SINTAGMA? O SINTAGMA NOMINAL SINTAGMA?

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1 SINTAGMA? O SINTAGMA NOMINAL Prof. Valter de Carvalho IFBA Campus Simões Filho O dicionário digital Aulete o define: (sin.tag.ma) sf. 1. Ling. Unidade sintática que, na hierarquia da estrutura gramatical de uma língua, se situa entre a palavra e a oração (p.ex.: as rosas brancas). 2. Tratado de algum assunto dividido em classes, números etc. 3. Na antiga Macedônia, divisão da falange constituída por 256 homens. [F.: Do gr. sýntagma, -atos.] Fonte: 2 SINTAGMA? Sintagmas são unidades mínimas entre as quais se estabelece uma relação de determinação. Em uma relação sintagmática, um dos elementos modifica ou determina o outro, especificando-o de alguma maneira. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 288) Determinado: Elemento que sofre modificação. Determinante: Elemento que modifica o outro termo do sintagma. 3 4

2 QUAL É O NÚCLEO DO SINTAGMA NOMINAL? A NATUREZA DO SINTAGMA O garoto é esperto. Meu amigo recebeu a premiação. A virtude é uma característica humana. Os alunos apresentaram os trabalhos. Sintagma Nominal Núcleo É importante ressaltar que a natureza do sintagma irá depender única e exclusivamente do tipo de elemento que constitui seu núcleo. Partindo desse pressuposto, temos o sintagma nominal, cujo núcleo é um nome; sintagma verbal, tendo como núcleo um verbo; sintagma adjetival, cujo núcleo é um adjetivo, e os sintagmas preposicionados, geralmente constituídos de uma preposição + um sintagma nominal. Fonte: QUAIS ELEMENTOS DO SINTAGMA NOMINAL? Existem no sistema alguns elementos não ressaltados anteriormente, como é o caso do determinante, geralmente representado pelos artigos, numerais e pronomes adjetivos. Há também um elemento situado no sintagma verbal, que diz respeito ao elemento modificador, representado pelo advérbio de tempo hoje ; bem como no segundo sintagma nominal, representado pelo adjetivo excelente. Fonte: 7 8

3 NÚCLEO DO SN SUBSTANTIVO Substantivos são as palavras que designam os serem em geral, reais ou imaginários. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 288) 9 10 CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES E COMPOSTOS Os substantivos são classificados em relação à aquilo a que fazem referência no mundo exterior (objetivo) e no mundo interior (subjetivo). Podem ser próprios ou comuns, concretos ou abstratos. Dentre os comuns, incluem-se os coletivos. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 288) Com relação à forma, os substantivos podem ser simples ou compostos, primitivos ou derivados. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 289) Os substantivos formados por um único radical são considerados simples. Exemplos: cabeça, perna, pé, mesa, casa, etc. Os substantivos formados por mais de um radical são considerados compostos. Exemplos: pé-de-moleque, perna-de-pau, cabeça-de-casal, etc. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 289) 11 12

4 PRIMITIVOS E DERIVADOS PRÓPRIOS E COMUNS Os substantivos que não se originam de qualquer outro radical da língua são considerados primitivos. Exemplos: casa, flor, pedra, etc. Os substantivos formados a partir de um radical preexistente são considerados derivados. Exemplos: casario, casebre, floricultura, florista, pedreira, pedregulho, etc. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 289) Os substantivos que nomeiam seres particulares, únicos, dentre aqueles de uma mesma espécie, são chamados de próprios. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 289) Por oposição aos substantivos próprios, há, na língua, um grande número de substantivos utilizados para nomear todos os seres de uma mesma espécie ou conceitos abstratos, como os sentimentos humanos. Esses são os substantivos comuns. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 290) COMUNS > COLETIVOS HÁ SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS? E COMUNS? IDENTIFIQUE-OS. Disponível em: São chamados de substantivos coletivos aqueles que, no singular, fazem referência a um conjunto de seres de uma mesma espécie, ou a corporações sociais e religiosas agrupadas para determinado fim. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 290) 15 16

5 CONCRETOS E ABSTRATOS Substantivos concretos são aqueles que designam os seres que têm uma existência independente, real ou imaginária. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 291) Substantivos abstratos são aqueles que nomeiam conceitos como ações, estados, qualidades, sentimentos, sensações, que não têm uma existência independente. Sua manifestação está sempre associada a um ser do qual depende a sua existência. São, nesse sentido, abstrações. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 292) Disponível em: FLEXÃO DO SUBSTANTIVO Flexão é o processo a partir do qual se obtém uma mudança na forma de uma palavra variável, para a expressão de noções gramaticais como gênero, número, grau, pessoa, modo, tempo e voz. As flexões são marcadas, na língua, por sufixos ou desinências. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 295) FLEXÃO DO SUBSTANTIVO Os substantivos, como vimos, são palavras variáveis. Como tais, sofrem flexão de gênero (masculino ou feminino) e número (singular e plural). Podem também apresentar diferentes formas associadas à variação de grau. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 295) 19 20

6 GÊNERO MENINO MENINA [...] o gênero é uma categoria essencialmente linguística, que não tem uma correlação absoluta com o sexo dos seres em questão. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 295) CRIANÇA GÊNERO - CLASSIFICAÇÃO Pertencem ao gênero gramatical masculino todos os substantivos que requerem os artigos masculinos o, um e os pronomes adjetivos masculinos meu, teu, seu, este, etc. Exemplos: o homem, o aluno, o telegrama, o telefonema, o algodão, o planeta, o sofá, um jacaré, meu livro, seu computador, este espelho. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 295) GÊNERO - CLASSIFICAÇÃO Pertencem ao gênero gramatical feminino todos os substantivos que requerem os artigos femininos a, uma e os pronomes adjetivos femininos minha, tua, sua, esta, etc. Exemplos: a mesa, a solidão, uma estrela, minha xícara, esta borboleta. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 295) 23 24

7 GÊNERO CLASSIFICAÇÃO - CURIOSIDADE GÊNERO FORMAÇÃO Há, na língua portuguesa, uma série de substantivos que mudam de significado quando mudam de gênero. Alguns dos casos mais conhecidos são os seguintes: o cabeça (chefe, líder) / a cabeça (parte do corpo) o capital (dinheiro) / a capital (cidade) o moral (ânimo, brio) / a moral (conjunto de valores...) (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 295) Chega-se às formas femininas, na língua, basicamente de duas maneiras: por processos centrados nos próprios radicais; pela flexão (mudança na terminação da palavra). (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 295) GÊNERO FORMAÇÃO Processos centrados nos radicais Quando a distinção de gênero é feita pelo uso de radicais diferentes, temos os heterônimos. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 296) GÊNERO FORMAÇÃO Processos centrados nos radicais Os substantivos de um único gênero que designam animais são conhecidos como epicenos. a águia a barata a borboleta a cobra a onça o condor o grilo o polvo o rouxinol o tigre Quando é necessário estabelecer uma diferença de sexo no caso de substantivos epicenos, os adjetivos macho e fêmea são acrescentados após o substantivo. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 296) 27 28

8 GÊNERO FORMAÇÃO GÊNERO FORMAÇÃO Processos centrados nos radicais Em muitos casos, a distinção de gênero é marcada pela anteposição, a um mesmo radical, de determinantes (artigos, pronomes) no gênero masculino ou feminino. Esses substantivos são conhecidos como comuns-de-dois. o agente a agente / o colega a colega o gerente a gerente / o cliente a cliente (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 296) Processos centrados nos radicais Alguns radicais designam tanto pessoas do sexo masculino como pessoas do sexo feminino. Esses substantivos recebem o nome de sobrecomuns e têm um único gênero gramatical. o algoz o carrasco o cônjuge o ente o indivíduo o ser a criança a criatura a pessoa a testemunha (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 296) GÊNERO FORMAÇÃO Flexão (mudança na terminação da palavra) Substantivos em que a forma masculina apresenta uma vogal temática, -o ou e, a associada ao radical; a vogal temática é suprimida antes do acréscimo do morfema de feminino a: aluno aluna / elefante elefanta / filho filha (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 297) GÊNERO FORMAÇÃO Flexão (mudança na terminação da palavra) Substantivos sem vogal temática na forma masculina, com o radical terminado em consoante; acrescenta-se simplesmente o morfema a: camponês camponesa / doutor doutora (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 297) 31 32

9 GÊNERO FORMAÇÃO GÊNERO FORMAÇÃO Flexão (mudança na terminação da palavra) Substantivos terminados em ão formam o feminino em oa, -ã ou ona: - oa: leitão leitoa / leão leoa - ã: aldeão aledã / cidadão cidadã - ona: folião foliona / solteirão solteirona (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 297) Alguns substantivos além do acréscimo do morfema a, sofrem, no feminino, transformações mais drásticas na forma do radical, ou recebem, ainda, algum sufixo específico. Outros sofrem apenas transformação no radical, sem acréscimo de morfema. São, por esse motivo, casos excepcionais. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 297) GÊNERO FORMAÇÃO NÚMERO abade abadessa avô avó ator atriz cão cadela frade freira réu ré (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 297) Os substantivos podem ocorrer nas estruturas da língua em uma forma singular ou plural. Em sua forma singular, os substantivos designam um único ser (ou, no caso dos coletivos, um conjunto de seres tomado como um todo). (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 297) 35 36

10 NÚMERO Alguns substantivos são empregados apenas em sua forma plural. Exemplos: afazeres, anais, belas-artes, condolências, fezes, núpcias, arredores, férias, óculos, olheiras, pêsames. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 298) NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Alguns substantivos são empregados apenas em sua forma plural. Exemplos: afazeres, anais, belas-artes, condolências, fezes, núpcias, arredores, férias, óculos, olheiras, pêsames. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 298) NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL No caso da flexão de número, as formas não marcadas são as do singular. As formas marcadas são as do plural, para cuja formação acrescenta-se o morfema s. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 298) 39 40

11 NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Regra geral A regra geral de formação do plural estabelece que substantivos terminados em vogal ou ditongo recebem o acréscimo do morfema s à forma singular. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 298) Regra geral Os substantivos que terminam com a letra m também são incluídos nessa regra, porque a função dessa letra, na escrita, é marcar a nasalidade das vogais em posição final de palavra. Com o acréscimo do morfema de plural, troca-se o m por n. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 298) NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Regras especiais Substantivos terminados em -ão A maioria desses substantivos troca o ão por ões. Fazem parte desse grupo todos os aumentativos [...]. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 298) 43 44

12 45 46 NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Regras especiais Substantivos terminados em -ão Alguns substantivos terminados em ão fazem o plural em -ães. alemão > alemães capitão > capitães cão > cães (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 298) NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Regras especiais Substantivos terminados em -ão Há um grupo que apenas acrescenta o morfema s à forma singular, encaixando-se, portanto, na regra geral apresentada. Fazem também parte desse grupo todos os substantivos em ão que têm acentuação paroxítona. cidadão > cidadãos cristão > cristãos (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 299) 47 48

13 NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Regras especiais Substantivos terminados em -ão Há alguns substantivos em ão que admitem mais de um plural: ermitão > ermitãos, ermitães ou ermitões aldeão > aldeãos, aledães ou aldeões (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 299) NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Substantivos compostos [...] Se as palavras que formam o substantivo composto não são ligadas por hífen, somente o segundo radical vai para o plural: aguardentes claraboias malquereres lobisomens pontapés vaivéns. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 299) NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Substantivos compostos Se são ligadas por hífen, há três possibilidades de plural: a) apenas o primeiro radical vai para o plural quando há uma preposição ligando os radicais e quando o segundo de dois substantivos funciona como especificador do primeiro, indicando finalidade ou tipo. pés-de-moleque pés-de-cabra navios-escola saláriosfamília. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 299) 51 52

14 NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Substantivos compostos b) apenas o segundo radical vai para o plural quando o primeiro dos radicais é um verbo ou palavra invariável. guarda-chuvas sempre-vivas abaixo-assinados vicepresidentes. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 299) Substantivos compostos c) ambos os radicais vão para o plural nos compostos formados por palavras variáveis (substantivo + substantivo, substantivo + adjetivo, adjetivo + substantivo). cartas-bilhetes amores-perfeitos obras-primas gentis-homens. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 299) NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Mudança de timbre na formação do plural São também tratados como especiais os substantivos de tema em o que, ao receberem o sufixo de plural s, sofrem um processo de metafonia (mudança do timbre fechado do singular para o timbre aberto no plural) na vogal tônica do radical. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 299) 55 56

15 GRAU GRAU Os substantivos podem variar segundo as formas em que se apresentam, podendo ser usados com sua significação normal (no grau normal), diminuída ou atenuada (no diminutivo), aumentada ou intensificada (no aumentativo). (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 300) A língua tem dois processos para marcar essa gradação nos substantivos: a) Sintético: por meio do uso de sufixos diminutivos ou aumentativos especiais, como inho(a), -zinho(a), ito(a), - ico(a), -ão(ona), -aço(a), -arra. [...] b) Analítico: por meio do acréscimo de um adjetivo que indique aumento ou diminuição, ou alguma ideia associada a tais noções. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 300) GRAU - CURIOSIDADE Existem algumas palavras da língua que eram, na origem, formas aumentativas e diminutivas de substantivos. Com o tempo, perdeu-se a ideia de aumentativo e diminutivo e houve uma especialização do sentido de tais palavras, que são hoje tomadas como em grau normal. Conheça algumas: armarinho cartão portão cartilha folhinha (calendário) lingueta vidrilho mamão cordão. (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 300) 59 60

16 NÚCLEO DO SN PRONOME Pronome é a palavra variável que identifica, na língua, os participantes da interlocução (1ª e 2ª pessoas discursivas) e os seres, eventos ou situações aos quais o discurso faz referência (3ª pessoa discursiva). ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 322) PRONOMES SUBSTANTIVOS Sabemos que os pronomes podem ocupar o lugar dos substantivos no sintagma, como também podem acompanhá-los. Dessa maneira, eles podem exercer as mesmas funções desempenhadas por um substantivo. Amar É Kamau Momentos vão e a história fica Ninguém explica de onde vem, pra onde vai O sentimento que atrai do pensamento não sai Envolvimento, quer mais No esquecimento não cai Eu cai fácil nessas armadilhas Faze o que se eu fico fraco quando o olho brilha E ele não mente Por mais que a mente se negue Enganar o que o coração sente, quem consegue? Pra que evitar se é verdadeiro? Por que tentar lidar se é passageiro? Como encontrar o que vá durar? Que seja o mais perfeito, eterno e derradeiro O meu, foi confundido, iludido, dividido Traído, mal entendido e ás vezes correspondido Mas se o cupido resolver acertar A gente fica sem saber se portar Então quem sou eu pra falar? 63 64

17 NÚCLEO DO SN NUMERAIS Numeral é a classe especial de palavras que indicam número ou quantidade exata de seres ou o lugar por eles ocupado em uma série. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 367) DETERMINANTES A função dos determinantes no sintagma nominal é especificar o nome, ou seja, o substantivo ou qualquer palavra que ocupe a sua função

18 DETERMINANTES ARTIGO Artigo é a palavra variável em gênero e número que se antepõe aos substantivos, determinando-os. A determinação operada pelo artigo pode ser definida ou indefinida. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 359) ARTIGO Os artigos definidos tornam mais específicos os substantivos por eles modificados. Os indefinidos provocam um efeito contrário: generalizam os substantivos que modificam. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 359) 71 72

19 PRONOME NUMERAL O SINTAGMA ADJETIVAL Prof. Valter de Carvalho IFBA Campus Simões Filho ADJETIVOS Adjetivos são palavras variáveis que especificam o substantivo, caracterizando-o. Essa especificação pode referir-se a uma qualidade (profissional honesto), a um estado (carro amassado), a um aspecto ou aparência (mar azul), a um modo de ser particular (criança mimada). ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 307) 76

20 LOCUÇÃO ADJETIVA É muito comum, na língua, o emprego de conjuntos de palavras (geralmente preposições + substantivos ou preposições + advérbios) com valor e função de adjetivo. Esses conjuntos são chamados de locuções adjetivas. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 307) CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS PRIMITIVOS E DERIVADOS Adjetivos primitivos são termos constituídos por um radical que não sofre o acréscimo de afixos derivacionais. Poucos são primitivos. Dentre eles, estão os nomes de cores e alguns outros: branco, preto, azul, amarelo, vermelho, curto, grande, pequeno, brando, claro, escuro, liso, livre, triste, feliz. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 308) 79 80

21 PRIMITIVOS E DERIVADOS PRIMITIVOS E DERIVADOS ADJETIVOS PÁTRIOS Adjetivos derivados são aqueles formados a partir de outros radicais por meio do acréscimo de afixos derivacionais: infeliz, amarelado, enraivecido, apavorado, desconfortável, imóvel. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 308) Muitos dos adjetivos pátrios, ou seja, aqueles que se referem a continentes, países, regiões, estados, cidades etc., são adjetivos derivados. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 308) SIMPLES E COMPOSTOS Adjetivos simples são os que apresentam um único radical [...]. Adjetivos compostos são aqueles formados por mais de um radical: azul-marinho, vermelho-sangue, amarelo-ouro, médico-hospitalar, socioeconômico, luso-brasileiro, político-institucional, ítalo-brasileiro, sino-soviético. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 309) 83 84

22 ADJETIVO - FLEXÃO ADJETIVO - FLEXÃO Os adjetivos, assim como os substantivos, também apresentam flexões de gênero, número e grau. A morfossintaxe da língua portuguesa exige que os adjetivos concordem em gênero e número com os substantivos que eles modificam. Isso significa que eles devem assumir o mesmo gênero e o mesmo número que o substantivo. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 312) ADJETIVO - FLEXÃO Assim, se o substantivo é masculino, o adjetivo deve ser também masculino; se o substantivo é feminino, o adjetivo deve ser feminino: secretário discreto, secretária discreta. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 312) ADJETIVO - FLEXÃO A mesma regra vale também para a noção gramatical de número. Substantivos no plural pedem adjetivos no plural; substantivos no singular, adjetivos no singular: caso complicado, casos complicados; prova complicada, provas complicadas. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 312) 87 88

23 ADJETIVO FLEXÃO - GÊNERO Morfologicamente, os adjetivos não têm um gênero definido. Eles assumem o gênero dos substantivos que modificam. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 312) ADJETIVO FLEXÃO - GÊNERO ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 312) ADJETIVO FLEXÃO - GÊNERO São uniformes aqueles que têm uma mesma forma, tanto no masculino como no feminino, ou seja, não admitem flexão morfológica. Seu gênero será determinado pelo gênero intrínseco do substantivo que modificam. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 312) 91 92

24 ADJETIVO FLEXÃO - GÊNERO São biformes os adjetivos que podem apresentar-se sob duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino, ou seja, podem flexionar-se morfologicamente. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313) ADJETIVO FLEXÃO - GÊNERO No caso dos adjetivos compostos, formados, em sua maioria, por dois adjetivos, somente o segundo recebe a flexão do feminino, se ele for biforme: consultório médico-dentário, clínica médico-dentária; acordo luso-brasileiro, união luso-brasileira. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313) ADJETIVO FLEXÃO - GÊNERO As exceções são: azul-marinho, que é uniforme (o termo azul-marinho, a capa azulmarinho), e surdo-mudo, que tem os dois elementos flexionados no feminino (rapaz surdo-mudo, moça surda-muda). ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313) 95 96

25 ADJETIVO FLEXÃO - NÚMERO [...] os adjetivos devem concordar em número com o substantivo que modificam, assumindo a forma singular ou plural desse substantivo. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313) ADJETIVO FLEXÃO - NÚMERO Com relação aos adjetivos compostos por dois adjetivos, somente o segundo sofre a flexão de número (a regra, aqui, é a mesma que vimos para a flexão de gênero dos adjetivos compostos): clínica médico-dentária, clínicas médico-dentárias; acordo lusobrasileiro, acordos luso-brasileiros. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313) ADJETIVO FLEXÃO - NÚMERO As exceções são azul-marinho e azul-celeste, que são invariáveis (automóvel azul marinho, automóveis azul-marinho), e surdo-mudo, cujos dois radicais vão para o plural (o rapaz surdo-mudo, os rapazes surdos-mudos). ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313)

26 ADJETIVO FLEXÃO - NÚMERO ADJETIVO FLEXÃO - GRAU São invariáveis quanto ao número os adjetivos compostos referentes a nomes de cores que têm um substantivo como segundo radical: farda verde-oliva, fardas verde-oliva; tinta amarelo-canário, tintas amarelo-canário. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313) A flexão de grau dos adjetivos ocorre sempre que se quer comparar ou intensificar as características que atribuem aos substantivos. No primeiro caso, tem-se o grau comparativo. No segundo, o grau superlativo. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 313) ADJETIVO FLEXÃO - GRAU A variação de grau manifesta-se morfologicamente pela flexão (as chamadas formas sintéticas) ou, sintaticamente, pelo uso de outras palavras, em estruturas comparativas ou superlativas (as chamadas formas analíticas). ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 314) ADJETIVO FLEXÃO GRAU COMPARATIVO No grau comparativo, como o nome indica, confronta-se a maneira como determinada qualidade ou estado manifesta-se em mais de um ser, ou a maneira como duas ou mais qualidades ou estados manifestam-se em um mesmo ser. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 314)

27 ADJETIVO FLEXÃO GRAU COMPARATIVO ADJETIVO FLEXÃO GRAU COMPARATIVO ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 314) Este candidato é tão honesto quanto os demais candidatos do seu partido. Aquele aluno é tão desatento quanto nervoso. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 314) ADJETIVO FLEXÃO GRAU COMPARATIVO ADJETIVO FLEXÃO GRAU COMPARATIVO Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu. Aquele aluno é mais desatento do que nervoso. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 314) Meu candidato é menos desonesto do que o seu. Aquele aluno é menos desatento do que nervoso ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 314)

28 ADJETIVO FLEXÃO GRAU COMPARATIVO ADJETIVO FLEXÃO GRAU SUPERLATIVO Alguns adjetivos têm uma forma sintética para a expressão do grau comparativo de superioridade. São eles: bom, mau, grande e pequeno, que apresentam as formas melhor, pior, maior e menor. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 314) No grau superlativo, intensifica-se uma determinada qualidade ou estado em termos relativos ou absolutos. Por esse motivo, o superlativo pode ser classificado em relativo ou absoluto. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 315) ADJETIVO FLEXÃO GRAU SUPERLATIVO RELATIVO Indica que determinado ser, com relação a todos os demais seres de um conjunto que apresentam uma certa qualidade, destaca-se por apresentá-la em grau maior ou menor. É sempre expresso de forma analítica, por meio do uso de advérbios, e pode ser de superioridade ou de inferioridade. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 315) ADJETIVO FLEXÃO GRAU SUPERLATIVO RELATIVO Ele é menos egoísta de todos. Este é o mais interessante dos livros que li. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 315)

29 ADJETIVO FLEXÃO GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO ADJETIVO FLEXÃO GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO Indica que determinado ser apresenta certa qualidade em um alto grau; expressa a ideia de excesso. Pode assumir forma sintética ou analítica. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 315) Este é um piloto velocíssimo. A prova de hoje estava dificílima. Aquele homem é paupérrimo. Este é um piloto muito veloz. A prova de hoje estava extraordinariamente difícil. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p ) FORMAS AUMENTATIVAS E DIMINUTIVAS FORMAS AUMENTATIVAS E DIMINUTIVAS O acréscimo de sufixos aumentativos e diminutivos ao radical de um adjetivo dará origem a um novo adjetivo. Como se trata de um processo derivacional, portanto resultando na formação de uma nova palavra, não se diz que houve uma flexão de grau do adjetivo. O que se constata é a possibilidade de variar o grau de um mesmo adjetivo, atenuando-o ou intensificando-o, por meio da criação de formas derivadas. ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 316) bonito > bonitão > bonitinho rico > ricaço > riquinho bobo > bobão > bobinho ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2008, p. 316)

30 REFERÊNCIA ABAURRE, Maria Luiza; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela. Português: contexto, interlocução e sentido. v.2. São Paulo: Moderna,