CARACTERIZAÇÃO DA ARQUITETURA DE NINHO E PROPOSTA DE COLMÉIA RACIONAL PARA ABELHA TIÚBA (Melipona compressipes fasciculata)

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1 CARACTERIZAÇÃO DA ARQUITETURA DE NINHO E PROPOSTA DE COLMÉIA RACIONAL PARA ABELHA TIÚBA (Melipona compressipes fasciculata) ELINE CHAVES DE ABREU ALMENDRA Teresina Estado do Piauí-Brasil 2007

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3 CARACTERIZAÇÃO DA ARQUITETURA DE NINHO E PROPOSTA DE COLMÉIA RACIONAL PARA ABELHA TIÚBA (Melipona compressipes fasciculata) ELINE CHAVES DE ABREU ALMENDRA Engenheira Agrônoma Orientador: Prof. Dr. Darcet Costa Sousa Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí, para obtenção do título de mestre em Ciência Animal. Área de concentração: Produção Animal de Interesse Econômico. Teresina Estado do Piauí - Brasil 2007

4 A448c Almendra, Eline Chaves de Abreu. Caracterização da arquitetura de ninho e proposta de colméia racional da abelha tiúba (Melipona compressipes) / Eline Chaves de Abreu Almendra f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) Universidade Federal do Piauí, Orientador: Prof. Dr. Darcet Costa Souza. 1. Melipona. 2. Bionomia. 3. Ninho. 4. Caixa Racional. I. Título. CDD 638.1

5 iii CARACTERIZAÇÃO DA ARQUITETURA DE NINHO E PROPOSTA DE COLMÉIA RACIONAL PARA ABELHA TIÚBA (Melipona compressipes fasciculata) ELINE CHAVES DE ABREU ALMENDRA Dissertação aprovada em: 26/10/2007 Dr. Darcet Costa Souza Orientador Dr. Paulo Roberto Ramalho Silva Examinador interno Dr. Murilo Sérgio Drummond Examinador externo

6 5 iv Dedico a minha avó e mãe Maria Chaves dos Santos pela força, garra e dedicação com que me criou e ensinou a encarar a vida.

7 6 v AGRADECIMENTOS Á D eus por ilum inar a m inha alm a a cada m anhã quando acordo. À U niversidade F ederal do Piauí por m inha form ação profissional. A o Program a de Pós-G raduação em Ciência A nim al e seus professores. Principalm ente aos Professores E lizabete e A rnaud pela am izade e ensinam entos. A o prof. D arcet Costa Souza, pelo m eu aprendizado, pela sua paciência, com preensão e principalm ente por este trabalho, que m e m ostrou o cam inho que quero seguir. A o CN Pq pela concessão de bolsa de estudos. A o L uís G om es da Silva, secretário do Curso de Pós-graduação em Ciência A nim al, pela sua com petência e colaboração sem pre que necessário. A os Senhores M agno, M arlus, M oisés M endes, O svaldo M endes, E dvan e F lávio que tão gentilm ente abriram as portas dos seus m eliponários para a realização da pesquisa. A os colegas do Curso de Pós-graduação em Ciência A nim al Carol, F lávia, B runo, M anoel, M árcia, M arlucia, Sérgio, Josino, Sam paio, V eralene, F rancisco Chagas, Clautina, A ntonio A ugusto e L eopoldina pela convivência durante o curso, e em especial aos am igos do clero G ynna, E duardo, F ernanda, M ário e A lessandra, pelas alegrias, dificuldades e principalm ente com panheirism o e am izade que foram construídos ao longo dessa jornada e com certeza continuará fazendo parte da m inha vida. A m inha m ãe E dina Chaves e aos m eus irm ãos E ricson e E dson Jr, pela atenção, auxílio e am paro em todos os m om entos da m inha vida. A s m inhas am igas K elly, R em édios e L auriene que participam da m inha vida e contribuem para o m eu crescim ento pessoal e profissional. A o m eu am igo e com panheiro científico F ábio A driano que contribuiu e se envolveu com todas as etapas deste trabalho. À todos m uito obrigado! vi

8 7 SUMÁRIO p. LISTA DE TABELAS vii LISTA DE FIGURAS viii RESUMO ix ABSTRACT x 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Origem e Biologia Ninho Meliponicultura CAPÍTULO 1 09 Resumo 09 Abstract 10 Introdução 10 Material e Métodos 12 Resultados e Discussão 14 Conclusões 28 Referência Bibliográficas CAPÍTULO 2 31 Resumo 31 Abstract 32 Introdução 32 Metodologia 34 Resultado e Discussão 35 Conclusões 37 Referência Bibliográficas CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40 ANEXO 44

9 8 vii LISTA DE TABELAS CAPITULO 1: Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Páginas Caracterização do espaço abelha existente nos cortiços analisados da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata Smith) 15 Caracterização dos espaços ocupados pela cria nos cortiços da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata) 18 Caracterização dos espaços ocupados com alimento nos cortiços da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata) 21 Tabela 4 Caracterização dos potes de mel e pólen encontrados nas áreas de alimento dentro dos cortiços da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata) 24 CAPITULO 2: Tabela 1 Páginas Parâmetros considerados e dimensão proposta para colméia racional de Melipona compressipes fasciculata. 36

10 9 viii CAPITULO 1: LISTA DE FIGURAS Páginas Figura 1 Porcentagem de famílias quanto ao comprimento utilizado dentro dos cortiços 16 Figura 2 Porcentagem de famílias com relação ao volume ocupado 17 Figura 3 Porcentagem da ocupação de famílias com relação ao volume 18 Figura 4 Porcentagem de favos quanto à largura (cm) 19 Figura 5 Porcentagem de favos quanto ao comprimento (cm) 20 Figura 6 Porcentagem de potes de alimento quanto ao volume ocupado 22 Figura 7 Porcentagem de potes de mel quanto ao volume ocupado 22 Figura 8 Porcentagem de potes de pólen quanto ao volume ocupado 23 Figura 9 Número de potes de mel quanto à altura (cm) 24 Figura 10 Número de potes de mel quanto ao diâmetro (cm) 25 Figura 11 Número de potes de mel quanto ao volume do pote (ml) 26 Figura 12 Número de potes de pólen quanto à altura (cm) 26 Figura 13 Número de potes de pólen quanto ao diâmetro 27 Figura 14 Número de potes quanto ao peso (g) 27 CAPITULO 2: Páginas Figura 1 Modelo e dimensões sugeridas no trabalho 36

11 10 ix CARACTERIZAÇÃO DA ARQUITETURA DE NINHO E PROPOSTA DE COLMÉIA RACIONAL PARA ABELHA TIÚBA (Melipona compressipes fasciculata) Autora: Eline Chaves de Abreu Almendra¹ Orientador: Prof. Dr. Darcet Costa Sousa² RESUMO: Estudou-se a arquitetura de ninho de Tiúba visando sugerir colméia com dimensões adequadas à criação racional desta abelha, proporcionando aumento de produtividade, melhor desempenho, conforto e preservação das espécies instaladas nos meliponários. Foram coletadas informações de quarenta e uma famílias alojadas em cortiços horizontais de diferentes espécies vegetais, em meliponários localizados nas zonas rurais dos municípios de Timon (MA), Teresina (PI), Batalha (PI), Parnaíba (PI) e Ilha Grande (PI), entre maio de 2006 a fevereiro de No estudo da bionomia do ninho observou-se três aspectos de sua construção: a cavidade total dos cortiços, a parte da cavidade utilizada pelas abelhas e a caracterização do ninho propriamente dito, onde foram mensurados os parâmetros relativos à cria e ao alimento. As colônias foram transferidas para caixas racionais modelo Fernando Oliveira e Kerr INPA, compostas de ninho e sobre ninho, com dimensões 16 x 16 x 10 e 18,0 x 18,0 x 10,0 cm. Após a descrição da arquitetura dos ninhos, observou-se a necessidade de cavidades em torno de 8,3 litros, dos quais aproximadamente 40% é ocupado com as crias e o restante utilizado com lamelas, áreas vazias e alimento. O modelo Fernando Oliveira e Kerr - INPA com as dimensões 18x18x10 para ninho e sobre ninho e melgueira de dimensões 18x18x5 são os indicados pra criação desta abelha. PALAVRAS-CHAVE: Tiúba, arquitetura de ninho, Meliponicultura

12 11 CHARACTERIZATION OF THE ARCHITECTURE OF NEST IS PROPOSED OF RATIONAL BEEHIVE FOR TIÚBA BEE (Melipona compressipes fasciculata) Author: Eline Chaves de Abreu Almendra¹ Advisor: Prof. Dr. Darcet Costa Sousa² ABSTRACT: The architecture of nest of Tiúba was studied seeking to suggest beehive with appropriate dimensions to the rational creation of this bee, providing productivity increase, better acting, comfort and preservation of the species installed in the meliponários. Information of forty one families were collected put up at horizontal hives of different vegetable species, in located meliponários in the rural zones of the municipalities of Timon (MA), Teresina (PI), Batalha (PI), Parnaíba (PI) and Ilha Grande (PI), beteween May of 2006 and February of In the study of the bionomia of the nest it was observed three aspects of its construction: the total cavity of the hives, the part of the cavity used by the bees and the characterization of the nest, where it was mesured the parameters related to the worms and to the food. The colonies were transferred for rational boxes, Fernando Oliveira model INPA, composed of nest and sobrenhinho, with dimensions 16 x 16 x 10 and 18,0 x 18,0 x 10,0 cm. After the description of the architecture of the nests, the need of cavities was observed around 8,3 liters, of the which approximately 40% full of its worm and the remaining used as lamelas, empty areas food. The model INPA with the dimensions 18x18x10 for nest and sobrenhinho and melgueira of dimensions 18x18x5 are the suitable ones for creation of this bee. KEY-WORD: Tiúba, nest architecture, Meliponicultura

13 12 1. INTRODUÇÃO As abelhas são insetos originários do processo evolutivo das vespas que tiveram seu hábito alimentar modificado para a exploração dos recursos oriundos das plantas, particularmente do néctar e pólen (Campos et al, 1987). Esse processo as fizeram morfológica e comportamentalmente especializadas na exploração da flor. Portanto, possuem aparelho bucal sugador, corpos cobertos por pêlos plumosos, com escopas e corbículas eficientes no transporte de pólen. Apresentam também a capacidade de lembrar a localização das flores que estão visitando e de comunicar as companheiras do ninho essa localização, ensinando a direção exata dos recursos (Campos, 1987). Concomitantemente a coleta de alimento, as abelhas realizam um trabalho de suma importância para a natureza, pois se constituem no principal agente polinizador de muitas espécies vegetais, sejam elas silvestres ou cultivadas. O trabalho de polinização realizado pelas abelhas é muitas vezes mais importante, do ponto de vista ambiental e econômico, pelos resultados gerados na produção agrícola de várias culturas, do que pelo valor da comercialização direta de seus produtos. A importância das abelhas na polinização se dá tanto pelo número destes insetos na natureza, como por sua capacidade de adaptação as diferentes estruturas florais. Estima-se que existam mais de gêneros e cerca de a espécies nas diferentes regiões do mundo (Michener, 2000 apud por Santos et al, 2004).

14 13 As abelhas estão inseridas na ordem Hymenóptera e reunidas na superfamília Apoidea. Esta por sua vez é constituída por diversas famílias, sendo a família Apidae a que tem hábitos sociais mais avançados. Nesta família estão inclusas quatro subfamílias: Apinae, Meliponinae, Bombinae e Euglossinae (Silveira, 2002; Nogueira-Neto, 1997). A subfamília Meliponinae é constituída pelas tribos meliponini e trigonini. Sendo abelhas pequenas que formam colônias numerosas, chegando algumas espécies a indivíduos, os vários gêneros que pertencem a tribo trigonini (Freitas & Rizzardo, 2005). A tribo Meliponini é composta por 400 espécies em todo o mundo (Rosso, 2001), e se caracterizam por serem abelhas maiores e formarem colônias de a indivíduos. Todas as abelhas: rainha, operárias e zangões, se desenvolvem dentro de células de cria de igual tamanho, pois não constroem células reais (Nogueira-Neto, 1997). No Brasil são conhecidas cerca de 300 espécies (Campos, 1996), e mesmo antes da descoberta do novo continente, os índios já utilizavam os subprodutos das colônias de meliponídeos, abrindo janelas nos troncos das árvores em que se alojava a colônia e assim realizavam a colheita do pólen e do mel sem destruí-las e acompanhando-as por anos a fio (Vellard, 1939, apud por Aidar, 1996). A criação racional das abelhas indígenas sem ferrão, é chamada de meliponicultura. Dentre as espécies utilizadas pelos meliponicultores do Meio-Norte do Brasil, a abelha tiúba (Melipona compressipes fasciculata Smith (1854)), está entre as mais utilizadas na criação racional, graças a sua capacidade de produção de mel e pólen, quando comparada com outras espécies de meliponini. Este trabalho teve como objetivo estudar a arquitetura de ninho da abelha Tiúba e sugerir colméia com dimensões adequadas à criação racional desta abelha, proporcionando aumento de produtividade, melhor desempenho, conforto e preservação das espécies instaladas nos meliponários. Os capítulos resultantes deste trabalho serão enviados à Revista Ciência Rural do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria-RS, de acordo com as normas e com vistas à publicação.

15 14 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Origem e Biologia Existem diferentes versões sobre a origem das abelhas, sendo a idéia mais aceita a que propõe o surgimento do grupo após o aparecimento das angiospermas, o que ocorreu há aproximadamente 125 milhões de anos, no final da primeira metade do Cretáceo (Crane et al, 1995). A primeira grande diversificação das abelhas teria ocorrido aproximadamente entre 130 milhões e 90 milhões de anos, onde a maior evidência é indicada pela mais antiga abelha fóssil conhecida (Cretotrigona prisca), cuja idade é estimada em cerca de 65 milhões de anos (Grimaldi, 1999). A idéia corrente é que as abelhas teriam se diferenciado numa região de clima semi-árido temperado (Engel, 2001), ou seja, na região temperada, semi-desértica do oeste do supercontinente de Gondowana 1, até porque o surgimento das angiospermas ocorreu em ambientes intermediários das regiões equatoriais no início do Cretáceo, migrando gradativamente em direção aos pólos (Wing & Boucher 1998, apud por Silveira et al, 2002). O processo da deriva continental, provocando a separação das Américas, Europa, África e mais tarde Austrália, provavelmente é o fator condicionante das abelhas sem ferrão serem encontradas em todo o planeta, contrastando com a abelha Apis mellifera que foi transportada para as 1 O supercontinente de Gondowana corresponde atualmente ao sul da América do Sul, África e porções da Antártida.

16 15 Américas e Austrália somente após o descobrimento destes continentes, durante os séculos XVI e XVII (Velthuis, 1997). As abelhas possuem estreitas semelhanças morfológicas e comportamentais com vespas do grupo Crabronidae (Apoidea) o que sujere um período relativamente longo e comum de evolução antes da sua divergência (Silveira et al, 2002). A divisão do grupo ocorreu quando às fêmeas das vespas, conhecidas como esfecóides (Hymenoptera, Aculeata), em vez de capturarem outros artrópodes para sua alimentação, passaram a coletar pólen e néctar das flores para alimentarem suas larvas e a si mesmas. (Bohart & Menke 1976 apud por Silveira et al, 2002). Comportamentalmente as abelhas se assemelham às vespas apóideas, pelo fato de construírem um ninho que vão aprovisionar, ovipositar e aonde suas larvas vão se desenvolver (Silveira et al, 2002). Segundo Michener (2000) existem várias sinapomorfias que comprovam que as abelhas constituem um grupo monofilético, tais como: consumo de pólen por larvas, presença de pêlos plumosos para coleta de pólen e basitarso posterior mais largo. Outra característica encontrada entre as abelhas é o nível de sociabilidade, podendo ser: solitário, parassocial, subsocial e eussocial. As colônias da subfamília Meliponinae são consideradas eussociais, por apresentarem características de cooperativismo, onde a divisão de trabalhos e a existência de castas são bem definidas, além da ocorrência de sobreposição de gerações adultas no ninho (Campos, 1987). A determinação das castas é genético/alimentar, sendo que abelhas com potencialidade genética para originar rainha, somente darão origem a estas se receberem alimentação adequada (Kerr, 1969). Os zangões nas abelhas sem ferrão, podem ser produzidos por rainhas e também por operárias, sem época definida, ocorrendo por vezes surtos de nascimento em períodos curtos (Silva, 1977). Esses machos são comumente vistos nas proximidades das colméias (Sommeijer & Bruijin 1995) e de acordo com observações de Nogueira-Neto (1997), existem diferenças entre estes zangões e os de Apis mellifera, pois os machos das abelhas sem ferrão se alimentam nas flores e

17 16 possuem atividades dentro do ninho, tais como: trabalham com o cerume, participam da desidratação do néctar, defendem o ninho, incubam células de cria e seguem pistas de odor. Segundo Campos (1987) as células dos favos de cria (zangão, operária e rainha) são completamente construídas e aprovisionadas antes da postura da rainha e após esta etapa, as operárias fecham as células, não tendo contato com a cria, até que esta venha a emergir. O desenvolvimento das crias de meliponídeos é mais tardio que nas operárias de Apis, pois leva em média 36 dias. Nas primeiras horas de vida as operárias fazem à limpeza corporal, caminham pela colméia, solicitam alimento às operárias mais velhas e passam a maior parte do tempo imóvel, saindo para o trabalho de campo após o 29º dia do nascimento (Kerr, 1996). Apesar do grande número existente de espécies de abelhas e da diversidade estrutural e comportamental apresentada por elas, todas dependem dos produtos das flores (néctar, pólen e às vezes óleo) para sua alimentação (Campos et al, 1987). 2.2 Ninho Os ninhos das abelhas sem ferrão podem ser encontrados, de acordo com a espécie, em locais diversos e são bem mais complexos que os ninhos de Apis mellifera havendo uma grande variação na forma, tamanho e material utilizado para a construção (Campos, 1987). A nidificação pode ser: subterrânea (mulatinha-do-chão - Schwarziana quadripunctata), dentro de cavidades preexistentes (mandaçaia - Melipona quadrifasciata), formigueiros abandonados ou mesmo ativos, em ocos ou entre raízes de árvores, em ninhos arbóreos de cupins (cupira - Partamona sp.), fendas de rochas (irai - Nannotrigona testaceicornis), construções civis (arapuá - Trigona spinipes), presos a galhos, dentre outros (Campos, 1999; Velthuis, 1997). Estes ninhos apresentam uma entrada construída de cera ou de barro, que varia bastante de espécie para espécie e possui função na orientação das abelhas e defesa do ninho. Após a entrada existe um canal

18 17 construído geralmente de própolis que irá terminar na região dos potes de alimento (Campos, 1987). De uma maneira geral, o ninho dos meliponíneos é construído com uma mistura de cera, própolis e barro (batume), basicamente é dividido em células de cria (novas e nascentes) e potes para armazenamento de pólen e mel. As células de cria apresentam-se quase sempre envoltas por uma fina membrana de cera e/ou resinas chamada invólucro e podem estar arrumadas em camadas horizontais chatas sobrepostas, como os andares de um edifício, espiraladas ou em cachos, ficando na posição vertical e possuindo abertura na parte superior (Freitas, 1999). As melíponas apresentam como característica padrão para a espécie, células de cria organizadas horizontalmente, sobrepostos e localizadas na porção central do ninho, separadas entre si por pequenos pilares de cerume (Kerr et al 1996; Souza 2003). Fora da região das crias, ou às vezes encostados nesta, existem potes de cerume ou de cera pura utilizados para armazenagem de alimento. Geralmente estes potes são ovais ou ovóides, mas podem também ser quase esféricos ou irregulares na forma (Nogueira-Neto, 1997). Mel e pólen geralmente são armazenados em potes diferentes, mas há espécies que misturam os dois em um só. Algumas espécies fabricam seus potes de mel e pólen formando um círculo em volta dos favos de cria, mas a maioria das espécies de meliponíneos os constrói isolados (Freitas, 1999). A cria e algumas vezes os potes de alimento, são envolvidos por uma série de lamelas de cerume, chamada invólucro que tem função termorreguladora, ajudando na manutenção da temperatura principalmente nas áreas de cria (Sakagami, 1982). As melíponas costumam coletar barro e resina, fabricam o batume para utilização dentro do ninho, este serve para fechar aberturas e construir a entrada. Produzem também o batume crivado que tem perfurações que facilitam a ventilação do ninho (Kerr 1987; Nogueira-Neto, 1997; Alves 2003;). Em algumas espécies o batume pode ser utilizado para forrar o ninho (Carvalho et al, 2003).

19 Meliponicultura A criação racional de abelhas indígenas sem ferrão, chama-se meliponicultura (Nogueira-Neto, 1997), e o lugar onde estão instaladas em cortiços, caixas rústicas ou colméias racionais é chamado de meliponário (Carvalho et al, 2003; Bruening, 2006). Na natureza as abelhas necessitam das plantas como fonte de alimento e nidificação, por outro lado, um grande número de espécies vegetais depende das abelhas como polinizadores. Algumas plantas são visitadas por um número muito alto de abelhas, o que lhes garante eficiente polinização. Entretanto, outras dependem de poucas ou de uma única espécie de abelha, não conseguindo produzir sementes em sua ausência (Campos et al, 1987). A criação destas abelhas é de fundamental importância para a biodiversidade, pois atuam como agentes polinizadores específicos para algumas espécies vegetais nativas, podendo ainda ser utilizada como alternativa de geração de renda por meio da exploração e comercialização dos seus produtos pelo homem do campo. A exploração comercial da criação de algumas espécies de meliponíneos ocorre através da produção de mel, samburá (pólen), própolis e geopropólis (resina e barro). A criação pode ser ainda voltada para a venda de colônias, estudos científicos, preservação, paisagismo e educação ambiental (Carvalho et al, 2003). Outra forma de exploração das abelhas sem ferrão, pode ser sua utilização para a polinização em ambientes fechados como estufas. Isso é possível devido à seletividade destas abelhas quanto às espécies vegetais das quais se alimentam, tendo uma maior variedade de plantas visitadas (Freitas e Rizzardo, 2005). Nogueira-Neto (1997), alerta que na escolha da espécie para instalar em meliponário, deve-se dar preferência as que são nativas, de áreas vizinhas ou de ecologia compatível. Isso se deve a necessidade de se adequar a natureza da abelha ao ambiente mais adequado a sua criação. Outro fator relevante para o desenvolvimento desta criação é o consumo do mel, considerado de alto valor nutritivo e terapêutico (Kerr et al, 1996).

20 19 Embora produzam mel em menor quantidade, os meliponíneos fornecem um produto que se diferencia do mel de A. mellifera, na doçura, sabor e aroma, possuindo consumidor distinto, com o diferencial de alcançar altos preços no mercado, proporcionando geração de renda (Kerr, 1996; Nogueira- Neto, 1997; Carvalho et al, 2005). A meliponicultura ficou em estado de latência por muitos anos, mas atualmente vêm sendo discutidas questões referentes ao desenvolvimento social, cultural, econômico e ecológico tomando esta atividade como opção de exploração sustentável e agente fixador do homem do campo (Carvalho et al, 2003). Desta forma os produtos dos meliponídeos vêm ganhando cada vez mais espaço na indústria alimentícia, de cosmético e farmacêutica (Fonseca et al, 2006). Contudo, fatores como o desmatamento pode comprometer o desenvolvimento desta criação, pois provoca uma brusca ruptura entre as interações plantas e animais, levando a extinção inúmeras espécies pela falta de alimento e de locais para nidificação (Viana & Melo, 1987). O aumento da população de Apis mellifera próximo aos meliponários também tem se mostrado como fator limitante ao desenvolvimento da meliponicultura, pois as abelhas africanizadas influenciam o padrão de coleta de alimento dos meliponíneos (Eickwort & Ginsberg, 1980). A falta de conhecimento destes organismos, aos poucos vem sendo suprida, através de estudos científicos relacionados com a bioecologia destes insetos, visando aperfeiçoamento das técnicas de manejo para produção de mel e pólen (Viana & Melo, 1987).

21 20 3. CAPITULO 1 BIONOMIA DE NINHO DA ABELHA TIÚBA (Melípona compressipes fasciculata) 2 NESTING BIONOMICS OF STINGLESS BEE TIÚBA (Melípona compressipes fasciculata) Eline Chaves de Abreu Almendra 3, Darcet Costa Souza 4 RESUMO: Objetivou-se proporcionar a descrição da arquitetura e estrutura do ninho dos cortiços da abelha tiúba, visando a estabelecer parâmetros que permitam sugerir um tamanho de colméia racional que proporcionem os espaços necessários ao seu desenvolvimento e produção. Foram coletadas informações de quarenta e uma colônia alojadas em cortiços horizontais nos municípios de Timon (MA), Teresina (PI), Batalha (PI), Parnaíba (PI) e Ilha Grande (PI), entre maio de 2006 a fevereiro de No estudo da bionomia do ninho se observou três aspectos de sua construção: a cavidade total dos cortiços, a parte da cavidade utilizada pelas abelhas e a caracterização do ninho propriamente dito. A descrição da arquitetura dos ninhos da abelha Tiúba em cortiços, mostra enxames medianos, que necessitam de cavidades em torno de 8,3 litros, dos quais aproximadamente 40% é ocupado com as crias. Os resultados obtidos permitem 2 Parte da Dissertação de Mestrado apresentada pelo primeiro autor como parte das exigências para obtenção do Título de Mestre em Ciência Animal, pela Universidade Federal do Piauí Teresina, PI. 3 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí. E- mail: agroeline@yahoo.com.br 4 Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Departamento de Zootecnia UFPI Teresina - Piauí. darcet@terra.com.br

22 21 estabelecer estimativas de medidas para colméias racionais a partir das necessidades observadas nos cortiços estudados. PALAVRAS-CHAVE: Tiúba, cortiços, Meliponicultura ABSTRACT: It was aimed to provide the description of the architecture and the structures of the nest of the slums of the tiúba bee hives, seeking to establish parameters that allow to suggest a size of rational beehive that provide the necessary spaces to its development and production. Information of forty one a families were collected put up at horizontal slums in the municipalityes districts of Timon (MA), Teresina (PI), it Batalha (PI), Parnaíba (PI) and Ilha Grande (PI), between May of 2006 to February of In the study of the bionomia of the nest it was observed three aspects of its construction: the total cavity of the colonies, the part of the cavity used by the bees is the characterization of the nest. The description of the architecture of the nests of the Tiúba bee in colonies, shows medium swarms, that need cavities around 8,3 liters, of the which approximately 40% are full of worm. The obtained results allow to establish estimates of measures for rational beehives starting from the needs observed at the studied slums. KEY- WORD: Tiúba, slums, Meliponiculture INTRODUÇÃO A localização geográfica do Estado do Piauí na região Meio-Norte do país, uma área ecotonal, e o seu formato alongado, possibilita em seu território a

23 22 presença de uma grande diversidade de espécies de abelhas. Dentre as quais se destacam os meliponíneos, também conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão. Estas abelhas são importantes agentes polinizadores e estão normalmente localizadas em ninhos naturais, nas matas, contudo é possível encontrar algumas espécies sendo criadas de forma rústica e/ou racional, por pessoas cujos interesses na criação destas abelhas vão desde a simples curiosidade e o espírito conservacionista até o de comercialização do ninho e de seus produtos. Das espécies de meliponíneos criadas, a tiúba (Melipona compressipes fasciculata) é uma das preferidas dos criadores da região Meio-Norte devido a sua rusticidade, boa desenvoltura as condições climáticas da região e ao potencial de produção das suas colméias. Na natureza, as tiúba constroem seus ninhos em ocos de árvores, sendo à entrada da colméia feita de uma mistura de barro e resina. O ninho é formado por um conjunto de favos horizontais, utilizados para criação da prole, um invólucro que protege este ninho, um conjunto de potes de mel e de pólen, em geral fora do invólucro, com algumas pequenas bolas grudentas de resina aderentes aos favos ou invólucros para defesa, estando acima e abaixo os batumes de barro e resina que marcam os limites superior e inferior do oco ocupado (KERR et al, 1996). A criação destas abelhas se dá, ou em cortiços 5, ou em caixas adaptadas, de tamanhos e formas diversas. A ocorrência da diversidade de colméias nos meliponários está diretamente relacionada à falta de pesquisas sobre a bionomia dos ninhos e consequentemente desconhecimento do espaço necessário ao pleno desenvolvimento dos enxames. É possível se encontrar desde colméias muito grandes, 5 Cortiços é nome dado à colméia pouco elaborada, ou mesmo troncos de árvores com ninhos de abelhas no seu interior. Fonte: 15/09/07

24 23 com volumes internos desproporcionais ao ninho, onde apenas parte do volume é utilizado pela abelha, até colméias pequenas que restringem o crescimento e desenvolvimento da colônia. Este estudo tem como objetivo proporcionar uma descrição dos ninhos construídos em cortiços, visando estabelecer parâmetros sobre sua arquitetura e estrutura, como subsídio a construção de colméias racionais para a exploração da criação das abelhas Tiúba. MATERIAL E MÉTODOS Considerando que a forma mais usual de criação das Tiúba na região é em cortiços e que este é a forma mais próxima das condições naturais de ninho silvestres, optou-se por estudar a arquitetura dos ninhos com base nas colônias aí alojadas. Ao todo foram coletadas informações de quarenta e uma colônias alojadas em cortiços horizontais de diferentes espécies vegetais. Os dados de descrição do ninho foram coletados em cortiços localizados nas zonas rurais dos municípios de Timon (MA), Teresina (PI), Batalha (PI), Parnaíba (PI) e Ilha Grande (PI), entre maio de 2006 a fevereiro de No estudo da bionomia do ninho se observou três aspectos de sua construção: a cavidade total dos cortiços, a seção da cavidade utilizada pelas abelhas e a caracterização do ninho propriamente dito, onde foram mensurados os parâmetros relativos à cria e ao alimento. Os parâmetros utilizados na caracterização da cavidade do cortiço foram: diâmetro interno (cm), espessura da madeira (cm), comprimento interno disponível (cm), comprimento interno utilizado (cm) e volume da cavidade utilizada (l).

25 24 Para caracterizar o uso da cavidade dos ninhos pela cria dentro do cortiço foram medidos: espaço ocupado pela cria (l), largura média ocupada pelo ninho (cm), comprimento ocupado pelo ninho (cm), número de discos de cria, largura dos discos de cria (cm), comprimento dos discos de cria (cm), altura do pilar que divide o s discos de cria (cm) e altura da célula de cria (cm). A caracterização dos parâmetros relacionados à área de alimento dentro do cortiço foi realizada com base nas seguintes medidas: espaço ocupado por alimento (l), largura ocupada com alimento (cm), comprimento ocupado com alimento (cm), espaço ocupado por potes de mel (l), largura ocupada com potes de mel (cm), comprimento ocupado por potes de mel (cm), espaço ocupado por potes de pólen (l), largura ocupada com potes de pólen (cm) e comprimento ocupado por potes de pólen. Os potes de mel e pólen da área de alimento foram caracterizados pela medida dos parâmetros: altura, diâmetro e volume dos potes de mel; altura, diâmetro e peso do pólen contido nos potes. Foram mensurados apenas os potes que se encontravam completamente fechados. Os ninhos foram abertos com auxílio de machado, moto-serra, marretas e cunhas de diversos tamanhos. As medidas relativas à cavidade do oco foram realizadas com fita métrica. Os favos de cria e a área de alimento foram mensurados com auxilio de régua milimétrica e as medidas dos potes de mel e pólen foram realizadas com auxílio de paquímetro digital. O volume dos potes de mel foi medido com seringa de 20 ml e os pesos do pólen fresco, verificados com auxílio de balança analítica. As colônias foram transferidas para caixas racionais modelo Fernando Oliveira e Kerr INPA (CARVALHO et al, 2003), compostas de ninho e sobreninho, com dimensões 16 x 16 x 10 e 18,0 x 18,0 x 10,0 cm. Na transferência das colônias para

26 25 as caixas racionais, foram colocados somente os discos de cria, se descartando os potes de alimento para evitar o ataque de forídeos (dípteras). RESULTADOS E DISCUSSÃO A entrada dos cortiços da abelha Tiúba é construída de uma mistura de barro e resina, geralmente circular, pouco pronunciado e possuindo ranhuras concêntricas que facilitam o reconhecimento do ninho pelas operárias campeiras. Observou-se que a entrada tende a ser mais pronunciada quanto maior for à população do enxame e a disponibilidade de barro. A entrada esta sempre guardada por uma abelha-guarda, que só se afasta desta, durante a saída ou chegada de uma abelha irmã. KERR (1996) descreve a entrada da colméia de M. fasciculata como sendo feita de barro misturada com resina, com algumas protuberâncias e pode caber de uma a três abelhas. A forma da entrada varia bastante de espécie para espécie e tem função na orientação das abelhas e defesa do ninho (CAMPOS, 1987; KERR et al, 1996; CAMPOS & PERUQUETTI, 1999). Entretanto, observa-se uma pequena variação na expressão desta característica até mesmo dentro da mesma espécie, tendo-se colônias com grande habilidade na construção de suas entradas, ficando estas bem caracterizadas, e outras onde a construção é pouco trabalhada. Na tabela 01 encontram-se os valores dos parâmetros estudados na caracterização do oco dos cortiços, a saber: diâmetro da cavidade, espessura da madeira, comprimento interno disponível, comprimento interno utilizado e volume da cavidade utilizada.

27 26 TABELA 1. Caracterização do espaço existente nos cortiços analisados da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata Smith). PARÂMETROS UNIDADE Nº VARIAÇÃO MÉDIA+dp Diâmetro interno (cm) Cortiço ,3 + 3,0 Espessura da madeira (cm) Cortiço ,2 + 0,7 Comprimento interno Cortiço ,4 + 11,3 disponível (cm)* Comprimento utilizado (cm) interno Cortiço ,6 + 19,1 Volume da cavidade Cortiço 41 1,9 20 8,3 + 4,8 utilizada (l) * Área medida do batume esquerdo ao direito. O valor médio encontrado para o diâmetro interno foi de 14,3+3,0, com variação de 9,0 a 20,0 cm em 41 observações. A espessura da madeira mensurada dos ocos variou entre 2,0 a 8,0cm, obtendo 4,2+0,7 cm na média diante de 24 observados. Esta variação é encontrada, devido ao uso de 03 a 04 diferentes espécies vegetais utilizadas para construção do ninho. O comprimento disponível dentro da cavidade do oco variou de 30,0 a 175,0cm, sendo mensurado pelo comprimento interno, medindo-se do batume esquerdo ao direito, obtendo-se média de 75,4cm, porém o espaço ocupado pela família, variou apenas e 22,0 a 92,0cm, com média de 49,6 nos 41 cortiços avaliados. Contudo, ao se dividir a variação da cavidade ocupada em três classes (Figura 01), observou-se que 54% dos cortiços ocupavam de 46,0 a 70,0 cm, sendo

28 27 estas famílias localizadas nas micro-regiões rurais dos municípios de Teresina-PI, Timon-MA e Ilha Grande-PI, onde existia presença de florada abundante na época de abertura dos cortiços. No intervalo entre 22 e 45 cm de ocupação encontram-se 39% das famílias, estando elas alojadas em áreas com escassos recursos florais. Das famílias pesquisadas, somente 7% utilizaram o espaço de 71 a 95 cm, devido ao fato de estarem alojadas em cortiços com apenas 10 cm de diâmetro e por constituírem ocos relativamente estreitos e compridos. 7% 39% % Figura 01: Porcentagem de colônias quanto ao comprimento utilizado dentro dos cortiços. Quando se observa o volume utilizado pelas abelhas no oco (Tabela 1), constata-se que ele foi em média 8,3+4,8 l e variou de 1,9 a 20,0 litros. Ao se separar essa variação por classe, observa-se que 41% (Figura 2) das famílias ocupavam um espaço de 5,1 a 10 l. Novamente os cortiços com maior volume de ocupação encontravam-se nas regiões rurais dos municípios de Teresina-PI, Timon-MA e Ilha Grande-PI, onde existia presença de florada abundante na época de abertura dos cortiços.

29 28 22% 10% 27% 1,9 5l 5,1 10l 10,1 15l 15,1 20l 41% Figura 02: Porcentagem de colônias com relação ao volume ocupado. KERR (1996) observou que no estado do Maranhão, a tiúba ocupava ocos que vão desde 6,5 a 24 litros de volume, com diâmetro da cavidade variando entre 12 e 20 cm e comprimento de 60 a 80 cm (ALVES, 2007). Porém para a espécie Melipona mandacaia, o volume médio de cavidade encontrado foi de 1,59 litros. Observou-se os valores médios de comprimento em 115,0, diâmetro da cavidade de 7,1 e espessura da madeira 6,8 cm. Em estudo de bionomia de ninho em Melipona asilvai realizados por SOUZA (2003), o volume médio da cavidade utilizada dentro do cortiço foi de 2,73 litros. O valor médio do diâmetro foi de 6,7cm, da espessura da madeira 6,7cm e comprimento da cavidade de 96,0 cm. Percebe-se que mesmo tratando-se de abelhas do mesmo gênero existe uma variação nas medidas relativas ao tamanho da cavidade necessária ao desenvolvimento do ninho, isto ocorre devido ao tamanho da abelha, formato do ninho e região em que se encontram (ASSIS, 2001; KERR, 1996; KERR et al, 1996). Os parâmetros e valores avaliados dos cortiços com relação à área de cria encontram-se na Tabela 02.

30 29 TABELA 02. Caracterização dos espaços ocupados pela cria nos cortiços da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata) PARÂMETROS UND Nº VARIAÇÃO MÉDIA Espaço ocupado por cria (l)* COR 41 0,6 6,8 3,0 + 1,7 Largura ocupada pelo ninho (cm) COR 41 5, ,4 + 3,8 Comprimento ocupado pelo ninho COR ,9 + 6,7 (cm) Número de discos de cria COR ,6 + 1,4 Largura dos discos de cria (cm) FAV 237 1,5 17 7,4 + 4,9 Comprimento dos discos de cria (cm) FAV ,2 + 3,5 * Discos de cria + invólucro COR = Cortiço FAV = Favo Dentro do espaço ocupado pelo ninho, a área de cria ocupou volume médio de 3,0 litros, variando entre 0,6 e 6,8 litros. Onde no momento da divisão por classe se observa maior concentração de áreas de cria ocupando volume entre 2,1 e 3,5 litros (Figura 03). 18% 15% 28% 0,6-2 2,1-3,5 3,6-5,0 5,1-6,8 39% Figura 03: Porcentagem da ocupação de famílias com relação ao volume

31 30 Na cavidade do cortiço o comprimento médio foi de 11,4 cm, com variação entre 5,0 e 35,0 cm. A largura média foi de 18,9 cm, variando entre 5,5 a 17,0cm. Observou-se que em 39% dos casos ela foi de 2,1 a 3,5 litros (Figura 05). O número de discos de cria por colônia variou de 4 a 11 unidades e a média foi de aproximadamente 6,0, estando eles sobrepostos verticalmente, sendo a separação entre favos feita por pilares de cera, que mediram em média 0,5 cm. A largura média encontrada dos discos foi 7,4 cm, variando entre 1,5 a 17,0 cm. O comprimento foi em média 11,2 cm, variando de 2,0 a 29,0 cm. As medidas de largura e comprimento dos favos podem ter sido influenciadas pela área da cavidade do cortiço, na medida em que estas abelhas constroem e destroem os seus favos em função do uso, mas sempre tendo como limitação o espaço disponível. Ao se separar por classes as variações observadas para largura e comprimento (Figuras 04 e 05) constata-se que 38% e 24% dos favos possuem suas medidas dentro das classes que variam de 3,1 a 6,0 cm e 5,1 a 10,0 cm para largura e comprimento respectivamente. O que evidencia que favos com largura superior a 12,0 cm e comprimento maior que 20,0 cm são raros nas colônias de Tiúba da região estudada. 16% 24% 13% 9% 38% 1,5-3,0 3,1-6,0 6,1-9,0 9,1-12,0 12,1 ou + Figura 04: Porcentagem de favos quanto à largura (cm).

32 31 7% 39% % Figura 05: Porcentagem de favos quanto ao comprimento (cm). Dados semelhantes foram encontrados em M. mandacaia, onde o espaço ocupado pela cria variou de 9,0 a 22,0 cm de comprimento. O número avaliado de favos/cortiço em média foi 6,13 e estes atingiram comprimento médio de 6,3 e largura média de 5,7 (ALVES et al, 2007). SOUZA (2003), trabalhando com Melipona asilvai, constatou que a área de cria variou entre 12,0 e 16,0cm de comprimento onde os favos de cria tiveram média de 5,55 por colônia e com variação de largura entre 1,13 a 7,20cm e comprimento de 2,70 a 8,0 cm, com médias de 4,13 e 5,44 cm respectivamente. Foram coletados dados relacionados à altura das células de cria, que obtiveram média de 1,2 cm e contagem do número de células por colônia, com média de 3,8 células/cm². Onde se estima a média da população em células de cria nova e nascente em 2.078,6 células. ALVES et al (2007), encontrou médias semelhantes para M. mandacaia.

33 32 Na tabela 03 estão os dados relacionados à área ocupada por potes de pólen e mel dentro dos cortiços. TABELA 3. Caracterização dos espaços ocupados com alimentos nos cortiços da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata) PARÂMETROS Nº VARIAÇÃO MÉDIA Largura ocupada com alimento (cm) 39 5, ,6 + 1,4 Comprimento ocupado com alimento (cm) ,7 + 12,7 Espaço ocupado por área de alimento (l) 39 0,8 12,2 4,9 + 3,1 Largura da área de mel (cm) ,5 + 2,8 Comprimento da área de mel (cm) ,8 + 11,3 Espaço ocupado com área de potes de mel 30 0,8 7,2 2,8 + 4,1 (l) Largura da área de pólen (cm) ,2 + 1,4 Comprimento da área de pólen (cm) ,3 + 3,5 Espaço ocupado com potes de pólen (l) 33 0,5 8,5 2,5 + 1,9 O volume ocupado por alimento dentro dos cortiços correspondeu em média a 4,9 litros, com variação de 0,8 a 12,2 litros. Contudo ao se separar por classes esses parâmetros observa-se que a maior freqüência do volume ocupado nos ninhos está ente 2,1 a 4,0 litros, 39% (Figura 06). Isto sugere que as áreas destinadas ao armazenamento de alimento medindo 3,0 litros sejam adequadas às caixas racionais submetidas a manejo técnico.

34 33 10% 10% 26% 39% 0,8-2 2,1-4,0 4,1-6 6,1-8 8,1 15% Figura 06: Porcentagem de potes de alimento quanto ao volume ocupado A largura da área de alimento variou entre 5,5 a 20,0cm, com média de 11,0 cm, e o comprimento teve variação de 10,0 a 57,0cm, com média de 30,7cm. A área compreendida por potes mel, teve largura média de 10,5cm, variando entre 5,0 a 20,0 cm e comprimento médio de 17,8cm, variando entre 5,0 a 35,0 cm. Já o volume médio foi de 2,8 litros com variação de 0,8 a 7,2 litros. Como mostra na figura 07, o espaço ocupado por mel em 77% das colônias avaliadas estava entre 0,8 a 3,9 litros. 13% 33% 10% 44% 0,8-1,9 2-3,9 4-5,9 6 Figura 07: Porcentagem de potes de mel quanto ao volume ocupado (l). A área contendo potes de pólen obteve largura média de 10,2 cm, variando entre 5,0 a 18,0 cm e comprimento médio em 15,3 cm, variando entre 3,0 a

35 34 47,0 cm, com volume médio de 2,5 litros, variando entre 0,5 a 8,5 litros. Os dados referentes à área de alimento podem conter grandes variações devido à dependência da florada da região. A figura 08 demonstra que 79% dos cortiços encontraram-se na faixa de 0,5 a 4,0 litros de ocupação da área de pólen. Nesta espécie se observou a separação dos alimentos, sendo os potes de mel construídos com freqüência de um lado do ninho e até mesmo abaixo deste, e potes de pólen do outro lado do ninho. A partir dos volumes encontrados para área de alimento podemos dimensionar melgueiras de colméias racionais para a abelha Tiúba. 15% 30% 6% 49% 0,5-2 2,1-4 4,1-6 6 Figura 08: Porcentagem de potes de pólen quanto ao volume ocupado Devido à grande variedade de espécies de meliponíneos, os méis podem variar tanto na qualidade quanto na quantidade, pois algumas produzem mais de 5 litros de mel anualmente, enquanto de outras espécies, observa-se a produção de alguns decilitros (VELTHUIS, 1997; CAMPOS, 1987). Em M. mandacaia o espaço ocupado por área de alimento em cortiço obteve média de 64,0 cm, variando de 30,0 a 77,0 cm (ALVES et al, 2007), valores semelhantes ao encontrado neste trabalho. Entretanto ALVES et al (2003) encontrou um volume de área de alimento para T. fulviventris fulviventris de 0,2 a 0,7 litros, fator este

36 35 que pode ser explicado devido esta abelha ser de outra espécie e de outra tribo de abelhas sem ferrão. Na Tabela 4 foram mensurados altura e diâmetro dos potes. Volume, no caso dos potes de mel e o peso no caso dos potes de pólen. TABELA 4. Caracterização dos potes de mel e pólen encontrados nas áreas de alimento dentro dos cortiços da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata) PARÂMETROS Nº VARIAÇÃO MÉDIA Altura dos potes de mel (cm) ,6 3,7 + 0,2 Diâmetro dos potes de mel (cm) 306 1,7 4,7 2,9 + 0,1 Volume dos potes de mel (ml) ,8 + 6,3 Altura dos potes de pólen (cm) 206 1,9 5 3,5 + 0,1 Diâmetro dos potes de pólen (cm) 206 1,2 3,8 2,8 + 0,4 Peso dos potes de pólen (g) 196 5,6 25,6 14,1 + 0,1 Os gráficos abaixo apresentam dados relacionados às áreas de alimento dos cortiços analisados, contendo dados sobre os potes de pólen e potes de mel n a 3 3,1 a 4 4,1 a 5 5 altura de potes (cm) Figura 09: Número de potes de mel quanto à altura em cm.

37 36 A altura dos potes de mel variou de 2,0 a 5,6 cm, ficando com média de 3,7 cm. O diâmetro médio encontrado foi de 2,9 cm, com variação de 1,7 a 4,7 cm. O volume obtido variou de 6,0 a 9,0 ml, com média de 15,8 ml. A figura 09 identificou que a faixa que compreende altura de 3,1 a 4,0 cm, abrangeu 183 potes de mel ou 60% do total de potes avaliados. Na figura 10 observa-se que 216 potes de mel (70%), estão na faixa que compreende o diâmetro de 2,6 a 3,5 cm nº de potes ,7 a 2,5 2,6 a 3,5 mais de3,6 diâmetro dos potes de mel (cm) Figura 10: Número de potes de mel quanto ao diâmetro em cm. Já o volume médio de mel foi de 15,8ml com variação de 6 a 29 ml. Na separação por classes observa-se que 40% dos potes estão na faixa de volume que variou de 11 a 15 ml e o correspondente a 27%, na faixa de variação de 16 a 20 ml (Figura 11).

38 37 nº de potes a a a a a 29 volume dos potes de mel (ml) Figura 11: Número de potes de mel quanto ao volume do pote (ml) No caso dos potes de pólen, a altura variou entre 1,9 a 5 cm, com média de 3,5 cm e o diâmetro entre 1,2 a 3,8cm, com média de 2,8 cm. A figura 12 mostra que 151 potes de pólen ficaram na faixa que corresponde à altura de potes entre 3,1 a 4,0 cm. nº de potes ,9 a 3 3,1 a 4 4 ou + altura do potes de pólen (cm) Figura 12: Número de potes de pólen quanto à altura (cm) A figura 13 mostra que 147 dos potes de pólen medidos estão na faixa que compreende 2,1 a 3,0 cm de diâmetro, o que representa 71% do total.

39 38 nº de potes ,2 a 2 2,1 a 3 3 ou + diâmetro dos potes de pólen (cm) Figura 13: Nº de potes de pólen quanto ao diâmetro O peso do pólen dos potes foi em média de 14,1 g por pote, variando entre 5,6 e 25,6g. A figura 14 mostra a variação em classes, onde se observa que o intervalo de peso de 10,1 a 15 g é o de maior freqüência, com 103 ocorrências, o que representa 52% do total nº de potes ,6 a 10 10,1 a 15 15,1 a 20 20,1 ou + peso dos potes de pólen (g) Figura 14: Número de potes quanto ao peso (g) De acordo com os resultados pode-se constatar que não existe diferença entre as dimensões dos potes utilizados para mel e pólen na arquitetura dos ninhos de Tiúba. Segundo KERR (1996), em estudos com M. compressipes fasciculata, foram encontrados potes de mel em cinco colônias que variaram de 9ml a 18ml, dados

40 39 semelhantes aos encontrados neste trabalho. Os potes de alimento são construídos de cerume e possuem formato ovalado, ficando fora do invólucro e ao redor da área de cria. Os alimentos mel e pólen são armazenados em potes separados e a área de alimento depende da cavidade disponível do oco (ALVES et al, 2007; CAMPOS & PERUQUETTI 1999; FREITAS 1999). Os potes de mel de M. mandacaia tiveram altura e diâmetro médios de 2,7 e 2,5 cm respectivamente, com volume variou de 3,3 a 10,6 ml, com média de 6,4 ml. Os potes de pólen tiveram altura média de 3,0 e diâmetro médio de 2,4 cm, com o peso variando entre 3,5 a 8,2 g, e média de 6,6 g (ALVES et al, 2007). De acordo com SOUZA, (2003) a média da altura dos potes M. asilvai é de 2,40 e diâmetro de 2,0 cm, com volume variando de 1,0 a 10,0 ml nos potes, sendo a média de 4,1 ml. Os potes de pólen apresentaram altura e diâmetro médios de 2,6 e 2,2 cm respectivamente, e pesos de potes variando de 3,6 a 6,1 g, com média de 4,4 g. Em Partamona musarum foram encontrados potes de mel e pólen, com altura de 1,3 a 1,5cm e diâmetro de 1,2 a 1,3cm na parte inferior da cavidade (PEDRO & CAMARGO, 2003). Para estes autores a diferença nos aspectos relacionados à área de alimento pode ser explicada tanto pela diferença de espécies quanto pelo tamanho da abelha e das necessidades da colônia. CONCLUSÕES Este trabalho nos proporcionou a descrição da arquitetura dos ninhos da abelha Tiúba em cortiços, mostrando ser normalmente enxames medianos, com boa capacidade de armazenamento e que necessitam de cavidades em torno de 8,3 litros, dos

41 40 quais aproximadamente 40% é ocupado com as crias e o restante utilizado com lamelas, áreas vazias e armazenamento de alimento. Os potes de mel e pólen apresentam medidas semelhantes, aproximadamente 3,7cm de altura por 2,9cm de diâmetro, o que facilita a definição de uma altura padrão para as melgueiras de caixas racionais para esta abelha. Os resultados obtidos permitem estabelecer estimativas de medidas para colméias racionais a partir das necessidades observadas nos cortiços estudados. AGRADECIMENTOS Ao CNPq pela concessão da bolsa de estudos. A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia pela atenção, compreensão e ensinamentos durante o estágio realizado nesta Instituição. Aos Senhores Magno, Marlus, Osvaldo, Edvan e Flávio, que gentilmente abriam as portas de seus meliponários para a realização deste estudo. REFERENCIAS ALVES, R. M. de O. et al. Arquitetura de ninho e aspectos bioecológicos de Trigona fulviventris fulviventris GUERIN, 1853 (HIMENOPTERA: APIDAE). Rev. Magistra. Cruz das Almas BA, v. 15. n. especial entomologia, p. 1-6, ALVES, R. M. O. et al. Notas sobre a bionomia de Melipona mandacaia (Apidae: Meliponini). Rev. Magistra. n. 4, ASSIS, M. da G. P. de. Criação prática e racional de abelhas sem ferrão da Amazônia. Manaus: SEBRAE-AM; Amazônia: INPA, p. CAMPOS, L.A. de O. Abelhas indígenas sem ferrão: o que são? Informe Agropecuário. Belo Horizonte v. 13, n. 149, p. 3-6, 1987.

42 41 CAMPOS, L. A. de O.; PERUQUETTI, R. C. Biologia e criação da abelha sem ferrão. Informe Técnico. Viçosa: UFV, n. 82, p. FREITAS, B. M. Vida das Abelhas. Fortaleza: UFC: Craveiro & Craveiro, CD- ROM. KERR, W. E. Biologia e manejo da tiúba: a abelha do Maranhão. São Luís: EDUFMA, p. KERR, W. E.; CARVALHO, G. A.; NASCIMENTO, V. A. Abelha Uruçu: biologia, manejo e conservação. Belo Horizonte: Acangaú, p. (Coleção Manejo da Vida Silvestre, n. 2). NOGUEIRA-NETO, P. Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão. São Paulo: Nogueirapis, p. PEDRO, S. R. M.; CARMARGO, J. M. F. Partamona nigrilabis Pedro e Camargo, um novo sinônimo de P. nigror (Cockerell, 1925) (Hymenoptera, Apidae). Rev. Bras. de Entomologia. n. 47, (supl. 3), p-481, SOUZA, B. de A.; CARVALHO. C. F. L. de. Melipona asilvai (HYMENOPTERA: APIDAE) Aspectos Bioecológicos de Interesse Agronômico f. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias)-Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, Universidade Federal da Bahia, Cruz das Almas, VELTHUIS, H. Biologia das abelhas sem ferrão. São Paulo: Universidade de Ultrecht, p.

43 42 4. CAPITULO 2 COLMÉIA RACIONAL PARA TIÚBA (Melípona compressipes fasciculata)¹ RATIONAL HIVE FOR TIÚBA (Melípona compressipes fasciculata) Eline Chaves de Abreu Almendra², Darcet Costa Souza³ RESUMO: Com o objetivo de contribuir na determinação de colméias cujas dimensões sejam adequadas a criação da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata), foram sugeridas dimensões de um modelo de caixa racional, tomando-se como base o estudo da bionomia de ninho e necessidades de espaço desta abelha observado no primeiro capítulo desta dissertação. Foram feitas algumas estimativas das necessidades de espaço para uma caixa racional que pudesse se adequar às exigências destas abelhas. Considerando que o modelo Fernando Oliveira e Kerr - INPA tem boa aceitação por parte dos meliponicultores em função da facilidade no manejo que proporciona optou-se por buscar as dimensões adequadas a criação de Tiúba nesta colméia. A partir destas observações verificou-se que as colméias para abelha Tiúba devem possuir uma cavidade com volume total de aproximadamente 9,6 litros, sendo este dividido em ninho e sobre ninho com volume de 6,4 litros, nas medidas de 18 x 18 x 10 cm, e duas melgueiras com volume de 3,2 litros, nas dimensões de 18 x 18 x 5 cm, PALAVRAS-CHAVE: abelha sem ferrão, caixa racional, Meliponicultura ¹ Parte da Dissertação de Mestrado apresentada pelo primeiro autor como parte das exigências para obtenção do Título de Mestre em Ciência Animal, pela Universidade Federal do Piauí Teresina, PI. ² Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí. E- mail: agroeline@yahoo.com.br ³ Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Departamento de Zootecnia UFPI Teresina - Piauí. darcet@terra.com.br

44 43 ABSTRACT: With the objective of contributing in the determination of beehives whose dimensions are appropriate for creation of the Tiúba bee (Melipona compressipes fasciculata), suggested dimensions of a model of rational box were suggested, being taken as base, the study of the nest bionomia and the needs of space of this bee observed in the first chapter of this dissertation. Some estimates were made of the space needs for a rational box that could be adapted to the demands of these bees. Considering that the model INPA has good acceptance on the part of the meliponicultores in function of the easiness in the handling that provides. I was opted to look for the adapted dimensions to the creation of Tiúba in this beehive. From these observations it was verified that the beehives for Tiúba bee should have a cavity with total volume of approximately 9,6 liters, being this one divided in nest and sobreninho with volume of 6,4 liters, in the measures of 18 x 18 x 10 cm, and two melgueiras with volume of 3,2 liters, in the dimensions of 18 x 18 x 5 cm. KEY-WORD: stingless bees, rational beehive, Meliponiculture INTRODUÇÃO O convívio entre o homem e as abelhas sem ferrão no Brasil, vêm desde o período pré-colonial, os indígenas abriam janelas nos troncos de árvores que possuíam colônias de abelhas alojadas e retiravam o mel e pólen, que utilizavam para alimentação, e além desses, coletavam a cera para confecção de objetos de caça e impermeabilização de cestos (KERR, 1995 APUD AIDAR, 1996). O homem visando à comodidade começou a transferir as colônias das abelhas sem ferrão alojadas em cortiços e os colocava nos beirais de suas residências, estes eram abertos somente para a coleta de produtos (mel e pólen).

45 44 A maioria destes cortiços permanecia durante anos na família criadora de abelhas, KERR (1996), trabalhou no Maranhão em estudos de biologia e encontrou uma média de sessenta cortiços por criador. A partir de trabalhos e pesquisas sobre as abelhas indígenas, vem se desenvolvendo técnicas que auxiliam a criação e manutenção dessas abelhas com mais eficiência (AIDAR, 1996), e uma delas é a busca por uma colméia racional que possibilite atender as necessidades do homem do campo e proporcionar manejo fácil e eficiente das Melíponas. As colméias racionais proporcionam melhor aproveitamento e facilidades nas coletas dos produtos elaborados pelas abelhas, sem danificar os favos de cria e comprometer o desenvolvimento das colônias (AIDAR, 1996). Existem vários modelos de colméias racionais idealizados para a meliponicultura. Contudo nenhum deles conseguiu se tornar um padrão nacional. Nos meliponários se encontram desde formas primitivas, como troncos de árvores (cortiços), até modelos mais complexos para observação da dinâmica interna da colônia (SAKAGAMI, 1966 apud NOGUEIRA-NETO, 1997). O tipo de colméia deve ser analisado para cada espécie, pois entre os meliponíneos há uma grande variabilidade de tamanho, comportamento e adaptabilidade ao ambiente (KERR et al, 1996). A madeira para a construção das caixas racionais deve ser resistente às condições climáticas, leve, sem odores, pouco preferida pelos cupins e não devem ser tratadas por produtos químicos (CARVALHO et al, 2003). Entre os modelos de colméias racionais existentes e utilizados podemos citar: Baiana ou Nordestina, Isis, Maria, Uberlândia, Paulo Nogueira Neto-97 e Fernando Olivera e Kerr - INPA (NOGUEIRA-NETO, 1997).

46 45 O modelo Fernando Olivera e Kerr - INPA atualmente tem sido o mais indicado, não por apenas facilitar a divisão das colônias, mas também por ajudar no seu manejo (CARVALHO et al, 2003). Constitui-se de lixeira, ninho, sobre ninho, melgueira e tampa. Onde a principal característica está no sobreninho, que possui um losango na base possibilitando a divisão da família sem destruição dos discos (CARVALHO et al, 2005). Com o objetivo de contribuir na determinação de colméias cujas dimensões sejam adequadas a criação da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata), foram sugeridas dimensões de um modelo de caixa racional, com base nas necessidades de espaço observado por ALMENDRA & SOUZA (2007) no capítulo 1 desta dissertação. MATERIAL E MÉTODOS Tomando-se como base o estudo de bionomia do ninho das abelhas Tiúba realizado por ALMENDRA & SOUZA (2007), foram feitas algumas estimativas das necessidades de espaço para uma colméia que pudesse se adequar às exigências destas abelhas. Para isso foi montada uma tabela com os valores estimados das necessidades das abelhas, a partir da qual se chegou a uma estimativa da dimensão da colméia para Tiúba. Considerando que o modelo Fernando Olivera e Kerr - INPA tem boa aceitação por parte dos meliponicultores em função da facilidade no manejo que proporciona optou-se por buscar as dimensões adequadas a criação de Tiúba nesta colméia.

47 46 RESULTADOS E DISCUSSÃO A tabela 1 mostra os dados relacionados à média e desvio padrão, obtidos na avaliação de cortiços com a descrição da arquitetura de ninho (ALMENDRA & SOUZA, 2007). TABELA 1. Parâmetros considerados e dimensão proposta para colméia racional de Melipona compressipes fasciculata para as condições do Meio Norte do Brasil. ÁREA DE CRIA ÁREA DE ALIMENTO Parâmetros Considerados * Média + dp Estimativa da necessidade da abelha Volume de cria 3,0 + 1,7 4,2 Largura dos favos 7,4 + 4,9 10,0 Comprimento dos 11,2+3,5 15,0 favos Altura dos favos 1,2+0,01 - Altura do pilar 0,5+0,007 - Nº de favos/colônia 6,6 + 1,4 8 Nº de células/cm² 3,81+0,14 - Nº de células/colônia 2.078, Espessura da madeira 4,2+0,7 2,0 Volume total 4,9 + 3,1 5 Altura dos potes 3,7 + 0,2 4 Diâmetro dos potes 2,9 + 0,1 3 Nº de potes/colônia 39,9+6,3 Dimensão proposta Medidas do Ninho 18x18x10 cm Espessura da madeira 2,5 cm Composição da colméia: ninho + sobre ninho Volume total para área de cria 6,48 l Possibilidade de favos 10 (10x10cm) Possibilidade de células de cria Medidas do melgueira 18x18x5 cm Espessura da madeira 2,5 cm Volume total para área de alimento 3,2 l Composição da colméia: 2 melgueiras Possibilidade de potes 25 (15x15cm) por melgueira 50 potes por colméia * Valores médios

48 47 A partir destas observações verificou-se que as colméias para abelha Tiúba devem possuir uma cavidade com volume total de aproximadamente 9,6 litros, sendo este dividido em ninho e sobre ninho com volume de 6,4 litros, nas medidas de 18 x 18 x 10 cm, e duas melgueiras com volume de 3,2 litros, nas dimensões de 18 x 18 x 5 cm, como mostra Figura 1. Figura 1: Proposta de modelo e dimensões sugeridas para colméia racional para uso na meliponicultura. As dimensões sugeridas para a colméia são próximas das utilizadas nas caixas de transferência se mostrando adequado ao desenvolvimento. O volume de ninho e sobre ninho com área maior que a área de cria normalmente utilizada é devido à construção de potes de alimento por parte das abelhas embaixo da área de cria. De acordo com KERR (1996) as famílias de Tiúba devem ser transferidas para colméias que possuam o dobro do volume encontrado. Porém esta característica não se apresenta nas famílias estudadas, tendo em vista que 12 famílias

49 48 foram alojadas em caixas rústicas, com divisória de ninho e área de alimento e volume de cavidade de 20 l. Estas abelhas tiveram um desenvolvimento muito lento, pouco armazenamento de alimento, desprendendo de energia para construção de invólucros visando manter a temperatura das crias. CONCLUSÕES Este modelo com os reajustes de dimensões adaptou-se de forma satisfatória as colônias proporcionando facilidade de divisão e manejo das colméias sem prejudicar os discos de cria, além de proporcionar facilidade da coleta dos produtos das abelhas. REFERÊNCIAS AIDAR, D. S. A mandaçaia: biologia de abelhas, manejo e multiplicação artificial de Melípona quadrifasciata. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, p. (Série Monografias, n. 4). Criação de abelhas sem ferrão / Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e Recursos Naturais não renováveis. Projeto Manejo de Recursos Naturais da Várzea. Org. Gislene Almeida Carvalho et al. Brasília : Edições IBAMA, 27p CARVALHO, C. A. L. de.; ALVES, R. M. de O.; SOUZA, B. de A. Criação de abelhas sem ferrão: aspectos práticos. Cruz das Almas: Universidade Federal da Bahia/SEAGRI BA, p. (Série meliponicultura, n. 01). KERR, W. E. Biologia e manejo da tiúba: a abelha do Maranhão. São Luís: EDUFMA, p.

50 49 KERR, W. E.; CARVALHO, G. A.; NASCIMENTO, V. A. Abelha Uruçu: biologia, manejo e conservação. Belo Horizonte: Acangaú, p. (Coleção Manejo da Vida Silvestre, n. 2). NOGUEIRA-NETO, P. Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão. São Paulo: Nogueirapis, p. SOUZA, B. de A.; CARVALHO. C. F. L. de. Melipona asilvai (HYMENOPTERA: APIDAE) Aspectos Bioecológicos de Interesse Agronômico f. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias)-Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, Universidade Federal da Bahia, Cruz das Almas, 2003.

51 50 5 Considerações Finais O modelo de colméia Fernando Oliveira e Kerr INPA, com dimensões 18 x 18 x 10 cm para ninho e sobre ninho e 18 x 18 x 5 cm para melgueira é o sugerido para Melipona compressipes fasciculata, após o estudo da arquitetura de ninho, adaptando-se satisfatoriamente as colônias.

52 51 6 Referencias bibliográficas AIDAR, D. S. A mandaçaia: biologia de abelhas, manejo e multiplicação artificial de Melípona quadrifasciata. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, p. (Série Monografias, n. 4). ALVES, R. M. de O. et al. Arquitetura de ninho e aspectos bioecológicos de Trigona fulviventris fulviventris GUERIN, 1853 (HYMENOPTERA: APIDAE). Magistra. Cruz das Almas BA, v. 15. n. especial entomologia, p. 1-6, BRUENING, Pe. H. Abelha jandaíra. Natal: SEBRAE/RN, p. CAMPOS, L.A. de O. Abelhas indígenas sem ferrão: o que são? Informe Agropecuário. Belo Horizonte, v. 13, n. 149, p. 3-6, CAMPOS, L.A. de O. et al. Abelhas características e importância. Informe Agropecuário. Belo Horizonte, v. 13, n. 149, p. 7-14, CAMPOS, L.A. de O. Introdução a Meliponicultura: aspectos gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA. 11. Teresina, Anais... Teresina:CBA, 1996, p CAMPOS, L.A. de O. A criação de abelhas indígenas sem ferrão. Informe técnico. UFV, ano. 12, n. 67, 1999.

53 52 CARVALHO, C. A. L. de.; ALVES, R. M. de O.; SOUZA, B. de A. Criação de abelhas sem ferrão: aspectos práticos. Cruz das Almas: Universidade Federal da Bahia/SEAGRI BA, p. (Série meliponicultura, n. 01). CARVALHO, C. A. L.; SOUZA, B. de A.; SODRÉ, G. da S.; MARCHINI, L. C.; ALVES, R. M. de O. Mel de abelha sem ferrão: contribuição para caracterização físico-química. Cruz das Almas: Universidade Federal da Bahia/ SEAGRI-BA p. (Série meliponicultura, n. 04). CRANE et al. The origin and early diversification of angiosperms. Nature. Pedersen, n. 374, p , EICKWORT, G. C. & GINSBERG, H. S. Foraging and mating behavior in Apoidea. Ann. Rev. Entomol., v. 25, p , ENGEL, M. S. A monograph of the Baltic amber bees and evolution of the Apoidea (Hymrnoptera). Bulletin of the American Museum of Natural History. New York, n. 259, p FREITAS, B. M. Vida das Abelhas. Fortaleza: UFC: Craveiro & Craveiro, CD-ROM. FREITAS, B. M.; RIZZARDO, R. A. G. Importância da criação de abelhas nativas sem ferrão. In: Seminário Piauiense de Apicultura. 12., Parnaíba, Anais... Parnaíba: UFPI, p FONSECA, A. A. O.; SODRÉ, G. da S.; CARVALHO, C. A. L. de.; ALVES, R. M. de O.; SOUZA, B. de A. ; SILVA, S. M. P. C. da.; OLIVEIRA, G. A. de.; MACHADO, C. S.; CLARTON, L. Qualidade do mel de abelha sem ferrão: uma proposta para boas práticas de fabricação. Cruz das Almas : Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/SECTI-FAPESB, p. (Série meliponicultura, n. 05).

54 53 GRIMMALDI, D.A. The co-radiations of pollinating insects and angiosperms in the Cretaceous. Annals of the Missouri Botanical Garden. v. 86, n. 2, p MICHENER, C. D. A high Andean subgenus and species of Hylaeus (Hymenoptera, Colletidae). Journal of the Kansas Entomological Society, Kansas, n. 73, p. 1-5, KERR, W. E. Some aspects of the evolution of social bees (Apidae). Evol. Biol. v. 3, p , KERR, W. E. Abelhas indígenas brasileiras (meliponíneos) na polinização e na produção do mel, pólen, geoprópolis e cera. Informe Agropecuário. Belo Horizonte, v. 13, n. 149, p , KERR, W. E. Biologia e manejo da tiúba: a abelha do Maranhão. São Luís: EDUFMA, p. KERR, W. E.; CARVALHO, G. A.; NASCIMENTO, V. A. Abelha Uruçu: biologia, manejo e conservação. Belo Horizonte: Acangaú, p. (Coleção Manejo da Vida Silvestre, n. 2). KERR, A. S. KERR, W. E. Melipona garbage bees release their cargo according to a gassian distribution. Rev. Brasil. Biologia. v NOGUEIRA-NETO, P. Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão. São Paulo: Nogueirapis, p. ROSSO, L. J. M. et al. Meliponicultura em Brasil I: situacion em 2001 y perspectivas. In: Seminário Mexicano sobre Abejas sin Aguijón, 2., Yucatán, Anais... Yucatán, p

55 54 SANTOS, F. M. et al. Diversidade de abelhas (Hymenoptera: Apoidea) em uma área de transição Cerrado-Amazônia. Rev. Acta Amazônica. v. 34. p , SAKAGAMI, S. Stingless bee. Social insects. New York, v.4, p SILVA, D. L. N. Estudos bionomicos em colônias mistas de Meliponinae. Boletim Zool. v. 2. p , SILVEIRA, F. A.; MELO, G. A. R.; ALMEIDA, E. A. B. Abelhas brasileiras: sistemática e identificação. Belo Horizonte: ISBN, p. SOMMEIJER, M. J. & BRUJIN, L. L. M. Drone congregations apart from the nest in Melipona favosa. Ins. Soc. Utrecht, v. 42 p SOUZA, B. de A.; CARVALHO. C. F. L. de. Melipona asilvai (HYMENOPTERA: APIDAE) Aspectos Bioecológicos de Interesse Agronômico f. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias)- Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, Universidade Federal da Bahia, Cruz das Almas, VELTHUIS, H. Biologia das abelhas sem ferrão. São Paulo: Universidade de Ultrecht, p. VIANA, L. de S.; MELO, G. A. R. de. Conservação de abelhas. Informe Agropecuário. Belo Horizonte, v. 13, n. 149, p-23-26,1987.

56 ANEXO 55

57 56 Eline Abreu Foto I. Abertura de cortiço com machado. Eline Abreu Foto II. Abertura de cortiço com utilização de espátula

58 57 Eline Abreu Foto III. Medição externa do cortiço com trena. Eline Abreu Foto IV. Medição da espessura da madeira com auxílio de trena

59 58 Eline Abreu Foto IV. Medição da área interna dos cortiços com trena. Eline Abreu Foto V. Área de cria e alimento do cortiço de abelha Tiúba.

60 59 Eline Abreu Foto VI. Medição da área de alimento com auxílio de régua. Eline Abreu Foto VII. Medição da altura dos potes de mel com paquímetro digital.

61 60 Eline Abreu Foto VIII. Medição do diâmetro dos potes de mel com paquímetro digital Eline Abreu Foto IX. Medição do volume dos potes de mel com seringa.

62 61 Eline Abreu Foto X. Medição do peso dos potes de pólen com auxílio de balança analítica. Eline Abreu Foto XI. Presença de invólucro na área de cria

63 62 Eline Abreu Foto XII. Meliponário Vila Formosa Teresina - PI Eline Abreu Foto XIII. Meliponário Dois Irmãos Timon - MA

64 63 Eline Abreu Foto XIV. Meliponário Santa Mônica Todos os Santos Teresina - PI Eline Abreu Foto XV. Meliponário Cipoal Batalha PI.

65 64 Eline Abreu Foto XVI. Abelha rainha de uma colméia de Tiúba, caminhando em cima de células de cria. Eline Abreu Foto XVII. Presença de resina dentro da colméia.

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