BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO PARA AUTONOMIA FUNCIONAL DO IDOSO
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- Aparecida Vilarinho Carrilho
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1 BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO PARA AUTONOMIA FUNCIONAL DO IDOSO Manoel Rogério Freire da Silva Centro Universitário Internacional 1. INTRODUÇÃO O envelhecimento quase sempre é marcado por um período de inatividade física que somado às patologias agudas e crônicas, levam o indivíduo à limitação parcial da sua capacidade de gerenciamento e de suas atividades básicas. Segundo Shephard (2003) o processo de envelhecimento é contínuo e inevitável a todos os seres vivos. Ao longo da História, o Homem busca meios de reduzir os impactos causados por esse processo. Com o envelhecimento há perdas sistemáticas de capacidades e funções orgânicas, levando muitas vezes o indivíduo a um estado de depressão que se torna agravante. A OMS (Organização Mundial de Saúde, 1998) estima que em 2020 o Brasil seja o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas. Com base nessa estimativa é importante incentivar a prática de exercícios físicos com intuito de fortalecer a musculatura, reduzir a incidência de quadro depressivo, colaborando assim para a manutenção da saúde e de uma boa qualidade de vida. Para tanto este estudo teve como objetivo analisar a contribuição do exercício físico (caminhada e ginástica) para a autonomia funcional de idosas participantes de um grupo de convivência.
2 2. METODOLOGIA Estudo descritivo que teve como objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou fenômeno (GIL, 2002). Trata -se de uma pesquisa com abordagem qualitativa. Nesta pesquisa utilizou-se um questionário que foi aplicado sob a forma de entrevista a um grupo de idosas. Para elaboração do instrumento foi considerado uma modelo proposto pelo PEA Brasil (Programa PEA/Brasil (Passos para um Envelhecimento mais Ativo), do Ministério da Saúde/Caratinga-MG; com base nas questões que investigam as dimensões para identificação do grau de dependência do idoso entrevistado. Neste foi incluído a escala de atividades de vida diária básica e instrumentais de OARS, que avalia o desempenho do idoso nas atividades da vida diária, as básicas (AVDS) e instrumentais (AIVDS). No que diz respeito a atividades supracitadas, existem três respostas para cada questão, cada uma equivalente a um número de pontos (2-1- e 0), que será somado no final da entrevista. O teste apresenta uma escala de escores variando de zero a 14; deve ser circulado o número somado no local apropriado. Esta pontuação refere-se subjetivamente ao grau de dependência e independência do indivíduo, sendo que, quanto mais alto os escores, mais independente é o indivíduo e quanto mais baixo os escores, mais dependente é o indivíduo. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO subdividiram-se Objetivando uma maior clareza sobre os resultados obtidos nesta pesquisa as informações em três unidades conforme os objetivos da
3 investigação: a) Informações Pessoais e Fatores relacionados à Saúde; b) Autonomia funcional das participantes; c) Benefícios percebidos após participação no grupo Conforme o Gráfico 1, no que diz respeito à saúde verificou-se que 23,1% (n=6) declararam ser excelente a boa; assim como 53,8% (n=14) afirmaram ser boa. As que responderam regular, foram 15,4% (n=4). Somente 3,8% (n=1) afirmou que sua saúde esta ruim e a que não respondeu também totalizaram 3,8% (n=1). A pesquisa mostrou que as mulheres dos grupos estudados têm uma boa percepção quanto à sua saúde e buscam nos exercícios (caminhada e ginástica), manterem-se fisicamente ativas com expectativas de que sejam mais dinâmicas em suas atividades diárias. Fonte: Dados obtidos na pesquisa Quanto à autopercepção da saúde com relação à idade 53,8% (n=14) declararam estar melhor; as que afirmaram estar semelhante com outras pessoas da mesma idade que não praticam exercícios totalizaram 23,1% (n=6). As que declararam uma percepção de saúde pior foi de 19,2% (n=5). Somente 3,8% (n=1)
4 afirmaram estar muito pior. Com relação à ocorrência de quedas 30,8% (n=8) declararam ter sofrido episódio. Entretanto 69,2 % (n=18) não relataram. Para Barbosa (2001) a atividade física melhora a saúde global do idoso minimizando o risco de quedas Autonomia funcional das participantes Dentre as variáveis investigadas constatou-se que as senhoras, objeto desse estudo, mantêm-se ativas fisicamente, o que colabora para a sua autonomia funcional, bem como as básicas e instrumentais da vida diária. Estudo realizado por Mazo (2005), com mulheres idosas residentes na cidade de Florianópolis, constatou que as mais ativas têm energia para realizar as atividades diárias e capacidade na execução de trabalhos. 4. CONCLUSÃO Concluí-se que as atividades físicas (caminhada e ginástica), desempenhadas pelos grupos estudados colaboram para a autonomia funcional, repercutindo de maneira satisfatória na qualidade de vida. As integrantes relataram melhorias no âmbito psicossocial, nos quadros de depressão e afirmaram sentiremse mais dispostas no desempenho de suas atividades básicas e instrumentais da vida diária. Com base nos resultados encontrados, através das variáveis, mostrou-se que as senhoras investigadas, têm boa percepção quanto aos aspectos cognitivos, sociais e afetivos, resultando em uma melhor qualidade de vida. Entretanto 80,8% (n=21) relataram usar medicação tranquilizante devido problemas familiares, o que
5 interfere na sua qualidade de vida. REFERÊNCIAS BARBOSA, M.T. Como avaliar quedas em idosos? Revista Associação Médica Brasileira, v.47, n.2, p , abr./jul., GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, MAZO, G. Z.; MOTA, Jorge A. P. da S.; GONÇALVES, Lucia H. T. Atividade física e qualidade de vida de mulheres idosas. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, p , jan./jun OMS (1998) Growing Older. Staying well. Ageing and Physical Activity in Everyday Life. Preparado por Heikkinen RL. Genebra: Organização Mundial da Saúde. SHEPHARD, Roy J. Envelhecimento, atividade física e saúde. Tradução de Maria Aparecida da Silva Pereira. São Paulo: Phorte, 2003.
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