Governo deve um mês de salário a 540 vogais da zona sul
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1 publicidade publicidade Corretores de Seguros Insurance Brokers Tel: Cell: (+258) Fax: ano 7 número 1503 Maputo, Terça-Feira 21 de Julho de 2015 Director: Fernando Veloso Editor: Matias Guente Propriedade da Canal i, lda Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar, Porta 4, Maputo Registo: 18/GABINFO-DEC/ graficocanalmoz@gmail.com mtsgnt@gmail.com Telefones: Corretores de Seguros Insurance Brokers Tel: Cell: (+258) Fax: Eleições gerais e provinciais de 2014 Governo deve um mês de salário a 540 vogais da zona sul Maputo (Canalmoz) O Governo está a dever um mês de salário a 540 vogais que trabalharam nas eleições de Outubro de 2014 nas províncias de Inhambane e Gaza na cidade de Maputo. O salário é referente ao mês de Janeiro. A denúncia é de um grupo de vogais da cidade de Maputo. As comissões provinciais e distritais de eleições eram compostas por 15 vogais. Cada vogal auferiria um salário de ,00 (treze mil e quinhentos) meticais por mês. Contactámos o director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral da cidade de Maputo, Dionísio Chambale. Ouvimos Também o director-geral do STAE, Felisberto Naife. Ambos confirmam a dívida e dizem que há movimentações junto do Ministério da Economia e Finanças, com vista ao pagamento da dívida aos vogais. Em declarações ao, Dionísio Chambale confirmou a dívida, e justifica que o STAE ainda não honrou os seus compromissos devido à falta de verbas. Diz também que há uma má interpretação da Lei Eleitoral, houve demora na proclamação dos resultados eleitorais e houve a incineração do material. Segundo Chambale, nos termos da lei os vogais deviam cessar as funções 30 dias depois da divulgação dos resultados das eleições. Explicou que decorrem acções para saldar a dívida com os vogais. Dionísio Chambale disse também que o caso é do conhecimento do STAE central e da Direcção Nacional de Orçamento do Ministério da Economia e Finanças. Por seu turno, Felisberto Naife disse que o caso está entregue ao Ministério da Economia e Finanças, que prometeu desembolsar a verba para pagamento, mas não indicou datas. Naife disse que a questão foi levantada e esclarecida na recente sessão do Conselho Coordenador do STAE, que se realizou há duas semanas em Chidenguele, distrito de Manjacaze, província de Gaza. Segundo Naife, o problema afectava todos os vogais do país, mas nas outras províncias o problema foi ultrapassado. Na cidade de Maputo, há dívida aos 15 vogais do STAE provincial e a igual número em cada um dos distritos, nomeadamente Ka MPfumo, Ndlambakulo, Ka Maxakene, Ka Mavota, Ka Mubukuana, Ka Tembe e Ka Nhaca. Na província de Gaza, para além dos vogais provinciais, há dívida aos vogais dos distritos do Bilene, Macia, Chibuto, Chicualacuala, Chigubo, Chókwè, Guijá, Mabalane, Manjacaze, Massangena, Massingir e Xai-Xai. Na província de Inhambane, além dos provinciais, ainda não foram pagos os dos distritos de Funhalouro, Govuro, Homoíne, Inhambane, Inharrime, Jangamo, Mabote, Massinga, Morrumbene, Panda, Vilanculos e Zavala. (Bernardo Álvaro)
2 2 Indicação dos membros do Conselho de Estado Renamo e MDM em guerra de números Maputo (Canalmoz) A Assembleia da República adiou para uma data a anunciar a eleição dos membros do Conselho de Estado inicialmente agendada para hoje, terça-feira. O sabe que há um impasse em relação a quantos membros que a Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique devem propor para o Conselho de Estado. A Constituição da República determina que a Assembleia da República elege sete personalidades de reconhecido mérito para integrarem o Conselho de Estado, segundo o critério de representatividade proporcional. A presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, fez um ofício, na semana passada, para as bancadas parlamentares, informando que podiam apresentar candidaturas, sendo quatro da Frelimo, duas da Renamo e uma do MDM. A Renamo não apresentou os seus candidatos. A bancada da Renamo contesta a forma como Verónica Macamo distribui as candidaturas. A Renamo diz que, à luz do critério de proporcionalidade definido no Regimento da Assembleia da República, não pode propor candidatos para o Conselho de Estado. Oficialmente, a Renamo não quer falar sobre o assunto, o qual está a ser tratado pela Comissão dos Assuntos Constitucionais Direitos Humanos e de Legalidade, a Primeira Comissão. O MDM, através do seu porta-voz, Fernando Bismarque, diz que está tranquilo, pois entende que, à luz do critério de representatividade parlamentar, tem condições para ter um membro no Conselho de Estado. Verónica Macamo nega a existência de impasses. Segundo Verónica Macamo, o que está a acontecer é que a Primeira Comissão ainda está a trabalhar na elaboração dos pareceres. O que diz a lei? O analisou a lei e fez os cálculos. À luz do critério de representatividade parlamentar estabelecido na alínea g), do n.o 2 do Artigo 164 da Constituição da República, sobre a definição e composição do Conselho de Estado que determina que integram o órgão sete personalidades de reconhecido mérito, eleitas pela Assembleia da República, pelo período da legislatura, de harmonia com a representatividade parlamentar, há uma ideia de que as três bancadas podem propor candidatos. O critério da proporcionalidade só está estabelecido no Regimento da Assembleia da República. Na base deste critério, a proporcionalidade incide sobre o total dos deputados (250), o número de membros a indicar (sete) e o número total dos deputados que cada bancada tem. Ou seja, multiplica-se o número de deputados de cada bancada por sete (número de membros do Conselho de Estado que são eleitos pela Assembleia da República). A seguir, divide-se o resultado pelo número total dos deputados (250). A Frelimo tem 144 deputados [144x7:250 = 4,032]. A Frelimo designa quatro candidatos para o Conselho de Estado. A Renamo tem 89 deputados [89x7:250 = 2,492]. Designa dois candidatos. O MDM tem 17 deputados [17x7:250 = 0,476]. Só arredondando o resultado por excesso é que o MDM tem direito a designar um candidato para o Conselho de Estado. A Renamo diz que o MDM não tem direito de indicar qualquer membro. A Frelimo apresentou como candidatos Deolinda Guezimane, Dom Dinis Sengulane, o sheik Saide Abibo e Luísa Massamba. O candidato do MDM é António Frangoulis. Os candidatos propostos pela Frelimo e pelo MDM foram ouvidos ontem pela Primeira Comissão. O Conselho de Estado é presidido pelo Presidente da República e dele fazem parte o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, o presidente do Conselho Constitucional, o Provedor de Justiça, os ex-presidentes
3 3 da República, os ex-presidentes da Assembleia da República, quatro personalidades de reconhecido mérito designadas pelo Presi- blica e o segundo candidato mais votado para o cargo de Presidente da República no processo eleitoral antecedente. (André Mulungo) Canal de Opinião por Noé Nhantumbo A bola não está do lado do outro mas do lado de todos nós A PGR tem tanta fruta nas mãos, que precisa de ajuda urgente. Beira (Canalmoz) Mas quase todos os moçambicanos não acreditam que esta PGR mexa alguma palha sobre os assuntos de índole diversa que tem entre as mãos. A PGR encontra-se virtualmente amarrada, acorrentada e amordaçada. As cordas estão sob o controle do partido no poder e do Executivo. Afigura-se praticamente impossível que a PGR tenha tomates para acusar ou iniciar qualquer processo judicial que tenha em vista repor a verdade e justiça sobre toda uma série de assuntos identificados ou arrolados. Comecemos pelo Conselho Constitucional, que, através de uma margem muito curta, conseguiu homologar todo o dossier eleitoral, dando vitória à Frelimo e ao seu candidato nas últimas eleições gerais e presidenciais. Numa situação normal e num Estado de Direito digno desse nome, veríamos demandas dos partidos exigindo que a questão dos editais fosse aprofundada. Eventualmente, teríamos resultados confirmando dente da República pelo período do seu mandato, sete personalidades de reconhecido mérito eleitas pela Assembleia da Repúque sem editais não pode haver lugar a homologação de resultados eleitorais. Mas no actual quadro orgânico e de hierarquia distorcida, em que um simples telefonema pode travar uma acção judicial, seria utópico vermos algo semelhante acontecendo. De maneira simples, como sói dizer-se, estamos numa encruzilhada não só judicial, mas política. Quem construiu um edifício legal pretendendo proteger-se de tudo e mais alguma coisa, acaba verificando que há fissuras que crescem todos os dias. Corre a proteger-se, mas novas fissuras se abrem, ou novos indícios de ilícitos antes secretos são anunciados. A herança de Filipe Jacinto Nyusi enquanto PR reconhecido por todos os partidos políticos do país é pesada e complexa. Ele terá que ser um exímio político e sobretudo pessoa de personalidade, verticalidade e honestidade para contornar as dificuldades de hoje em abordar e tratar tanta podridão identificada nos meandros políticos e judiciais. Se ele não fosse o candidato escolhido pelo seu partido, outro herdaria tal fardo. Mas manda a verdade dizer que alguém quis livrar-se de um fardo tóxico, mas mantendo-se por perto e controlando o desenrolar dos acontecimentos, por via das dúvidas. Décadas de impunidade em tudo o que fosse relacionado com os poderosos criaram uma cultura de permeabilidade e corrupção institucional que teve como subproduto a aceitação da fraude e de crimes como algo normal, desde que fossem cometidos por determinadas pessoas previamente identificadas. Vivia-se a era dos generais e dos majores-generais, que punham e dispunham em virtude de seu estatuto. Por outro lado, navegavam os coronéis e os senhores chefes de departamentos no partido ou nos serviços segurança do partido e do Estado. Hoje, como pode FJN ou a PGR deliberar acusar e submeter a julgamento figuras de proa do partido Frelimo,
4 4 identificadas como proprietárias de empresas que fazem negócios privilegiados e sem transparência com empresas públicas? Hoje, como se pode contrariar a cultura do Empoderamento Económico Negro ilícito? E o outro empoderamento económico que nem é assim tão negro? Hoje, como se pode requerer com êxito uma sindicância geral às empresas públicas? Hoje, como se pode questionar e investigar com êxito os contratos dos megaprojectos? Face à relutância em transformar as discussões políticas decorrendo no Centro de Conferências Joaquim Chissano numa oportunidade soberana para lavar roupa suja internamente e tomar decisões vinculativas que promovam a separação dos poderes democráticos, ao mesmo tempo que fortificam os alicerces da paz e estabilidade, vemos o país caminhando atabalhoadamente com rumo desconhecido. Tem de haver políticos com coragem para tomar decisões que salvaguardem os interesses do país. O primeiro passo talvez seja juntar os factores que nos unem e eliminar as causas da desconfiança que partidariza as forças militares e policiais. De nada vale sugerir que os problemas não existem, ou passar o tempo a referir que temos problemas com listas de forças residuais da Renamo. Há que reconhecer que as FADM, depois de 1994, foram paulatinamente transformando-se em FPLM. E a PRM jamais deixou de ser PRM, obediente e ao serviço da Frelimo. Com ampla abertura e transparência no aparato de defesa e segurança, veremos uma convergência construída e moçambicanos depondo as armas e concentrando-se numa agenda nacional consensual. Amnistia geral para crimes políticos e financeiros determinando um recomeço dariam garantias aos que agora se mostram contrários a um entendimento sem reticências entre os interlocutores no CCJC. Despartidarização do aparelho de Estado, acompanhada de uma remodelação profunda dos quadros que superintendem a máquina da Justiça, dará lugar a um sistema de Justiça baseado na competência e no rigor, longe das órbitas partidárias. A lei acima de todos e servindo a todos tornar-se-á realidade verificável. Os discursos que se ouvem na praça política são forçados, na medida em que se recusam a reconhecer que algo está muito mal encaminhado. O PR, Filipe Jacinto Nyusi, precisa de libertar-se de assessores que parece que lhe foram impostos pelos detentores do poder no seio do seu partido, pois estão mostrando muita incoerência e contra-sensos, se formos a avaliar o que tem sido dito a partir da Presidência da República. Reconhecer erros de avaliação e de actuação não significa fraqueza, mas, sim, lucidez, franqueza e vontade de entrar em entendimentos abrangentes. Talvez já seja tarde para o estabelecimento de uma comissão nacional da verdade e reconciliação, mas nunca é tarde para se fazer exactamente o que uma comissão desse tipo e natureza tem como prerrogativas. De maneira informal, eminentemente política, existem mecanismos para levar a que irmãos desavindos se sentem à mesma mesa e discutam de maneira profícua os problemas do país. Mas é preciso ter a coragem de retirar a superioridade intrínseca da mesa. Os tabus que envolvem certas pessoas e que as colocam num patamar de inacessibilidade jogam contra a paz e a concórdia. Nenhum acordo político será vinculativo e estabilizador se não contemplar formas práticas e efectivas de reabilitação oficial dos heróis dos outros. Podem aumentar os inquilinos da praça dos heróis nacionais, mas, sem que os heróis dos outros sejam lá depositados, continuaremos vendo adiada uma simples questão de perdoar para ser perdoado. Libertar a PGR da Procuradora Geral da República talvez seja um primeiro passo que tem de ser dado, pois o tipo de tarefas que tem mantém-na entorpecida e inoperante. A sua forma de chegada àquele cargo tira-lhe a independência necessária, se não quisermos mentir. Com objectividade negocial e espírito prático, mas também patriótico, é possível encontrar caminhos que levem à solução dos problemas actuais. Moçambique precisa de ver a dualidade de critérios diluída e a responsabilização ganhando pernas e forças. De nada vale esconder o que acaba sendo do conhecimento público. Não há quem seja superior a ou-
5 5 tro, como alguns pretendem fazer crer. Essa é a doutrina daqueles que eram antes intocáveis, que agora, vendo-se descobertos, procuram por todos os meios afastar de si qualquer menção de procedimento incorrecto ou criminoso da sua parte. Nenhuma muralha de segurança cria a estabilidade pretendida, como se pode verificar um pouco por todo o mundo. Ainda não temos grupos de terroris- Maputo (Canalmoz) Pelo menos 800 postos de trabalho foram criados no sector do Turismo ao longo do primeiro semestre do ano em curso. Os dados foram revelados recentemente pelo ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, durante uma visita a vários estabelecimentos hoteleiros na cidade de Maputo. Segundo aquele governante, os 800 postos de trabalho foram criados graças à entrada em funcionamento de diversos estabelecitas desencadeando ataques suicidas como é noticiado de outros países. Mas esquecer que temos conflitos de natureza militar localizada não conduzirá a um cessar-fogo duradouro. É obrigação dos políticos lidar com os assuntos políticos de hoje de uma forma que ultrapasse os seus interesses estomacais. Alguns passos inéditos estão sendo dados ao nível do parlamento, e isso augura um bom futuro para o país. Trazer para a mesa o assunto de todas as empresas públicas do país, sua forma de gestão, suas contas reais, seus contratos com terceiros, procedimentos de acesso a emprego nelas e formas de progressão na carreira é de interesse público e não coisa privada que tenha de ser mantida em segredo. Moçambique sem tabus e semi- -deuses é de tal urgência que não se pode perder nem mais um dia. (Noé Nhantumbo) No primeiro semestre do ano em curso Criados 800 postos de trabalho no sector do Turismo mentos hoteleiros construídos em diversas regiões do território nacional, no âmbito dos investimentos nacionais e estrangeiros que estão a ser mobilizados. Silva Dunduro fez saber ainda que, durante o primeiro semestre, o sector do Turismo registou investimentos na ordem de dois biliões de meticais. Trata-se de um valor que está a ser aplicado na construção de diversas infra-estruturas turísticas, nomeadamente hotéis, restaurantes e lodges. O Ministro da Cul- tura e Turismo disse que uma das tarefas do seu sector, neste momento, é a promoção de grandes eventos culturais, como forma de dinamizar o sector do Turismo. Em Moçambique, o turismo é considerado como base de desenvolvimento da economia nacional, porque permite a arrecadação de divisas através de turistas estrangeiros que anualmente visitam o país e é uma das áreas que cria mais postos de trabalho. (Raimundo Moiane) Preçário de Assinaturas Distribuição diária por 20 edições mensais Tipo de Assinante (USD) Contratos Mensais (i) (a) Pessoa Singular 20 (b) Empresas e Associações de Direito Moçambicano 40 (c) Órgãos e Instituições do Estado 50 (d) Embaixadas e Consulados em Moçambique e Organismos Internacionais 60 (e) Embaixadas e representações Oficiais de Moçambique no exterior 60 (f) ONG s Nacionais 30 (g) ONG s Internacionais 50 (USD) Contratos Anuais (12 Meses) (ii) 15 usd x 12 meses = 180 usd 30 x 12 = x 12 = x 12 = x 12 = x 12 = x 12 = 480 Notas - Os valores expressos poderão ser pagos em Meticais ao câmbio do dia - Nas facturas e recibos inerentes deve-se mencionar a letra que corresponde ao tipo de assinatura - (i) Pronto pagamento ou débito directo em conta bancária - (ii) Pronto pagamento ou débito directo em conta bancária graficocanalmoz@gmail.com ou mtsgnt@gmail.com Cel:
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