PROSÓDIA E DIALETOLOGIA DO MARANHÃO: UM BREVE PANORAMA

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1 PROSÓDIA E DIALETOLOGIA DO MARANHÃO: UM BREVE PANORAMA Gizelly Fernandes Maia dos Reis Soares (UFRJ) 1 gizellydosreis@gmail.com RESUMO: O presente artigo situa-se no âmbito dos estudos de prosódia dialetal do Português do Brasil e visa a descrever os comportamentos entoacionais possíveis em enunciados interrogativos neutros do tipo questão total de São Luís e de Alta Parnaíba. Nesta pesquisa, o corpus é constituído por dados coletados pelo Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), no municípios de São Luís, por meio do Questionário de Prosódia, do Questionário Fonético-Fonológico, do Questionário Semântico-Lexical e do Questionário Morfossintático do Projeto ALiB. A pesquisa seguirá os preceitos teóricos de Pierrehumbert (1980), para a interpretação fonológica dos dados, valendo-se ainda do aparato metodológico oferecido pela Fonética Experimental para a análise acústica, que empregará como instrumento computacional o programa PRAAT. PALAVRAS-CHAVE: Prosódia Dialetal; Entoação; Maranhão. ABSTRACT: This article, included in the Brazilian s Portuguese dialectal prosody Field, intends to analyse the possible melodic features intonation in the interrogative neutral of the yes or no question statements São Luís and Alto Parnaíba. In this study, the corpus consists of data collected by the Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) in the São Luís, through Prosody Questionnaire, Phonetic- Phonological Questionnaire, Lexical-Semantic Questionnaire and the Morphosyntatic Questionnaire of the Projeto ALiB. The research will follow the theoretical rules of Pierrehumbert (1980) for phonological interpretation of the data, using even the methodological apparatus offered by experimental phonetic acoustic analysis, wich will utilize as an instrument PRAAT computer program. KEYWORDS: Dialectal Prosody; Intonation; Maranhão. 1. Introdução Ao levantarmos a ideia de estudos dialetais no Brasil e Geografia Linguística, logo pensamos nos atlas linguísticos que se tem produzido no país. Percebemos que este trabalho de produção inclui caracterização dos falares nos aspectos fonético-fonológico, lexical, morfossintático, além das abordagens sócio e etnolinguísticas de um falar específico. Com isso, acreditamos que o trabalho desenvolvido pelos pesquisadores não 1 Mestranda em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. gizellydosreis@gmail.com 298

2 pode ser de rotulação, mas sim de descrição e levantamento das tendências, pois esta é a função de um atlas. Assim, nosso trabalho tem por objetivo somar-se a descrições, como as do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) e do Atlas Linguístico do Maranhão (ALiMA) que colaborem para o conhecimento da realidade linguística do Maranhão e, também, aprofundar o conhecimento acerca dos falares maranhenses. Para tal descrição, nos ateremos aos fenômenos prosódicos. Estudos de nossos primeiros dialetólogos, como Amadeu Amaral (1920), Antenor Nascentes (1922), Mário Marroquim (1934), José Aparecido Teixeira (1938, 1944), já dedicados a descrever os falares do Brasil, continham comentários acerca de fenômenos prosódicos, baseados, via de regra, em impressões auditivas, e Antenor Nascentes já previa a investigação de aspectos prosódicos para elaboração de um Atlas Nacional. Sendo assim, nossa atual pesquisa vem complementar e refinar os estudos sobre o Português falado no Maranhão, desde antigamente almejados, apresentando levantamento dialetológico e a descrição prosódica dos enunciados interrogativos produzidos por informantes da capital maranhense. Para tal abordagem, este artigo se organizou da forma como está descrito a seguir. Nesta primeira seção, abrimos o trabalho. Na segunda seção, reunimos as ideias a respeito da prosódia dialetal. Levantamos estudos feitos neste campo, no português do Brasil e em outras línguas, como o espanhol, o francês, o alemão e o escandinavo. Em seguida, delimitamos ainda mais nosso campo de análise, como pode ser percebido na terceira seção, na qual abordamos as características fonéticas suprassegmentais presentes na entoação onde destacamos o elemento prosódico por excelência : a frequência fundamental. Na quarta seção deste artigo, apresentamos a metodologia aplicada no desenvolvimento do trabalho. Relatamos os procedimentos metodológicos utilizados, de acordo com a proposta do Projeto Atlas Linguístico do Brasil. Tratamos dos procedimentos de recolha e tratamento do corpus, como também apresentamos a localidade explorada. Fizemos também um levantamento de trabalhos anteriores, que 299

3 estiveram pautados na dialetologia maranhense e, a partir deles, justificamos a importância do avanço dos estudos de cunho prosódico. Traçamos o perfil dos informantes e apresentamos também como se deu a análise dos dados e os pressupostos teóricos utilizados. Na quinta seção, apresentamos a descrição dos resultados dos enunciados interrogativos de São Luís e, em seguida, exemplificamos os resultados com a possibilidade de visualização do contorno melódico, extraído com o auxílio do programa computacional PRAAT. Na sexta seção deste artigo, concluímos o trabalho. 2. Prosódia Dialetal O interesse dos linguistas por estudos de cunho suprassegmental 2 têm tido, especialmente a partir dos anos 70, um aumento significativo e constante. Com o desenvolvimento tecnológico, a tarefa de investigar fenômenos acústicos tornou-se operacionalmente mais simples. Da primeira tentativa de síntese da fala, com a máquina falante do barão von Kempeler, no século XVIII, passando pela invenção do quimógrafo por Karl Ludwig, no século XIX, chegamos à sofisticação de modelos e sistemas computadorizáveis que tornam mais acessíveis os estudos de fonética experimental. Antes do desenvolvimento da fonética experimental, as pesquisas sobre prosódia regional eram feitas com base na impressão. A título de exemplo, é pertinente citar a descrição da prosódia caipira feita por Amaral da Silva Neto, na qual já se encontram fortes intuições a respeito do ritmo da fala: 2 Segundo Crystal (1997), o termo suprassegmental refere-se a uma idéia mais abrangente, pois pode ser definido como um efeito vocal que se estende por mais de um segmento de som em um enunciado. Assim, as características que incidem sobre uma série de muitos grupos de segmentos são nomeadas suprassementais. 300

4 O tom geral do frasear é lento, plano e igual, sem a variedade de inflexões, de andamentos e esfumaturas que enriquece a expressão das emoções na pronunciação portuguesa. Os acentos em que a voz mais demoradamente carrega, na prolação total de um grupo de palavras, não são em geral os mesmo que teria esse grupo na boca de um português. No que concerne à dialetologia, os primeiros estudos feitos sobre a prosódia dos falares regionais foram de natureza impressionística. Antenor Nascentes, em 1953, descrevendo o português do Brasil, diz que todo brasileiro é capaz de reconhecer, intuitivamente, um grande eixo divisório entre falares do norte e falares do sul: uma cadência do norte e outra do sul. Nos últimos anos, os estudos de cunho dialetológico tem ganhado mais impulso. Desse modo, a geografia linguística brasileira vai avançando à medida que se desenvolvem os atlas estaduais e regionais. Para o Português do Brasil existem diversas descrições acústicas de base instrumental, enfocando aspectos contrastivos como a entoação modal (MORAES 1984, 1991), o acento lexical (LEITE 1974, MORAES 1987, 1995a, 1995b, MASSINI 1992, REIS 1994), e a caracterização acústica das vogais (ORSINI 1984, 1991), bem como aspectos não distintivos, de caráter expressivo, como ênfase (GONÇALVES 1997), a pausa (YACOVENCO 2000) e a função indexical (CUNHA 2000), que possibilita a identificação dos falantes como pertencentes a determinados grupo social, profissão, sexo, faixa etária ou região. No caso dos trabalhos de Cunha e da presente pesquisa, o enfoque reside nas diferenças regionais. Quanto à prosódia dialetal, notamos grande desenvolvimento na implementação de pesquisas de base acústica. Tem-se trabalhos sobre o francês (CARTON 1972; LÉON & LÉON 1983), o escandinavo (GARDING 1983), o espanhol (SOSA 1999) e o português do Brasil (CUNHA 2000, CUNHA 2005, 2009, SILVA 2011, SILVESTRE 2012). No entanto, como lembra Moraes, não dispomos ainda de uma literatura mais ampla sobre o comportamento dos fenômenos prosódicos no português, a exemplo do 301

5 que ocorre, sobretudo, nas línguas germânicas (cf. BOLINGER 1986, 1989 e LADD 1980 para o inglês; FÉRY, C. 1993, para o alemão; GRONNUM 1992, para o dinamarquês; HART, J.; R. COLLIER & A. COHEN1990 para o holandês). Tratandose de um país onde o Português se espalha por ,599 km² e é tido como língua oficial do quinto maior contingente populacional do mundo, a prosódia constitui um rico e importante campo para pesquisa, pois nela se traduz a diversidade de identidades culturais que há no Brasil. 3. Entoação Enquanto o termo prosódia envolve a descrição de características dinâmicas e temporais associadas a aspectos formais, o termo entoação se refere ao uso de características fonéticas suprassegmentais para expressar significados pragmáticos no nível da sentença de forma linguisticamente estruturada (LADD 1996). As características suprassegmentais consistem em frequência fundamental (F0) 3, intensidade e duração, os correspondentes de ordem física (fonética), dos fenômenos psicofísicos (fonológicos) de pitch, volume (loudness) e quantidade (length). Daremos à entoação um lugar de destaque, o mesmo que Cunha (2000) atribuiu: o posto de elemento prosódico por excelência, pois, ao contrário de categorias prosódicas como acento, tom e quantidade - que são típicos de determinados conjuntos de línguas -, a entoação é um universal fonéticofonológico. Assim, a entoação tem atraído para si o maior número de pesquisas, pelo fato de corresponder ao parâmetro acústico mais facilmente identificável em termos distintivos - no nível não-experimental, apresentando inclusive maior riqueza em termos de padrões fonético-fonológicos e ser a característica suprassegmental mais importante no estabelecimento de contrastes, quer no âmbito da fonologia propriamente dita, quer em sua interface com a sintaxe e o discurso. (p.43) 3 É a menor frequência de ressonância de um corpo. A frequência fundamental é dada pelo ciclo de vibrações realizado pelas pregas vocais e tem estreita relação com a espessura e comprimento das pregas. É o correlato físico relacionado à melodia, sensação subjetiva da frequência, ou seja, tem como base a nossa percepção auditiva. 302

6 Para a descrição da prosódia maranhense, observaremos o parâmetro acústico da frequência fundamental (F0). A mesma se exterioriza pela densidade da onda. Representa o número de vezes que determinado padrão se repete num dado espaço de tempo. É um parâmetro prosódico importante, pois, em outras pesquisas, como a de Cunha (2000) e Silva (2011), a atuação da F0 ocorreu de duas formas: diferenciou regionalmente os informantes e identificou, fonologicamente, o enunciado como uma pergunta. 4. Metodologia É importante ressaltar que a metodologia adotada neste trabalho segue os passos do ALiB. Assim, os modos de abordagem adotados foram eleitos pois possibilitam a recolha de dados mais precisos e eficazes para a construção do atlas e também para o desenvolvimento de pesquisas. Adotou-se, para a descrição da entoação, o modelo autossegmental métrico (Pierrehumbert 1980). Neste modelo gerativo pode-se descrever todo conjunto de melodias possíveis em uma língua por meio de apenas dois tons: alto (H) e baixo (L) Corpus O corpus que serviu de base ao presente artigo foi retirado das entrevistas realizadas pelo projeto ALiB (Atlas Linguístico do Brasil), colhidos por meio do Guia Questionário do ALiB, que compreende questionários Fonético-Fonológico, Prosódico, Semântico-Lexical e Morfossintático. A fim de homogeneizar o padrão acentual, da última palavra dos enunciados, foram selecionados todos os dados que continham o acento na penúltima sílaba da palavra (padrão paroxítono). 303

7 A análise de nosso corpus compreendeu quatro etapas: 1) ouvir os inquéritos da capital, São Luís e também do município Alto Parnaíba selecionando os enunciados interrogativos totais neutros; 2) segmentar as sílabas desses enunciados; 3) medir a F0 de cada sílaba; 4) atribuir os tons. A primeira etapa foi feita no programa computacional Sound Forge e as demais no programa computacional PRAAT. Em uma análise acústica, não basta lançarmos os dados em softwares. Desse modo, as etapas 2, 3 e 4 foram feitas manualmente. A segmentação foi feita a partir da observação dos formantes no espectograma gerado pelo PRAAT; a medição da F0 foi aferida sem scripts no ponto medial da vogal, a partir dos valores em Hz; e os tons foram atribuídos com base na literatura do modelo AM de observação das curvas melódicas e valores em Hz. Lembramos também que os valores em Hz sofreram os devidos ajustes para análise da voz feminina e da voz masculina. 4.2 A recolha do corpus Devido à natureza da interação entre inquiridor (faz as perguntas) e informante (fornece as repostas), foi difícil encontrar enunciados interrogativos totais em grande quantidade. Trabalhamos aqui com um total de 60 enunciados. Devido à quantidade de dados, não pretendemos fazer generalizações, mas sim apontar tendências a respeito da realidade linguística maranhense. Em geral, as questões que apareceram foram de quatros tipos: I. Perguntas totais neutras: buscam uma resposta do tipo sim/não, e não são marcadas por uma atitude ou emoção específica. II. Perguntas confirmativas: o informante repete a pergunta do inquiridor a fim de confirmar o que acaba de ser perguntado ou para ganhar tempo para pensar na resposta. Nem sempre esse enunciado é expresso por um padrão de pergunta. 304

8 III. Pergunta com estranheza: o informante repete a pergunta do inquiridor como uma maneira de manifestar completo desconhecimento a respeito do que foi interpelado. IV. Resposta em forma de pergunta: o informante apresenta dúvida em relação a resposta que deu à questão. Decidimos trabalhar apenas as perguntas neutras, uma vez que os outros tipos dificultariam alcançar o objetivo da pesquisa por conterem características prosódicas particulares que podem ser confundidas com os traços regionais Perfil dos Informantes Ao todo temos um total de 8 sujeitos naturais das localidades pesquisadas, não tendo se afastado dela por mais de um terço de suas vidas; seus pais deveriam ser, preferencialmente, da mesma região linguística. Os informantes estão distribuídos em duas faixas etárias faixa I, de 18 a 30 anos, e faixa II, de 50 a 65 anos assim como distribuídos em dois níveis de escolaridade os alfabetizados, com até a quarta série do Ensino Fundamental, e os universitários; este último nível é válido apenas na capital do Estado, onde há maior densidade populacional, maior diversidade de estratos sociais e maior número de habitantes com o curso universitário. 4.4 Localidade A rede de pontos do Atlas Linguístico do Brasil conta com 9 localidades que se distribuem entre as cinco mesorregiões do Estado, a saber: Turiaçu, São Luís, Brejo, Bacabal, Imperatriz, Tuntum, São João dos Patos, Balsas e Alto Parnaíba. Para este 305

9 estudo, selecionamos a capital maranhense, São Luís e o município Alto Parnaíba a fim de explicitarmos melhor a relação entre língua e realidade sócio-histórica, sócioeconômica destas localidades. Desse modo é imprescindível um levantamento dialetológico que faremos a seguir. 4.5 Dialetologia Maranhense Os trabalhos sobre a dialetologia maranhense iniciaram com Azevedo (1973 e 1983). Atualmente, o Maranhão conta com o desenvolvimento de um atlas linguístico estadual que vem elaborando uma minuciosa investigação acerca do falar maranhense. Localizada na Mesorregião Norte Maranhense, a capital do Maranhão tem, em sua nomenclatura (São Luís), uma homenagem ao então Rei da França, Luís XIII, na época de sua fundação, 8 de setembro de Desempenhou importante papel na produção econômica do Brasil-colônia durante os séculos XVII e XIX, sendo considerada o quarto centro exportador de algodão e arroz, perdendo apenas para Salvador, Recife e Rio de Janeiro. Localizada na Mesorregião Sul Maranhense, na margem esquerda do rio Parnaíba está o município Alto Parnaíba. Primeiramente foi habitado pelos índios Tapuias. Posteriormente, Cândido Lustosa, vindo do Piauí, fixou-se nas proximidades da Fazenda Barcelona e desbravou a área participando da construção da primeira Igreja e de muitas outras atividades que contribuíram para o crescimento do município. Da formação histórica do Maranhão estão presentes: negros, mestiços, brancos. Nos estudos de Meireles (2001), constam, no período de (Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão), aproximadamente habitantes dos quais 40,28% eram negros, 23,53% eram reconhecidos como mestiços, e 36,19% eram brancos. Sem dúvidas, essa formação histórico-social do povo Maranhense aponta para resultados na formação interna e externa do português falado no Maranhão. 306

10 Recorremos então ao argumento do Frei Francisco de Nossa Senhora dos Prazeres Maranhão que, a partir de observações da língua falada no Maranhão, registra em sua obra Poranduba Maranhense (1946): Prezentemente a língua corrente no paiz é a portugueza, os instruídos a falam muito bem; porém entre os rústicos ainda corre um certo dialecto, que emquanto a mim, é o resultado da mistura de línguas das diversas nações, que tem abitado no Maranhão; elles a falam com um certo metal de voz, que o faz muito agradavel ao ouvido. (MARANHÃO, 1946, p. 148) A configuração dialetológica do Maranhão percebida pelo Frei Francisco de Nossa Senhora dos Prazeres Maranhão, ratifica a importância da dimensão social, da formação dos povos, sobre a língua. Para o falar de São Luís, nos apoiamos no estudo de Azevedo (1973), intitulado O falar são-luisense. Neste estudo, o autor caracteriza os dialetismos da Ilha, vinculando-os ao aumento populacional, ao baixo grau de escolaridade, a imersão de camponeses e nordestinos provenientes, em sua maioria, de Pernambuco e do Ceará. Por suas impressões oitivas, Azevedo registra o fato de o falar são-luisense ter mantido, há décadas, notável força centrípeta [por ser] uma comunidade pequena e fortemente lusitana [e por seu] isolamento sui-generis com alto padrão literário. (AZEVEDO, 1973, p.276). Nestes trabalhos, como em outros também importantes (VIEIRA FILHO 1979, RAMOS et alli 2005), verificamos que a existência de contribuições significativas para o conhecimento linguístico, social e cultural a respeito do Português falado no Maranhão. Contudo, ainda há carência, principalmente no que tange às questões prosódicas. Por isso, não nos ateremos apenas às impressões oitivas, pois apesar de as mesmas levantarem hipóteses, não consistem em uma análise segura, afinal abarcam questões subjetivas de quem se dispõe a ouvir e a analisar os dados. 307

11 4.6. Análise dos dados Web-Revista SOCIODIALETO A fim de caracterizar foneticamente a curva melódica, foram escolhidas sílabas-chave a serem observadas: 1) a primeira sílaba tônica e as átonas adjacentes (acento prenuclear); 2) a última sílaba tônica e as átonas adjacentes (acento nuclear). A partir das medidas dos valores da F0 aferidos no meio da vogal, montou-se uma tabela com os valores médios de cada uma delas traduzida em forma de gráfico. 5. Descrição dos resultados das questões totais na prosódia maranhense Segundo Silva (2011), a questão total mostra a intenção do falante em completar uma informação através da resposta sim/não de seu interlocutor, o que justifica, semanticamente, concretizar-se por meio de uma curva ascendente final, comportamento semelhante ao de frases inacabadas. A partir da pesquisa de Silva, vemos que as interrogativas do tipo questão total das capitais do PB podem ser representadas por diferentes padrões como: Acento nuclear ascendente-descente L+H* L+H*L% Contorno ascendente hospedado na tônica e na postônica L+H* L+H*H% Acento nuclear ascendente hospedado na postônica L+H* L+L*H% No que diz respeito à análise da capital maranhense, Silva (2011) encontrou os dois primeiros padrões supracitados, assim como também encontramos em nossa pesquisa. É importante então ressaltar que a ocorrência de um padrão em dada 308

12 localidade não exclui a ocorrência de outro. Futuramente, nossa curiosa é buscar as motivações dessas ocorrências. Para o português do Brasil, dialeto carioca, Moraes (2003) propõe, para a questão total, o padrão circunflexo com a seguinte notação fonológica: L*+H L+H*L% Percebemos então que a sílaba tônica do acento nuclear apresenta uma subida melódica da F0, atingindo o pico máximo do enunciado para, em seguida, sofrer uma queda em direção à postônica final. Esse é o traço que singulariza fonologicamente a questão total para muitos autores (GRICE, 2006; FONAGY, 1993; MORAES, 2008; HIRST e DI CRISTO,1998; SOSA,1999). Dentre as cinco capitais estudadas em sua tese, Lira (2009) encontrou, para São Luís, em frases terminadas por vocábulo paroxítono, uma subida na tônica final com certa variação melódica em direção à postônica final. Além disso, afirma que nas interrogativas investigadas caracterizam-se por um ataque melódico alto, uma queda contínua ao longo do enunciado, atingindo seu nível mínimo na pré-tônica final. (p. 98) De acordo com as notações fonológicas apresentadas nos estudos de Moraes (2003), Lira (2009), Silva (2011), percebemos que as variações regionais da questão total são encontradas no nível inter-silábico do acento nuclear, sendo verificados um tom ascendente final, principalmente no que tange à descrição da Região Nordeste. No gráfico Variação tonal das interrogativas em São Luís, percebe-se pouca variação do contorno do padrão paroxítono no acento prenuclear, onde visualizamos um contorno quase monotonal. Contudo, no acento nuclear, o comportamento é diferente: ocorre uma proeminência na sílaba tônica e uma declinação contínua da F0 em direção à postônica final, descrevendo um contorno ascendente-descendente (configuração circunflexa), que caracteriza um dos padrões interrogativos existentes no falar ludovicense. No entanto, como já havíamos mencionado, foi possível encontrar outro padrão em São Luís. Este pode ser caracterizado por um constante movimento de subida da 309

13 Hz Web-Revista SOCIODIALETO curva melódica que teve seu início na tônica final e se espraiou à postônica final. Assim podemos descrever o padrão ascendente final, encontrado no enunciado A massa grossa?, realizado pela informante do sexo feminino da segunda faixa etária. Os resultados encontrados seguem expressos em forma de gráficos e também podem ser visualizados a partir da observação da curva melódica exposta nas imagens que seguem cada gráfico. Variação Tonal nas Interrogativas em São Luís Pretônica Tônica Postônica Pretônica Tônica Postônica Homens Mulheres Gráfico I Variação Tonal nas Interrogativas em São Luís que expressa as médias dos valores em Hz da variação de F0. 310

14 Figura I extraída do PRAAT, exemplificando a curva melódica do enunciado: Cê dá uma volta hoje? proferido por um informante masculino de São Luís. Na imagem acima, que exibe o contorno melódico do enunciado Cê dá uma volta hoje? 4, realizado por um informante maranhense da segunda faixa etária, podemos perceber um acento pré-nuclear com leves proeminências que oscilam entre 158 Hz e 170 Hz. Contudo, a configuração formada no acento nuclear, consiste em um movimento ascendente-descendente, cujos valores são de, respectivamente, 42 e 70 Hz. 4 Este enunciado também foi analisado por Silva (2011). E os valores aqui descritos são os mesmos que podem ser encontrados em sua dissertação. 311

15 Hz Pitch (Hz) Web-Revista SOCIODIALETO _São_Luís M_ a ma sa s Time (s) Figura II extraída do PRAAT, exemplificando a curva melódica do enunciado: A massa grossa? proferido por um informante masculino de São Luís. Variação Tonal das Interrogativas em Alto Parnaíba Homens Mulheres 50 0 PRETÔNICA TÔNICA POSTÔNICA PRETÔNICA TÔNICA POSTÔNICA Gráfico II Variação Tonal das Interrogativas em Alto Parnaíba que expressa as médias dos valores em Hz da variação de F0. 312

16 Figura III extraída do PRAAT, exemplificando a curva melódica do enunciado: Duas rodas grandes? proferido por uma informante do sexo feminino de Alto Parnaíba. Na tabela Variação Tonal das Interrogativas em Alto Parnaíba, percebemos que, no falar feminino, há dois movimentos ascendente-descendentes que formam a configuração circunflexa. O primeiro movimento ocorre no acento prenuclear do enunciado. Este se configura por uma subida melódica da tônica em direção à postônica. Logo após a elevação do pico da F0, podemos visualizar uma queda em direção à pretônica do acento nuclear. Nesta parte final do enunciado, ocorre o segundo movimento. Neste, o ápice da F0 está na tônica e o movimento de declive da F0 se dá em direção à postônica. Já o falar masculino foi marcado pelo movimento de ascendência. O contorno ascendente se iniciou na pretônica e se estendeu por toda a parte final do enunciado. 313

17 CONCLUSÕES Como nosso trabalho tem a missão de apontar as tendências linguísticas entre a capital e um município do interior do Estado do Maranhão, constatamos por meio dos dados que Alto Parnaíba, assim como São Luís, também apresenta dois padrões que caracterizam a questão total ludovicense. Ambos os padrões podem ocorrer, pois um não exclui a ocorrência de outro. Tais padrões correspondem aos da questão total do Português do Brasil. Temos então duas possibilidades de notação: uma mais prototípica do padrão da questão total do PB e outra mais prototípica da questão total regional, neste caso, da região Nordeste. Desse modo, fonologicamente notamos: Acento nuclear ascendente-descente L+H* L+H*L% Acento nuclear ascendente L+H* L+H*H% Nossa análise se mostra relevante, à medida que apresenta pela primeira vez o comportamento entoacional de um município do interior do Maranhão, dando continuidade ao trabalho de mapeamento prosódico outrora feito das capitais. Assim, é preciso ter na devida conta que unidade não é igualdade; no tecido linguístico brasileiro há, decerto, gradações de cores. (SILVA NETO, 1963 apud CUNHA; CINTRA, 1985). REFERÊNCIAS AGUILERA, V. de A. A geolinguística no Brasil: trilhas seguidas, caminhos a percorrer. Londrina: EDUEL, AMARAL, A O dialeto caipira. São Paulo, HUCITEC, Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia, 1976, 3ª ed. 314

18 AZEVEDO, R.C. O falar São-Luisense. Construtura. São Paulo, n.3, p , CRYSTAL, D. A dictionary of linguistics and phonetics. 4th ed. Cambridge, MA: Blackwell CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, CUNHA, C. Entoação regional do português do Brasil f. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) Curso de Pós-Graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, LADD, D. R. (1996) Intonational Phonology. Cambridge: Cambridge University Press. LIRA, Z. A entoação modal em cinco falares do nordeste brasileiro. Tese de doutoramento em linguística. João Pessoa, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, UFP, MARANHÃO, F. de N. S. dos P. Poranduba Maranhense. São Luís: Revista de Geografia e História. N. 1. Dez Separata. MEIRELES, M. M. História do Maranhão. 3. ed. São Paulo: Siciliano, MORAES, J. A. Intonation in brazilian portuguese. In: HIRST, D.; DI CRISTO A. (Ed.). Intonation systems: a survey of twenty languages. Cambridge: Cambridge University Press, p PIERREHUMBERT, J. B. The Phonology and Phonetics of English Intonation. Tese de Doutoramento. Cambridge, Massachussets, MIT Press, PRIETO, P. Teorías linguísticas de la entoación. In: PRIETO, P. (Ed.). Teorías de la entonación. Barcelona: Ariel, p RAMOS, C. M. A. et alli. O atlas linguístico do Maranhão: os caminhos do português falado no Maranhão. In: AGUILERA, V. A. A geolinguística no Brasil trilhas seguidas, caminhos a percorrer. Londrina: Eduel, SILVA, Joelma Castelo. Caracterização prosódica dos falares brasileiros: as orações interrogativas totais. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, Faculdade de Letras/UFRJ, SOSA, Juan Manuel. La entonación del español. Tese de Doutoramento. Madrid: Catedra, VIEIRA FILHO, D. A linguagem popular do Maranhão. 3. ed. São Luís: Olímpica, Recebido Para Publicação em 30 de junho de Aprovado Para Publicação em 26 de setembro de

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