 1986, Farney, C (RB). 1 VII 1987, Shepherd, G.J. s.n. (RB ). 17 X 1987, Gavilanes, M.L (ESAL). 28 X 1990, Martins, M. s.n. (ESAL 11907). 21 VII 1978, Martinelli, G (RB). 13 VII 1950, Brade, A (RB). 1 VII 1987, Semir, J (UEC). 1 VII 1987, Kinoshita, L.S (UEC).

117 97 Caminho para o Pico do Peão (Sobradinho), 22 XII 2007, Trindade-Lima, T. 251 (SP). Tiradentes: I 1994, Giulietti, A.M. s.n. (ESA 25724). 3 X 1987, Peron, M. 336 (RB). 12 VII 1989, Alves, R.J.V. 626 (RB). 12 IX 1989, Alves 731 (RB). Dyckia bracteata (Wittm.) Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Basiônimo: Dyckia dissitiflora var. bracteata Wittm., Bot. Jahrb. Syst. 13 (29): Tipo: Brasil, Minas Gerais, serra do Ouro Branco, Schenck 3510 (Lectótipo: B). Distribuição geográfica: MG. s Dyckia bracteata é endêmica do estado de Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira é registrada essencialmente para o Parque Nacional do Caparaó, com apenas uma coleta para a região do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. O holótipo da espécie foi destruído, o lectótipo designado se constititui de, provavelmente, brácteas da base do escapo e apenas uma flor, não possibilitando a visualização do hábito do táxon, e consequentemente dificultando sua caracterização. Nota-se grande divergência quanto às identificações dos materiais herborizados, sendo a espécie comumente identificada como D. cinerea e D. minarum, ambas com ocorrência registrada para o Parque Nacional do Caparaó. D. bracteta se caracteriza pelas brácteas florais maiores que as flores e pela presença de indumento ferrugíneo no escapo e na raque, o que a difere de D. cinerea que possui indumento cinéreo e brácteas florais inferiores apenas igualando o tamanho das flores. Em relação à Dyckia minarum, pode ser diferenciada pelo indumento ferrugíneo (vs. indumento paleáceo) e pelas flores mais concentradas no ápice da inflorescência (vs. flores laxamente distribuídas ao longo do escapo). Vale ressaltar que Smith & Downs (1974) indica inflorescência paniculada ou pseudoracemosa para Dyckia bracteata e inflorescência simples para Dyckia minarum. Durante este trabalho foram observadas populações no Parque Nacional do Caparaó, com inflorescência simples, densamente ferrugínia-lanuginosa (inclusive escapo) e brácteas florais igualando ou brevemente excedendo as sépalas. A espécie cresce como rupícola ou saxícola em áreas de Campos Rupestres e Campos de Altitude, entre 1000 e 2500 m de altitude (mais comumente em cotas próximas a 2000 m). Floresce entre setembro e fevereiro. Ocorre em unidade de conservação.

118 98 MINAS GERAIS. Parque Estadual do Brigadeiro, 15 X 1993, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, 19 XI 1988, Krieger, L. FPNC 0540 (CESJ). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 19 XI 1988, Krieger, L (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 19 XI 1988, Krieger, L (SPF). Serra do Caparaó, IX 1941, Brade, A.C (RB). Serra do Caparaó, IX 1941, Brade, A.C (US). Serra do Caparaó, 15 XI 1960, Flaster, B. 115 (HB). Serra de Caparaó, 8 III 1917, Lutz, A (R). Parque Nacional do Caparaó, 21 IX 1988, Krieger, L. 251 (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 21 IX 1988, Krieger, L. 251 (RB). Parque Nacional do Caparaó, 30 IV 1989, Krieger, L. 996 (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 1 IX 1996, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, XI 2004, Leoni, L.S (GFJP). II 2000, Souza, V.C (ESA). Alto do Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 15 I 2007, Trindade-Lima, T. 194 (SP). Parque Nacional do Caparaó, 15 I 2007, Trindade-Lima, T. 193 (SP). Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 7 II 1985, Lima, H.C (RB). Parque Nacional do Caparaó, 2 I 1993, Leoni, L.S (GFJP). Pico da Bandeira, 6 IX 1977, Shepherd, G.J (UEC). Martinelli, G (RB). Dyckia brevifolia Baker in Saunders, Refug. bot. 4: t Tipo: Tipificada por ilustração. Distribuição geográfica: MG, RJ, SC. Dyckia brevifolia é registrada para Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Smith & Downs (1974) referiram a espécie para o estado de São Paulo, no levantamento recente realizado por Forzza (2007) o táxon não é referido para este estado. Versieux (2005) cita dois materiais procedentes de Minas Gerais, ambos em áreas da Serra da Mantiqueira. Neste trabalho o espécime coletado por Reis, C.L. (nº123) é identificado como Dyckia argentea. A espécie caracteriza-se pelas folhas relativamente curtas (1-2 dm) e largas (25-35 mm), glabras na face adaxial, com nervuras evidentes e lepidota na face abaxial, brácteas escapais inferiores mais longas que os entrenós, as superiores muito mais curtas e inteiras, inflorescência simples, brácteas florais inferiores usualmente excedendo as flores, pedicelos conspícuos (2-4mm), pétalas amarelas (Smith & Downs 1974). Os materiais analisados, um deles já mencionado por Versieux (2005), possuem pétalas alaranjadas, divergindo das observações de Reitz (1983) para os exemplares de Santa Catarina. Durante a coleta realizada neste trabalho para a região de São Tomé das Letras, não foram encontrados espécimes com características compatíveis a este táxon. Cresce como saxícola em área de Cerrado e Campo Rupestre (de acordo com a etiqueta da exsicata), a cerca de 1300 m de altitude. Floresce no mês de setembro e novembro. Não ocorre em unidade de conservação.

119 99 MINAS GERAIS. São Tomé das Letras, 29 IX 1968, Monteiro, L. 132 (US). estrada para Baependi, 3 XI 1984, Mello-Silva, R. s.n. (SPF 37843). Dyckia cinerea Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Glaziou (Holótipo: B, Isótipo: K). Distribuição geográfica: MG. Espécie endêmica do estado de Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira a maioria das coletas são procedentes do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e do Parque Nacional do Caparaó. Conforme já mencionado a espécie é frequentemente confundida com D. bracteata. Umas das características mais marcantes do táxon é a presença, nas folhas, de grande quantidade de escamas, que ocasionam uma coloração fortemente cinérea às mesmas. A morfologia dos exemplares analisados mostrou-se amplamente variável, (tamanho e quantidade de escamas nas folhas, densidade e distribuição de flores na inflorescência e forma e comprimento das brácteas florais e escapais). Optou-se em manter a proposição adotada por Versieux (2005) para os espécimes procedentes da região do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (identificados geralmente como Dyckia weddelliana Baker), uma vez que não foram analisados exemplares vivos. No entanto aponta-se a necessidade de estudos mais aprofundados para o entendimento do grau de variação deste táxon. Dyckia cinerea cresce como rupícola ou saxícola em áreas de Campo Rupestres, Campos de Altitude e Mata Atlântica, entre 1000 e 1700 m de altitude. Floresce entre novembro e maio. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Grama - Sopé da Pedra do Pato, 20 I 1990, Leoni, L.S (GFJP). Serra de São Bento - PESB, 7 VII 1995, Leoni, L.S (GFJP). Abre Campo: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 I 1996, Paula, C.C (VIC). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 V 2000, Goldschmidt, A. 31 (VIC). Serra do Brigadeiro, 6 V 2000, Paula, C.C. s.n. (VIC 26687). Serra do Brigadeiro, 10 VIII 2000, Goldschmidt, A. 45 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 17 V 2001, Caiafa, A.N. 166 (CESJ). Caparaó: Serra do Caparaó, 14 XI 1960, Castellanos, A (US). Carangola: Morro da Torre? -, 28 VI 1994, Leoni, L.S (GFJP). APA da Torre,

120 100 2 X 2003, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: fazenda da Neblina, 21 VI 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 23 X 1996, Paula, C.C (VIC). Dyckia dissitiflora Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. veg. 7(2): Tipo: Brasil, Bahia, Martius s.n. (Holótipo: M). Distribuição geográfica: BA, MG, PI. Dyckia dissitiflora é registrada para áreas de caatinga dos estados da Bahia e Piauí, e para a região de Lagoa Santa e áreas da Serra do Espinhaço em Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira é referida para apenas uma localidade, Santa Rita de Jacutinga em Minas Gerais. A espécie caracteriza-se pelas folhas delicadas, estreitas, cobertas por escamas na face abaxial, escapo delgado, brácteas escapais normalmente mais curtas que os entrenós, flores laxas, pedicelos evidentes e brácteas florais variando desde maiores que as sépalas (inferiores) a significativamente menores (superiores). Assemelha-se a D. lagoensis, a distinção entre elas é discutida abaixo. No material examinado não há informações sobre o habito e altitude. É indicado que ocorre em ambiente de mata. Versieux (2005) refere os exemplares de Minas Gerais para áreas de Campos Rupestres e Cerrado, como rupícolas ou terrícolas, ocorrendo entre 550 e 1300 m de altitude. Floresce em setembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Santa Rita de Jacutinga: 30 IX 1989, Grandi, T.S.M (BHCB). Dyckia lagoensis Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, TIRAR, Warming 2171 (Holótipo: C). Distribuição geográfica: MG. Dyckia lagoensis é endêmica do estado de Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira tem ocorrência registrada apenas para a região de Barbacena. O material herborizado assemelha-se a Dyckia dissitiflora. Na literatura não há

121 101 indicações de similaridades entre estes táxons. Assim como Dyckia dissitiflora, Dyckia lagoensis apresenta folhas delicadas e estreitas, escapo delgado com flores laxamente dispostas. Quanto as diferenças destacam-se os pedicelos mais curtos (1-2 mm) e brácteas florais serrilhadas (vs. pedicelos mais longos (3-4 mm) e brácteas florais inteiras (Smith & Downs 1974). Versieux (2005) aponta a existência de um complexo de espécies, que agrupa D. lagoensis, D. minarum e D. eminens Mez, com base no comprimento do tubo formado pelos filetes. Cresce como saxícola em áreas de Campos Rupestres a cerca de 1100 m de altitude. Floresce no mês de setembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Barbacena: Ibertioga, 12 IX 1957, Mendes Magalhães, G (RFA). Ibertioga, 12 IX 1957, Mendes Magalhães, G (US). 26 IX 1992, Melo, G.A.R. 38 (VIC). Glaziou (RB). Itutinga: Serra do Ouro Grosso, 14 X 1987, Alves, R.J.V. 77 (RB). Dyckia linearifolia Baker, Handb. Bromel Tipo: Brasil, Minas Gerais, Saint-Hillaire 1010 (Holótipo: P). Distribuição geográfica: MG, SP. Dyckia linearifolia é registrada apenas para áreas de Cerrado dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Para a Serra da Mantiqueira há somente um registro para o município de Ouro Fino, em Minas Gerais. Segundo Forzza (2007) caracteriza-se pelas folhas estreitas, lineares, com espinhos reduzidos ou ausentes e pela forma rômbica das pétalas e assemelha-se a Dyckia leptostachya. Estas espécies podem ser distintas pelo menor porte (4 dm de altura), lâminas foliares cobertas por escamas marrons, espinhos menores (1,5 mm), brácteas florais menores que os pedicelos, pedicelos delgado (7 mm de comprimento) e estames inclusos em Dyckia linearifolia (vs. plantas maiores (5-15 dm), lâminas foliares cobertas com escamas brancas ou glabras em direção ao ápice, espinhos maiores (3-4,5 mm), brácteas florais maiores que as sépalas, pedicelos muito curtos e estames usualmentes exsertos em Dyckia leptostachya) (Smith & Downs 1974). Não há dados referentes ao hábito e altitude em que a espécie ocorre. Versieux (2005) indica que os exemplares de Minas Gerais apresentam hábito terrícola e crescem entre m de altitude. O exemplar examinado foi coletado com flores no mês de setembro na beira de

122 102 uma estrada, após queimada, em área de Cerrado. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Ouro Fino: beira de estrada, 2 IX 1995, Forzza, R.C. 114 (SPF). Dyckia minarum Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): NY). Tipo: Brasil, Minas Gerais, Caldas, Regnell II-283. (Lectótipo: S, Isolectótipos: US, R, Distribuição geográfica: GO, MG, SC, SP. Dyckia minarum cresce geralmente em Campos Rupestres e em regiões de Cerrado, tendo áreas de ocorrência relativamente disjunta. Na Serra da Mantiqueira é referida para o estado de Minas Gerais e São Paulo. O material procedente de Campos do Jordão, estava identificado como Dyckia macropoda L.B. Sm, mas considerando a área de ocorrência e as características morfológicas o exemplar foi aqui identificado como Dyckia minarum. Cararacteriza-se pelas folhas com margens conspicuamente espinulosas, lâminas triangulares e abruptamente agudas, pungentes, brácteas escapais igualando ou excedendo os entrenós, ovadas com ápice longo acuminado e serrilhado, inflorescência simples, raramente com um ramo na base, brácteas florais semelhantes às brácteas escapais, as inferiores igualando ou exedendo as flores, geralmente serreadas, pedicelos distintos, sépalas elípticas e agudas, pétalas carenadas, suberetas e filetes conados (2 mm) (Smith & Downs 1974). Versieux (2005) observou que nesta espécie, após a herborização, as brácteas florais apresentam coloração bege, o que facilita a identificação do táxon nas exsicatas, segundo este autor D. minarum é morfologicamente próxima de D. lagoensis, conforme já discutido. Na descrição original, o autor indica afinidades com Dyckia tuberosa. Cresce como rupícola ou saxícola em áreas de Campos Rupestres e Cerrado, a cerca de 1000 m de altitude. Floresce entre setembro a novembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caldas: 3 X 1868, Regnell, A.F. 283 (US). 3 X 1868, Regnell, A.F. 283 (R). Regnell, A.F. s.n.(nybg ). Regnel, A. III-529 (RB). Carrancas: Serra de Carrancas, IX 1895, Magalhães, H. 298 (R). Vargem grande, 7 X 1998, Kinoshita, L.S (UEC). Lavras: Serra de Lavras, 11 V 1990, Arbo, M.M (SPF). Serra da Bocaína - Antena, 27 III 1987, Carvalho, D.A. s.n.(esal 06679). Serra da Bocaina / Poço

123 103 Bonito, 23 X 1987, DAC s.n.(sp ). Próximo à cidade, 9 XII 1980, Leitão Filho, H.F (UEC). Poços de Caldas: Cristo Redentor, 18 IX 1966, Roppa, O. 860 (R). São Tomé das Letras, 31 VII 1981, Sabino, M (CESJ). 31 VII 1981, Sabino, M (RB). SÃO PAULO. Atibaia: Pedra Grande, 23 X 1942, Gehrt, A. s.n.(sp 47469). 26 X 1983, Chiea, S.C. 371 (SP). Campos do Jordão: Parque Estadual, 8 IX 1973, Emygdio, L (R). Dyckia monticola L.B. Sm. & Reitz, Sellowia 14: Tipo: Brasil, Santa Catarina, Campo Alegre, morro do Iquererim, Reitz, R (Holótipo: US, Isótipo: HBR). Distribuição geográfica: MG, SC. Dyckia monticola apresenta área de distribuição altamente disjunta, sendo conhecida apenas para o estado de Minas Gerais e Santa Catarina. Em Minas Gerais a espécie é conhecida por apenas uma coleta da região da Serra da Mantiqueira, no município de São Tomé das Letras. Smith & Reitz (1962) indicam proximidade com Dyckia minarum, diferenciando-as pela inflorescência ramosa, brácteas florais menores e sépalas incurvadas em D. monticola. Cresce como rupícola, em áreas de Cerrado, a cerca de 1250 m de altitude. Floresce em junho. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. São Tomé das Letras, 18 VI 1957, Pabst, G.F.J (HB). Dyckia pectinata L.B. Sm. & Reitz, Phytologia 14: Tipo: Brasil, Minas Gerais, entre Conceição do Rio Verde e Cambuquira, Pabst, G.F.J (Holótipo: HB, Isótipo: SP, US). Distribuição geográfica: MG Dyckia pectinata é endêmica da Serra da Mantiqueira, ocorrendo somente no estado de Minas Gerais. A espécie é bem delimitada, caracterizada por possuir folhas com longos espinhos de até 6mm de comprimento. Segundo Smith & Reitz (1967a), autores da espécie, assemelha-se a D.

124 104 dawsonii L.B. Sm. Versieux (2005) aponta similaridades com D. goehringii E. Gross & Rauh, nenhum destes táxons ocorrem na Serra da Mantiqueira. Cresce como rupícola, em áreas de cerrado, entre 880 e 950 m de altitude. Floresce nos meses de fevereiro, junho e dezembro. Dyckia pectinata não ocorre em unidade de conservação e segundo Versieux (2005) enquadra-se na categoria criticamente em perigo. Durante este trabalho foi realizada uma visita a localidade típica, onde foi verificada intensa atividade de mineração à poucos metros do afloramento onde as populações se encontram. Há registros de coletas recentes, entre Conceição do Rio Verde e São Tomé das Letras, em áreas relativamente próximas a localidade típica (Leme com. pess.). Apesar das referências para novas localidades, ressalta-se a necessidade de medidas urgentes para a conservação deste táxon, uma vez que, todas as populações conhecidas ocorrem na margem de rodovias e em áreas com grande potencial para atividades mineradoras. MINAS GERAIS. Cambuquira: BR-267 para Caxambú, 26 II 1976, Davidae, G (US). BR-267 para Caxambú, 26 II 1976, Davidae, G (SP). Estrada para Conceição do Rio Verde, 21 XII 2007, Trindade-Lima, T. 247 (SP). Conceição do Rio Verde, 16 VI 1957, Pabst, G.F.J (HBR). Dyckia princeps Lem., Jard. Fleur. 3: t. 224, Tipo: Tipificada por ilustração. Distribuição geográfica: MG. Dyckia princeps era conhecida apenas pela coleta do material tipo, referida para o Pico do Itacolomi, município de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. Versieux (2005) indica o espécime Grandi, T.S.M. 2682, procedente de Rio Preto, também no estado de Minas Gerais, como similar a ilustração fornecida por Smith & Downs (1974:1150) para esta espécie. No entanto, destaca que este exemplar não apresenta brácteas florais maiores que as sépalas. Durante as coletas realizadas neste trabalho foram observadas algumas populações do município de Rio Preto. Foi possível verificar que o tamanho das brácteas florais varia amplamente em uma mesma inflorescência, e estas podem apresentar-se desde bem menores que as sépalas, até maiores que as flores. Smith & Downs (1974) indicam escapo curto, com indumento ferrugíneo, brácteas escapais excedendo os entrenós e pétalas com 25 mm de comprimento. Nas populações

125 105 analisadas os espécimes possuem escapo longo, com indumento alvo, brácteas escapais excedendo ou não os entrenós e pétalas com cerca de 10mm de comprimento. Uma vez que não foi possível analisar a descrição e a obra original, optou-se em manter a identificação proposta por Versieux (2005) para os espécimes de Rio Preto. No entanto, faz-se necessária a realização de novos trabalhos, a fim de se tentar estabelecer a real identidade destes materiais. A espécie cresce como terrícola ou rupícola, em áreas de Campos Rupestres, a cerca de 1500 m de altitude. Floresce de maio a setembro. Não ocorre em unidade de conservação. Segundo Versieux (2005) apesar da região de origem do material tipo ser botanicamente bem explorada, não foram observados outros materiais que se enquadrassem na circunscrição desta espécie em Minas Gerais, exceto os procedentes da Serra do Funil, Rio Preto. Deste modo, confirmada a delimitação, Dyckia princeps seria considerada atualmente restrita a Serra da Mantiqueira. MINAS GERAIS. Rio Preto: Serra do Funil, 30 IX 1989, Grandi, T.S.M (BHCB). 12 IV 1997, Brugger, M. s.n. (R ). Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Serra do Funil, 20 VIII 2004, Matozinhos, C.N. 17 (CESJ). Serra Negra, 27 VII 2006, Matozinhos, C.N. 294 (CESJ). Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). 21 V 2004, Salimena, F.R.G (RB). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Dyckia saxatilis Mez in C. DC., Monogr. phan. 9: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, serra de Cachoeira do Campo, Schwacke, W (Holótipo: B, Isótipo: RB). Distribuição geográfica: BA, MG, MT, GO. Dyckia saxatilis apresenta área ampla área de distribuição, se comparada às demais espécies do gênero ocorrentes na Serra da Mantiqueira. É registrada para a região Nordeste, Centro-oeste e Sudeste. Na Serra da Mantiqueira é referida para os municípios de Lima Duarte e São Tomé das Letras. Monteiro & Forzza (dados não publicados) identificam os espécimes de Lima Duarte como Dyckia aff. saxatilis. Os materiais indicados por Versieux (2005) como Dyckia sp 3, considerando-se as semelhanças apresentadas com os espécimes de Lima Duarte, foram considerados neste trabalho como Dyckia aff. saxicola. Apenas estudos taxômicos mais aprofundados poderão elucidar a real identidade destes materiais.

126 106 De uma maneira geral pode ser caracterizada pelo pequeno porte, folhas relativamente eretas, brácteas escapais menores que os internós, inflorescência simples, laxa, brácteas florais, ovadas, fimbriadas, do mesmo tamanho ou maiores que as sépalas e pelas sépalas obtusas (Smith & Downs 1974). Monteiro & Forzza (dados não publicados) indicam brácteas florais geralmente excedendo os entrenós. Nos exemplares analisados notam-se variações no tamanho e forma das brácteas escapais, com oscilações entre 15 a 60 mm de comprimento. Cresce como rupícola ou saxícola em áreas de Campos Rupestres, Cerrado e Mata Atlântica, entre 1200 e 1500 m de altitude. Floresce entre outubro e março. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 30 VIII 1987, Stehmann, J.R (BHCB). Parque Estadual do Ibitipoca, 7 X 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13728). Parque Estadual de Ibitipoca, 25 X 1997, Figueiredo, C. 15 (R). Parque Estadual do Ibitipoca, 26 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). 27 X 2004, Monteiro, R.F. 41 (RB). 26 X 2004, Monteiro, R.F. 36 (RB). 18 X 2003, Monteiro, R.F. 2 (RB). São Tomé das Letras: Serra de São Thomé, 30 X 1984, Pirani, J.R (SPF). Fazenda dos Correa, Paredão, 29 III 2002, Forzza, R.C (CESJ). Fazenda dos Correa, Paredão, 29 III 2002, Forzza, R.C (RB). Dyckia tuberosa (Vell.) Beer, Fam. Bromel Basiônimo: Tillandsia tuberosa Vell., Fl. flum Tipo: Tipificada pela ilustração original Vellozo, Icon. 3. t (Smith & Downs 1974). Distribuição geográfica: MG, PR, SC, SP. Dyckia tuberosa é uma das espécies do gênero mais bem representada nas coleções dos herbários, possivelmente porque este epíteto é erroneamente aplicado para a maioria das espécies que desenvolvem um aparente bulbo, pela sobreposição das bainhas foliares. Há registros da espécie para a região Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é referida para o estado de Minas Gerais e São Paulo. Segundo Versieux (2005) Dyckia tuberosa integra um grande complexo de espécies. O material tipo foi possivelmente destruído e a espécie foi tipificada com base na descrição e ilustração original, sendo ainda, a indicação da localidade típica muito vaga. De maneira geral,

127 107 caracteriza-se pelas lâminas estreitas (1 cm), cobertas por escamas na face abaxial, espinhos negros, brácteas escapais superiores mais curtas que os internós, inflorescência simples, laxa, brácteas florais mais curtas que as flores e usualmente mais curtas que as sépalas, pedicelos (2-3mm de comprimento) (Smith & Downs 1974). Conforme já discutido assemelha-se a Dyckia leptostachya e a Dyckia linearifolia. Forzza (2007) considera Dyckia pseudococcinea como um provável sinônimo de Dyckia tuberosa, uma vez que as variações encontradas estão dentro da amplitude proposta para o táxon, por esta autora. Dyckia pseudococcinea é referida para áreas da Serra da Mantiqueira do estado de São Paulo. Neste trabalho considera-se a proposição desta autora, uma vez que a caracterização dos espécimes herborizados deste gênero é extremamente complexa. No entanto, nota-se nos materiais procedentes do município de Atibaia, em São Paulo, variações no porte das plantas e na forma, tamanho e disposição das brácteas escapais, havendo a possibilidade de haver mais de uma espécie envolvida. Cresce como terrícola ou rupícola, em áreas de Cerrado, Campos Rupestres e Campos de altitude, entre 600 e 1450 m de altitude. Há indícios de floração para os meses de janeiro, março, junho, agosto e setembro. Ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Atibaia: Pedra Grande, 12 VIII 1985, Hutchison, C (SPF). Pedra Grande, 6 VIII 1998, Coffani-Nunes, J.V. 050 (SPF). Pedra Grande, 23 X 1942, Gehrt, A. s.n.(spf 66241). Pedra Grande, 29 I 2004, Vosgueritchian, S. 8 (SPF). Pedra Grande, 29 I 2004, Vosgueritchian, S. 7 (SPF). Pedra Grande, 29 I 2004, Vosgueritchian, S. 6 (SPF). Pedra Grande, 29 I 2004, Vosgueritchian, S. 9 (SPF). Pedra Grande, 12 VI 1998, Costa, F.N (SPF). Bernacci, L.C (ESA). Parque Municipal da Grota Funda, Bernacci, L.C. s.n. (FUEL 13621). 22 VIII 1985, Hutchinson, P.C (RB). Piquete: Margem da estrada- Piquete - Campos do Jordão, 5 VI 1995, Giulietti, A.M (SPF). São José dos Campos, 12 IX 1962, Mimura, I. 556 (SP). Loefgren, A. 462 (RB). Dyckia sp. 1. Distribuição geográfica: MG. Foram agrupados como pertencentes a esta morfo-espécie os exemplares procedentes do município de Bom Jardim de Minas e Luminária, no estado de Minas Gerais. Estas plantas caracterizam-se pelo porte delicado, medindo até 40 cm de comprimento, folhas estreitas (ca. 10mm), as periféricas algumas vezes intensamente vinácea, espinhos evidentes, relativamente

128 108 flexíveis, (2mm comp.), escapo muito delicado, brácteas escapais membranáceas, base alargada, estreitamente triangulares em direção ao ápice, pedicelos (2-3mm), brácteas florais inferiores igualando o tamanho dos pedicelos, as superiores muito menores. O espécime procedente de Luminária apresenta folhas e espinhos mais rígidos. Foi encontrada crescendo como terrícola em áreas de Cerrado, em meio a afloramentos rochosos a cerca de 1200 m de altitude. Os materias coletados neste trabalho apresentava frutos no mês de dezembro. O espécime depositado no CESJ foi coletado com flores no mês de outubro. Os coletores indicam coloração vermelha para as flores. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Bom Jardim de Minas, 10 X 1988, Krieger, L (CESJ). Caminho para o Cristo, 20 XII 2007, Trindade-Lima, T. 237 (SP). Luminária: Estrada entre Luminária e Carrancas, 22 XII 2007, Trindade-Lima, T. 254 (SP). Dyckia sp. 2 Distribuição geográfica: MG. Foram observadas na região de São Tomé das Letras, no estado de Minas Gerais, densas populações em áreas próximas ao perímetro urbano. Estes espécimes caracterizavam-se, principalmente, pelas folhas carnosas, duras, com nervuras evidentes recobertas, subdensamente a densamente, por escamas alvas (na face adaxial sob as escamas), escapo verde, brácteas escapais geralmente muito menores que os entrenós, flores sésseis, com brácteas florais diminutas, cerca de três vezes mais largas do que altas, apiculadas, concavas, verdes e sépalas verdes alaranjadas em direção ao ápice. Estes espécimes foram considerados como a morfoespécie 2, uma vez que não foi possível enquadra-los com algum grau de certeza em outro táxon. Crescem como rupícolas em afloramentos rochosos da Mata Atlântica, a cerca de 1300 m de altitude. Foi coletada com flores no mês de dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. São Tomé das Letras: Afloramento na entrada da cidade, 20 XII 2007, Trindade-Lima, T. 239 (SP). Estrada para Sobradinho, 22 XII 2007, Trindade-Lima, T. 249 (SP).

129 109 Dyckia sp. 3. Distribuição geográfica: MG. Apenas um espécime compõe esta morfo-espécie. Foi coletado em uma pedreira no perímetro urbano do município de São Tomé das Letras, em Minas Gerais. Caracteriza-se pelas folhas carnosas, verdes a levemente vináceas em direção ao ápice, com nervuras evidentes, lepidotas, escapo grosso, verde-alaranjado, densamente lepidoto, brácteas escapais carenadas, serreadas, igualando ou levemente excedendo os entrenós, imbricadas, flores sésseis, brácteas florais verdes, ovadas apiculadas, igualando ou curtamente excedendo as sépalas, sépalas alaranjadas, pétalas laranja, largamente obovadas, margens mebranáceas (formando uma espécie de ala). Esta morfo-espécie cresce como rupícola em área de Cerrado, a cerca de 1150 m de altitude. Foi encontrada florida no mês de dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. São Tomé das Letras, Saída da cidade em direção a três corações, 22 XII 2007, Trindade-Lima, T. 255 (SP). Dyckia sp. 4. Distribuição geográfica: MG. Esta morfo-espécie engloba espécimes coletados próximo ao Pico do Gavião, em São Tomé das Letras, Minas Gerais. Caracteriza-se pela inflorescência composta, folhas completamente verdes com escamas concentradas apenas na face abaxial na região da bainha foliar, escapo verde, alaranjado em direção ao ápice, fortemente lepidoto, brácteas escapais inferiores verdes, superiores verde-alaranjadas, lepidotas, normalmente maiores que os entrenós, pedicelos curtos, verde-alaranjados, cobertos por escamas, serrilhadas, brácteas primárias semelhantes às brácteas escapais, brácteas florais ultrapassando o comprimento das flores. Cresce como rupícola em afloramentos rochosos da Mata Atlântica a cerca de 1400 m de altitude. Floresce no mês de dezembro. Não ocorre em unidade de conservação.

130 110 MINAS GERAIS. São Tomé das Letras: Caminho para o Pico do Peão (Sobradinho), 22 XII 2007, Trindade- Lima, T. 252 (SP). 22 XII 2007, Trindade-Lima, T. 256 (SP). Dyckia sp. 5. Distribuição geográfica: MG Integra esta morfo-espécie exemplares procedentes dos municípios de Lavras e Barbacena, em Minas Gerais. Alguns materias de Lavras estavam identificados como Dyckia brasiliana e Dyckia tuberosa. A primeira é típica do Distrito Federal e os espécimes analisados apresentam caracteres morfológicos distintos dos apresentados na descrição fornecida por Smith & Downs (1974). Já Dyckia tuberosa, neste trabalho só foi reconhecida para a região de Atibaia e áreas mais próximas a esta localidade. Esta morfo-espécie assemelha-se a Dyckia lagoensis, havendo inclusive sobreposição das áreas de ocorrência das mesmas. A diferenciação baseou-se principalmente na forma das brácteas escapais, estreitamente ovadas na base, longamente acuminadas, imbricadas, excedendo os entrenós, as inferiores, tornando-se sub-patentes, brácteas florais estreitamente triangulares, delicadas, as inferiores muito excedendo as flores e pedicelos distintos (ca. 4mm) (vs. brácteas escapais superiores muito alargadas na base, acuminadas, muito menores que os entrenós, brácteas florais geralmente menores que as flores e pedicelos menores (ca. 3mm). Cresce como terrícola ou saxícola em áreas de Cerrado e Campos Rupestres, a cerca de 1000 m de altitude. Floresce nos meses de setembro e novembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Barbacena: XI 2003, Assis, L.C.S (CESJ). Lavras: Reserva Poço Bonito, 12 IX 1987, Gavilanes, M.L. s.n.(esal 08775). Reserva Biológica do Poço Bonito, 14 XI 1987, Gavilanes, M.L. s.n.(esal 09188). Poço Bonito, XI, Godinho, R.P. s.n.(esal 14397). Serra da Bocaina / Ingai - Itumirim, 18 IX 1987, DAC s.n.(sp ). Reserva Biológica de Poço-Bonito, 11 XII 1980, Leitão Filho, H.F (UEC). Fernseea itatiaiae (Wawra) Baker, Handb. Bromel Basiônimo: Bromelia itatiaiae Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, pico de Itatiaia, Wawra II-442. (Holótipo: W, destruído).

131 111 Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Fernseea itaiaiae é endêmica da Serra da Mantiqueira, sendo encontrada na região do Itatiaia, na divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro e em algumas localidades do estado de São Paulo. Caracteriza-se pelas folhas com textura diferenciada, com espinhos uniformemente distribuídos na margem, indumento cinéreo na face abaxial, inflorescência simples, lanuginosa, com flores polísticas, pediceladas e pelas pétalas marron-arroxeadas. Assemelha-se a Fernseea bocainensis, espécie endêmica da Serra do Mar. Cresce em Campos de Altitude, entre 1900 e 2500 m de altitude, esssencialmente como rupícola ou saxícola, apenas um dos materiais examinados indicava hábito epifítico. A floração concentra-se entre junho e outubro, com pelo menos um registro indicando floração para cada um dos demais meses do ano. Fernseea itatiaiae é a única espécie de Bromeliaceae que apareceu na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (Portaria 006/92-N, do IBAMA, 15 de janeiro de 1992). A espécie ocorre em unidade de conservação, mas devido a sua distribuição restrita, requer atenção especial com relação a sua conservação. MINAS GERAIS. Itamonte: Serra de Itatiaia, 16 IX 1961, Pereira, E (HB). Parque Nacional de Itatiaia, 16 VIII 1969, Sucre, D (RB). Parque Nacional de Itatiaia, 27 VI 1982, Farney, C. 34 (RB). Parque Nacional de Itatiaia, 2 V 1985, Martinelli, G (RB). Serra do Itatiaia, 16 IX 1961, Martinelli, G (RB). 16 IX 1961, Pereira, E (RB). RIO DE JANEIRO. Sucre, D (RB). Planalto do Itatiaia, 15 XII 1960, Lutz, B. s.n.(r ). Serra do Itatiaia, VI 1913, Brade, A.C. sem n} (RB). Planalto do Itatiaia, 5 II 1969, Sucre, D (RB). Serra do Itatiaia, 24 VII 1901, Hemmendorff, E. 558 (R). Serra do Itatiaia, 24 V 1902, Dusén 557 (R). Serra do Itatiaia, II 1894, Ule, E. 291 (R). Serra do Itatiaia, 28 XII 1896, Ule, E. 291 (R). Alto das Agulhas Negras, 19 V 1957, Emygdio, L (R). Parque de Itatiaia, 23 I 1959, Castellanos (R). Alto do Itatiaia, X 1913, Lutz, A. 562 (R). Serra do Itatiaia, 16 II 1958, Castellanos, A (R). Itatiaia: Abrigo Rebouças, 12 III 1960, Angeli, L. 14 (HB). Abrigo Rebouças, 30 XII 1966, Strang, H. 843 (HB). Abrigo Rebouças, 12 III 1960, Angeli, C. 14 (HB). Parque Nacional do Itatiaia, 2 IX 1972, Braga, P.I.S (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 14 XII 2004, Forzza, R.C (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 12 IV 1977, Martinelli, G (RB). Serra do Itatiaia, 23 VII 1963, Kuhlmann, K. 947 (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 2 VIII 1974, Martinelli, G. 480 (RB). Estrada Nova, V 1950, Brade, A.C. s.n.(rb 77532). Parque Nacional do Itatiaia, 6 XI 1976, Martinelli, G (RB). Prateleiras, IX 1932, Brade, A.C. 12/125 (RB). Prateleiras, 1 III 1950, Brade, A.C (RB). 29 VI 1939, Foster, M.B. 116 (R). Abrigo Rebouças, 12 III 1960, Angeli, C. 14 (NYBG). Planalto of Itaiaia (mountain), 5 XI 1965, Rolla, M (NYBG). 1 III 1950, Brade, A.C (RB). IX 1933, Brade, A.C (RB). 12 IV Resende: Parque

132 112 Nacional do Itatiaia, 9 X 1981, Martinelli, G (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 11 X 1977, Martinelli, G (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 15 I 1985, Lima, H.C (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 28 IX 1980, Martinelli, G (RB). 28 IX IX 1972, Braga, P.I.S (RB). VI 1913, Toledo, C.B. 730 (RB). 27 VI 1982, Farney, C. 34 (RB). 15 I 1985, Lima, H.C. de 2538 (RB). 11 X XI V 1950, Brade, A.C. s.n. (RB77532). 2 VIII 1974, Martinelli, G. 480 (RB). SÃO PAULO. Cruzeiro: Alto do Pico Itaguaré, 4 VI 1995, Giulietti, A.M (SPF). Piquete: Morro dos Carecas, 23 IX 2006, Trindade-Lima, T. 114 (SP). Neoregelia ampullacea (E. Morren) L. B. Sm., Contr. Gray Herb. 104: Basiônimo: Nidularium ampullaceum E. Morren, Belg. Hortic. 30: ; 35: 172, pl Tipo: Material cultivado procedente do Brasil, Morren Hortus s.n. (LG? n v, a espécie foi tipificada com base na descrição e ilustração contida na obra original). Distribuição geográfica: ES, RJ. Neoregelia ampullacea ocorre nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira há apenas um registro para a região do Itatiaia, no Rio de Janeiro. A ocorrência desta espécie para a região é duvidosa, uma vez que o exemplar examinado apresenta hábito similar a Neoregelia chlorosticta (Baker) L.B. Sm., espécie mais comum, também registrada para o Itatiaia. Como não foi possível uma análise detalhada do espécime, optou-se por manter a identificação constante na etiqueta da exsicata. Smith & Downs (1979) utilizam como características para a separação destes táxons na chave a presença de manchas (pontuações ou faixas) escuras na lâmina foliar em Neoregelia ampullacea (vs. manchas claras em Neoregelia chlorosticta). Estes autores, ainda, inferem sobre a possibilidade de, Neoregelia punctatissima (Ruschi) Ruschi, Neoregelia tigrina (Ruschi) Ruschi e Neoregelia rubrifolia Ruschi, serem apenas variações de Neoregelia ampullacea. Esta espécie caracteriza-se pela conformação da roseta foliar, constricta em direção ao ápice e pelo hábito estolonífero, muitas vezes formando grandes populações suspensas. Cresce provavelmente como epífita em área de Mata Atlântica. Não há dados sobre a altitude. Floresce em dezembro. Ocorre em unidade de conservação. RIO DE JANEIRO. Itatiaia, 3 XII 1968, Pereira, E. s.n.(rb 50872).

133 113 Neoregelia angustibracteolata Pereira & Leme, Bradea 4(34) Tipo: Brasil, Espírito Santo, Laranja da Terra, Leme 691 (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: ES. Neoregelia angustibracteolata é endêmica da região da Serra da Mantiqueira, conhecida somente pelo material-tipo. Caracteriza-se pelas folhas externas com lâminas sublineares-acuminadas e pelas brácteas florais lineares, acentuadamente estreitas, com ápice agudo, levemente excedendo o ovário. Assemelha-se a Neoregelia hoehneana L.B. Sm e a Neoregelia capixaba Pereira & Leme, ambas não ocorrem na Serra da Mantiqueira. Cresce como epífita na Mata Atlântica a cerca de 1300 m de altitude. Não há dados quanto ao período de floração da espécie. Não ocorre em unidade de conservação. Neoregelia brigadeirensis Paula & Leme, Pabstia 8(1): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Araponga, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Paula, C.C fl. cult. Leme, E.M.C (Holótipo: VIC, Isótipo: HB, GFJP). Distribuição geográfica: MG s Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, conhecida até o momento somente para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais. A presença de folhas quase sem espinhos é uma característica marcante de Neoregelia brigadeirensis, com relação às demais espécies do subgênero Longipetalopsis. Leme (1998) indica semelhanças com Neoregelia azevedoi Leme, que não ocorre na Serra da Mantiqueira. No protólogo da descrição original é destacada a semelhança morfológica com Neoregelia paulistana E. Pereira, que também não ocorre nos limites da Serra da Mantiqueira. Habita áreas de Mata Atlântica, normalmente associada a cursos d água, onde cresce como saxícola, entre 1000 e 1400 m de altitude. Floresce nos meses de outubro e novembro. Paula (1998) indica floração entre janeiro e março e Leme (1998) de outubro a fevereiro. Apesar de ocorrer em unidade de conservação, devido à distribuição restrita a uma só localidade e a pouca representatividade em herbários insere-se na categoria vulnerável (VU),

134 114 segundo Paula (1998). Leme (1998) relata que esta espécie é extremamente sensível a períodos de ressecamento, apresentando em cultivo crescimento lento. MINAS GERAIS. Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 15 X 1996, Paula, C.C (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 26 IX 1996, Paula, C.C. s.n. (VIC 25949). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, X 1996, Paula, C.C (VIC). Neoregelia brownii Leme, Pabstia 8(1): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Fervedouro, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Pedra do Pato, Leme, E.M.C (Holótipo: GFJP. Isótipo: HB). Distribuição geográfica: MG s Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, com registros apenas para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Recentemente foi citado por Versieux (2005) um exemplar que apresenta afinidades com a espécie, proveniente de Santo Antônio do Itambé MG ampliando sua área de ocorrência. No entanto, o material não foi analisado no período de floração (informação pessoal). Neoregelia brownii caracteriza-se pelas folhas levemente branco-escamosas e sépalas assimétricas e obtusas. Assemelha-se, segundo Leme (1998) a Neoregelia bragarum (E. Pereira & L.B. Sm.) Leme, que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Cresce em áreas de Mata Atlântica, como epífita, saxícola ou rupícola, entre 1000 e 1800 m de altitude. Floresce entre fevereiro e maio. Ocorre em unidade de conservação, mas considerando-se a ocorrência restrita, recomenda-se especial atenção no que concerne a conservação deste táxon. MINAS GERAIS. Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 V 2000, Goldschmidt, A. 37 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 II 1995, Paula, C.C (VIC). Carangola: Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB - ISÓTI). Serra do Brigadeiro, Fervedouro-Pedra do Pato, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (GFJP).

135 115 Neoregelia chlorosticta (Baker) L.B. Sm., Phytologia 10: Basiônimo: Karatas chlorosticta Baker, Hand. Bromel Tipo: Tipificada pela iconografia de E. Morren (Lectótipo: K) (Smith & Downs 1979). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, SP. s Smith & Downs (1979) indicam que Neoregelia chlorosticta ocorre do estado do Rio de Janeiro ao Paraná. Na Serra da Mantiqueira há registros para a região do Itatiaia, no Rio de Janeiro e para a porção noroeste da serra, em Minas Gerais. Caracteriza-se por apresentar folhas normalmente vermelhas-vinosas com máculas arredondadas verdes-claras e pela propagação por estolões. Assemelha-se a um grupo de espécies que apresentam as folhas completamente variegadas (N. punctatissima, N. ampullacea, N. tigrina e N. rubrifolia), conhecidas apenas para regiões litorâneas do Espírito Santo, exceto Neoregelia ampullacea conforme discutido anteriormente. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a partir de 700 m de altitude. Floresce de outubro a dezembro. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Córrego da Água Limpa - Mata Ciliar, X 1992, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Reserva Municipal Córredo da Água Limpa, 18 VIII 1992, Nahoum, P. s.n. (HB 73922). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Maromba, 18 XII 1967, Pereira, E (HB). Martinelli, G. s.n.(hb 77871). Martinelli, G. s.n. (HB 77848). Dusén, P.K.H. s.n. (RB -). Resende: Parque Nacional do Itatiaia, 11 X 1977, Martinelli, G (RB). Neoregelia cyanea (Beer) L.B. Sm., Contr. Gray Herb. 124: Basiônimo: Hoplophytum cyaneum Beer, Fam. Bromel Tipo: Berlin Hortus s.n. (Holótipo: B). Distribuição geográfica: MG Neoregelia cyanea é endêmica do estado de Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira é conhecida por apenas uma coleta, realizada há mais de cinqüenta anos. A espécie caracteriza-se pelo hábito delicado, poucas folhas, fortemente agudas e apiculadas. No exemplar analisado a inflorescência apresenta-se levemente acima da roseta foliar, sendo essa uma das características do subgênero Canistropsis do gênero Nidularium.

136 116 Smith & Downs (1979) infere sobre as similaridades morfológicas entre esta espécie e Neoregelia sarmentosa, distinguindo-as na chave pelas folhas mais estreitas (10-20 mm de comprimento), inconspicuamente serrilhadas, fortemente sulcadas na face abaxial, com escamas essencialmente sob as nervuras em Neoregelia cyanea (vs. folhas mais largas (20-32 mm de comprimento), conspicuamente serrilhadas, com escamas cobrindo completamente a face inferior, em Neoregelia sarmentosa). Cresce em área de Mata Atlântica, como epífita, por volta de 450 m de altitude. Não há dados precisos sobre o período de floração desta espécie, o material examinado, apresentado com flor, foi coletado em outubro. Não ocorre em unidade de conservação e considerando a escassez e a ausência de coletas para os últimos anos é possível que já não seja mais encontrada na natureza. MINAS GERAIS. Rio Pomba: Bocaiú, 20 X 1947, Heringer, E.P (SP). Neoregelia farinosa (Ule) L.B. Sm., Contr. Gray Herb. 124: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Serra de Macaé, Ule, E (Holótipo: B). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Neoregelia farinosa é restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os municípios de Descoberto e Fervedouro, no estado de Minas Gerais. Trata-se de uma espécie bem delimitada, caracterizada por apresentar o interior da roseta avermelhado no período de floração, folhas densamente lepidotas e brácteas florais e sépalas verdes. Cresce em áreas de Mata Atlântica, como epífita a partir de 340 m de altitude. Floresce em novembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 11 XI 2001, Almeida, V.R. 22 (CESJ). Fervedouro: Reserva Ecológica Municipal, 2 XI 1993, Leoni, L.S (GFJP). Neoregelia fosteriana L. B. Sm., Arq. Bot. S. Paulo II. 2: 120, pl

137 117 Tipo: Foster 123 (Holótipo GH; isótipo US), Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil. Distribuição geográfica: RJ Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, conhecida apenas da região do Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro. O material-tipo é procedente de uma planta cultivada, coletada por Foster (nº 123) em Luther (1995c) relata que apesar do holótipo ser proveniente de um exemplar cultivado, parece representar o táxon da exsicata depositada no GH, referida para o mesmo coletor e com a mesma numeração do holótipo. Este autor indica que o material Foster (nº 119) citado por Smith & Downs (1979) é na realidade uma Neoregelia marceloi = Canistropsis marceloi. Deste modo, além do material tipo a espécie é conhecida por apenas mais algumas coletas, além dos exemplares mantidos em cultivo por colecionadores. Neoregelia fosteriana é uma das poucas espécies do gênero que apresenta inflorescência composta, as folhas são normalmente concolores, avermelhadas com eventuais máculas verdes, sépalas rosadas e pétalas azuladas. Cresce em áreas de Mata Atlântica, como terrícola ou saxícola, entre 900 e 1500 m de altitude. A floração parece ocorrer em novembro. Ocorre em unidade de conservação, mas sua distribuição restrita e raridade nas coleções apontam a necessidade de novos estudos, a fim de se tentar identificar as populações e efetivamente preservar a espécie. RIO DE JANEIRO. Divisa com Minas Gerais, Próximo a Visconde de Mauá, XI 1998, Leme, E.M.C (HB). Itatiaia, Foster, M.B. 123 (RB). Neoregelia ibitipocensis (Leme) Leme, Canistropsis Bromel. Mata Atl Basiônimo: Wittrockia ibitipocensis Leme, Bradea 5(42): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Lima Duarte, Parque Estadual do Ibitipoca, Leme, E.M.C (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: MG, RJ. s Espécie endêmica das matas nebulares da Serra da Mantiqueira. Era conhecida somente

138 118 para o Parque Nacional do Itatiaia e Parque Estadual do Ibitipoca, uma nova ocorrência é registrada no presente trabalho para a Serra do Funil, município de Rio Preto, Minas Gerais. Morfologicamente assemelha-se a Neoregelia leucophoea (Baker) L. B. Sm., da qual difere, segundo Leme (1998), pelas lâminas foliares mais estreitas sem manchas evidentes, com margens pouco espinescentes e pétalas amarelas. Os exemplares coletados na Serra do Funil, apresentam pétalas quase inteiramente alvas, apenas com ápice levemente amarelado, assim como foi observado por Monteiro & Forzza (dados não publicados) para exemplares provenientes da Serra do Ibitipoca, localidade típica. A coloração das sépalas também difere da descrição original, onde são citadas sépalas verdes, enquanto no material examinado foram observadas sépalas alvas com ápice purpúreo. Outras diferenças morfológicas foram verificadas, destacando a importância, para este táxon, de estudos mais aprofundados. Cresce preferencialmente como terrícola, formando densas populações, mas também ocorre como epífita ou rupícola. É encontrada em áreas de Mata Atlântica, tanto no interior quanto na borda de matas nebulares, entre 1000 e 1700 m de altitude. Floresce entre dezembro e janeiro. A espécie ocorre em unidades de conservação, mas segundo Monteiro & Forzza (dados não publicados) na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais encontra-se na categoria criticamente em perigo. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 14 IX 1991, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 14 IX 1991, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 10 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 10 XII 1998, Martinelli, G (BHCB). Parque Estadual do Ibitipoca, 10 XII 1998, Martinelli, G (NY). 27 V 2005, Forzza, R.C (RB). 31 III 2004, Forzza, R.C (RB). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 27 I 2007, Trindade-Lima, T. 229 (SP). Neoregelia lactea Luther & Leme, Bromélia, 2 (2): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Resende, Serrinha, ca. 950 m alt.; 27 de novembro 1993, R. Menescal s.n. (Holótipo: HB; Isótipo: SEL). Distribuição geográfica: RJ

139 119 Neoregelia lactea é endêmica da Serra da Mantiqueira, conhecida apenas por uma coleta além do material-tipo. Na descrição original da espécie Luther & Leme (1995) discutem que este táxon vinha sendo identificado como N. fosteriana, com o qual é morfologicamente similar pela inflorescência composta e coloração azulada das pétalas, além da mesma área de ocorrência. A espécie é bem delimitada e caracteriza-de principalmente pela coloração esbranquiçada das folhas centrais na época de floração. Na obra Bromélias Brasileiras, de Margaret Mee (1992) foi retratada numa belíssima pintura, onde aparece identificada como N. fosteriana. Assemelhase a Neoregelia nivea, que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica a cerca de 900 m de altitude. Floresce nos meses de novembro e dezembro. Ocorre em unidade de conservação, mas assim como N. fosteriana a espécie requer uma atenção especial, uma vez a amplitude de ocorrência e as populações naturais ainda são pouco conhecidas. Luther & Leme (1995) enfatizam a necessidade de se promoverem pesquisas nas unidades de conservação, para conhecer melhor a diversidade destas áreas e efetivamente promover medidas de preservação. RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Maromba, 13 XII 1964, Strang, H.E. 623 (RB). 13 XII 1964, Strang, H.E. 623 (RB). Neoregelia lymaniana R. Braga & Sucre, Rev. Brasil. Bio. 34(4): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Itaipava-Petrópolis, Braga, R. 32, fl. cult. (Holótipo: RB). Distribuição geográfica: MG, RJ. Uma das poucas espécies de Neoregelia que apresenta inflorescência ramificada, estando assim associada à Neoregelia fosteriana e Neoregelia lactea, ambas endêmicas da Serra da Mantiqueira. Neoregelia lymaniana apresenta distribuição um pouco mais ampla, ocorrendo também em algumas regiões da Serra do Mar no Rio de Janeiro. Braga & Sucre (1974) destacam que uma peculiaridade interessante observada neste táxon é o processo reversivo da coloração das folhas internas, que durante a floração tornam-se intensamente rosadas, mas, na medida em que os frutos vão se desenvolvendo, voltam a ter a mesma coloração das folhas externas (verde-claro). Segundo estes autores a espécie apresenta

140 120 afinidades com N. fosteriana diferindo pelas pétalas cobertas pelos lobos do cálice e, na antese, os lacínios apenas se entreabrem formando estreitas fendas, bracteis primariis et secundaribus, cálice corollam superante et aculeis longioribus et margis sparcei diversa. Caracteriza-se por apresentar inflorescência vermelha, brácteas florais serrilhadas e sépalas branco-lepidotas. Cresce em áreas de Mata Atlântica, como epífita ou terrícola, em altitudes variando de 700 a 1500 m. Floresce entre outubro e abril. Ocorre em unidade de conservação. Na Serra da Mantiqueira há citações da espécie para o Parque Estadual do Ibitipoca e Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Monteiro & Forzza (dados não publicados) na flora de Bromeliaceae do Parque Estadual do Ibitipoca relatam que apesar do grande esforço de coleta a espécie não foi reencontrada, segundo estas autoras, Neoregelia lymaniana encontra-se na lista das espécies ameaçadas de extinção de Minas Gerais, na categoria em perigo. ESPÍRITO SANTO. Ibitirama, Martinelli, G (RB). MINAS GERAIS. Serra da Araponga - Fazenda Neblina, XI 1994, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 23 X 1996, Paula, C.C (VIC). Fervedouro: Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (SEL). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (SEL). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (SEL). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Neoregelia oligantha L.B. Sm., Smithsonian Misc. Collect. 126: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Parque Nacional, próximo à Ipatinga, Foster, M.B. 742 (Holótipo: GH, Isótipo: US). Distribuição geográfica: MG Esta espécie era conhecida somente do holótipo coletado na região do Vale do Rio Doce - Minas Gerais há mais de 60 anos. Foi recentemente coletadada no Parque Estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte Minas Gerais, onde habita o interior das matas nebulares, em apenas algumas localidades do Parque. Em Araponga, Minas Gerais foi coletada uma planta que apresenta afinidades com Neoregelia oligantha, mas o material em estágio de frutificação não possibilita uma identificação mais precisa. Somente o material-tipo não é originário da Serra da Mantiqueira, deste modo, a espécie é atualmente restrita a esta Serra. Caracteriza-se pelas folhas recobertas por escamas na base, inflorescência pouco florida,

141 121 flores com longos pedicelos e pétalas com ápice lilás. Assemelha-se a Neoregelia cruenta, que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Neoregelia oligantha cresce em áreas de Mata Atlântica, preferencialmente como epífita, entre 1300 e 1700 m de altitude. Floresce em agosto. Na região do material-tipo parece florescer em julho. A maioria dos materiais examinados encontra-se em fase de frutificação e foram coletados no mês de dezembro. Ocorre em unidade de conservação, mas encontra-se na categoria em perigo na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais. MINAS GERAIS. Serra da Araponga, 16 VIII 1992, Leoni, L.S (GFJP). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (BHCB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (NY). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (CEPEC). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (SPF). 31 III 2004, Silva, B.R (RB). 27 X 2004, Monteiro, R.F. 38 (RB). Neoregelia aff. ruschii Leme & B.R. Silva, J. Bromeliad Soc. 51: 147, Não foi encontrada durante este trabalho a obra original desta espécie. Assim, não há muitos dados a serem considerados, uma vez que trata-se de um táxon recente, pouco conhecido. Na etiqueta do único material referido para a região, são indicadas algumas características, como folhas verdes com ápice vermelho, com manchas e máculas vinosas, bainhas vinosas, inflorescência com brácteas e sépalas vermelhas e pétalas azuis. Cresce como epífita em área de Mata Atlântica a cerca de 1100 m de altitude. Floresce no mês de novembro. Ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Ibitirama: Parque Nacional do Caparaó, 28 XI 1998, Martinelli, G (RB, MBM.). Neoregelia sanguinea Leme, Selbyana. 16(1): Tipo: Brasil, Espiríto Santo, Iúna, Laranja da Terra, originalmente coletado por Roberto Kautsky 1013 e floresceu em cultivo com E.M.C. Leme (Holótipo: HB. Isótipo: SEL). Distribuição geográfica: ES.

142 122 Neoregelia sanguinea é endêmica da região da Serra da Mantiqueira, conhecida somente pelo material-tipo. Segundo o autor da espécie, apresenta propagação por estolões curtos, folhas verdes a púrpuras com pontuações verdes, as interiores vermelho-escuras em direção a base, sépalas vermelhas em direção ao ápice e pétalas brancas na base com ápice lilás. Assemelha-se a Neoregelia macwilliamsii L.B. Sm. e a Neoregelia compacta, que não ocorrem na Serra da Mantiqueira. Não há dados referentes ao hábito e ambiente. Foi coletada a cerca de 1000 m de altitude. Floresce em dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. Neoregelia sarmentosa (Regel) L.B. Sm., Contr. Gray Herb. 104: Basiônimo: Nidularium sarmentosum Regel, Gartenflora 19: Tipo: Brasil, Petrograd Hortus ex Berlin Hortus s.n. (Holótipo: LE). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SP. Neoregelia sarmentosa ocorre na região Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira há registros da espécie apenas para o estado de Minas Gerais. Caracteriza-se pelas folhas com bainhas negras, lâminas liguladas, verdes, com ápice arredondado e mucronado, com uma mancha conspícua, vermelha e inflorescência com muitas flores. Na análise dos materiais dos herbários notam-se variações consideráveis com relação ao número de flores na inflorescência e coloração das sépalas (a maioria apresentava indicação de cf. ou aff.). A espécie é pouco conhecida, sendo necessários estudos mais aprofundados que propiciem um melhor entendimento da amplitude de variações. Conforme já mencionado apresenta algumas afinidades com N. cyanea. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, entre 140 e 1600 m de altitude. Há registro de floração para os meses de junho, novembro e dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Além Paraíba: Arraial de São Domingos, 25 VI 1968, Braga, P.I.S (RB). Chácara: Fazenda Santana, 30 XI 1969, Gomes, V. 75 (RB). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme,

143 123 E.M.C (SEL). Rio Novo, IX 1895, Schwacke, W (RB). Araújo (RB). Santa Rita de Jacutinga: cachoeira do Pacau, XII 2001, Moura, R. 344 (R). Neoregelia simulans L.B. Sm., Phytologia.15: Tipo: Brasil, Espírito Santo, entre Castelo e Fruteira, Morro Pinga-Fogo, Seidel, A Holótipo: HBR). Distribuição geográfica: ES, MG. A espécie era conhecida apenas do material-tipo oriundo do estado do Espírito Santo, constituído de poucos fragmentos o que tornava difícil uma delimitação precisa. Leme (1985) publicou uma emenda para a espécie a fim de facilitar o reconhecimento do táxon. Na Serra da Mantiqueira é referida para o Parque Estadual do Brigadeiro. Durante este trabalho foram observadas algumas populações que foram consideradas como aff. de Neoregelia simulans, no município de Rio Preto, Minas Gerais Neoregelia simulans caracteriza-se pelo pequeno porte, lâminas verdes com máculas vináceas, principalmente próximo na porção da bainha, sépalas vivamente vermelhas e pétalas brancas com margens lilases. Assemelha-se a Neoregelia fluminensis L.B. Sm., que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Cresce em áreas de Mata Atlântica, como epífita, rupícola ou saxícola, entre 1000 e 1500 m de altitude, formando densas populações. Floresce de fevereiro a abril. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 14 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Trindade-Lima, T. 236 (SP). Neoregelia sp. Distribuição geográfica: MG. Esta morfo-espécie foi criada para abrigar um exemplar coletado na região de Carangola,

144 124 Minas Gerais. O espécime possui características distintas, podendo ser uma nova espécie, segundo o coletor da planta, Leoni (com. pess.). Cresce como epífita em área de Mata Atlântica a cerca de 500 m de altitude. Não ocorre em unidade de conservação. Floresce no mês de setembro. MINAS GERAIS. Carangola: Rio Carangola - Ilha Encantada, 7 IX 1993, Leoni, L.S (GFJP). Neoregelia tristis (Beer) L.B. Sm., Proc. Amer. Acad. 70: Basiônimo: Bromelia tristis Beer, Bromel Tipo: Cultivada no Brasil, Berlin Hortus s.n. (Holótipo: B, n v, destruído?). Distribuição geográfica: ES, RJ. Neoregelia tristis é conhecida para poucas localidades do estado do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada por apenas uma coleção procedente da região do Itatiaia no Rio de Janeiro. Caracteriza-se pelas bainhas relativamente largas com pontuações escuras, lâminas verdes com estrias desuniformes, espinhos inconspícuos, brácteas florais vermelha-escuras e pétalas azuis em direção ao ápice. Na chave apresentada por Smith & Downs (1979) aparece próxima de Neoregelia leprosa L.B. Sm., conhecida apenas pelo material tipo procedente da Serra do Cipó, Minas Gerais. Não há dados sobre o hábito, ambiente e altitude de ocorrência na Serra da Mantiqueira. Smith & Downs (1979) indica que a espécie ocorre acima de 1000 m de altitude. Ocorre em unidade de conservação. RIO DE JANEIRO. Itatiaia, Foster, M.B. 139 (RB). Nidularium antoineanum Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30(4): Tipo: Lectotipificada pela estampa 35-C, in Wawra, Itin. princ. S. Coburgi. 1883, designado por Leme (2000b).

145 125 Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Nidularium antoineanum é restrito ao Sudeste brasileiro. Em Minas Gerais a espécie é conhecida apenas em áreas da Serra da Mantiqueira, no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e Parque Nacional do Caparaó. A caracterização de Nidularium antoineanum foi bastante dificultada ao longo dos anos por não haver um material-tipo preservado. A estampa que tipifica a espécie revela traços influentes do estilo do artista e não apresenta detalhes morfológicos. No decorrer dos anos, com as informações contidas na descrição original, a estampa colorida e a área de ocorrência indicada no protológo, foi possível o reconhecimento de algumas populações, relativamente comuns em áreas serranas do Rio de Janeiro e São Paulo (Leme 2000b). A espécie apresenta como caracteres marcantes, o escapo ultrapassando as bainhas foliares, brácteas primárias sem distinção entre bainha e lâmina e as flores, geralmente, distintamente pediceladas. Assemelha-se a Nidularium marigoi Leme, da qual pode ser diferenciada pelas bainhas sem nervuras evidentes e pelas pétalas azul-escuras em direção ao ápice, com margens brancas. A coloração das folhas, como em algumas outras espécies do gênero, pode apresentar variação. No Parque Estadual da Serra do Brigadeiro são observadas populações com folhas purpúreo-vinosas, diferentes do padrão, completamente verde, verificado na maioria das populações (Leme 2000b). Cresce em áreas de Mata Atlântica, como epífita, rupícola ou terrícola, entre 400 e 1800 m de altitude. Nos exemplares examinados há indícios de floração nos meses de abril, maio, junho, novembro e dezembro. Leme (2000b) indica que a espécie floresce de fevereiro a maio. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Pedra Dourada, VIII 1997, Leoni, L.S (GFJP). Serra do Boné, 9 IV 1995, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 20 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 V 2000, Goldschmidt, A. 34 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 XI 2001, Paula, C.C (VIC). Serra do Boné, 23 VI 2004, Leoni, L.S (GFJP). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 VI 2002, Leoni, L.S (GFJP). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, V 2006, Leoni, L.S (GFJP). Caparaó, Leme, E.M.C (RB). Carangola: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB). fazenda Neblina, 5 VI 1988, Leoni, L.S. s.n. (SPF 62045). Serra da Grama, 24 IV 1991, Leoni, L.S (GFJP). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, IV 1993, Leoni, L.S (GFJP). Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 5 VI 1988, Leoni, L.S. 253??? (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 14 IV 1995, Paula,

146 126 C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB). fazenda Neblina, 16 VIII 1992, Leme, E.M.C (HB). Nidularium apiculatum L. B. Sm., var. apiculatum Smithsonian Misc. Collect. 126 (1): 32, fig Tipo: Rio de Janeiro, Itatiaia, 30 jun. 1939, Foster, M.B. 124 (Holótipo: GH). Distribuição geográfica: RJ Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, encontrada apenas na região de Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro. Caracteriza-se por apresentar poucas brácteas primárias, com lâminas bem desenvolvidas, inflorescência peculiar, assimétrica, sépalas avermelhadas na porção central com margens esverdeadas e pétalas com ápice vermelho-coralino. Apresenta algumas afinidades com Nidularium itatiaiae L.B. Sm. (com o qual partilha basicamente a mesma área de distribuição), diferenciando-se pelo porte menor, forma da inflorescência, fascículos com menor número de flores (que concentram-se mais no tanque central da inflorescência) e sépalas menores. A espécie esta mais intimanente relacionada a Nidularium altimontanum Leme, que ocorre na Serra do Mar (Leme 2000b). Cresce em áreas de Mata Atlântica, normalmente associada a cursos d água, como epífita ou saxícola, entre 1000 e 1300 m de altitude. Nos materiais examinados foram encontrados indícios de floração nos meses de maio, agosto e novembro. Leme (2000b) indica floração para a espécie entre dezembro e maio. Encontra-se protegida em unidade de conservação, no entanto é necessária especial atenção, por ser restrita a poucas localidades. RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Parque Nacional do Itatiaia, 7 XI 1992, Leme, E.M.C (HB). 15 V 1985, Menescal, R. s.n. (HB 73842). 15 V 1985, Menescal, R. s.n. (RB ). Resende: Serrinha, VIII 1985, Leme, E.M.C. 719 (HB). Parque Nacional do Itatiaia, 7 XI 1992, Leme, E.M.C (HB). VIII 1985, Leme, E.M.C. 720 (RB). Nidularium apiculatum var. serrulatum L.B. Sm. Smithsonian Misc. Collect. 126 (1): Tipo: Rio de Janeiro, Itatiaia, 30 jun. 1939, Foster, M.B. 121 (Holótipo: GH; isótipo: R).

147 127 Distribuição geográfica: RJ Esta variedade, assim como a variedade típica, é endêmica da Serra da Mantiqueira, restrita a região de Itatiaia, Rio de Janeiro. Foi coletada na mesma data que a variedade típica, provavelmente em regiões próximas. A principal característica utilizada na distinção desta variedade é a presença de sépalas espinulosas, caráter único no gênero. Leme (2000b) discute a problemática da validade deste táxon, uma vez que não é possível distinguir com clareza outros caracteres que possam sustentar esta variedade. Há registro de apenas mais um exemplar além do material-tipo. Cresce como epífita, em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 1300 m de altitude. O isótipo analisado parece estar em período de floração e foi coletado no mês de junho, o outro material, segundo Leme (2000b) floresceu em cultivo no mês de fevereiro. Ocorre em unidade de conservação, mas são válidas para esta variedade as mesmas observações feitas a variedade típica quanto a conservação. RIO DE JANEIRO. Parque Nacional do Itatiaia, 7 XI 1992, Leme, E.M.C (HB). Nidularium azureum (L.B. Sm.) Leme, Nidularium Bromel. Mata Atl Basiônimo: Wittrockia azurea L.B. Sm., Smithsonian Misc. Collect. 126: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Coronel Pacheco, fazenda da Companhia, Heringer, E.P (Holótipo: SP, Isótipo: US). Distribuição geográfica: MG Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira conhecida apenas de algumas localidades do município de Coronel Pacheco, no estado de Minas Gerais. Apresenta características morfológicas bastante diferenciadas das espécies congêneres, com traços intermediários entre o complexo azul e o complexo vermelho. Caracteriza-se pelo aspecto delicado, com folhas estreitas, escapo floral elevando distintamente a inflorescência acima da roseta foliar e pela presença de apêndices fimbriados na base das pétalas. Assemelha-se a N. corallinum, espécie pertencente ao Complexo vermelho, endêmica do estado de São Paulo, da qual pode ser diferenciada pelas lâminas muito estreitas (1,3 2,2 cm) (vs. lâminas

148 128 mais largas (2,5 3,0 cm), maior densidade de espinhos nas brácteas primárias e florais (vs. menor densidade de espinhos), sépalas obtusas (vs. longamente acuminadas) e pétalas na sua maior parte azul-escuras (vs. pétalas vermelho coralinas) (Leme 2000b). Ocorre na Mata Atlântica em locais sombreados e geralmente próximos a cursos d água, como epífita, a cerca de 450 m de altitude. A floração, de acordo com Leme (2000b), ocorre nos meses de fevereiro e março, e também de agosto a outubro. Segundo este autor esta espécie pode ser considerada no limiar da extinção, uma vez que foi verificada atividades de desmatamento na única localidade onde foi encontrada. Não ocorre em unidade de conservação. Versieux (2005) enquadra a espécie na categoria criticamente em perigo (CR) destacando a necessidade de medidas conservacionistas urgentes. MINAS GERAIS. Coronel Pacheco: Água Limpa, 6 VII 1967, Pereira, E (HB). fazenda da Companhia, 30 VIII 1944, Heringer, E.P (SP). fazenda da Companhia, 30 VIII 1944, Heringer, E.P (US). Antiga Fazenda Água Limpa, 28 VI 1996, Leme, E.M.C (HB). Heringer, E.P (RB). Nidularium bicolor (E. Pereira) Leme, Nidularium Bromel. Mata Atl Basiônimo: Nidularium innocentii var. bicolor E. Pereira, Bradea 1(29): Tipo: Brasil, Espírito Santo, Castelo, Pedra Azul, Seidel, A. 644 (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Nidularium bicolor é típico de áreas da Serra da Mantiqueira, principalmente do estado de Minas Gerais. Segundo Leme (2000b) as coletas realizadas nos outros estados são significativamente próximas as fronteiras com este estado. No Rio de Janeiro a espécie é registrada apenas para o município de Visconde de Mauá, na Serra da Mantiqueira. Durante as coletas realizadas neste trabalho, foram encontradas algumas populações desta espécie na região de Rio Preto, em Minas Gerais, ocorrendo em simpatria com Nidularium ferdinando-coburgii. Leme (2000b) não aponta similaridades morfológicas entre estes táxons, indicando somente que pode haver superposição destas espécies na região de Ibitipoca, em Minas Gerais. Monteiro & Forzza (dados não publicados) na flora bromeliólogica da Serra do Ibitipoca conclui que apenas Nidularium ferdinando-coburgii ocorre no local e que a circunscrição destes dois táxons deve ser revista. Nas populações de Rio Preto, apesar da

149 129 complexidade envolvida, foi possível delimitar as duas espécies. Nidularium bicolor caracterizase pelas lâminas foliares menores (12-30 x 3,5-4,3 cm) e brácteas primárias menores (4-11 x 3-6 cm), com espinhos conspícuos (1,5mm de comp), vs. lâminas foliares mais longas (20-58 x 2,5-3,5 cm), brácteas primárias (9-13 x 3,5-5,5 cm) e espinhos menores que 1mm em Nidularium ferdinndo-coburgii. Nota-se sobreposição de alguns dos caracteres citados acima, bem como de outros não exemplificados aqui. É bastante provável que hajam híbridos nas populações simpátricas (do Parque Estadual do Ibitipoca e da Serra do Funil, em Rio Preto). Alguns materiais procedentes do Parque Estadual do Ibitipoca apresentam espinhos proeminentes, negros, semelhantes aos de Nidularium fulgens Lem., espécie registrada apenas para o estado do Rio de Janeiro. Nas populações encontradas em Rio Preto, também foi registrada a presença de Nidularium purpureum, embora esta espécie possua padrão cromático distinto do grupo em questão, a distinção entre estas espécies no estado vegetativo requer observações minuciosas. Estudos mais aprofundados devem ser realizados, para uma melhor delimitação, ou sinonimização deste táxon. Cresce como epífita ou rupícola em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude, entre 600 e 1550 m de altitude. Há indicações de floração nos meses de janeiro, abril, junho, agosto, setembro, outubro e dezembro, com concentrações nos meses de verão. Leme (2000b) indica que a espécie floresce de novembro a fevereiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Estrada Mauá - São José do Rio Preto, VIII 1985, Leme, E.M.C. 721 (HB). Conceição de Ibitipoca: Parque Estadual de Ibitipoca, 13 I 2007, Trindade-Lima, T. 181 (SP). Fervedouro: Res. Mun. Córrego da Água Limpa, 18 VIII 1992, Nahoum, P. s.n.(hb 73842). Res. Mun. Córrego da Água Limpa, 18 VIII 1992, Nahoumi, P. s.n.(rb ). Leme, E.M.C (RB). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 22 I 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 26388). Parque Estadual de Ibitipoca, 4 IV 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 26464). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Estadual do Ibitipoca, 14 IX 1981, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (BHCB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (CFJP). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). Leme, E.M.C (RB). Manhumirim, 28 X 1982, Seidel, A. 820 (SEL). Rio Preto, III 2004, Menini-Nero, L. s.n.(cesj 42655). Leme, E.M.C (RB). Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). RIO DE JANEIRO. Estrada para Visconde de Mauá, VIII 1985, Leme, E.M.C. 711 (HB). Parque Nacional do Itatiaia, XI 1988, Leme, E.M.C (HB). RIO DE JANERIO. Estrada para Visconde de Mauá - Alto da Serra, VIII 1985, Leme, E.M.C. 711 (HB). Nidularium billbergioides (Schult. & Schult. f.) L.B. Sm., Contr. Gray Herb. 95:

150 130 Basiônimo: Tillandsia terminalis Vellozo, Fl. Flum ; Icon. 3: pl Tipo: Brasil, Almada, Martius s. n. (Holótipo: M, n. v.). Distribuição geográfica: BA, ES, PR, RJ, SC, SP. Leme (1998) elevou o subgênero Canistropsis ao status de gênero, no qual Nidularium billbergioides foi incluído. Moreira et al. (2007) relatam não haver características exclusivas suficientes para manter Canistropsis como um gênero a parte e adotam a proposição de Smith & Downs (1979), mantendo Canistropsis como subgênero de Nidularium. Nidularium billbergioides ocorre no leste brasileiro da Bahia a Santa Catarina. Na Serra da Mantiqueira é conhecido por apenas uma coleta procedente do município de Tremembé, no estado de São Paulo. Caracteriza-se pelas folhas delicadas, escapo longo, elevando distintamente a inflorescência acima da roseta foliar, brácteas primárias geralmente amarelas, (segundo Leme (1998) também podem ser verdes, alaranjadas, róseas e lilases a purpúreos-escuras), e pétalas alvas. Na etiqueta do exemplar analisado são indicadas brácteas primárias amarelas. Provavelmente devido a ampla área de ocorrência e riqueza nos ambientes, a espécie pode apresentar-se variável nas coleções, apesar disso é de fácil reconhecimento e na Serra da Mantiqueira não há outra espécie com a qual pode ser confundida. Não há dados referentes ao hábito, ambiente e altitude de ocorrência. Segundo Leme (1998) vive preferencialmente no sub-bosque da Mata Atlântica, como rupícola ou epífita, em torno de 1000 m de altitude e floresce de agosto a fevereiro. O material examinado apresenta flores e foi coletado no mês de maio. Moreira et al. (2007) indica floração ao longo de todo o ano. Não ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Tremembé, 9 V 1938, Doering, R. s.n. (SP 39455). Nidularium corallinum (Leme) Leme, Nidularium Bromél. Mata Atl.: Basiônimo: Wittrockia corallina Leme, J. Bromeliad Soc. 42(2): 51. fig. 1, Tipo: Brasil, São Paulo, Bananal, Sertão das Cobras, Faz. Albion, 23 set. 1989, E. Leme 1427, fl. cult. ago (Holótipo: HB).

151 131 Distribuição geográfica: SP. Nidularium corallinum era conhecido apenas da região de Bananal, no estado de São Paulo. Moreira & Wand. (2000) descreveram Nidularium longiescapum, considerado atualmente sinônimo de N. corallinum. Um dos parátipos indicados neste trabalho é procedente do município de Lavrinhas, localizado nos limites da Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo. Este material apresenta características um pouco distintas do padrão geral da espécie, como, por exemplo, a forma das brácteas e sépalas, assemelhando-se a Nidularium azureum, conhecido apenas para o município de Coronel Pacheco, região da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais. Levando-se em conta a área de ocorrência (relativamente próxima ao centro de distribuição de N. corallinum) e a ausência de maiores informações, uma vez que este material está em estágio de frutificação, optou-se neste trabalho em manter a identificação do parátipo. Mas ressalta-se a necessidade de uma análise mais aprofundada deste exemplar, e de novas coletas na localidade, para verificação da identidade deste material, considerando-se a raridade destes dois táxons. Segundo Leme (2000b) Nidularium corallinum é uma espécie bastante peculiar, sendo a única do Complexo vermelho com escapo longo, que eleva distintamente a inflorescência acima da roseta foliar, e com pétalas curtamente concrescidas, portadoras de apêndices fimbriados. Conforme já mencionado, apresenta afinidades com N. azureum. Cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica. Não há dados sobre a altitude no material. Foi encontrado com frutos no mês de abril. Leme (2000b) indica que a espécie cresce como epífita, a cerca de 1300 m de altitude, no sub-bosque da Mata Atlântica de encosta e floresce entre os meses de maio e agosto. Não ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Lavrinhas: Vale do Ribeirão do Braço, 5 IV 1995, Kinoshita, L.S (SP). Nidularium ferdinando-coburgii Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Lectotipificada pela estampa 36-C in Wawra, Itin. princ. S. Coburgi. 1883, designado por Leme (2000b). Distribuição geográfica: MG, RJ.

152 132 Segundo Leme (2000b) a caracterização de Nidularium ferdinando-coburgii tem sido ao longo dos anos dificultada, principalmente pela ausência de um espécime-tipo preservado. No protólogo da espécie são indicados dois espécimes, procedentes dos municípios de Teresópolis e Petrópolis, do Rio de Janeiro. O autor da espécie em 1883 selecionou o material de Teresópolis para tipificar o táxon e apresentou uma estampa colorida do mesmo. Leme (2000b) relata que os exemplares designados por Wawra não foram localizados e designa a estampa como lectótipo da espécie. No entanto, indica que esta ilustração é pouco representativa, com forte influência do artista e que apesar da descrição detalhada, não foi possível observar na natureza exemplares compatíveis. Este autor aponta como mortfologicamente similares, um espécime procedente de Petrópolis e alguns materiais da região do Ibitipoca. Deste modo, considerando-se a circunscrição apresentada por este autor, Nidularium ferdinando-coburgii tem área de ocorrência concentrada na Serra da Mantiqueira. Durante este trabalho foram encontradas algumas populações no município de Rio Preto, Minas Gerais, ampliando a distribuição do táxon. Conforme já mencionado Nidularium ferdinando-coburgii possui grandes afinidades morfológicas com Nidularium bicolor. Leme (2000b) indica proximidade com Nidularium longiflorum, pelas flores concentradas na porção central da inflorescência, e pela problemática envolvida na circunscrição de Nidularium ferdinando-coburgii não descarta a possibilidade de se tratarem de um mesmo táxon. Nos materiais procedentes da Serra da Mantiqueira examinados neste trabalho, é possível discernir facilmente estes dois táxons. Nidularium ferdinando-coburgii cresce como terrícola ou epífita, em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude, entre 1300 e 2000 m de altitude. Há indicações de floração para os meses de janeiro, fevereiro, abril, junho e dezembro, com concentrações para o mês de junho, dezembro e janeiro. Este período coincide em parte com a floração de Nidularium bicolor. Leme (2000b) indica que a espécie foi observada florescendo nos meses de junho e dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 26 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). VI 1896, Magalhães, H (R). Parque Estadual do Ibitipoca, 8 II 2001, Forzza, R.C (CESJ). 11 III 2004, Forzza, R.C (RB). 27 X 2004, Monteiro, R.F. 40 (RB). 20 I 2005, Monteiro, R.F. 49 (RB). 18 I 2005, Monteiro, R.F. 42 (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 24 (RB). Rio Preto: Ninho da Égua, 25 IV 2005, Salimena, F.R.G. 184 (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Vilarejo do Funil, 27 I 2007, Trindade-Lima, T. 231 (SP). Nidularium itatiaiae L.B. Sm. Smithsonian Misc. Collect. 126 (1): 32, fig

153 133 Tipo: Rio de Janeiro, Itatiaia, Cachoeira do Maromba, 30 jun. 1939, Foster, M.B. 118 (Holótipo: GH; isótipo: R). Distribuição geográfica: RJ, SP. Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, característica da região do Itatiaia no estado do Rio de Janeiro. Smith & Downs (1979) citam na Flora Neotrópica, dois exemplares procedentes do Município de Campos do Jordão, estado de São Paulo. Moreira et. al (2007) relatam não ter examinado estes materiais, mas incluem a espécie na flora de São Paulo, argumentando ser bastante provável sua ocorrência para este estado. Nos materiais examinados, neste trabalho, foi observado um exemplar coletado recentemente em Campos do Jordão. A identificação desta espécie teve alguns problemas ao longo dos anos, uma vez que, o material-tipo é representado por um exemplar heliófilo, não consta na descrição original do táxon referência sobre a coloração das pétalas e, na mesma região de sua distribuição ocorre Nidularium marigoi Leme, que só foi descrito recentemente (Leme 2000b). Nidularium itatiaiae caracteriza-se por possuir brácteas primárias agudas, com apículos evidentes, vivamente vermelhas no terço apical ou em toda sua extenção. Conforme já mencionado possui algumas simlidades com N. apiculatum, mas assemelha-se mais intimanente a N. purpureum do qual pode ser diferenciado, pelas brácteas primárias agudas e vivamente vermelhas (vs. brácteas primárias acuminadas e esverdeadas, raramente avermelhadas), sépalas oblongo-elípticas a quase orbiculares, mais altamente concrescidas, com ápice largamente agudo e apiculado (vs. sépalas elípticas a quase obovadas, mais curtamente conscrescidas na base, com ápice acuminado) (Leme 2000b). Habita o sub-bosque da Mata Atlântica, onde cresce como epífita, terrícola, rupícola ou saxícola, entre 800 e 1900 m de altitude. Nos materiais examinados há indicações de floração nos meses fevereiro, maio, agosto, outubro e dezembro. Leme (2000b) indica florescimento nos meses de dezembro e janeiro. A espécie ocorre em unidade de conservação. RIO DE JANEIRO. Parque Nacional do Itatiaia, 3 II 1967, Strang, H. 955 (HB). Serra da Mantiqueira - Rio Itatiaia, 22 IV 1961, Castellanos, A (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 30 V 1969, Sucre, D (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 26 VIII 1989, Leme, E.M.C (RB). Itatiaia: Monte Serrate, 15 VII 1902, Dusén, P. 740 (R). Parque Nacional do Itatiaia, 21 XII 1995, Leme, E.M.C (HB). 18 V 1995, Braga, J.M.A (RB). 26 VIII 1989, Leme, E.M.C (RB). Resende: Parque Nacional do Itatiaia, 26 VIII 1989, Leme, E.M.C.

154 (HB). Parque Nacional do Itatiaia, 26 VIII 1989, Leme, E.M.C (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 1 V 1985, Martinelli, G (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 1 V 1985, Martinelli, G (SI). Parque Nacional do Itatiaia, 1 V 1985, Martinelli, G (US). Parque Nacional do Itatiaia, 11 X 1977, Martinelli, G (RB). SÃO PAULO. Campos do Jordão: Parque Estadual de Campos do Jordão, 6 XII 2000, Konno, T. 728 (SP). Nidularium longiflorum Ule, Ber. Deustsch. Bot. Ges. 14: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Floresta da Tijuca, Ule, E (Holótipo: B, Isótipo, R). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SP. Segundo Leme (2000b) a espécie ocorre em áreas de Mata Atlântica do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo que em Minas Gerais, de acordo com Versieux (2005) a espécie é restrita a esta região. Leme (2000b) relata a problemática relacionada ao táxon, que apesar de ser bem caracterizado pelo hábito estolonífero, inflorescência obcônico-subtubular, uniutriculada, com flores concentradas na porção central da inflorescência e pétalas que podem atingir até 80 mm de comprimento, com lobos estreitamente ovados e com calosidades basais bem desenvolvidas, foi ao longo dos anos confundido e relacionado a outras espécies, dentre as quais pode-se destacar N. ferdinando-coburgii conforme já discutido anteriormente. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 400 m de altitude. Os exemplares analisados apresentam flores e foram coletados nos meses de novembro, janeiro e abril, coincidente com o período de floração da espécie indicado por Leme (2000b). Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 11 XI 2001, Almeida, V.R. 27 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 23 I 2001, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 23 I 2001, Forzza, R.C (SPF). Rosário da Limeira: Serra das Aranhas, 29 IV 2000, Palhais, C.B. 150 (VIC). RIO DE JANEIRO. Cabeceiras do Rio Funil, 7 XI 1956, Kuhlmann, M (SP). Cabeceiras do Rio Funil, 7 XI 1956, Kuhlmann, M (SP).

155 135 Nidularium marigoi Leme, J. Bromeliad Soc. 41(3): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, próximo à divisa com Minas Gerais, Parque Nacional do Itatiaia, Leme, E.M.C. 937 (Holótipo: HB, Isótipo: RB). Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Espécie típica das regiões mais elevadas da Serra da Mantiqueira, ocorrendo entre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com apenas alguns registros para o Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, Minas Gerais e para o Parque Nacional da Bocaina, em São Paulo. Durante este trabalho foram encontradas algumas populações no município de Extrema, no sul de Minas Gerais. A espécie está sendo mantida em cultivo, no viveiro da Prefeitura de Extrema. Segundo Leme (2000b) antes da sua classificação N. marigoi era comumente identificado como Nidularium itatiaiae, que apresenta área de ocorrência similar. Morfologicamente apresenta maior afinidade com Nidularium antoineanum, conforme mencionado anteriormente. A espécie apresenta padrão de coloração das pétalas intermediário entre o complexo azul e o complexo vermelho, sendo azuis escuras em direção ao ápice, mas com as margens e o próprio ápice róseo-lilacino. O material Mattos estava identificado com Nidularium bocainensis, espécie que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Embora o exemplar apresente algumas características um pouco distintas do padrão geral de N. marigoi (escapo mais longo e brácteas primárias mais agudas), neste trabalho o material foi identificado como N. cf. marigoi, uma vez que esta espécie pode apresentar variações morfológicas em função do ambiente. O material Figueiredo 20 estava identificado com Nidularium rosulatum Ule, espécie registrada essencialmente para regiões litorâneas do Rio de Janeiro. Neste trabalho considerando o exposta acima o exemplar foi identificado como N. cf.. marigoi. Habita áreas de Mata Atlântica, principalmente matas de altitude, onde cresce como epífita, terrícola ou rupícola, em altitudes variando de 700 a 2000 m. Floresce entre dezembro e maio. Ocorre em unidades de conservação. ESPÍRITO SANTO. Ibitirama, Martinelli, G (RB). MINAS GERAIS. Aiuruoca: Pico do Papagaio, 9 VI 1999, Vasconcelos, M.F. s.n. (BHCB 47861). Serra do Papagaio, 7 XII 1998, Martinelli, G (RB). Caparaó:

156 136 Parque Nacional do Caparaó, II 1997, Leoni, L.S. s.n.(hb 84558). Extrema: Serra do Lopo - Trilha Pedra das Flores, 14 V 2004, Trindade-Lima, T. 22 (HME). Serra do Lopo - Trilha Pedra das Flores, 14 V 2004, Trindade- Lima, T. 23 (HME). Juiz de Fora: Parque Estadual do Ibitipoca, 25 X 1997, Figueiredo, C. 20 (R). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (RB). 11 III 2004, Forzza, R.C (RB). Passa Quatro: Serra da Mantiqueira, III 1949,? s.n. (R ).? s.n. (RB -). RIO DE JANEIRO., Silva, B.R. 13 (R). Serra do Itatiaia, III 1894, Ule, E. 290 (R). Parque Nacional do Itatiaia, VIII 1986, Leme, E.M.C. 937 (HB). Parque Nacional do Itatiaia, 6 XI 1976, Martinelli, G (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 6 XI 1976, Martinelli, G (SP). Itatiaia: Macieiras, 27 V 1945, Brade (RB). Ule, E. 390 (RB). 27 II 1945, Brade, A.C (RB). SÃO PAULO. Campos do Jordão: Horto Florestal Campos do Jordão, 10 IV 1992, Buzato, S (SP). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (HB). Parque Estadual de Campos do Jordão, 2 II 1995, Sazima, M (UEC). Parque Estadual de Campos do Jordão, 26 I 1995, Sazima, M (UEC). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (SP, RB). Nidularium meeanum Leme, Wand. & Mollo, Fl. Fan. I. Cardoso 3: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Parati, próximo à divisa com São Paulo, Araújo, L.K.C. s.n. fl. cult. Leme, E.M.C. 751 (Holótipo: HB, Isótipo: RB). Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Foi encontrado apenas um material referente a Serra da Mantiqueira para esta espécie coletado em Bocaína de Minas MG, única ocorrência também para o estado de Minas Gerais. As populações desta espécie se concentram principalmente em áreas litorâneas do estado do Rio de Janeiro e São Paulo. De uma maneira geral Nidularium meeanum caracteriza-se pelo aspecto delicado, com folhas de textura fina com a base conspicuamente estreitada, escapo elevando a inflorescência bem acima da roseta, brácteas primárias verdes com a porção apical vermelha e brácteas florais incospicuamente serrilhadas (Wanderley & Mollo 1992, Leme 2000b). Assemelha-se a Nidularium angustifolium Ule, N. antoineanum e N. procerum Lindm. Apenas N. antoineanum ocorre na Serra da Mantiqueira. Estes táxons podem ser distintos, segundo Leme (2000b), pelo maior comprimento das brácteas primárias, folhas com distinção evidente entre bainhas e lâminas e pelas flores sésseis, com pétalas mais largas, obovadas a largamente oblongo-elípticas em Nidularium meeanum. Ocorre em áreas de Mata Atlântica. Não há informações na etiqueta sobre o hábito e altitude em que foi coletado o material, o florescimento em cultivo ocorreu no mês de abril.

157 137 Leme (2000b) relata que a espécie apresenta hábito epifítico, ocorre desde o nível do mar até altitudes superiores a 1000 m e que a floração se inicia em novembro e finaliza em março. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Bocaina de Minas, IV 1987, Leme, E.M.C (HB). Nidularium purpureum Beer, Fam. Bromel Tipo: Neotipificada pela estampa 25, em Antoine Phyto-Iconogr. Bromel. 1884, designado por Leme (2000b). Distribuição geográfica: MG, RJ. Nas coleções examinadas foi observado apenas um material de Nidularium purpureum procedente da Serra da Mantiqueira, em área próxima ao Rio do Peixe, no município de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Segundo Leme (2000b) a região do Rio do Peixe, é relativamente próxima à divisa com o estado do Rio de Janeiro, onde se concentram a maioria de suas populações. Durante este trabalho foi encontrada uma pequena população desta espécie no município de Rio Preto, Minas Gerais, localidade relativamente próxima a região de Juiz de Fora. Apresenta afinidades morfológicas com Nidularium iatiaiae, conforme já discutido anteriormente. Nidularium purpureum caracteriza-se por apresentar folhas e brácteas primárias com coloração púrpura, que caracteriza o nome do táxon, embora algumas populações possam apresentar folhas verdes e brácteas primárias avermelhadas. Os indivíduos observados em Rio Preto apresentam folhas verdes e brácteas primárias intensamente vermelhas em direção ao ápice, assim como reportado por Leme (2000b) para populaçõe da região de Sumidouro, no Rio de Janeiro. Cresce como terrícola em áreas de Mata Atlântica, comumente em ambientes úmidos, acima de 1000 m de altitude. Leme (2000b) indica que a espécie ocorre entre 200 e 800 m de altitude. Floresce em cultivo nos meses de dezembro e janeiro. Não ocorre em unidade de conservação. Destaca-se a importância da preservação desta espécie no estado de Minas Gerais

158 138 MINAS GERAIS. Juiz de Fora: rio do Peixe, 28 VI 1996, Leme, E.M.C (HB). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). RIO DE JANEIRO. Sumidouro, 27 II 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 26350). Nidularium rubens Mez, in Martius, Fl. bras. 3 (3): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, próximo a divisa com São Paulo e Minas Gerais, Serra do Picu, set. 1881, A. Glaziou (Holótipo: B. Isótipo: P, n.v. (foto HB). Distribuição geográfica: RJ, SP. Nidularium rubens é conhecido para a Serra da Mantiqueira apenas pelo material-tipo. A maioria das populações conhecidas ocorre em áreas serranas e no litoral do estado de São Paulo. Caracteriza-se pelo pequeno porte, número reduzido de folhas, canaliculadas, constrictas na base, normalmente purpúreo-vinosas na face abaxial, inflorescência sustentada por um longo escapo, distintamente elevada acima da roseta foliar, brácteas primárias com ápice acuminadocaudado, freqüentemente revolutas em direção ao ápice e pétalas com com lobos brancos. Assemelha-se a N. albiflorum, que não ocorre na Serra da Mantiqueira (Leme 2000b, Moreira et. al 2007). Não há dados sobre o hábito, ambiente e fenologia do táxon para a Serra da Mantiqueira. Leme (2000b) relata que a espécie ocorre como terrícola em áreas de Mata Atlântica a cerca de 1000 m de altitude. Não ocorre em unidade de conservação. Nidularium rutilans E. Morren, Belgique Horticole. 35: (2000b). Tipo: Lectotipificada pela iconografia de E. Morren (Lectótipo: K), designado por Leme Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Nidularium rutilans era conhecido apenas para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi citado por Paula (1998), para o estado de Minas Gerais, para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, nos municípios de Araponga e Fervedouro, áreas da Serra da Mantiqueira. O material referido para Araponga Goldschmidt, A. 34 é aqui identificado como N. antoineanum,

159 139 ficando a espécie registrada para a Serra da Mantiqueira e para o estado de Minas Gerais por apenas um exemplar. Segundo Leme (2000b) a espécie caracteriza-se por apresentar roseta foliar compacta, folhas com espinhos diminutos, com máculas verde-escuras e inflorescência bastante desenvolvida. Assemelha-se a N. espiritosantense Leme que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Cresce como terrícola, em área de Mata Atlântica, a cerca de 1300 m de altitude. No material examinado não é possível definir o estágio da floração. Paula (1998) indica que a espécie floresce entre novembro e janeiro, Leme (2000b) entre novembro e fevereiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 14 IV 1995, Paula, C.C (VIC). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, III 1937, Brade, A.C (RB). Pitcairnia carinata Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Glaziou (Holótipo: B). Distribuição geográfica: MG, RJ. s Pitcairnia carinata é registrada apenas para a porção mais ao norte da Serra do Mar, no estado do Rio de Janeiro e para a Serra da Mantiqueira, ocorrendo no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e Parque Nacional do Caparaó. Somente um material é referido para o município de Viçosa, Minas Gerais. Este espécime não apresenta folhas inteiras e na etiqueta é indicada coloração amarela para as pétalas. Devido ao hábito muito similar, a delimitação das espécies de Pitcairnia é dificultada na análise de material herborizado. Versieux (2005) indica proximidade com P. decidua, diferenciando-as pelas lâminas foliares decíduas, que se enrolam antes de se desprenderem em P. decidua. Paula (1998) observou semelhanças entre P. carinata, P. decidua e P. flammea no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, distinguindo P. carinata pelas inflorescências menores e pelas folhas com pouca ou nenhuma escama. Wendt (1994) relata similaridade com P. flammea, e aponta como principal característica distintiva as sépalas aladas-carinadas, caráter que a diferencia também de todas as espécies do gênero ocorrentes no estado do Rio de Janeiro. Pitcairnia carinata cresce como rupícola ou saxícola, especialmente em Campos de

160 140 Altitude, apenas um registro indica ocorrência em Campo Rupestre. Paula (1998) observou esta espécie desenvolvendo-se exclusivamente em Campos de Altitude, no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Habita áreas com altitudes variando entre 1000 e 2200 m. A floração concentra-se entre os meses de novembro e janeiro, alguns exemplares examinados foram coletados com flores nos meses de maio e junho. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Araponga - Fazenda Neblina, XII 1994, Leoni, L.S (GFJP). Alto Caparaó: Serra de Caparaó, 8 III 1917, Lutz, A (R). Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1998, Martinelli, G (RB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 I 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 22 III 1999, Goldschmidt, A. 20 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 VI 1999, Paula, C.C. s.n. (VIC 23655). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 VI 1999, Paula, C.C. s.n. (VIC 23583). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 16 I 2001, Caiafa, A.N. 47 (CESJ). Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 29 XI 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 19 VI 1999, Paula, C.C. s.n.(vic 23583). Carangola: Serra da Grama - Pedra do Pato, 24 V 1991, Leoni, L.S (GFJP). Espera Feliz: Parque Nacional do Caparaó - Lagão, 26 I 1999, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 22 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual - Pedra do Pato, 22 I 2005, Leoni, L.S (GFJP). Sericita: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 12 I 1996, Paula, C.C (VIC). São João de?: Serra da Sericita, XI 1997, Leoni, L.S (GFJP). Viçosa: Alto da Serra do Grama, 19 IV 1935, Kuhlmann, J.G. 145 (VIC). Pitcairnia curvidens L.B. Sm. & Read, Phytologia 41(5): Sinônimo: Pitcarinia flammea var. spinulosa E. Pereira, Bradea 2(25): syn. nov. Tipo: Brasil, Minas Gerais, serra do Cipó, Irwin, H.S (Holótipo: UB) Pitcairnia curvidens é endêmica do estado de Minas Gerais, sendo referida para a Serra do Cipó e para a Serra da Mantiqueira. Na última é referida para o Parque Estadual do Ibitipoca e o município de Aiuruoca. Versieux (2005) caracteriza a espécie pelas folhas dimórficas, com espinhos curvos, achatados, enegrescidos, subdensamente dispostos na base. O autor indica afinidades entre esta espécie e Pitcairnia decidua, diferenciando-as pela presença de espinhos na base das folhas, além disso, estas espécies não possuem a mesma área de distribuição. Monteiro & Forzza (dados não publicados), no Parque Estadual do Ibitipoca, observa semelhanças entre P. curvidens e P. flammea, distinguindo-as pela presença de espinhos na bainha foliar, pela presença de indumento e coloração das folhas e brácteas do escapo e pelo tamanho do escapo e da inflorescência.

161 141 Cresce como rupícola ou saxícola, em áreas de Campos Rupestres, entre 950 e 2200 m de altitude. A floração se concentra no mês de fevereiro. Ocorre em unidade de conservação, segundo Versieux (2005) pertence a categoria vulenerável (VU). MINAS GERAIS. Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). Serra do Papagaio, 18 II 2005, Mello-Silva, R (RB). Serra do Papagaio, 18 II 2005, Mello-Silva, R (SPF). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1984, Leme, E.M.C (HB). 6 II 2004, Monteiro, R.F. 35 (RB). Pitcairnia decidua L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 1: Tipo: Brasil, Espírito Santo, Cuiubiçá, Foster, M.B. 893 (Holótipo: GH. Isótipo: SP). Distribuição geográfica: ES, MG. Não foram encontradas referências atuais sobre a localidade indicada no material tipo. Pitcairnia decidua é provavelmente endêmica dos Campos de Altitude da Serra da Mantiqueira, ocorrendo na região do Parque Nacional do Caparaó e proximidades do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Caracteriza-se por apresentar folhas decíduas, que se enrolam antes de se desprenderem. Assemelha-se a P. carinata e P. curvidens, conforme já discutido, e a P. flammea, da qual pode ser diferenciada, segundo Paula (1998) pelas brácteas florais papiráceas e ovário totalmente súpero. Smith & Downs (1974) relatam ovário 4/5 súperos para P. decídua e 2/3 súpero em P. flammea. Wendt (1994) indica ovário súpero para as espécies de P. flammea ocorrentes no Rio de Janeiro. A posição do ovário parece sofrer variações neste táxon, sendo necessárias a observação de outras características para uma melhor delimitação desta espécie. Cresce como rupícola, terrícola ou saxícola, em áreas de Mata Atlântica e Campos de Altitude, entre 1000 e 1900 m de altitude. Floresce entre fevereiro e abril, um único registro apresenta indicação de floração para o mês de setembro. Paula (1998) verificou que muitas populações desapareceram após queimadas no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, segundo este autor, a espécie pertence a categoria baixo risco (LC) pela ampla área de distribuição, mas sugere que a espécie pode ser enquadrada na subcategoria próximo a ameaçado (NT). Versieux (2005) enquadra a espécie na categoria vulnerável e sugere cuidados e medidas adequadas de manejo dentro das poucas unidades de

162 142 conservação onde a espécie ocorre. ESPÍRITO SANTO. Itabapoana, Hoehne, F.C. s.n.(sp 54666). São Pedro de Itabapoana: Mazzini s.n. (RB -). MINAS GERAIS. Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 13 III 1994, Leoni, L.S (GFJP). Serra do Boné - Pico do Boné, 1 IV 1994, Leoni, L.S (GFJP). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 1 IV 1989, Krieger, L (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 1 IV 1989, Krieger, L (RB). Parque Nacional do Caparaó, 1 IV 1989, Krieger, L (SPF). Serra do Caparaó, 20 XI 1941, Brade, A.C (RB). Martinelli, G (RB). Alto do Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 15 I 2007, Trindade-Lima, T. 198 (SP). Araponga: Estouro, 13 II 1985, Vidal, W.N. 634 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 3 II 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 V 2000, Goldschmidt, A. 30 (VIC). Serra da Araponga, 13 III 1994, Leoni, L.S (HB). Fazenda Brigadeiro, 4 III 2002, Leoni, L.S (GFJP). Bailey 1036 (RB). Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 5 IX 1996, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, 2 II 1996, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 12 III 1989, Leoni, L.S. 718 (GFJP). Faria Lemos: Fazenda M. Castelo - ECCB, 5 II 2006, Silva, B.M.F. 82 (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 11 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Tombos: Alto da Pedra Dourada, 10 VI 1941, Oliveira, J.E. 578 (BHCB). Alto da Pedra Dourada, 10 VI 1941, Oliveira, J.E. 579 (US). Pitcairnia flammea Lindl. var. flammea, Bot. Reg. 13: t Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Guanabara, Harrison s.n. (Holótipo: CGE). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SP. Comentario Pitcairnia flammea var. flammea ocorre em todos os estados da região Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira apresenta ampla área de distribuição, é referida para Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Diversos autores tem destacado a problemática para a delimitação desta espécie, suas variedades e espécies afins (Wendt 1994, Wendt 1997, Wendt et al. 2000). Pitcairnia flammea é relativamente comum, bem representada nas coleções de herbário, sendo espécie mais polimórfica do gênero. Martinelli & Forzza (2006) inferem que a revisão do complexo que envolve esta espécie levará a mudanças no número de espécies deste gênero. Conforme já discutido assemelha-se a P. carinata, P. curvidens e P. decidua. Atualmente são aceitas seis variedades além da variedade típica. P. flammea var. flammea se diferencia das outras variedades, segundo Smith & Downs (1974) pela raque glabra, que se torna geralmente escura quando secas. Versieux (2005) relata que os espécimes procedentes do Sudeste de Minas

163 143 Gerais, área onde se situa a Serra da Mantiqueira, são os que mais se assemelham a variedadetípica. Cresce como rupícola, saxícola ou terrícola, apenas um material examinado indica hábito epifítico. Ocorre em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campo de Altitude, entre 350 e 2200 m de altitude, sendo comumente encontrada próxima a cursos d água, mas também em ambientes sob insolação direta. Floresce entre novembro e maio, com concentração nos meses de fevereiro e abril. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 12 II 1995, Leoni, L.S (GFJP). Aiuruoca: Serra do Papagaio, 18 II 2005, Mello-Silva, R (CESJ). Serra do Papagaio, 18 II 2005, Mello-Silva, R (RB). Antônio Carlos: Passa Três - Estrada Santos Dumont, 14 IV 2006, Mello-Silva, R (RB). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 3 III 2002, Forzza, R.C (BHCB). Reserva Biológica da Represa do Grama, 3 III 2002, Forzza, R.C (CESJ). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 13 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Juiz de Fora: Morro do Imperador, 19 IV 2002, Pifano, D.S. 345 (BHCB). Pedreira Santo Cristo, 14 XI 1999, Caiafa, A.N. s.n. (SPF ). Pedreira Santo Cristo, 14 XI 1999, Caiafa, A.N. s.n. (CESJ ). ReBio do Poço da Anta, 7 III 1977, Silva, J.A (CESJ). Pedreira Itatiaia, 22 II 2001, Forzza, R.C (CESJ). Morro do Imperador, 13 V 2006, Pijam, D.S. 715 (ESAL). 19 IV 2005, Abreu, N.L. s.n. (CESJ 44107). Wawra II- 330 (RB). Wawra 330 (RB). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 30 IV 2000, Tatagiba, F.C.P. 66 (RFA). Parque Estadual de Ibitipoca, 25 X 1997, Figueiredo, C. 19 (R). Parque Estadual do Ibitipoca, 8 II 2001, Forzza, R.C (CESJ). Estrada para Conceição de Ibitipoca, 16 IV 1992, Oliveira, R.C. 76 (CESJ). Parque Estadual do Ibitipoca, 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). 8 V 2002, Marquete, R (RB). 31 III 2004, Forzza, R.C (RB). 31 III 2004, Forzza, R.C (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 23 (RB). 8 XII Pedralva: Serra da Pedra Branca, 1 VI 2002, Valente, A.S.M. 222 (CESJ). Rio Preto: Gruta do Funil, VII 1989, Grandi, T.S.M. 306 (BHCB). 12 IV 1997, Brugger, M. s.n. (R ). Burro de Ouro, 21 I 2006, Souza, F.S. 135 (CESJ). Funil - Trilha para o Ninho da Égua, 22 IV 2005, Valente, A. 388 (CESJ). São João Nepomuceno: Serra dos Núcleos - Fazenda Primavera, 11 II 2003, Pifano, D.S. 471 (CESJ). São Tomé das Letras: Pico do Gavião, 22 I 1999, Assis, M.C. 594 (SPF). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Lutz 20 (RB). 1 VII 1939, Foster, M.R. 127 (R). Parque Nacional do Itatiaia, 2 VI 2006, Mynssen, C.M. 967 (RB). SÃO PAULO. Atibaia: Serra de Itapetininga, no topo da Pedra Grand, 16 XII 2003, Farinaccio, M.A. 576 (SPF). Lavrinhas: 12 Km ao norte de Lavrinhas, vale do Ribe, 6 IV 2004, Kinoshita, L.S. 95, 9 (UEC). Pitcairnia flammea var. floccosa L. B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 1: Tipo: Brasil, São Paulo, Atibaia, Ostermeyer, R. s.n. (Holótipo: SP. Isótipo: HB). Distribuição geográfica: BA, CE, MG, PB, PR, RJ, SC, SP.

164 144 Pitcairnia flammea var. floccosa é uma variedade amplamente distribuída com ocorrência registrada para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Na Serra da Mantiqueira ocorre principalmente no estado de São Paulo, apenas alguns registros foram observados para Minas Gerais. Caracteriza-se por possuir folhas estreitas, glabras, raque da inflorescência lepidota e brácteas primárias igualando ou excedendo os pedicelos das flores basais (Smith & Downs 1974). Tatagiba (2003) aponta para a necessidade de aprofundar-se o conhecimento do táxon, visto que pode tratar-se de uma espécie distinta. Cresce como rupícola, em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 450 e 1900 m de altitude. Há materiais em período de floração para os meses de janeiro, fevereiro, maio e novembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Andradas: Mosén, H (RB). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 13 I 1988, Andrade, P.M (BHCB). Piau: fazenda da Barra, 17 I 1945, Heringer, E.P (SP). Fazenda da Barra, 17 I 1945, Heringer, E.P (US). Tombos: Usina, 10 V 1941, Oliveira, J.E. 365 (CESJ). SÃO PAULO. Atibaia: Ostermeyer, R. s.n. (RB -). Foster, M.B. 480 (RB). Bragança Paulista: 17 II 1957, Handro, O. 684 (SP, SPF). XI 1951, Pires, A.S. s.n. (SP 55351). São Bento do Sapucaí: Leite, J.E (RB). Pitcairnia flammea var. glabrior L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 1: Tipo: Brasil, São Paulo, Alto da Serra, estrada do Vergueiro, Hoehne, F.C. s.n. (Holótipo: SP, Isótipo: GH). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, SP. Pitcairnia flammea var. glabrior ocorre no Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira ocorre em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Caracteriza-se por apresentar raque da inflorescência e lâminas foliares glabras e inflorescência densa, com muitas flores. De acordo com Tatagiba (2003), é provável que se trate de um sinônimo da variedade típica. Cresce como rupícola, em áreas de Mata Atlântica e Campo Rupestre, entre 600 e 1200 m de altitude. Floresce em fevereiro. Ocorre em unidade de conservação.

165 145 MINAS GERAIS. Alto Caparaó: IX 1941, Brade, A.C (RB). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 15 IX 1991, Leme, E.M.C (HB). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Serra da Mantiqueira, 23 II 1945, Pereira, E. s.n. (HB 5965). 15 II 1942, Brade, A.C (RB). SÃO PAULO. Lorena: Loefgren, A (RB). Pitcairnia flammea var. macropoda L.B. Sm. & Reitz, Phytologia 15: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Tombos, Mendes Magalhães, G. s.n. (Holótipo: HB, Isótipo: NY). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Esta variedade é restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é conhecida apenas pelo material-tipo, procedente do município de Tombos, em Minas Gerais. Caracteriza-se por apresentar lâminas foliares glabras, inflorescência com raque lepidota, pedicelos longos (formam um ângulo de 90% com o eixo da inflorescência), brácteas florais distintamente menores que os pedicelos e escamas foliares distintas das demais variedades (Smith & Downs 1974, Tatagiba 2003). O conjunto de caracteres que delimitam este táxon são bastante peculiares, Tatagiba (2003) relata a possibilidade de ser elevada a espécie. Cresce como rupícola em afloramentos de granito na Mata Atlântica, a cerca de 270 m de altitude. Floresce entre abril e maio. Não ocorre em unidade de conservação. Versieux (2005) relata que é provável que as outras coletas do mesmo coletor do typus que estão depositadas no HB, sejam isótipos, uma vez que apresentam a mesma data de coleta e procedem do mesmo local do tipo. MINAS GERAIS. Tombos: Usina, 10 V 1941, Oliveira, J.E. 365 (BHCB, MBM, CESJ, BHCB). Alto da Usina, 8 IV 1950, Mendes Magalhães, G. s.n. (HB, NY, 33834). Pitcairnia lanuginosa Ruiz & Pav., Fl. peruv. 3: Tipo: Peru, Huanuco, Pozuzo, Ruiz s.n. (Holótipo: MA). Distribuição geográfica: AM, DF, GO, MG, MT, PA.

166 146 Pitcairnia lanuginosa ocorre na Bolívia, Peru e Brasil. Apresenta padrão de distribuição distinto das demais espécies referidas para a Serra da Mantiqueira, distanciando-se da porção leste-sudeste, com ocorrência registrada para a região Norte, centro-oeste e apenas para o estado de Minas Gerais no Sudeste. Na Serra da Mantiqueira há registros para o município de Caldas e Tiradentes, ambos no estado de Minas Gerais. A espécie caracteriza-se pelo grande porte (até 12 dm), folhas dimórficas, sendo as externas menores com espinhos muito proeminentes, cobertas por uma camada de escamas marron-escuras, as interiores maiores, constrictas acima da bainha, glabras na face adaxial e densamente cobertas por escamas brancas na face abaxial, com pequenos espinhos (2 mm de comprimento), flores com longos pedicelos, pétalas vermelhas ou verdes com linhas púrpuras. Na Serra da Mantiqueira não ocorre outra espécie com características similares. Cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 1100 e 1400 m de altitude. Floresce no mês de maio. Não ocorre em unidade de conservação. Segundo Versieux (2005), apesar da área de ocorrência ampla, em Minas Gerais os ambientes em que ocorrem vêm sofrendo profundas alterações. MINAS GERAIS. Caldas: 19 V 1865, Regnell, A.F (US). III 1865, Regnell, A.F (US). Pitcairnia platypetala Mez, Mart. Fl. Bras. 3 (3): Tipo: Brasil, localidade desconhecida, Peters s.n. (Holótipo: LE). Distribuição geográfica: SP. Segundo Smith & Downs (1974) a espécie é conhecida somente pelo material tipo. A ocorrência deste táxon para a Serra da Mantiqueira é duvidosa. Foi observada apenas uma coleção procedente de Atibaia, São Paulo. Forzza (2007) não indica a ocorrência da espécie para este estado. O táxon é considerado por alguns autores como pertecente ao gênero Pepinia (e.g. Luther 2006). Smith & Downs (1974) e Govaerts (2005) não consideram este gênero. Taylor & Robinson (1999) propõe a rejeição de Pepinia, de acordo com estes autores o caráter utilizado na distinção dos gêneros, a estrutura da semente, alada ou nua em Pepinia e bicaudada em Pitcairnia mostra-se variável. No presente estudo adotou-se o gênero Pitcairnia, uma vez que

167 147 não há consenso entre os autores, embora originalmente o material aqui analisado tenha sido identificado como Pepinia platypetala. A espécie caracteriza-se pelas folhas estreitas, escapo curto com brácteas inteiras, inflorescência densamente racemosa, com poucas flores e brácteas florais estreitamente lanceoladas (Smith & Downs 1974). Cresce como rupícola em afloramentos rochosos da Mata Atlântica. O material apresentase com flor e foi coletado no mês de janeiro. Não ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Atibaia, 23 I 1991, Piratelli, A.J (UEC). Portea petropolitana (Wawra) Mez var. petropolitana in Mart., Fl. bras. 3(3): Basiônimo: Aechmea petropolitana Wawra, Oesterr. Bot. Zeitschr. 30: Tipo: Tipificada pela estampa 34-A de Wawra, Itin. princ. S. Coburgi. 1883, designado por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, RJ. Portea petropolitana var. petropolitana é o táxon do gênero Portea com maior área de distribuição, ocorrendo da Bahia ao Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira é registrado para a região de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais e para as proximidades de Visconde de Mauá, no estado do Rio de Janeiro. Caracteriza-se pela inflorescência laxa a congesta, com brácteas primárias suberetas a patentes, paracládios e pedicelos curtos ou longos. Atualmente são aceitas duas variedades além da variedade típica. Na Serra da Mantiqueira são reconhecidas a var. petropolitana e noettigii. Smith & Downs (1979) distingue estas variedades pela presença de ramos alongados e pedicelos entre mm de comprimento em P. petropolitana var. petropolitana (vs. ramos da inflorescência mais curtos que os pedicelos, os últimos medindo mm de comprimento em Portea petropolitana var. noettigii). Cresce como epífita, em áreas de Mata Atlântica, entre 350 e 700 m de altitude. Floresce entre julho e outubro. Ocorre em unidade de conservação.

168 148 MINAS GERAIS. Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 21 VII 2001, Castro, R.M. 563 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 26 I 2002, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 25 VIII 2001, Castro, R.M. 599 (CESJ). Reserva Municipal da Represa do Grama, 26 XI 2004, Sakuragui, C.M (RB). 26 I 2002, Forzza, R.C (RB). Juiz de Fora, 6 IX 1946, Krieger, L (SPF). Morro do Imperador, 26 X 2002, Pifano, D.S. 414 (MBM). 6 XI 1990, Goyatá, R.P (RB). Porto Firme: vale do rio Piranga, 12 X 1996, Paula, C.C (VIC). RIO DE JANEIRO. São José do Rio Preto, 27 VII 1969, Braga, R. 59 (SP, RB). Portea petropolitana var. noettigii (Wawra) L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 1: Basiônimo: Aechmea noettigi Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Tipificada pela estampa 24 de Wawra, Itin. princ. S. Coburgi. 1883, designado por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: MG, RJ. Esta variedade ocorre somente nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira a área de distribuição da variedade típica e da var. noettigii se sobrepõe. Conforme já discutido assemelha-se a Porte petropolitana var. petropolitana. Coffani-Nunes (2004) propõe a sinonimização da var. noettigii, segundo este autor os dois táxons apresentam paracládios e pedicelos com dimensões semelhantes, assim como similaridades da inflorescência, o que não sustentaria a segregação da var. noettigii. Portea petropolitana var. noettigii cresce como epífita, em áreas de Mata Atlântica, entre 150 e 700 m de altitude. Floresce nos meses de novembro e dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Argirita, Martinelli, G (RB). Coronel Pacheco: Água Limpa, 6 VII 1967, Pereira, E (HB). Pereira, E (RB). Juiz de Fora: 5 X 1969, Krieger, L (MBM). 5 X 1969, Krieger, L (RB). X 1910, Hoehne, F.C. 27 (SP). Chácara Rogério - Bairro Grama, 6 XI 1990, Leoni, L.S (GFJP). 6 IX 1946, Hoehne, F.C. s.n. (RB 9479). RIO DE JANEIRO. Visconde de Mauá: Ule, E (RB). Portea silveirae Mez, Bot Jahrb. Syst. 30(67): B, Isótipo: R). Tipo: Brasil, Minas Gerais, serra da Conceição, Mantiqueira, Silveira, A.A. 8 (Holótipo: Distribuição geográfica: BA, ES, MG.

169 149 Comentario Portea silveirae é registrada para os estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira é conhecida por poucas coletas na região de Juiz de Fora e Coronel Pacheco, em Minas Gerais. Coffani-Nunes (2004) indica que esta espécie relaciona-se fortemente com Portea petropolitana, com grande probabilidade de se tratar de um mesmo táxon. Segundo este autor, as características distintivas entre estas espécies, (inflorescência mais compactada e indumento presente em P.silveirae e inflorescência glabrescente e laxa, em P. petropolitana), podem ser muito variáveis, havendo sobreposições. Cresce como epífita ou rupícola, em áreas de Mata Atlântica, em torno de 500 m de altitude Coffani-Nunes (2004) indica somente o hábito terrestre. Não há dados precisos sobre a floração desta espécie, mas parece ocorrer entre outubro e janeiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Coronel Pacheco: fazenda da Liberdade, 15 IX 1943, Heringer, E.P (SP). Estação Experimental, 18 I 1945, Heringer, E.P (SP). Heringer, E.P (RB). Juiz de Fora: X 1934, Brade, A.C (US). rio do Peixe, 28 VI 1996, Leme, E.M.C (HB). X 1934, Brade, A.C (RB). Quesnelia arvensis (Vell.) Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Basiônimo: Bromelia arvensis Vell. Fl. flum Tipo: Lectotipificação pela ilustração de Vellozo, Icon. 3, t. 141, 1831, sugerida por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, SP. Quesnelia arvensis era conhecida para regiões litorâneas do estado do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Foi registrada recentemente para o município de Descoberto, em Minas Gerais. Caracteriza-se pelas brácteas florais com margens geralmente planas na metade superior, com indumento via de regra esparso e uniformemente distribuído ao longo da face abaxial. Assemelha-se a Quesnelia quesneliana (Brongn.) L.B. Sm., podendo ser diferenciada pelo aspecto mais robusto da inflorescência (Vieira 1999a). Segundo a autora esta espécie apresenta

170 150 variações morfológicas marcantes entres as diferentes populações, principalmente em relação a forma das inflorescência e brácteas florais. Estudos mais aprofundados devem ser realizados, a fim de tentar estabelecer a significância dos caracteres morfológicos utilizados na delimitação destes táxons. Cresce como epífita na Mata Atlântica, em torno de 350 m de altitude. O único exemplar analisado foi coletado com flores no mês de agosto. Vieira (1999a) indica floração concentrando-se de junho a agosto. Ocorre em unidade de conservação, mas segundo Vieira (1999a) suas populações, principalmente em áreas de restinga, vem sofrendo intensa degradação, tornando necessário certo cuidado com relação a conservação deste táxon. MINAS GERAIS. Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 31 VIII 2001, Almeida, V.R. 8 (CESJ). Quesnelia augusto-coburgii Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Wawra II-185, Wawra II-196 (Síntipos: W, destruídos). Lectotipificada pelas estampas 28 e 35-B in Wawra, Itin. princ. S. Coburgi. 1883, designado por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: MG, RJ. Quesnelia augusto-coburgii é uma espécie característica da Serra da Mantiqueira, com registros para a região do Itatiaia e leste de Minas Gerais. Também ocorre na porção mais interiorana da Serra do Mar, no Rio de Janeiro. Trata-se de um táxon bem delimitado, pertencente ao subgênero Billbergiopsis, caracterizado pelo número reduzido de folhas, inflorescência simples, decurvada e escapo longo com muitas flores laxamente dispostas. Apresenta brácteas florais verde amareladas, sépalas vermelhas ou vermelha-esverdeadas e pétalas violetas com base alva, o que torna a planta um mosaico de cores contrastantes. O hábito é similar ao de Q. indecora Mez. Smith & Downs (1979) consideraram estas espécies como próximas, diferindo-as pela inflorescência maior, flores laxas e sépalas maiores em Q. augusto-coburgii. Cresce como rupícola, epífita ou saxícola, em áreas de Mata Atlântica, comumente associada a cursos d água, por volta de 1000 m de altitude. Floresce de abril a agosto, concentrando-se no mês de junho. Vieira (1999a) registrou plantas com flores de maio a julho.

171 151 Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Teixeira Soares, VII 1908, Sampaio, A.J. 813 (US). Amparo da Serra: distrito de Rosário da Limeira, 29 IV 2000, Palhais, C.B. 149 (VIC). distrito de Rosário da Limeira, 15 XII 2000, Paula, C.C. s.n. (VIC 25952). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 15 VI 2002, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama., 15 VI 2002, Forzza, R.C (RB). Reserva Biológica da Represa do Grama, 10 XI 2001, Almeida, V.R. 20 (CESJ). 15 VI 2002, Forzza, R.C (RB). Teixeira Soares, Sampaio, A.J. 813 (R). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Serra do Itatiaia, 18 VI 1930, Brade, A.C (R). Caminho Itaóca para o lote 90., VIII 1953, Pereira, E. 100 (RB). Maromba, 19 VII 1925, Brade, A.C (RB). Serrinha, 1982, Araujo, L.C. s.n.(rb ). 22 VI 1995, Braga, J.M.A (RB). 2 VII 1997, Vieira, C.M. 985 (RB). 19 VII 1935, Brade, A.C (RB). SÃO PAULO., 30 VI 1939, Foster, M.B. 120 (R). Quesnelia indecora Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Schott 5506 (Holótipo: W, destruído). Lectotipificada pela ilustração na Flora Brasiliensis 3(3): t. 74, 1892, designado por Smith e Downs (1979). Distribuição geográfica: ES, MG. Quesnelia indecora é típica da Serra da Mantiqueira. Era registrada para regiões desta serra e localidades adjacentes no estado de Minas Gerais. Durante este trabalho foram identificadas populações desta espécie em áreas da Serra do Caparaó pertencentes ao estado do Espírito Santo. Também foram observadas populações para o município de Rio Preto, em Minas Gerais, próximo a localidade onde havia sido reportada por Saint-Hilaire há mais de 100 anos. A espécie é bem delimitada, caracterizada por apresentar poucas folhas, sendo as externas pequenas, escapo delgado recurvado com poucas flores concentradas na porção apical e brácteas florais menores que as sépalas. Conforme já discutido assemelha-se a Q. augusto-coburgiii. Vieira (1999b) indica afinidades entre este táxon e Q. kautskyi diferenciando-os pelas pétalas obtusas e corola purpúrea em Q. indecora. O material Abreu 003 estava identificado como Billbergia amoena var. minor, considerando as características morfológicas e a área de ocorrência o exemplar foi aqui identificado como Q. indecora. Cresce como rupícola, terrícola e epífita, principalmente em áreas de Mata Atlântica, em florestas úmidas, a partir de 700 m de altitude. Floresce entre abril e agosto, com concentração em junho. Ocorre em unidade de conservação.

172 152 ESPÍRITO SANTO. Parque Nacional do Caparaó, 17 I 2007, Trindade-Lima, T. 202 (SP). MINAS GERAIS. Juiz de Fora, 3 VIII 1971, Krieger, L (SPF). 3 VIII 1971, Krieger, L (CESJ). Rio Preto: VI 2004, Abreu, N.L. 003 (CESJ). Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Serra Negra - Marciano, 21 IV 2005, Abreu, N.L. 19 (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Santa Rita de Jacutinga, Krieger, L (CESJ). Quesnelia kautskyi C.M. Vieira, Bradea 8(23): Tipo: Brasil, Espírito Santo, Marechal Floriano, estrada para Parajú, Vieira, C.M. 967 (Holótipo: RB). Parátipos: Brasil, Espírito Santo, Castelo, Seidel, A. 651 (HB). Minas Gerais, Alto Caparaó, Parque Nacional do Caparaó, Vale Verde, ao lado do córrego, Leoni, L.S (HB, GFJP). Minas Gerais, Caparaó, Parque Nacional do Caparaó, Simão-Bianchini, R. 272 (SPF). Distribuição geográfica: ES, MG. Espécie com distribuição restrita com ocorrência registrada apenas para os estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Na Serra da Mantiqueira a espécie ocorre quase exclusivamente no Parque Nacional do Caparaó e todos os registros apontam para o estado de Minas Gerais. Quesnelia. kautskyi assemelha-se a Q. strobilispica Wawra, uma vez que apresentam padrão de inflorescência similar, assim como coloração das brácteas florais e forma das pétalas, apêndices petalares e estames. Podem ser diferenciadas pelas brácteas florais estreito-agudas a acuminadas, flores um tanto curvadas e pétalas de coloração purpúrea em Quesnelia kautskyi (Vieira 1999b). A autora também relata afinidades com Q. indecora, conforme discutido anteriormente. Cresce como epífita ou rupícola em áreas de Mata Atlântica, a partir de 1100 m de altitude. Floresce entre junho e setembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caparaó, 31 X 1922, Porto, P.C (RB). Cachoeira Bonita, 18 IX 1988, Krieger, P.L. FPNC 0217 (RB). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 18 IX 1988, Krieger, L. 217 (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 18 IX 1988, Krieger, L. 217 (RB). Parque Nacional do Caparaó, 18 IX 1988, Krieger, L. 217 (SPF). Parque Nacional, 23 VI 1996, Leoni, L.S (HB). Serra do Caparaó, 6 VIII 1969, Souza, A.B. 42 (RB). Serra do Caparaó, 3 IX 1970, Souza, A.B. 101 (RB). Serra do Caparaó, IX 1941, Brade, A.C (RB). Parque

173 153 Nacional do Caparaó, 23 VI 1993, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1998, Martinelli, G (RB). Krieger, P.L. FPNC 217 (RB). 3 IX 1970, Souza, A.B. de 101 (RB). Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 10 VIII 1991, Simão-Bianchini, R. 272 (SPF). 31 X 1922, Campos Porto, P (RB). Tombos, 29 VII 1986, Leitman, M. 165 (RB). Quesnelia liboniana (De Jonghe) Mez in Budnowski, Bot. Arch. 1: Basiônimo: Billbergia liboniana De Jonghe, J. Hort. Prat. Belgique 9: Tipo: De Jonghe Hortus s.n. (BR?). Provavelmente não existe nenhum espécime preservado. Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Espécie restrita ao Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira existem apenas dois registros para este táxon, em regiões distantes entre si, nos municípios de Caxambú e Viçosa, em Minas Gerais. Quesnelia liboniana é uma espécie bem delimitada. Embora apresente problemas de tipificação, a espécie pode ser reconhecida com base na descrição original. Caracteriza-se pela propagação por estolhos basais, providos de catafilos triangulares, agudos, inflorescência simples ou composta e brácteas florais triangulares. Assemelha-se a Q. morreniana (Baker) Mez e Q. tillandsioides (Baker) Mez, ambas conhecidas apenas por material cultivado, de procedência duvidosa (Vieira, 1999a). Nos materais examinados não há dados sobre o hábito e floração dos espécimes. Vieira (1999a) indica hábito epífitico ou rupícola e florescimento ao longo do ano, com concentração entre junho e novembro. Cresce em áreas de Mata Atlântica, entre 650 e 900 m de altitude. Não ocorre em unidade de conservação. Segundo Vieira (1999) a espécie é encontrada em diversas unidades de conservação, no estado do Rio de Janeiro. MINAS GERAIS. Caxambú, 27 VIII 1967, Pereira, E (HB). 27 VIII 1967, Pereira, E (US). Viçosa: fazenda do Sr. Molica, 6 IX 1957, Mello Filho, L.E (R). Quesnelia quesneliana (Brongn.) L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 2(2): Basiônimo: Billbergia quesneliana Brongn., Ann. Sci. Nat. (Paris) 2(15): Tipo: Brasil, Hort. Paris s.n. (Holótipo: P).

174 154 Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Quesnelia quesneliana apresenta distribuição restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira a espécie é registrada para algumas localidades no leste de Minas Gerais. Caracteriza-se pelas brácteas florais com as margens crispadas e revestidas por um conspícuo indumento alvo-lanuginoso, em pelo menos dois terços do seu comprimento (Vieira 1999a). Assemelha-se a Quesnelia arvensis (Vell) Mez, conhecida para regiões litorâneas do estado do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Recentemente foi registrada por Versieux (2005) para o município de Descoberto, em Minas Gerais. A coleta referida por este autor (Almeida, V.R. 08) foi considerada por Vieira (1999) como Q. quesnelina. Segundo a mesma, estes táxons apresentam grandes afinidades morfológicas, podendo ser diferenciados principalmente pelo aspecto menos robusto das inflorescências de Q. quesneliana. No entanto, estudos mais aprofundados devem ser realizados, a fim de tentar estabelecer a significância dos caracteres morfológicos utilizados na delimitação destas espécies. Cresce como epífita ou rupícola, em áreas de Mata Atlântica a cerca de 700 m de altitude. Floresce de agosto a outubro. Vieira (1999) relata floração de junho a outubro. Ocorre em unidades de conservação, mas segundo Vieira (1999) as populações litorâneas estão expostas intensamente a ação extrativista e degradação do ambiente, sendo necessária grande atenção com relação a conservação deste táxon. MINAS GERAIS. Pedra Dourada, IX 1992, Leoni, L.S (GFJP). Bom Jesus do Madeira: Córrego do Boné - resquício de Mata Ciliar, 3 IX 1995, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Córrego da Àgua Limpa, 3 X 1987, Leoni, L.S. 308? (GFJP). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 31 VIII 2001, Almeida, V.R. 08 (RB). Reserva Biológica da Represa do Grama, 31 VIII 2001, Almeida, V.R. 08 (CESJ). Quesnelia strobilispica Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Sinônimos: Bromelia blanda Schott ex Beer, Fam. Bromel Quesnelia blanda Schott ex Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Neotipificada pela estampa 25 de Wawra, Itin. princ. S. Coburgi Distribuição geográfica: ES, MG, RJ.

175 155 Quesnelia strobilispica é restrita ao Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada apenas para a região do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, no estado Minas Gerais. Está espécie vinha sendo identificada nos herbários como Quesnelia blanda (Schott ex Beer) Mez, nome ilegítimo, devido a citação na obra original do holótipo de Q. strobilispica. Segundo Vieira (1999a) o nome correto a ser aplicado para este táxon é Q. strobilispica. Caracteriza-se pelo grande porte, podendo atingir até 1 m de altura, inflorescência simples, densa elíptica ou turbinada, com muitas flores e brácteas florais vermelhas e escamosas. Conforme já mencionado assemelha-se a Q. kautsky. Cresce como rupícola, epífita ou saxícola. Paula (1998) relata também o hábito terrícola para espécimes do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Habita áreas de Mata Atlântica, geralmente formando grandes populações, tanto em ambientes ensolarados como em áreas de matas úmidas. Floresce de maio a outubro. Vieira (1999) indica floração principalmente entre julho e setembro. Ocorre em unidade de conservação, mas segundo Vieira (1999) deve ser dada especial atenção a conservação desta espécie, devido a sua área de distribuição fragmentada. MINAS GERAIS. Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 9 VIII 1994, Leoni, L.S (GFJP). Pedra Dourada, VIII 1997, Leoni, L.S (GFJP). Serra da Araponga - Fazenda Neblina (PESB), 23 IX 2001, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 14 X 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 23 IX 1995, Paula, C.C (VIC). Carangola: Serra do Barroso, V 1987, Leoni, L.S. 309? (GFJP). Descoberto: X 1996, Leme, E.M.C (RB). Espera Feliz: Parque Nacional do Caparaó, 22 IV 1998, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 13 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Miradouro: 29 XI 1998, Martinelli, G (RB). Quesnelia testudo Lindm., Kongl. Svenska Vetnsk. Acad. Handl. 24 (8): 24, pl. 3, fig Basiônimo: Quesnelia róseo-marginata sensu E. Morren, Belg. Hortic 31:82, pl ; nón Carriére, Tipo: Brasil, São Paulo, Sorocaba, Santos. Mosén 2976 (Holótipo: S; foto: GH). Distribuição geográfica: SP. Espécie endêmica do estado de São Paulo. Na Serra da Mantiqueira é conhecida por

176 156 apenas uma coleta para a região da Serra da Cantareira. Quesnelia testudo pertence ao subgênero Quesnelia. Assemelha-se a Quesnelia arvensis e Quesnelia quesneliana, diferenciando-se pelas brácteas escapais subfoliáceas e serrilhadas. Proença et al. (2007) indicam a forma das brácteas florais para a distinção entre Quesnelia testudo e Quesnelia arvensis, sendo estas oblongas em toda a sua extenção em Quesnelia testudo (vs. oblonga com a base alargada em Quesnelia arvensis). Não há dados referentes ao hábito, ambiente, altitude e fenologia no material examinado. Proença et al. (2007) indica que a espécie ocorre em áreas de Mata Atlântica de encosta e floresce nos meses de outubro, novembro e fevereiro. Ocorre em unidade de conservação. Racinaea aerisincola (Mez) M.A. Spencer & L.B. Sm., Phytologia 74: Basiônimo: Vriesea aerisincola Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Sinônimo: Tillandsia aerisincola (Mez) Mez in C. DC., Monogr. phan. 9: Tipo: Brasil, Lhotsky s.n. (Lectótipo: G). Distribuição geográfica: ES, MG, PR, RJ, SC, SP. Racinaea aerisincola distribui-se pelo leste brasileiro, ocorrendo do Espírito Santo a Santa Catarina. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. É a única espécie do gênero ocorrente na Serra, sendo facilmente reconhecida pelo pequeno porte, forma utriculosa da roseta, folhas com distinção evidente entre bainha e lâmina, com máculas escuras arredondadas e inflorescência pêndula, com flores laxamente dispostas. Cresce exclusivamente como epífita, geralmente em populações esparsas, em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, em matas ciliares e matas nebulares, entre 1100 e 1700 m de altitude. Nenhum dos exemplares examinados estava em estágio de floração. Foi observada no campo com botões florais no mês de janeiro e com frutos em outubro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Serra de Ibitipoca, 28 IX 1970, Sucre, D (RB). 11 III 2004, Forzza, R.C (RB). Rio Preto: Ninho da Égua, 21 I 2006, Matozinhos, C.N. 271 (CESJ). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, 24 X 1979, Martinelli, G (RB). Resende: Parque Nacional do Itatiaia, 24 X 1979, Martinelli, G (RB).

177 157 Tillandsia aeranthus (Loisel.) L.B. Sm., Lilloa 9: Tipo: Espécie tipificada pela descrição e ilustração original. Distribuição geográfica: MG, RS, SC, SP. Segundo Smith & Downs (1977) a espécie ocorre no sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e noroeste da Argentina. Wanderley et al. (2007) indicam a ocorrência para o estado de São Paulo. Registra-se aqui a primeira ocorrência para o estado de Minas Gerais, região de São Tomé das Letras. Tillandsia aeranthus assemelha-se a Tillandsia araujei e Tillandsia tenuifolia, apenas a última ocorre na Serra da Mantiqueira. A distinção entre os táxons baseia-se essencialmente na forma do lobo das pétalas, amplamente alargado em Tillandsia aeranthus e mais estreito em Tillandsia tenuifolia. Smith & Downs (1977) utilizam como caráter distintivo na chave o comprimento das folhas (cerca de 10 vezes mais longas que largas em Tillandsia aeranthus e cerca de 20 vezes mais longas que largas em Tillandsia tenuifolia). Cresce como epífita ou rupícola em áreas de Mata Atlântica e Cerrado a cerca de 1100 m de altitude. Floresce nos meses de novembro e dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. São Thomé das Letras: Fazenda dos Correia: Paredão, 8 XI 2003, Ferreira, F.M. 536 (CESJ). Escola Municipal João Cota, 21 XII 2007, Trindade-Lima, T. 245 (SP). Tillandsia chapeuensis Rauh, Trop. Subtrop. Pflanzenwelt 58: Tipo: Brasil, Bahia (Holótipo: HEID). Distribuição geográfica: BA, MG. Tillandsia chapeuensis era conhecida apenas para o estado da Bahia. Versieux & Wendt (2006) registraram a ocorrência de T. chapeuensis para Minas Gerais, no Parque Estadual de Ibitipoca, região da Serra da Mantiqueira. Esta espécie assemelha-se a T. gardneri da qual pode ser diferenciada por possuir folhas

178 158 estreitas e mais robustas (vs. folhas mais largas e delgadas), escapo rígido e ereto e inflorescência laxa, elipsóide e não capitada (Rauh 1986). Monteiro & Forzza (d) consideraram dos não publicados) o material referido para Ibitipoca, como T. gardneri, seguindo a proposta de sinonimização de Tardivo (2002) que após a análise de materiais coletados na mesma área do holótipo concluíram que as diferenças observadas são variações naturais de T. gardneri. Devem ser realizados estudos adicionais a cerca destas espécies, uma vez que T. gardneri apresenta ampla área de ocorrência e nos materiais analisados nota-se a grande variação morfológica no táxon, possivelmente podendo existir espécies distintas tratadas pelo mesmo nome. T. chapeuensis apresenta hábito rupícola e cresce em área de Campo Rupestre, entre 1200 e 1300 m de altitude. Floresce em dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 26 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Tillandsia crocata (E. Morren) Baker, Jour. Bot. London 25: Basiônimo: Tillandsia mandonii E. Morren ex Mez, DC. Monogr. Phan. 9: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Lietze s.n. (K, GH: foto). A espécie é tipificada por uma ilustração de Morren. Distribuição geográfica: PR, RJ, RS, SP. Esta espécie ocorre na Argentina, Bolívia, Uruguai, Sudeste e Sul do Brasil. Para a Serra da Mantiqueira há uma única ocorrência para o município de Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro. A espécie caracteriza-se pelas brácteas florais densamente lepidotas e pelas pétalas de coloração amarela. Vegetativamente pode ser confundida com T. recurvata e T. mallemontii, das quais pode ser distinta segundo Smith & Downs (1977) pelas folhas estreitamente triangulares, mucronadas e usualmente com mais de 2 mm de largura. Não há informações na etiqueta sobre o hábito do espécime e a altitude em que foi encontrado. Smith & Downs (1977) indicam hábito saxícola, e o material analisado neste trabalho está incluso no material examinado por estes autores. Cresce provavelmente em Campo de Altitude e floresce em novembro. Ocorre em unidade de conservação.

179 159 RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Serra dos Pinheiros, XI 1903, Moreira, C. 5 (R). Tillandsia gardneri var. gardneri Lindl., Bot. Reg. 28: t Tipo: Brasil, Guanabara, Rio de Janeiro, Gardner 134 (Holótipo: K). Distribuição geográfica: BA, CE, ES, MG, PB, PE, PI, PR, RJ, RS, SC, SE, SP. Tillandsia gardneri é uma espécie com ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde a Colômbia até o leste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é registrada para o estado de Minas Gerais, com apenas algumas indicações para São Paulo. Apresenta grande afinidade morfológica com T. chapeuensis Rauh, da qual difere pelas folhas mais largas, escapo levemente recurvado e pela inflorescência densa, elipisóide ou globosa. No material herborizado pode também ser confundida com T. geminiflora Brong., mas as diferenças entre esses táxons são mais conspícuas, podendo ser destacado as folhas mais densamente lepidotas, inflorescência elipsóide ou globosa com flores densamente dispostas e brácteas florais maiores que as sépalas, ocultando quase inteiramente a raque em T. gardneri. Cresce como epífita ou rupícola em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude, normalmente em locais com alta luminosidade, entre 400 e 1300 m. A floração concentra-se entre abril e julho. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS., 23 V 1871, Regnell, A.F (US). Serra de Ibitipoca, 1 X 1991, Confúcio, U (BHCB). Barroso: Mata do Brás, 30 IV 2001, Assis, L.C.S. 118 (CESJ). Bom Jardim de Minas: Serra do Pacau, 4 VI 1989, Grandi, T.S.M. s.n. (BHCB 17578). Serra do Pacau, 4 VI 1989, Grandi, T.S.M. s.n. (US 17578). Caldas: Pedra Branca, 11 V 1931, Ostermeyer, R. s.n. (SP 27635). Carangola: rio Carangola, VII 1993, Leoni, L.S (GFJP). Extrema: Serra do Lopo - Trilha Pico dos Cabritos, 20 IV 2004, Trindade-Lima, T. 12 (HME). Serra do Lopo - Trilha Pico dos Cabritos, 20 IV 2004, Trindade-Lima, T. 11 (HME). Faria Lemos: Fazenda M. Castelo, 5 II 2006, Silva, B.M.F. 81 (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Jequeri: UHE Cachoeira da Providência, 3 I 1998, Salino, A (BHCB). Lavras, 23 V 1985, Almeida, J.A.R. s.n.(esal 04431). IV 1985, Siqueira, P. s.n.(esal 04486). Próximo Ponte do Rio Capivari, 14 IX 1987, Gavilanes, M.L (ESAL). Próximo Ponte do Rio Capivari, 14 IX 1987, Gavilanes, M.L (ESAL). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 25 VI 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13733). Arredores do Parque Estadual de Ibitipoca, 27 VII 2001, Araújo, F.S. 110 (CESJ). Parque Estadual de Ibitipoca, 26 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Conceição do Ibitipoca, VI 1896, Magalhães, H (R). 9 III 2004, Forzza, R.C (RB).

180 160 4 II 2004, Monteiro, R.F. 14 (RB). 19 X 2003, Monteiro, R.F. 9 (RB). 21 I 2005, Monteiro, R.F. 51 (RB). Passa Quatro: Rio Retiro, 8 V 1948, Brade, A (RB). 3 V 1948, Brade, A.C (RB). Santana do Garambeu: rio Grande, adjacente a zona urbana, 12 V 2001, Salino, A (BHCB). Sericita: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 12 I 1996, Paula, C.C (VIC). Tiradentes, 15 V 1988, Alves, R.J.V. 322 (RB). 6 III 1988, Alves, R.J.V. 235 (RB). 22 III 1986, Mello-Silva, R. s.n. (RB ). 18 VII 1978, Martinelli, G (RB). SÃO PAULO. Atibaia: Parque Municipal da Grota Funda, Bernacci, L.C (UEC). Tillandsia gardneri var. rupícola Pereira, Bradea. 3(27): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Cabo Frio, Ilha do Farol, Araújo 24 (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: MG, RJ. Esta variedade era referida apenas para o estado do Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira foi registrada para Minas Gerais, no município de Juiz de Fora. De acordo com a descrição original difere da variedade-tipica e das demais variedades pelo habitu longe caulescenti, foliis persecundis, corola alba et limbs bractearum scapalium aliquantum minoribus. Pereira & Leme (1984) publicaram uma emenda para a espécie, indicando que a coloração da corola pode variar de branca a azul. Cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica. Não há dados relacionados a altitude e fenologia. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Juiz de Fora: Linhares - Pedreira Santo Cristo, 15 V 1998, Caiafa, A.N. s.n. (CESJ, SPF 30125). Linhares - Pedreira Santo Cristo, 15 V 1998, Caiafa, A.N. s.n.(spf ). Tillandsia geminiflora Brongn. in Duperrey, Voy. monde (Holótipo: P). Tipo: Brasil, Santa Catarina, Florianópolis, Ilha de Santa Catarina, D Urville s.n. Distribuição geográfica: DF, ES, GO, MG, MT, PR, RJ, RS, SC, SP. Espécie de ampla distribuição, ocorrendo no Paraguai, Uruguai, Argentina e na região central e leste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira há registros para os estados do Espírito Santo,

181 161 Minas Gerais e São Paulo. São reconhecidas para o táxon duas variedades, somente a variedade típica ocorre na Serra da Mantiqueira. Conforme mencionado anteriormente assemelha-se a T. gardneri. Alguns autores relatam haver semelhança entre T. geminiflora e T. globosa Wawra, no entanto nos exemplares examinados não houve problemas para a delimitação destas espécies, devido às folhas muito mais largas e inflorescência subpiramidal em T. geminiflora. Cresce essencialmente como epífita na Mata Atlântica e em Campos Rupestres, comumente em matas ciliares, entre 500 e 1600 m de altitude. A floração concentra-se entre agosto e outubro. Conforme mencionado por Versieux (2005) o período de floração desta espécie não coincide com T. gardneri, embora dados relacionados a floração devam ser analisados com cautela, esta característica pode ser utililizada como auxiliar para a identificação destas espécies. Ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Ibitirama, 28 XI 1998, Martinelli, G (RB). MINAS GERAIS., 3 IX 1854, Regnell, A.F. 182 (US). Serra da Mantiqueira, VIII 1874, Silveira, A.A. 11 (R). 9 VIII 1896, Schwacke, W (RB). Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 3 IX 1995, Leoni, L.S (GFJP). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 5 VIII 1996, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1998, Martinelli, G (RB). 27 XI Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 IX 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 29 XI 1998, Martinelli, G (RB). Baependi: UHE Congonhal, 13 XI 2000, Salino, A (BHCB). Barroso: Mata do Baú, 25 IX 2001, Assis, L.C.S. 253 (CESJ). Mata do Baú, 27 II 2001, Assis, L.C.S. 20 (CESJ). Mata do Baú, 28 IX 2002, Assis, L.C.S. 584 (CESJ). Mata do Baú, 28 IX 2002, Assis, L.C.S. 584 (SPF). Bom Jardim de Minas: Tabuões, 1 IX 1989, Grandi, T.S.M (BHCB). Bom Sucesso: Macaia, VIII 1991, Tameirão Neto, E. 789 (BHCB). UHE Queimado, 28 X 1992, Teixeira, E.M. s.n. (BHCB 36225). Camanducaia: fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (BHCB). Caparaó: Serra de Caparaó, 24 X 1989, Pirani, J.R (SPF). Carangola: Rio Carangola - Ilha Encantada, X 1992, Leoni, L.S (GFJP). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 26 XI 2000, Forzza, R.C (CESJ). Serra do Descoberto, IX 1894, Schwacke, W (RB). 21 III 1998, Schwacke, P (RB). Extrema: Trilha do Pinheirinho, 24 VIII 2004, Trindade-Lima, T. 95 (HME). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 13 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Juiz de Fora, 13 X 1946, Krieger, L (CESJ). Campus da UFJF, 23 VIII 2004, Schuchter, V. 024 (CESJ). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 30 VII 1987, Andrade, P.M. 990 (BHCB). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 VIII 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13734). Parque Estadual do Ibitipoca, 24 VI 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13732). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 VIII 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13731). Parque Estadual de Ibitipoca, 25 X 1997, Figueiredo, C. 17 (R). Serra de Ibitipoca, 29 IX 1970, Sucre, D (RB). Parque Nacional do Ibitipoca, 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Nacional do Ibitipoca, 30 VI 2004, Assis, L.C.S (RB). 4 II 2004, Monteiro, R.F. 15 (RB). 18 X 2003, Monteiro, R.F. 3 (RB). 30 VI 2004, Assis, L.C.S (RB). 8 XII 1998, Martinelli, G A (RB). Luminárias, 27 VIII 2005, Javar, L. s.n. (ESAL 20821). Passa Quatro: Floresta Nacional de Passa Quatro, 5 XII 1998, Martinelli, G

182 162 (RB). Rio Novo: Serra do Descoberto, IX 1894, Schwacke (RB). IX 1894, Herb. Schwacke (RB). Rio Preto: Serra do Funil - Trilha para o Ninho da Égua, 21 VIII 2004, Matozinhos, C.N. 34 (CESJ). Serra do Funil, 11 IX 2004, Matozinhos, C.N. 80 (CESJ). Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Santa Rita de Jacutinga, 28 VII 1970, Urbano 8923 (CESJ). 28 VII 1970, Urbano 8923 (BHCB). 28 VII 1970, Urbano 8923 (MBM). São Miguel do Anta, 29 X 1950, Mexia, Y (US). entre Porto Firme e Guaraciaba: vale do rio Piranga, 12 X 1996, Palhais, C.B. 38 (VIC). SÃO PAULO. Ca. 10 Km SW de Jundiaí. Serra do Japi, 8 X 1976, Leitão Filho, H (NYBG). Atibaia, IX 1910, Duarte, C. 232 (SP). Bernacci, L.C (ESA). Campos do Jordão, 15 IX 1923, Hoehne, F.C. s.n. (SP 8666). Jundiaí: Parque Municipal da Serra do Japi, 19 X 2004, Junquiera, A.B. 204 (SPF). Socorro, 20 IX 1939, Viegas, A.P. s.n. (SP ). 20 IX 1939, Viégas, A.P. s.n. (IAC 5087). Tillandsia globosa Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Entre Rios, Wawra 142-B (Holótipo: W, destruído). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PB, RJ. A espécie ocorre na Venezuela e leste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é registrada para o estado de Minas Gerais. Uma única coleção é referida para Bragança Paulista, no estado de São Paulo. Caracteriza-se pelas folhas lineares, muitas vezes com aspecto filiforme, brácteas escapais e florais com coloração marron-avermelhada, e inflorescência que pode variar de bem laxa com poucas flores, a uma forma subglobosa, densamente florida. Cresce como epífita na Mata Atlântica e em Campos Rupestres, preferencialmente em ambientes bem iluminados, entre 300 e 700 m de altitude. A floração concentra-se nos meses de outubro e novembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Carangola: Córrego Água Limpa, XI 1990, Leoni, L.S. s.n. (GFJP -). córrego da Água Limpa, 4 XI 1989, Leoni, L.S. 956 (RB). Coronel Pacheco: Água Limpa, 24 X 1968, Pereira, E (HB). Ponte Nova: ilha da Garça, 4 VIII 2000, Goldschmidt, A. 49 (VIC). Rio Preto: Serra do Funil, 11 IX 2004, Matozinhos, C.N. 79 (CESJ). Serra do Funil, 20 VIII 2004, Matozinhos, C.N. 25 (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Santa Rita de Jacutinga: Boqueirão da Mata, X 2001, Moura, R. 340 (R). Tombos, 29 VII 1986, Leitman, M. 182 (RB). 29 VII 1986, Moraes, M. 182 (RB). entre Porto Firme e Guaraciaba: vale do rio Piranga, 12 X 1996, Palhais, C.B. 35 (VIC). SÃO PAULO. Bragança Paulista, XI 1951, Pires, A.S. s.n. (SP 55352).

183 163 Tillandsia graomogolensis Silveira, Floral. Mont. 2: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Grão Mogol, Pedra Rica, Silveira, A.A. 800 (não existe nenhum espécime preservado). Distribuição geográfica: BA, MG. Tillandsia graomogolensis ocorre no estado da Bahia, nos inselbergs no nordeste de Minas Gerais e em áreas de Campos Rupestres deste estado. Na Serra da Mantiqueira há registro da espécie apenas para o Parque Estadual do Ibitipoca. Esta espécie possui circunscrição duvidosa, segundo Versieux (2005) integra um complexo de espécies que inclui Tillandsia arhiza Mez e Tillandsia streptocarpa. Smith & Downs (1977) consideraram Tillandsia graomogolensis como sinônimo de Tillandsia streptocarpa, Monteiro & Forzza (dados não publicados) adotam esta proposição e não reconhecem a presença de T. graomogolensis para o Parque Estadual do Ibitipoca. Segundo Rauh (1987) Tillandsia graomogolensis pode ser diferenciada de T. streptocarpa pela inflorescência simples, folhas mais estreitas, disposição das escamas mais eriçadas, flores com odor e hábito rupícolo na primeira (vs. inflorescência composta, folhas mais largas, escamas menos eriçadas, flores sem odor e hábito epífitico/rupícolo em Tillandsia streptocarpa). O único exemplar examinado foi inicialmente identificado como Tillandsia kurt-horstii, táxon tratado por Till (1945) como sinônimo de Tillandsia graomogolensis, o que ressalta ainda mais a necessidade de uma revisão mais detalhada sobre esse complexo. Na etiqueta do material examinado é indicado hábito rupícolo/epifítico. A espécie cresce em áreas de Campo de Rupestre a cerca de 700 m de altitude. Floresce no mês de dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Tillandsia juncea (Ruiz & Pavon) Poiret, Encycl. Suppl. 5: Basiônimo: Bonapartea juncea Ruiz & Pavon, Fl. Peruv. 3: 38, pl Tipo: Peru, Muna, Huánuco, Ruiz & Pavon s.n. (MA n v). Distribuição geográfica: AL, BA, MG, PE, PB.

184 164 Tillandsia juncea apresenta ampla área de distribuição. Smith & Downs (1977) indicam que a espécie ocorre do México a Bolívia. No Brasil era referida apenas para a região nordeste. Segundo Pontes & Agra (2006) é extremamente rara no estado de Paraíba. Foi recentemente indicada por Leoni & Trindade-Lima (2006) como ocorrente na Serra da Mantiqueira, no município de Carangola, em Minas Gerais. Caracteriza-se pelas folhas estreitas, dispostas de modo densamente fasciculado, escapo ereto, brácteas escapais densamente imbricadas, inflorescência densa, corola desenvolvida, tubular, de coloração purpúrea, estames e pistilo exsertos (Smith & Downs 1977, Leme & Siqueira-Filho 2006 ). O hábito é similar ao de Tillandsia globosa, mas é facilmente diferenciada desta, quando se considera as características florais. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica a cerca de 600 m de altitude. O exemplar analisado está em fase inicial de floração e foi coletado no mês de fevereiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Carangola: Serra do Papagaio, 3 II 2000, Leoni, L.S (GFJP). Tillandsia loliacea Mart. ex Schult. f. in Roem. & Schult., Syst. veg. 7(2): Tipo: Brasil, Bahia, Joazeiro, Monte Santo, Martius s.n. (Holótipo: M). Distribuição geográfica: BA, CE, DF, ES, GO, MG, MT, PB, PE, PI, RN, SP. Espécie com ampla distribuição, ocorrendo na Bolívia, Paraguai, Argentina e no Brasil, principalmente em ambientes semi-áridos. Na Serra da Mantiqueira é reportada para poucas localidades de Minas Gerais. Caracteriza-se pelo pequeno porte (cerca de 4 cm, quando florida), raque geniculada e pétalas amarela-escuras. Com relação às espécies congêneres ocorrentes no Brasil, não apresenta afinidades morfológicas evidentes, tornando fácil seu reconhecimento, mesmo no material herborizado. Cresce como epífita na Mata Atlântica, normalmente formando densas populações em áreas bem iluminadas, até 900 m de altitude. Floresce de junho a novembro. Não ocorre em unidade de conservação.

185 165 MINAS GERAIS. Carangola: Serra do Papagaio, IX 1992, Leoni, L.S (GFJP). Conselheiro Mata, VI 1934, Brade, A.C (RB). Extrema: Bosque Municipal, 15 XI 2004, Trindade-Lima, T. 99 (HME). Serra das Araras, 20 IV 1973, Anderson, W.R (RB). Tillandsia mallemontii Glaziou ex Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Guanabara, Tijuca, Glaziou (Holótipo: B, Isótipo: K). Distribuição geográfica: BA, MG, PR, RJ, RS. Tillandsia mallemontii ocorre no leste brasileiro. Versieux (2005) registrou a ocorrência deste táxon para o estado de Minas Gerais, no município de Camanducaia, no sul da Serra da Mantiqueira. T. mallemontii assemelha-se a T. recurvata apesar de pertencerem a subgêneros diferentes. Dentre as diferenças Versieux (2005) destaca que T. mallemontii apresenta caule longo e esguio (10-20 cm de comprimento), sépalas mais longas, com ca. 12 mm de comprimento (vs. 4-9 mm) e forma suborbicular-obtusa das pétalas (vs. estreito-elípticas). Cresce como epífta, em área de Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Mista), a cerca de 1300 m de altitude. Floresce em janeiro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Camanducaia: Monte Verde, 29 I 1978, Gentry, A (US). Tillandsia parvispica Baker, J. Bot. 25: Tipo: Brasil, serra do Picu, Boa Vista, Glaziou (Holótipo: P). Distribuição geográfica: BA, MG, MT, PE. Tillandsia parvispica apresenta área de distribuição relativamente disjunta, ocorrendo tanto em áreas de Caatinga, como na Mata Atlântica. Na Serra da Mantiqueira é registrada por apenas uma coleção, procedente do município de Coronel Pacheco, no estado de Minas Gerais. Smith & Downs (1977) trataram esta espécie como sinônimo de Tillandia polystachya.

186 166 Luther (2001) não considera esta sinonímia. Versieux (2005) aponta que na descrição fornecida por Baker (1989) as espécies podem ser diferenciadas pelas brácteas primárias ovais com ápices longos e linerares e brácteas florais ovadas, de 14-17mm de comprimento em Tillandsia parvispica (vs. brácteas primárias ovais e brácteas florais oblongas, agudas com ca. 20 mm de comprimento em Tillandsia polystachya). Na etiqueta do material examinado não há indicações quanto ao hábito desta espécie. Cresce em áreas de Mata Atlântica a cerca de 500 m de altitude. Floresce no mês de junho. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Coronel Pacheco, 15 VI 1968, Gomes, V. 12 (HB). Tillandsia pohliana Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, São Miguel, Pohl 3658 (Síntipo: W, destruído). Brasil, sem local exato, Glaziou (Síntipo: B?). Distribuição geográfica: CE, GO, MG, MT, SP. Tillandsia pohliana apresenta ampla distribuição geográfica. Ocorre no Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e região central e leste do Brasil. É característica de ambientes secos. Na Serra da Mantiqueira ocorre nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Morfologicamente assemelha-se a Tillandsia stricta Soland. da qual pode ser diferenciada pelo porte mais robusto, coloração das pétalas (brancas) e brácteas escapais e florais (fracamente rosadas de textura aveludada), longo escapo e folhas mais largas. Cresce como epífita, entre 400 e 1200 m de altitude, em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, normalmente em locais bem iluminados, como em matas ciliares ou áreas antropizadas. Floresce entre junho e setembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Bom Sucesso, 14 XII 1991, Tameirão Neto, E. 790 (BHCB). Extrema: Serra do Lopo - Trilha oposta a do Caçador, 24 VI 2004, Trindade-Lima, T. 39 (HME). Mata do Parque de Eventos, 23 VII 2004, Trindade-Lima, T. 85 (HME). Rio Preto: Gruta do Funil, 30 IX 1989, Grandi, T.S.M (BHCB). SÃO PAULO. Socorro: Bairro dos Domingues, 25 VIII 2001, Groppo, J.r.; M 841 (SPF).

187 167 Tillandsia polystachia (L.) L., Sp. pl. 1: Basiônimo: Renealmia polystachia L., Sp. pl. 1: Tipo: Índias Ocidentais, Plumier s.n. (Holótipo: P). Distribuição geográfica: AC, BA, CE, ES, MG, MT, PB, PE, PR, RJ. Espécie amplamente distribuída. Ocorre na Flórida, leste das Índias, México, Bolívia e Brasil. Na Serra da Mantiqueira ocorre no estado de Minas Gerais, com apenas uma coleta registrada para o Rio de Janeiro. Caracteriza-se pelas folhas com bainhas largas capazes de acumular pequena quantidade de água e detritos, variando de verdes a levemente vináceas, dependendo da exposição solar a qual a planta está submetida, escapo ereto e longas cápsulas. Assemelha-se a T. parvispica conforme já discutido. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, normalmente em ambientes com alto grau de luminosidade, entre 500 e 700 m de altitude. Floresce de julho a outubro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Carangola: Rio Carangola - Fazenda Santa Clara, 5 VIII 2006, Silva, B.M.F. 128 (GFJP). Rio Carangola - Fazenda Santa Clara, VII 1987,? 225 (GFJP). rio Carangola, VII 1987, Leoni, L.S. 225 (GFJP). Fazenda Santa Clara, 5 VII 2003, Faria, T.L.T. 32 (GFJP). Juiz de Fora, 25 IV 1968, Braga, P.I.S (RB). Próx. São João del Rey: Casa da Pedra, IX 1897, Schwacke (RB). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). São João Del Rei,? s.n. (RB ). Herb. Schwacke (RB). São João del Rei: Casa da Pedra, 11 VII 1997, Moura, R. 80 (R). Casa da Pedra, 11 VII 1997, Moura, R. 79 (R). Tiradentes, 4 X 1987, Alves, R.J.V. 15 (RB). 4 X 1987, Alves, R.J.V. 16 (RB). Viçosa, VIII 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (RB 41826). entre Porto Firme e Guaraciaba: vale do rio Piranga, 12 X 1996, Palhais, C.B. 37 (VIC). RIO DE JANEIRO. Itaocara, 9 IV 1977, Martinelli, G (RB). Sumidouro, 29 II 2004, Forzza, R.C (RB). Tillandsia pruinosa Sw., Fl. Ind. Occ. 1: Tipo: Jamaica, Swartz s.n. (Holótipo: S). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. :

188 168 Tillandsia pruinosa é uma espécie com ampla distribuição, ocorrendo da Flórida aos Estados Unidos. No Brasil é referida para a região Sudeste. Versieux (2005) registrou recentemente a ocorrência para o estado de Minas Gerais, município de Ponte Nova. Esta área representa a região limite, segundo a concepção de delimitação aceita neste trabalho. A espécie foi incluída, uma vez que apesar de apresentar ampla distribuição, no estado de Minas Gerais, só é encontrada nesta região. A espécie é bem delimitada e caracteriza-se principalemente pelo aspecto lageniforme da roseta, que tem a base distintamente inflada e pelas folhas densamente cobertas por escamas cinéreas. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 430 m de altitude. floresce entre agosto e novembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Ponte Nova: ilha da Garça, 4 VIII 2000, Goldschmidt, A. 48 (VIC). ilha da Garça, 15 XI 2000, Paula, C.C. s.n. (VIC). Ilha das Garças, 10 XI 2001, Paula, C.C. s.n. (VIC). Tillandsia recurvata (L.) L., Sp. pl. 1: Basiônimo: Renealmia recurvata L., Sp. pl. 1: Tipo: Jamaica, Sloane s.n. (Holótipo: BM, Isótipos: B, GOET, M, P). Distribuição geográfica: AL, BA, CE, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP. Esta espécie ocorre praticamente em toda a área de distribuição da família, desde o sul dos Estados Unidos, até a Argentina. No Brasil apenas a região centro-oeste não possui registros. Na Serra da Mantiqueira a grande maioria dos exemplares examinados são procedentes de Minas Gerais. Caracteriza-se pelo pequeno porte, formando normalmente touceiras, com diversos indivíduos procedentes da mesma planta-mãe, escapo delicado e inflorescência comumente com uma única flor, com pétalas diminutas, lilases. Cresce em ambientes inusitados, como telhados de casas e fios elétricos, muitas vezes é confundida com plantas parasitas por formar grandes populações sobre uma mesma árvore. Apresenta afinidades com T. mallemontii conforme discutido anteriormente. Cresce como epífita, apenas um exemplar examinado tem indicação de hábito rupícola.

189 169 Na região de Joanópolis, no estado de São Paulo, foram observados exemplares crescendo sobre rochas próximas a cursos d água. É encontrada em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, especialmente em ambientes com alto grau de luminosidade, mas também pode ser encontrada no interior de florestas sob luz difusa, entre 400 e 1250 m de altitude. Floresce e frutifica ao longo de todo o ano. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Rio Funil, 2 X 1959, Castellanos, A (R). Aiuruoca: fazenda do Forro, 21 XI 1943, Mendes Magalhães, G (BHCB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 23 X 1994, Paula, C.C (VIC). Barbacena, VIII 1894, Silveira, A.A. 34 (R). VIII 1894, Silveira, A.A. s.n. (RB ). VIII 1894, Silveira, A. s.n. (RB ). Barroso: Mata do Baú, 1 III 2001, Assis, L.C.S. 28 (CESJ). Mata do Baú, 1 III 2001, Assis, L.C.S. 28 (SPF). Bom Jardim de Minas: Serra do Pacau, 4 VI 1989, Grandi, T.S.M. s.n. (BHCB 17569). Carangola: fazenda do Nolesco, 28 VII 1987, Leoni, L.S. 2 (BHCB). fazenda Maranhão, III 1997, Leoni, L.S (HB). rio Carangola, VII 1988, Leoni, L.S. 145 (GFJP). rio Carangola, 8 X 1996, Nolasco, P. 19 (GFJP). rio Carangola, 8 X 1996, Nolasco, P. 19 (HB). Campos da Fafite, 13 III 1995, Leoni, L.S (GFJP). fazenda Maranhão, III 1997, Leoni, L.S (GFJP). Coronel Pacheco: Estação Experimental, 2 V 1942, Heringer, E.P. 910 (SP). Estação Experimental, 2 V 1942, Heringer, E.P. 910 (VIC). Extrema: Mata do Parque de Eventos, 22 VII 2004, Trindade-Lima, T. 84 (HME). Mata do Parque de Eventos, 23 VII 2004, Trindade-Lima, T. 86 (HME). Mata do Estado- Bairro do Barreiro, 23 VI 2004, Trindade-Lima, T. 33 (HME). Faria Lemos: Fazenda Santa Rita, 3 IX 2006, Leoni, L.S (GFJP). Cafarnaum (ECCB), 10 III 2006, Silva, M.F.B. 110 (GFJP). Fazenda Jatobá', 8 IX 2003, Leoni, L.S (GFJP). Fazenda Santa Rita, 21 IX 2003, Leoni, L.S (GFJP). Fazenda Santa Rita, 8 IV 2006, Silva, M.F.B. 11 (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Juiz de Fora: Museu Mariano Procópio, 23 IX 1987, Coelho, B.B.S. s.n. (RB ). Museu Mariano Procópio, 23 IX 1987, Krieger, L (CESJ). Muçunge, 1 X 1977, Agostinho, T (CESJ). Lavras: Serra dos Deuses, 16 VIII 1944, Black, G (RB). X 1999, Borges, C.T. s.n.(esal 15986). Praça da Bandeira, 15 X 1985, Menezes-Junior, A. s.n.(esal 04852). IX 2006, Haro, M. s.n.(esal 20822). Campus da UFLA, 3 VII 2002, Ogusuku, L.M. s.n.(esal 18369). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 30 IX 1970, Sucre, D (RB). 21 I 2005, Monteiro, R.F. 50 (RB). Paraisópolis, 25 IV 1927, Hoehne, F.C. s.n. (SP 19181). Passa Quatro: Floresta Nacional de Passa Quatro, 5 XII 1998, Martinelli, G (RB). Rio Preto: Gruta do Funil, 30 IX 1989, Grandi, T.S.M (BHCB). Fazenda da Tiririca, 23 II 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Vilarejo do Funil, Cânion, 28 I 2007, Trindade-Lima, T. 223 (CESJ). Santa Luiza, 18 V 1981, Willians, L.O (RB). Santa Rita de Jacutinga, 31 VII 1970, Krieger, L (CESJ). 31 VII 1970, Krieger, L (RB). 31 VII 1970, Krieger, P.L (RB). Santos Dumont: Serra da Mantiqueira, 18 X 1979, Krieger, L (CESJ). Serra da Mantiqueira, 18 X 1979, Krieger, L (RB). 18 X 1979, Krieger, P.L (RB). São João Del Rei, III 1970, Krieger, P.L (SPF). III 1970, Krieger, P.L (CESJ). III 1970, Krieger, P.L (UPCB). III 1970, Krieger, P.L (BHCB). III 1970, III 1970, Krieger, P.L (MBM). III 1970, Krieger, P.L (CEPEC). III 1970, Krieger, P.L (UB). São Tiago: fazenda Olaria, 23 VII 1981, Castro, E.M.R. 23 (BHCB). Tiradentes,? s.n. (RB ). Schwacke, P (RB). 24 IX 1989, Alves 730 (RB). 19 VII 1978, Martinelli, G (RB). Viçosa,

190 III 1935, Kuhlmann, J.G (RB). 19 III 1935, Kuhlmann, J.G. s.n. (VIC 2017). 26 XII 1958, Irwin, H.S (VIC). Campus da UFV, 16 IV 1996, Simonelli, M. 343 (VIC). entre Porto Firme e Guaraciaba: vale do rio Piranga, 12 X 1996, Palhais, C.B. 46 (VIC). RIO DE JANEIRO. Parque Itatiaia, 23 I 1959, Castellanos (R). Natividade: Estrada - Raposo / Natividade Km 10, 16 II 1995, Paula, C.C (VIC). SÃO PAULO. Amparo: Monte Alegre, 17 XII 1942, Kuhlmann, M. 141 (SP). 25 IV 1980,? s.n.(iac). Atibaia, 7 IX 1939, Foster, M.B. 479 (R). Monte Alegre do Sul: Bairro do Lambedor, 23 VII 1949, Kuhlmann, M (SP). Tillandsia streptocarpa Baker, Jour. Bot. 25: Tipo: Paraguai, Luque, Balansa 615 (Holótipo: K, Isótipos: P, S). Distribuição geográfica: BA, DF, GO, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RN, RS, SP. Espécie amplamente distribuída, ocorrendo do Peru ao Paraguai e em todas as regiões brasileiras, exceto região norte. Na Serra da Mantiqueira ocorre nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Tillandsia streptocarpa caracteriza-se pelas folhas densamente cobertas por escamas, tornando-as prateadas, as basais são reflexas com disposição estrelada. Formam grandes aglomerados populacionais, onde muitas vezes os indivíduos estão desprendidos do substrato. Freqüente em paredões rochosos com inclinação aproximada de 90 º. Assemelha-se a T. arhiza e T. graomogolensis conforme já discutido anteriormente. Cresce como rupícola ou epífita, em ambientes plenamente iluminados, em áreas de Mata Atlântica, Campo Rupestre e Cerrado, entre 700 e 1000 m de altitude. Floresce de novembro a janeiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Carrancas: Serra do Moleque, 13 XI 1998, Simões, A.O. 560 (UEC). Conceição do Ibitipoca: Parque Estadual do Ibitipoca, XII 2000, Salimena, F.R.G. s.n.(cesj 32771). Lavras, 10 XII 1980, Leitão Filho, H.F (UEC). 9 XII 1980, Leitão Filho, H.F (UEC). 7 XII 1983, Leitão Filho, H.F (UEC). Lima Duarte: 4 II 2004, Monteiro, R.F. 12 (RB). Serra do Carrapato, III 1896, Silveira, A.A. 713 (R). Serra de Ibitipoca, 29 IX 1970, Braga, P.I.S (RB). SÃO PAULO. Atibaia, 7 IX 1939, Foster, M.B. 478 (R). Gehrt, A. s.n. (SP 42177). Pedra Grande, 12 I 1940, Handro, O. s.n. (SP 42305). Pedra Grande, 6 VII 1993, Coffani-Nunes, J.V. 049 (SPF). Pedra Grande, 20 XI 1997, Pansarim, E.R. 97/82 (UEC). Tillandsia stricta var. stricta Sol. in Sims, Bot. Mag. 37: t Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Banks s.n. (Holótipo: BM).

191 171 Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PE, PR, RJ, RS, SC, SP. Uma das espécies melhor representada nas coleções de herbário. Ocorre na Venezuela, Trinidad, Guiana, Suriname, Paraguai, Uruguai, norte da Argentina e no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira há registros para os quatro estados, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta grandes variações morfológicas, principalmente em relação ao porte e conformação da roseta, mas caracteriza-se pela inflorescência dística e polística, brácteas escapais superiores grandes (cerca de metade do comprimento da inflorescência) e brácteas florais vistosas, elípticas e aristadas. O material herborizado pode ser confundido com T. pohliana, da qual difere por vários aspectos conforme já discutido. Atualmente são aceitas além da variedade típica três variedades e uma forma. A maioria dos exemplares analisados não apresentava indentificação infra-específica e nestes casos quando não foi possível a determinação precisa, o espécime foi considerado como pertencente a variedade típica. Cresce preferencialmente como epífita, raramente como rupícola ou saxícola, entre 300 e 1700 m de altitude, nos mais variados ambientes, em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude. É comumente encontrada em matas ciliares, mas há também grande número de ocorrência para paredões rochosos em formações areníticas. Há indícios de floração para todos os meses do ano com concentração entre agosto e dezembro. Ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Pr. Caparaó, 11 VIII 1972, Heringer, E.P (HB). MINAS GERAIS. Fazenda da Pedra, 30 XII 1949, Krieger, L (CESJ). Serra da Mantiqueira, IV 1896, Magalhães, H (R). Sítio (Borda), 15 XI 1969, Krieger, L (RB). Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (SEL). Alto Caparaó: Caparaó, 27 IX 1977, Rita (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 19 XI 1988, Krieger, L. 938 (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 19 XI 1988, Krieger, L. 938 (RB). Parque Nacional, 5 VIII 1996, Leoni, L.S (HB). Vale Verde - Córrego Caparaó., 1 VIII 1998, Leoni, L.S (GFJP). IX 1996, Souza, V.C (ESA). 19 XI 1988, Krieger, P.L (RB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 3 III 1995, Paula, C.C (VIC). Barbacena, 24 XI 1905, Sampaio, A.J. 248 (R). Caldas, 29 I 1877, Regnell, A.F. 282 (US). Carangola: Serra da Grama, 3 IX 1987, Leoni, L.S. 54 (BHCB). rio Carangola, VIII 1988, Leoni, L.S. 403 (RB). rio Carangola, VIII 1987, Leoni, L.S. 403 (GFJP). VIII 1988, Leoni, L.S. s.n. (RB ). Conceição da Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G

192 172 (RB). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 11 XI 2001, Almeida, V.R. 28 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 10 IX 2001, Faria, P.C.L. s.n. (CESJ 34138). Serra do Descoberto, VIII 1894, Schwacke, W (RB). Entre Rios de Minas: Serra da Colônia, XII 1991, Tameirão Neto, E. 672 (BHCB). Extrema: Mata do Estado - Bairro do Barreiro, 23 VI 2004, Trindade-Lima, T. 37 (HME). Serra do Lopo - Trilha da Sacerdotiza, 26 III 2004, Trindade-Lima, T. 06 (HME). Trilha do Pinheirinho, 24 VIII 2004, Trindade-Lima, T. 94 (HME). Serra do Lopo - Trilha oposta a do Caçador, 1 VII 2004, Trindade-Lima, T. 62 (HME). Serra do Lopo - Trilha oposta a do Caçador, 1 VII 2004, Trindade-Lima, T. 61 (HME). Fervedouro: córrego Pai Inácio, 11 I 2001, Salino, A (BHCB). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 20 VI 2001, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 I 1998, Paula, C.C. s.n. (VIC 25961). Guarani: área das Usinas Hidrelétricas, 11 X 1997, Salino, A (BHCB). Itutinga, 10 X 1992, Souza, V.C (R). Juiz de Fora, 28 X 1985, Krieger, L. s.n. (CESJ 25731). Mucungê, 1 X 1977, Agostinho, T (CESJ). fazenda do Diamante, 24 X 1970, Krieger, L (CESJ). Mata da Luna, 18 X 2004, Rocha, M.J.R. 63 (GFJP). Lavras, 9 XII 1980, Leitão Filho, H.F (UEC). 10 XII 1980, Leitão Filho, H.F (UEC). 7 XII 1983, Leitão Filho, H.F (UEC). Lima Duarte: Serra de Ibitipoca, 1 X 1970, Krieger, L. s.n. (BHCB 63478). Parque Estadual de Ibitipoca, 5 XII 1993, Oliveira, R.C. 116 (CESJ). Serra de Ibitipoca, 1 X 1970, Confúcio, U (MBM). Parque Estadual de Ibitipoca, 24 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual de Ibitipoca, 25 X 1997, Figueiredo, C. 16 (R). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Esatdual do Ibitipoca, 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). 19 X 2003, Monteiro, R.F. 6 (RB). 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). Miradouro, 8 VI 1995, Leoni, L.S (GFJP). Passa Quatro, 27 IV 1929, Sampaio, A.J (R). 27 IV 1929, Sampaio, A.J (R). Poços de Caldas, 10 IX 2005, Reis, J.R.M. s.n.(esal 20292). Rio Novo: Serra do Henrique, IX 1895, Schwacke, W (RB). Serra do Descoberto, VIII 1895, Schwacke (RB). 28 XII 1895,? s.n. (RB ). 29 VII 1895,? s.n. (RB ). Rio Preto: Funil, Serra da Caveira D'Anta, 22 II 2004, Assis, L.C.S. 983 (CESJ). Serra Negra- Fazenda Tiririca, 3 XI 2003, Salimena, F.R.G (CESJ). Santa Rita de Jacutinga: Boqueirão da Mata, XI 2001, Moura, R. 341 (R). Sericita: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 12 I 1996, Paula, C.C (VIC). São José da Chapada, 14 II 1947, Romariz, D. s.n. (RB 59654). São João Del Rey: Cachoeira da usina, 25 II 2001, Valente, A.S.M. s.n.(cesj 32532). São João da Chapada, 14 II 1947, Romariz, D. 430 (RB). São Thomé das Letras, 21 VII 1978, Martinelli, G (RB). Tiradentes, 7 IX 1990, Alves, R.J.V (RB). 11 V 1987, Alves, R.J.V. 26 (RB). Fazenda da Tiririca, 23 XI 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Viçosa: Escola Estadual de Agricultura, 26 XII 1958, Irwin, H.S (US). Recanto das Cigarras, 15 II 1992, Oliveira, J.R.V. s.n. (VIC 11340). RIO DE JANEIRO. Porto das Caixas, 30 X 1935, Brade, A.C (RB). Resende, Parque Nacional do Itatiaia, 18 X 1977, Ferreira, V.F. 233 (RB). 18 X 1977, Ferreira, V.F. 233 (RB). SÃO PAULO. Serra da Cantareira, Koscinski, M. 329 (SP). Amparo: Monte Alegre, 21 XII 1942, Kuhlmann, M. 262 (SP). Atibaia: Parque Municipal da Grota Funda, Bernacci, L.C (UEC). Bragança Paulista: 25 VII 1916, Duarte, C. 116 (SP). Campos do Jordão,? s.n. (RB ). Parque Estadual de Campos do Jordão, 5 XII 2000, Fiaschi, P. s.n.(spf ). Parque Estadual de Campos do Jordão, 11 XI 1994, Sazima, M (UEC). Horto Florestal, 28 XII 1994, Sazima, I (UEC). Jundiaí: Estação Experimental de Jundiaí - IAC, 16 V 1997, Jung-Mendacolli, S.L. 687 (IAC). Mairiporã: P. E. Cantareira, 3 II 2005,? s.n. (SPSF 34060). Pinheiros: 21 VIII 1930, Gehrt, A. s.n. (RB -). SÃO PAULO: Campos do Jordão: Horto Florestal, 24 IX 1994, Buzato, S (UEC). Horto Florestal, 4 II 1947, Dedecca, D. s.n.(iac 8156).

193 173 Tillandsia stricta var. stricta forma nivea Leme, Pabstia. 4(3) Tipo: Brasil, Maricá, Cassorotiba, Nahoum s.n. (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: MG, RJ. Está forma ocorre no estado do Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira foi encontrada uma única coleção procedente do município de Ervália, no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Paula (1998) não incluiu o táxon no levantamento realizado nesta área. Tillandsia stricta var. stricta forma nivea diferencia-se da forma típica pela inflorescência completamente nívea (vs. inflorescência com brácteas florais rosa-avermelhada e pétalas azuis). No município de Camanducaia, Minas Gerais, durante o presente estudo, foram observadas grandes populações crescendo em áreas de Floresta Ombrófila Mista, com inflorescências compatíveis com esta forma. Cresce como epífita. Não há dados referentes ao ambiente, altitude e fenologia do táxon. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Ervália: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 8 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Tillandsia stricta var. albifolia H. Hrom. & Rauh, Bromelienstudien (HEID). Tipo: Brasil, Espírito Santo, entre Alegre e Jerônimo Monteiro, Hromadnik 6135 Distribuição geográfica: ES, SP. Esta variedade é referida apenas para o estado do Espírito Santo e São Paulo. Na Serra da Mantiqueira é registrada por apenas uma coleta procedente do município de Campos do Jordão. Caracteriza-se principalmente pelas pétalas de coloração branca, contrastando com as brácteas róseas. Não há dados sobre o hábito e altitude na etiqueta do material. Floresce no mês de outubro. Ocorre em unidade de conservação.

194 174 SÃO PAULO. Campos do Jordão: Horto Florestal, 9 X 1992, Buzato, S (UEC). Tillandsia stricta var. disticha L. B. Smith, Arq. Bot. S. Paulo II. 1: Tipo: Brasil, Paraná, Vila Velha, Ponta Grossa, Foster 411-A (Holótipo: GH). Distribuição geográfica: PR, SP. Este é o primeiro registro desta variedade para o estado de São Paulo. O táxon era conhecido apenas pelo material-tipo. Diferencia-se da variedade típica pelas poucas flores de disposição dística. Não há dados sobre o hábito e a altitude desta espécie. Cresce em áreas de Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila Mista. Floresce em julho. Ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (SP). Tillandsia tenuifolia L. var. tenuifolia, Sp. pl. 1: Tipo: Sem procedência, Royen s.n. (Holótipo: L). Distribuição geográfica: BA, CE, DF, ES, MG, MT, PA, PE, PR, RJ, RS, SC, SP. Apresenta ampla distribuição, ocorrendo nas Índias Ocidentais, ao norte, e na Bolívia e Argentina, ao sul, e no Brasil em todo território, exceto a região Norte. Na Serra da Mantiqueira é registrada apenas em Minas Gerais e São Paulo. Tillandsia tenuifolia segundo Tardivo (2002) apresenta grande variabilidade morfológica, decorrentes principalmente das condições ambientais as quais esta submetida. A análise detalhada da morfologia floral indica que um conjunto de caracteres florais se apresentam sempre constantes, como a inflorescência em espiga, flores sésseis, sépalas posteriores fortemente unidas, pétalas elípticas ou espatuladas com ápice truncado ou obtuso de coloração branca a azulada e filetes plicados na região mediana. Devido a gama de variações apresentadas pelo táxon a autora sinonimiza todas as variedades. Atualmente são aceitas seis variedades além

195 175 da variedade típica. A maioria dos exemplares examinados não apresentava identificação infraespecífica e quando não foi possível a determinação devido a falta de dados nas etiquetas o espécime foi considerado como pertencente à variedade típica. Assemelha-se a T. aëranthos (Loiselium) L.B. Sm., Tillandsia araujei Mez, e T. bergeri Mez, das quais distingui-se principalmente pela morfologia floral. Apenas Tillandsia aëranthus é referida para a Serra da Mantiqueira, conforme discutido anteriormente. Cresce como epífita ou rupícola, em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude, entre 400 e 1250 m de altitude. Há indícios de floração para todos os meses do ano, exceto outubro e novembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. 11 IX 1861, Regnell, A.F. 132 (US). Serra da Mantiqueira, V 1896, Magalhães, H (R). Serra da Mantiqueira, VII 1894, Silveira, A.A. 6 (R). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 26 III 1995, Leoni, L.S (GFJP). Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (SPF). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 23 X 1994, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 28 II 1996, Paula, C.C (VIC). Barroso: Mata do Baú, 8 X 2001, Assis, L.C.S. 285 (CESJ). Mata do Baú, 8 X 2001, Assis, L.C.S. 285 (SPF). Mata do Baú, 27 XI 2001, Assis, L.C.S. 11 (CESJ). Mata do Baú, 20 X 2001, Assis, L.C.S. 338 (CESJ). Mata do Baú, 20 X 2001, Assis, L.C.S. 338 (MBM). Bonsucesso: Fazenda Novo Mundo, 3 XI 2001, Tameirão-Neto, E. s.n.(esal 14337). Caldas, 20 XI 1930, Hoehne, F.C (NYBG). Camanducaia: fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (BHCB). Carrancas: Estrada de acesso à Serra do Moleque, 9 X 1997, Martins, A.B (UEC). Cachoeira da Fumaça e Serra de Carrancas, 9 XII 1983, Leitão Filho, H.F (UEC). Cachoeira da Zilda, 12 XI 1997, Simões, A.O. 37 (UEC). Extrema: Trilha para a Pedra das Flores, 14 VIII 2004, Trindade-Lima, T. 93 (HME). Serra do Lopo - Trilha do Caçador, 2 VI 2004, Trindade-Lima, T. 32 (HME). Mata do Estado - Bairro do Barreiro, 23 VI 2004, Trindade-Lima, T. 36 (HME). Mata do Estado - Bairro do Barreiro, 23 VI 2004, Trindade-Lima, T. 35 (HME). Mata Parque de Eventos, 1 VII 2004, Trindade-Lima, T. 65 (HME). Serra do Lopo - Trilha do Caçador, 2 VI 2004, Trindade-Lima, T. 31 (HME). Serra do Lopo - Trilha oposta a do Caçador, 30 VI 2004, Trindade-Lima, T. 60 (HME). Serra do Lopo - Trilha Pico dos Cabritos, 20 IV 2004, Trindade-Lima, T. 09 (HME). Itapeva: Pedra Chata, 26 VIII 1999, Stehmann, J.R (BHCB). Itumirim, 15 V 1985, Resende, M.D.V. s.n.(esal 04562). Lavras, X 1984, Gavilanes, M.L (ESAL). 12 IX 1987, Gavilanes, M.L (ESAL). Poço Bonito, 3 III 1993, Corrêa, H.M. s.n.(esal 14105). Rio Capivari, 20 IX 1999, Ricardo s.n.(esal 15985). Serrinha, 7 XII 1983, Leitão Filho, H.F (UEC). 9 XII 1980, Leitão Filho, H.F (UEC). Lima Duarte: estrada Lima Duarte - Olaria, 27 III 1989, Krieger, L (CESJ). Parque Estadual de Ibitipoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). V 1897, Brandão, F. s.n. (R ). 30 VI 2004, Assis, L.C.S (RB). 10 III 2004, Forzza, R.C (RB). Macaia: Mata dos Botelhos, 22 XI 1989, Carvalho, D.A. s.n.(esal 09649). Olaria: Cachoeira Pão de Angu, 27 I 1998, Brugger, M. s.n. (CESJ 30036). Oliveira, 24 VI 1989, Gavilanes, M.L (ESAL). Passa Quatro: Floresta Nacional de Passa Quatro, 5 XII 1998, Martinelli, G (RB). Rio Novo, VII 1895, Schwacke, W (RB). Rio Preto, 4 XII 2003, Menini-Neto, L. s.n.(cesj 42657). Ninho da Égua, 25 IV 2005, Matozinhos, C.N. 213 (CESJ). São João del Rei: Casa de Pedra, 11 VII 1997, Moura, R. 77 (R). Tiradentes, 15 V

196 , Alves, R.J.V. 315 (RB). Viçosa: Escola Estadual de Agricultura, 26 XII 1958, Irwin, H.S (US). Escola Estadual de Agricultura, 26 XII 1958, Irwin, H.S (R). 1936, Kuhlmann, J.G (RB). 26 XII 1958, Irwin, H.S (VIC). Universidade Federal de Viçosa, 28 X 1979, Vidal, W.N. 510 (HB). 1936, Kuhlmann, J.G. s.n. (RB 78015). SÃO PAULO. Amparo: Monte Alegre, 26 VIII 1943, Kuhlmann, M. 358 (SP). Atibaia: Parque Municipal da Grota Funda, Bernacci, L.C (UEC). Pedra Grande, 8 XII 1985, Hutchison, P.C (UEC). Pedra Grande, 29 VIII 1982, Galvão, J.C (UEC). Bernacci, L.C (ESA). Campos do Jordão: 15 IX 1923, Hoehne, F.C. s.n.(sp). Horto Florestal Campos do Jordão, 20 IX 1991, Buzato, S (SP). Parque Estadual de Campos do Jordão, 27 VI 1992, Buzato, S (UEC). Parque Estadual de Campos do Jordão, 20 IX 1991, Buzato, S (UEC). Parque Estadual Campos do Jordão, 4 VIII 1994, Sazima, M (UEC). 16 I 1956,? s.n. (RB ). Monte Alegre: Margem do Rio Camanducaia, 26 VII 1949, Kuhlmann, M (SPF). Margem do Rio Camanducaia, 26 VII 1949, Kuhlmann, M. 358 (SPF). Monte Alegre do Sul: Margem do Rio Camanducaia, 26 VII 1949, Kuhlmann, M (SP). Tillandsia tenuifolia var. saxicola (L.B. Smith) L.B. Smith, Phytologia 8: 220. Basiônimo: Tillandsia pulchella var. saxicola L.B. Sm., Arq. Bot. S. Paulo II. 1: 115, pl Tipo: Brasil, São Paulo, Pedra Grande, 6 set A. Gerht s.n. (Holótipo: GH. Isótipo: SP). Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Esta variedade era conhecida para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Este é o primeiro registro para Minas Gerais, numa região da Serra da Mantiqueira. Caracteriza-se pelas folhas densamente dísticas, ascendentes e flores polísticas. Cresce preferencialmente como rupícola em áreas de Mata Atlântica a cerca de 1000 m de altitude. Floresce de agosto a dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Bom Sucesso: fazenda Mundo Novo, 3 XI 1991, Tameirão Neto, E. 788 (BHCB). fazenda Mundo Novo, 3 XI 1991, Tameirão Neto, E. 788 (US). SÃO PAULO. Atibaia: Pedra Grande, 12 VIII 1985, Hutchison, P.C (RB). 15 VIII 1929, Ostermeyer, R. s.n.(sp 24162). Pedra Grande - Serra de Itapetinga, X 1910, Duarte, C. 220 (SP). 12 VIII 1985, Hutchinson, P.C (RB). Tillandsia tenuifolia var. surinamensis (Mez) L.B. Sm., Phytologia 8: Basiônimo: Tillandsia pulchella var. surinamensis Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Suriname, Hostmann 592-A (Holótipo: U).

197 177 Distribuição geográfica: BA, CE, DF, ES, GO, MG, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SP. Tillandsia tenuifolia var. surinamensis apresenta ampla área de distribuição, ocorre em toda a América do Sul, das Guianas até a Argentina. No Brasil, assim como a variedade-típica, é referida para todas as regiões exceto a região Norte. Na Serra da Mantiqueira é registrada para Minas Gerais e São Paulo. Caracteriza-se pelas folhas geralmente secundas, inflorescência excedendo as folhas e flores polísticas. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica entre 1100 e 1200 m de altitude. Floresce no mês de março. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 22 III 1988, Andrade, P.M (BHCB). Parque Estadual do Ibitipoca, 22 III 1988, Andrade, P.M (MBM). SÃO PAULO. Jaraguá, Brade, A.C (SP). Tillandsia tenuifolia var. vaginata (Wawra) L. B. Sm., Phytologia 8: Basiônimo: Tillandsia triflora Vellozo, Fl. Flum ; Icon. 3: pl Tipo: Brasil, Juiz de Fora, Wawra II-212 (Holótipo: W, destruído). Lectotipificada pela ilustração 24-B in Wawra, Itin. princ. S. Coburgi. 1883, designado por Smith e Downs (1977). Distribuição geográfica: BA, ES, GO, MG, PB, PI, PR, RJ, RN, SP. Tillandsia tenuifolia var. vaginata tem ampla área de distribuição, ocorrendo das Índias Ocidentais ao Brasil e Paraguai. Na Serra da Mantiqueira há um número considerável de ocorrência para o estado de Minas Gerais, e poucos registros para São Paulo. Caracteriza-se pelas folhas com distinção evidente entre bainhas e lâminas, mais curtas que o caule, lâminas involutas e delicadas. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica entre 400 e 1200 m de altitude. A floração parece ocorrer ao longo de todo o ano, com concentrações para os meses de novembro e dezembro. Ocorre em unidade de conservação.

198 178 MINAS GERAIS. Serra da Mantiqueira, 1948,? s.n. (R ). Barbacena, XI 1905, Sampaio, A.J. 342 (R). Caldas, 11 XII 1862, Regnell, A.F (US). Regnell, A.F (US). 20 XI 1930, Hoehne, F.C. s.n. (SP 26688). Carangola: córrego Água Limpa, 6 VIII 1989, Leoni, L.S. 824 (HB). córrego Água Limpa, 6 VIII 1989, Leoni, L.S. 824 (RB). córrego Água Limpa, 6 VIII 1989, Leoni, L.S. s.n.(gfjp 824). Caxambú, XI 1958, Pabst, G.F.J (HB). XII 1960, Pabst, G.F.J. s.n. (HB 21295). Coronel Pacheco: alto da Serra do Boi, 20 V 1942, Heringer, E.P (SP). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 8 III 2003, Almeida, V.R. 36 (CESJ). Lavras: Serrinha, 9 XII 1980, Barros, F. 572 (SP). 13 XI 1944, Heringer, E.P (SP). Lima Duarte, IV 1897, Brandão, F. s.n. (R ). Passa Quatro: Estação Florestal da Mantiqueira, X 1948, Vidal, J. s.n. (R ). Parque Florestal "J. Mariano Filho", 24 XI 1967, Mattos, J (SP). Parque Florestal "J. Mariano Filho", 24 XI 1967, Mattos, J (HB). Rio Novo, Herb. Schwacke (RB). SÃO PAULO. Atibaia, VIII 1910, Duarte, C. 137 (SP). Campos do Jordão: Parque Estadual Campos do Jordão, 24 XI 1995, Sazima, M. 96/0004 (HB). Tillandsia tricholepis Baker, J. Bot. 16: Tipo: Bolívia, La Paz, Larecaja, Mandon 1179 (Holótipo: K, Isótipos: BM, NY, P, S). Distribuição geográfica: CE, MG, PE, PR, RJ, RS. Tillandsia tricolepis é muito comum na Bolívia, Paraguai, Argentina e leste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é referiada para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Caracteriza-se pelo pequeno porte, com folhas densamente escamosas e polisticamente dispostas ao longo de um caule distinto. O escapo e a inflorescência assemelham-se a T. loliacea difererindo pela coloração creme das pétalas (vs. amarelo-escuro) e forma do ovário. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, entre 450 e 700 m de altitude. Somente dois dos exemplares examinados apresetavam-se floridos, um no mês de setembro e outro em janeiro, as etiquetas destes materiais indicam pétalas lilases e cremes, respectivamente. A espécie não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Belmiro Braga: São José das Três Ilhas, 31 VIII 1986, Sabino, M (CESJ). São José das Três Ilhas, 31 VIII 1986, Sabino, M (RB). Carangola: Serra do Papagaio, IX 1992, Leoni, L.S (HB). Perímetro urbano, V 2002, Leoni, L.S (GFJP). Conselheiro Mata, Brade, A.C (RB). Juiz de Fora: Cedofeita, 28 X 1972, Krieger, L (CESJ). Matias Barbosa: Propriedade do Sr. Sílvio Andrade Bastos, Andrade, S. s.n. (BHCB 58106). Rio Novo: Fazenda Boa Esperança, 19 IV 1995, Leoni, L.S (GFJP). Rio Preto: Vilarejo do Funil, Cânion, 28 I 2007, Trindade-Lima, T. 224 (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Três Ilhas, 31 VIII 1986, Sabino, M (RB). RIO DE JANEIRO. Parahyba do Sul, 1 XII 1939, Kuhlmann, M. s.n.(sp 42280). Paraíba do Sul: Faz. Sincorá, 5 IV 1994, Paiva, R.L (ESAL).

199 179 Tillandsia usneoides (L.) L., Sp. pl. (ed 2) 1: Basiônimo: Renealmia usneoides L., Sp. pl. 1: Tipo: Jamaica., Sloane s.n. (Holótipo: BM). Distribuição geográfica: BA, CE, ES, MA, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SP. Amplamente distribuída por praticamente toda a área de ocorrência da família, do sul do Estados Unidos a região central da Argentina e do Chile, inclusive o Brasil. Na Serra da Mantiqueira há registros em herbários somente para o estado de Minas Gerais. Foram observadas, durante este trabalho, grandes populações no município de Joanópolis, São Paulo, em uma área destinada a visitação pública. Tillandsia usneoides apresenta morfologia bastante inusitada na família, constituindo-se basicamente de ramificações filiformes, que se desenvolvem formando cortinas pendentes sobre os ramos das árvores. Além disso, apresenta inflorescência uniflora. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, em matas ciliares, bordas de florestas ou em grandes árvores do interior das matas. Apenas três dos exemplares examinados continham flores, com indicações dos meses de maio, junho e novembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS., 25 IV 1868, Regnell, A.F (R). Antonio Carlos: Serra da Mantiqueira, 7 II 1972, Krieger, P.L (CESJ). Antônio Carlos: Serra da Mantiqueira, 7 II 1972, Krieger, L (CESJ). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 25 X 1994, Paula, C.C (VIC). Barbacena, 21 XI 1905, Sampaio, A.J. 154 (R). Cruz das Almas, 29 VII 1895, Schwacke, W (RB). 1880,? s.n. (RB ). 29 VII 1895, Schwacke, P (RB). Barroso: Mata do Baú, 26 XI 2001, Assis, L.C.S. 397 (CESJ). Mata do Baú, 26 XI 2001, Assis, L.C.S. 397 (MBM). Mata do Baú, 26 XI 2001, Assis, L.C.S. 397 (SPF). Bom Jardim de Minas, 11 X 1960, Slib, J.E. s.n. (HB 21241). Bom Sucesso: fazenda Mundo Novo, 3 XI 1991, Tameirão Neto, E. 791 (BHCB). fazenda Mundo Novo, 3 XI 1991, Tameirão Neto, E. 791 (US). Carangola: Fazenda Boa Vista, 6 IX 1988, Leoni, L.S. 373 (GFJP). Fazenda Boa Vista, 6 IX 1988, Leoni, L.S. 373 (HB). Coimbra: Serra de São Geraldo, 11 X 1995, Valente, G.E. 137 (VIC). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 31 VIII 2001, Almeida, V.R. 34 (CESJ). Extrema: Mata do Estado - Bairro do Barreiro, 23 VI 2004, Trindade-Lima, T. 38 (HME). Serra do Lopo - Trilha Pico dos Cabritos, 20 IV 2004, Trindade-Lima, T. 14 (HME). Faria Lemos: Fazenda Santa Rita, 16 IV 2006, Silva, M.F.B. 115 (GFJP). Fazenda Santa Rita, 16 IV 2006, Souza, R.L. 077 (GFJP). Fazenda Santa Rita, 16 IV 2006, Faria, T.L.T. 17 (GFJP). Fazenda Santa Rita, V 2002, Leoni, L.S (GFJP). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 15 IX 1991, Leme, E.M.C (HB). 9 III 2004, Forzza, R.C (RB). Passa Quatro, 22 IV 1929, Sampaio, A.J (R). Poços de Caldas, 10 IX 2005, Reis, J.R.M. s.n.(esal 20293). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). 21 V 2004, Salimena,

200 180 F.R.G (RB). Santa Rita de Jacutinga: Boqueirão da Mata, XI 2001, Moura, R. 342 (R). São Thomé das Letras, 21 VII 1978, Martinelli, G (RB). Serra de São Tomé, 30 X 1984, Pirani, J.R (SPF). Tiradentes, 6 III 1988, Alves, R.J.V. 233 (RB). Vriesea altodaserrae L.B. Sm., Contr. Gray Herb. 98: 16, est. 5, fig Tipo: Brasil, São Paulo, Estação Biológica, Alto da Serra, L.B. Sm fev (Holótipo: GH). Distribuição geográfica: PR, SC, SP. Vriesea altodaserrae ocorre segundo Smith & Downs (1977) em florestas de altitude e matas de araucária nos estado de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Na Serra da Mantiqueira há apenas um registro para o táxon, procedente do município de Lavrinhas, estado de São Paulo. Caracteriza-se pela inflorescência composta, apresentando muitos ramos, com muitas flores, brácteas primárias largamente ovadas e brácteas florais amarelas. Assemelha-se a Vriesea sceptrum, podendo ser diferenciada pela lâmina foliar triangular, escapo esverdeado, maior número de flores por ramo e pela bráctea floral amarela (vs. lâminas ligulado-triangular, escapo vermelho, menor número de folhas por ramo e bráctea floral vermelhas em Vriesea sceptrum). A espécie cresce como rupícola em áreas de Mata Atlântica. Não há dados sobre a altitude em que ocorre. Floresce em abril. Não ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Lavrinhas: Vale do Ribeirão Branco, 6 IV 1995, Kinoshita, L.S (SP). Vriesea arachnoidea A. Costa, J. Bromeliad Soc. 44: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Reserva Biológica de Macaé de Cima, Sítio Hum Baccus, Costa, A. 425 (RB). Distribuição geográfica: MG, RJ. Vriesea arachnoidea tem ocorrência registrada para algumas regiões da Serra do Mar, no estado do Rio de Janeiro. Em Minas Gerais é conhecida apenas para o Parque Estadual da Serra

201 181 do Brigadeiro, situado na Serra da Mantiqueira. A espécie se caracteriza pela nítida distinção entre as bainhas e lâminas foliares, com bainhas ornamentadas com máculas atropurpúreas que formam linhas transversais irregulares, lâminas foliares estreitas, com cerca de 5 mm de largura, inflorescência subereta, simples e brácteas florais ovadas com ápice acuminado e incurvado (Costa, 1994). Assemelha-se pelo hábito a V. flammea L. B. Sm., que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Cresce exclusivamente como epífita na Mata Atlântica e em áreas de transição entre as matas e os Campos de Altitude. Costa (1993) relata que na Reserva Ecológica de Macaé de Cima os indivíduos desenvolvem-se preferencialmente como terrícolas e raramente apresentam hábito epifítico. A espécie ocorre por volta de 1200 m de altitude e nos exemplares examinados só foram observadas plantas em estágio de pré-floração coletadas no mês de novembro. Paula (1998) indica floração para as populações do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro entre novembro e janeiro. Ocorre em unidade de conservação. Segundo Costa (1993) se enquadra na categoria em perigo. MINAS GERAIS. Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 19 V 1991, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 22 IX 1999, Goldschmidt, A. 23 (VIC). Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 29 XI 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 29 XI 1998, Martinelli, G (RB). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 13 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Vriesea billbergioides E. Morren ex Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Glaziou 3630 (Holótipo: B, Isótipos: BR, P). Distribuição geográfica: MG, RJ. A espécie ocorre apenas nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira há registros da espécie para o Parque Estadual do Caparaó, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais e para o município de Itatiaia, no Rio de Janeiro. Vriesea billbergioides apresenta morfologia bastante peculiar, distinta das espécies congêneres ocorrentes na Serra da Mantiqueira, tendo como característica marcante o longo escapo pêndulo com ramos geniculados, brácteas imbricadas e a inflorescência bipinada. Cresce essencialmente como epífita. Segundo Paula (1998) pode ocorrer como terrícola sobre serrapilheira em áreas de transição de mata e canpos. Ocorre na Mata Atlântica e em

202 182 Campos de Altitude, normalmente próxima a cursos d água, entre 1000 e 2000 m de altitude, com maior número de registros para altitudes superiores a 1800 m. Floresce de setembro a janeiro. Paula (1998) relata floração entre janeiro e março. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1998, Martinelli, G (RB). X 1941, Brade, A.C (RB). 18 IX 1988, Krieger, P.L. FPNC 211 (RB). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: 1984, Marigo, L.C. s.n. (RB ). Vriesea bituminosa Wawra, Oesterr. Bot. Z. 12: Tipo: Brasil, Bahia, Ilhéus, Wawra 257 (Holótipo: W, foto SEL). Distribuição geográfica: BA, CE, ES, MG, RJ, SP. A espécie ocorre na Venezuela e no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo Costa (2002) a espécie integra o complexo de V. platynema, que engloba espécies da secção Xiphion (com estames inclusos e brácteas com coloração variando de verde a castanha). Neste complexo encontram-se táxons de inflorescência simples com flores dísticas com morfologia bastante similar, tornando complexa identificação do material herborizado. Na Serra da Mantiqueira ocorrem dois outros táxons (Vriesea regnellii e Vriesea sazimae) com morfologia similar a Vriesea bituminosa. Smith & Downs (1977) diferenciam V. bituminosa e V. regnellii pela presença em V. bituminosa de inflorescência densamente coberta por material gelatinoso e brácteas florais largamente ovadas, imbricadas após a antese, (vs. inflorescência não apresentando substância gelatinosa e brácteas florais elípticas, nunca imbricadas em V. regnellii). De V. sazimae pode ser diferenciada principalmente pelas brácteas florais verde-avermelhadas com margens escuras (vs. brácteas florais verde-amareladas com máculas negras em V. sazimae). O material Paula 1076 estava identificado como Vriesea bituminosa var. minor, táxon que foi recentemente elevado à espécie por Leme (1997a). Este exemplar foi citado no levantamento realizado por Paula (1998) para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro como V. bituminosa e por Versieux (2005) no catálogo das Bromeliaceae de Minas Gerais, como Vriesea minor. Este seria o único registro da espécie para a Serra da Mantiqueira e, considerando a dificuldade de delimitação entre estes táxons, e a analise do respectivo material (que apresenta

203 183 apenas parte da inflorescência e folha com mácula negra no ápice, ainda que inespressiva), neste trabalho o espécime foi identificado como V. bituminosa. Vriesea bituminosa cresce como epífita, terrícola ou rupícola, em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude, entre 700 e 2000 m de altitude, em locais sombreados ou áreas expostas diretamente a radiação solar, pode formar grandes populações, mas também é registrada ocorrendo de forma mais esparsa. Floresce de junho a dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Santa Rita, 1895, Schwacke, W (RB). Serra da Araponga - Parque do Brigadeiro, 1 VII 1992, Leoni, L.S (GFJP). Serra Negra, 29 IV 1962, Castellanos, A (HB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 1 XII 1992, Leoni, L.S (HB). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Paula, C.C (VIC). fazenda Estouro, 1 XI 1941, Alvim, P. s.n. (VIC 3969). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 23 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Camanducaia: Monte Verde- Serra da Mantiqueira, 9 IV 2002, Meireles, L.D (SP). Extrema: Serra do Lopo - Trilha Pedra das Flores, 24 VI 2004, Trindade-Lima, T. 54 (HME). Serra do Lopo - Trilha Pico dos Cabritos, 20 IV 2004, Trindade-Lima, T. 13 (HME). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 23 VI 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13730). Parque Estadual de Ibiitpoca, 28 XII 1989, Leme, E.M.C (R). 31 III 2004, Forzza, R.C (RB). 10 III 2004, Forzza, R.C (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 28 (RB). Rio Preto: Serra Negra, 9 XI 2005, Abreu, N.L. 39 (CESJ). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Brejo da Lapa, VII, Strang, H (HB). Resende: Parque Nacional do Itatiaia, 1 X 1977, Martinelli, G (RB). SÃO PAULO. Amparo: Monte Alegre, 27 III 1943, Kuhlman, M. 409 (SP). Monte Alegre - Imediações da Cachoeira, 27 III 1943, Kuhlman, M. 409 (NYBG). Campos do Jordão: Reserva do Instituto Florestal, 29 IX 1976, Davis, P.H (UEC). Parque Estadual Campos do Jordão, 15 XII 1994, Sazima, M (UEC). Vriesea cacuminis L.B. Sm., Phytologia 16: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Serrinha, próximo à Ibitipoca, Schwacke (Holótipo: RB, Isótipo: US). Distribuição geográfica: MG. Vriesea cacuminis é endêmica da Serra da Mantiqueira. Até recentemente, era conhecida apenas para o Parque Estadual de Ibitipoca, mas, durante as coletas realizadas neste trabalho foram identificadas algumas populações na Serra do Funil, em Rio Preto, Minas Gerais. Trata-se de uma espécie bastante singular, caracterizada pela roseta tubulosa, com bainha pouco diferenciada da lâmina, inflorescência composta e congesta, flores polísticas e

204 184 pediceladas. Smith (1960), autor da espécie, indica afinidades com V. rodigasiana E. Morr., que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Nos herbários aparece algumas vezes identificada como Vriesea stricta, espécie restrita a Cadeia do Espinhaço. Cresce como rupícola ou saxícola em Campos Rupestres e Campos de Altitude, em altitudes entre 700 e 1650 m. Floresce de agosto a outubro. Ocorre em unidade de conservação. Segundo Monteiro & Forzza (dados não publicados) foi incluída na lista de espécies ameaçadas do Brasil e na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais. MINAS GERAIS. Parque Estadual do Ibitipoca, IX 1998, Rodela, L.G (CESJ). Parque Estadual do Ibitipoca, IX 1998, Rodela, L.G (CESJ). Conceição da Ibitipoca, 28 IX 1970, Krieger, P.L (RB). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 8 X 1987, Sousa, H.C. s.n. (BHCB 13727). Parque Estadual de Ibitipoca, 28 IX 1970, Krieger, L (BHCB). Parque Estadual de Ibitipoca, 28 IX 1970, Krieger, L (RB). Parque Estadual de Ibitipoca, 8 XI 2001, Forzza, R.C. s.n. (MBM ). Serra de Ibitipoca, VII 1896, Magalhães, H (R). Serrinha, VIII 1896, Schwacke, W (RB). Serrinha, VIII 1896, Schwacke, W (US). Serra de Ibitipoca, 2 X 1970, Sucre, D (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (BHCB). 18 X 2003, Monteiro, R.F. 1 (RB). Rio Preto: Burro de Ouro, 21 I 2006, Souza, F.S. 134 (CESJ). Serra Negra - Trilha para o Burro de Ouro, 22 VIII 2006, Abreu, N.L. 107 (CESJ). Santa Rita de Ibitipoca, VIII 1896, Schwacke, P (RB). Vriesea carinata var. carinata Wawra, Oesterr. Bot. Z. 12: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Petrópolis, Wawra (Lectótipo: W, Isolectótipo: W). Distribuição geográfica: ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Vriesea carinata var. carinata apresenta ampla área de distribuição no leste brasileiro, ocorrendo desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Smith & Downs (1977) relatam a ocorrência da espécie para o estado da Bahia, no entanto na revisão do complexo Vriesea paraibica Wawra, realizada por Costa (2002), a autora relata não ter examinado os materiais provenientes da Bahia e não inclui o estado na discussão da distribuição geográfica do táxon. Na Serra da Mantiqueira tem ocorrência restrita, sendo registrada para poucas localidades dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Vriesea carinata caracteriza-se pelo pequeno porte, com folhas de textura delicada,

205 185 acuminadas, escapo levemente curvado, inflorescência simples, normalmente com o comprimento não ultrapassando muito a largura, flores dísticas, pediceladas, brácteas florais com base vermelha e ápice amarelo ou verde. Durante a análise das coleções, constatou-se que esta espécie é uma das que apresentam maior número de representantes nos herbários. Algumas discrepâncias morfológicas podem ocorrer, possivelmente decorrentes da amplitude de habitats ocupados pelo táxon. Cresce exclusivamente como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 1000 m de altitude. Floresce de fevereiro a junho. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 19 II 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 26470). Parque Estadual do Ibitipoca, 11 VI 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 14). Tiradentes, 12 III 1994, Alves, R.J.V (RB). RIO DE JANEIRO. Resende: Proximidades de Visconde de Mauá, 1 VIII 1985, Leme, E.M.C. 709 (NYBG). SÃO PAULO. Jaraguá, 29 IV 1921, Gerht, A. s.n.(sp 5507). Amparo: Monte Alegre, 30 VIII 1943, Kuhlman, M (SP). Mairiporã: P. E. Cantareira, 7 VI 2005,? s.n. (SPSF 34754). P. E. Cantareira, 7 VI 2005,? s.n. (SPSF 34751). Serra Negra, 6 VI 1927, Hoehne, F.C. s.n. (SP 20039). Vriesea carinata var. flavominiata Leme, Journal of the bromeliad society, vol. XXXIV, maio junho 1984, nº 3, pág Tipo: Brasil, Espírito Santo, Alfredo Chaves, Vila de São Bento da Urania, Fazenda Zechini, Martinelli, G. 8079, Kautsky, R. e Leme, E. 5 maio, (Holótipo: RB. Isótipo: HB); Fl. Cultivo, 10 dezembro de 1982, nº 104-B, Leme, E. Distribuição geográfica: ES, MG. Esta variedade é conhecida apenas para o estado do Espírito Santo e Minas Gerais. No último é registrada apenas para a Serra da Mantiqueira, nas proximidades da Serra do Caparaó. Segundo Leme (1984), autor do táxon, difere da variedade típica pelas brácteas florais distintamente vermelhas e pétalas totalmente amarelas. Este autor discute a possibilidade de Vriesea carinata var. flavominiata se tratar de um híbrido natural, como comumente ocorre com Vriesea carinata. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, às vezes próxima a cursos d água, a cerca de 1200 m de altitude. Há indicação de floração para os meses de abril, junho e julho. Ocorre em unidade de conservação.

206 186 ESPÍRITO SANTO. Ibatiba, VII 1985, Leme, E.M.C. 674 (RB, SP). MINAS GERAIS. Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 27 IV 2006, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Serra da Araponga, VI 1993, Leoni, L.S (GFJP). Vriesea corcovadensis (Britten) Mez in Martius, Fl. Bras. 3(3): Basiônimo: Tillandsia ventricosa Wawra, Österr. Bot. Zeitschr. 30: ; non Grisebach Tipo: Brasil, Brasil, Rio de Janeiro, Corcovado, Guanabara, Wawra II-224 (Holótipo W, destruído). In defaut of na isotype, Glaziou (G) from the type locality is designated as the neotype. Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SC. Este é o primeiro registro da espécie para o estado de Minas Gerais. Foi encontrada no município de Rio Preto, única localidade onde ocorre na Serra da Mantiqueira. Vriesea corcovadensis caracteriza-se pelo pequeno porte, folhas com nítida distinção entre a bainha e a lâmina, sendo a última bastante estreita (ca. 1 cm), inflorescência simples ou com poucas ramificações de 1ª ordem. Assemelha-se a Vriesea lubbersii sendo difícil a distinção entre estas espécies no material herborizado. Smith & Downs (1977) difere V. corcovadensis pela forma da roseta subtubulosa, bainhas subelípticas, lâminas de 1 cm de largura, escapo glabro, sépalas estreitamente elípticas (vs. roseta funeliforme, bainhas elípticas, lâminas de 1,5 cm de largura, escapo lepidoto em direção ao ápice e sépalas oblonga, obtusas em V. lubbersii). A espécie cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica e Campo Rupestre. Não há dados sobre a altitude. Floresce nos meses de fevereiro e março. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Rio Preto, 4 III 2004, Schuchter, V. 09 (CESJ). Fazenda da Tiririca, 23 II 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Vriesea crassa Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Glaziou (Holótipo: K). Distribuição geográfica: MG, RJ.

207 187 Vriesea crassa é conhecida apenas para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira é referida para a região do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e Parque Nacional do Caparaó. Os exemplares observados no último, possuíam morfologia um pouco distinta do padrão geral do táxon. A espécie caracteriza-se pela inflorescência composta, laxamente bipinada, brácteas primárias levemente infladas e folhas com bainhas castanho-escuras. Pode ser confundida no material herborizado com V. hoehneana, da qual difere pela forma mais compacta, folhas mais largas, escapo mais curto e ramos com maior número de flores. Cresce como rupícola, saxícola ou terrícola, apenas um dos materiais analisados indica hábito epifítico. Habita os Campos de Altitude, ocorrendo entre 1600 e 1900 m de altitude. Apenas dois, dos exemplares analisados encontravam-se em estágio de floração, ambos coletados no mês de janeiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra do Brigadeiro, 12 I 1995, Leoni, L.S (GFJP). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1998, Martinelli, G (RB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 VIII 2000, Goldschmidt, A. 53 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 V 2000, Goldschmidt, A. 35 (VIC). Carangola: Serra da Grama - Pedra do Pato, 15 V 1993, Leoni, L.S (GFJP). Ferverdouro: Parque Estadual Serra do Pato, 22 I 2005, Leoni, L.S (GFJP). Vriesea ensiformis var. ensiformes (Vell.) Beer, Fam. Bromel Basiônimo: Tillandsia ensiformis Vell., Fl. flum Tipo: Lectotipificada pela ilustração de Vellozo em Icon. 3: t. 129, Fl. flum. 1831, designado por Smith e Downs (1977). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PR, RJ, SC, SP. Espécie relativamente comum no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para o estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente são aceitas duas variedades para esta espécie além da variedade típica. Na maioria dos exemplares analisados não havia identificações infra-especificas. Os materiais que não indicavam a variedade foram considerados como pertencentes a variedade típica, uma vez que nenhum apresentava informações suficientes acerca da coloração, impossibilitando a

208 188 determinação das variedades. Vriesea ensiformes integra o complexo de espécies definido por Costa (2002) como complexo V. ensiformes, que inclui V. psittacina e V. gradata e suas respectivas variedades. Na análise filogenética realizada pela autora, V. ensiforme mostrou-se mais intimamente relacionada a V. gradata. Na Serra da Mantiqueira ocorrem a maioria destes táxons, sendo a distinção entre eles, no material herborizado, muito complexa. V. ensiformes pode ser diferenciada de V. gradata pelo maior porte, sépalas menores que as brácteas florais, que são estreitas e coriáceas e tornam-se amplamente espaçadas no decorrer da floração e frutificação. Cresce exclusivamente como epífita na Mata Atlântica, comumente associada a cursos d água, entre 450 e 3000 m de altitude. Floresce entre novembro e abril, com concentração em janeiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Mantiqueira, IV 1896, Magalhães, H (R). Coronel Pacheco: Água Limpa, 6 VII 1967, Pereira, E (HB). Estação Experimental da Água Limpa, IV 1947, Lutz, B. s.n. (R ). Fervedouro: Serra da Grama - Rio Preto, 11 I 2005, Leoni, L.S (GFJP). Juiz de Fora: Benfica, 12 III 1947, Lutz, B. s.n. (R ). ReBio Poço D'Anta, 24 IX 1988, Moreira, O.S.T (VIC). Muriaé: Distrito de Belizário-Mata, 2 XII 1998, Bittencourt, A.C. s.n. (VIC 22529). Belisário, III 1998, Paula, C.C. s.n. (VIC 25964). Belisário, 5 II 1998, Paula, C.C. s.n. (VIC 25966). Olaria: Cachoeira Pão de Angú, I 1998, Brugger, M. s.n. (CESJ 30049). Rio Novo: Fazenda da Companhia, 19 IV 1995, Leoni, L.S (GFJP). Santa Rita de Jacutinga, 23 I 1971, Krieger, L (CESJ). RIO DE JANEIRO. Avelar, 20 II 1978, Ferreira, V.F. 241 (RB). Resende: Estrada para Serrinha, 10 XII 2002, Marquete, R (RB). Visconde de Mauá, 12 IV 1969, Sucre, D (RB). SÃO PAULO. Itaitiaia, 1 VII 1939, Foster, M.R. 146 (R). Pindamonhangaba: Eugênio Lefevre, 11 XI 1953, Kuhlman, M (SP). Ribeirão Grande, 30 III 1994, Cordeiro, I (SP). Fazenda São Sebastião do Ribeirão Grande, 3 XII 1993, Nicolau, S.A. 721 (SP). Vriesea ensiformes var. bicolor L.B. Sm., Arq. Bot. S. Paulo II. 1: Tipo: Brasil, São Paulo, Estação Biológica do Alto da Serra, 19/07/1923, Hoehne s.n. (Holótipo: SP, isótipo: GH). Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. O táxon ocorre na região Sudeste do Brasil, com registros para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Na Serra da Mantiqueira esta variedade foi registrada por Paula (1998) para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais.

209 189 Vriesea ensiformes var. bicolor se diferencia da variedade típica pelas folhas concolores, brácteas florais vermelhas em direção a base e amarelo-esverdeadas em direção ao ápice, sendo o ápice relativamente delgado. Na descrição original do táxon, o autor comenta a probabilidade deste táxon ser um híbrido entre Vriesea ensiformes e Vriesea psittacina. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, comumente associada a cursos d água, a cerca de 1200 m de altitude. Paula (1998) observou plantas em floração nos meses de janeiro, fevereiro e março. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Serra da Grama, X 1990, Leoni, L.S (GFJP). Coronel Pacheco: Estação Experimental de Café, 14 II 1943, Heringer, E.P (VIC). Estação Experimental de Café, 14 II 1943, Heringer, E.P (SP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 14 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 X 1995, Paula, C.C (VIC). Vriesea flava A.F. Costa, H. Luther & Wand., Novon 14 (1): Tipo: Brasil, São Paulo, Ribeirão Grande, Parque Estadual Fazenda Intervales, May 1997 (fl), M.G.L. Wanderley 2187 et al. (Holótipo: SP, isótipo: R). Distribuição geográfica: PR, SC, SP. A espécie ocorre na região Sudeste (São Paulo) e Sul (Santa Catariana e Paraná) do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é conhecida para apenas duas localidades do estado de São Paulo. Vriesea flava foi descrita recentemente. Interessante observar que trata-se de uma espécie bem representada nas coleções de herbários e que vinha sendo identificada como Vriesea morreniana Hort. ex E. Morren e também como Vriesea paraibica. Vriesea morreniana é um híbrido artificial e não ocorre na natureza e Vriesea paraibica apresenta brácteas florais avermelhadas (Costa 2002). Vriesea flava caracteriza-se pelas lâminas foliares completamente verdes, raque verde a alaranjada, brácteas florais amarelas, carena presente em duas sépalas e pétalas amareloesverdeadas. Cresce como epífita na Mata Atlântica, em florestas úmidas, em torno de 900 m de altitude. Nenhum dos exemplares analisados encontrava-se em período de floração, um deles apresenta botão floral, e foi coletado no mês de abril. Ocorre em unidade de conservação. Costa

210 190 et al. (2007) sugere a retirada da espécie da lista das espécies ameaçadas do estado de São Paulo, devido a ampliação da área de distribuição geográfica do táxon. SÃO PAULO. Pindamonhangaba: Ribeirão Grande, 2 IV 1995, Cordeiro, I (SP). São Paulo: Serra da Cantareira, 5 II 1945, Pickel, D.B.J (SPSF). Vriesea fontellana Leme & G. Brown, Vidalia 2(1): Tipo: Brasil, Espírito Santo, Laranja da Terra, Leme 692 (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: ES. Vriesea fontellana é endêmica da Serra da Mantiqueira, conhecida até o momento apenas da coleta do material-tipo. Destacam-se nesta espécie as lâminas foliares curtas, suberetas, inflorescência simples, densamente florida, muito maior que a roseta foliar e os apêndices petalíneos assimétricos. Leme & Brown (2004) relatam na obra original que foram observadas populações crescendo em paredões verticais, inacessíveis, a cerca de 1000 m de altitude. Estes autores encontraram alguns exemplares em árvores da Mata Atlântica do entorno, inferindo a possibilidade deste terem sido utilizados por grandes primatas para a alimentação. Estas plantas foram mantidas em cultivo e floresceram no mês de dezembro. A espécie não ocorre em unidade de conservação. Vriesea friburgensis Mez var. friburgensis in Mart., Fl. bras. 3(3): P). Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Glaziou (Holótipo: K, Isótipos: C, Distribuição geográfica: BA, MG, PR, RS, SC, SP. Vriesea friburgensis Mez var. friburgensis ocorre no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para diversos municípios de Minas Gerais, com apenas um exemplar analisado referido para o estado de São Paulo.

211 191 Vriesea friburguensis apresenta afinidades com um grupo de espécies (V. procera Mart. ex Shult. & Shult. f., V. neoglutinosa Mez, V. rastrensis Leme, V. thyrsoidea Mez e.v. triligulata Mez). Na área de estudo ocorre apenas V. procera, da qual V. friburguensis pode ser diferenciada principalmente pela arquitetura da inflorescência, número de ramos e coloração da bainha foliar e das sépalas. Vale ressaltar que V. friburguensis mostra-se bastante variável nas coleções, possivelmente em virtude dos diferentes habitats em que é encontrada. A identificação e separação destes táxons no material herborizado é, muitas vezes, dificultada pela forma de montagem da exsicata, uma vez que a inflorescência pode atingir grandes proporções e normalmente é utilizado apenas um, ou poucos ramos. São aceitas atualmente duas variedades além da variedade típica, ambas com ocorrência registrada para a Serra da Mantiqueira. V. friburguensis var. friburguensis, segundo Costa et. al (2007), apresenta características intermediárias entre as outras duas variedades. No material tipo dessa espécie é difícil definir o número de flores por ramo, possivelmente trata-se de uma inflorescência jovem, onde os ramos se apresentam curtos e suberetos, com entrenós com ca. de 1,5 cm. Smith (1952) aborda as dificuldades na separação entre as variedades, salientando que no campo os indivíduos de uma mesma população podem apresentar diferenças marcantes. Vriesea friburguensis var. friburguensis cresce como epífita ou terrícola, em áreas de Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude, tanto em ambientes ensolarados como no interior de florestas, em locais úmidos, próximos a cursos d água, entre 700 e 1700 m de altitude. A coloração da inflorescência pode variar de verde a intensamente vinácea, quando encontrada em ambientes com alta luminosidade. Floresce entre setembro e dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Parque Estadual do Ibitipoca, 17 VIII 1996, Gomes, L.M.R. s.n.(cesj 29570). Parque Estadual do Ibitipoca, 17 VIII 1996, Gomes, L.M.R. s.n.(cesj 29574). Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). Barbacena, 17 X 1969, Braga, R. 63 (RB).? s.n. (RB ). Entre Itamonte e Alagoa: Estrada Itamonte-Alagoa, 6 XII 1998, Martinelli, G (RB). Estrada Itamonte-Alagoa, 6 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 25 X 1997, Figueiredo, C. 18 (R). Parque Estadual do Ibitipoca, 8 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). 9 III 2004, Forzza, R.C (RB). 4 II 2004, Monteiro, R.F. 11 (RB). 19 X 2003, Monteiro, R.F. 10 (RB). 19 I 2005, Monteiro, R.F. 47 (RB). 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). Poços de Caldas, 10 IX 2005, Reis, J.R.M. s.n.(esal 20294). Rio Preto: Serra do Funil, 13 XI 2004, Matozinhos, C.N. 157 (CESJ). São Tomé das Letras: 11 II 1986, Farney, C (RB). SÃO PAULO. Campos do Jordão: Reserva do Instituto Florestal, 29 IX 1976, Davis, P.H (UEC). Guarulhos, 28 I 2000, Campacci, M.A. s.n.(sp ).

212 192 Vriesea friburgensis var. paludosa (L.B. Sm.) L.B.Sm., Anais Herb. Barbosa Rodrigues 4: Basiônimo: Vriesea paludosa L.B. Sm., Arq. Bot. S. Paulo II. 1:119, pl Tipo: Foster 459 (Holótipo: GH, isótipo: R), Curitiba, Paraná, Brasil, 2 sep Distribuição geográfica: MG, PR, RS, SC. Este táxon é registrado para a região Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira foi encontrado um único registro desta variedade para o município de Lima Duarte, em Minas Gerais. Monteiro & Forzza (dados não publicados) não abordou a variedade no levantamento que realizou acerca das Bromeliaceae do Parque Estadual do Ibitipoca. Esta variedade se caracteriza pelas brácteas florais carenadas com cerca de 2,5 cm de comprimento e flores da porção superior de disposição imbricada. Os ramos da inflorescência nessa variedade são distintamente menores que na variedade típica. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, por volta de 1400 m de altitude. Floresce em dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Vriesea friburgensis var. tucumanensis (Mez) L.B. Sm., Anais Bot. Herb. Barbosa Rodrigues 4: Basiônimo: Vriesea tucumanensis Mez in C. DC., Monogr. phan. 9: Tipo: Argentina, sierra de Tucumán, Schultz, F. s.n. (Holótipo: B). Distribuição geográfica: MG, PR, RS, SC, SP. Esta variedade ocorre na Argentina, Paraguai e Brasil. Na Serra da Mantiqueira há apenas dois registros de sua ocorrência, para o município de Pouso Alegre e Caldas (este espécime originalmente chamado de V. caldasiana Mez). Caracteriza-se por apresentar inflorescência laxa com os ramos reflexos, entrenós com 1,5 cm, cerca de 10 flores e brácteas florais sem carena ou apresentando-a apenas próximo ao ápice. Segundo Costa et. al (2007) esta variedade apresenta boa circunscrição, uma vez que estas

213 193 características podem ser claramente observadas tanto no tipo quanto no protólogo. Não há dados sobre o hábito. Cresce em áreas de Mata Atlântica a cerca de 830 m, a floração parece ocorrer no mês de dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Pouso Alegre, 30 XII 1929, Hoehne, F.C. s.n. (SP 24550). Vriesea gigantea Gaudich., Atl. Voy. Bonite, Bot. 3: t Tipo: Brasil, Santa Catarina, Florianópolis, Gaudichaud 127 em parte (Holótipo: P). Distribuição geográfica: ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Vriesea gigantea encontra-se distribuída ao longo do litoral Sudeste e Sul do Brasil. Foi observado apenas um registro para Serra da Mantiqueira no município de Descoberto, em Minas Gerais. Neste mesmo estado foram vistos exemplares cultivados por moradores de um bairro da zona rural do município de Extrema, que alegaram terem retirado as plantas de matas do entorno. A espécie é bem caracterizada pela ornamentação das lâminas foliares, geralmente com faixas transversais irregulares, verdes e alvas, inflorescência laxa, com ramificações de 2ª ordem, de coloração esverdeada. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 340 m de altitude. O exemplar examinado apresenta-se em período de frutificação e foi coletado no mês de junho. Ocorre em unidade de conservação, mas considerando esta disjunção no padrão de distribuição da espécie deve-se haver um cuidado especial com a população encontrada. MINAS GERAIS. Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 9 VI 2001, Castro, R.M. 463 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 9 VI 2001, Castro, R.M. 463 (MBM). Reserva Biológica da Represa do Grama, 9 VI 2001, Castro, R.M. 463 (SP). VI 2001, Castro, R.M. 463 (ESA). Vriesea gradata (Baker) Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Basiônimo: Tillandsia gradata Baker, J. Bot. 26: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Petrópolis, Glaziou (Holótipo: K, Isótipo: C). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SP.

214 194 Possui distribuição mais restrita, quando comparada a V. ensiformes, espécie com a qual apresenta grandes afinidades morfológicas, conforme já discutido, sendo encontrada apenas no Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Todos os materiais, desta espécie, do estado de Minas Gerais, examinados por Versieux (2005), são procedentes de localidades da Serra da Mantiqueira. Vriesea gradata caracteriza-se pelas folhas completamente verdes, vistosas e delicadas, inflorescência simples com flores disticamente dispostas. Brácteas escapais e primárias vermelhas com nuances pretos. Cresce como epífita, apenas alguns coletores indicam o hábito saxícola, normalmente em ambientes sombreados e úmidos da Mata Atlântica, ou em áreas de transição de mata para Campo Rupestre, entre 340 e 1100 m de altitude. A floração concentra-se entre os meses de dezembro e fevereiro, este período coincide com a floração de V. ensiformes. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Reserva Biológica da Represa do Grama, 24 VI 2000, Salimena, F.R. 197 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 24 II 2000, Zampa, P.C. 60 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 22 II 2001, Castro, R.M. 146 (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 22 II 2001, Castro, R.M. 146 (MBM). Reserva Biológica da Represa do Grama, 9 XII 2001, Forzza, R.C (CESJ). Reserva Biológica da Represa do Grama, 9 XII 2001, Forzza, R.C (BHCB). Reserva Biológica da Represa do Grama, 9 XII 2001, Forzza, R.C (SPF). XII 2001, Forzza, R.C (ESA). 6 III 2004, Forzza, R.C (RB). Juiz de Fora: ReBio Poço D'Anta, 24 IX 1988, Moreira, O.S.T (CESJ). Rio Novo, IX 1895, Schwacke, W (RB). IX 1895, Herb. Schwacke (RB). Rio Preto, 12 IV 1997, Brugger, M. s.n. (R ). Serra da Caveira D'Anta, 25 II 2004, Antunes, K. 48 (CESJ). Serra do Funil, 11 X 2004, Matozinhos, C.N. 76 (CESJ). Vilarejo do Funil, 26 I 2007, Trindade-Lima, T. 225 (SP). Santa Rita de Jacutinga, 28 I 1971, Urbano 9267 (BHCB). 18 II 1972, Braga, M.M.N. s.n. (CESJ 11577). 18 II 1972, Braga, M.M.N. s.n. (SPF 11577). II 1972, Braga, P.I.S (RB). RIO DE JANEIRO. Resende: Parque Nacional de Itatiaia, 8 I 1988, Costa, A. 100 (RB). Parque Nacional de Itatiaia, 12 X 1977, Martinelli, G (RB). Vriesea grandiflora Leme, J. Bromeliad. Soc. 50(2): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Sumidouro, G. Croce & J. Gastin s.n. (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ.

215 195 Vriesea grandiflora é referida para o estado do Rio de Janeiro. Mas foram observadas populações no município de Coronel Pacheco, Minas Gerais (Leme com. pess.). Leme (2000a) na obra original relata que a espécie não apresenta afinidades nítidas com nenhuma outra espécie do gênero, citando alguma semelhança com espécimes de Vriesea gigantea procedentes do Espírito Santo e Bahia, como a forma das lâminas. A espécie possui como característica marcante o tamanho das flores, um dos maiores observados para o gênero (10 cm). Segundo o autor, Vriesea grandiflora cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica a cerca de 900 m de altitude. Floresceu em cultivo no mês de outubro. Não ocorre em unidade de conservação. Vriesea guttata Linden & André, Ill. Hort. 22: Tipo: Brasil, Santa Catarina, Gautier in Linden Hortus s.n. (nenhum espécime preservado). Lectotipificação pela ilustração original sugerida por Smith e Downs (1977). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, SC, SP. Vriesea guttata ocorre no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, com maior número de registros para a porção noroeste da Serra. Assemelha-se intimamente a V. pardalina. Smith & Downs (1979) usam como característica para distingüí-las na chave, as brácteas florais, envolvendo as flores e expondo a raque, largamente ovadas em V. gutatta (vs. brácteas florais imbricadas, ocultando a raque, mais largas que longas em V. pardalina). A distinção dos táxons em espécimes herborizados é bastante complexa, com a desidratação as brácteas podem se contorcer e reduzir de tamanho e consequentemente exporem a raque, levando a identificações errôneas. Além disso, deve se observar o estágio de floração em que se encontra a planta, uma vez que, em inflorescências jovens a raque pode estar oculta nos dois táxons. V. gutatta cresce exclusivamente como epífita em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 1000 e 1850 m de altitude. Parece florescer ao longo de todo o ano como registros para os meses de fevereiro, abril, julho, novembro e dezembro. Ocorre em unidade de conservação.

216 196 MINAS GERAIS. Serra da Araponga - Fazenda Neblina, XI 1994, Leoni, L.S (GFJP). Alto Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1998, Martinelli, G (RB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 2 II 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 26 II 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 22 IX 1999, Goldschmidt, A. 21 (VIC). 8 VI 1995, Leoni, L.S (GFJP). Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 27 IV 1996, Leoni, L.S (GFJP). Extrema: Serra do Lopo- Trilha para a Pedra das Flores, VII 2006, Trindade-Lima, T. 109 (SP). Ervália: cabeceira do rio Casca, 8 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Lima Duarte, 5 II 2004, Monteiro, R.F. 25 (RB). Muriaé: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 8 XII 1995, Paula, C.C (VIC). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, 20 II 1945, Brade, A.C (RB). Vriesea heterostachys (Baker) L.B. Sm., Phytologia 19: Basiônimo: Tillandsia heterostachys Baker, J. Bot. 26: Tipo: Brasil, São Paulo, Glaziou em parte (Holótipo: B, Isótipo: P). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SP. Espécie amplamente distribuída em áreas florestais do Sudeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira ocorre nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Caracteriza-se pelas folhas com bainhas distintamente mais largas que as lâminas, escapo curvo e pelas brácteas florais obovadas, infladas e de coloração alaranjada. Assemelha-se a V. modesta (discussão em V. modesta). Cresce como epífita ou terrícola, com apenas uma indicação de hábito rupícola nos materiais analisados. Paula (1998) relata ter observado no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, populações rupícolas crescendo sob forte iluminação solar, segundo o autor nestes indivíduos as folhas apresentam coloração amarelada ou fortemente vinácea. Ocorre em florestas úmidas da Mata Atlântica e Campos de Altitude, entre 550 e 1550 m de altitude. A floração concentra-se entre fevereiro e abril, mas há registros para os meses de julho e outubro. Ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Ibitirama: Parque Nacional do Caparaó, 28 XI 1998, Martinelli, G (RB). Martinelli, G (RB). MINAS GERAIS. São Francisco do Prata, 9 V 1989, Krieger, L (CESJ). Serra do Brigadeiro, 26 III 1995, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Estouro, 5 IV 1986, Vieira, M.F. 389 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 24 X 1994, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 V

217 , Goldschmidt, A. 36 (VIC). Serra da Grama, 8 II 1898, Scariot, A.O. s.n.(iac 34274). Martinelli, G (RB). Carangola: Serra da Araponga, 6 X 1990, Leoni, L.S (RB). Serra da Araponga, 6 X 1990, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 3 III 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 14 IV 1995, Paula, C.C (VIC). Lima Duarte: Parque Estadual do Ibitipoca, 19 V 2001, Castro, R.M. 372 (CESJ). Parque Estadual de Ibitipoca, 9 IV 1987, Oliveira, A.R. s.n. (BHCB 13458). Vilarejo de Mogol, 23 II 2002, Valente, A.S.M. 157 (CESJ). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). III 2004, Forzza, R.C (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 20 (RB). 23 II 2002, Valente, A.S.M. 157 (RB). Martinelli, G (RB). Rio Preto: Ninho da Égua, 25 IV 2005, Matozinhos, C.N. 185 (CESJ). Funil - Serra Caveira D'Anta, 24 II 2004, Assis, L.C.S (CESJ). Serra Negra, 27 VII 2006, Matozinhos, C.N. 284 (CESJ). Serra do Funil - Fazenda Tiririca, 24 IV 2005, Matozinhos, C.N. 175 (CESJ). Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Vilarejo do Funil, 27 I 2007, Trindade-Lima, T. 230 (SP). Santa Rita de Jacutinga, 31 VII 1970, Krieger, L (CESJ). 31 VII 1970, Krieger, L (SPF). Vriesea hoehneana L.B. Sm., Proc. Amer. Acad. Arts 68: Tipo: Brasil, São Paulo, Alto da Serra, Estação Biológica, Smith, L.B (Holótipo: GH, Isótipo: US). Distribuição geográfica: MG, SP. A espécie é registrada apenas para os estados de Minas Ferais e São Paulo. Em Minas Gerais Vriesea hoehneana era conhecida apenas para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Durante este trabalho foram identificadas algumas populações no muncípio de Rio Preto, Minas Gerais. A espécie caracteriza-se pelo grande porte, com folhas eretas, lanceoladas, recobertas com uma cerosidade, dando aspecto fosco às folhas (glauca) e pela inflorescência composta, com poucos ramos. Conforme já dicutido assemelha-se a V. crassa. Cresce como terrícola, rupícola ou saxícola, em áreas de Mata Atlântica e Campos de Altitude, normalmente formando grandes populações, entre 700 e 1600 m de altitude. No Parque Estadual do Ibitipoca a floração ocorre nos meses de novembro e dezembro, na Serra do Funil foi observada florida em janeiro e junho. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Conceição da Ibitipoca, 3 XI 1973, Krieger, P.L (RB). Lima Duarte: Serra de Ibitipoca, 3 XI 1973, Krieger, L (CESJ). Serra de Ibitipoca, 3 XI 1973, Krieger, L (RB). Parque

218 198 Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (GFJP). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 8 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 21 (RB). 27 XII 1989, Leme, E.M.C (RB). Rio Preto: Ninho da Égua, 25 IV 2005, Matozinhos, C.N. 187 (CESJ). Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Vriesea incurvata Gaudichaud, Atl. Voy. Bonite pl Tipo: Without lacality but probably from the Brasil, Santa Catarina, Ilha de Santa Catarina, Florianópolis, Gaudichaud 120 (Holótipo: P, foto: GH). Distribuição geográfica: PR, RJ, RS, SC, SP. Vriesea incurvata ocorre em áreas do Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira há registros apenas para o Parque Estadual da Cantareira, no estado de São Paulo. É uma espécie bem delimitada, caracteriza-se pela longa inflorescência avermelhada, brácteas escapais largas, brácteas florais com a base alargada normalmente ocultando a raque, com ápice estreito geralmente incurvado, as flores comumente saem da bráctea floral apenas de um lado da inflorescência. Esta espécie é bem representada nas coleções de herbários e é morfologicamente bastante variável, sendo observadas desde plantas pequenas e delicadas até exemplares com grandes dimensões. Cresce em áreas de Mata Atlântica. Não há dados sobre o hábito, altitude e período de floração. Ocorre em unidade de conservação. SÃO PAULO. Caieiras: P. E. Cantareira, 18 I 2000,? s.n. (SPSF 26303). Mairiporã: P. E. Cantareira, 7 VI 2005,? s.n. (SPSF 34752). Vriesea inflata (Wawra) Wawra, It. Sax.-Cob Basiônimo: Vriesea carinata var. inflata (Wawra), Öesterr. Bot. Zeitschr. 30: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Tijuca, Guanabara, Wawra II-219A (Holótipo W n v, lost). Distribuição geográfica: ES, MG, PR, RJ, SP.

219 199 Vriesea inflata ocorre no leste brasileiro. Este é o primeiro registro da espécie para o estado de Minas Gerais. Foram encontrados apenas dois materiais referentes a este táxon para a Serra da Mantiqueira. O exemplar Foster s.n., depositado no herbário ESA não foi observado. O material Leoni 3300 procedente do Parque Nacional do Caparaó, possui características um pouco discrepantes quando comparado ao padrão de Vriesea inflata, como as brácteas florais que são aparentemente mais estreitas. Este material de uma maneira geral se assemelha a Vriesea paraibica, no entanto as brácteas florais são um pouco mais largas que o padrão geral desta espécie, ocultando quase completamente a raque. A ocorrência de V. inflata para a Serra da Mantiqueira é duvidosa, no entanto, como não foi possível a realização de um estudo mais profundo, optou-se por manter a identificação da etiqueta da exsicata. A espécie cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, normalmente próxima a cursos d água. Não há dados sobre a altitude de ocorrência. Floresce no mês de abril. Ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Alegre, Foster, W. s.n. (ESA -). MINAS GERAIS. Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 27 IV 1996, Leoni, L.S (GFJP). Vriesea interrogatoria L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 1: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Itatiaia, Foster, M.B (Holótipo: GH, Isótipo: SP). Distribuição geográfica: MG, PR, RJ, SC, SP. Vriesea interrogatoria ocorre no leste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Nos materiais examinados desta espécie, esta incluído o exemplar citado por Smith & Downs (1977) como V. x morreniana hortus ex E. Morren, além de outras coleções que também apresentavam esta denominação. Vriesea morreniana era considerada um híbrido natural, sendo bastante comum encontrar nas coleções de herbários, espécimes com esta identificação, no entanto, segundo Costa (1997) tratase de um híbrido artificial. Segundo Smith (1943), autor de Vriesea interrogatoria, o epíteto escolhido se refere a forma assumida pela inflorescência durante a antese, similar a um sinal de interrogação. Esse

220 200 autor discute a possibilidade desta espécie se tratar na realidade de um híbrido, entre Vriesea carinata e alguma espécie do subgênero Xiphion. Costa (2002) considera esta espécie como uma variedade de Vriesea paraibica. De acordo com esta autora a curvatura da inflorescência é um carater atípico e as demais características do táxon conferem com as variações observadas para Vriesea paraibica. A maioria das características indicadas pela autora para a variedade interrogatoria se sobrepõe a Vriesea paraibica (escapo cm de comprimento, inflorescência 5-6 cm de largura na porção mediana, flores suberetas a subereto-patentes na antese, brácteas florais com o terço basal vermelho e os dois terços apicais verdes em V. interrogatoria vs. escapo cm de comprimento, inflorescência 4-6 cm de largura na porção mediana, flores suberetas a subereto-patentes na antese e brácteas florais com base vermelha e ápice verde em V. paraibica). Nota-se que a distinção entre estes táxons é bastante problemática. No decorrer deste trabalho foram observadas algumas populações. As observações de campo aliadas as informações contidas nas descrições originais destas espécies, possibilitaram a separação de dois grupos distintos. No primeiro grupo foram considerados os exemplares que apresentavam, entre outras características, mais de 30 cm de comprimento com a inflorescência extendida, folhas completamente verdes, escapo ereto, alaranjado, brácteas escapais verdes, inflorescência flores, brácteas florais alaranjadas na base (1/3), verde-amareladas no centro e verdes no ápice. Estes exemplares foram identificados como Vriesea interrogatoria. No segundo grupo, foram agrupados espécimes procedentes do município de Rio Preto, em Minas Gerais, área próxima a localidade típica de Vriesea paraibica. Estes exemplares apresentavam de cm de comprimento com a inflorescência extendida, folhas com a face abaxial verde-vinácea, escapo recurvado, normalmente sigmóide, vermelho-esverdeado, brácteas escapais vermelhaesverdeadas, inflorescência 7-9 flores, brácteas florais vermelhas, às vezes com nuances verdes no ápice. Com base nestas observações estas espécies foram consideradas distintas, no entanto ressalta-se a necessidade de estudos mais aprofundados com estes táxons, bem como de outros integrantes do Complexo Vriesea paraibica. Vriesea interrogatoria cresce como epífita, rupícola ou terrícola em áreas de Mata Atlântica, normalmente em locais úmidos, entre 1000 e 3000 m de altitude. A floração parece ocorrer ao longo de todo o ano. Ocorre em unidades de conservação. MINAS GERAIS. Ibitipoca, V 1897, Magalhães 2317 (R). Aiuruoca: PCH Aiuruoca, 16 II 2000, Tameirão Neto, E (BHCB). Pico do Papagaio, 9 VI 1999, Vasconcelos, M.F. s.n. (BHCB 47869). Extrema: Serra do Lopo -

221 201 Trilha Pedra das Flores, 3 VI 2004, Trindade-Lima, T. 28 (HME). Serra do Lopo - Trilha Torre da Embratel, 26 III 2004, Trindade-Lima, T. 03 (HME). Serra do Lopo - Trilha Torre da Embratel, 26 III 2004, Trindade-Lima, T. 04 (HME). Serra do Lopo - Trilha Torre da Embratel, 26 III 2004, Trindade-Lima, T. 02 (HME). Serra do Lopo, 13 V 2004, Kinoshita, L.S. 04/63 (UEC). 5 IV 2006, Kinoshita, L.S. 1 (UEC). Minduri: Mata Triste, 2 X 1999, Simões, A.O. 890 (UEC). Passa Quatro: Floresta Estadual de Passa Quatro, 5 XII 1998, Martinelli, G (RB). São Tomé das Letras: Mineração Roma, 22 XII 2007, Trindade-Lima, T. 250 (SP). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, 1 VII 1939, Foster, M.R. 113 (R). Estrada entre Maromba e Macieiras, 25 IV 1989, Costa, A. 266 (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 7 XII 1992, Costa, A. 433 (RB). Próx. Visconde de Mauá, VIII 1985, Leme, E.M.C. 709 (RB). VIII 1985, Leme, E.M.C. 709 (NY). Resende: Parque Nacional do Itatiaia, 1 V 1985, Martinelli, G (RB). Parque Nacional do Itatiaia, 1 V 1985, Martinelli, G (SI). Parque Nacional do Itatiaia, 1 V 1985, Martinelli, G (US). Parque Nacional do Itatiaia, 1 V 1985, Martinelli, G (KEW). SÃO PAULO. Atibaia, 6 IX 1939, Foster, M.R. 472 (R). Vriesea itatiaiae Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Itatiaia, Wawra II-463 (Holótipo: W, destruído). Lectotipificada pela estampa 34-C in Wawra, Itin. princ. S. Coburgi. 1883, designado por Smith e Downs (1977). Distribuição geográfica: MG, RJ. Vriesea itatiaie é endêmica da Serra da Mantiqueira. A espécie era conhecida apenas para o estado do Rio de Janeiro. Recentemente, foi registrada por Versieux (2005) para o estado de Minas Gerais. Durante as coletas realizadas neste projeto foi encontrada uma pequena população no município de Piquete, em São Paulo, ampliando assim a área de distribuição da espécie. Trata-se de um táxon bem delimitado, caracterizado pelo grande porte, inflorescência composta, muito vistosa, com escapo, brácteas escapais, primárias e florais vivamente vermelhas-brilhantes, e com as brácteas escapais superiores coriáceas e orbiculares. No material herborizado, as brácteas, tornam-se nigrescentes, facilitando a identificação desta espécie. Cresce como epífita, terrícola, rupícola e saxícola em áreas de Mata Atlântica e Campos de Altitude, há registros da espécie para áreas florestais próximas a mananciais hídricos, entre de 1650 a 2400 m de altitude. Floresce entre fevereiro e julho. Ocorre em unidade de conservação. (14) MINAS GERAIS. Aiuruoca: Pico do Papagaio, 9 VI 1999, Vasconcelos, M.F. s.n. (BHCB 47860). Martinelli, G (RB). Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 12 X 1992, Leoni, L.S (GFJP). Parque Nacional do

222 202 Caparaó, 12 X 1992, Leoni, L.S (GFJP). RIO DE JANEIRO. Campo do Itatiaia, V 1906, Lüderwaldt, H. 103 (SP). Itatiaia, Pedra..., 26 II 1936, Brade, A.C (RB). III 1894, Ule, E. 289 (R). 29 VI 1939, Foster, M.R. 115 (R). 20 IV 1957, Emygdio, L (R). 20 IV 1959, Castellanos (R). Parque Nacional do Itatiaia, 26 IV 1989, Costa, A. 274 (RB). 26 II 1936, Brade, A.C (RB). 12 IV 1974, Martinelli, G (RB). Pr. Planalto,? s.n. (HB 35502). Resende: Parque Nacional do Itatiaia, 29 VII 1966, Eiten, G (SP). Vriesea longicaulis (Baker) Mez in Mart., Fl bras. 3(3): Basiônimo: Tillandsia longicaulis Baker, J. Bot. 26: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Petrópolis, morro do Retiro, Glaziou 8988 (Holótipo: K). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SC, SP. Vriesea longicaulis ocorre essencialmente no susdeste brasileiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para o Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A espécie é bem delimitada. Caracteriza-se pela inflorescência simples com flores secundas na antese, envolvidas por brácteas coriáceas, apiculadas, marrons. A maioria dos materiais analisados indicam hábito epifítico, apenas para a região de Rio Preto, Minas Gerais foram é observado hábito terrícola. Costa (1993) e Paula (1998) relatam ter observado apenas o hábito epifítico (a poucos metros do solo) na Reserva de Macaé de Cima e Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, respectivamente. Versieux (2005) indica hábito rupícola e saxícola para as espécies de Minas Gerais. É encontrada na Mata Atlântica, essencialmente em florestas úmidas, entre 700 e 2500 m de altitude. A floração concentra-se nos meses de junho a agosto. Ocorre em unidade de conservação. ESPÍRITO SANTO. Ibitirama, Martinelli, G (RB). MINAS GERAIS. Serra da Araponga - Fazenda Neblina, 16 VIII 1992, Leoni, L.S (GFJP). Araponga: Estouro, 5 IV 1986, Vieira, M.F. 390 (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 3 II 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 3 II 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual do Brigadeiro, 29 XI 1998, Martinelli, G (RB). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 18 VII 1996, Paula, C.C (VIC). Lima Duarte: Serra de Ibitipoca, VI 1896, Magalhães, H (R). Parque Estadual do Ibitipoca, Mata Grande., 10 XII 1994, Martinelli, G (GFJP). Parque Estadual do Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 14 IX 1991, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 10 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 10 XII 1998, Martinelli, G (BHCB). 10 III 2004, Forzza, R.C.

223 (RB). 6 II 2004, Monteiro, R.F. 34 (RB). 8 VIII 2005, Monteiro, R.F. 52 (RB). Rio Preto: Serra Negra - Trilha para o Ninho da Égua, 18 V 2006, Abreu, N.L. 91 (CESJ). Ninho da Égua, 25 IV 2005, Matozinhos, C.N. 186 (CESJ). Vilarejo do Funil, 3 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, 29 VI 1939, Foster, M.R. 111 (R). 23 VII 1967, Pereira, E (HB). Porciúncula, 8 XII 2001, Paula, C.C. s.n.(vic 26473). Resende, 30 XII 1996, Vieira, C.M. 871 (RB). Resende - Visconde de Mauá: Caminho para Cachoeira Santa Clara, 30 XII 1996, Vieira, C.M. 871 (RB). Vriesea lubbersii (Baker) E. Morren ex Mez in Mart., Fl bras. 3(3): Basiônimo: Tillandsia lubbersii Baker, Handb. Bromel Tipo: Tipificada pela estampa de E. Morren s.n. (Holótipo: K). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ, SC, SP. Ocorre na região Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira a espécie é pouco coletada, mas registrada para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Versieux (2005) indica ocorrência desta espécie apenas para o norte de Minas Gerais, entretanto durante as coletas deste projeto foi encontrada na Serra do Lopo, no município de Extrema, Minas Gerais, no extremo sul do estado. V. lubbersi é caracterizada pelo pequeno porte, folhas com distinção evidente entre bainha e lâmina, normalmente com máculas purpúreas esparsamente distribuídas, inflorescência composta, delicada, com flores laxas, escapo e brácteas avermelhadas. Nos materiais analisados só há indicações de pétalas de coloração alva. Versieux (2005) indica a ocorrência de pétalas amareladas para alguns exemplares de Minas Gerais. Smith & Downs (1977) não citam coloração das pétalas. Assemelha-se a V. corcovadensis, a distinção entre estes táxons já foi discutida anteriormente. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, em ambiente ensolarados, entre 600 e 1200 m de altitude. Floresce nos meses de janeiro e fevereiro. Ocorre em unidade de conservação. Costa et al. (2007) consideram a espécie como presumivelmente extinta para o estado de São Paulo, cabe ressaltar que o município de Extrema, (citado acima) faz limite com o estado de São Paulo, sendo bastante provável a presença desta espécie na vertente paulista da Serra do Lopo. MINAS GERAIS. Carangola: Serra do Papagaio, 3 II 2000, Leoni, L.S (GFJP). Extrema: Serra do Lopo, II

224 , Trindade-Lima, T. 234 (SP). Santana do Garambeu: rio Grande, adjacente a zona urbana, 11 V 2001, Salino, A (BHCB). rio Grande, adjacente a zona urbana, 11 V 2001, Salino, A (RFA). RIO DE JANEIRO. Serra da Mantiqueira - Rio Itatiaia, 22 IV 1961, Castellanos, A (HB). SÃO PAULO. Amparo: Monte Alegre, 26 III 1943, Kuhlman, M. 346 (SP). Vriesea menescalii Pereira & Leme, Bradea. 4(25): SEL). Tipo: Brasil, Espírito Santo, Laranja da Terra, Leme 693 (Holótipo: HB. Isótipo: RB, Distribuição geográfica: ES. Vriesea menescalii é endêmica da região da Serra da Mantiqueira, conhecida somente pelo material-tipo. Segundo os autores da espécie, a mesma não apresenta afinidades evidentes com nenhuma das espécies do gênero Vriesea ocorrentes no Brasil. Na descrição original é relatado que Vriesea menescalii cresce como epífita, em área de Mata Atlântica, a cerca de 1300 m de altitude. Não ocorre em unidade de conservação. Vriesea modesta Mez, Bot. Jahrb Syst. 30(67): Tipo: Brasil, Minas Gerais, alto da Serra da Mantiqueira, Magalhães, H (Holótipo: B, Isótipo: R). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Vriesea modesta ocorre exclusivamente na região Sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira a espécie é conhecida apenas pelo material-tipo. Mez (1901) indica na descrição original desta espécie semelhanças com V. psittacina, mas não comenta características distintivas entre estes táxons. Pereira (1972) na descrição original de V. pauperrima, relata que esta espécie possui afinidades com V. modesta, indicando como características diagnósticas a inflorescência menor que as folhas e a forma das folhas e das brácteas florais em V. pauperrima. Interessante observar que Costa (2002) relata proximidade entre V. pauperrima e V. psittacina (discussão em V. pauperrima), o que demonstra a proximidade morfológica entre todos estes táxons. O material-tipo mostra similaridades com V.

225 205 heterostachys, espécie com a qual pode ser facilmente confundida no material herborizado, diferenciando-se basicamente pelas folhas com bainhas purpúreas em direção ao ápice e lâminas mais estreitas e não conspicuamente constrictas na base. Novos estudos são necessários para uma melhor delimitação destas espécies. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica. Não há dados sobre a altitude. Floração em abril. Não ocorre em unidade de conservação. Durante o exame das coleções dos herbários foram observados alguns materiais identificados como V. modesta procedentes dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, oriundos principalmente de áreas da Serra do Mar, e com ocorrência em Unidades de Conservação. MINAS GERAIS. Serra da Mantiqueira, IV 1896, Magalhães, H (R). Rio Preto: Serra do Funil, 20 VIII 2004, Matozinhos, C.N. 27 (CESJ). Vriesea morrenii Wawra, Oesterr. Bot. Z. 30: Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Petrópolis, cachoeira de Itamarati, Wawra 72 (Holótipo: W, destruído, Isótipo: B). Distribuição geográfica: ES, MG, RJ. Vriesea morrenii ocorre na Serra do Mar, nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira é registrada para o estado de Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo que em Minas Gerais é conhecida apenas nesta serra (Versieux 2005). Caracteriza-se pela inflorescência esverdeada, composta, com longos ramos, brácteas primárias largamente ovadas envolvendo a raque na base, brácteas florais estéreis na base dos ramos e flores dispostas disticamente que se tornam secunda na antese. Cresce com epífita ou rupícola, em áreas de Mata Atlântica, por volta de 700 m de altitude. Floresce de dezembro a maio. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 22 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Rio Novo: Serra do Henrique, IX 1895, Schwacke, W (RB). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, 16 V 1950, Brade, A.C (RB). Resende: Serrinha, VIII 1985, Leme, E.M.C. 724 (HB). Serrinha, VIII 1985, Leme, E.M.C. 724 (WV).

226 206 Vriesea paraibica Wawra, Itin. princ. S. Coburgi Tipo: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Wawra II-184 (Holótipo: W, destruído, Lectótipo e Isolectótipo: W). Lectotipificação proposta por Till (1994). Distribuição geográfica: MG, RJ. Vriesea paraibica ocorre na região de Petrópolis Teresópolis na Serra do Mar, no estado do Rio de Janeiro. Em Minas Gerais era conhecida apenas pelo material tipo e por dois exemplares citados por Smith & Downs (1977) sem localidade precisa. Costa (2002) não faz nenhuma menção a estes materiais. Durante este trabalho foram encontradas algumas populações, com características compatíveis a este táxon, no município de Rio Preto, em Minas Gerais, área relativamente próxima a localidade típica. A delimitação deste táxon tem sido bastante problemática. Conforme já discutido assemelha-se intimamente a Vriesea interrogatoria. A espécie cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 1000 m de altitude. Floresce entre maio e agosto. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Divisa com o Estado do RJ: Região de São José do Rio Preto, VIII 1985, Leme, E.M.C. 714 (RB). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Sumidouro - Gruta do Funil, 10 V 2004, Antunes, K. 80 (CESJ). Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Trindade-Lima, T. 235 (SP). RIO DE JANEIRO. Serra do Itatiaia, IV 1894, Ule, E. 302 (R). Itatiaia, 22 VII 1902, Dusén, P. 725 (R). 17 II 1958, Castellanos, A (R). Vriesea pardalina Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Rio de Janeiro(?), morro de São Vicente para Cachoeira, Glaziou (Holótipo: B, Isótipo: P). Distribuição geográfica: MG, RJ. Comparada a Vriesea gutatta, está espécie apresenta distribuição restrita, com poucos registros para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Costa et. al (2007) indicam a ocorrência do táxon para o estado de São Paulo, mas o material examinado foi coletado há mais

227 207 de cinqüenta anos, e o táxon é considerado presumivelmente extinto para este estado. Na Serra da Mantiqueira há registros da espécie apenas para o estado de Minas Gerais Conforme já discutido assemelha-se a V. gutatta. Em espécimes vivos nota-se que as brácteas escapais apresentam coloração fortemente rosadas, similares as das brácteas primárias, com máculas rosa-escuras, além disso, são amplamente infladas, dando um aspecto roliço a inflorescência (vs. brácteas escapais esverdeadas, com máculas castanhas semelhantes às das folhas, não infladas em V. gutatta). Cresce exclusivamente como epífita em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, entre 700 e 1600 m de altitude. Floresce no mês de janeiro. Há uma coleta para o município de Lima Duarte, no entanto não é indicado se foi realizada ou não na área do Parque, sendo assim, pode-se considerar que a espécie não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Camanducaia: Monte Verde, 6 I 1994, Buzato, S (UEC). Lima Duarte, IV 1897, Magalhães, H (R). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 27 I 2007, Trindade-Lima, T. 228 (SP). Sapucaí-Mirim, 27 X 1950, Kuhlmann, M (SPF). Vriesea pauperrima E. Pereira, Bradea 1(25): Tipo: Brasil, Espírito Santo, entre Castelo e Cachoeiro do Itapemirim, Seidel, A. 631 fl. cult. (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PR, RJ, RS, SP. Vriesea pauperrima tem ampla área de distribuição, ocorrendo no leste do Brasil, desde a Bahia, até o Rio Grande do Sul. Na Serra da Mantiqueira é registrada apenas para duas localidades do estado de Minas Gerais. Segundo Costa (2002) apesar da área de ocorrência esparsa e populações com poucos indivíduos, a morfologia de Vriesea pauperrima é relativamente constante. A espécie caracteriza-se pela inflorescência laxa com poucas flores, brácteas florais amarelas a esverdeadas e pétalas completamente amarelas, recurvadas com estames exsertos. Esta autora discute a afinidade do táxon com V. psittacina var. decolor (Hooker) Lindley (possível sinônimo de Vriesea psittacina), distinguindo-as pela maior dimensão da planta, coloração amarela e verde das brácteas florais e pelas pétalas totalmente amarelas com ápice recurvado em Vriesea

228 208 pauperrima (vs. menor porte brácteas florais totalmente vermelhas ou vermelhas com ápice amarelo e pétalas fortemente recurvadas em Vriesea psittacina). O autor da espécie a relaciona com V. modesta, conforme já mencionado. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 500 m de altitude. Não há dados sobre a floração, um dos exemplares analisados estava com frutos e foi coletado no mês de junho. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Caratinga: Estação Biológica de Caratinga, II 1992, Costa, L.V. s.n. (BHCB 22153). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 15 VI 2002, Forzza, R.C (CESJ). Vriesea penduliflora L.B. Sm., Arq. Bot. Estado São Paulo 1: GH). Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Itatiaia, cascata da Maromba, Foster, M.B. 135 (Holótipo: Distribuição geográfica: MG, RJ. Vriesea penduliflora é endêmica da Serra da Mantiqueira, encontrada apenas no Parque Nacional do Itatiaia e Parque Estadual do Ibitipoca. Durante as coletas realizadas neste trabalho foram identificadas algumas populações na Serra do Funil, em Rio Preto, Minas Gerais. Caracteriza-se pelo grande porte, folhas levemente corrugadas, com bainhas castanhas, inflorescência composta, densamente ramificada com flores disticamente dispostas e brácteas escapais imbricadas, intensamente vermelhas com ápice amarelo. No Parque Estadual do Ibitipoca foram observados indivíduos com inflorescência completamente amarela, em meio a uma população com padrão normal de coloração. Cresce como epífita, terrícola ou rupícola em áreas de Mata Atlântica, Campos de Altitude e Campos Rupestres, normalmente formando grandes aglomerados populacionais. Ocorre em altitudes superiores a 1500 m. Para o Parque Estadual do Ibitipoca há indicação de floração para o mês de dezembro. Na Serra do Funil foram encontrados invíduos com botões florais no mês de janeiro. A espécie ocorre em Unidades de Conservação, mas devido a distribuição restrita, foi incluída na lista de espécies ameaçadas do Brasil, na categoria em perigo. Monteiro (2007).

229 209 MINAS GERAIS. Lima Duarte: Parque Estadual de Ibitipoca, 27 XII 1989, Leme, E.M.C (HB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (RB). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (SP). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (MBM). Parque Estadual do Ibitipoca, 9 XII 1998, Martinelli, G (BHCB). 5 II 2004, Monteiro, R.F. 22 (RB). 18 X 2003, Monteiro, R.F. 4 (RB). Rio Preto: Serra Negra - Burro de Ouro, 27 I 2007, Menini Neto, L. 298 (CESJ). Trilha para a Cachoeira "Marciano", 21 IV 2005, Valente, A. 383 (CESJ). RIO DE JANEIRO. Parque Nacional do Itatiaia, XI 1992, Leme, E.M.C (HB). Vriesea platynema Gaudich., Voy. Bonite, Bot., est Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Guanabara, Gaudichaud s.n. (Holótipo: P. Foto: GH). Distribuição geográfica: CE, MG, PR, RJ, RS, SP. Segundo Smith & Downs (1977) a espécie apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo do oeste das índias ao noroeste da Argentina. No Brasil é referida para estados da região Nordeste, Sudeste e Sul. A ocorrência na Serra da Mantiqueira restringi-se a uma coleção procedente da região de Aiuruoca, Minas Gerais. Versieux (2005) não incluiu este material no levantamento realizado para Minas Gerais e identifica o exemplar Schwacke (Itacolomi), citado por Smith & Downs (1977) como Vriesea platynema, como Vriesea minor. Costa (2007) indica que Vriesea platynema compõe um grupo-chave dentro do complexo que envolve Vriesea bituminosa. Optou-se em incluir esta espécie neste catálogo uma vez que, o exemplar, apresenta características distintas de outros pertencentes a estes grupo, que ocorrem na Serra da Mantiqueira e com o intuito de destacar a problemática envolvida com estas estas espécies. Uma das características marcantes da espécie é a ornametação das folhas, com estrias tranversais geralmente mais claras e manchas vinosas, principalmente próximas ao ápice. Cresce como epífita em área de Mata Atlântica a cerca de 1650 m de altitude. O material analisado apresentava frutos no mês de dezembro. Não é indicado se o exemplar foi coletado na unidade de conservação presente neste município. MINAS GERAIS. Aiuruoca: Serra do Papagaio, 7 XII 1998, Martinelli, G (RB).

230 210 Vriesea procera var. procera (Mart. ex Schult. f.) Wittm., Bot. Jahrb. Syst. 13(29): Tipo: Brasil, Bahia, rio Itaipé, Martius s.n. (Holótipo: M). Distribuição geográfica: BA, CE, ES, MG, PB, PE, PI, PR, RJ, SE, SP. Espécie com ampla distribuição, ocorrendo em vários países da América do Sul, Venezuela, Trinidad, Guiana, Suriname e norte da Argentina, principalmente em áreas litorâneas. No Brasil ocorre mais ao leste da região Nordeste até o Sul. Na Serra da Mantiqueira é registrada por poucas coleções morfologicamente diversas. Foram vistos indivíduos estéreis com hábito semelhante a Vriesea procera na região de São Tomé das Letras, em Minas Gerais. No município de Extrema, neste mesmo estado, espécimes cultivados após o florescimento apresentaram caracteres intermediários entre Vriesea procera e Vriesea friburguensis. Vriesea procera é uma espécie polimórfica. Pode apresentar inflorescência simples ou composta, coloração das brácteas escapais, primárias e secundárias variando de verde a avermelhada. Segundo Versieux (2005) a espécie forma um complexo de espécies com Vriesea neoglutinosa, que não é referida para a Serra da Mantiqueira. Com relação a Vriesea friburguensis pode ser diferenciada pelas brácteas primárias mais curtas ou do mesmo comprimento dos pedúnculos dos ramos, escapo verde e brácteas florais verdes-claras (vs. brácteas primárias mais longas que os pedúnculos dos ramos, escapo vinoso e brácteas florais amarelas em Vriesea friburguensis). Costa et al. (2007). Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica. Não há dados precisos quanto à floração e a altitude. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Muriaé: Belisário, 5 XII 1999, Paula, C.C (VIC). Presidente Bernardes: Bananal, 26 VI 2001, Paula, C.C. s.n. (VIC 25969). Vriesea procera var. tenuis L.B. Smith. Arq. Bot. S. Paulo II, 1: Tipo: A. Gerhrt in L.B. Smith 1820 (holótipo: GH, isótipo: SP). Distribuição geográfica: MG, RJ, SP.

231 211 Vriesesa procera var. tenuis era conhecida apenas para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. É registrada aqui ocorrência para o estado de Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira. A maioria dos espécimes examinados são procedente do município de Rio Preto. Esta variedade é bem delimitada, podendo ser facilmente distinguida da variedade típica pelo aspecto delicado, inflorescência inteiramente verde-amarelada, laxa, mas muito ramificada, com ramos recurvados e brácteas florais membranáceas e nervadas, menores que as sépalas. Cresce como epífita, raramente como terrícola, em áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres, a cerca de 800 m de altitude. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Córrego da Água Limpa: Reserva Ecológica Municipal, 18 VIII 1992, Leoni, L.S (GFJP). Rio Preto: Vilarejo do Funil, 21 V 2004, Salimena, F.R.G (CESJ). Serra do Funil, 11 X 2004, Matozinhos, C.N. 97 (CESJ). Funil - Serra da Caveira D'Anta, 24 II 2004, Valente, A. 373 (CESJ). Vilarejo do Funil, 2 VI 2006, Wanderley, M.G.L (SP). Vilarejo do Funil, 28 I 2007, Trindade-Lima, T. 232 (SP). Vriesea psittacina (Hooker) Lindley, Bot. Reg. 29: pl Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Harrison s.n. (holótipo CGE). Cultivada, floresceu em Distribuição geográfica: BA, ES, MG, RJ. Vriesea psittacina ocorre no leste brasileiro. Para a Serra da Mantiqueira foi observada apenas uma coleção da região de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais. Este é o primeiro registro do táxon para Minas Gerais. Assemelha-se a Vriesea pauperrima conforme já discutido anteriormente. Não há dados no exemplar examinado referente ao hábito, altitude e fenologia da espécie. Habita áreas de Mata Atlântica. Não ocorre em unidade de conservação. Juiz de Fora, Urbano 9576 (RB).

232 212 Vriesea racinae L.B. Sm., Lilloa 6: Tipo: Brasil, Espírito Santo, Santa Teresa, Foster, M.B. 270 (Holótipo: GH). Distribuição geográfica: ES, MG. Vriesea racinae era conhecida apenas pelo material-tipo procedente do Espírito Santo. Versieux & Wendt (2006) registraram a ocorrência da espécie para Minas Gerais, no município de Fervedouro, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Relata-se aqui a ocorrência da espécie para Carangola, outro município de Minas Gerais, inserido na região da Serra da Mantiqueira. A espécie é bem delimitada, caracterizada pelo porte reduzido (30 cm de comprimento quando florida), folhas verdes com máculas arredondadas castanhas, semelhantes às apresentadas por V. gutatta e V. pardalina, escapo ereto, inflorescência simples, laxa, com aproximadamente cinco flores no espécime-tipo (o material Paula, C.C. s.n., apresenta oito flores), glabras. Smith (1941) comenta na descrição da espécie que a mesma é unsual for the Brazilian species of the genus in its combination of variegated leaves and simple secund flowered inflorescense. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 1100 m de altitude. O material de Fervedouro foi coletado no mês de dezembro em final de floração. A espécie ocorre em unidade de conservação, mas é indicada que ocorre apenas uma população no local, o outro exemplar foi coletado em uma área que estava sendo desmatada, deste modo destaca-se a importância de medidas especiais no que concerne a conservação de V. racinae. MINAS GERAIS. Carangola: Serra do Barroso - Fazenda Bocaina, 10 VIII 1993, Leoni, L.S (GFJP). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 20 XII 2001, Paula, C.C. s.n. (VIC 26214). Vriesea rafaelii Leme, Harvard Pap. Bot. 4(1): HB). Tipo: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, rio do Peixe, Leme, E.M.C (Holótipo: Distribuição geográfica: MG.

233 213 Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, sendo até o momento conhecida apenas pelo material-tipo. V. rafaelii caracteriza-se pelas bainhas foliares com linhas longitudinais castanhas, lâminas foliares verde-escuras, largas e com ápice recurvado, brácteas florais não infladas, sépalas verdes e pétalas com apêndices estreitamente obovados com um longo ápice acuminadocaudado. Assemelha-se a V. platynema var. variegata, variedade não referida para a Serra da Mantiqueira (Leme 1999). Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica a cerca de 700 m de altitude. Não ocorre em unidade de conservação e segundo (Leme 1999), autor da espécie, encontra-se em uma área de mata ciliar, ameaçada pelos impactos humanos, sendo necessária especial atenção no que se refere a conservação desta espécie. MINAS GERAIS. Juiz de Fora: cultivada, 14 II 1999, Berg, W. s.n. (SEL 82089). rio do Peixe, 28 VI 1996, Leme, E.M.C (HB). Vriesea regnellii Mez in Mart., Fl. bras. 3(3): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Caldas, Regnell III-1799 (Holótipo: B, Isótipo: US). Distribuição geográfica: MG, RJ. Espécie pouco conhecida, praticamente restrita a região da Serra da Mantiqueira. Apenas um material, não procedente da Serra da Mantiqueira é citado por Smith & Downs (1977). Versieux (2005) indica que em Minas Gerais a espécie é restrita para o sul da Serra da Mantiqueira. Assemelha-se a V. bituminosa, conforme já discutido. Cresce como epífita em áreas de Mata Atlântica e Campos de Altitude, a cerca 1000 m de altitude. Floresce em dezembro. Ocorre em unidade de conservação, mas considerando-se a pequena amplitude da área de ocorrência e a raridade com que aparece nos herbários, indica-se atenção no que concerne a preservação deste táxon. Pedra Menina, Seidel, A (RB). MINAS GERAIS. Caldas, 10 XII 1869, Regnell, A.F (SEL). RIO DE

234 214 JANEIRO. Itatiaia: PARNA Itatiaia, 7 XII 1992, Costa, A. 432 (RB). Vriesea ruschii subsp. leonii Leme, Pabstia 4(1): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Carangola, serra da Araponga, fazenda da Neblina, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Leoni, L.S (Holótipo: GFJP, Isótipo: HB). Distribuição geográfica: MG. Vriesea ruschii subsp. leonii é endêmica da Serra da Mantiqueira, sendo a maioria dos materiais examinados procedentes do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e Parque Nacional do Caparaó. Caracteriza-se pelas folhas longas, estreitas, inflorescência com escapo muito longo, geralmente composta, com três ramos, apresentando brácteas primárias estéreis na base e flores secundas na antese. Diferencia-se da espécie típica pelo hábito exclusivamente epifítico e pela reprodução através de brotos axilares (Leme 1993a). Cresce exclusivamente como epífita, em áreas de Mata Atlântica, desde ambientes sombreados e úmidos, até locais perturbados e bem iluminados, entre 1000 e 1600 m de altitude. Floresce de agosto a dezembro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Alto Caparaó, 20 XI 1988, Krieger, P.L (RB). Parque Nacional do Caparaó, 20 XI 1988, Krieger, L. 829 (CESJ). Parque Nacional do Caparaó, 20 XI 1988, Krieger, L. 829 (RB). Parque Nacional do Caparaó, 27 XI 1999, Martinelli, G (RB). Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 20 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 20 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 5 V 2000, Goldschmidt, A. 32 (VIC). Fervedouro: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 15 IV 1993, Leme, E.M.C (HB). Serra do Boni, 9 IV 1995, Leoni, L.S (GFJP). Caparaó: Parque Nacional do Caparaó, 20 X 1994, Leoni, L.S (GFJP). Carangola: Serra da Araponga, VIII 1992, Leoni, L.S (HB). Serra da Araponga - Fazenda Neblina (PESB), VIII 1992, Leoni, L.S (GFJP). Vriesea saxicola L.B. Sm., Phytologia 16: Tipo: Brasil, Minas Gerais, próximo a São João del Rei, serra do Lenheiro, Schwacke (Holótipo: RB. Isótipo: US). Distribuição geográfica: MG.

235 215 Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, conhecida apenas por mais dois exemplares, além do material tipo, coletados em áreas próximas a localidade típica, São João Del Rei, em Minas Gerais. Assemelha-se a Vriesea crassa e a Vriesea hoehneana, conforme já discutido anteriormente. Vriesea saxicola cresce como rupícola ou saxícola em áreas de Campos Rupestres, entre 900 e 1350 m de altitude. Floresce entre outubro e dezembro. Não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 10 IV 1995, Leoni, L.S (GFJP). São João Del Rei, 27 XII 1895, Schwacke, P (RB). Tiradentes, 1 X 1989, Alves, R.J.V. s.n. (RB ). Vriesea sazimae Leme, Bromélia 2(4): Tipo: Brasil, São Paulo, Campos do Jordão, Horto Florestal, Sazima, M (Holótipo: UEC), idem, Sazima, M (Parátipo: HB). Distribuição geográfica: MG, SP, RJ. Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, sendo até o momento conhecida por poucas coletas para a região sul da serra, nas regiões limítrofes dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Caracteriza-se pelas brácteas florais amarelo-esverdeadas com máculas esparsas avermelhadas, com exceção das margens e ápice marron-escuro. Assemelha-se a V. tijucana E. Pereira (Leme 1995), que não ocorre na Serra da Mantiqueira. No material herborizado é similar a V. bituminosa. Cresce exclusivamente como epífita em áreas de Mata Atlântica, a cerca de 2000 m de altitude. Há registros de floração para os meses de dezembro, fevereiro, abril e julho. Ocorre em unidade de conservação.

236 216 Trilha do Maromba, 25 IV 1998, Silva, B.R. 14 (R). MINAS GERAIS. Camanducaia: Mata do Altair, 3 II 2001, França, G.S. 258 (BHCB). SÃO PAULO. Campos do Jordão: Reserva Florestal, 26 VII 1967, Mattos, J (HB). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (SP). Fazenda da Guarda (Reserva Florestal), 26 VII 1967, Mattos, J (SP). Umuarama, 6 I 1935, Kuhlmann, M. s.n.(sp 32436). Parque Estadual Campos do Jordão, 15 XII 1994, Sazima, M (UEC). IX 1993, Barreto, K.D (ESA). Vriesea scalaris E. Morren, Belgique Hort. 29: Tipo: Brazil, Morren, E. s.n. ( Clonótipo : LG). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PE, RJ, SC. Vriesea scalaris ocorre na Venezuela e no Brasil. Na Serra da Mantiqueira é registrada para poucas localidades do estado de Minas Gerais. Caracteriza-se pelo hábito delicado, inflorescência simples, pêndula, excedendo o tamanho da roseta, poucas flores, dísticas e alternas e brácteas florais vermelhas. Assemelha-se a V. simplex (Vell.) Beer, sendo a distinção entre estes táxons bastante complexa, em V. scalaris a raque não é geniculada e as brácteas florais são normalmente menores que as sépalas, embora estas características possam variar, ocorrendo plantas com raque não geniculada e brácteas florais maiores que as sépalas. Uma vez que a circunscrição é duvidosa, neste trabalho foi considerado o epíteto V. scalaris, utilizado pelos determinadores em todos os materiais examinados. Cresce exclusivamente como epífita, em áreas de Mata Atlântica, entre 340 e 1000 m de altitude. Florece nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 17 I 2002, Paula, C.C. s.n. (VIC 26402). Bom Jesus do Madeira, 24 II 1994, Leoni, L.S (GFJP). Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 21 IV 2002, Forzza, R.C (CESJ). Ervália: cabeceira do rio Casca, 8 XII 1995, Paula, C.C (VIC). Vriesea sceptrum Mez in C. DC., Monogr. phan. 9: Tipo: Brasil, Minas Gerais, Caldas, Pedra Branca, Regnell III-1254 em parte (Holótipo: US, Isótipo: P).

237 217 Distribuição geográfica: MG, RJ, SP. Vriesea sceptrum é típica da Serra da Mantiqueira. Apenas um dos síntipos (Gaudichaud 127) mencionados na obra original é referido para o estado de Santa Catarina, mas Reitz (1983) relata que a espécie nunca foi observada no estado e que a estampa (Voy. Bonite, Atl. (1846) táb. 70) apresenta caracteres incompátiveis com V. sceptrum. Smith & Downs (1977), citam este exemplar como V. friburgensis var. paludosa. Esses autores também indicam nos materiais examinados dessa espécie uma coleta de Schwacke (9209), procedente do município de Ouro Preto, Minas Gerais. Este material está depositado no herbário B e não foi examinado. Versieux (2005) no levantamento das Bromeliáceas de Minas Gerais, não cita este material, e relata que a espécie é restrita a porção sul do estado, nos limites da Serra da Mantiqueira. A espécie caracteriza-se pela inflorescência bastante ramificada, com brácteas primárias conspícuas, as basais muito mais longas que o pedúnculo, fortemente imbricadas, vermelhas e pela raque dos ramos geniculada com flores disticamente dispostas. Conforme já discutido, assemelha-se morfologicamente a Vriesea altodaserrae. Versieux (2005) relata que a similaridade dos materiais herborizados pode levar à identificações errôneas. Cresce exclusivamente como epífita, em áreas de Mata Atlântica, geralmente em matas preservadas, entre 700 e 2000 m de altitude. Floresce entre setembro e fevereiro. Ocorre em unidades de conservação. Kuhlmann, J.G. s.n. (RB 59102). Aiuruoca: Serra do Papagaio, 7 XII 1998, Martinelli, G (RB). Caldas, II 1862, Regnell, A.F (US). Camanducaia: fazenda Melhoramentos, 9 X 2001, Mota, R.C (BHCB). Paraisópolis: pedra de São Domingos, 14 X 2000, França, G.S. 177 (BHCB). Passa Vinte: distrito de Carlos Euler UHE Paes Leme, 15 XI 2000, Salino, A (BHCB). Poços de Caldas, 17 IX 1961, Andrade, A.G (R). RIO DE JANEIRO. Itatiaia: Entre Macieiras e Maromba, 14 I 1961, Strang, H. 285 (HB). SÃO PAULO. Campos do Jordão: Parque Ferradura, 19 VIII 1993, Barreto, K.D (R). Umuarama, 10 XII 1964, Santos, N (R). Beira da Rodovia - Mata Boa, 25 XI 1949, Kuhlmann, M (SP). Subida para o Pico Itapeva, X 1961, Kuhlmann, M. s.n.(sp 32456). Parque Ferradura, 19 VIII 1993, Barreto, K.D (ESA). 31 I 1935, Kuhlman, M. s.n.(sp 32456). Parque Estadual de Campos do Jordão, 2 II 1995, Sazima, M (UEC). Horto Florestal de Campos do Jordão, 9 X 1992, Buzato, S (UEC). Horto Florestal de Campos do Jordão, 18 XI 1992, Buzato, S (UEC). 29 IX 1976, Davis, P.H (RB).

238 218 Vriesea schwackeana Mez in C. DC., Monogr. phan. 9: RB). Tipo: Brasil, Minas Gerais, serra de Ouro Preto, Schwacke 9209 (Holótipo: B, Isótipo: Distribuição geográfica: MG, SP. Vriesea schwackeana tem registros apenas para o estado de Minas Gerais e São Paulo. Na monografia de Bromeliaceae do estado de São Paulo, os materiais examinados foram considerados como V. aff. schwackeana. Costa et. al (2007) relata que o material apresenta discrepâncias com relação ao material-tipo. Em Minas Gerais é conhecida apenas na região de procedência do material-tipo, Ouro Preto, e para a região da Serra da Mantiqueira. Versieux (2005) discute a problemática do táxon, que apresenta muitas similaridades com V. monacorum L.B. Sm., espécie restrita a Cadeia do Espinhaço, inferindo sobre a possível sinonimização, desta última, o que ampliaria a área de distribuição de V. schwackeana. A espécie caracteriza-se pelo porte robusto, brácteas escapais altamente imbricadas, inflorescência composta, ramos densos, com flores dísticas e brácteas primárias carenadas, vermelhas, maiores que o pedúnculo. Cresce exclusivamente como epífita, em áreas sombreadas e úmidas de Mata Atlântica, a cerca de 1450 m de altitude. Floresce de outubro a janeiro. Ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. Araponga: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 4 I 1996, Paula, C.C (VIC). Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 23 X 1994, Paula, C.C (VIC). Vriesea sp. nov. Tipo: Brazil, Minas Gerais, São Thomé das Letras, Sobradinho, proximidades do Pico do Gavião, E. Leme 7283, T. Trindade-Lima & O. Ribeiro. (Holótipo: HB). Distribuição geográfica: MG. Durante a expedição realizada a região de São Tomé das Letras, Minas Gerais. Foram encontradas algumas populações de Vriesea com morfologia distinta das demais espécies

239 219 conhecidas para a região. A análise dos materiais coletados mostrou que os espécimes apresentam similaridades com Vriesea saxicola, referida para a região de Tiradentes em Minas Gerais. No entanto foi possível identificar uma série de caracteres distintivos, levando a consideração de que trata-se de uma nova espécie. O novo táxon apresenta porte médio, folhas glaucas com pontuações translúcidas, verdeescura, escapo ereto, inflorescência composta, densa, com estruturas verdes e amareladas. Cresce como saxícola em áreas de Campos Rupestres a cerca de 1400 m de altitude. Foi coletado com flores no mês de dezembro e não ocorre em unidade de conservação. MINAS GERAIS. São Tomé das Letras: Caminho para o Pico do Gavião, 22 XII 2007, Trindade-Lima, T. 253 (SP). Vriesea vagans (L.B. Sm.) L.B. Sm., Phytologia 13: Basiônimo: Vriesea philippocoburgii var. vagans L. B. Sm., Arquivo Bot. Estado São Paulo 1: Tipo: Brasil, São Paulo, próximo a Apiai, de São Paulo para Curitiba, Foster, M.B (Holótipo: GH, Isótipo: US). Distribuição geográfica: BA, ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP. Vriesea vagans ocorre na região Sudeste e Sul do Brasil. Na Serra da Mantiqueira a maioria das coletas concentra-se em Rio Preto, Minas Gerais, apenas um material procede do estado do Rio de Janeiro. Nos materiais analisados havia uma coleção procedente de Rio Preto identificada como Vriesea philippocoburgii. Embora o material apresente alguns caracteres levemente distintos do padrão de Vriesea vagans observado na região, considerando que o material floresceu em cultivo e que, durante as coletas realizadas na área não foram observados outros indivíduos destoantes, considerou-se o exemplar como Vriesea aff. vagans. Nota-se certa confusão com relação à identificação destes táxons nos materiais herborizados. Esta espécie caracteriza-se pela presença, nas bainhas, de uma mancha purpúrea, propagação por estolões, formando geralmente grandes aglomerados populacionais e brácteas florais secundas. Cresce como epífita ou terrícola, em áreas de Mata Atlântica e em locais de transição entre mata e Campo Rupestre, entre 850 e 1300 m de altitude. Floresce de fevereiro a abril.

240 220 Ocorre em unidade de conservação. Costa (1993) relata que a espécie pode ser considerada na categoria protegida. MINAS GERAIS. Itumirim: rio Grande, 27 IV 1997, Vasconcelos, M.F. s.n. (BHCB 37887). Rio Preto, 4 III 2004, Schuchter, V. 10 (CESJ). Serra do Funil - Cachoeira do Marciano, IV 2005, Antunes, K. 157 (CESJ). Funil - Fazenda Tiririca, 24 IV 2004, Antunes, K. 106 (CESJ). Funil - Serra da Caveira D'Anta, 24 IV 2004, Antunes, K. 107 (CESJ). Serra da Caveira D'Anta, 24 II 2004, Valente, A. 376 (CESJ). Tiradentes, 12 III 1994, Alves, R.J.V (RB). RIO DE JANEIRO. Itatiaia, 29 VI 1939, Foster, M.R. 114 (R). Wittrockia tenuisepala (Leme) Leme, Canistrum Bromel. Mata Atl., Basiônimo: Nidularium tenuisepalum Leme, Bradea 5(29): Tipo: Brasil, Minas Gerais, Manhumirim, Seidel, A. 1099, fl. cult. (Holótipo: HB, Isótipo: RB). Leme, E.M.C. s.n. ( Clonótipo : HB, SEL). Distribuição geográfica: MG. Espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, conhecida apenas da coleta do tipo, procedente de Manhumirim, em Minas Gerais. Wittrockia tenuisepala foi originalmente descrita como integrante do gênero Nidularium pela presença de pétalas sem apêndices e parcialmente concrescidas na base. Leme (1997) propôs uma nova conceituação para o gênero Wittrockia, no qual, este táxon é incluído, embora, como destacado pelo próprio autor, esta espécie apresente características um pouco destoantes com relação aos táxons mais típicos do gênero. A difícil delimitação de Wittrockia, Neoregelia e Canistrum é discutida por Wanderley et al. (2007), onde as autoras propõem a sinonimização de Wittrockia sob Canistrum. Assemelha-se a W. superba que não ocorre na Serra da Mantiqueira. Também apresenta afinidades com Canistrum cyathiforme (= Wittrockia cyathiformis), da qual difere segundo Leme (1997) pelo escapo floral muito mais curto, inflorescência com ramificações de 3ª ordem, flores menores, sépalas curtamente concrescidas na base e pelos filetes distintamentes adnatos às pétalas. Cresce em área de Mata Atlântica a cerca de 600 m de altitude. Não há dados sobre o hábito e período de floração desta espécie. Não ocorre em unidade de conservação.

241 221 MINAS GERAIS. Manhumirim, XI 1995, Leme, E.M.C. s.n. (HB 77762). XI 1995, Leme, E.M.C. s.n. (RB 77762). VI 1989, Seidel, A (HB). Seidel, A (= 1133) (RB).

242 CONSIDERAÇÕES TAXONÔMICAS A redescoberta de Billbergia pohliana Mez Em 1892 foi descrita por Mez, a partir um exemplar coletado por Pohl (nº 5508), uma nova espécie de Billbergia para o Brasil, batizada como B. pohliana. Não há indicações na obra original da localidade precisa em que a planta foi coletada. O holótipo da espécie estaria depositado no herbário de Viena (W), mas, segundo Smith & Downs (1979), foi possivelmente destruído durante a Segunda Guerra Mundial. Estes autores propuseram então a lectotipificação do táxon com base na descrição e ilustração original (Figura 8). Até o presente momento, Billbergia pohliana era conhecida por apenas mais uma coleta, Heringer (nº 1919), procedente do município de Coronel Pacheco, Minas Gerais, realizada em 1919 (Figura 9). Entretanto, durante os estudos de campo realizados neste trabalho foram encontradas algumas populações desta espécie no município de Rio Preto, em Minas Gerais. Esta região, localizada na porção centro-sul da Serra da Mantiqueira, apresenta ainda muitas áreas constituídas por vegetação primária. Billbergia pohliana pertence a um grupo de espécies que possuem inflorescência visivelmente composta e lepidota (esparsa ou densamente), flores sésseis ou curto-pediceladas e ovário muito maior do que as brácteas florais. Pertencem a este complexo (Billbergia laxiflora L. B. Sm., Billbergia seidelii L. B. Sm. & Reitz e Billbergia reichardtii Wawra). Billbergia laxiflora é conhecida apenas para o estado do Espírito Santo e Billbergia seidelii para o estado do Rio de Janeiro. Billbergia pohliana e Billbergia reichardtii têm áreas de ocorrência comuns e apresentam entre si maiores afinidades morfológicas, como já havia sido observado por Versieux (2005). Na descrição original de Billbergia pohliana são destacadas as seguintes características diagnósticas: as foliis fere inermibus v. non nisi minutissime aculeolatis, evittatis; inflorescentia perlaxe pauciflora, e ramulis 2-floris, elongatis compósita panniculada, pendula? an erecta?,

243 223 densiuscule farinoso-tomentosa; bracteolis florigeris minutissimis, ovato-squamatis, breviter acutis; floribus sessilibus; sepalis acutiusculis; petalis indigotinis? Defloratis contortis, porrectis; ovário peranguste cylindrico, paullo sulcato. A Figura 8. À esquerda, ilustração contida na obra original de Billbergia pohliana Mez. À direita, ilustração apresentada na obra original de Billbergia reichardtii Wawra. O exame das obras originais indica que estas espécies compartilham algumas características morfológicas. O estudo detalhado dos espécimes herborizados e de algumas plantas vivas demonstra que os táxons apresentam uma série de caracteres distintivos, conforme pode ser verificado no quadro 1, onde são confrontadas as informações disponíveis sobre estas espécies. Billbergia reichardtii é conhecida por apenas uma coleta em Guiomar, no Espírito Santo, realizada há mais de 60 anos, e para áreas da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais.

244 224 Foram identificadas algumas populações de Billbergia reichardtii (Figura 11) em uma área adjacente a localidade onde foi encontrada Billbergia pohliana (Figura 10), em Rio Preto, Minas Gerais. As populações de ambas crescem como epífitas, em áreas de mata contíguas a campos rupestres, próximas a cursos d água. Foram encontradas com flores no mês de junho. Apesar da proximidade de ocorrência destes táxons nesta área, as características indicadas no quadro 1, mantiveram-se constantes nas populações. Smith & Downs (1979), na chave de identificação das espécies, separam Billbergia pohliana de Billbergia reichardtii pela densidade de escamas presentes no ovário. Nos materiais analisados esta característica não se mostrou consistente, verificando-se que as duas espécies apresentam ovário lanuginoso, havendo variação de densidade de escamas na mesma espécie. A partir da análise das coleções referidas para a região da Serra da Mantiqueira, foram encontrados exemplares procedentes de outras localidades que se enquadravam na circunscrição de Billbergia pohliana. Foram realizadas mudanças nas identificações de alguns dos espécimes, com base na revisão, aqui elaborada, de alguns caracteres diferenciais entre as espécies. Revistas as identificações, nota-se que ambas as espécies são registradas para a região de Coronel Pacheco e Rio Preto, em Minas Gerais. Além dessas áreas, Billbergia pohliana é conhecida por apenas mais uma coleção, procedente do município de Rio Novo, em Minas Gerais. Billbergia reichardtii ocorre também no sopé da Serra do Caparaó, no Espírito Santo e em Juiz de Fora, Minas Gerais (localidadetípica).

245 225 Quadro 1. Algumas característica morfológicas de Billbergia pohliana Mez e Billbergia reichardtii Wawra. As informações foram obtidas das obras originais e das análises dos materiais coletados durante o trabalho. Espécie Billbergia pohliana Mez Billbergia reichardtii Wawra Obra original Fl. Bras. 3(3): 403, pl Öesterr. Bot. Zeitschr. 30: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Brasil, Minas Gerais, Pohl 5508 Wawra II-197 (Holótipo: W, (Holótipo: W, destruído). destruído). Brasil, Minas Gerais, de Tipo Tipificada pela descrição original e Juiz de Fora para a serra da ilustração. Mantiqueira, Warming 2172 (Neótipo: C). Folhas Escapo Inflorescência Bráctea primária Bráctea floral Sépalas Pétalas Ovário Roseta tubular, poucas folhas, bainhas elípticas, lâminas verdes, estreitas (1,6-2,5 cm larg.), espinhos inconspícuos (ca. 1 mm), ápice agudo, apiculado. Recurvado, delgado, verde-oliva, levemente rosado, lanuginoso. Brácteas escapais, ovado-elípticas, agudas, eretas, envolvendo quase completamente o escapo, menores ou igualando os entrenós, róseas, coberta subdensamente por escamas alvas. Composta, geralmente dois ramos por brácteas primária, raque muito delicada. Semelhantes às brácteas escapais, lanceoladas, igualando o tamanho das flores, as superiores às vezes, com o mesmo comprimento do ovário. Mais curtas que o ovário, rósea, largamente ovada, apiculada. Estreitamente ovadas, subagudas, 20 mm compr. x 4 mm larg, verdealva, ápice azul, lanuginosa. Liguladas, obtusas, amareloesverdeada, ápice fortemente azul, mm compr. x 3-4 mm larg., lanuginosa. Estreitamente cilíndrico, 1,4 mm comp. x 1,5 mm larg., verde, lanuginoso. Roseta tubular, bainhas ovadas, lâminas verdes (2,5-4,0 cm de larg.), espinhos conspícuos (ca. 2,5 mm), ápice arredondado, apiculado. Recurvado, delgado, róseo, lanuginoso. Brácteas escapais, elípticas, acuminadas, envolvendo quase completamente o escapo, menores ou igualando os entrenós, róseas, coberta subdensamente por escamas alvas. Composta, geralmente dois ramos por brácteas primária. Semelhantes às brácteas escapais, ovadas, geralmente igualando o comprimento das sépalas. Mais curtas que o ovário, rósea, largamente ovada, agudas. Oblongas, arredondadas, minutamente apiculada, 30 mm compr. x 7 mm larg., verde-alva, ápice azul, lanuginosa. Liguladas, obtusas, amareloesverdeada, ápice fortemente azul, mm compr. x 5-6 mm larg., lanuginosa. Estreitamente cilíndrico, 1,8 mm comp. x 3 mm larg., verde, lanuginoso.

246 226 Figura 9. À esquerda, espécime de Billbergia pohliana coletado em 1919 na região de Coronel Pacheco, Minas Gerais. À direita, holótipo de Billbergia reichardtii Wawra, depositado no herbário Marie Selby Botanical Gardens, EUA (SEL). Considerando o acima exposto, adota-se no presente trabalho a proposição de que Billbergia pohliana e Billbergia reichardtii sejam espécies distintas. Ressalta-se que foram analisadas as populações de apenas uma região e um pequeno número de exemplares presentes nas coleções dos herbários. Deste modo, é possível que haja gradações nas variações morfológicas entre estes táxons, ainda não verificadas. Versieux (2005) enquadrou Billbergia pohliana na categoria dados insuficientes. A descoberta desta população natural e o reconhecimento de outros exemplares erroneamente identificados nos herbários implica na necessidade de uma mudança de sua categoria. Considerando que a espécie é atualmente conhecida em apenas algumas localidades próximas e que as populações são constituídas por poucos indivíduos, e ainda, que não ocorre em unidade de

247 227 conservação, a espécie pode ser classificada como criticamente em perigo (CR), segundo os critérios da IUCN (2001). O mesmo se aplica a Billbergia reichardtii. Os materiais examinados estão listados na seção 6.1. A B Figura 10. Billbergia pohliana Mez. A: Inflorescência. B: Detalhe. (Fotos: Martins, S.E.) A B Figura 11. Billbergia reichardtii Wawra. A: Inflorescência. B: Detalhe. (Fotos: Martins, S.E.).

248 Uma nova espécie de Vriesea dos Campos Rupestres de Minas Gerais Vriesea sp. nov. Fig. 12. Type: Brazil, Minas Gerais, São Thomé das Letras, Sobradinho, proximidades do Pico do Gavião, 21º38 21 S 44º55 58 W, ca. 1,406 m elev. 22 July 2007, E. Leme 7283, T. Trindade- Lima & O. Ribeiro. Holotype: HB. A V. saxicola L. B. Sm., cui affinis, inflorencentia dense et breviter paniculata, ramis lateralibus pedunculis basalibus brevioribus, bractea sterile singula ornatis, ramo terminale pedunculo breviore, bracteis sterilis binis ornatis, rachis duplo brevioribus, bracteis floriferis brevioribus, et petalis brevioribus differt. A B Figura 12. Vriesea sp. nova. A. Hábito. B. Detalhe da inflorescência. (Fotos: Leme, E.M.C.).

249 229 Planta saxícola, florida cm alt.folhas em número de 18 a 23, densamente rosuladas, suberetas, formando uma roseta funeliforme. Bainhas ovada-elípticas, ca. 16 x 10 cm, subdensamente e minutamente branco-lepidotas em ambos os lados, finamente coriáceas, abaxiamente castanho-escuras principalmente em direção a base, adaxialmente purpúrea no ápice e paleácea em direção a base. Lâminas sublineares, ligeiramente estreitando-se em direção ao ápice, x cm, não estreitada na base, ápice arredondado a subagudo e minutamente apiculado, verde, glauca, com estrias escuras irregulares translúcidas, cartáceas, esparsamente e inconspicuamente branco-lepidotas e cobertas em ambos os lados por uma camada fina de cera branca, margem apical não revoluta. Escapo curto, cm comp., cm de diâmetro, ereto, glabro, verde-claro, ligeiramente sulcado, principalmente quando secos. Brácteas escapais basais subfoliáceas, as superiores estreitamente-ovadas, agudas e apiculadas, x cm, eretas e envolvendo o escapo, distintamente excedendo os entrenós, verdes, inconspicuamente e esparsamente branco-lepidotas dentro. Inflorescência curtamente paniculadas, densamente bipinadas, ca. 17 cm comp., ca. 10 cm de diâmetro, ereta; Brácteas primárias largamente ovadas a suborbiculares, x mm, verde-amarelada a amarela, subereta, igualando ou ligeiramente excedendo os pedúnculos; Ramos em número de 4 a 5 (incluindo o terminal), os laterais 9-11 cm comp., 3-4 cm larg. (excluindo as pétalas), suberetos, densamente florido na antese, portando 8 a 9 flores, raque geniculada, ca. 0.5 x 0.4 cm, verde, glabra, obtusamente angulosa, parcialmente coberta pelas brácteas florais principalmente antes da antese, pedúnculos 1-2 x 0.7 cm, subcomplanados, verdes, glabros, portando uma única bráctea estéril no ápice, verde-amarelada, o ramo terminal ereto, cm comp. 9 a 10-flores, pedúnculo basal x 0.7 cm, curto, em linha reta, portando 2 brácteas estéreis quase cobrindo completamente o pedúnculo. Brácteas florais suborbiculares, x mm, ápice obtuso-emarginado, amarelo em direção ao ápice, inconspicuamente branco-lepidota por dentro, brilhosa e glabra por fora, não envolvendo completamente as sépalas e igualando 1/2 do seu comprimento, distintamente convexa, unilateralmente secundas com as flores, portando um nervura

250 230 protuberante central e aparecendo carenada em direção ao ápice. Flores dísticas, antese ocorrendo entre 11h00 da manhã e 19h00 da noite, com um fraco odor, fortemente descendentes na antese (nos ramos laterais) a divergentes (nos ramos terminais), densamente arranjadas, mm comp. (não incluindo os estames) pedicelos curtos, 5-6 mm comp. 7-8 mm em diâmetro no ápice, verde, glabro. Sépalas elípticas, ápice obtuso e ligeiramente emarginado, x 13 mm, inconspicuamente branco-lepidotas por dentro, glabras por fora, livres, não carenadas, amarelas, distintamente convexas, finamente coriáceas em direção ao ápice, densas na base. Pétalas estreitamente elípticas, ápice estreitamente emarginado, 35 x mm, amarelas, eretas a ligeiramente suberetas, formando uma corola tubular ca.10 mm em diâmetro no ápice, portando na base 2 apêndices suboblongos a obovados, agudos, subobtusos a obtusamente e irregularmente bidentados, ca. 5 x 1.7 mm. Estames excedendo as pétalas por uma fração das anteras. Filetes subcomplanados e ligeiramente delatados próximo ao ápice, páleo-amarelados, adnato com as pétalas ca. 3 mm. Anteras lineares, ca. 4.5 mm comp., base sagitada e ápice obtuso, fixada próxima a base. Pólen oblongo-eliptico, sulcado, exina reticulada, lúmem poligonal, muros estreitos. Estilete excedendo as pétalas por ca. 5 mm. Estigma convolutolaminado, densamente papiloso, amarelo, ca. 1.5 mm de diâmetro. Óvulos longo-caudados. Frutos não conhecidos. A nova espécie foi encontrada em uma área de Campo Rupestre, crescendo como saxícola a cerca de m de altitude. Foram vistas populações com poucos indivíduos em apenas duas formações rochosas. Foi coletada com flores no mês de dezembro. Assemelha-se a Vriesea saxicola L.B. Sm. diferenciando-se principalmente pela estrutura da inflorescência e características florais.

251 BANCO DE DADOS E COLEÇÕES BOTÂNICAS A análise dos herbários mencionados na metodologia e os dados obtidos nas expedições realizadas durante o projeto resultaram em coleções. Na figura 13 é apresentado o número total de exsicatas por herbário. Do total de registros, 2,6 % não puderam ser determinados. Destes, 51% foram vistos nos herbários consultados, e a determinação não foi possível devido ao material não conter partes reprodutivas, estar fragmentado e/ou depauperado, por pertencer a complexos de espécies de difícil delimitação ou por representar táxons ainda desconhecidos. O restante dos táxons indeterminados procede dos registros obtidos nos bancos de dados informatizados (virtuais). O herbário do Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) apresenta aproximadamente 1/3 das coleções examinadas. A relevância desta coleção, em relação ao número de exemplares de Bromeliaceae procedentes da Serra da Mantiqueira, pode ser explicada, por esta ser uma das maiores coleções da família, com aproximadamente 6200 exsicatas, oriundas de várias regiões do país. Outros herbários que se destacaram com relação ao número de coleções foram o CESJ, SP, VIC e GFJP. Os três herbários mineiros localizam-se nos limites da Serra da Mantiqueira, fato que justifica, em parte, a riqueza de coleções encontrada. Os dados provenientes da consulta eletrônica e do banco de dados do pesquisador Leonardo Versieux totalizaram 132 coleções, um número considerável, levando-se em conta o total de registros analisados. Esta observação demonstra a importância do processo de informatização dos herbários, bem como a análise das coleções disponibilizadas. Para permitir a melhor compreensão da distribuição das coleções nos herbários, foram compiladas, a partir do banco de dados elaborado, informações referentes aos principais coletores atuantes na Serra da Mantiqueira.

252 232 A.F. Regnell, entre 1860 e 1890 realizou muitas coletas, principalmente na região de Caldas, onde foram descobertas espécies novas como Bromelia regnelli, Dyckia minarum, Vriesea regnelli e Vriesea sceptrum. A maioria das exsicatas se encontra depositada nos herbários US e P. W. Schwacke, A. Glaziou, A.A. Silveira e H. Magalhães são responsáveis por um contingente significativo de coletas na década de De um modo geral exploraram a região da Serra do Ibitipoca, Rio Novo e São João del Rei. Uma espécie endêmica da Serra da Mantiqueira, Vriesea cacuminis, foi descrita a partir destas coletas. Vriesea modesta também foi descrita com base em material coletado neste período. Os materiais encontram-se depositados principalmente no herbário RB. E.P. Heringer atuou na região da Zona da Mata mineira onde encontrou, o raro e endêmico, Nidularium azureum, na região de Coronel Pacheco. As coletas estão depositadas nos herbários HB, US e SP. C.F. Hoehne, contribuiu para o conhecimento da região da Serra da Mantiqueira no estado de São Paulo. Suas coletas foram realizadas entre 1910 e 1950 e encontram-se depositadas essencialmente no herbário SP. M.B. Foster foi um grande explorador da região do Itatiaia na década de 1930, sendo responsável, por inúmeras novas espécies, como, Neoregelia fosteriana, Nidularium apiculatum, Nidularium itatiaiae, Vriesea interrogatória e Vriesea penduliflora. Destas espécies, apenas V. interrogatoria não é endêmica da Serra da Mantiqueira. A maioria das coleções estão depositadas no herbário R. M. Kulhmann é responsável por um grande contingente de coletas na região da Serra de Mantiqueira do estado de São Paulo, mas também atuou em outras porções da Serra, em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os materiais encontram-se depositados nos herbários, RB, SP, VIC e SPF.

253 233 A.C. Brade, destaca-se especialmente entre 1930 e 1940, com um grande número de coleções distribuídas ao longo de toda a Serra da Mantiqueira, com registros para o estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Os materiais coletados encontram-se depositados principalmente no RB. L. Krieger, principalmente entre 1970 e 1990, realizou importantes coletas na região do Parque Nacional do Caparaó e arredores de Juiz de Fora, onde encontrou Aechmea bruggeri, endêmica da Serra da Mantiqueira. Grande parte dos materiais coletados encontram-se depositados no herbário CESJ. E. Pereira, na década de 1960, contribuiu com coletas na região de Caxambu, Cambuquira e Coronel Pacheco, estes materiais estão depositados no herbário HB. G. Martinelli a partir de 1975 coletou ao longo de toda a Serra da Mantiqueira, especialmente em áreas do estado do Rio de Janeiro. Os materiais encontram-se depositados principalmente no RB. L.S. Leoni realizou um grande contingente de coletas na Zona da Mata Mineira, entre 1985 e 1995, e ainda contribui efetivamente com coletas nesta região. As exsicatas encontram-se depositadas principalmente no herbário GFJP. O estabelecimento de especialistas da família Bromeliaceae em diferentes universidades e o desenvolvimento de diversas pesquisas de pós-graduandos nas últimas décadas, resultaram em um aumento crescente de espécimes incorporados aos herbários. Destacam-se para a região da Serra da Mantiqueira, os trabalhos do pesquisador C.C. Paula, para a região da Zona da Mata Mineira (depositadas no VIC) e da pesquisadora R.C. Forzza para os arredores de Juiz de Fora e Parque Estadual do Ibitipoca (depositadas no SPF, CESJ e RB). Convém ressaltar as inúmeras coletas realizadas por E.M.C. Leme, na Serra do Brigadeiro e na Serra do Ibitipoca. Os materiais encontram-se depositados principalmente no HB.

254 234 Recentemente, são notáveis os trabalhos desenvolvidos pela equipe da Universidade Federal de Juiz de Fora, no município de Rio Preto e arredores, que aumentaram consideravelmente o conhecimento da região. Os materiais coletados encontram-se depositados no herbário CESJ. Durante o presente estudo foram feitos 162 novos números, a maioria procedente das regiões visitadas na Serra da Mantiqueira, o restante de áreas adjacentes, como a Serra da Bocaína. As exsicatas foram incorporadas às coleções do herbário SP e HME. De uma maneira geral, a quantidade de registros pode ser atribuída a fatores como a antiguidade dos herbários, histórico de coletas e a presença de especialistas na família nas instituições sedes, bem como a localização do herbário Nº de espécimes RB CESJ SP VIC GFJP HB R * Herbários BHCB SPF UEC HME ESAL ESA IAC Figura 13. Número total de espécimes de Bromeliaceae depositados nos herbários. *Coleções dos bancos de dados virtuais e outras.

255 235 Ressalta-se, assim como discutido por Versieux (2005), a necessidade de se padronizar uma metodologia para a coleta de Bromeliaceae. Considerando a complexidade relacionada a taxonomia do grupo, destacam-se aqui, além das proposições do referido autor (herborização correta, espécimes completos, com dados de coloração, procedência completa, se possível georreferenciada, incluindo município, altitude, hábitat e, em caso de plantas cultivadas, indicação do coletor e da data em que a planta foi encontrada no campo), outros itens relevantes: - neste trabalho, foram elaboradas na montagem das exsicatas fichas (pequenos retângulos de cartolina), onde foram aderidas, utilizando-se geralmente fitas adesivas transparentes, porções reprodutivas do exemplar (como brácteas escapais, brácteas florais e flores). Nesta ficha foram anotadas as colorações das respectivas partes, bem como o tamanho das mesmas (ainda no material fresco) e outras observações consideradas importantes. Embora esta técnica requeira um pouco mais de tempo, considerando que a exsicata é um testemunho de longo prazo, que o tamanho das estruturas geralmente se altera com a desidratação e, que a presença da ficha evita a retirada de partes do material em análises futuras, optou-se em desenvolver esta metodologia. - a facilidade advinda da utilização de câmeras digitais permite, com custo relativamente baixo, o registro fotográfico dos exemplares coletados. Embora a maioria das coleções ainda não se encontre informatizada é notável a tendência a adoção deste sistema pelas instituições. O programa Brahms, que normalmente vem sendo utilizado no Brasil, apresenta ferramentas que possibilitam atrelar imagens aos respectivos registros. - considerando a grande amplitude de variações fenotípicas observadas nas populações, a coleta de mais de um exemplar pode ser relevante, principalmente nos casos de espécies novas ou pouco conhecidas. Certamente, o conjunto exsicata - ficha - fotografia facilita o reconhecimento das espécies e pode reduzir o tempo despendido em trabalhos taxonômicos.

256 Coleção viva No decorrer do trabalho foram coletados mais de duzentos exemplares vivos (Figura 14). Os espécimes estão sendo mantidos em cultivo no bromeliário do Instituto de Botânica de São Paulo SP e no viveiro da Prefeitura Municipal de Extrema MG. Parte do material foi obtido através da extração de brotos presentes nos materiais botânicos férteis utilizados para herborização. Outra parte foi obtida através da coleta de plantas inférteis encontradas no chão, ou em alguns casos, foi coletado um indivíduo, quando observadas grandes populações de determinada espécie. Os exemplares coletados estão se desenvolvendo bem e embora estas muitas espécies apresentem crescimento lento, grande parte floresceu. A análise dos exemplares nas coleções vivas possibilitou um estudo morfológico mais detalhado acerca de algumas espécies e foi fundamental para o entendimento da taxonomia de alguns grupos, como Billbergia pohliana X Billbergia distachia, Nidularium bicolor X Nidularium ferdinando-coburggi, Vriesea paraibica X Vriesea interrogatoria, dentre outras. Tendo em vista a contínua destruição de habitats e a retirada indiscriminada de espécimes da natureza, a manutenção de coleções vivas torna-se crucial para a conservação genética das espécies. Além disso, possibilitam a realização de estudos em outras áreas, como anatomia e fisiologia, bem como, o conhecimento acerca das melhores metodologias para o desenvolvimento das plantas, que podem contribuir para a produção comercial e minimizar a extração nos ambientes naturais. Apesar de não ser de senso comum a importância de cada táxon para o equilíbrio ecológico das comunidades, há uma crescente tendência econômica de valorizar os recursos genéticos naturais. O valor do conjunto de genes de um determinado indivíduo é incalculável.

257 237 A B C D E F Figura 14. Coleção viva. A: Broto de Billbergia distachia. B, C, D: Exemplares da coleção do viveiro da Prefeitura Municipal de Extrema. E: Árvore instalada para acomodar espécimes epífitos, em primeiro plano espécimes de Vriesea bituminosa floridos. F: Parte da coleção do bromeliário do Instituto de Botânica, exemplares esciófilos. (Fotos: Trindade-Lima, T.).

258 DIVERSIDADE E ENDEMISMO A reunião das informações contidas na literatura, banco de dados e trabalho de campo, resultaram no reconhecimento de 220 táxons, sendo 192 espécies e 28 táxons infraespecíficos, distribuídos em 20 gêneros (Tabela 2, apêndice I). Do total de táxons, 37 (17%) são endêmicos da região da Serra da Mantiqueira (Apêndice I). Dentre as espécies, seis correspondem a morfo-espécies, que foram criadas para confortar espécimes que não puderam ser enquadrados na delimitação precisa de nenhum táxon. É possível que análises mais aprofundadas revelem que muitos destes exemplares pertençam a táxons com delimitação imprecisa, ou mesmo com descrições incompletas. Apesar disso, não se descarta a possibilidade de se tratarem de espécies novas. Ainda que hajam novas propostas para a subdivisão infra-familiar em Bromeliaceae, conforme mencionado na seção 3.2.1, foram consideradas para a apresentação dos resultados, as subfamílias tradicionais (Bromelioideae, Pitcairnioideae e Tillandsioideae), a fim de facilitar a analise dos dados. O maior número de espécies encontradas é atribuído à subfamília Bromelioideae, que apresentou 96 (50%) espécies, distribuídas em 14 (70%) gêneros. Tillandsioideae aparece em seguida com 72 (37,5%) espécies e quatro gêneros. Pitcairnioideae apresenta o menor número de espécies, 24 (12,5%), distribuídas apenas em dois gêneros (Tabela 2 e Figura 15). A diferença entre o total de espécies nas subfamílias Bromelioideae e Tillandsioideae é pequena, apesar da primeira apresentar três vezes mais gêneros. Com relação às freqüências relativas das espécies endêmicas em cada uma das subfamílias (Figura 16), Bromelioideae destaca-se com 20 (55,6%) espécies restritas a região da Serra da Mantiqueira, seguida por Tillandsioideae com 12 (33,3%) espécies e Pitcairnioideae com 4 (11,1%) espécies.

259 239 Tabela 2. Riqueza e endemismos apresentados pelos diferentes gêneros de Bromeliaceae ocorrentes na região da Serra da Mantiqueira. Os totais de táxons/táxons endêmicos são formados pela soma do total de espécies com o total de táxons infra-específicos. Os gêneros estão organizados por subfamília, em ordem decrescente de riqueza. Bromelioideae Tillandsioideae Pitcair nioide ae Gêneros Total de spp. % de spp. No. de spp. endêmicas. % de spp. endêmicas No. de táxons No. de táxons endêmicos Billbergia 21 10,93% 2 10% 28 2 Neoregelia 18 9,37% 8 45% 18 8 Aechmea 16 8,33% 3 19% 21 3 Nidularium 13 6,77% 3 23% 14 4 Quesnelia 8 4,16% Canistrum 4 2,08% Ananas 4 2,08% Cryptanthus 3 1,56% 2 67% 3 2 Bromelia 3 1,56% Portea 2 1,04% Acanthostachys 1 0,52% Canistropsis 1 0,52% 1 100% 1 1 Wittrockia 1 0,52% 1 100% 1 1 Fernseea 1 0,52% 1 100% 1 1 Vriesea 46 23,95% 11 24% Tillandsia 20 10,41% Alcantarea 5 26,04% Racinaea 1 0,52% Dyckia 18 9,37% 3 17% 18 3 Pitcairnia 6 3,12% 1 17% 9 1 Total: % Na tabela 3 são apresentados os números de gêneros e espécies, indicados em cheklists ou catálogos elaborados para a família Bromeliaceae. Percebe-se que poucos trabalhos foram realizados em áreas não-geopolíticas. O estudo em regiões com limites definidos, como países, estados, municípios e unidades de conservação, é normalmente facilitado por estar relacionado a áreas com demarcação precisa e ainda, muitas vezes, serem incentivados pelas próprias agências de fomento e outras instituições governamentais. No entanto, ressalta-se que os fatores responsáveis pela fisionomia, além das condições abióticas, assim como o entendimento da história evolutiva dos grupos podem ser

260 240 mais bem compreendidos conhecendo-se a diversidade e a distribuição das espécies ocorrentes nas diferentes formações. A Serra da Mantiqueira apresenta diversidade genérica e específica considerável (Tabela 3, figura 17), possivelmente por estar, em muitas porções, posicionada em áreas de transição entre diferentes formações e também por apresentar regiões, conforme designado por Velloso (1991), de refúgios vegetacionais (Campos de Altitude e Campos Rupestres), ambas com elevado índice de endemismo. O gênero Vriesea apresentou a maior riqueza de táxons 50, assim como observado por outros autores (e.g. Fontoura et al., 1991; Wanderley & Mollo 1992, Lima 1994, Paula 1998, Monteiro & Forzza dados não publicados, Wanderley & Martins 2007) em levantamentos que envolvem áreas de Mata Atlântica. Vriesea é o terceiro maior gênero em número de espécies dentre toda a família Bromeliaceae (Benzing 2000). No Brasil os estados com maior diversidade de espécies são: Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo (Coffani-Nunes 1997) e Minas Gerais (Versieux 2005), todos com áreas na Serra da Mantiqueira. Observa-se grande heterogeneidade quanto às espécies de Vriesea encontradas, sendo este o gênero que congrega a maioria das espécies endêmicas da serra. A subfamília Tillandsioideae, além do gênero Vriesea, é representada na Serra da Mantiqueira, por Alcantarea, Racinaea e Tillandsia. Nenhuma espécie endêmica destes gêneros é referida para a região. Tillandsia é representado pelo maior número de táxons (27), seguido por Alcantarea (5) e Racinaea com apenas um representante. Na subfamília Bromelioideae, Aechmea e Billbergia destacam-se com relação à riqueza com (21) e (28) táxons, respectivamente. O centro de diversidade destes gêneros é o leste brasileiro (Smith 1955, Smith & Downs 1979), o que justifica de certo modo a riqueza encontrada na região.

261 241 Pitcairnioideae 12,5% Tilandsioideae 37,5% Bromelioideae 50% Figura 15. Porcentagem do número de espécies ocorrentes em cada subfamília. Tillandsioideae 33,3% Bromelioideae 55,6% Pitcairnioideae 11,1% Figura 16. Representatividade do total de espécies endêmicas para cada uma das três subfamílias de Bromeliaceae na Serra da Mantiqueira. Aechmea é o maior gênero da subfamília Bromelioideae, reunindo cerca de 240 espécies (Luther 2006), sendo que aproximadamente metade das espécies, são encontradas no Brasil

262 242 (Martins et al. 2007, Leme & Siqueira-Filho 2006). Apesar da problemática envolvida na taxonomia deste grupo, as espécies da Serra da Mantiqueira são bem caracterizadas e o reconhecimento dos táxons e, distinção entre eles, não apresentou grandes complicações. Em Aechmea foram registradas três espécies endêmicas, todas com distribuição restrita a localidades próximas as regiões de coleta do material-tipo. Duas delas, Aechmea bambusoides e Aechmea roberto-anselmoi ocorrem apenas em áreas mais baixas, nos entornos da crista da Serra. No gênero Billbergia são reconhecidas atualmente 64 espécies (Luther 2006). No Brasil ocorrem 39 espécies e 14 variedades (Gaiotto 2005). Este gênero apresentou o segundo maior número de táxons (28), grande parte ocorrendo exclusivamente em áreas de Mata Atlântica. Apesar da riqueza, apenas dois táxons são endêmicos da região, Billbergia pohliana e Billbergia reichardtii, informações sobre estas espécies na seção Neoregelia e Nidularium apresentam (14) e (18) táxons, respectivamente, constituindo elementos bastante característicos da Serra da Mantiqueira. Para Neoregelia nota-se a escassez de coletas, com muitos táxons testemunhados por apenas um material. A delimitação das espécies pertencentes a este gênero é bastante complexa. Neste gênero a inflorescência encontra-se submersa na roseta foliar e após a herborização a visualização das estruturas é muito dificultada, além disso, a retirada de partes do material para estudos normalmente é bastante difícil. Outro agravante refere-se ao hábito, uma vez que o gênero possui um grande contingente de espécies epífitas, que muitas vezes habitam a copa de grandes árvores, não permitindo a visualização dos exemplares em período de floração, sendo freqüentes nos herbários espécimes estéreis. Por estes e outros fatores o gênero pode ainda hoje ser considerado uma incógnita, como destacado por (Wanderley & Sousa 2007). De uma maneira geral, as espécies ocorrentes em regiões litorâneas são mais bem compreendidas, pelo maior número de trabalhos desenvolvidos nestas regiões e presença de espécies de maior porte, muitas terrícolas.

263 243 Tabela 3. Número de gêneros e espécies encontrados em diferentes catálogos elaborados para a família Bromeliaceae. Área Nº. de gêneros Nº. de espécies ou Área (km 2 ) táxons Versieux (2005) Brasil Minas Gerais Versieux et al. (2006) não há Brasil Serra do dados Espinhaço Holst (1994) Venezuela Trindade-Lima (2008) Brasil Serra da Mantiqueira Krömer (1999) Bolívia Fontoura et al. (1991) Brasil Rio de Janeiro Espejo-Serna et al. (2004) México Holst (1994) Peru Espejo-Serna et al. (2007) México - Oaxaca Betancur & Jaramillo (1998) Colômbia Andes Leoni & Trindade- Lima (2007) Brasil Zona da Mata Mineira Holst (1994) Equador Pulido-Esparza et al. (2004) México - Guerrero não há dados não há dados Alguns estudos acerca deste gênero têm sido desenvolvidos por Leme. Este autor, em 1997, criou o subgênero Longipetalopsis que abriga espécies com pétalas relativamente longas, dentre outras características. Na Serra da Mantiqueira são encontradas três espécies pertencentes a este subgênero, sendo duas delas, endêmicas. Das espécies pertencentes ao subgênero

264 244 Neoregelia, cinco são endêmicas. Considerando o total de espécies, Neoregelia emerge como o gênero com uma das mais altas taxas de endemismo, sendo 45% das espécies registradas restritas a região da Serra da Mantiqueira. Quanto a Nidularium é facilmente perceptível a redução da diversidade de espécies, no sentido leste-oeste do Brasil, a maioria dos táxons ocorrem nas encostas úmidas da Serra do Mar (Leme 2000). Das 45 espécies atualmente aceitas (Leme 2000) apenas 15 foram registradas para a Serra da Mantiqueira. Também é notável, que nesta Serra as espécies apresentam distribuição mais pontual e a abundância das populações é menor. Dos quatro táxons endêmicos registrados para Nidularium três ocorrem exclusivamente na região do Itatiaia. Apenas Nidularium azureum é endêmico da região de Coronel Pacheco, em Minas Gerais. Ainda na subfamília Bromelioideae, destaca-se o gênero Cryptanthus que apresenta alto grau de endemismo, com duas, das três espécies identificadas para a o gênero, restritas a Serra da Mantiqueira. Além disso, há possibilidade do exemplar referido para São Paulo, representar uma nova espécie, uma vez que o espécime foi determinado como Cryptanthus schwackeanus, e este táxon é considerado endêmico da Serra do Espinhaço (Versieux et al. dados não publicados). A representatividade de Cryptanthus na Serra da Mantiqueira pode ser considerada baixa, quando comparada à totalidade de espécies reconhecidas para a o gênero (58) (Luther 2006), todas restritas ao território brasileiro. Leme & Siqueira-Filho (2006) indicam que as espécies do gênero crescem preferencialmente como terrícolas e em geral são esciófilas, ocorrendo principalmente em faixas altitudinais próximas ao nível do mar até 700 m. Notam-se algumas peculiaridades nas espécies registradas para a região da Serra da Mantiqueira, que crescem como rupícola ou saxícola, em ambientes expostos a luz solar, de 700 a 1400 m de altitude.

265 245 Os gêneros Ananas, Bromelia, Canistrum, Portea e Quesnelia possuem menos de dez espécies cada um. Canistropsis, Fernseea e Wittrockia são representados por uma única espécie, todas endêmicas. A subfamília Pitcairnioideae é representada por dois gêneros, Dyckia e Pitcairnia. O primeiro destaca-se com relação ao número de espécies (18). Versieux (2005) indica que 76% das espécies deste gênero ocorrentes em Minas Gerais, são endêmicas. Este autor relata que para Benzing (2000) os processos de hibridização e as condições diferenciadas de determinados habitats (e.g. Campos Rupestres) podem ser responsáveis por processos de especiação recentes, o que pode ser responsável pela alta taxa de endemismo. Na Serra da Mantiqueira foram registradas apenas 3 espécies endêmicas, ou seja, 17 % do total. Comparado aos dados obtidos por Versieux (2005) para o estado de Minas Gerais, a porcentagem de endemismo do gênero na Serra da Mantiqueira pode ser considerada baixa. No entanto, durante a expedição realizada a região de São Tomé das Letras, foram observadas populações de Dyckia altamente diferenciadas, em áreas relativamente próximas. Este fato justifica em parte a dificuldade indicada por diversos autores para a delimitação das espécies deste gênero, sendo muito provável haver um maior número de espécies para a região. Estudos nas populações naturais, que abordem além da morfologia, fatores ecológicos e genéticos, são imprescindíveis para o conhecimento deste gênero. Com relação a Pitcairnia o número de espécies pode ser considerado significativo (8), uma vez que são reportadas para a porção leste do Brasil, 15 espécies (Wendt 1997). Apenas uma espécie pode ser considerada restrita a Serra da Mantiqueira, uma vez que não foram encontradas indicações de ocorrência em outras localidades, e o único registro fora das fronteiras desta região é o do material-tipo (localidade desconhecida).

266 Pitcairnioideae Tillandsioideae Bromelioideae Total de gêneros Total de espécies Total de espécies endêmicas Figura 17. Número total de gêneros, espécies e espécies endêmicas das três subfamílias de Bromeliaceae ocorrentes na Serra da Mantiqueira.

267 DISTRIBUIÇÃO & HABITAT DAS ESPÉCIES NA SERRA DA MANTIQUEIRA A competição pela luz é um dos fatores de maior importância na determinação da fisionomia das florestas tropicais (Schimper & Richards 1993 apud Dilish 1996). Outros aspectos do habitat tem sido considerados importantes na regulação da distribuição de bromélias, como a fertilidade e drenagem do solo, formação vegetacional, altitude, distância da borda da floresta e disponibilidade de substratos (Gentry & Dodson 1987, Fisher & Araújo 1995 e Cogliatti-Carvalho & Rocha 2001). Diferenças no tipo de hábito entre as espécies de Bromeliaceae possibilitam a ocupação de variados ambientes por esta família (Santos 2000). Na área de estudo a maioria dos táxons registrados 73 (34%) apresentaram hábito epifítico, seguido dos táxons que crescem como rupícolas 25 (11%). 11 (5%) foram referidos apenas como terrícolas e 5 (2%) saxícolas. O restante mostrou variações entre as combinações dos diferentes hábitos. Para 20 (9%) não há indicações quanto ao substrato onde crescem (Figura 18). Grande parte dos representantes de Bromeliaceae ocorrentes na Serra da Mantiqueira (62%) são epífitos obrigatórios ou facultativos. Este fato ressalta a importância desempenhada pela família nas comunidades que habita, uma vez que estas plantas criam no interior das florestas nichos ecológicos em estratos verticais (Leme & Siqueira-Filho 2007). Versieux (2005) indica que a presença de habitats, como os Campos Rupestres e a Caatinga, no território mineiro, pode ser responsável pelo predomínio do hábito terrícola das espécies de Bromeliaceae do estado. Na Serra da Mantiqueira os ambientes predominantes são subtipologias florestais do domínio Atlântico. A elevada quantidade de espécies epifíticas pode ser atribuída a estas formações.

268 248 Epífita/Saxícola/Terrícola Epífita/Saxícola/Rupícola 2 2 Epífita/Saxícola Rupícola/Saxícola/Terrícola Rupícola/Terrícola Saxícola/Terrícola Saxícola Epífita/Rupícola/Saxícola/Terrícola 5 6 Epífita/Rupícola/Saxícola 9 Epífita/Terrícola Terrícola Rupícola/saxícola Epífita/Rupícola Epífita/Rupícola/Terrícola Desconhecido 20 Rupícola 25 Epífita Figura 18. Hábitos dos táxons de Bromeliaceae ocorrentes na Serra da Mantiqueira. As áreas de Mata Atlântica abrigam a maioria dos táxons 129 (59%), seguida pelos táxons que habitam tanto a Mata Atlântica quanto os Campos Rupestres 27 (12%) e os são encontrados na Mata Atlântica, Campos Rupestres e Campos de Altitude 13 (6%) (Figura 19). É freqüente a designação matas ou florestas ciliares nas etiquetas das exsicatas. Quando o espécime referido é procedente de regiões de onde só ocorre a Mata Atlântica, foi atribuído este ambiente ao material. Nos locais de transição, onde também ocorrem áreas de Campos Rupestres, Campos de Altitude e Cerrado, não foi possível determinar o ambiente. Com relação ao número de endemismos, a Mata Atlântica também de destaca, com 57% do total de táxons endêmicos. As áreas de Campos Rupestres apresentam 16% dos táxons endêmicos (Tabela 4).

269 249 Campo Rupestre, Campo de Altitude, Cerrado Campo Rupestre, Campo de Altitude Mata Atlântica, Campo Rupestre, Cerrado Mata Atlântica, Cerrado 3 Campo de Altitude 3 Campo Rupestre, Cerrado 4 Cerrado 6 Desconhecido 8 Mata Atlântica, Campo de Altitude 10 Campo Rupestre 11 Mata Atlântica, Campo Rupestre, Campo de Altitude 13 Mata Atlântica, Campo Rupestre 27 Mata atlântica Figura 19. Número de táxons de Bromeliaceae X hábitats em que ocorrem na Serra da Mantiqueira. Área do Estado de Minas Gerais No. de táxons endêmicos (% do total) Mata Atlântica 21 (57%) Campos Rupestres 6 (16%) Mata Atlântica/Campo Rupestre 4 (10%) Mata Atlântica/Campo de Altitude 2 (6%) Campos de Altitude 1 (3%) Cerrado 1 (3%) Mata Atlântica/Campo Rupestre/Campo de Altitude 1 (3%) Campo Rupestre/Campo de altitude 1 (3%) Tabela 4: Distribuição dos táxons de Bromeliaceae endêmicos nos diferentes ambientes da Serra da Mantiqueira.

270 250 A lista inicial de municípios, abrangendo a Serra da Mantiqueira e região, elaborada para guiar a seleção dos espécimes das coleções constava de 340 municípios. Destes foram observadas coletas para 136 (40%) (Apêndice II). O número de coletas por município é bastante irregular (Figura 20), mais da metade das coleções são provenientes de menos de 20% dos municípios. Esta concentração em localidades especificas pode ser decorrente da presença de unidades de conservação e/ou instituições de pesquisas próximas. Viçosa Rio Novo Lavras Tiradentes São Tomé das Letras Coronel Pacheco Extrema Descoberto Atibaia Resende Fervedouro 59 Juiz de Fora 68 Alto Caparaó Campos do Jordão Carangola 89 Araponga 99 Rio Preto 114 Itatiaia 135 Lima Duarte Figura 20. Municípios que apresentaram os maiores números totais de coletas de Bromeliaceae na Serra da Mantiqueira.

271 Rio Preto Carangola Lima Duarte Araponga Itatiaia Fervedouro Juiz de Fora Extrema Descoberto Figura 21. Municípios da Serra da Mantiqueira para os quais são referidas mais de 20 espécies. O município com maior número de espécies registradas foi Rio Preto, em Minas Gerais, onde foram realizados partes dos estudos de campo deste trabalho. Na seqüência com um número significativo de espécies aparecem os municípios de Carangola, Lima Duarte e Araponga, todos pertencentes a este estado (Figura 21). A grande riqueza encontrada em Rio Preto pode estar relacionada ao grau de preservação da cobertura vegetal (porcentagem elevada de vegetação primária), grande número de coletas (3º município com relação a representatividade de coleções) e a realização paralela da florística de Bromeliaceae da região durante este trabalho. Em Rio Preto foram identificadas populações de Vriesea cacuminis, Vriesea penduliflora, Neoregelia ibitipocensis, Canistropsis marceloi, a primeira até o momento era conhecida apenas do Parque Estadual do Ibitipoca e as demais, além deste, somente para o Parque Nacional do Itatiaia.

272 252 Destaca-se a importância da realização de coletas e observações no campo, a fim de se conhecer a real área de distribuição dos táxons e permitir uma melhor seleção de áreas prioritárias para a conservação. Ainda nesta região foram encontradas Billbergia pohliana, Billbergia reichardtii e Dyckia aff. princeps, espécies pouco conhecidas do ponto de vista taxonômico e que pela raridade requerem atenção especial no que concerne a conservação. Quando comparado a outros levantamentos para a família Bromeliaceae realizados em áreas da Mata Atlântica brasileira, Rio Preto apresenta ainda o segundo maior número de táxons de Bromeliaceae já reconhecidos (Tabela 5). Outra região que merece destaque com relação a diversidade é a região de Carangola, Minas Gerais, onde foram registrados 44 táxons. Mais uma vez destaca-se a relevância da realização de trabalhos de campo. Nesta área conforme mencionado na seção 6.3 vêm sendo efetuadas coletas sistematizadas ao longo dos últimos trinta anos. Monteiro & Forzza (dados não publicados) no levantamento realizado para o Parque Estadual do Ibitipoca identificaram 32 espécies. No presente trabalho foram considerados táxons não incluídos pelas referidas autoras, totalizando 40 espécies para esta região. Deste modo a área mostra-se como a 3ª mais rica em espécies da Serra da Mantiqueira. No estado do Rio de Janeiro, a Serra do Itatiaia é detentora de uma riqueza considerável de táxons (37), destacando-se pelo grande número de espécies endêmicas. Em Extrema, Minas Gerais o levantamento realizado durante este trabalho, resultou na identificação de 24 espécies. Embora, a maioria das espécies encontradas, apresente ampla distribuição geográfica, foram identificadas espécies, como Nidularium marigoi e Vriesea lubbersii, ambas sem referências para as proximidades. De uma maneira geral, é observada uma grande riqueza de Bromeliaceae ao longo de toda a região da Serra da Mantiqueira. No entanto, observa-se haver uma correlação positiva

273 253 entre a diversidade de espécies e número de coletas nos municípios. Estes dados implicam na necessidade de estudos no campo para o melhor conhecimento da distribuição das espécies. Tabela 5. Levantamentos florísticos de Bromeliaceae realizados em regiões da Mata Atlântica brasileira. Autor Localização Nº de spp Kersten & Silva (2005) Ilha do Mel, Paraná 30 Hoehne et al. (1941) Jardim Botânico, São Paulo 31 Menezes-Silva (1998) Ilha do Mel, Paraná 32 Ghisolfi (2001) Cariacica, Espírito Santo 32 Versieux et al. (2004) Parque Natural do Caraça, Minas Gerais 35 Fontoura (2005) Una, Bahia 39 Paula (1998) Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Minas Gerais 40 Wanderley et al., (1992) Parque Estadual da Ilha do Cardoso, São Paulo 42 Bourscheid et al. (2007) Fazenda Acaraú, Bertioga São Paulo 43 Demuner et al. (2004) Estação Ecológica de Santa Lúcia, Espírito Santo 44 Cogliatti-Carvalho et al. (2001) Ilha Grande, Rio de Janeiro 45 Santos et al. (2004) Parque Estadual do Desengano, Rio de Janeiro 46 Costa & Wendt (2007) Macaé de Cima, Rio de Janeiro 51

274 CONSERVAÇÃO DAS BROMELIACEAE OCORRENTES NA SERRA DA MANTIQUEIRA Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não se vê em todo ano árvores nem erva seca. Os arvoredos se vão às nuvens de admirável altura e grossura e variedade de espécies. Muitos dão bons frutos e o que lhes dá graça é que há neles muitos passarinhos de grande formosura e variedade e em seu canto não dão vantagem aos rouxinois, pintasilgos, colorinos e canários de Portugal e fazem uma harmonia quando um homem vai por este caminho, que é para louvar ao Senhor, e os bosques são tão frescos que os lindos e artificiais de Portugal ficam muito abaixo. Há muitas árvores de Cedro, aquila, sandalos e outros paus de bom olor e várias cores e tantas diferenças de folhas e flores que para ser vista é grande recreação e pela muita variedade não se cansa de ver. Carta de São Vicente 1585 Padre José de Anchieta Uma triste analogia pode ser feita com relação à Mata Atlântica. Considerada por diversos autores um dos biomas mais ricos em biodiversidade é, provavelmente, o mais devastado e seriamente ameaçado do planeta (Leal & Câmara 2005), liderando a estatística mundial de perda de habitat (mais de 93% da área original já perdida) (Galindo-Leal & Câmara 2005). Este bioma é um dos principais centros de diversidade das Bromeliaceae (Smith 1955, Smith & Downs 1974, Benzing 2000). Segundo Martinelli (2000), 74% das espécies desta família que ocorrem na Mata Atlântica brasileira são endêmicas. O surgimento e desaparecimento de espécies no planeta Terra é um fenômeno natural, no entanto, a ação humana tem acelerado o ritmo da extinção (Wilson 1997), sendo a destruição de habitats um dos principais fatores relacionados à perda de espécies (Primack & Rodrigues 1992).

275 255 Acredita-se que aproximadamente 25 % das espécies de plantas vasculares existentes serão extintas nos próximos 50 anos (Kala, 2000 in Cavallari 2004). Um estudo relacionado as mudanças climáticas, realizado na Mata Atlântica, prevê que um aumento médio de 2ºC na temperatura da região ocasionaria uma redução de 30% da área hoje ocupada pela Mata Atlântica, com um aumento de 4% esta região poderia perder 65% de sua área. Segundo o autor, neste cenário, espécies típicas de áreas mais elevadas e úmidas tenderiam a desaparecer (Colombo 2007 in Joly 2007). Apesar do conhecimento já acumulado, sobre uma extraordinária variedade de espécies que ocorrem na Mata Atlântica, novos táxons ainda são descobertos em todo bioma (Galindo- Leal et al. 2005). Segundo Leme (2003), no Brasil, entre 1998 e 2002, foram descritas cerca de 15 novas espécies de Bromeliaceae por ano, a maioria procedente da Mata Atlântica. A criação de unidades de conservação tem sido destacada como a estratégia mais eficiente para a conservação da biodiversidade (Camargos 2001). No Brasil a primeira unidade de conservação foi criada em 1937, em uma área da Serra da Mantiqueira, o Parque Nacional do Itatiaia. Apenas no ano 2000 foi instituído no país o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, SNUC (Lei 9.985, de 18 de julho de 2000), em virtude da necessidade de estabelecer critérios e normas para criar, implantar e gerir as unidades de conservação. Embora a Serra da Mantiqueira seja considerada uma área de extrema importância biológica e de alta prioridade para conservação, devido a sua biodiversidade e níveis de endemismo, muito pouco se conhece sobre sua flora e fauna. Este fato dificulta ações voltadas a conservação, como a criação de unidades de conservação e o desenvolvimento de planos de gestão as áreas de proteção, já existentes (Valor Natural 2006). Considerando os dados extraídos dos trabalhos de Camargos (2001), IPEMA (2005), Brito et a.l (http//: e FBDS 3 (2000) foram computadas 44 unidades de

276 256 conservação em áreas da Serra da Mantiqueira, distribuídas em sete das 22 categorias mencionadas no SNUC. Destas 26 são áreas de proteção integral e 18 de uso sustentável (Quadro 2). Durante a realização do trabalho, foram encontradas nas etiquetas das exsicatas ou em publicações consultadas, menções de outras unidades de conservação em áreas da Serra da Mantiqueira. Uma vez que o presente estudo não concebia maior aprofundamento em relação a esta temática foram consideradas apenas as unidades citadas nos trabalhos mencionados acima. Dos 16 parques existentes, sete são geridos pelo governo estadual ou federal. O restante são parques municipais. Nos primeiros é notável maior comprometimento, pelas entidades envolvidas, no que se refere ao gerenciamento de uma maneira geral. Na Serra da Mantiqueira são registradas cinco RPPNs, todas localizadas na porção mineira da serra. O número de unidades de conservação da categoria Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Estas áreas podem ser consideradas como importantes ferramentas para a conservação de espécies, uma vez que seu estabelecimento apresenta menos problemas com relação aos aspectos políticoinstitucionais, como a desapropriação. Foi observada uma riqueza considerável de espécies nos municípios sedes destas unidades e, embora RPPNs, não sejam mantidas a nível governamental, uma vez que são criadas a partir da iniciativa particular do proprietário, espera-se que as espécies ocorrentes nestas áreas estejam menos ameaçadas. As Áreas de Proteção Ambiental (APAs) emergem com um número significativo considerando as unidades de conservação registradas para a Serra da Mantiqueira, 27% do total. Esta categoria normalmente engloba uma área extensa, dificultando o controle das atividades não permitidas. Assim a ocorrência de espécies nestas unidades, na maioria dos casos, pode não garantir a conservação,

277 257 Na porção sul mineira da Serra, foi criada a APA Fernão Dias, em resposta ao licenciamento ambiental e a recomendação do EIA-RIMA para a duplicação da rodovia Fernão Dias (BR 381). Esta APA engloba localidades, como a região de Camanducaia, considerada por Costa et al. (1998) como área de importância biológica muito alta, devido aos endemismos de plantas, e a ocorrência de mamíferos e aves ameaçadas de extinção. O município de Extrema também é abrangido por esta unidade. Conforme discutido na seção 6.5, alguns táxons registrados para a região não são referidos para outras localidades próximas, tornando importante a preservação desta área. Na Serra da Mantiqueira 40 % dos táxons registrados não ocorrem em unidades de conservação. Com relação aos táxons endêmicos a porcentagem é ainda maior, 45%. As áreas cobertas pela Mata Atlântica apresentaram o maior índice de endemismo 57%. Deste total, mais da metade (12 táxons) não ocorrem em unidades de conservação, número elevado, levando-se em conta o total de espécies endêmicas registradas para a Serra da Mantiqueira. Porembski et al. (1998) destacam a riqueza de representantes da família Bromeliaceae em inselbergs da Mata Atlântica. Os autores relatam que estas áreas estão sujeitas a invasão por espécies invasoras e são muito propensas a incêndios, como observado por Paula (1998) em afloramentos rochosos do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Na Serra da Mantiqueira 38% das espécies registradas ocorrem em áreas de Campos Rupestres, Campos de Altitude e Cerrado, destas, 10% são endêmicas destas formações e 75% destes táxons não ocorrem em unidades de conservação. Pelo exposto acima ressalta-se a necessidade medidas urgentes para a conservação das espécies nestas formações. O Cerrado assim como a Mata Atlântica é considerado um hotspot, termo que refere-se a áreas com níveis excepcionais de endemismo de plantas e taxas notáveis de destruição de habitat (Mittermeier et al. 1999).

278 258 As áreas de Cerrado ocorrentes na região da Serra da Mantiqueira apresentaram um grupo de espécies peculiares, algumas restritas a esta formação. Estas áreas podem ser consideradas como uma das mais vulneráveis, uma vez que existem poucas unidades de conservação. Assim como observado por Versieux (2005) alguns táxons ocorrentes na Serra da Mantiqueira são conhecidos apenas de áreas potencialmente ameaçadas como Aechmea bambusoides e Dyckia pectinata, referidas somente para áreas às margens das rodovias. Este autor também aponta Aechmea bruggeri como conhecida apenas de áreas preste a ser inundada. Conforme mencionado no comentário deste táxon, foram encontradas algumas populações no município de Rio Preto, Minas Gerais. No entanto, a espécie ainda carece de atenção especial, visto que não ocorre em nenhuma unidade de conservação. Um dos gêneros com maior número de espécies restritas é Dyckia (considerando as morfo-espécies estabelecidas neste trabalho). Nota-se grande diversidade de espécies para a região de transição entre a Serra da Mantiqueira e a Serra do Espinhaço. A maioria das espécies é conhecida por poucas coletas e geralmente apresentam problemas de delimitação. Embora esse fator possa inferir em atribuições errôneas de raridade, destaca-se que em áreas relativamente próximas na região de São Tomé das Letras, numa estimativa conservadora, foram reconhecidas sete espécies. Segundo Versieux (2005), espécies da subfamília Pitcairnioideae de uma maneira geral, apresentam baixa capacidade de dispersão de sementes, fato que pode ser responsável pelo grau de endemismo observado. Esta limitação diminui a capacidade de sobrevivência do táxon, em casos de grandes impactos ambientais pontuais. As espécies de Dyckia ocorrentes nas regiões de Cerrado da Serra da Mantiqueira podem ser consideradas altamente ameaçadas. Foram observadas atividades mineradoras em muitas das áreas percorridas e contabilizadas poucas unidades de conservação para estas regiões.

279 259 No gênero Tillandsia, ainda que algumas espécies (Tillandsia juncea, Tillandsia pruinosa) ocorram apenas em localidades pontuais, de um modo geral, os táxons não se encontram ameaçados. A maioria das espécies apresenta ampla distribuição, ocorrendo inclusive em outros países. Neoregelia é um dos gêneros menos representados nas coleções dos herbários. A maioria das espécies referidas para a Serra da Mantiqueira habitam áreas de Mata Atlântica e são conhecidas por poucas populações. Muitas espécies de Neoregelia são encontradas em apenas uma unidade de conservação como Neoregelia fosteriana, Neoregelia lactea e Neoregelia tristis, todas conhecidas por menos que cinco coletas. Especial atenção deve ser dada a conservação deste gênero, que apresenta grande número de espécies típicas da região atlântica pouquíssimo estudadas. Merece destaque com relação as avaliações sobre o grau de ameaça das espécies, o conhecimento limitado acerca da taxonomia das Bromeliaceae. As interpretações referentes a espécies pertencentes a complexos taxonômicos, podem mascarar o real grau de ameaça ao qual o táxon está submetido. A ausência de coletas também pode levar a inferências errôneas a respeito da raridade dos táxons. Espécies conhecidas de poucas localidades, às vezes, formam grandes populações em áreas não exploradas. Vale ressaltar a descoberta de novas populações de Neoregelia ibitipocensis e Vriesea cacuminis no município de Rio Preto, Minas Gerais, táxons que eram anteriormente considerados endêmicos do Parque Estadual do Ibitipoca. A Serra da Mantiqueira localiza-se em uma das áreas com maior concentração populacional do país. Assim como em outras regiões, o processo de ocupação desordenado levou a degradação acentuada da paisagem original, hoje composta apenas de fragmentos. Uma alternativa recente que vem sendo amplamente aplicada para conservar os fragmentos de vegetação é a implantação de corredores ecológicos, que podem ser definidos como áreas extensas, de grande importância biológica, composta por um conjunto de áreas

280 260 protegidas, entremeadas por áreas com diferentes tipos de ocupação e uso da terra, manejadas de forma integrada para garantir a sobrevivência de todas as espécies, a manutenção dos processos ecológicos e o desenvolvimento de uma economia regional forte, baseada no uso sustentável dos recursos naturais (MMA et al. 2006). As montanhas da serra da Mantiqueira são integrantes do Corredor da Serra do Mar, uma das áreas mais ricas em biodiversidade da Mata Atlântica (Aguiar et al. 2005). Abrigam uma grande diversidade de plantas e animais, incluindo muitas espécies endêmicas de anfíbios e répteis (Costa et al., 1998) e uma alta diversidade de pequenos mamíferos (Costa et al., 2000). Uma importante iniciativa relacionada a Serra da Mantiqueira foi a criação do Corredor Ecológico da Serra da Mantiqueira pela Associação Valor Natural. A área engloba 42 municípios do sul de Minas Gerais e objetiva principalmente o estabelecimento de bases técnicas para o planejamento e desenvolvimento sustentado na Serra da Mantiqueira. Têm sido desenvolvidas ações de mobilização e articulação com os atores sociais locais, além da elaboração de diagnósticos sociais, econômicos e institucionais. Com relação aos impactos que ainda são verificados na região da Serra da Mantiqueira, destacam-se as queimadas constantes nas proximidades do Parque Nacional do Caparaó. Apenas no mês de setembro de 2001 foram detectados através de imagens de satélite 485 incêndios (Rego 2001 in Aguiar et al. 2005). Na região sul de Minas Gerais, especialmente na região da Zona da Mata a expansão da agricultura e das pastagens tem causado grande degradação de áreas naturais (Brito et al in Aguiar 2005). A recente duplicação da Rodovia Fernão Dias levou a um aumento considerável do turismo na Serra da Mantiqueira, principalmente nas áreas limítrofes entre Minas Gerais e São Paulo (Aguiar 2005).

281 261 Ab Saber (2005) relata um caso interessante relacionado ao desenvolvimento do turismo na região. Segundo este autor, uma teatróloga queria construir um hotel de luxo no alto da Pedra Grande, no município de Atibaia, São Paulo. Após a intervenção do mesmo, num plenário realizado, com alegações relacionadas ao páleo-clima e a páleo-vegetação da região, o local foi tombado. Além da destruição dos ambientes onde ocorrem, conforme relatado por Souza & Couto (2001), as Bromeliaceae têm sido alvo de diversos impactos antropogênicos, como o uso nãosustentado pelas populações humanas. Apesar da grande utilização como plantas ornamentais, poucas Bromeliaceae são cultivadas em escala comercial (Negrele & Muraro 2006) e esta realidade implica na retirada indiscriminada de exemplares de áreas naturais (Santos et al. 2005). A extração pode atingir números alarmantes como no município de Guaratuba no Paraná, onde somente em 1999 foram retiradas mais de bromélias da natureza (Anacleto 2005). Na Serra da Mantiqueira, no que concerne a preservação ex situ merece destaque a Unidade de Pesquisa e Conservação de Bromeliaceae (UPCB), na Universidade Federal de Viçosa, coordenada pelo Professor Dr. Cláudio Coelho de Paula. Cabe ressaltar que apenas a ocorrência em uma unidade de conservação ou a presença do táxon em listas de espécies ameaçadas podem não ser suficientes para a preservação das espécies. A obtenção de informações precisas a cerca da identidade e distribuição das espécies, é uma das principais ferramentas para ações voltadas a conservação da biodiversidade (Galindo- Leal et al., 2005 a) como, por exemplo, para a seleção de áreas para a criação de corredores ecológicos (Ayres et al. 2005).

282 262 Deste modo, é imprescindível a realização de trabalhos taxonômicos e florísticos, visando o conhecimento da diversidade desta importante família da flora brasileira e o fornecimento de subsídios para a conservação das espécies. Quadro 2. Unidades de conservação da Serra da Mantiqueira. Espírito Santo Minas Gerais Unidade de Conservação Parque Nacional do Caparaó (federal) Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça (estadual) Parque Nacional do Itatiaia (federal) Parque Nacional do Caparaó (federal) Parque Estadual do Ibitipoca (estadual) Parque Estadual de Nova Baden (estadual) Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (estadual) Parque Estadual da Serra do Papagaio (estadual) Parque Florestal de Ubá (municipal) Parque da Serra de São Domingos (municipal) Parque de Caratinga (municipal) Municípios Iúna, Ibitirama, Dores de Rio Preto, Divino de São Lourenço, Alegre. Área (ha) (total) (ES) Alegre Itamonte, Bocaína de Minas, Alagoa. Caparaó, Espera Feliz, Alto, Alto Caparaó (total) (MG) (total) (MG) Lima Duarte, Santa Rita do Ibitipoca Lambari. 353 Araponga, Divino, Ervália, Fervedouro, Miradouro, Muriaé, Pedra Bonita, Sericita. Baependi, Itamonte, Aiuruoca, Alagoa, Pouso Alto. Ubá Poços de Caldas 252 Caratinga 402 Parque de Pouso Pouso Alegre 204

283 263 Alegre (municipal) Floresta Nacional de Passa Quatro (federal) RB Santa Clara (municipal) RB Serra dos Toledos (municipal) RB Poços d Antas (municipal) RB Pinheiro Grosso (municipal) RB Engenho Velho (municipal) RB Serra Pedra do Coração (municipal) RB Pouso Alegre (municipal) EE Morada Nova de Minas (federal) APA Serra da Mantiqueira (Federal) APA Serra de São José (Estadual) APA Fernão Dias (Estadual) APA Pico do Itajuru (municipal) APA Alto da Conceição (municipal) APA Alto Taboão (municipal) APA Serra da Vargem Alegre (municipal) APA Araponga (municipal) APA Pedra Itaúna (municipal) Passa Quatro 335 Cambuquira Itajubá Juiz de Fora 277 Barbacena 467 Campanha 181 Caldas 5 Pouso Alegre 186 Pirapitinga - Bocaina de Minas, Alagoa, Aiuruoca, Virgínia, Baependi, Delfim Moreira, Itanhandu, Itamonte, Itamonte, Liberdade, Passa Quatro, Marmelópolis, Passa Vinte, Piranguçu, Pouso Alto, Bom Jardim de Minas, Wenceslau Brás. Tiradentes, Prados, Coronel Xavier Chaves, São João Del Rei, Santa Cruz de Minas. Brasópolis, Camanducaia, Extrema, Gonçalves, Itapeva, Paraisópolis, Sapucaí Mirim, Toledo (total) (MG) Muriaé Carangola Espera Feliz Espera Feliz Araponga Caratinga 543 APA Seritinga São João do Manhuaçu 838

284 264 Rio de Janeiro São Paulo (municipal) APA Morro da Torre (muncipal) APA Alto do Barroso (municipal) RPPN Sítio São Domingos / Agartha (federal) RPPN Sítio Sannyasim (federal) RPPN Fazenda do Iracambi (federal) RPPN Fazenda Alto da Boa Vista (federal) RPPN Dr. Marcos Vidigal de Vasconselos (estadual) APE Bacia do Ribeirão da Laje (municipal) Parque Nacional do Itatiaia (federal). APA Serra da Mantiqueira (Federal) Parque Estadual de Campos do Jordão (estadual) Parque Estadual da Cantareira Parque Estadual do Jaraguá Parque Estadual Mananciais Campos do Jordão Parque Estadual Águas da Prata Viveiro Florestal de Pindamonhangaba Carangola 155 Carangola 688 Espera Feliz 2 Descoberto 5 Rosário da Limeira 70 Descoberto 96 Tombos 84 Caratinga Resende, Itatiaia. - Resende - Campos do Jordão 8.385, 89 Mairiporã, Caieiras, Guarulhos São Paulo 492,68 Campos do Jordão 502, 96 Águas da Prata 48,40 Pindamonhangaba 10

285 265 Considerações finais 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O verdadeiro significado das coisas Se encontra na capacidade de dizer as mesmas coisas Com outras palavras. Charler Chaplin Num país com megadiversidade biológica e dimensões continentais como o Brasil, o conhecimento das espécies e respectiva distribuição geográfica são imprescindíveis para subsidiar as decisões referentes à conservação e utilização sustentada da biodiversidade. Nesta dissertação foram catalogadas as Bromeliaceae ocorrentes na região da Serra da Mantiqueira, área que abriga importantes remanescentes da ameaçada Mata Atlântica, assim como formações ímpares, que surgem em meio a exuberantes florestas, como os Campos Rupestres, Campos de Altitude e ainda, áreas de Cerrado. Ao todo foram computados 220 táxons, sendo 192 espécies e 28 táxons infra-específicos, pertencentes a 20 gêneros, distribuídos pelas três subfamílias. Comparados a outras listagens elaboradas para a família, os valores obtidos são bastante relevantes, considerando que a Serra da Mantiqueira localiza-se entre duas formações com elevado grau de endemismo, a Serra do Mar e a Serra do Espinhaço. A maioria das espécies registradas ocorre em áreas de Mata Atlântica, seguida das espécies que são encontradas, além desta formação, em Campos Rupestres e Campos de Altitude. Espécies restritas ao cerrado ocorrem em menor número. No entanto, enfatiza-se a necessidade de uma atenção especial a estas localidades, visto existirem poucas unidades de conservação em seus limites. 17 % dos táxons registrados são endêmicos. Embora haja outras regiões com taxas mais elevadas de endemismo, medidas conservacionistas devem ser definidas, uma vez que a Serra da

286 266 Considerações finais Mantiqueira é uma região fortemente antropizada, com vegetação remanescente constituída apenas por fragmentos. Observa-se que as espécies endêmicas ocorrem pontualmente ao longo de toda a serra. Destas, 45%, não ocorrem em unidades de conservação. Embora a maioria das espécies endêmicas da Serra da Mantiqueira ocorra em unidades de conservação, convém destacar que, de uma maneira geral, os táxons são conhecidos por pequenas populações, o que torna a conservação destas espécies frágil. Aponta-se para a necessidade de adequação dos planos de manejo das unidades de conservação, com medidas mais específicas com relação às espécies ameaçadas. No estudo apresentado, mediante a analise de um grande contingente de materiais herborizados, coletas e acompanhamento de exemplares nas coleções vivas, foi possível verificar a existência de diversos grupos de espécies com problemas taxonômicos. O escopo do presente trabalho não concebia análises taxonômicas mais abrangentes e aprofundadas. Pela relevância das espécies (Billbergia pohliana e Billbergia reichardtii) no que concerne a conservação, foi apresentada uma pequena discussão acerca da identidade e grau de ameaças destes táxons. É apresentada uma espécie inédita do gênero Vriesea, que habita uma área de Campo Rupestre, no município de São Tomé das Letras, Minas Gerais. Esta descoberta infere sobre o desconhecimento de diversas porções da Serra da Mantiqueira, uma vez que, este é um dos municípios que apresentaram maiores números de coletas. O hábito epifítico foi predominante nas espécies referidas para a Serra da Mantiqueira, refletindo a dominância dos ambientes florestais na região. Espécies terrícolas, rupícolas e saxícolas são menos freqüentes, estando normalmente associadas a áreas de Campos Rupestres, Campos de Altitude e Cerrado. Foram computadas coleções para a Serra da Mantiqueira, sendo mais da metade provenientes de menos de 20% dos municípios para os quais há espécies referidas. O município

287 267 Considerações finais de Rio Preto, Minas gerais destaca-se com relação ao total de coletas e número de espécies. Importante ressaltar que a região não está inserida em nenhuma unidade de conservação. A Serra da Mantiqueira, independentemente da exatidão dos seus limites, dos tipos de formações vegetais ocorrentes e da origem geológica, ocupa um lugar especial no coração daqueles que têm o privilégio de habitar seus contrafortes, assim como exemplificado pelo trabalho de Colabardini (2003). Esta autora analisou a percepção da Serra da Mantiqueira pelos habitantes de São João da Boa Vista e conclui que as expressões mais observadas diziam respeito... aos desejos, às aspirações e alegria de viver, diante de uma paisagem que se oferece bela e gratuita.... Muitas Bromeliaceae habitam esta Serra, ocupando os mais variados ambientes, crescem sobre a serrapilheira das densas matas úmidas, sobre todos os andares das árvores, ou ainda, contemplando diariamente a trajetória do sol, sobre rochas. A família caracteriza a maioria das áreas que apresentam remanescentes de vegetação primária, normalmente dominando a fisionomia do interior das florestas, um indício do quão estratégicos são os caminhos da seleção natural, uma vez que as Bromeliaceae são responsáveis por uma porção significativa da diversidade das florestas tropicais podendo ser consideradas como elementos chaves para a conservação da biodiversidade. Bromélias, homens e todos os demais seres vivos compartilham a mesma obsessão: a sobrevivência. Mas somente o homem detém a chave do futuro. Caberá a cada um selar uma nova aliança, conciliando a existência mútua entre o homem e o meio. As plantas surgiram há mais de três bilhões de anos e, sem a interferência humana podem certamente continuar sua evolução. Homens certamente não mais existirão quando o perfume da última flor se extinguir.

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308 288 Referências bibliográficas Pereira, E Species novae in Brasilia Bromeliacearum X. Bradea 2(25): Pereira, E Species novae in Brasilia Bromeliacearum XI. Bradea 2(36): Pereira, E., Leme, E.M.C. & Penna, I.A Species nova in Brasília Bromeliacearum XXIX. Bradea 4(34): 269. Piacentini, V.Q Relações entre a floração de bromélias e uma comunidade de beija-flores numa área de Floresta Ombrófila Densa do Sul do Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná, Paraná. Pittendrigh, C.S The bromeliad-anopheles-malaria complex in Trinidad I The bromeliad flora. Evolution 2: Pizo, M.A. & Oliveira, P.S Removal of seeds from vertebrate faeces by ants: effects of seed species and deposition site. Revue Canadien de Zoologie 77(10): Pontes, R.A.S. & Agra, M.F Flora da Paraíba: Tillandsia L. (Bromeliaceae). Rodriguésia 57(1): Porembski, S., Martinelli, G. & Ohlemüller, R Diversity and ecology of saxicolous vegetation mats on inselbergs in the Brazilian Atlantic rainforest. Diversity and Distributions 4: Primack, R.B. & Rodrigues, E Biologia da Conservação. Proença, S.L. Louzada, R.B. & Wanderley, M.G.L Monografia de Bromelia. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica.

309 289 Referências bibliográficas Proença, S.L., Martins, S.E. & Wanderley, M.G.L Monografia de Quesnelia. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica. Proença, S.L. Wanderley, M.G.L. & Martins, S.E Monografia de Billbergia. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica. Pulido-Esparza, V.A., López-Ferrari, A.R. & Espejo-Serna, A Flora Bromeliológica del Estado de Guerrero, México: Riqueza Y Distribución. Bol. Soc. Bot. Méx. 75: Ramalho, M., Batista, M.A. & Silva, M Xylocopa (Monoxylocopa) abbreviata Hurd & Moure (Hymenoptera: Apidae) e Encholirium spectabile (Bromeliaceae): Uma Associação Estreita no Semi-árido do Brasil Tropical. Neotropical Entomology 33(4): Ranker, T.A., Soltis, D.E., Soltis, P.S. & Gilmartin, A.J Subfamilial phylogenetic relationships of the Bromeliaceae: evidence from chloroplast DNA restriction site variation. Systematic Botany 15: Rauh, W Bromelienstudien. Tropische und subtropische Pflanzenwelt. 41: Rauh, W. 1987a. Bromelienstudien. Tropische und subtropische Pflanzenwelt. 58: Rauh, W. 1987b. Bromelienstudien. Tropische und subtropische Pflanzenwelt. 60: Colocar a e b Reitz, R De Catharinensibus Bromeliaceis Novis. Sellowia 14: Reitz, R Bromeliáceas e a Malária - Bromélia Endêmica. Flora Ilustrada Catarinense, v. Brom. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí.

310 290 Referências bibliográficas Rizzini, C.T Tratado de fitogeografia do Brasil. 2 ed. Âmbito Cultural Edições Ltda, Rio de Janeiro. Rocha, C.F.D., Cogliatti-Carvalho, L., Nunes-Freitas, A.F., Rocha-Pessôa, T.C., Dias, A.S., Ariani, C.V. & Morgado, L.N Conservando uma larga porção da diversidade biológica através da conservação de Bromeliaceae. Vidalia 2(1): Romero, G.Q Associação entre aranhas Salticidae e Bromeliaceae: História natural, distribuição espacial e mutualismos. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Ross, J.L.S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, Safford, H.D Brazilian Páramos I. An Introduction to the physical environment and vegetation of the campos de altitude. Journal of Biogeography 26: Santos, C.G.M Distribuição espacial, fenologia e polinização de Bromeliaceae na Mata Atlântica do Alto da Serra de Paranapiacaba, SP. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Santos, M.C.F.; Valente, A.A.; Moura, R.L. & Costa, A Flórula do Parque Estadual do Parque Estadual do Desengano e Arredores, Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro, Brasil: Bromeliaceae. In: CD-ROM de resumos do 55º Congresso Nacional de Botânica, Viçosa, Minas Gerais. Sazima, I., Buzato, S. & Sazima, M Bat Pollination of Encholirium glaziovii, a Terrestrial Bromaliad. Plant Systematic and Evolution 168:

311 291 Referências bibliográficas Sazima, M., Buzato, S. & Sazima I Polinização por beija-flores em Nidularium e gêneros relacionados. In: Leme, E.M.C. (ed.) Nidularium: Bromélias da Mata Atlântica. Sextante, Rio de Janeiro, p Siqueira-Filho, J.A. & Leme, E.M.C. Fragmentos de Mata Atlântica do Nordeste Biodiversidade, Conservação e suas Bromélias. Rio de Janeiro: Andréa Jakobsson Estúdio. Siqueira-Filho, J.A., Santos, A.M.M., Leme, E.M.C. & Cabral, J.S Fragmentos da Mata Atlântica de Pernambuco e Alagoas e suas bromélias: distribuição, composição, riqueza e conservação. In: Siqueira-Filho, J.A. & Leme, E.M.C. Fragmentos de Mata Atlântica do Nordeste Biodiversidade, Conservação e suas Bromélias. Rio de Janeiro: Andréa Jakobsson Estúdio, pp Smith, L.B Studies in the Bromeliaceae XII. Lilloa 6 (3): Smith, L.B Bromeliáceas novas ou interessantes do Brasil II. Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo 1 (5): Smith, L.B Studies in the Bromeliaceae - XIII. Contributions from the gray Herbarium of havard University 15 (154): Smith, L.B Studies in the Bromeliaceae - IX. Contributions from the gray Herbarium of havard University 124 (16): Smith, L.B. & Downs, R.J Piticairnioideae (Bromeliaceae). Flora Neotropica 14(1): Smith, L.B. & Downs, R.J Tillandsioideae (Bromeliaceae). Flora Neotropica, 14(2),

312 292 Referências bibliográficas Smith, L.B. & Downs, R.J Bromelioideae (Bromeliaceae). Flora Neotropica 14(3): Smith, L.B Geographical evidence on the lines of evolution in the Bromeliaceae. Botanischer Jahrbericht. 66: Smith, L.B Studies in the Bromeliaceae XII. Lilloa 6: Smith, L.B Variação em Vriesia friburgensis Mez. Sellowia 4: Smith, L.B The Bromeliaceae of Brazil. Smithsonian Miscellaneous Collections 126: Smith, L.B Notes on Bromeliaceae, XXIV. Phytologia 13(7): Smith, L.B. 1967a. Notes on Bromeliaceae, XXV. Phytologia 14(8): Smith, L.B. 1967b. Notes on Bromeliaceae, XXVII. Phytologia 16(2): Souza, M.F.L. & Couto, E.C.G Ameaças às populações naturais de Bromélias Tanque: Degradação Ambiental e uso não-sustentado em Sergipe. Bromélia 6(1-4): Stafleu, F.A. & R.S. Cowan Taxonomic Literature (second edition). Bohn, Scheltema, & Holkema, Utrecht. Tardivo, R.C. & Cervi, A.C. 1997a. O gênero Canistrum E. Morren (Bromeliaceae) no Estado do Paraná. Acta Botanica Brasílica 11(2): Tardivo, R.C. & Cervi, A.C. 1997b. O gênero Nidularium Lem. (Bromeliaceae) no Estado do Paraná. Acta Botanica Brasilica 11(2):

313 293 Referências bibliográficas Tardivo, R.C Revisão taxonômica de Tillandsia L. subgênero Anoplophytum (Beer) Baker Bromeliaceae. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo. Teixeira, R.L., Schineider, J.A.P. & Almeida, G.I The occurrence of amphibians in bromeliads from a southeastern Braziliam Restinga habitat, with special reference to Aparasphenodon brunoi (Anura, Hylidae). Brazilian Journal of Biology 62(2): Terry, R.G., Brown, G.K. & Olmstead, R.G Phylogenetic relationships in subfamily Tillandsioideae (Bromeliaceae) using ndhf sequences. Systematic Botany 22: Thorne, R.F. & Reveal, J.L An Updated Classification of the Class Magnoliopsida ( Angiospermae ). (acesso em ). Varassin I.G Estrutura espacial e temporal de uma comunidade de bromeliaceae e seus polinizadores em floresta atlântica no sudeste do Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Várzea, A Relevo do Brasil. Revista Brasileira de Geografia 4: Veloso, H.P., Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Versieux. L.M. & Wanderley, M.G.L. Monografia de Alcantarea. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica. Versieux, L.M.; Mota, R.C.; Barros, A.C. & Stehmann, J.R Bromeliaceae no Parque Natural do Caraça, Minas Gerais. In: CD-ROM de resumo do 55º Congresso Nacional de Botânica, Viçosa, Minas Gerais.

314 294 Referências bibliográficas Versieux, L.M. & Wendt, T Checklist of Bromeliaceae of Minas Gerais, Brasil, with notes taxonomy and endemism. Selbyana 27(2): Versieux, L.M Bromeliáceas de Minas Gerais: catálogo, distribuição geográfica e conservação. Dissertação de Mestrado, Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Vidal, U.A A família Bromeliaceae na Reserva Ecológica Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Vieira, C. M. 1999a. Quesnelia Gaudich. (Bromelioideae: Bromeliaceae) do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Dissertação de Mestrado, Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Vieira, C.M. 1999b. Uma nova espécie de Quesnelia (Bromelioideae: Bromeliaceae) para o Brasil. Bradea 8(23): (colocar a e b) Vieira-de- Abreu, A., Amendoeira, F.C., Gomes, G. S., Zanon, C., Chedier, L. M. Figueiredo, M.R., Kaplan, M.A.C., Frutuoso, V.S., Castro-Faria-Neto, H.C., Weller, P.F., Bandeira-Melo, C. & Bozza, P.T Anti-allergic properties of the bromeliaceae Nidularium procerum: Inhibition of eosinophil activation and influx. International Immunopharmacology 5(13-14): Wabiszczewicz César, A.C Análise de Viabilidade Econômica de um Processo de Extração e Purificação da Bromelina do Abacaxi. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

315 295 Referências bibliográficas Wanderley M.G.L., Melo, M.M.R.F., Barros, F., Chiea, S.A.C. & Kirizawa, M Bromeliaceae. In: Flora Fanerogâmica da Ilha do Cardoso São Paulo: Instituto de Botânica, São Paulo, pp Wanderley, M.G.L. & Martinelli, G Bromeliaceae. In: Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: caracterização e lista de espécies. Giulietti AM, Menezes NL, Pirani JR, Meguro M, Wanderley MGL (eds.) Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: caracterização e listas das espécies. Boletim Botânica da Universidade de São Paulo 9: Wanderley, M.G.L. & Melhen, A Flora polínica do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo Brasil). Hoehnea 18(1): Wanderley, M.G.L. & Moreira, B.A Flora Fanerogâmica da Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil) Bromeliaceae. Hoehnea 27(3): Wanderley, M.G.L Descrição e comentários. In: Instituto de Botânica. (Org.). Bromélias Brasileiras - Margaret Mee. 1 ed. São Paulo: Instituto de Botânica, pp Wanderley, M.G.L. & Martins, S.E Monografia de Tillandsia. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica. Wanderley, M.G.L. & Martins, S.E Monografia de Bromeliaceae. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica. Wanderley, M.G.L., Martins, S.E., Proença, S.L. & Moreira, B.A Monografia de Canistrum. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica.

316 296 Referências bibliográficas Wanderley, M.G.L. & Sousa, G.M Monografia de Neoregelia. In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S. & Giulietti, A.M. (coods.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, v.5. São Paulo: Instituto de Botânica. Wendt, T. & Chamas, C.C As Pitcairnias do leste do Brasil suas verdadeiras identidades. Bromélia 4(1): Wendt, T Pitcairnia L Héritier (Bromeliaceae) of Rio de Janeiro State, Brazil. Selbyana 15(2): Wendt, T A review of the subgenus Pothuava (Baker) Baker of Aechmea Ruiz & Pav. (Bromeliaceae) in Brazil. Botanical Journal of the Linneam Society 125(3): Wittman, P.K The animal community associated with canopsy bromeliads of the lowland Pereivian Amazon rainforest. Selbyana 29(1-2): Zimmermann1, T.G., Bourscheid, K. & Reis, A Interações com a Flora e Aspectos Demográficos de Vriesea gigantea Gaud. (Bromeliaceae). Revista Brasileira de Biociências 5(1):

317 297 Apêndices APÊNDICE I LISTA DAS ESPÉCIES Espécie Endêmica Hábito Ambiente UC Acanthostachys strobilacea E MA, CR X Aechmea bambusoides X E MA? Aechmea bocainensis E, R MA X Aechmea bromeliifolia var. albobracteata E MA Aechmea bromeliifolia var. bromeliifolia E, T MA, CR Aechmea brueggeri X T MA, CR Aechmea distichantha var. distichantha E, R, T MA, CA, CR. X Aechmea distichantha var. glaziovii E, R, T MA X Aechmea distichantha var. schlumbergeri E, R, S CE, CR X Aechmea gamosepala E MA Aechmea lamarchei E, R, T MA X Aechmea nudicaulis E, R, S, T MA, CA, CR X Aechmea nudicaulis var. aureorosea E MA, CR X Aechmea nudicaulis var. cuspidata S, T MA, CR X Aechmea organensis E, R MA, CA X Aechmea phanerophlebia E, R, S, T MA, CR X Aechmea pineliana E MA X Aechmea purpureorosea E MA Aechmea ramosa E, R, T MA X Aechmea roberto-ansemoi X R MA Aechmea vanhoutteana E, R, T MA X Aechmea weilbachii E MA X Alcantarea extensa R, S MA, CA X Alcantarea imperialis R MA, CR X Alcantarea nahoumii R MA X Alcantarea odorata R MA Alcantarea reginae R MA Ananas ananassoides T MA, CR Ananas bracteatus T MA X Ananas comosus T CE Ananas macrodontes T MA, CE, Billbergia alfonsi-joannis E MA, CA X Billbergia amoena E, R, S MA, CR X Billbergia amoena var. carnea E, S CR Billbergia amoena var. robertiana T MA X Billbergia distachia E, R, S, T MA X Billbergia distachia var. concolor E MA X Billbergia distachia var. straussiana Billbergia elegans E, R, S MA Billbergia euphemiae E, R, T MA X Billbergia euphemiae var. nudiflora E MA Billbergia horrida E, R, S MA X Billbergia iridifolia E, R MA Billbergia leptopoda E, T MA X Billbergia lymanii E, R MA X Billbergia lymanii var. angustifolia R MA Billbergia minarum E, T MA X Billbergia nutans - MA X Billbergia pohliana X E, S, T MA, CR Billbergia porteana E MA X Billbergia pyramidalis - - X Billbergia reichardtii X E, S, T MA, CR Billbergia sanderiana E MA Billbergia saundersii R MA

318 298 Apêndices Billbergia tweedieana E MA Billbergia tweedieana var. latisepala E MA X Billbergia vittata E, T MA X Billbergia x claudioi S - X Billbergia zebrina E, R MA, CR X Bromelia anthiacantha T MA, CE X Bromelia balansae R, T MA Bromelia regnellii T MA Canistropsis marceloi X R, S MA, CR X Canistrum auratum - MA Canistrum cyathiforme E, T MA X Canistrum giganteum E, R, T MA X Canistrum lindenii R MA X Cryptanthus regius X R CR Cryptanthus schwackeanus R, S MA, CE, CR, Cryptanthus tiradentesensis X R, S CR Dyckia argentea X R, S CR Dyckia bracteata R, S CA, CR X Dyckia brevifolia S CE, CR Dyckia cinerea R, S MA, CR, CA X Dyckia dissitiflora - - Dyckia lagoensis S CR Dyckia linearifolia - CE Dyckia minarum R, S CE, CR Dyckia monticola R CE Dyckia pectinata X R CE Dyckia princeps X R, T CR Dyckia saxatilis R, S MA, CR, CE X Dyckia sp 1 T CE Dyckia sp 2 R MA Dyckia sp 3 R CE Dyckia sp 4 R MA Dyckia sp 5 S, T CE, CR Dyckia tuberosa R, T CE, CR, CA X Fernseea itatiaiae X R, S CA X Neoregelia ampulacea E MA X Neoregelia angustibracteolata X E MA Neoregelia brigadeirensis X S MA X Neoregelia brownii X E, R, S MA X Neoregelia chlorosticta E MA X Neoregelia cyanea E MA Neoregelia farinosa E MA X Neoregelia fosteriana X S, T MA X Neoregelia ibitipocensis X E, R, T MA X Neoregelia lactea X E MA X Neoregelia lymaniana E, T MA X Neoregelia oligantha X E MA X Neoregelia ruschii E MA X Neoregelia sanguinea X - MA Neoregelia sarmentosa E MA X? Neoregelia sp. E - Neoregelia tristis - MA X Neoregelia simulans E, R, S MA X Nidularium antoineanum Wawra E, R, T MA X Nidularium apiculatum X E, S MA X Nidularium apiculatum var. serrulatum X E MA X Nidularium azureum X E MA Nidularium bicolor E, R MA, CR, CA X

319 299 Apêndices Nidularium corallinum R MA Nidularium ferdinando-coburgii E, T MA, CR, CA X Nidularium itatiaie X E, R, S, T MA X Nidularium longiflorum E MA X Nidularium marigoi E, R, T MA X Nidularium meanum - MA Nidularium purpureum T MA Nidularium rubens - MA Nidularium rutilans T MA X Pitcairnia carinata R, S CA, CR X Pitcairnia curvidens R, S CR X Pitcairnia decidua X R, S, T MA, CA X Pitcairnia flammea var. flammea, E, R, S, T MA, CR, CA X Pitcairnia flammea var. floccosa R MA, CR X Pitcairnia flammea var. glabrior R MA, CR X Pitcairnia flammea var. macropoda R MA Pitcairnia lanuginosa R MA Pitcairnia platypetala R MA Portea petropolitana var. noettigii E MA X Portea petropolitana var. petropolitana E MA X Portea silveirae E, R MA Quesnelia arvensis E MA X Quesnelia augusto-coburgii E, R, S MA X Quesnelia indecora E, R, T MA X Quesnelia kautskyi E, R MA X Quesnelia liboniana - MA Quesnelia quesneliana E, R MA X Quesnelia strobilispica E, R, S MA X Quesnelia testudo - MA X Racinaea aerisincola E MA, CR X Tillandsia aeranthus E, R MA, CE Tillandsia chapeuensis R CR X Tillandsia crocata - CA X Tillandsia gardneri E, R MA, CR, CA X Tillandsia gardneri var. rupicola R MA Tillandsia geminiflora E MA, CR X Tillandsia globosa E MA, CR Tillandsia graomogolensis E, R CR X Tillandsia juncea E MA Tillandsia loliacea E MA Tillandsia mallemontii E MA Tillandsia parvispica - MA Tillandsia pohliana E MA, CR Tillandsia polystachia E MA, CR Tillandsia pruinosa E MA Tillandsia recurvata E, R MA, CR X Tillandsia streptocarpa E, R MA, CR, CE X Tillandsia stricta E, R, S MA, CR, CA X Tillandsia stricta forma nivea E - Tillandsia stricta var. albiflora - MA X Tillandsia stricta var. disticha - MA X Tillandsia tenuifolia var. saxicola R MA Tillandsia tenuifolia var. surinamensis E MA X Tillandsia tenuifolia var. tenuifolia E, R MA, CR, CA X Tillandsia tenuifolia var. vaginata E MA X Tillandsia tricholepis E MA Tillandsia usneoides E MA X Vriesea altodaserrae R MA

320 300 Apêndices Vriesea arachnoidea E MA, CA X Vriesea billbergioides E MA, CA X Vriesea bituminosa E, R, T MA, CR, CA X Vriesea cacuminis X R, S CA, CR X Vriesea carinata var. carinata E MA X Vriesea carinata var. flavominiata E MA X Vriesea corcovadensis E MA, CR Vriesea crassa R, S, T CA X Vriesea ensiformes var. bicolor E MA X Vriesea ensiformis E MA X Vriesea flava E MA X Vriesea fontelana X R MA Vriesea friburgensis var. friburgensis E, T MA, CR, CA X Vriesea friburgensis var. paludosa E MA X Vriesea friburgensis var. tucumanensis - MA Vriesea gigantea E MA X Vriesea gradata E, S MA, CR X Vriesea grandiflora E MA Vriesea guttata E MA, CR X Vriesea heterostachys E, R, T MA, CA X Vriesea hoehneana R, S, T MA, CA X Vriesea incurvata - MA X Vriesea inflata E MA X Vriesea interrogatoria E, R, T MA X Vriesea itatiaiae X E, R, S, T MA, CA X Vriesea longicaulis E, T MA X Vriesea lubbersii E MA X Vriesea menescali X E MA Vriesea modesta E MA Vriesea morrenii E, R MA X Vriesea paraibica E MA X Vriesea pardalina E MA, CR X Vriesea pauperrima E MA X Vriesea penduliflora X E, R, T MA, CA, CR X Vriesea platynema E MA Vriesea procera E MA Vriesea procera var. tenuis E, T MA, CR Vriesea psittacina - MA Vriesea racinae E MA X Vriesea rafaelii X E MA Vriesea regnellii E MA, CA X Vriesea ruschii subsp. leonii X E MA X Vriesea saxicola X R, S CR Vriesea sazimae X E MA X Vriesea scalaris E MA X Vriesea sceptrum X E MA X Vriesea schwackeana E MA X Vriesea sp nova X S CR Vriesea vagans E, T MA, CR X Wittrockia tenuisepala X - MA

321 301 Apêndices APÊNDICE II LISTAGEM DOS MUNICÍPIOS E NÚMEROS TOTAIS DE COLETA Município Total de coletas Município Total de coletas Abre Campo 1 Laranjal 2 Aiuruoca 23 Lavrinhas 4 Alegre 6 Leopoldina 5 Além Paraíba 6 Lima Duarte 216 Alfenas 1 Lorena 3 Alto Caparaó 75 Luminárias 2 Amparo 12 Macaia distrito de Bom Sucesso 1 Amparo da Serra 2 Mairiporã 6 Andradas 1 Manhuaçu 11 Antônio Carlos 3 Manhumirim 5 Araponga 99 Matias Barbosa 1 Argirita 1 Mercês 1 Atibaia 52 Minduri 2 Baependi 2 Miradouro 3 Barbacena 16 Monte Alegre do Sul 10 Barra Longa 1 Monteiro Lobato e Ouro Verde 1 Barroso 16 Muriaé 11 Belmiro Braga 2 Natividade 3 Bocaina de Minas 2 Olaria 2 Bom Jardim de Minas 6 Oliveira 1 Bom Jesus do Madeira 2 Ouro Fino 1 Bom Sucesso 6 Paraisópolis 5 Bragança Paulista 9 Passa Quatro 17 Caieiras 2 Passa Vinte 1 Caldas 25 Pedralva 2 Camanducaia 22 Piau 1 Cambuquira 2 Pindamonhangaba 5 Campos do Jordão 78 Pinhal 1 Caparaó 22 Piquete 4 Carangola 89 Pirapetinga 1 Caratinga 14 Poços de Caldas 15 Carrancas 10 Ponte Nova 10 Caxambú 11 Porciúncula 1 Chácara 1 Porto Firme 3 Coimbra 3 Pouso Alegre 4 Conceição do Ibitipoca 8 Presidente Bernardes 1 Conceição do Rio Verde 1 Queluz 4 Coronel Pacheco 42 Resende 53 Cruzeiro 3 Rio Doce 1 Delfim Moreira 5 Rio Novo 34 Descoberto 51 Rio Pomba 3 Divino 1 Rio Preto 114 Dona Euzébia 1 Rosário da Limeira 3 Entre rios de minas 2 Santa Rita de Jacutinga 15 Ervália 7 Santana do Garambeu 2 Espera Feliz 2 Santos Dumont 3 Ewbank da Câmara 2 São Geraldo 5 Extrema 50 São João da Boa Vista 3 Faria Lemos 17 São João Del Rey 15 Fervedouro 59 São João Nepomuceno 3 Guaraciaba 3 São José dos Campos 7 Guarani 1 São Miguel do Anta 1 Guarulhos 1 São Paulo 4 Ibitirama 8 São Tiago 1 Itajubá / Cruzeiro 2 São Tomé das Letras 42 Ibituruna 1 Sapucaí-Mirim 5 Itatiaia 135 Sericita 5 Itamonte 12 Socorro 6 Itapeva 2 Teixeira Soares (não achei) 1 Itumirim 3 Timóteo (perto de caratinga) 1 Itutinga 4 Tiradentes 37 Iuna 3 Toledo 1 Jequeri 5 Tombos 21 Juiz de Fora 68 Tremembé 1 Jundiaí 6 Viçosa 34 Lambari 1 Visconde de Mauá 5

322 302 Apêndices APÊNDICE III ÍNDICE DE COLETORES E TÁXONS Apresenta-se aqui todos os materiais examinados durante este estudo, incluindo espécimes indeterminados. Os dados foram extraídos do banco de dados elaborado e estão apresentados por ordem alfabética de coletores (considerando o último nome), seguido do número de coleta e entre parênteses a determinação do táxon. Abreu, N.L. 002 (Billbergia distachia); 003 (Billbergia amoena var. minor); 107 (Vriesea cacuminis); 108 (Aechmea phanerophlebia); 19 (Quesnelia indecora); 39 (Vriesea bituminosa); 90 (Aechmea phanerophlebia); 91 (Vriesea longicaulis); s.n. (Pitcairnia flammea). Agostinho, T (Tillandsia stricta); (Ananas ananassoides); (Tillandsia recurvata). Almeida, J.A.R. s.n. (Tillandsia gardneri). Almeida, V.R. 08 (Quesnelia quesneliana); 08, 11 (Billbergia euphemiae); 16, 16, 20 (Quesnelia augusto-coburgii); 22 (Neoregelia farinosa); 27 (Nidularium longiflorum); 28 (Tillandsia stricta); 34 (Tillandsia usneoides); 36 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 5 (Aechmea ramosa); 5, 65 (Aechmea vanhoutteana); 66 (Billbergia distachia); 8 (Quesnelia arvensis). Alves 730 (Tillandsia recurvata); 731 (Dyckia argentea). Alves, R.J.V (Tillandsia stricta var. stricta); 15 (Tillandsia polystachia); 16, 177 (Aechmea nudicaulis var. aureorosea); 233 (Tillandsia usneoides); 235 (Tillandsia gardneri); 26 (Tillandsia stricta var. stricta); 315 (Tillandsia tenuifolia); 322 (Tillandsia gardneri var. gardneri); 4373 (Billbergia amoena var. carnea); 4425 (Vriesea carinata); 4429 (Vriesea vagans); 61 (Aechmea bromeliifolia var. bromeliifolia); 626 (Dyckia argentea); 729 (Aechmea distichantha); 77 (Dyckia lagoensis); 822 (Pitcairnia sp); s.n. (Vriesea saxicola). Alves, R.S.C. s.n. (Aechmea nudicaulis). Alvim, P. s.n. (Vriesea bituminosa). Anderson, W.R (Tillandsia loliacea). Andrade, A.G (Vriesea sceptrum); 1239 (Aechmea distichantha var. glaziovii). Andrade, I.R. 194 (Billbergia leptopoda). Andrade, P.M (Pitcairnia flammea var. floccosa); 1131 (Tillandsia tenuifolia var. surinamensis); 1131, 148 (Aechmea lamarchei); 272 (Billbergia leptopoda); 43 (Aechmea ramosa var. ramosa); 818 (Billbergia distachia); 990 (Tillandsia geminiflora). Andrade, S. s.n. (Tillandsia tricholepis). Angeli, C. 14 (Fernseea itatiaiae); 14. Angeli, L. 14. Antunes, K. 106 (Vriesea vagans); 107, 157, 48 (Vriesea gradata); 80 (Vriesea paraibica). Araujo, L.C. s.n. (Quesnelia augusto-coburgii). Araújo (Neoregelia sarmentosa). Araújo, F.S. 110 (Tillandsia gardneri); 233 (Billbergia distachia). Araújo, L. s.n. (Vriesea plurifolia).

323 303 Apêndices Arbo, M.M (Dyckia minarum). Árbocz, G.F (Billbergia distachia). Assis, L.C.S. 1016,Vriesea heterostachys); 1018 (Dyckia sp 5); 1042 (Aechmea phanerophlebia); 1042, 1045 (Billbergia distachia); 1047 (Tillandsia geminiflora); 1047, 1049 (Tillandsia tenuifolia); 1066 (Aechmea distichantha); 11 (Tillandsia tenuifolia); 118 (Tillandsia gardneri); 180 (Aechmea bromeliifolia); 19 (Billbergia zebrina); 195 (Aechmea bromeliifolia); 20 (Tillandsia geminiflora); 253, 28 (Tillandsia recurvata); 28, 285 (Tillandsia tenuifolia); 285, 289 (Billbergia elegans); 338 (Tillandsia tenuifolia); 338, 397 (Tillandsia usneoides); 397, 397, 584 (Tillandsia geminiflora); 584, 845 (Billbergia elegans); 967 (Billbergia zebrina); 983 (Tillandsia stricta var. stricta). Assis, M.C. 594 (Pitcairnia flammea); 594 (Pitcairnia sp.). Bailey 1036 (Pitcairnia decidua). Baker, W (Cryptanthus schwackeanus). Barreto, K.D (Aechmea distichantha); 1045 (Vriesea sceptrum); 1045, 1045 (Vriesea sp. não achei); 1222 (Vriesea sazimae). Barros, F. 572 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata). Berg, W. s.n. (Vriesea rafaelii). Bernacci, L.C (Ananas ananassoides); (Aechmea distichantha); 28397, (Canistrum cyathiforme); (Dyckia tuberosa); (Tillandsia gardneri); (Tillandsia geminiflora); (Tillandsia stricta); (Tillandsia tenuifolia); 28403, s.n. (Canistrum cyathiforme); s.n. (Dyckia tuberosa). Bittencourt, A.C. s.n. (Vriesea ensiformis). Black, G (Tillandsia recurvata). Borges, C.T. sem nº. Brade (Nidularium marigoi). Brade, A (Aechmea distichantha); (Canistropsis marceloi); 15167, (Bromelia sp material só com folhas); (Vriesea guttata var. guttata); (Tillandsia gardneri); (Dyckia argentea); s.n. (Aechmea distichantha var. glaziovii). Brade, A.C (Billbergia distachia var. distachia); (Quesnelia augusto-coburgii); 12/125 (Fernseea itatiaiae); 12725, (Tillandsia tricholepis); (Tillandsia loliacea); (Canistrum ex. wittr giganteum); (Aechmea distichantha var. distichantha); (Aechmea distichantha); (Portea silveirae); 14103, (Canistropsis marceloi); (Billbergia distachia var. distachia); (Quesnelia augusto-coburgii); 14954, (Tillandsia stricta); (Canistropsis marceloi); 15167, (Vriesea itatiaiae); 15173, (Nidularium rutilans); (Billbergia distachia var. distachia); (Dyckia bracteata); 16983, (Vriesea billbergioides); (Vriesea billbergioides? billbergioide); (Quesnelia kautskyi); 17125, (Pitcairnia decidua); (Pitcairnia flammea var. glabrior); 17171, (Vriesea guttata? guttata); (Nidularium marigoi); (Tillandsia gardneri); (Vriesea morrenii); (Fernseea itatiaiae); 20216, 7203 (Tillandsia tenuifolia var. surinamensis); s.n. (Aechmea distichantha var. glaziovii); s.n. (Fernseea itatiaiae); sem n}, sem nº. Braga 60 (Aechmea lamarchei). Braga, J.M.A (Nidularium itatiaiae); 2436 (Canistropsis marceloi); 2492 (Quesnelia augusto-coburgii). Braga, M.M.N. s.n. (Vriesea gradata); s.n. Braga, P.I.S (Aechmea bambusoides); 1552 (Tillandsia polystachia); 1552, 1560 (Neoregelia sarmentosa); 2402 (Tillandsia streptocarpa); 2402 (Tillandsia streptocarpa? streptocarpa); 2422 (Vriesea gradata); 2573 (Fernseea itatiaiae); Braga, R. 30 (Aechmea bambusoides); 59 (Portea petropolitana); 59, 60 (Aechmea lamarchei); 63 (Vriesea friburgensis). Brandão, F. s.n. (Tillandsia tenuifolia); s.n. (Tillandsia tenuifolia var. vaginata). Brina, A.E. s.n. (Aechmea distichantha). Brugger, M. 361 (Aechmea vanhoutteana); 361, 371 (Billbergia euphemiae); 371, 371, FPNC 361 (Aechmea vanhoutteana); FPNC 371 (Billbergia euphemiae var. euphemiae); s.n. (Acanthostachys strobilacea); s.n. (Aechmea bruggeri); s.n., s.n.

324 304 Apêndices (Aechmea nudicaulis); s.n. (Dyckia princeps); s.n. (Pitcairnia flammea); s.n. (Tillandsia tenuifolia); s.n. (Vriesea ensiformis); s.n. (Vriesea gradata). Buzato, S (Tillandsia tenuifolia); (Nidularium marigoi (inosc)); (Nidularium sp não achei); (Aechmea distichantha); (Tillandsia tenuifolia); 26858, (Aechmea nudicaulis); 27192, (Vriesea sceptrum); (Tillandsia stricta var. albiflora); (Vriesea sceptrum); (Aechmea nudicaulis); (Vriesea pardalina); (Tillandsia stricta f. stricta); s.n. (Aechmea distichantha); s.n. (Billbergia distachia); sem nº, s.n. (Canistrum ex. wittr cyathiforme). Caiafa, A.N. 166 (Dyckia cinerea); 47 (Pitcairnia carinata); s.n. (Alcantarea imperialis); s.n. (Pitcairnia flammea); s.n., s.n. (Tillandsia gardneri var. rupícola); sem nº. Camargo, F (Ananas bracteatus); s.n. (Ananas comosus); s.n. (Billbergia distachia). Camargo, F.C. de s.n. (Ananas bracteatus? bracteatus). Campacci, M.A. 200 (Billbergia distachia); 211 (Aechmea distichantha); s.n. (Vriesea friburgensis). Campos Porto, P (Quesnelia kautskyi); 3362 (Billbergia distachia var. distachia). Canela, M.B.F. 49 (Billbergia vittata). Capellari, J.r.; L 103 (Dyckia sp). Carauta, P (Aechmea distichantha var. glaziovii). Carvalho, D.A. s.n. (Dyckia minarum); s.n. (Tillandsia tenuifolia). Carvalho, L.D.F (Aechmea distichantha var. schlumbergeri). Carvalho, Ld AF Castellanos (Tillandsia recurvata); (Vriesea itatiaiae); (Fernseea itatiaiae). Castellanos, A , (Vriesea paraibica); (Tillandsia recurvata); (Dyckia cinerea); (Nidularium itatiaiae); (Aechmea distichantha); (Vriesea bituminosa); (Vriesea lubbersii); (Ananas ananassoides); Castro, E.M.R. 23 (Tillandsia recurvata). Castro, R.M. 146 (Vriesea gradata); 146, 372 (Vriesea heretostachys); 463 (Vriesea gigantea); 463, 463, 463, 531 (Aechmea lamarchei); 563 (Portea petropolitana); 599. Catellanos (Dyckia lepdostachya). Chaddad, J.r.; J 79 (Aechmea nudicaulis). Chiea, S.C. 371 (Dyckia minarum). Claussen, A.M. 361 (Acanthostachys strobilacea). Coelho, B.B.S. s.n. (Tillandsia recurvata); s.n.. Coffani, J.V. 048 (Aechmea distichantha). Coffani-Nunes, J.V. 049 (Tillandsia streptocarpa); 050 (Dyckia tuberosa); 48 (Aechmea distichantha var. glaziovii). Colnago, E. s.n. (Aechmea distichantha var. schlumbergeri). Confúcio, U (Tillandsia gardneri); 9446 (Tillandsia stricta). Cordeiro, I (Vriesea ensiformis); 1355 (Vriesea flava). Corrêa, H.M. s.n. (Tillandsia tenuifolia). Cosenza, B. s.n. (Aechmea nudicaulis var. aureo-rosea).

325 305 Apêndices Costa, A. 100 (Vriesea gradata); 100, 165 (Aechmea nudicaulis); 265, 265, 266 (Vriesea interrogatoria); 266, 266, 274 (Vriesea itatiaiae); 274, 432 (Vriesea regnellii); 432, 433 (Vriesea interrogatoria); 433. Costa, C.B. 442 (Billbergia distachia). Costa, F.N (Dyckia tuberosa). Costa, L.V. 98 (Billbergia leptopoda); s.n. (Billbergia distachia); s.n. (Vriesea pauperrima). DAC s.n. (Dyckia minarum); s.n. (Dyckia sp - lavras); s.n. (Dyckia sp 5). Davidae, G (Dyckia pectinata); Davis, P.H (Aechmea nudicaulis var. cupsidata); 3116 (Aechmea distichantha); 3116 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 3117 (Vriesea bituminosa); 3118 (Vriesea friburgensis); 3118 (Vriesea sceptrum); s.n. (Aechmea distichantha). Dedecca, D. s.n. (Tillandsia stricta). Delfange, H (Billbergia zebrina). Delforge, R.V. s.n.. Doering, R. s.n. (Nidularium billbergioides). Duarte 3749 (Billbergia elegans). Duarte, A.P (Alcantarea sp2); 3121 (Dyckia lagoensis se for é sp 5); 3121, 3606 (Quesnelia quesneliana); 9714 (Acanthostachys strobilacea); s.n. (Alcantarea geniculata). Duarte, C. 116 (Tillandsia stricta); 137 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 160 (Billbergia distachia var. straussiana); 220 (Tillandsia tenuifolia var. saxicola); 232 (Tillandsia geminiflora); s.n. (Billbergia distachia var. straussiana). Duden, P. 776 (Aechmea distichantha). Dusén 557 (Fernseea itatiaiae). Dusén, P. 721 (Billbergia distachia var. distachia); 724, 725 (Vriesea paraibica); 740 (Nidularium itatiaiae). Dusén, P.K.H. 721 (Billbergia distachia var. distachia); s.n. (Aechmea distichantha var. distichantha); s.n. (Neoregelia chlorosticta). EF (Billbergia euphemiae var. nudiflora). EP (Aechmea nudicaulis var. aureorosea). Eiten, G (Bromelia antiacantha); 5728 (Ananas bracteatus); 5728 (Ananas macrodontes); 7584 (Vriesea itatiaiae); B (Canistrum ex. wittr giganteum). Emygdio, L (Aechmea phanerophlebia); 1413 (Fernseea itatiaiae); 1476 (Vriesea itatiaiae); 3825 (Dyckia minarum). Enweidik, M (Aechmea distichantha). Everetti s.n. (Bromelia antiacantha). Faria, A.P.G. 5 (Aechmea bruggeri). Faria, P.C.L. 75 (Billbergia euphemiae); s.n. (Tillandsia stricta). Faria, T.L.T. 17 (Tillandsia usneoides); 32 (Tillandsia polystachia). Farinaccio, M.A. 576 (Pitcairnia flammea). Farney, C (Dyckia argentea); 1092 (Vriesea friburgensis); 1092 (Vriesea friburgensis var. friburgensis); 2454 (Aechmea nudicaulis); 34 (Fernseea itatiaiae); 34, 34, 80 (Canistrum ex. wittr lindenii var. rosea). Ferreira, F.M. 235 (Dyckia sp); 536 (Tillandsia aeranthos); 996 (Alcantarea imperialis).

326 306 Apêndices Ferreira, V.F. 231 (Billbergia distachia var. distachia); 233 (Tillandsia stricta); 233 (Tillandsia stricta var. stricta); 241 (Vriesea ensiformis). Fiaschi, P. s.n. (Tillandsia stricta). Figueiredo, C. 14 (Billbergia distachia); 15 (Dyckia saxatilis); 16 (Tillandsia stricta); 17 (Tillandsia geminiflora); 18 (Vriesea friburgensis); 19 (Pitcairnia flammea); 20 (Nidularium marigoi). Flaster, B. 115 (Dyckia bracteata). Forzza, R.C. 114 (Dyckia linearifolia); 1680 (Aechmea ramosa); 1680, 1695 (Tillandsia geminiflora); 1745 (Vriesea gradata); 1745, 1745, 1745, 1746 (Nidularium longiflorum); 1746, 1774 (Pitcairnia flammea); 1798 (Nidularium ferdinando-coburgii); 1843 (Pitcairnia flammea); 1931 (Aechmea bromeliifolia); 1937 (Ananas bracteatus); 1937, 2051 (Portea petropolitana); 2051, 2052 (Billbergia zebrina); 2052, 2052, 2080 (Alcantarea imperialis); 2080, 2086 (Pitcairnia flammea); 2086, 2114 (Aechmea lamarchei); 2114, 2137 (Dyckia saxatilis); 2137, 2137 (Dyckia sp - são tomé); 2174 (Billbergia zebrina); 2174, 2188 (Vriesea scalaris); 2200 (Quesnelia augusto-coburgii); 2200, 2200, 2205 (Vriesea pauperrima); 2734 (Tillandsia polystachia); 2943 (Vriesea gradata); 3022 (Tillandsia usneoides); 3028 (Vriesea friburgensis); 3094 (Tillandsia gardneri); 3137 (Tillandsia tenuifolia); 3139 (Canistrum ex. wittr giganteum); 3141 (Vriesea heterostachys); 3171 (Vriesea bituminosa); 3172 (Vriesea longicaulis); 3182 (Nidularium ferdinando-coburgii); 3202 (Alcantarea imperialis); 3216 (Racinaea aerisincola); 3232 (Nidularium marigoi); 3318 (Pitcairnia flammea); 3335 (Vriesea bituminosa); 3336 (Pitcairnia flammea); 3338 (Neoregelia ibitipocensis); 3505 (Aechmea phanerophlebia); 3600 (Canistrum ex. wittr giganteum); 3722 (Fernseea itatiaiae); 3992 (Neoregelia ibitipocensis); 4305 (Alcantarea imperialis); s.n. (Vriesea cacuminis). Foster, M.B. 116 (Fernseea itatiaiae); 120 (Quesnelia augusto-coburgii); 123 (Neoregelia fosteriana); 125 (Billbergia vittata); 126 (Aechmea nudicaulis var. cuspidata); 128 (Canistrum ex. wittr giganteum); 139 (Neoregelia tristis); 475 (Ananas macrodontes); 478 (Tillandsia streptocarpa); 479 (Tillandsia recurvata); 480 (Pitcairnia flammea var. floccosa). Foster, M.R. 111 (Vriesea longicaulis); 113 (Vriesea interrogatoria); 114 (Vriesea vagans); 115 (Vriesea itaiaiae); 127 (Pitcairnia flammea); 136 (Billbergia distachia var. distachia); 146 (Vriesea ensiformis); 147 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 472 (Vriesea interrogatoria); 476 (Aechmea nudicaulis var. cuspidata). Foster, W. s.n. (Dyckia sp); s.n. (Vriesea inflata); s.n. (Vriesea sp. não achei). Fraga, C.N (Portea sagenarius). França, G.S. 176 (Billbergia distachia); 177 (Vriesea sceptrum); 179 (Aechmea distichantha); 257 (Billbergia distachia); 258 (Vriesea sazimae). Galvão, J.C (Tillandsia tenuifolia). Gavilanes, M.L. 2009, 3338, 3481 (Tillandsia gardneri); 3483, 3699 (Dyckia argentea); 4232 (Tillandsia tenuifolia); s.n. (Dyckia sp - lavras); s.n. (Dyckia sp 5); sem nº. Gehrt, A (Billbergia amoena); s.n. (Aechmea distichantha var. glaziovii); s.n. (Ananas ananassoides); s.n. (Billbergia amoena var. amoena); s.n. (Tillandsia stricta); s.n. (Aechmea distichantha); s.n. (Ananas ananassoides); sem nº, s.n. (Cryptanthus schwackeanus); s.n. (Dyckia minarum); s.n. (Dyckia tuberosa); s.n. (Tillandsia streptocarpa). Gentry, A (Tillandsia mallemontii). Gerht, A. s.n. (Vriesea carinata). Giordano, L.C. 420 (Billbergia amoena). Giulietti, A.M (Fernseea itatiaiae); 1097 (Billbergia distachia); 1097, 1119 (Dyckia tuberosa); s.n. (Dyckia argentea). Glaziou (Dyckia lagoensis); s.n. (Aechmea distichantha var. distichantha). Glaziou, A (Canistrum ex. wittr giganteum). Godinho, R.P. s.n. (Dyckia sp 5). Goldschmidt, A. 19 (Alcantarea extensa); 20 (Pitcairnia carinata); 21 (Vriesea guttata); 22 (Billbergia amoena); 23 (Vriesea arachnoidea); 30 (Pitcairnia decidua); 31 (Dyckia cinerea); 32 (Vriesea ruschii ssp. leonii); 34 (Nidularium antoineanum); 35 (Vriesea crassa); 36 (Vriesea heterostachys); 37 (Neoregelia brownii); 45 (Dyckia cinerea); 48 (Tillandsia pruinosa); 49 (Tillandsia globosa); 50 (Acanthostachys strobilacea); 53 (Vriesea crassa). Gomes, L.M.R. s.n. (Vriesea friburgensis); sem nº.

327 307 Apêndices Gomes, L.N.R. s.n. (Aechmea phanerophlebia). Gomes, V. 12 (Tillandsia parvispica); 28 (Neoregelia sp); 6 (Aechmea pineliana); 62 (Billbergia reichardtii); 62, 75 (Neoregelia sarmentosa). Gottsberger, I. 127 (Neoregelia sp). Goyatá, R.P (Portea orthopoda); 1291 (Portea petropolitana). Grande, D.A. de 156 (Nidularium meeanum). Grandi, T.S.M (Dyckia dissitiflora); 2666 (Tillandsia recurvata); 2682 (Dyckia princeps); 2684 (Tillandsia pohliana); 2690 (Ananas ananassoides); 2891 (Tillandsia geminiflora); 306 (Pitcairnia flammea); s.n. (Tillandsia gardneri); s.n., s.n. (Tillandsia recurvata). Groppo, J.r.; M 841 (Tillandsia pohliana). Haas 607 (Dyckia sp); 640 (Pitcairnia sp). Handro, O. 684 (Pitcairnia flammea var. floccosa); 684 (Pitcairnia flammea var. flocosa); s.n. (Tillandsia streptocarpa). Haro, M. s.n. (Tillandsia recurvata). Hatschbach, G (Alcantarea extensa); (Aechmea bambusoides); (Vriesea billbergioides); (Alcantarea odorata); Hemmendorff, E. 558 (Fernseea itatiaiae). Herb. Schwacke (Acanthostachys strobilacea); (Tillandsia geminiflora); (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); (Vriesea gradata); (Tillandsia polystachia). Heringer, E.P (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 1149 (Aechmea nudicaulis var. aureorosea); 1149, 1159 (Billbergia euphemiae var. nudiflora); 1165 (Vriesea ensiformis var. bicolor (paula 1998)); 1165, (Alcantarea imperialis); (Tillandsia stricta); 1301 (Portea silveirae); 1301, 1536 (Nidularium azureum); 1536, 1536, 1596 (Billbergia euphemiae); 1640 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 1732 (Pitcairnia flammea var. floccosa); 1732, 1744 (Portea silveirae); 1919 (Billbergia pohliana); 1919, 1968 (Aechmea lamarchei); 2548 (Neoregelia cyanea); 910 (Tillandsia recurvata); 910, 943 (Acanthostachys strobilacea); 943, s.n., s.n. (Alcantarea imperialis). Heringer, P (Billbergia reichardtii). Heron 286 (Aechmea bambusoides). Hoehn, M. sem n º (Bromelia antiacantha). Hoehne s.n. (Aechmea distichantha var. distichantha); s.n. (Aechmea distichantha var. glaziovii); s.n. (Billbergia distachia var. distachia); s.n., s.n. (Bromelia antiacantha). Hoehne, F.C. 26 (Billbergia horrida); (Tillandsia tenuifolia); 27 (Portea petropolitana var. noettigii); s.n. (Aechmea nudicaulis var. aureorosea); s.n. (Portea petropolitana var. noettigii); s.n. (Tillandsia recurvata); s.n. (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); s.n. (Vriesea friburgensis var. tucumanesis); s.n. (Aechmea distichantha); sem nº, s.n. (Billbergia distachia); s.n. (Canistrum ex. wittr cyathiforme); s.n. (Pitcairnia decidua); s.n. (Tillandsia geminiflora); s.n. (Tillandsia tenuifolia var. tenuifolia); s.n. (Vriesea carinata). Hutchinson, P.C (Dyckia tuberosa); 8951 (Tillandsia tenuifolia var. saxicola). Hutchison, C (Dyckia tuberosa). Hutchison, P.C (Aechmea distichantha); 8951 (Tillandsia tenuifolia); 8951 (Tillandsia tenuifolia var. saxicola). Irwin, H.S (Tillandsia stricta); 2315 (Tillandsia recurvata); 2316 (Tillandsia tenuifolia); 2316, 2316, (Aechmea phanerophlebia). Javar, L. s.n. (Tillandsia geminiflora). Jouvin, P.P. 233 (Aechmea vanhoutteana); 255 (Aechmea phanerophlebia). Jung-Mendacolli, S.L. 687 (Tillandsia stricta).

328 308 Apêndices Jung-Mendaçolli, S.L. s.n. (sp.). Junquiera, A.B. 204 (Tillandsia geminiflora). Kamino, L.H.Y. 77 (Aechmea distichantha). Kautsky, R. 880 (Aechmea distichantha var. schlumbergeri). Kinoshita, L.S. 04/60 (sp.); 04/63 (Vriesea interrogatoria); 04/77 (Billbergia distachia); 1 (Vriesea interrogatoria); (Dyckia argentea); 95, 9 (Pitcairnia flammea); (Nidularium corallinum); 95.8 (Vriesea altodaserrae); 9522 (Canistrum giganteum); (Dyckia minarum); (Aechmea nudicaulis). Konno, T. 728 (Nidularium itatiaiae). Koscinski, M. 329 (Tillandsia stricta). Krieger, L (Tillandsia usneoides); (Billbergia euphemiae); (Billbergia horrida); 11816, 11816, (Aechmea ramosa); 11817, 11817, 11817, 11817, (Tillandsia tricholepis); 120 (Billbergia amoena); (Vriesea hoehneana); 13227, (Tillandsia stricta); (Alcantarea imperialis); 15531, (Billbergia horrida); (Portea petropolitana); (Tillandsia geminiflora); (Tillandsia recurvata); 20461, 211 (Vriesea billbergioides); 211, 211, 217 (Quesnelia kautskyi); 217, 217, (Dyckia bracteata); 23208, (Tillandsia recurvata); (Pitcairnia decidua); 23559, 23559, (Dyckia sp 1); (Tillandsia tenuifolia); (Vriesea heterostachys); (Billbergia distachia); 251 (Dyckia bracteata); 251, 7032 (Portea petropolitana var. noettigii); 7032, 7797 (Tillandsia stricta); 829 (Vriesea ruschii ssp. leonii); 829, 8863 (Tillandsia recurvata); 8863, 8930 (Quesnelia indecora); 9031 (Vriesea heterostachys); 9031, 9050 (Quesnelia indecora); 9050, 9114 (Aechmea bromeliifolia var. bromeliifolia); 9143 (Billbergia minarum); 9143, 9199 (Aechmea ramosa); 9199, 9199, 9199, 9209 (Billbergia horrida); 9277 (Billbergia minarum); 9277, 9298 (Vriesea cacuminis); 9298, 938 (Tillandsia stricta); 938, 9508, 9867 (Vriesea ensiformis); 996 (Dyckia bracteata); FPNC 0540, s.n. (Tillandsia stricta); s.n.; (Tillandsia usneoides); (Billbergia euphemiae var. euphemiae); (Aechmea ramosa var. ramosa); (Vriesea hoehneana); (Alcantarea imperialis); (Tillandsia recurvata); (Vriesea ruschii? leonii); (Tillandsia stricta); (Aechmea distichantha); 8304 (Tillandsia recurvata); 8304, 8304, 8304, 8304, 8304, 8304, 8304, 8863, 9143 (Billbergia minarum); 9199 (Aechmea ramosa var. ramosa); 9277 (Billbergia distachia); 9298 (Vriesea cacuminis); 9974 (Aechmea bambusoides); FPNC 0217 (Quesnelia kautskyi); FPNC 120 (Billbergia amoena var. amoena); FPNC 211 (Vriesea billbergioides); FPNC 211 (Vriesea billbergioides? billbergioide); FPNC 217 (Quesnelia kautskyi). Kuhlman, M (Vriesea carinata); 1559 (Acanthostachys strobilacea); 2896 (Vriesea ensiformis); 346 (Vriesea lubbersii); 4037 (Canistrum ex. wittr cyathiforme); 407 (Acanthostachys strobilacea); 408 (Billbergia zebrina); 409 (Vriesea bituminosa); 409, s.n. (Aechmea vanhoutteana); s.n. (Vriesea sceptrum). Kuhlmann 410 (Aechmea distichantha). Kuhlmann, J.G. 145 (Pitcairnia carinata); 1559 (Acanthostachys strobilacea); 2017 (Tillandsia recurvata); 2431 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 2605 (Aechmea nudicaulis var. cuspidata); 2606 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 407 (Acanthostachys strobilacea); 408 (Billbergia zebrina); 410 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 6981 (Tillandsia tenuifolia); s.n. (Aechmea nudicaulis); s.n., s.n. (Billbergia amoena); s.n. (Billbergia euphemiae); s.n. (Billbergia lymanii); s.n. (Billbergia sp.); s.n. (Billbergia tweedieana var. latisepala); s.n., s.n., s.n. (Tillandsia polystachia); s.n. (Tillandsia recurvata); s.n. (Tillandsia tenuifolia); s.n. (Tillandsia tenuifolia var. tenuifolia); s.n. (Vriesea platynema? platynema); s.n., s.n. (Vriesea sceptrum? sceptrum). Kuhlmann, K. 947 (Fernseea itatiaiae). Kuhlmann, M. 141 (Tillandsia recurvata); 1813 (Billbergia distachia); 1818 (Tillandsia recurvata); 1885 (Tillandsia tenuifolia); 1885, 2201 (Vriesea sceptrum); 2431 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 2604 (Vriesea pardalina); 2605 (Aechmea nudicaulis var. cuspidata); 2606 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 262 (Tillandsia stricta); 358 (Tillandsia tenuifolia); 358 (Tillandsia tenuifolia var. tenuifolia); 4015 (Nidularium longiflorum); 4114, 512 (Billbergia distachia var. distachia); 981 (Canistrum ex. wittr cyathiforme); s.n., s.n. (Tillandsia polystachya); s.n. (Tillandsia tricholepis); s.n. (Vriesea sazimae); s.n. (Vriesea sceptrum). Leite, J.E (Billbergia distachia var. distachia); 3905 (Pitcairnia flammea var. floccosa). Leitman, M. 164 (Billbergia amoena); 165 (Quesnelia kautskyi); 166 (Billbergia saundersii); 177 (Vriesea sp.); 181 (Billbergia sanderiana); 182 (Tillandsia globosa). Leitão Filho, H (Tillandsia geminiflora). Leitão Filho, H.F (Tillandsia streptocarpa); 11781, (Tillandsia tenuifolia); (Tillandsia stricta); (Dyckia minarum); (Tillandsia stricta); (Dyckia sp 5); (Tillandsia tenuifolia); (Tillandsia streptocarpa); (Tillandsia stricta); (Tillandsia tenuifolia); 97 (Billbergia distachia var. concolor).

329 309 Apêndices Leitão-Filho, H.F. s.n. (Quesnelia sp). Leme, E. 722 (Billbergia distachia). Leme, E.M.C (Nidularium meeanum); 1155 (Canistrum ex. wittr cyathiforme); 1371 (Neoregelia fosteriana); 1372 (Vriesea penduliflora); 1373 (Nidularium bicolor); 1415 (Nidularium itatiaiae); 1415, 1415, 1415, 1466 (Nidularium ferdinandocoburgii); 1468 (Dyckia saxatilis); 1469 (Tillandsia gardneri); 1470 (Tillandsia chapeuensis); 1471 (Tillandsia stricta); 1472 (Aechmea phanerophlebia); 1473 (Vriesea friburgensis var. paludosa); 1474 (Aechmea bromeliifolia); 1476 (Vriesea longicaulis); 1477 (Vriesea heterostachys); 1478 (Neoregelia lymaniana); 1478, 1479 (Canistrum ex. wittr giganteum); 1480 (Pitcairnia curvidens); 1481 (Vriesea cacuminis); 1483 (Vriesea penduliflora); 1484 (Nidularium ferdinando-coburgii); 1485 (Neoregelia ibitipocensis); 1486 (Vriesea hoehneana); 1486, 1487 (Vriesea bituminosa); 1488 (Aechmea nudicaulis var. aureorosea); 1489 (Tillandsia graomogolensis); 1490 (Tillandsia recurvata); 1491 (Tillandsia tenuifolia); 1492 (Neoregelia sarmentosa); 1494 (Nidularium marigoi); 1494, 1494, 1496 (Vriesea hoehneana); 1679 (Canistrum auratum); 1789 (Vriesea longicaulis); 1790 (Neoregelia ibitipocensis); 1791, 1793 (Nidularium bicolor); 1794 (Tillandsia usneoides); 1795 (Pitcairnia flammea var. glabrior); 1943 (Nidularium bicolor); 1948 (Aechmea lamarchei); 1951 (Nidularium antoineanum); 1998 (Nidularium apiculatum var. apiculatum); 1999, 2000 (Nidularium apiculatum var. serrulatum); 2126 (Neoregelia lymaniana); 2166 (Canistrum ex. wittr giganteum); 2166, 2167 (Neoregelia lymaniana); 2167, 2169 (Nidularium antoineanum); 2169, 2171 (Vriesea ruschii ssp. leonii); 2172 (Aechmea lamarchei); 2172, 2174 (Neoregelia brownii); 2174, 2278 (Nidularium bicolor); 2760 (Billbergia lymanii); 3307 (Nidularium itatiaiae); 3403 (Nidularium bicolor); 3406 (Billbergia reichardtii); 3408 (Portea silveirae); 3410 (Vriesea rafaelii); 3411 (Nidularium purpureum); 3414 (Nidularium azureum); 3560 (Quesnelia stroblispica); 4553 (Nidularium antoineanum); 672 (Aechmea bambusoides); 672, 674 (Vriesea carinata var. flavo-miniata); 674 (Vriesea carinata var. flavominiata); 707 (Canistrum ex. wittr giganteum); 707, 709 (Vriesea carinata); 709 (Vriesea interrogatoria); 709, 711 (Nidularium bicolor); 711, 714 (Vriesea paraibica); 717 (Canistropsis marceloi); 719 (Nidularium apiculatum var. apiculatum); 720, 721 (Nidularium bicolor); 724 (Vriesea morrenii); 724, 770 (Nidularium rutilans); 887 (Nidularium purpureum); 934 (Billbergia x claudioi); 937 (Nidularium marigoi); s.n. (Canistrum ex. wittr tenuisepala); s.n.. Leoni, L.S (Dyckia cinerea); 1051 (Alcantarea extensa); 1051, 1051, 1252 (Vriesea heterostachys); 1252, 1252, 1291 (Portea petropolitana var. noettigii); 1360 (Vriesea ensiformis var. ensiformis bicolor (paula); 145 (Tillandsia recurvata); 1514 (Nidularium antoineanum); 1527 (Pitcairnia carinata); 1580 (Vriesea arachnoidea); 1581 (Canistrum ex. wittr lindenii var. rosea); 1664 (Billbergia iridifolia var. iridifolia); 1842 (Billbergia vittata); 1929 (Bromelia balansae); 1931 (Neoregelia oligantha); 1932 (Vriesea longicaulis); 1946 (Vriesea procera var. tenuis); 1966 (Billbergia euphemiae var. euphemiae); 1967 (Tillandsia loliacea); 1967 (Tillandsia tricholepis); 1968 (Vriesea ruschii ssp. leonii); 1968 (Vriesea ruschii subsp. leonii); 1979 (Vriesea itatiaiae); 1979, 1995 (Billbergia amoena var. robertiana); 1996 (Tillandsia geminiflora); 2 (Tillandsia recurvata); 2001 (Neoregelia chlorosticta); 2017 (Vriesea bituminosa); 2017, 2027 (Bromelia antiacantha); 2027 (Bromelia balansae); 2042 (Dyckia bracteata); 2176 (Nidularium antoineanum); 2188 (Vriesea crassa); 2194 (Canistrum ex. wittr giganteum); 2196 (Aechmea organensis); 2202 (Vriesea carinata var. flavominiata); 2221 (Aechmea ramosa var. ramosa); 2234 (Aechmea pineliana); 2234, 225 (Tillandsia polystachia); 2255 (Aechmea roberto-anselmoi); 2261 (Neoregelia sp. possível sp nova); 2304 (Dyckia bracteata); 2345 (Neoregelia farinosa); 2350 (Aechmea pineliana); 2357 (Vriesea racinae); 2361 (Ananas bracteatus); 2378 (Nidularium sp o elton viu e ñ identi); 2379 (Billbergia lymanii); 2445 (Tillandsia gardneri); 2459 (Vriesea scalaris); 2485 (Pitcairnia decidua); 2485, 2495 (Billbergia porteana); 2515 (Pitcairnia decidua); 253??? (Nidularium antoineanum); 2573 (Aechmea lamarchei); 2594 (Dyckia cinerea); 2604 (Aechmea lamarchei); 2636 (Quesnelia strobilispica); 2681 (Vriesea ruschii subsp. leonii); 2703 (Neoregelia lymaniana); 2704 (Vriesea guttata); 2741 (Pitcairnia carinata); 2760 (Vriesea billbergioides); 2761 (Vriesea crassa); 2783 (Pitcairnia flammea var. flammea); 2805 (Aechmea organensis); 2818 (Tillandsia recurvata); 2850 (Tillandsia tenuifolia); 2856 (Vriesea heterostachys); 2880 (Vriesea saxicola); 2891 (Vriesea ruschii subsp. leonii); 2899 (Nidularium antoineanum); 2913 (Billbergia pohliana); 2916 (Vriesea ensiformis); 2920 (Tillandsia tricholepis); 2941 (Tillandsia stricta); 2954 (Vriesea guttata); 2985 (Dyckia cinerea); 3015 (Quesnelia quesneliana); 3030 (Tillandsia geminiflora); 3037 (Aechmea lamarchei); 304 (Aechmea phanerophlebia); 304, 308? (Quesnelia quesneliana); 309? (Quesnelia strobilispica); 3173 (Pitcairnia decidua); 3262, 3291 (Vriesea billbergioides); 3298 (Billbergia vittata); 3298, 3299 (Vriesea gutatta); 3300 (Vriesea inflata); 3384 (Quesnelia kautskyi); 3384, 3385 (Aechmea nudicaulis); 3401 (Aechmea vanhoutteana); 3401, 3415 (Tillandsia geminiflora); 3415 (Tillandsia stricta); 3445 (Canistrum ex. wittr giganteum); 3475 (Dyckia bracteata); 3581 (Billbergia euphemiae); 3654 (Tillandsia recurvata); 3654, 3672 (Vriesea billbergioides); 3691 (Billbergia lymanii); 3691, 3708 (Quesnelia strobilispica); 3709 (Aechmea pineliana); 373 (Tillandsia usneoides); 373, 3753 (Nidularium antoineanum); 3788 (Pitcairnia carinata); 3933 (Quesnelia strobilispica); 3994 (Tillandsia stricta); 4021 (Billbergia euphemiae); 403 (Tillandsia stricta); 403, 4110 (Pitcairnia carinata); 4158 (Billbergia lymanii); 4225 (Vriesea carinata var. flavominiata); 4281 (Bromelia balansae); 4355 (Vriesea lubbersii); 4357 (Tillandsia juncea); 4387 (Aechmea roberto-anselmoi); 450 (Billbergia amoena); 464 (Billbergia tweedieana); 464 (Billbergia tweedieana var. latisepala); 4679 (Aechmea phanerophlebia); 4687 (Aechmea lamarchei); 4752 (Quesnelia strobilispica); 4808 (Alcantarea nahoumi); 4916 (Pitcairnia decidua); 4970 (Tillandsia usneoides); 4971 (Tillandsia tricholepis); 5044 (Nidularium antoineanum); 5050 (Aechmea lamarchei); 5077 (Quesnelia quesneliana); 54 (Tillandsia stricta); 5402 (Aechmea lamarchei); 5470 (Billbergia horrida); 5471 (Tillandsia recurvata); 5477, 5479 (Billbergia iridifolia); 5483 (Dyckia cinerea); 5663 (Billbergia vittata); 5871 (Nidularium antoineanum); 6067 (Vriesea ensiformis); 6091 (Pitcairnia carinata); 6099 (Vriesea crassa); 6134 (Dyckia bracteata); 6295 (Aechmea ramosa); 6352 (Alacantarea extensa); 6479 (Nidularium antoineanum); 6483 (Aechmea organensis); 6500 (Billbergia vittata); 6577 (Tillandsia recurvata); 6609 (Billbergia iridifolia); 718 (Pitcairnia decidua); 730 (Billbergia porteana); 730 (Billbergia zebrina); 812 (Aechmea lamarchei); 824 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 824, 832 (Aechmea lamarchei); 832, 832, 956 (Tillandsia globosa); 956, s.n. (Nidularium antoineanum); s.n. (Tillandsia stricta); s.n. (Acanthostachys strobilacea); s.n. (Aechmea lamarchei); s.n. (Aechmea nudicaulis var. aureo-rosea); s.n. (Aechmea nudicaulis var. nudicaulis); s.n. (Aechmea phanerophlebia); s.n. (Aechmea ramosa var. ramosa); s.n. (Billbergia amoena var. amoena); sem nº, s.n. (Billbergia horrida var. horrida); s.n. (Billbergia iridifolia var. iridifolia); s.n.

330 310 Apêndices (Billbergia lymanii var. angustifolia); s.n. (Billbergia vittata); s.n. (Nidularium marigoi); s.n. (Tillandsia globosa var. globosa); s.n. (Tillandsia tenuifolia var. vaginata). Lima, H.C (Fernseea itatiaiae); 2569 (Dyckia bracteata). Lima, H.C. de 1780 (Billbergia sp.); 2538 (Fernseea itatiaiae). Lindenberg 564 (Billbergia distachia var. distachia). Loefgren, A (Pitcairnia flammea var. glabrior); 462 (Dyckia tuberosa). Lombardi, J.A (Billbergia horrida); 2383 (Aechmea ramosa); 4397 (Billbergia distachia); 524 (Billbergia leptopoda). Lopes, M.A. 43 (Aechmea ramosa). Lourenço, R.A. 165 (Dyckia sp - lavras). Luetzelburg, V. s.n. (Billbergia amoena var. amoena); s.n. (Billbergia pyramidalis? pyramidalis). Luiz 20 (Pitcairnia flammea var. flammea). Luther, H.E. s.n. (Aechmea bruggeri); s.n.. Lutz 20 (Pitcairnia flammea var. flammea). Lutz, A (Dyckia bracteata); 1194 (Pitcairnia carinata); 562 (Fernseea itatiaiae). Lutz, B. 2 (Aechmea ramosa); s.n. (Vriesea ensiformis); s.n., s.n. (Aechmea nudicaulis var. cuspidata); s.n. (Fernseea itatiaiae). Lüderwaldt, H. 103 (Vriesea itatiaiae). Magalhães 2317 (Vriesea interrogatoria). Magalhães, H (Vriesea modesta); 1221 (Tillandsia stricta); 1223 (Vriesea ensiformis); 1228 (Tillandsia tenuifolia); 1296 (Aechmea nudicaulis); 1354 (Billbergia minarum); 1395 (Nidularium ferdinando-coburgii); 1413 (Tillandsia gardneri); 1504 (Vriesea longicaulis); 1585 (Canistrum ex. wittr giganteum); 1586 (Vriesea cacuminis); 1603 (Billbergia sp); 1618 (Billbergia distachia); 1645 (Aechmea ramosa); 2230 (Vriesea pardalina); 298 (Dyckia minarum). Magalhães, M (Billbergia amoena var. minor). Marigo, L.C. s.n. (Vriesea billbergioides? billbergioide). Marilene (Vriesea ensiformis var. ensiformis); 9975 (Aechmea nudicaulis). Marquete, R (Billbergia distachia); 3224 (Pitcairnia flammea); 329 (Billbergia amoena); 3418 (Vriesea ensiformes); 3418 (Vriesea sp.). Martinelli, G (Vriesea interrogatoria); 10763, 10763, 10763, 10763, 10763, (Nidularium itatiaiae); 10808, 10808, 10808, (Fernseea itatiaiae); 10847, 10847, 1088, 1088, 1090 (Nidularium marigoi); 1090, 1090, 1091 (Aechmea distichantha var. glaziovii); (Pitcairnia carinata); 15170, (Dyckia bracteata); (Vriesea billbergioides? billbergioide); (Vriesea billbergioides var. billbergioides); 15173, (Vriesea crassa); (Vriesea guttata var. guttata); (Pitcairnia decidua); (Quesnelia kautskyi); 15184, (Vriesea ruschii ssp. leonii); (Tillandsia geminiflora); 15186, (Vriesea longicaulis); (Vriesea heterostachys); (Tillandsia geminiflora); (Nidularium marigoi); (Neoregelia lymaniana); (Neoregelia ruschii); 15201, (Vriesea heterostachys); 15202, 15202, 15206, (Tillandsia geminiflora); 15208, (Vriesea arachnoidea); 15210, (Vriesea longicaulis); 15213, (Pitcairnia carinata); 15221, (Quesnelia strobilispica); (Quesnelia stroblispica); (Billbergia horrida); (Billbergia zebrina); (Portea petropolitana var. noettigii); (Vriesea interrogatoria); (Tillandsia geminiflora var. geminiflora); (Tillandsia tenuifolia); 15256, (Tillandsia recurvata); 15257, (Vriesea friburgensis); 15258, (Billbergia distachia); (Nidularium marigoi); 15260, (Vriesea itatiaiae); (Vriesea platynema var. platynema); (Vriesea sceptrum); 15267, (Tillandsia geminiflora); (Tillandsia stricta); 15271, A (Tillandsia geminiflora); (Pitcairnia flammea); 15273, (Vriesea hoehneana); 15275, (Billbergia distachia); (Vriesea friburgensis); 15281, (Billbergia alfonsijoannis); (Billbergia porteana); (Nidularium bicolor); 15290, 15290, 15290, (Billbergia distachia); (Neoregelia oligantha); 15293, 15293, 15293, 15293, 15293, 15293, (Nidularium bicolor); (Vriesea heterostachys); (Tillandsia stricta); 15304, (Vriesea cacuminis); 15307, 15307, 15307, 15307, (Dyckia saxatilis); (Vriesea hoehneana); 15309, 15309, (Vriesea friburgensis); 15310, (Vriesea penduliflora); 15311, 15311, 15311, 15311, (Canistrum ex. wittr giganteum); 15313, (Vriesea longicaulis); 15314, 15314, 15314, 15314, (Neoregelia ibitipocensis); 15317, 15317, (Aechmea phanerophlebia); 15325, 1551 (Aechmea bambusoides); 1551, 1593 (Neoregelia sp.); 1594 (Tillandsia

331 311 Apêndices polystachia); 1595 (Aechmea ramosa var. ramosa); 1606 (Fernseea itatiaiae); 1606, 1623 (Vriesea itatiaiae); 3213 (Vriesea bituminosa); 3213, 3215 (Aechmea vanhoutteana); 3219 (Fernseea itatiaiae); 3219, 3243 (Aechmea distichantha var. glaziovii); 3253 (Nidularium itatiaiae); 3253, 3259 (Vriesea gradata var. gradata); 3261 (Neoregelia chlorosticta); 4777 (Aechmea distichantha var. distichantha); 4779 (Tillandsia recurvata); 4781 (Cryptanthus schwackeanus); 4783 (Tillandsia gardneri); 480 (Fernseea itatiaiae); 480, 4811 (Tillandsia usneoides); 4811, 4814 (Dyckia argentea); 4825 (Tillandsia stricta); 4825, 5781 (Fernseea itatiaiae); 6193 (Racinaea aerisincola); 6193, 7389 (Fernseea itatiaiae); 7389, 7767, 7767, 7769 (Aechmea distichantha var. glaziovii); s.n. (Neoregelia chlorosticta); sem nº. Martins, A.B (Tillandsia tenuifolia). Martins, M. s.n. (Dyckia argentea). Martins, S.E. 868 (Nidularium sp parece dif. de marigoi); 869 (Ananas bracteatus); 870 (Aechmea vanhoutteana). Matozinhos, C.N. 157 (Vriesea friburgensis); 17 (Dyckia princeps); 175 (Vriesea heterostachys); 182 (Aechmea nudicaulis); 183 (Canistrum ex. wittr giganteum); 185 (Vriesea heterostachys); 186 (Vriesea longicaulis); 187 (Vriesea hoehneana); 213 (Tillandsia tenuifolia); 25 (Tillandsia globosa); 26 (Billbergia distachia); 27 (Vriesea modesta); 271 (Racinaea aerisincola); 28 (Aechmea bruggeri); 284 (Vriesea heterostachys); 294 (Dyckia princeps); 34 (Tillandsia geminiflora); 76 (Vriesea gradata); 79 (Tillandsia globosa); 80 (Tillandsia geminiflora); 91 (Billbergia zebrina); 97 (Vriesea procera var. tenuis). Matteo, B.C. 538 (Billbergia sp não achei). Mattos, J (Vriesea sazimae); (Tillandsia stricta var. disticha); (Billbergia distachia); (Aechmea distichantha); (Vriesea sazimae); 14998, (Nidularium marigoi); 15001, 15002, (Canistrum ex. wittr cyathiforme); 15026, (Aechmea vanhoutteana); (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); Mazzini s.n. (Pitcairnia decidua). Mee, M. 55 (Aechmea vanhoutteana); s.n. (Billbergia vittata); sem nº, sem nº. Meireles, L.D (Vriesea bituminosa). Mello Barreto, H (Acanthostachys strobilacea); Mello Barreto, H.L Mello Filho, L.E (Quesnelia liboniana). Mello Silva, R. CFCR 5821 (Dyckia sp - são tomé). Mello, L.E (Billbergia distachia var. distachia). Mello-Silva, R (Pitcairnia curvidens); 2850, 2850 (Pitcairnia flammea); 2850, 2878, 5875 (Dyckia sp - são tomé); s.n. (Dyckia brevifolia); s.n. (Tillandsia gardneri). Melo, G.A.R. 38 (Dyckia lagoensis). Mendes Magalhães, G (Tillandsia recurvata); 8432 (Billbergia amoena); 9888 (Dyckia lagoensis); 9888, s.n. (Pitcairnia flammea var. macropoda); s.n., s.n., sem nº. Menescal, R. s.n. (Canistrum ex. wittr cyathiforme); s.n. (Nidularium apiculatum var. apiculatum); sem nº. Menezes-Junior, A. s.n. (Tillandsia recurvata). Menini Neto, L. 298 (Vriesea penduliflora). Menini-Nero, L. s.n. (Nidularium bicolor). Menini-Neto, L. s.n. (Tillandsia tenuifolia). Menu, H. s.n. (Dyckia sp - perto de lavras). Mexia 4967 (Billbergia horrida var. horrida); 4975a (Billbergia iridifolia? iridifolia); 5563 (Billbergia porteana). Mexia, Y (Aechmea lamarchei); 4967 (Billbergia horrida); 4972 (Aechmea lamarchei); 4972, 4998 (Billbergia iridifolia); 5239 (Tillandsia geminiflora). Mez, H (Billbergia elegans).

332 312 Apêndices Mimura, I. 357 (Bromelia antiacantha); 556 (Dyckia tuberosa). Mimure, I. 206 (Bromelia antiacantha). Molasco, P. 32 (Aechmea vanhoutteana). Monteiro, L. 132 (Dyckia brevifolia). Monteiro, R.F. 1 (Vriesea cacuminis); 10 (Vriesea friburgensis); 11, 12 (Tillandsia streptocarpa? streptocarpa); 13 (Aechmea nudicaulis); 14 (Tillandsia gardneri); 15 (Tillandsia geminiflora); 2 (Dyckia saxatilis); 20 (Vriesea heterostachys); 21 (Vriesea hoehneana); 22 (Vriesea penduliflora); 23 (Pitcairnia flammea); 24 (Nidularium ferdinando-coburgii); 25 (Vriesea guttata); 26 (Billbergia distachia); 26, 27, 28 (Vriesea bituminosa); 29 (Canistrum ex. wittr giganteum); 3 (Tillandsia geminiflora); 34 (Vriesea longicaulis); 35 (Pitcairnia curvidens); 36 (Dyckia saxatilis); 37 (Billbergia distachia); 38 (Neoregelia oligantha); 39 (Aechmea phanerophlebia); 4 (Vriesea penduliflora); 40 (Nidularium ferdinando-coburgii); 41 (Dyckia saxatilis); 42 (Nidularium ferdinando-coburgii); 47 (Vriesea friburgensis); 48 (Aechmea nudicaulis); 48, 49 (Nidularium ferdinando-coburgii); 50 (Tillandsia recurvata); 51 (Tillandsia gardneri); 52 (Vriesea longicaulis); 6 (Tillandsia stricta); 7 (Billbergia distachia); 8 (Billbergia alfonsijoannis); 9 (Tillandsia gardneri). Moraes, M. 164 (Billbergia amoena); 165 (Billbergia sp.); 182 (Tillandsia globosa). Moreira, C. 5 (Tillandsia crocata). Moreira, O.S.T (Ananas bracteatus); (Billbergia euphemiae); (Vriesea ensiformis); (Vriesea gradata). Mosén, H (Aechmea distichantha var. distichantha); 1731 (Acanthostachys strobilacea); 4430 (Billbergia zebrina); 4434 (Pitcairnia flammea var. floccosa). Mota, R.C (Canistrum ex. wittr cyathiforme); 1274, 1275 (Aechmea nudicaulis); 1275, 1276 (Billbergia distachia); 1276, 1277 (Aechmea distichantha); 1277, 1278 (Tillandsia geminiflora); 1279 (Tillandsia tenuifolia); 1280 (Vriesea sceptrum); 466 (Aechmea distichantha). Moura, R. 189 (Aechmea nudicaulis); 340 (Tillandsia globosa); 341 (Tillandsia stricta); 342 (Tillandsia usneoides); 344 (Neoregelia sarmentosa); 73 (Aechmea distichantha); 74 (Billbergia elegans); 75 (Aechmea distichantha); 77 (Tillandsia tenuifolia); 78 (Billbergia elegans); 79 (Tillandsia polystachia); 80. Moutinho 41 (Billbergia vittata);. Mynssen, C.M. 747 (Billbergia euphemiae var. nudiflora); 967 (Pitcairnia flammea). Nahoum, P. s.n. (Neoregelia chlorosticta); s.n. (Nidularium bicolor). Nahoumi, P. sem nº. Neves, A. 125 (Acanthostachys strobilacea). Nicolau, S.A. 721 (Vriesea ensiformis). Nolasco, P. 03 (Aechmea ramosa var. ramosa); 19 (Tillandsia recurvata); 19. Occhioni, P (Billbergia distachia). Ogusuku, L.M. s.n. (Tillandsia recurvata). Oliveira s.n. (Aechmea ramosa var. ramosa). Oliveira, A.R. s.n. (Vriesea heterostachys). Oliveira, J.E. 365 (Pitcairnia flammea var. floccosa); 365 (Pitcairnia flammea var. macropoda); 365, 365, 578 (Pitcairnia decidua); 579, s.n. (Pitcairnia flammea var. macropoda). Oliveira, J.R.V. s.n. (Tillandsia stricta). Oliveira, R.C. 116, 76 (Pitcairnia flammea). Ostermeyer, R. s.n. (Pitcairnia flammea var. floccosa); s.n. (Tillandsia gardneri); s.n. (Tillandsia tenuifolia var. saxicola).

333 313 Apêndices Pabst, G.F.J (Billbergia distachia); 4129 (Dyckia pectinata); 4258 (Dyckia monticola); 4628 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); s.n.. Paiva, R.L (Tillandsia tricholepis). Palhais, C.B. 149 (Quesnelia augusto-coburgii); 150 (Nidularium longiflorum); 35 (Tillandsia globosa); 37 (Tillandsia polystachia); 38 (Tillandsia geminiflora); 44 (Aechmea lamarchei); 46 (Tillandsia recurvata). Pansarim, E.R. 97/82 (Tillandsia streptocarpa). Paula, C.C. 09 (Aechmea distichantha); 1000 (Tillandsia recurvata); 1001 (Tillandsia tenuifolia); 1002 (Vriesea schwackeana); 1003 (Vriesea heterostachys); 1004 (Aechmea organensis); 1005 (Tillandsia usneoides); 1006 (Vriesea billbergioides); 1006, 1007 (Vriesea guttata); 1008 (Alcantarea extensa); 1009 (Vriesea longicaulis); 1010, 1011 (Pitcairnia decidua); 1012 (Neoregelia brownii); 1013 (Tillandsia recurvata); 1014 (Tillandsia stricta); 1015 (Vriesea heterostachys); 1019 (Tillandsia recurvata); 1020 (Tillandsia gardneri); 1021 (Aechmea nudicaulis var. aureorosea); 1022 (Aechmea ramosa); 1023 (Canistrum ex. wittr lindenii var. rosea); 1023, 1024 (Pitcairnia flammea); 1025 (Dyckia cinerea); 1026 (Pitcairnia decidua); 1027 (Vriesea arachnoidea); 1028 (Billbergia horrida); 1029 (Quesnelia strobilispica); 1030 (Pitcairnia flammea); 1031 (Tillandsia geminiflora); 1032 (Aechmea lamarchei); 1033 (Neoregelia simulans); 1034 (Nidularium antoineanum); 1036 (Vriesea heterostachys); 1037 (Nidularium rutilans); 1038 (Vriesea ensiformis var. bicolor (paula 1998)); 1038, 1039 (Aechmea nudicaulis); 1044 (Tillandsia geminiflora); 1045 (Aechmea lamarchei); 1047 (Quesnelia strobilispica); 1048 (Billbergia horrida); 1051 (Aechmea nudicaulis); 1052, 1055 (Canistrum ex. wittr giganteum); 1056 (Aechmea nudicaulis); 1058 (Billbergia euphemiae); 1059 (Billbergia vittata); 1062 (Vriesea guttata); 1064, 1064 (Vriesea scalaris); 1065 (Tillandsia stricta forma nivea); 1066 (Aechmea vanhoutteana); 1067 (Bromelia antiacantha); 1068 (Nidularium antoineanum); 1068, 1071 (Vriesea ruschii ssp. leonii); 1072, 1073 (Billbergia vittata); 1074 (Pitcairnia carinata); 1075 (Vriesea morrenii); 1076 (Vriesea bituminosa); 1077 (Vriesea schwackeana); 1078 (Billbergia vittata); 1079 (Dyckia cinerea); 1080 (Pitcairnia carinata); 1087 (Tillandsia stricta); 1088 (Tillandsia gardneri); 1089 (Aechmea organensis); 1090 (Pitcairnia carinata); 1092 (Alcantarea extensa); 1095 (Vriesea guttata); 1096 (Tillandsia tenuifolia); 1097 (Aechmea nudicaulis); 1098 (Billbergia lymanii); 1099 (Billbergia euphemiae); 1100, 1108 (Vriesea bituminosa); 1129 (Billbergia vittata); 1130 (Aechmea lamarchei); 1132 (Dyckia cinerea); 1133 (Alcantarea extensa); 1138 (Acanthostachys strobilacea); 1139 (Vriesea longicaulis); 1142 (Billbergia horrida); 1154 (Billbergia zebrina); 1170 (Nidularium antoineanum); 1199 (Tillandsia stricta); 1240 (Billbergia horrida); 1263 (Neoregelia lymaniana); 1264 (Dyckia cinerea); 1265 (Ananas bracteatus); 1266 (Quesnelia strobilispica); 1268 (Neoregelia brigadeirensis); 1268, 1269 (Aechmea phanerophlebia); 1272 (Portea petropolitana); 1277 (Acanthostachys strobilacea); 1280 (Billbergia zebrina); 1281 (Alcantarea imperialis); 1328 (Vriesea procera); 1345 (Aechmea pineliana); 2530 (Alcantarea sp2); s.n. (Acanthostachys strobilacea); s.n. (Aechmea organensis); s.n. (Aechmea phanerophlebia); s.n. (Aechmea vanhoutteana); s.n. (Alcantarea nahoumii); s.n. (Ananas ananassoides); s.n. (Ananas bracteatus); s.n. (Billbergia iridifolia); s.n. (Billbergia lymanii); s.n., s.n., s.n., s.n. (Billbergia zebrina); s.n., s.n. (Dyckia cinerea); s.n. (Neoregelia brigadeirensis); s.n. (Nidularium bicolor); s.n., s.n. (Pitcairnia carinata); s.n., s.n. (Pitcairnia sp.); s.n. (Quesnelia augusto-coburgii); s.n. (Tillandsia pruinosa); s.n., s.n. (Tillandsia stricta); s.n. (Vriesea billbergioides); s.n. (Vriesea carinata); s.n., s.n. (Vriesea ensiformis); s.n., s.n. (Vriesea racinae); s.n. (Vriesea scalaris); s.n. (Billbergia porteana); s.n. (Nidularium purpureum); s.n. (Pitcairnia carinata); s.n. (Vriesea longicaulis); s.n. (Vriesea procera). Paula, J.A. s.n. (Aechmea ramosa); s.n. (Billbergia leptopoda). Pereira, A.B. 19 (Billbergia distachia var. concolor). Pereira, E. 100 (Quesnelia augusto-coburgii); 100, 101 (e.p.) (Billbergia distachia var. distachia); (Aechmea ramosa); 10576, (Aechmea ramosa var. ramosa); (Portea petropolitana var. noettigii); 10593, (Vriesea ensiformis); (Billbergia zebrina); (Nidularium azureum); (Billbergia pohliana); 10597, (Aechmea pineliana); 10600, (Aechmea pineliana? pineliana); (Vriesea longicaulis); (Billbergia distachia); 10611, (Billbergia distachia var. distachia); (Aechmea bromeliifolia var. albobracteata); 10615, (Aechmea distichantha); 10617, (Quesnelia liboniana); 10619, (Neoregelia chlorosticta); (Billbergia zebrina); (Aechmea ramosa); 10694, 10694, 10694, (Tillandsia globosa); (Billbergia tweedieana var. latisepala); (Aechmea ramosa); (Aechmea distichantha); 5781 (Fernseea itatiaiae); 5781, 5781, 5781, s.n. (Neoregelia ampulacea); s.n. (Pitcairnia flammea var. glabrior). Peron, M. 316 (Aechmea nudicaulis var. cuspidata); 336 (Dyckia argentea). Pickel, D.B.J (Vriesea flava). Pifano, D.S. 345 (Pitcairnia flammea); 414 (Portea petropolitana); 471 (Pitcairnia flammea). Pijam, D.S Pinheiro, F. 27 (Alcantarea extensa). Pirani, J.R (Tillandsia geminiflora); 3641 (Bromelia antiacantha); 5730 (Tillandsia usneoides); 5737 (Dyckia saxatilis); CFCR 5737 (Dyckia argentea).

334 314 Apêndices Pirani, J.R.P (Aechmea distichantha). Piratelli, A.J (Pitcairnia platypetala). Pires, A.S. s.n. (Pitcairnia flammea var. flocosa); s.n. (Tillandsia globosa). Pires, F.R.S. s.n. (Aechmea bruggeri). Pontes, R.A. 70 (Aechmea ramosa); 72 (Aechmea roberto-anselmoi); 75 (Aechmea lamarchei); 77. Porto, P.C (Quesnelia kautskyi). Rabello, R. s.n. (Billbergia distachia). Regnel, A. I-437 (Aechmea distichantha var. distichantha); II-1258 (p.p.) (Bromelia regnellii); III-1258 (p.p.) (Aechmea nudicaulis var. cuspidata); III-1259 (Canistrum ex. wittr cyathiforme); III-1262 (Ananas macrodontes); III-529 (Dyckia minarum). Regnell, A.F (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 1251 (Tillandsia usneoides); 1253 (Pitcairnia lanuginosa); 1254 (Vriesea sceptrum); 1255 (Aechmea nudicaulis var. cuspidata); 1257 (Pitcairnia lanuginosa); 1259 (Canistrum ex. wittr cyathiforme); 132 (Tillandsia tenuifolia); 1798 (Tillandsia gardneri); 1799 (Vriesea regnellii); 182 (Tillandsia geminiflora); 1850 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 282 (Tillandsia stricta); 283 (Dyckia minarum); 283, 285 (Bromelia regnellii); 437 (Aechmea distichantha var. schlumbergeri); III-1255 (p.p.) (Aechmea nudicaulis); s.n. (Dyckia minarum). Reis, C.L. 123 (Dyckia argentea). Reis, J.R.M. s.n. (Aechmea bromeliifolia); s.n. (Aechmea distichantha); s.n. (Billbergia distachia); s.n. (Tillandsia stricta); s.n. (Tillandsia usneoides); s.n. (Vriesea friburgensis). Rente, E.C. 434 (Billbergia euphemiae). Resende, M.D.V. s.n. (Tillandsia tenuifolia). Ricardo sem nº. Rita (Tillandsia stricta). Rocha, M.J.R. 63. Rodela, L.G (Vriesea cacuminis); Rolla, M (Fernseea itatiaiae). Romariz, D. 430 (Tillandsia stricta); s.n.. Roppa, O. 860 (Dyckia minarum). Rosa, M.R. Q (Tillandsia sp); Q Sabino, M (Dyckia minarum); 18508, (Tillandsia tricholepis); 21296, 21296, Saddi, E. 214 (Acanthostachys strobilacea); 214. Saint-Hilaire A-143 (p.p.) (Billbergia porteana); A-546 (Billbergia pyramidalis? pyramidalis); s.n. (Billbergia zebrina). Sakane, P.T. s.n. (Billbergia distachia). Sakuragui, C.M (Portea petropolitana). Salimena, F.R. 196 (Aechmea lamarchei); 197 (Vriesea gradata). Salimena, F.R.G (Tillandsia stricta var. stricta); 1214 (Tillandsia stricta); 1228 (Tillandsia recurvata); 1246 (Vriesea corcovadensis); 1283 (Billbergia pohliana); 1300 (Tillandsia geminiflora); 1304 (Tillandsia usneoides); 1304, 1319 (Vriesea paraibica); 1327 (Vriesea procera var. tenuis); 1331 (Dyckia princeps); 1333, 1333, 1334 (Quesnelia indecora); 1343 (Vriesea paraibica); 1345 (Aechmea bruggeri); 184 (Nidularium ferdinando-coburgii); s.n. (Tillandsia streptocarpa). Salino, A (Tillandsia stricta); 3763 (Aechmea lamarchei); 3764 (Aechmea nudicaulis); 3809 (Acanthostachys strobilacea);

335 315 Apêndices 3859 (Tillandsia gardneri); 4193 (Aechmea purpureorosea); 5840 (Tillandsia geminiflora); 5927 (Vriesea sceptrum); 5970 (Tillandsia stricta); 6797 (Vriesea lubbersii); 6797, 6819 (Tillandsia gardneri). Salvador, J (Canistrum cyathiforme); s.n. (Canistrum ex. wittr cyathiforme). Sampaio 6042 (Billbergia porteana); 6905 (Billbergia vittata). Sampaio, A. J. W.? 6042 (Billbergia porteana). Sampaio, A.J. 154 (Tillandsia usneoides); 248 (Tillandsia stricta); 342 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata); 6192 (Tillandsia stricta); 6193, 6224 (Tillandsia usneoides); 813 (Quesnelia augusto-coburgii); 813. Sano, P.T. 137 (Billbergia distachia). Santos, H.G.P Santos, N (Vriesea sceptrum); 5748 (Aechmea distichantha); Santos, R.S (Tillandsia loliacea). Sazima, I (Tillandsia stricta). Sazima, M (Tillandsia tenuifolia); (Vriesea sceptrum); (Nidularium marigoi); 32326, (Tillandsia stricta); (Vriesea bituminosa); (Vriesea sazimae); 96/0004 (Tillandsia tenuifolia var. vaginata). Scariot, A.O. s.n. (Vriesea heterostachys). Schenck 2090 (Neoregelia compacta). Schuchter, V. 024 (Tillandsia geminiflora); 09 (Vriesea corcovadensis); 10 (Vriesea vagans); 13 (Billbergia zebrina). Schwacke (Tillandsia geminiflora); (Tillandsia stricta); (Tillandsia polystachia). Schwacke, P (Canistrum ex. wittr cyathiforme); (Acanthostachys strobilacea); (Aechmea ramosa var. ramosa); (Tillandsia geminiflora); (Tillandsia usneoides); (Alcantarea imperialis); (Aechmea phanerophlebia); (Aechmea nudicaulis); (Aechmea phanerophlebia); (Vriesea saxicola); (Tillandsia recurvata); (Vriesea cacuminis); s.n. (Cryptanthus schwackeanus). Schwacke, W (Pitcairnia sp.); (Acanthostachys strobilacea); (Aechmea ramosa); (Tillandsia geminiflora); (Vriesea bituminosa); (Tillandsia tenuifolia); (Tillandsia usneoides); (Tillandsia stricta); (Vriesea morrenii); (Tillandsia stricta); (Alcantarea imperialis); (Neoregelia sarmentosa); (Aechmea phanerophlebia); (Vriesea gradata); (Aechmea nudicaulis); (Aechmea phanerophlebia); (Vriesea cacuminis); 12296, (Tillandsia geminiflora); (Pitcairnia sp.); (Billbergia sp. (mat. sem flores)). Seidel, A (Canistrum auratum); 1049, 1049, 1052 (Billbergia amoena); 1090 (Nidularium fraudulentum); 1098 (Vriesea regnellii); 1099 (Canistrum ex. wittr tenuisepala); 1099 (= 1133), 526 (Aechmea bambusoides); 526, 526, 783 (Aechmea lamarchei); 820 (Nidularium bicolor); 897 (Aechmea gamosepala); 951 (Aechmea nudicaulis); s.n. (Canistrum auratum). Semir, J (Dyckia argentea). Shepherd, G.J (Dyckia bracteata); s.n. (Dyckia argentea). Sick, H. 7 (Billbergia distachia). Silva Neto s.n. (Billbergia nutans). Silva, B.M.F. 128 (Tillandsia polystachia); 81 (Tillandsia gardneri); 82 (Pitcairnia decidua). Silva, B.R. 13 (Nidularium marigoi); 1317 (Neoregelia oligantha); 14 (Vriesea sazimae); 293 (Billbergia nana); 729 (Billbergia amoena var. carnea); 9 (Acanthostachys strobilacea); s.n. (Nidularium (est. bil billbergioides). Silva, C.R. da 9 (Acanthostachys strobilacea). Silva, J.A (Pitcairnia flammea). Silva, M.F.B. 11 (Tillandsia recurvata); 110, 113 (Aechmea phanerophlebia); 115 (Tillandsia usneoides). Silva, R.R. 44 (Aechmea ramosa); 45 (Aechmea phanerophlebia); 6 (Aechmea weilbachii); 9 (Aechmea phanerophlebia).

336 316 Apêndices Silveira, A. s.n. (Tillandsia recurvata). Silveira, A.A. 11 (Tillandsia geminiflora); 34 (Tillandsia recurvata); 5 (Aechmea lamarchei); 6 (Tillandsia tenuifolia); 713 (Tillandsia streptocarpa); s.n. (Tillandsia recurvata). Silveira, M (Acanthostachys strobilacea). Simonelli, M. 343 (Tillandsia recurvata). Simão-Bianchini, R. 202 (Acanthostachys strobilacea); 272 (Quesnelia kautskyi). Simões, A.O. 37 (Tillandsia tenuifolia); 416 (Billbergia zebrina); 464 (Dyckia sp); 560 (Tillandsia streptocarpa); 890 (Vriesea interrogatoria); 894 (Aechmea phanerophlebia). Siqueira, P. s.n. (Tillandsia gardneri). Slib, J.E. s.n. (Tillandsia usneoides). Smith, L.B (Aechmea distichantha var. glaziovii); 1610 (Bromelia antiacantha). Sousa, H.C. s.n. (Aechmea phanerophlebia); s.n. (Billbergia distachia); s.n. (Dyckia saxatilis); s.n. (Tillandsia gardneri); s.n. (Tillandsia geminiflora); s.n., s.n., s.n. (Vriesea bituminosa); s.n. (Vriesea cacuminis). Souza, A.B. 101 (Quesnelia kautskyi); 42. Souza, A.B. de 101. Souza, F.S. 134 (Vriesea cacuminis); 135 (Pitcairnia flammea). Souza, P (sp.). Souza, R.L. 077 (Tillandsia usneoides). Souza, V.C (Canistrum cyathiforme); (Pitcairnia sp não achei); (Billbergia sp não achei); (Tillandsia stricta); 2007, (Vriesea sp. não achei); (Dyckia sp); (Dyckia bracteata); (Vriesea sp. não achei); (Tillandsia sp. não achei); (Neoregelia sp); (Vriesea sp. não achei); 5077 (Billbergia zebrina). Spósito, T.C.S. 72 (Aechmea lamarchei); s.n. (Tillandsia stricta). Stehmann, J.R (Dyckia saxatilis); 2445 (Aechmea distichantha); 2445, 2561 (Tillandsia tenuifolia); s.n. (Tillandsia sp. não achei). Strang, H (Vriesea bituminosa); 285 (Vriesea sceptrum); 843 (Fernseea itatiaiae); 955 (Nidularium itatiaiae). Strang, H.E. 107 (Aechmea nudicaulis); 623 (Neoregelia lactea); 623, 665 (Billbergia vittata); 956 (Canistropsis marceloi). Strong, H.E. 107 (Billbergia distachia). Sucre, D (Fernseea itatiaiae); 3015 (Canistrum ex. wittr cyathiforme); 4671 (Fernseea itatiaiae); 4671, 4907 (Vriesea ensiformis); 5155 (Nidularium itatiaiae); 5155, 5155, 5766 (Fernseea itatiaiae); 5766, 5810 (Aechmea distichantha); 5810 (Aechmea distichantha var. schlumbergeri); 7147 (Racinaea aerisincola); 7184 (Tillandsia geminiflora); 7184, 7184, 7234 (Tillandsia recurvata); 7234, 7234, 7266 (Billbergia distachia); 7266 (Billbergia distachia var. distachia); 7267 (Vriesea cacuminis); 7267, 7306 (Aechmea phanerophlebia); Sylvestre, L (Billbergia pyramidalis). Tameirão Neto, E (Vriesea interrogatoria); 2888 (Aechmea nudicaulis); 2889 (Vriesea friburgensis); 2890 (Tillandsia tenuifolia); 2890, 2891 (Pitcairnia curvidens); 2892 (Aechmea distichantha); 2893 (Tillandsia stricta); 2893, 2957 (Billbergia distachia); 2957, 672 (Tillandsia stricta); 788 (Tillandsia tenuifolia var. saxicola); 788, 789 (Tillandsia geminiflora); 790 (Tillandsia pohliana); 791 (Tillandsia usneoides); 791. Tameirão-Neto, E. s.n. (Tillandsia tenuifolia). Tatagiba, F.C.P. 66 (Pitcairnia flammea). Teixeira, E.M. s.n. (Tillandsia geminiflora).

337 317 Apêndices Temponi, L.G. 372 (Billbergia distachia); 372. Toledo, C.B. 730 (Fernseea itatiaiae). Torres, R.B. s.n. (Tillandsia sp. não achei); s.n. (Tillandsia sp. não achei); s.n. (Vriesea sp. não achei); s.n. (sp.); sem nº, sem nº. Trindade-Lima, T. 01 (Aechmea distichantha); 02 (Vriesea interrogatoria); 03, 04, 05 (Aechmea distichantha); 06 (Tillandsia stricta); 09 (Tillandsia tenuifolia); 10 (Bromelia antiacantha); 109 (Vriesea gutatta); 11 (Tillandsia gardneri); 114 (Fernseea itatiaiae); 12 (Tillandsia gardneri); 13 (Vriesea bituminosa); 14 (Tillandsia usneoides); 17 (Aechmea distichantha); 181 (Nidularium bicolor); 193 (Dyckia bracteata); 194, 198 (Pitcairnia decidua); 202 (Quesnelia indecora); 209 (Vriesea billbergioides); 22 (Nidularium marigoi); 223 (Tillandsia recurvata); 224 (Tillandsia tricholepis); 225 (Vriesea gradata); 227 (Bromelia antiachantha); 228 (Vriesea pardalina); 229 (Neoregelia ibitipocensis); 23 (Nidularium marigoi); 230 (Vriesea heterostachys); 231 (Nidularium ferdinando-coburgii); 232 (Vriesea procera var. tenuis); 234 (Vriesea lubbersii); 235 (Vriesea paraibica); 236 (Neoregelia simulans); 237 (Dyckia sp 1); 238 (Cryptanthus sp); 239 (Dyckia sp 2); 241 (Cryptanthus tiradentensis); 242 (Pitcairnia sp); 244 (Tillandsia sp (parece milagrensis)); 245 (Tillandsia aeranthus); 247 (Dyckia pectinata); 249 (Dyckia sp 2); 250 (Vriesea interrogatoria); 251 (Dyckia argentea); 252 (Dyckia sp 4); 253 (Vriesea sp nova); 254 (Dyckia sp 1); 255 (Dyckia sp 3); 256 (Dyckia sp 4); 257 (Pitcairnia sp); 26 (Billbergia distachia); 28 (Vriesea interrogatoria); 31 (Tillandsia tenuifolia); 32, 33 (Tillandsia recurvata); 35 (Tillandsia tenuifolia); 36, 37 (Tillandsia stricta); 38 (Tillandsia usneoides); 39 (Tillandsia pohliana); 50 (Billbergia distachia); 53 (Aechmea distichantha); 54 (Vriesea bituminosa); 59 (Aechmea distichantha); 60 (Tillandsia tenuifolia); 61 (Tillandsia stricta); 62, 65 (Tillandsia tenuifolia); 84 (Tillandsia recurvata); 85 (Tillandsia pohliana); 86 (Tillandsia recurvata); 88 (Aechmea bromeliifolia var. albobracteata); 91 (Vriesea altodaserrae); 92 (Aechmea nudicaulis); 93 (Tillandsia tenuifolia); 94 (Tillandsia stricta); 95 (Tillandsia geminiflora); 96 (Ananas bracteatus); 99 (Tillandsia loliaceae). Ule, E. 289 (Vriesea itaiaiae); 290 (Nidularium marigoi); 291 (Fernseea itatiaiae); 291, 302 (Vriesea paraibica); 390 (Nidularium marigoi); 4038 (Neoregelia compacta); 4042 (Portea petropolitana var. noettigii). Urbano 8923 (Tillandsia geminiflora); 8923, 8923, 9267 (Vriesea gradata); 9576 (Vriesea psittacina). Urbano, P.L.K (Aechmea ramosa). Valente, A. 258 (Billbergia zebrina); 263 (Ananas bracteatus); 373 (Vriesea procera var. tenuis); 376 (Vriesea vagans); 382 (Aechmea phanerophlebia); 383 (Vriesea penduliflora); 388 (Pitcairnia flammea). Valente, A.S.M. 157 (Vriesea heterostachys); 157, 221 (Aechmea distichantha); 222 (Pitcairnia flammea); s.n. (Tillandsia stricta). Valente, G.E. 137 (Tillandsia usneoides); 140 (Aechmea nudicaulis); 155 (Acanthostachys strobilacea). Vasconcellos, M.B (Aechmea distichantha); Vasconcelos, M.F. s.n. (Aechmea phanerophlebia); s.n. (Nidularium marigoi); s.n. (Vriesea interrogatoria); s.n. (Vriesea itatiaiae); s.n. (Vriesea vagans). Vidal 3 (Billbergia iridifolia? iridifolia). Vidal, J. s.n. (Billbergia distachia); s.n. (Tillandsia tenuifolia var. vaginata). Vidal, W.N. 510 (Tillandsia tenuifolia); 634 (Pitcairnia decidua). Viegas, A.P (Ananas bracteatus); 6653 (Aechmea distichantha var. distichantha); s.n. (Tillandsia geminiflora); Vieira, C.M. 831 (Aechmea distichantha var. schlumbergeri); 871 (Vriesea longicaulis); 871, 975 (Quesnelia quesneliana); 985 (Quesnelia augusto-coburgii). Vieira, M.C.W. 399 (sp.). Vieira, M.F. 389 (Vriesea heterostachys); 390 (Vriesea longicaulis). Viégas, A.P (Aechmea distichantha var. schlumbergeri); s.n. (Aechmea distichantha); s.n. (Ananas comosus); s.n. (Tillandsia geminiflora). Vosgueritchian, S. 6 (Dyckia tuberosa); 7, 8, 9. Wanderley, M.G.L (Nidularium ferdinando-coburgii); 2550 (Billbergia pohliana); 2551 (Aechmea bruggeri); 2552 (Tillandsia polystachia); 2553 (Tillandsia tricholepis); 2554 (Tillandsia globosa); 2555 (Vriesea procera var. tenuis); 2556 (Vriesea longicaulis); 2557 (Vriesea hoehneana); 2558 (Billbergia reichardtii); 2559 (Quesnelia indecora); 2560 (Vriesea

338 318 Apêndices heterostachys); 2561 (Dyckia princeps); 2562 (Aechmea bruggeri); 2563 (Nidularium bicolor); 2564 (Quesnelia indecora); 2565 (Nidularium purpureum). Warming, E (Billbergia reichardtii). Wasum, R.A (Billbergia distachia). Wawra 330 (Pitcairnia flammea); II-108 (Portea petropolitana var. noettigii); II-197 (Billbergia reichardtii); II-330 (Pitcairnia flammea). Wendt, T. 264 (Aechmea nudicaulis); 264, 318 (Ananas bracteatus); 318, 319 (Bromelia antiacantha); 319. Willians, L.O (Tillandsia recurvata). Zagatto, O. s.n. (Ananas comosus). Zampa, P.C. 60 (Vriesea gradata). Zerny s.n. (Aechmea vanhoutteana). Zikán, J.F. s.n. (Canistrum ex. wittr giganteum).

339 319 Apêndices APÊNDICE IV - FOTOGRAFIAS DE TIPOS Holótipo de Aechmea bambusoides L.B. Sm. & Reitz, Leme (Seidel 526), US. Isótipo de Aechmea bambusoides L.B. Sm. & Reitz, Leme (Seidel 526), HBR. Holótipo de Aechmea bocainensis Pereira & Leme (Gurken 9), HB. Holótipo de Aechmea bruggeri Leme (Brugger s.n., fl. cult. Leme 3404), HB. Isótipo de Aechmea bruggeri Leme (Brugger s.n. fl. cult. Leme 3404), CESJ. Espécime originário do holótipo de Aechmea bruggeri Leme (Brugger s.n.), SEL. Holótipo de Aechmea distichantha var. glaziovii (Baker) L.B. Sm. (Glaziou 8986), K. Isótipo Aechmea distichantha var. schlumbergeri E. Morren ex Mez (Morren Hortus s.n.), B. Holótipo de Aechmea nudicaulis var. cuspidata (Burchell 3150 ), K. Holotipo de Aechmea roberto-anselmoi Pereira & Leme (Leme 94), HB.

340 320 Apêndices Isótipo de Billbergia elegans Mart. ex Schult. f. (Martius s.n.), SEL Isótipo de Billbergia euphemiae var. nudiflora L.B. Sm. (Foster 159), R. Holótipo de Billbergia lymanii var. lymanii Pereira & Leme (Kautsky nº 670), HB. Isótipo de Billbergia lymanii var. angustifolia Pereira & Leme ( Martinelli), HB. Holótipo de Billbergia x claudioi Leme (Leme 934), HB. Isótipo de Billbergia x claudioi Leme (Leme 934), HB. Holótipo de Billbergia tweetidiana var. tweetidiana Baker (Tweedie 1313), K. Isótipo de Bromelia regnelli Mez (Regnell II-285), US. Holótipo de Canistropsis marceloi E. Pereira (Araujo 9), HB. Holótipo de Canistrum auratum Leme (Seidel 1049), SEL.

341 321 Apêndices Isótipo de Canistrum auratum Leme (Seidel 1049), RB. Holótipo de Canistrum auratum Leme (Seidel 1049), HB. Isótipo de Canistrum ingratum Mez (Magalhães 1585), basiônimo de Canistrum giganteum (Baker) L.B. Sm. RB. Holótipo de Canistrum cyathifomis Vell (Schwacke 10558), RB. Isolectótipo de Cryptanthus schwackeanus (Glaziou 17823) P. Isótipos de Dyckia argentea (Glaziou 17279, 17280), P. Holótipo de Dyckia argentea Mez ( Glaziou 17280), B. Holótipo de Dyckia bracteata Mez (Schenck 3510), B. Holótipo de Dyckia cinerea Mez (Glaziou 18570), B.

342 322 Apêndices Holótipo de Dyckia dissitiflora Schult. (Martius s.n.) B. Isolectótipos de Dyckia minarum (Regnell II-283), US. Isolectótipos de Dyckia minarum (Regnell II-283), US. Isólectótipo de Dyckia minarum Mez (Regnell 283 II). R. Holótipo de Dyckia pectinata Smith & Reitz (Pabst 4129), SP, HB.

343 323 Apêndices Holótipo de Dyckia saxatilis Mez (Schwacke, W. 8948), B. Isótipo de Dyckia saxatilis Mez (Schurcke 8948), RB. Holótipo de Neoregelia angustibracteolata Pereira & Leme (Leme 691), HB. Holótipo de Neoregelia brigadeirensis Paula & Leme (Paula 1268), VIC. Isótipo de Neoregelia brigadeirensis Paula & Leme (Paula 1265), GFJP. Holótipo de Neoregelia brownii Leme (Leme 2174), GFJP. Isótipo de Neoregelia brownii Leme (Leme 2174), HB. Holótipo de Neoregelia cyanea (Beer) L.B. Sm. (Hortus s.n.), B.

344 324 Apêndices Holótipo de Neoregelia ibitipocensis Leme (Leme 2174), HB. Holótipo de Neoregelia lactea Luther & Leme (Menescal s.n.), HB. Holótipo de Neoregelia lymaniana R. Braga (Braga 32 ). RB. Isótipo de Neoregelia oligantha L.B. Smith (Foster 742), US. Holótipo de Neoregelia ruschii Leme & B.R.Silva, (Leme 4896), HB. Holótipo de Neoregelia sanguinea Leme (Leme 1917), HB. Isótipos Nidularium apiculatum var. serrulatum (Foster 121 ), R. Holótipo de Nidularium azurea L.B. Sm. (Heringer 1536), SP. Holótipo de Nidularium bicolor (E. Pereira), HB. Parátipo de Nidularum coralinum B.A. Moreira & Wand. (Catharino s.n.), HB.

345 325 Apêndices Holótipo de Nidularium itatiaie L.B. Sm. (Foster 118), R. Holótipo de Nidularium rubens Mez (Glaziuou 13248),B. Holótipo de Pitcairnia carinata Mez (Glaziou 13256), B. Isótipo de Pitcairnia decidua L.B. Sm. (Foster 893), SP. Holótipo de Pitcairnia flammea var. flocosa L.B. Sm. (Ostermeyer s.n.), SP. Holótipo de Pitcairnia flammea var. glabrior L.B. Sm. (Hoehne s.n.), SP Holótipo de Pitcairnia flammea var. macropoda L.B. Sm. (M. Magalhães), HB. Holótipo de Quesnelia kautsky Vieira (Vieira 967), RB. Parátipo de Quesnelia kautsky Vieira (Bianchini 272), SPF. Holótipo de Tillandsia gardneri var. gardneri Lindl.(Gardner 134), K.

346 326 Apêndices Holótipo de Tillandsia gardneri var. rupicola Pereira (Araujo 24), HB. Holótipo de Tillandsia parvispica Baker (Glaziou 13258), P. Holótipo de Tillandsia streptocarpa Baker (Balansa 615), K. Isótipo de Tillandsia stricta var. albifolia (Hromadnik 6135), HB. Holótipo de Tillandsia stricta forma nivea Leme (Nahoum s.n.), HB. Holótipo de Tillandsia tenuifolia var. saxicola L.B. Sm. (Gerht s.n.), SP. Holótipo de Tillandsia tricholepis var. tricholepis (Mandon, G. 1179), K. Isótipo de Vriesea billbergioides E. Morren ex Mez (Glaziou 3630), P. Holótipo de Vriesea cacuminis L.B. Sm. (Schwacke 12296), RB. Isótipo, US.

347 327 Apêndices Neótipo de Vriesea corcovadensis (Glaziou A ), K. Holótipo de Vriesea crassa (Glaziou 13261), K. Isótipo de Vriesea crassa (Glaziou 13261), P. Holótipo de Vriesea ensiformis, P. Holótipo de Vriesea ensiformes var. bicolor (Hoehne s.n.), SP. Holótipo de Vriesea fontellana (Leme 692), HB. Holótipo de Vriesea friburgensis var. friburgensis (Glaziou 16467), K. Holótpo de Vriesea gradata (Glaziou 15473), K. Isótipo de Vriesea heterostachys (Glaziou 13260), P. Isótipo de Vriesea interrogatoria (Foster 1039), SP. Holótipo de Vriesea longicaulis (Glaziou 8988), K.

348 328 Apêndices Isótipo de Vriesea menescalii (Leme 693), RB. Isótipo de Vriesea modesta (Magalhães 1020), R. Isótipo de Vriesea morrenii (Wawra 72), B. Isótipo de Vriesea pardalina (Glaziou 15474), P. Holótipo de Vriesea pardalina (Glaziou 15474), B. Isótipo de Vriesea procera var. tenuis (Gehrt 1820), SP. Holótipo de Vriesea rafaelii (Leme 3410), HB. Isótipo de Vriesea ruschii subsp. leonii (Leoni 1968), HB. Isótipo de Vriesea saxicola (Schwacke 12086), US.

349 329 Apêndices Holótipo de Vriesea saxicola (Schwacke 12086), RB. Holótipo de Vriesea sceptrum (Regnell III-1254), US. Holótipo de Vriesea schwackeana (Schwacke 9209), B. Isótipo de Vriesea schwackeana (Schwacke 9209), RB. Isótipo de Wittrockia tenuisepala (Seidel, A. 1099), RB.

350 329 Apêndices APÊNDICE V. FOTOGRAFIAS DAS ESPÉCIES Aechmea bocainensis Aechmea bromeliifolia Aechmea brueggeri Aechmea distichantha var. schlumbergeri Aechmea gamosepala Aechmea lamarchei Aechmea organensis Aechmea phanerophlebia Aechmea pineliana Aechmea purpureorosea Aechmea robertoansemoi Alcantarea extensa Alcantarea Alcantarea odorata Alcantarea regina Ananas bracteatus

351 330 Apêndices Billbergia x claudioi Billbergia amoena var. robertiana Billbergia distachia var. concolor Billbergia lymanii var. lymanii Billbergia horrida Billbergia porteana Billbergia sanderiana Billbergia tweedieana Billbergia vittata Billbergia iridifolia Billbergia zebrina Canistrum auratum Cryptanthus regius Cryptanthus schwackeanus Cryptanthus tiradentesensis Dyckia pectinata

352 331 Apêndices Dyckia sp 1 Dyckia sp 2 Dyckia sp 3 Dyckia sp 4 Neoregelia brigadeirensis Nidularium antoineanum Nidularium azureum Nidularium corallinum Nidularium itatiaie Nidularium meanum Nidularium rubens Pitcairnia carinata Pitcairnia decidua Portea petropolitana var. petropolitana Portea petropolitana var. noettigii Portea silveirae

353 332 Apêndices Quesnelia augustocoburgii Quesnelia liboniana Quesnelia kautskyi Quesnelia strobilispica Quesnelia quesneliana Quesnelia testudo Tillandsia chapeuensis Tillandsia juncea Tillandsia loliacea Tillandsia polystachia Tillandsia stricta var. albiflora Vriesea altodaserrae Vriesea arachnoidea Vriesea cacuminis Vriesea carinata Vriesea corcovadensis

354 333 Apêndices Vriesea ensiformis Vriesea friburgensis var. friburgensis Vriesea gradata Vriesea grandiflora Vriesea hoehneana Vriesea incurvata Vriesea interrogatoria Vriesea itatiaiae Vriesea longicaulis Vriesea lubbersii Vriesea pardalina Vriesea pauperrima Vriesea penduliflora Vriesea platynema Vriesea rafaelii Vriesea sceptrum

355 334 Apêndices Acanthostachys strobilacea Aechmea bambusoides Aechmea bromeliifolia var. albobracteata Aechmea distichantha Lem. var. distichantha Aechmea distichantha var. glaziovii Aechmea nudicaulis var. nudicaulis Aechmea nudicaulis var. cuspidata Aechmea vanhoutteana Ananas ananassoides Ananas comosus Alcantarea nahoumii Billbergia leptopoda Billbergia distachia var. distachia Billbergia euphemiae var. euphemiae Billbergia pyramidalis

356 335 Apêndices Bromelia antiacantha Bromelia balansae Canistropsis marceloi Canistrum cyathiforme Canistrum giganteum Canistrum lindenii Dyckia argentea Dyckia bracteata Dyckia cinerea Dyckia princeps Dyckia tuberosa Fernseea itatiaiae Neoregelia chlorosticta Neoregelia farinosa Neoregelia ibitipocensis

357 336 Apêndices Neoregelia lactea Neoregelia lymaniana Neoregelia ruschii Neoregelia sanguinea Neoregelia simulans Nidularium apiculatum var. apiculatum Nidularium apiculatum Nidularium bicolor Nidularium ferdinandocoburgii Nidularium longiflorum Nidularium marigoi Nidularium purpureum Nidularium rutilans Pitcairnia flammea var. flammea Pitcairnia lanuginosa

358 337 Apêndices Quesnelia indecora Racinaea aerisincola Tillandsia aeranthus Tillandsia geminiflora Tillandsia globosa Tillandsia pohliana Tillandsia pruinosa Tillandsia recurvata Tillandsia streptocarpa Tillandsia stricta var. stricta Tillandsia tenuifolia var. tenuifolia Tillandsia tenuifolia var. vaginata Tillandsia tricholepis Tillandsia usneoides Vriesea bituminosa

359 338 Apêndices Vriesea carinta var. flavominiata Vriesea crassa Vriesea ensiformes var. bicolor Vriesea flava Vriesea gigantea Vriesea guttata Vriesea heterostachys Vriesea inflata Vriesea paraibica Vriesea procera var. procera Vriesea procera var. tenuis Vriesea sazimae Vriesea simplex Vriesea vagans Wittrockia tenuisepala

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