NÓTULAS DE: GEOMORFOL'OGIA MADEIRENSE

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1 NÓTULAS DE: GEOMORFOL'OGIA MADEIRENSE POR ORLANDO RIBEIRO 1-FORMAS PSEUDO-CicLlCAS A investigação de formas cíclicas em ilhas oceânicas poderia aclarar notàvelmente o problema eustático: se os níveis clássicos fossem encontrados, estaria demonstrada a generalidade das oscilações do nível do mar; se eles sistemàticamente faltassem, tal facto constituiria uma presunção muito favorável à hipótese do levantamento em conjunto de blocos ou faixas dos continentes, que o escalonamento de praias e terraços pliocénicos e quaternários na zona mediterrânea parece levar a admitir. Infelizmente, uma série de condições próprias dessas ilhas torna muito difícil a pesquisa e obriga a opor as maiores reservas a quaisquer resultados. As ilhas oceânicas, quase sempre de origem vulcânica, levantam-se bruscamente de grandes profundidades por declives submarinos muito íngremes, a que tantas vezes se seguem arribas alterosas e um relevo de grande energia. Os níveis marinhos podem faltar em grandes extensões, porque o escarpado do litoral era desfavorável à deposição de quaisquer sedimentos. Sob a acção das vagas impelidas por ventos impetuosos, as arribas mantêm-se vivas, minadas pela onda, com alcantis que, na Madeira, alcançam 400 ou- 500 metros. Nestas condições, tudo o que resta de níveis anteriores seria inexoràvelmente destruído pela acção de um «mar» mais recente. O nível de base (I) é extremamente instável: muitas ribeiras ficam suspensas na arriba e precipitam-se em cascata ou desaguam pôr uma garganta de ligação onde o declive pode aumentar (1) Funciona como tal o cimo da cascata donde as ribeiras se lançam no oceano. 8

2 114 até à vertical; todas estão sujeitas a ver o seu curso seccionado pelo recuo da costa, quando, como é geral, este se faz mais depressa do que a regularização do perfil pela erosão ascendente. Assim, linhas de água da mesma idade podem ter a foz a alturas muito vanaveis. Por isso, toda a rede hidrográfica da Madeira se apresenta na fase de juventude, com predomínio da erosão vertical, perfil longitudinal em grande declive, e assombrosa capacidade de transporte. Blocos de grandes dimensões, do tamanho de uma cabeça ou maiores, chegam ao ressalto que, por acção das vagas, se forma na desembocadura das ribeiras principais. Faltam também por completo as complicações que costuma trazer a evolução do ciclo, e em balde se pesquisa qualquer captura; mesmo separadas por septos de algumas dezenas de metros de espessura, as cabeceiras ou os leitos destas torrentes brutalmente encaixadas mantêm-se individualizados. Nestas circunstâncias, mesmo nas ribeiras mais poderosas, as formas cíclicas não encontram possibilidades de se desenvolverem. Todavia, ainda assim se acharam terraços, sem altitudes significativas, já mencionadas nos trabalhos de HARTUNG e HARTNACK; este último autor descreve também «o mais belo terraço de vale que se possa imaginar, situado na foz da ribeira de S. Vicente, 45 a 50 metros acima do leito fluvial; ocupa quase três quartos da largura do vale, enquanto a ribeira abriu caminho apenas no outro quarto)} (1). A ilusão é perfeita. Durante quase 2 km seguem-se as rechãs de ambos os lados do vale, cortadas por barrancos transversais, mas ligando-se sem esforço e, como convém, mantendo altura constante acima do leito do rio e visível declive para a foz; contam-se pelo menos três na vertente esquerda e duas na direita. Tão perfeito conjunto de formas não passa de uma banal corrente de lava recente, condicionada já pelo vale, na qual o rio correu e se encaixou, entalhando-a. HARTNACK nota, com toda a razão, que nem a presença de elementos rolados autorizaria a considerá-la como verdadeiro terraço, embora o rio, por força, tenha corrido sobre ela. Pode acrescentar-se que não tem qualquer (1) DR. W. HARTNACK, Madeira - Landeskunde einer Insel. Hamburg 1930, pái!s

3 115 significado na evolução do curso de água, cuja erosão vertical não conseguiu deter. Com efeito, embalde procurei à superfície seixos ou blocos rolados; não deixará de estranhar-se que uma forma tão favorável a estabelecer uma pausa no encaixe do rio não pareça ter exercido neste a menor influência. Na Ribeira dos Socorridos existe um conjunto de formas do mesmo tipo, com rechãs aparentes de ambos os lados do vale,na maior das quais assenta o sítio das Casas Próximas, com a Igreja do Curral das Freiras. Elementos planos ou rupturas de pendor parecem ligar-se-ihe, dando a perfeita ilusão de restos de um nível de rocha. São, da mesma maneira, troços de um manto de lavas, cuja superfície não é nem tão extensa nem tão regular como a de S. Vicente. Na rechã principal assentam alguns cones de escombros ou mesmo de dejecções torrenciais. A impossibilidade de nível cíclico está manifesta no aperto da ribeira logo a jusante, garganta tenebrosa onde apenas se abdu a levada, por cujo mainel caminham, à beira do abismo, algumas pessoas destemidas; a saída do Curral faz-se por uma portela, 400 m acima, a que leva uma calçada com mais de trinta voltas. Nenhum elemento plano poderia prolongar-se para o lado do mar. Estes exemplos são em extremo instrutivos e esclarecedores. Todas as formas aparentemente cíclicas carecem de ser examinadas antes de se lhes poder atribuir alguma significação. De várias que tive ensejo de observar, nenhuma foi possível reter como tal. A própria. estrutura vulcânica da Madeira é muito favorável ao desenvolvimento de formas «pseudo-cíclicas». Como os centros principais de emissão eruptiva se encontram na parte central da ilha; os mantos de lava inclinam-se geralmente para o litoral; alguns tractos mais planos lembram por isso superfícies de abrasão deformadas por um abaulamento geral da ilha. Estão neste caso os «planaltos» do Santo da Serra e de Santana, ao «nível» do último dos quais parece ligar-se o cimo da Penha de Águia. Ao longo dos ribeiros, são ainda os ressaltos de lava, entre acumulações de escórias mais brandas, que determinam «niveisinhos» locais; quando a soleira dura se inclina para jusante, a sugestão de ciclos embutidos pode ser perfeita. No litoral, a mesma alternância de produtos eruptivos de desigual resistência determina rupturas de pendor, mais abrupto

4 116 nos mantos de lava dura, que chegam a formar docel nas arribas ao norte da Ponta de S. Lourenço. Em cima de todas estas formas, podem as pausas das oscilações marinhas ou do encaixe das ribeiras ter deixado elementos rolados, sem que a altura a que se encontram ou os «níveis» aparentes que formam autorizem a conferir-lhes o carácter de testemunhos cíclicos. Por isso, todas as «praias levantadas» ou «terraços» da foz das ribeiras em ilhas de natureza vulcânica, como a Madeira, carecem de ser estabelecidos com a maior cautela e só podem ser aceites como tais depois de eliminadas todas as possibilidades de formas estruturais. Convém ainda examinar de perto o material rolado, pois a disjunção esferoidal de muitas rochas eruptivas produz blocos arredondados que à primeira vista se podem confundir com ele, especialmente se assentarem num ressalto de lava (1). Quanto aos autênticos terraços das ribeiras, é fácil ver o risco de atribuir-lhes qualquer significado cíclico. Suponhamos que o rápido recuo da costa seccionou a parte terminal de um curso de água, que passou a ter a foz suspensa na arriba umas dezenas de metros. Se por qualquer razão - mudança do regime dos ventos, abrigo local determinado pela rápida evolução do litoral, acumulação de escombros no pé da arriba, etc. - as vagas deixarem de trabalhar com a mesma intensidade, a ribeira vai encaixar-se, como se o nível do mar tivesse descido ou a ilha se levantasse. O resultado será, da mesma maneira, um terraço a marcar a posição do antigo leito (l'). A altura dele acima do talweg actual depende portanto apenas de condições locais: importância do recuo da arriba, topografia do vale junto da foz, capacidade de erosão - ou melhor, de encaixe - da ribeira. (1) Este reparo parecerá descabido, por trivial. Ele tem razão de ser se nos lembrarmos de que na Madeira há muitos sítios inacessíveis e, pela energia do relevo, o trabalho de campo se torna extremamente fatigante. Quem se encontra na vertente de um vale nem sempre terá coragem de descer e subir centos de metros para confirmar uma observação, feita de longe, na vertente oposta.. (2) BACELAR BEBIANO, «A Geologia do Arquipélago de Cabo Verde» in Com. dos Servo Geol. de Port., tomo XVII, Lisboa, 1932, pág. 53, descreve um terraço deste tipo, na Ilha de Santo Antão.

5 117 Na Madeira e em Cabo Verde, dá-se o nome de «achada» aos planaltos de lava, geralmente limitados por declives também para cima. É palavra arcaica, conservada apenas na toponímia, onde tem larga representação, existindo também no continente. Poderia aplicar-se às formas pseudo-cíclicas. de origem estrutural (soleira ou camada dura), reservando-se para as formas cíclicas o termo «rechã», ainda vivo na linguagem corrente. A semelhança existente entre ambas fica lembrada na etimologia de qualquer das palavras, e onde entra a ideia de «plano»; e o diferente significado genético é expresso por termos, aparentemente tão diversos, que não podem prestar-se a qualquer confusão. II - A POSIÇÃO -DO MIOCÉNICO DE S. VICENTE o achado de sedimentos fossilíferos em ilhas oceânicas é o único elemento seguro de cronologia. Infelizmente, ao contrário do Porto Santo, onde os calcáreos com fauna do Helvetiano marinho têm grande desenvolvimento, na Madeira é conhecido apenas um jazigo da mesma idade e muito pobre. Encontra-se no interior do vale da Ribeira de S. Vicente, (Achada do Furtado, perto do sítio do Cascalho) a pouco mais de 2 km da foz (1), e forma um retalho de dimensões exíguas, entre dois barrancos que em parte o entalham. O lugar é, como quase toda a zona baixa da ilha, muito coberto de culturas, mato e pinhal, o que dificulta as observações. A base da formação é constituída por calcáreo cristalino branco, muito puro, que passa a consolidar blocos de rocha eruptiva, bastante alterados, alguns completamente podres, de dimensões variáveis que podem ultrapassar um metro cúbico. As arestas mostram-se às vezes levemente boleadas, e o conjunto não difere do aspecto do material das quebradas ou desabamentos actuais. A massa de escombros aumenta para cima, onde o calcáreo forma apenas nódulos e preenche os interstícios dos blocos. O conjunto observável tem espessura de cerca de 20 metros e está coberto ( 1 ) Carta corográfica da llha da Madeira. Instituto Geográfico e Cadastral, Escala 1:

6 118 por um manto de tufo vulcânico. O calcáreo é explorado em toda a formação para o fabrico de cal e os fósseis aparecem em maior número na parte menos grosseira do conglomerado. As cotas extremas do afloramento são, aproximadamente, 360 e 380 metros. A posição de calcáreos marinhos no interior de um vale que se abre para o oceano por 'um funil com menos de meio quilómetro de largura não deixa de ser estranha. Aparentemente, a formação apoia-se a uma escarpa donde podia ter vindo o material derrubado; mas, a aceitar-se esta posição como originária, teria de admitir-se que, desde o Helvetiano, a alta parede se manteve sem recuo ou esbatimento, o que é absurdo. Também é improvável que um vale que se aperta na foz e se alarga para montante (como outros na Madeira, a favor de materiais eruptivos mais brandos próximo dos centros de emissão, no interior da ilha) existisse já nessa época, e o mar por ele se tivesse insinuado. Toda esta topografia será posterior. A única coisa que pode concluir-se é que o depósito se formou no pé de uma arriba e a consolidação dos escombros foi muito rápida, pois o mar mal consegufu rolá-los; a conservação dele deve-se a ter sido coberto por massas de produtos eruptivos que o preservaram da erosão. As condições gerais do relevo da ilha, a avaliar pelo material grosseiro do depósito, eram idênticas às actuais; mas a topografia originária escapa-nos por completo. Na Ilha do Porto Santo, há um afloramento de calcáreo com fósseis helvetianos e tortonianos a cerca de 300 metros (1), mas a maior parte dos sedimentos dessa ilha encontra-se abaixo de 100 metros. Isto parece indicar que os movimentos da Madeira tiveram maior amplitude e que os socos das duas ilhas funcionaram, portanto, de maneira independente. Num afloramento exíguo e sem estratificação é impossível concluir se o levantamento foi acompanhado de qualquer deformação; um movimento vertical 'dessa amplitude, desde o Miocénico, numa ilha vulcânica, não tem nada de estranho. Centro de Estudos Geográficos (Instituto para a Alta Cultura) (1) J. CUSTÓDIO DE MORAIS - Os Arquipélagos da Madeira e Selvagens, neste BoI., vol. VII, fase. I-II.

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