REVESTIMENTOS DESCONTÍNUOS ADERENTES (RDA) EM PAREDES - CONCEPÇÃO COM DURABILIDADE

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1 REVESTIMENTOS DESCONTÍNUOS ADERENTES (RDA) EM PAREDES - CONCEPÇÃO COM DURABILIDADE Adelaide Gonçalves, Eng.ª de Aeródromos da Força Aérea Portuguesa, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico Jorge de Brito, Eng.º Civil, Professor Associado c/ Agregação no Instituto Superior Técnico Fernando Branco, Eng.º Civil, Professor Catedrático no Instituto Superior Técnico Considerações iniciais Este artigo é baseado na dissertação de mestrado da primeira autora [1] e dedicado aos revestimentos descontínuos aderentes (RDA) em placas de pedra ou ladrilhos cerâmicos aplicados em paredes de fachada. Tendo em conta que, na construção mais comum em Portugal, a qualidade dos revestimentos de paredes influencia as condições de habitabilidade dos edifícios [1, 2], afecta a estanqueidade à água das paredes exteriores e desempenha um importante papel na estética das fachadas é de toda a relevância salientar as medidas adequadas que devem ser adoptadas quer na fase de projecto quer na fase de construção destes elementos. Assim, são primeiramente referidas as exigências dos revestimentos, identificados os diversos tipos de materiais que podem ser utilizados na sua concepção bem como as recomendações que devem ser adoptadas na fase de projecto e ainda algumas metodologias construtivas que devem ser seguidas. 1. Exigências A Directiva Europeia dos Produtos de Construção (89/106/CE) define que este tipo de produtos, para circular no mercado, deve respeitar determinadas exigências, de modo a que, uma vez aplicados em obra, garantam o cumprimento de seis requisitos essenciais: resistência mecânica e estabilidade (ER1); segurança contra riscos de incêndio (ER2); higiene, saúde e ambiente (ER3); segurança na utilização (ER4); protecção contra o ruído (ER5) e economia de energia e retenção de calor (ER6). Para além destes requisitos, existem ainda outras exigências que devem ser equacionadas na concepção e projecto de sistemas de revestimentos cerâmicos, nomeadamente de compatibilidade com o suporte (compatibilidade mecânica e geométrica), de conforto visual e táctil, de durabilidade e adaptação à utilização normal. Estas exigências variam consoante a localização dos RDA. Por exemplo, se é fundamental que, em paramentos interiores, o revestimento cerâmico (ladrilhos + cola + juntas) assegure a estanqueidade à água das paredes, face às condições normais de ocupação, em paramentos exteriores, este requisito não é imprescindível, mas importante [3]. Também os revestimentos exteriores de placas de pedra devem respeitar as seis exigências essenciais acima referidas, às quais acrescem a durabilidade e o aspecto. 2. Materiais utilizados nos RDA Os revestimentos de paredes constituídos por placas de pedra são muito apreciados quer pelo aspecto estético que conferem quer pela ideia de durabilidade que lhe está associada. A aplicação da pedra natural como revestimento de paredes é considerada uma solução nobre, de elevada qualidade e durável, sendo normalmente escolhida para edifícios de luxo ou de utilização mediática [4]. Já os ladrilhos cerâmicos constituem um dos mais portugueses sistemas de revestimento, sendo conhecidos por um tempo de vida útil elevado, fácil limpeza e baixa necessidade de manutenção, apresentam simultaneamente propriedades de isolamento, durabilidade, higiene e características de animação da superfície e reflexão de luz [5]. Quer os revestimentos em pedra quer os ladrilhos cerâmicos podem ser aplicados de forma aderente ao suporte (com uma argamassa tradicional ou com um adesivo industrializado) ou de forma dessolidarizada, através de uma fixação mecânica, solução construtiva que não será aqui retratada.

2 2.1 Ladrilhos cerâmicos Os ladrilhos cerâmicos são fabricados tendo como base uma mistura de materiais argilosos, como a argila e o caulino, e de fundentes, como a areia e o feldspato. O respectivo processo de fabrico pode corresponder à conformação por prensagem, por extrusão (com preparação da pasta cerâmica por via seca ou húmida) ou à moldagem manual [6]. A classificação normalizada dos ladrilhos é definida segundo o nível de absorção de água (E - percentagem em massa de água absorvida estimada de acordo com a norma EN ISO :1997) e processo de conformação (extrusão por via seca ou húmida, prensagem a seco ou moldagem manual, respectivamente A, B a C) segundo o estipulado na norma EN 14411: Ceramic tiles: definitions, classification, characteristics and marking. Os ladrilhos pertencentes a cada um dos grupos definidos no Quadro 1 possuem designações comerciais próprias e características distintas. Absorção de água Conformação A Extrudido B Prensado C Outros processos Quadro 1 - Classificação dos ladrilhos cerâmicos segundo a EN 14411: 2003 [1] 2.2 Placas de pedra Grupo A I E 3 % Grupo AI Grupo A II a Grupo A II b Grupo A III 3 < E 6 % 6 < E 10 % E > 10 % Grupo A II a-1 e a-2 Grupo A II b-1 e b-2 Grupo A III (Anexo B e C) (Anexo D e E) Anexo F Anexo A Grupo BI a Grupo BI b Grupo BII a Grupo BII b Grupo BIII E 5 % 0,5 < E 3 % (Anexo J) (Anexo K) (Anexo L) Grupo CI Grupo CII a Grupo CII b Grupo CIII O emprego da pedra natural como material de revestimento exterior de fachadas está associado à ideia de solução durável, dispensando a manutenção [4, 7]. A industrialização da exploração das rochas ornamentais, nomeadamente permitindo o corte em pequenas espessuras, a ocorrência em Portugal de jazidas frequentes e a redução dos custos de transporte, associadas às razões já referidas, levou a um aumento e mesmo à banalização do emprego de pedras naturais [7]. A identificação e caracterização da maioria das pedras existentes em Portugal podem ser encontradas no catálogo de Rochas Ornamentais, no qual a Direcção Geral de Geologia e Minas classifica as rochas em três grupos: ígneas (granitos, gabros, pórfiros, sienitos), metamórficas (mármores) e sedimentares (calcários, brechas e dolomites). Para as rochas não abrangidas, ou se for necessário um maior rigor, devem ser realizados ensaios laboratoriais. Na construção, é comum usar uma classificação simplificada em granitos (abrangendo todas as ígneas capazes de receberem polimento) e mármores (englobando os mármores e ainda todos os calcários). De entre as rochas mais usadas, os granitos, os sienitos, os mármores e alguns calcários microcristalinos (lioz, alpinina, rosa florentino, encarnadão), assim como as ardósias, verificam, em geral, os requisitos para aplicação no exterior [4], que se encontram indicados no capítulo correspondente à fase de projecto. Os calcários sedimentares (moleanos e moca-creme), tal como algumas brechas e xistos, dificilmente respondem a tais exigências. As especificações dos revestimentos de fachadas em pedra natural encontram-se descritas na norma EN 1469: 2004: Pedra natural - placas para revestimento de paredes. 2.3 Material de assentamento Os ladrilhos cerâmicos podem ser colados directamente sobre o suporte ou sobre uma camada de regularização este [6]. Os materiais para fixação por contacto podem ser diversos, tal como é descrito no Quadro 2. Os materiais constituintes das argamassas tradicionais de assentamento de azulejos e ladrilhos encontram-se estabelecidos na norma NP 56, que recomenda a aplicação de argamassas mistas de cimento e cal, na proporção de uma parte em volume de aglutinante para 2,5 partes em volume de agregado. O aglutinante é constituído pela mistura de cimento e cal apagada (em proporção que varia entre 1:4 e 2:5) e o agregado utilizado deve ter um D máx (diâmetro máximo) o maior possível, mas sem exceder 0,7 da espessura prevista para a camada. Os produtos de assentamento, designados por cimento-cola, são regulamentados pela norma EN

3 12004: 2001 / A1: 2002, na qual são classificados em três grupos: C - cimentos-cola (ligantes hidráulicos); D - colas em dispersão aquosa (ligantes orgânicos) e R - colas de resina de reacção (resinas sintéticas), de acordo com a respectiva composição. Cada um destes grupos está ainda dividido em classes, de acordo com as características de desempenho fundamentais (1 - adesivo normal; 2 - adesivo melhorado) e opcionais (E - adesivo de tempo alargado; F - adesivo de presa rápida; T - adesivo com resistência ao deslizamento vertical). No Quadro 3, apresenta-se a caracterização de cada um deste grupos em termos de composição, aplicações usuais, vantagens e cuidados imprescindíveis na sua aplicação. Argamassa tradicional Quadro 2 - Processos de aplicação por colagem [5, 6] Materiais para fixação por contacto Aplicação em camada espessa de 5 a 20 mm; a composição desta argamassa bem como o seu modo de execução encontram-se descritos na norma NP 56; serve também de argamassa de regularização; esta solução apresenta como desvantagens o facto de possuir uma menor tensão de adesão ao ladrilho e de se adequar apenas a suportes e materiais cerâmicos de elevada porosidade; se utilizada no exterior, deve ser incorporado um aditivo hidrófugo de forma a aumentar a resistência à penetração da água da chuva Cimentos-cola, colas em dispersão aquosa e colas de resina de reacção Aplicação em camada fina entre 2 a 5 mm; estes produtos devem ser devidamente homolgados pelo LNEC e podem ser aplicados directamente sobre o suporte ou sobre a camada de regularização deste (normalmente chapisco e o emboço) O CSTB [8] define ainda uma classe C2S, para cimentos-cola com capacidade de deformação após endurecimento, que deve ser utilizado em ladrilhos com mais de 2000 cm 2 de superfície em fachadas e para colagem de ladrilhos de área inferior mas posicionados a mais de 6 m de altura. D - Colas de dispersão aquosa R - Colas de resina de reacção Quadro 3 - Caracterização dos vários tipos de adesivos para ladrilhos cerâmicos [6] Tipo Aplicações aconselhadas Vantagens C - Cimentoscola standard C - Cimentoscola de dois componentes C - Cimentoscola de ligantes mistos C - Cimentoscola aluminosos Ladrilhos de porosidade média ou elevada em interiores, em suportes à base de cimento Revestimentos de paredes de betão ou de cerâmica antiga e revestimentos de parede rebocados Revestimentos de fachadas; larilhos de qualquer formato e porosidade Ladrilhos até 60 x 60 cm, pouco porosos, em todo o tipo de suportes Todo o tipo de revestimento, com excepção de suportes metálicos Revestimentos de indústrias químicas, laboratórios, piscinas Custo reduzido, rapidez de aplicação, colagem de peças morosas no interior das habitações Elevado poder de colagem, mesmo em ladrilhos de grande formato Alta flexibilidade; colagem sobre madeira Adequado para exteriores, incluindo ambientes frios Reparação de revestimentos; elasticidade elevada; pasta pronta a aplicar Aplicação em ambientes quimicamente agressivos; aplicação sobre metal; endurecimento por reacção química Cuidados na aplicação Aplicação em suportes limpos Aplicação em suportes estabilizados e totalmente limpos; espessura menor do que 10 mm Aplicação em suportes estabilizados, de baixa porosidade e limpos; espessura menor do que 10 mm Aplicação em suportes estabilizados, de baixa porosidade e limpos; espessura menor do que 10 mm Aplicação em suportes estabilizados; não resistente à água nem ao gelo Apresenta um custo bastante elevado, devendo a sua utilização ser devidamente justificada

4 As exigências normativas (EN 12004: 2001 / A1: 2002) para os materiais pré-doseados encontramse nos Quadro 4 e 5. Quadro 4 - Especificação para cimentos-cola (C), segundo a EN [1] Características fundamentais Colas de presa normal Valores de referência Tensão de adesão inicial 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão após imersão em água 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão após envelhecimento por calor 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão após ciclos gelo / degelo 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão: tempo aberto Colas de presa rápida Tensão de adesão inicial 0,5 N/mm 2 após mais de 20 min Valores de referência 0,5 N/mm 2 após não mais de 24 h Tensão de adesão: tempo aberto 0,5 N/mm 2 após mais de 10 min Determinação da resistência ao deslizamento 0,5 mm Todos os outros requisistos referidos para as colas de presa normal Características opcionais Características especiais Valores de referência Deslizamento 0,5 mm Características adicionais Valores de referência Tensão de adesão inicial elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão após imersão em água elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão após envelhecimento por calor elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão após ciclos gelo / degelo elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão: tempo aberto prolongado 0,5 N/mm 2 após mais de 30 min Normas EN 1346 Normas EN 1346 EN 1308 Normas EN 1308 Normas EN 1346 Quadro 5 - Especificação para colas em dispersão aquosa (D) e colas de resina de reacção (R), segundo a EN [1] Resistência inicial ao corte Características Resistência ao corte após envelhecimento por calor Resistência ao corte após imersão em água Características fundamentais Valores de referência Normalização D R D R 1 N/mm 2 2 N/mm 2 NP EN 1324 EN N/mm 2 - NP EN N/mm 2 - EN Tensão de adesão: tempo aberto (após mais de 20 min.) 0,5 N/mm 2 EN 1346 Características opcionais Características opcionais Valores de referência Normalização Deslizamento 0,5 mm EN 1308 Características adicionais Valores de referência Normalização Adesão por após imersão em água 0,5 N/mm 2 - NP EN Adesão a alta temperatura 1 N/mm 2 - NP EN Tensão ao corte de adesão após choque térmico Tensão de adesão: tempo aberto prolongado (após mais de 30 min.) - 2 N/mm 2 - EN ,5 N/mm 2 - EN Outras características importantes para a previsão do estado de tensão do revestimento em serviço e, portanto, para avaliação da sua resistência ao descolamento são: coeficiente de dilatação térmica linear, variação dimensional com a humidade e o módulo de elasticidade, que são determinadas mediante técnicas correntes, mas ainda não normalizadas [9]. 2.4 Material de preenchimento das juntas O assentamentos de peças por colagem devem incluir a inserção de juntas de movimento entre os ladrilhos, juntas de fraccionamento, para dissipação das tensões originadas pelas deformações de carácter higrotérmico, juntas periféricas e estruturais (Quadro 6 e Figura 1). As juntas de movimento e a superfície das juntas de fraccionamento, periféricas e estruturais podem ser preenchidas por dois grupos principais de materiais definidos na norma EN 13888: 2002: CG - argamassas à base de cimento (cement grout), RG - argamassas à base de resinas de reacção

5 (resin grout). No Quadro 7, apresentam-se as características dos materiais pertencentes a cada um dos referidos grupos e ainda a um novo material classificado como CG2. No caso de juntas de movimento de dimensões reduzidas (entre 1 a 4 mm), o preenchimento pode ainda ser feito, para além dos produtos industriais já referidos, com uma calda de cimento ou, no caso de juntas de espessura superior a 4 mm, com uma argamassa tradicional para juntas (2 volumes de cimento para um de areia). Quadro 6 - Tipos de juntas em peças de revestimento com fixação por colagem [6, 10] Designação Estruturais (Figura 1.a) Periféricas (Figura 1.b) Fraccionamento (Figura 1.c) Movimento (Figura 1.d) Tipos de juntas Características devem ser posicionadam sobre e na continuação das juntas estruturas do suporte; a largura da junta deve ser superior ou igual à junta do suporte; a profundidade deve ser a adequada para garantir o prolongamento da junta de suporte devem ser posicionadas nos limites das superfícies a revestir; devem apresentar uma largura mínima de 5 mm, profundidade adequada para penetrar a totalidade da espessura do reboco de suporte as áreas entre juntas devem ser aproximadamente quadradas e os seus valores devem ser definidos consoante o ambiente em que se encontram; a largura mínima destas juntas deve ser de 5 mm e a profundidade a adequada para penetrar a totalidade da espessura do reboco são normalmente definidas pelo fabricante em função da aplicação e do tipo de ladrilho, devem ser dimensionadas de forma a compensar as expansões sofridas pelos ladrilhos cerâmicos a) b) c) d) Figura 1 - Tipos de juntas em revestimentos com fixação por colagem: a) estruturais; b) periféricas; c) de fraccionamento; d) de movimento [6, 10] Quadro 7 - Caracterização dos vários tipos de material de preenchimento de juntas em revestimentos cerâmicos aderentes [6] Tipo CG - argamassas à base de cimento RG - argamassa à base de resina de reacção CG2 - argamassas à base de silicatos, completamente inorgânicas Composição Calda de cimento tradicional, sem inertes Argamassa de cimento com elevado teor de resinas Argamassa epóxida fornecido em dois componentes (líquidos), sendo um deles a resina (ligante) e outro o endurecedor Argamassas compostas por silicatos (ligante) e aditivos especificamente seleccionados (fornecida em pó) Gama de larguras (mm) Aplicações aconselhadas Características principais 4 Paredes interiores Elevada retracção 3 a 20 3 a 15 3 a 15 Revestimentos e pavimentos exteriores; juntas flexíveis Piscinas, cozinhas industriais ou indústria média / pesada; exteriores, mesmo em condições ambientais agressivas Revestimentos ou pavimentos (interiores e exteriores), mesmo em locais onde a agressividade química é elevada Resistência adequada aos agentes atmosféricos exteriores Utilização satisfatória, quando a frequência das limpezas é elevada e se exige alta resistência química e mecânica Aplicação semelhante às argamassas de base cimentícia; elevadas prestações mecânicas; alta resistência à abrasão e química

6 O material de preenchimento das juntas deve ser impermeável, resiliente e compressível, apresentar resistência à água, aos agentes de limpeza, aos ataques químicos e ao desenvolvimento de microrganismos (a evolução do aspecto e estado de higiene dos revestimentos cerâmicos e de placas de pedra é, nos casos mais correntes, condicionada pelo comportamento das juntas), mas permeável ao vapor de água, em especial quando aplicado no exterior [5, 6]. As especificações para este material encontram-se definidas na norma EN 13888: Grouts for Tiles - Definitions and Specifications e representadas nos Quadros 8 e 9. Quadro 8 - Requisitos para as argamassas de juntas à base de cimento (CG), segundo a EN [1] Características fundamentais Características Valores de referência Normalização Resistência à abrasão 2000 mm 3 EN Resistência à flexão (condições padrão) 3,5 N/mm 2 EN Resistência à flexão (após ciclos gelo / degelo) 3,5 N/mm 2 EN Resistência à compressão (condições padrão) 15 N/mm 2 EN Resistência à compressão (após ciclos gelo / degelo) Retracção livre Absorção de água após 30 min. Absorção de água após 240 min. Forte resistência à abrasão Absorção reduzida de água após 30 min. Absorção reduzida de água após 240 min. 15 N/mm 2 EN mm/m EN g EN g EN Características opcionais 1000 mm 3 EN g EN g EN Quadro 9 - Requisitos para as argamassas de juntas à base de resinas de reacção (RG), segundo a EN [1] Características fundamentais Características Valores de referência Normalização Resistência à abrasão 250 mm 3 EN Resistência à flexão (condições padrão) 30 N/mm 2 EN Resistência à compressão (condições padrão) Retracção livre Absorção de água após 240 min. 45 N/mm 2 EN ,5 mm/m EN ,1 g EN Existem ainda outras características importantes a conhecer para previsão do estado de tensão do revestimento em serviço e, portanto, para avaliação da sua resistência ao descolamento [10]: as variações dimensionais com a humidade (pren 13872), o coeficiente de dilatação térmica linear e o módulo de elasticidade, não existindo ensaios normalizados para a sua determinação. 3. Projecto 3.1 Revestimentos cerâmicos aderentes (RCA) Os sistemas de revestimentos de ladrilhos devem ser compatíveis com os suportes que vão revestir, do ponto de vista mecânico, geométrico e químico [5]. Sob o ponto de vista mecânico, foram indicados anteriormente os possíveis materiais de assentamento, aos quais acresce a aplicação de monomassas em vez de uma argamassa tradicional, desde que respeite a seguinte a classificação MERUC E4 e R4. Quanto à compatibilização geométrica, no Quadro 10 encontra-se definida a largura máxima dos ladrilhos cerâmicos a colar em função do raio de curvatura do suporte (Figura 2). Quadro 10 - Largura máxima dos ladrilhos cerâmicos a colar, em função do raio de curvatura do suporte [8] Figura 2 - Largura L dos ladrilhos e raio de curvatura R do suporte [6] Raio de curvatura do suporte - R (m) Largura máxima dos ladrilhos - L (m) 0,15 0,6 1,4 2,5 0,05 0,1 0,15 0,2

7 Não existe ainda uma definição das aplicações possíveis para cada uma das classes de ladrilhos cerâmicos apresentadas pela EN 14411, mas sim parâmetros orientadores para aplicação no exterior [5, 6]: resistência à formação de gelo (Norma ISO ); nível de absorção de água: E < 3% (Norma ISO ); coeficiente de expansão com a humidade (h 0,1mm/m) (Norma ISO ); dilatação térmica linear (Norma ISO ). Quanto à acção da temperatura, no Quadro 11, apresentam-se os valores do coeficiente de absorção da radiação solar (α s) em função da cor. Os valores próximos de zero significam que as superfícies praticamente não absorvem radiação solar e, logicamente, os valores próximos da unidade implicam uma grande absorção da radiação incidente. Quadro 11 - Valores do coeficiente de absorção da radiação solar (α s) de algumas superfícies em função da cor [11] Cor da superfície α s Branco 0,2 a 0,3 Amarelo, cor-de-laranja, vermelho claro 0,3 a 0,5 Vermelho escuro, verde claro, azul claro 0,5 a 0,7 Castanho, verde escuro, azul vivo, azul escuro 0,7 a 0,9 Castanho escuro, preto 0,9 a 1 O CSTB [8] recomenda que, em paredes exteriores situadas a mais de 6 m acima do solo, a aplicação de ladrilhos com valores α s superiores a 0,7 se limite às seguintes situações: paramentos recuados em relação ao limite do edifício (terraços e varandas); pontos singulares das fachadas (enquadramento de vãos ou cornijas) ou bandas decorativas, desde que a sua largura não ultrapasse os 50 cm e não represente mais de 20% da área da fachada. No que diz respeito às dimensões dos ladrilhos, há limites para revestimentos em paredes fixados por colagem [8]: 2000 cm 2 (40 x 40 cm) com ladrilhos de absorção de água não superior a 0,5%; 3600 cm 2 (60 x 60 cm) com ladrilhos de absorção de água superior a 0,5%; 300 cm 2 em paredes revestidas com ladrilhos de terracota; 231 cm 2 em paredes revestidas com plaquetas de terracota. No Quadro 12, encontram-se indicadas as classes de cimentos-cola (C) recomendadas para o assentamento de ladrilhos cerâmicos em fachadas. Quadro 12 - Classes de cimento-cola recomendadas para o assentamento de ladrilhos cerâmicos em fachadas [8] Revestimento Altura da fachada Natureza Área (cm2) H 6 m 6 < H 28 m Mosaico em pasta de vidro ou porcelânico S 50 Plaquetas murais em terracota S 231 Azulejos em terracota S 300 (15 x 15) C2 C2S Ladrilhos extrudidos ou prensados, excepto S 2000 (40 x 40) os plenamente vitrificados 2000< S C2S Ladrilhos plenamente vitrificados S 2000 (40 x 40) C2S NOTA: Consideram-se plenamente vitrificados os ladrilhos com absorção de água E não superior a 0,5% A colagem das peças cerâmicas, em algumas situações de assentamento, pode ser dupla (como por exemplo em ladrilhos com superfície S > 50 cm 2 ou com E < 3%) [5, 8], na qual o espalhamento do adesivo é efectuado no suporte e no tardoz do ladrilho. Este método apresenta algumas vantagens, tais como: facilitar a garantia do abatimento dos cordões do adesivo e a maximização da área de contacto da cola com o tardoz do ladrilho e ainda permitir eliminar algumas deficiências de planeza

8 do suporte [5]. No entanto, há que evitar uma excessiva espessura final da camada do adesivo e ainda atender aos maiores custos inerentes a esta técnica. Em ladrilhos de pequenas dimensões (S 50 cm 2 ) ou plaquetas de terracota, a técnica de colagem deve ser simples (cola aplicada apenas sobre o suporte) [5, 8]. De modo a evitar a fissuração e o descolamento dos ladrilhos devidos a tensões originadas por deformações de natureza higrotérmica é necessário introduzir juntas de fraccionamento. A sua consideração permite dividir o RCA em áreas definidas pelas juntas verticais e horizontais e é tanto mais indispensável quanto mais espessa e flexível for a camada de assentamento e mais agressivo for o ambiente de exposição [5]. O CSTB [8] indica áreas de 60 m 2, divididas por juntas horizontais de 6 m de espaçamento e juntas verticais de 10 m de espaçamento, enquanto que em [5] se refere áreas de 20 m 2, com juntas verticais distanciadas de 4 a 5 m e juntas horizontais localizadas à altura da laje dos pisos (permitindo assim um enquadramento arquitectónico distinto). No revestimento de paredes de fachada, é possível não se considerar este tipo de juntas, desde que as juntas entre ladrilhos (juntas de movimento) sejam preenchidas com um produto flexível, cujo módulo de elasticidade não ultrapasse os MPa [8]. As juntas estruturais têm de ser reflectidas no revestimento, sendo usual a utilização de juntas estruturais pré-fabricadas reforçadas com perfis metálicos ou plásticos, ou de mastiques sobre fundo de junta [10]. Estas juntas devem apresentar uma largura igual ou superior às juntas existentes no suporte e uma profundidade adequada para garantir o prolongamento da junta de suporte [6]. As juntas de movimento devem ser definidas pelo fabricante em função do tipo de aplicação prevista e atendendo às características dos ladrilhos Para as juntas de movimento, recomendam-se as espessuras indicadas no Quadro 13. Quadro 13 - Espessuras recomendadas para as juntas entre ladrilhos fixados por colagem com colas ou cimentos-cola [8] Tipo de aplicação Tipo de ladrilho Largura mínima da junta (mm) Extrudido 6 Paredes Exteriores Prensado 4 A selecção do produto de preenchimento das juntas deve atender a diversos factores como: impermeabilidade; resistência à água, ao calor, aos agentes de limpeza e aos ataques químicos; resistência ao desenvolvimento de microrganismos; resiliência e compressibilidade [6]. A utilização de produtos pigmentados deve prever a sua possível descoloração, especialmente em paramentos submetidos à acção de produtos químicos ou de limpeza agressivos, não devendo os resíduos originados degradar as peças cerâmicas [6]. 3.2 Revestimentos em placas de pedra aderentes (RPA) As pedras a utilizar em revestimentos de fachadas devem apresentar determinados requisitos adequados à sua utilização em exteriores, como por exemplo: absorção de água reduzida, resistência mecânica suficiente à compressão e à flexão, resistência aos choques suficiente, resistência ao desgaste suficiente, resistência suficiente ao corte paralelo à face da placa (não delaminar); resistência química aos agentes agressivos ambientes, inexistência de fissuras ou defeitos importantes que impliquem a sua fractura por essas zonas fragilizadas e um aspecto agradável [4]. A pren 1469: Pedra para revestimento de fachada encontra-se em elaboração e no anexo ZA são indicados os requisitos mínimos obrigatórios para efeitos de marcação CE. À semelhança dos RCA os revestimentos em placas de pedra natural devem ser compatíveis com os suportes que vão revestir, do ponto de vista mecânico, geométrico e químico. Após a selecção do tipo de pedra (atendendo às sua características, nomeadamente a aplicabilidade em fachadas, a massa volúmica aparente e o coeficiente de dilatação térmica linear), é necessário definir a sua espessura e dimensões. A espessura e dimensões das placas de pedra a utilizar estão, normalmente, condicionadas pelas características resistentes do material face à intensidade das acções variáveis exteriores estáticas ou dinâmicas (vento, sismo e acções higrotérmicas). Inerentes a estas acções podem estar ciclos repetidos de carga - descarga que fragilizam por fadiga não só a própria pedra, como o sistema e condições de fixação destas ao suporte [7].

9 Existem disposições construtivas internacionais, indicadas no Quadro 14, que estabelecem recomendações quanto às dimensões admissíveis para fixação por colagem. As disposições quanto à largura das placas face ao raio de curvatura do suporte são as indicadas no Quadro 10 e na Figura 2, à semelhança dos RCA. Quadro 14 - Dimensões admissíveis para a fixação por colagem de placas de pedra em revestimentos de fachada e interiores [1,4, 8] Fixação por colagem em fachadas (1) Superfície máxima (cm 2 ) Porosidade (2) Fixação por colagem em interiores Superfície máxima (cm 2 ) Porosidade (2) 2000 (40 x 40) > 5% 3600 > 5% 1100 (30 x 30) 5% % (1) Acima destes valores deve existir adicionalmente (2) O coeficiente entre a largura e o comprimento fixação mecânica não pode ser superior a 2 Nota: espessura mínima de 30 mm No Quadro 15, encontram-se indicadas as classes de cimentos-cola (C) recomendadas para o assentamento de placas de pedra em fachadas. Também a colagem dos RPA pode ser dupla ou simples, considerando as mesmas indicações do que para os RCA. Quadro 15 - Classes de cimento-cola recomendadas para o assentamento de placas de pedra em fachadas [1, 8] Revestimento Natureza Área (cm 2 ) Pedras naturais com porosidade > 5% S 1100 (30 x 30) 1100 < S 2000 (40 x 40) Pedras naturais com porosidade 5% S 1100 (30 x 30) Altura da fachada H 6 m 6 < H 28 m C2 C2S - C2S C2S A espessura recomendada para as juntas de movimento é de cerca de 4 mm em revestimentos de fachada e de 2 mm em revestimentos interiores [8]. Apesar disso, em [4] é indicado que as juntas entre placas apresentam funções de absorção das deformações (para além da garantia da permeabilidade ao vapor de água) que só podem ser garantidas com juntas de 5 mm. Tanto as juntas de fraccionamento como as estruturais devem ser respeitar o disposto para os RCA [1, 8]. 3.3 Pontos singulares A patologia ocorre muitas vezes em pontos singulares e não na superfície corrente, sendo precisamente nestes locais que se verificam os maiores erros ou omissões em termos de projecto, onde mais falta fazem materiais integrados num sistema de construção coerente e ainda onde a execução é mais difícil em obra [12]. Assim, no projecto de RDA não só é importante a especificação do tipo de peça (ladrilho ou placa de pedra), dimensões e sistema de fixação a adoptar face às acções, localização e uso, como também apresentar pormenores quer da estereotomia quer de pontos singulares inerentes à sua correcta execução. Nas Figuras 3 e 4, são indicados detalhes construtivos de grande importância para a durabilidade do revestimento e qualidade da construção. Figura 3 (à esquerda) - Protecção superior (pingadeira) de RDA em fachadas onde d 20 mm e o refechamento do RDA com a cobertura deve ser preenchido com material flexível (cerca de 5 mm de espessura) Figura 4 (à direita) - Protecção superior com capeamento em RDA

10 4. Execução de RDA Os suportes de alvenaria de tijolo ou de blocos de betão exigem regularização com reboco tradicional ou monocamada, que devem estar secos aquando da aplicação do material de assentamento. Enquanto que os suportes de base em cimento devem secar durante 4 a 6 semanas antes de qualquer aplicação [6], os suportes de monomassa devem ter no mínimo 4 semanas de cura. É nesta fase que devem ser verificadas as irregularidades do suporte, as suas dimensões e a respectiva esquadria, de modo a minimizar o número de cortes. Devem ainda ser marcados os alinhamentos verticais e horizontais das primeiras fiadas. No Quadro 16, são indicadas as diversas técnicas de aplicação de revestimentos cerâmicos. Quadro 16 - Aplicação de revestimentos cerâmicos [5, 6] Tipo de método Aplicação Aplicação da argamassa tradicional acabada a régua e deixada endurecer de forma a suportar o peso dos ladrilhos; quando tal se verificar, aplica-se uma camada de Argamassa tradicional argamassa no tardoz do ladrilho (estando a espessura dependente da rugosidade desta (camada espessa) superfície) e, pressionando momentaneamente ou batendo, colocam-se os ladrilhos na posição devida; Cimentos-cola, colas em dispersão aquosa e colas de resina de reacção (camada fina) O adesivo deve ser espalhado e comprimido contra o suporte num ângulo de 45º com o lado liso da talocha, de modo a formar uma camada uniforme; utiliza-se em seguida o lado denteado da talocha para formar cordões de adesivo que facilitam o nivelamento e a fixação dos ladrilhos; no caso de colagem dupla, o espalhamento do adesivo é também efectuado no tardoz do ladrilho; a colocação dos ladrilhos deve ser efectuada através de uma forte pressão, que consiga abater os cordões do adesivo e formar uma camada uniforme, garantindo o contacto pleno com o tardoz do ladrilho; de forma a auxiliar a colagem, pode ser utilizado um martelo de borracha; esta colocação deve respeitar os tempos característicos do adesivo: tempo de vida útil, tempo aberto e tempo de repouso; quando o adesivo atinge o fim do tempo aberto (especificado pelo fabricante e função das acções ambientais), forma-se uma película esbranquiçada sobre os respectivos cordões, altura em que o assentamento dos ladrilhos deve ser interrompido e o material deve ser removido; A argamassa tradicional, para aplicação de RCA, deve ser preparada consoante as indicações da NP 56, que refere que a mistura do aglutinante (cimento e cal) com o agregado deve ser realizada antes da adição de água, que deve ser somente a indispensável para a obtenção de uma argamassa trabalhável. A aplicação deve ser iniciada com a preparação e mistura mecânica do material de assentamento conforme indicações do fabricante. O suporte e os ladrilhos cerâmicos devem estar secos no momento da colagem salvo se os ladrilhos forem muito porosos ou a se a humidade relativa do ambiente (HR) for muito baixa [13]. No entanto, em [5] é referido que é preferível utilizar primários que melhorem a qualidade da colagem a humedecer os ladrilhos, dado que este último método pode ser prejudicial. Os cimentos-cola e as colas devem ser amassados de acordo com as instruções do fabricante. A selecção da espátula denteada adequada é função da área facial dos ladrilhos. As alturas mínimas dos dentes da talocha são as indicadas Quadro 17 e Quadro 18, respectivamente para os ladrilhos cerâmicos e para as placas de pedra. Quadro 17 - Alturas mínimas dos dentes da talocha a utilizar no assentamento de ladrilhos de grande formato [5] RCA [5] Dimensão dos ladrilhos Altura mínima dos dentes da talocha (20 x 20) cm 8 mm (25 x 25) cm 10 mm ( e assentamento com colagem dupla) (30 x 30) cm 12 mm ( e assentamento com colagem dupla) (40 x 40) cm ou superior 12 mm ( e assentamento com colagem dupla) Antes da aplicação das placas de pedra como revestimento, deve-se proceder à sua inspecção, de modo a detectar eventuais defeitos ou potenciais fracturas que possam comprometer a sua durabili-

11 dade e capacidade resistente. No caso de aplicação de placas em grandes quantidades, estas devem ser cuidadosamente transportadas e acondicionadas em sítio próprio [7]. Quadro 18 - Dimensões das talochas denteadas para aplicação dos RDA, segundo o CSTB [8] Dimensão dos ladrilhos RCA / RPA [8] Dimensões da talocha denteada (mm) S 300 cm < S 3600 cm 2 6 x 6 x 6 9 x 9 x 9 Os ladrilhos devem ser aplicados com juntas rectas e regulares que são conseguidas com a aplicação de cruzetas, cunhas, fio para juntas ou fitas de nylon. Esta operação deve realizar-se, pelo menos, 24 h após o assentamento dos ladrilhos, se a cola for de endurecimento hidráulico ou 3 a 5 dias depois, se a cola for orgânica e os ladrilhos forem pouco porosos, devendo o material de preenchimento das juntas ser aplicado com uma espátula ou talocha de borracha dura de forma cuidada, para que todas as juntas sejam uniformemente preenchidas. Depois de iniciado o endurecimento do material de preenchimento das juntas, este deve ser pressionado com uma ferramenta adequada de modo a garantir um acabamento perfeito. No acabamento dos trabalhos de revestimento, a limpeza deve ser efectuada depois do rejuntamento (preenchimento das juntas). Esta operação só deverá ocorrer após a cura do material de preenchimento das juntas, indicado pelo fabricante. O material a usar deve ser uma esponja ou um pano seco e com recurso a serradura de madeira. O movimento da limpeza deve ser executado na diagonal das peças e sem danificar as juntas. A aplicação de RDA não deve ser executada em condições adversas que correspondem a temperaturas elevadas (> 30 ºC) ou baixas (< 5 ºC), humidade relativa baixa ou alta, vento forte, incidência directa de raios solares ou de água. 5. Concepção com durabilidade Os revestimentos de paredes, como camada de protecção das alvenarias exteriores, encontram-se sujeitos a acções agressivas que podem afectar a sua durabilidade e o cumprimento das suas funções. A escassez de mão-de-obra especializada, o aparecimento de novos materiais e a pouca atenção dada aos revestimentos na fase de projecto tem contribuído para o aparecimento de diversas manifestações patológicas [14] que colocam em causa a durabilidade e a qualidade das construções. Face a esta conjuntura, cabe aos projectistas da arquitectura definir com exactidão a estereotomia dos RDA (incluindo a natureza, dimensionamento das peças descontínuas, do material de assentamento e do material de preenchimento das juntas), confirmar as características dos produtos e técnicas de aplicação a utilizar, no sentido de garantir a compatibilização dos RDA com o suporte e, ainda, considerar na sua concepção a localização (acções exteriores, ambientais e decorrentes do uso do edifício) das paredes exteriores e as restantes especialidades. De salientar a indispensabilidade da elaboração de pormenores construtivos, os mais claros e inequívocos possíveis, das soluções pretendidas, para que a execução em obra se torne mais fácil e menos sensível a uma mão-de-obra desconhecedora de algumas regras da boa arte. Não invalidando a necessidade de uma fiscalização actuante e da contratação de uma mão-de-obra qualificada, para que não ocorram erros graves de execução que podem, posteriormente, degenerar em onerosas operações de intervenção. 6. Referências bibliográficas [1] Gonçalves, Adelaide. Reabilitação de paredes de alvenaria. Dissertação de Mestrado em Construção no Instituto Superior Técnico, Lisboa, Setembro de 2007, 198 p. [2] Veiga, Mª. Rosário. Revestimentos de paredes: funções e exigências. Arquitectura & Vida, n.º 12, Lisboa, Janeiro de 2001, pp [3] Lucas, J. Carvalho. Revestimentos Cerâmicos (Capítulo VI). Curso de Especialização sobre

12 Revestimentos de Paredes CS 15, LNEC, 5.ª edição, Lisboa, 2004, pp [4] Veiga, Mª. Rosário. Revestimentos exteriores de placas de pedra. Construção Magazine, n.º 4, Lisboa, 4.º trimestre de 2002, pp [5] Silvestre, José Dinis. Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos cerâmicos aderentes. Dissertação de Mestrado em Construção no Instituto Superior Técnico, Lisboa, Setembro de 2005, 162 p. [6] Apicer. Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos. Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, Coimbra, [7] Sousa, Hipólito de; Faria, J. Amorim; Sousa, Rui. Anomalias associadas ao revestimento exterior de fachadas com placas de pedra natural. Alguns casos de estudo. 2º Simpósio Internacional sobre Patologia, Durabilidade e Reabilitação de Edifícios. Lisboa, pp [8] CSTB. Revetements de murs exterieures en carreaux ceramiques ou analogues colles au moyen de mortie-colles. CSTB, Livraison 413, Cahier n.º 3266, Paris, 2000, 10 p. [9] Lucas, J. Carvalho. Exigências funcionais de revestimentos de paredes. ITE25, LNEC, 4.ª edição, Lisboa, [10] Silvestre, José Dinis. Juntas utilizadas em revestimentos cerâmicos aderentes (RCA). 1º Congresso Nacional de Argamassas de Construção. Lisboa, 2005, 12 p. [11] DTU Enduits aux mortiers de ciments, de chaux et de melange platre et chaux aerienne. AFNOR, Paris, [12] Silva, J. Mendes da. Alvenarias não-estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação. Seminário sobre Paredes de Alvenaria. Porto, pp [13] Lucas, J. Carvalho. Exigências funcionais de revestimentos de paredes. ITE25, LNEC, 4.ª edição, Lisboa, [14] Gonçalves, Adelaide; Brito, Jorge de; Branco, Fernando. Reabilitação de paredes de alvenaria revestidas. 2º Congresso Nacional de Argamassas de Construção. Lisboa, 2007, 12 p.

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