A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO SOB A ÓTICA CONSTITUCIONAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO SOB A ÓTICA CONSTITUCIONAL"

Transcrição

1 A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO SOB A ÓTICA CONSTITUCIONAL Maria do Socorro Santos Almeida Instituto de Ensino Superior da Paraíba IESP Resumo O estudo em questão relaciona o histórico dos Direitos Humanos e garantias constitucionais, com o método implantado e desenvolvido para a solução do controle de mortes de mulheres e de aborto no Brasil. Compreendendo o Direito como instrumento útil para o controle social, perpassando pela historia dos direitos sexuais e reprodutivos, como direitos humanos das mulheres, e dos princípios e garantias constitucionais, apontando a ineficácia da criminalização do aborto como método de controle. Contudo, resulta em suscitar novos elementos do pensamento jurídico, para uma percepção critica acerca do esgotamento de paradigma, na expressão e objeto único da ciência jurídica. Ubi Societas, Ibi Jus.Onde estar a sociedade, estar o Direito. Ademais, que possa fortalecer e ampliar o debate sobre o aborto, na perspectiva de construir apontamentos visando uma inversão social da questão, encaixando o direito a sua função social. Palavras Chave: Direito Constitucional. Direito Humanos. Legalização do Aborto. Introdução O presente artigo é resultado da analise da discussão sobre a legalidade da interrupção voluntária da gravidez, que é extensa e antiga, e existe controvérsia, porém avanços em quase todos os países, que varia em intensidade e temas, sobre como o aborto deve ser permitido; a ponderação constitucional aos direitos tutelados em questão; o conceito de vida e dignidade humana; se o regime repressivo e punitivo representa a função do direito no controle social e quais mecanismos viáveis para enfrentar essa problemática social. Contudo, a partir dos altos índices de abortos que acontecem anualmente no Brasil, cerca de um milhão; identificamos a falência, ineficiência e a inutilidade da legislação brasileira, que vai além, caracterizando o Estado como maior violador dos direitos das mulheres brasileiras, quando substitui a função comissiva de formular e implementar políticas publicas, pela criminalização das mulheres. Neste sentido, a análise residirá sobre a violação dos direitos constitucionais, a partir do regime jurídico brasileiro que trata da interrupção voluntária da gravidez, e aponta para o cumprindo da função social do direito na solução dos números de mortes, de abortos e de sequelas de mulheres vitimas do aborto ilegal, clandestino e inseguro. Os Direitos Reprodutivos no histórico dos Direitos Humanos

2 Analisando a historicidade dos direitos reprodutivos como direitos humanos, percebe-se que o Estado Brasileiro, não acompanha o avanço internacional dos direitos humanos, quando permanece em legislar sobre a interrupção da gravidez, que é um fato social, a partir do método repressivo e punitivo do Código Penal de A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o marco que representa reconstrução dos direitos humanos, e o debate dos direitos reprodutivos avança, na medida em que os direitos fundamentais, princípios e garantias constitucionais sejam exercidos por mais da metade da população, que são as mulheres. A denominação Direitos Reprodutivos é recente, porém consolida no plano internacional sobretudo, a partir da Conferência do Cairo sobre População e Desenvolvimento, de 1994, e da Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial da Mulher, ocorrida em Beijing, de 1995, a definição de que o aborto é questão de saúde pública e como garantia internacional dos direitos humanos, determina que os Estados partes garantam a materialidade correlacionada a saúde, atendimento médico e medicamento, bem como invista no planejamento familiar e educação sexual para a redução do numero de gestações indesejadas. Como cumprimento de determinações de acordos e tratados internacionais assinados pelo Estado brasileiro, a Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, de 2005, delibera a criação da Comissão Tripartide, composta pelos poderes executivo, legislativo e a sociedade civil, com o objetivo de desenvolver proposta de revisão a legislação punitiva do Código Penal de 1940, que trata sobre a interrupção voluntária da gravidez. Brasileira, tendo como parâmetro o Direito Comparado. Ademais, a conjuntura atual da luta pela discriminalização das mulheres brasileiras, não aponta avanço concreto, pois se têm vivenciando um momento de caça as bruxas, extremamente diversificado, com o indiciamento e prisão de mulheres por suspeita da pratica do aborto ilegal, o que torna um verdadeiro descaso. O regime jurídico do Brasil na discussão do aborto Conforme José Henrique, no âmbito constitucional e de acordo com o principio da idoneidade, somente se deve criminalizar uma conduta, quando existe previa demonstração de que a criminalização é um meio útil para controlar determinado problema social. Bem, devido à ilegalidade do aborto, não existem dados oficiais sobre o seu numero exato, porém, emprega-se a metodologia cientifica baseada na quantidade de procedimentos de curetagem pós abortos realizados no Sistema Único de Saúde, por ano são curetagens decorrente de abortos, cada uma ao custo médio de R$ 125,00, excluindo desses números, as internações por período superior a 24 horas, ou gastos com UTI, bem como, considerando que são os casos notificados. (Dossiê Aborto: Mortes Previniveis e Evitáveis. P. 05). Dessa forma nos leva a concluir que ocorre em média de um milhão de abortos por ano no Brasil, sendo a 4ª causa de morte materna. Com isso, do ponto de vista pratico, a criminalização das mulheres que recorrem á prática do aborto nos casos não previstos em lei, não tem sido eficaz, útil e eficiente diante de tal problema social, representando além, a exposição da saúde e da vida das mulheres brasileiras em idade fértil, sobretudo, as mais pobres, assim como, a violação ao principio da racionalidade,

3 quando afirma que para se criminalizar uma conduta, faz-se necessário identificar o custo beneficio e social da criminalização. O mesmo autor remete o principio da subsidiariedade, que impõe a previa demonstração de que não existem outras alternativas para controlar o problema social que se pretende evitar, reforçando dessa forma, a ineficácia do regime jurídico brasileiro, que se nega a adotar, medidas cabíveis e economicamente mais viáveis para a solução de tal questão. No dizer de Daniel Sarmento, estamos diante de ponderação constitucional, dos bens jurídicos agregados a discussão. Por razões de ordem biológica, social e moral, tem-se considerado Assim, sob o prisma jurídico, o caso parece envolver uma típica hipótese de ponderação de valores constitucionais, em que se deve buscar um ponto de equilíbrio no qual o sacrifício a cada um dos bens jurídicos envolvidos seja o menor possível, e que atente tanto para as implicações éticas do problema a ser equacionado, como para os resultados pragmáticos das soluções alvitradas. (SARMENTO, 2006, p115) Para Flavia Piovesan, não têm como falar de proteção dos direitos e interesses do nascituro com a legislação em vigor, por não proteger a vida potencial do nascituro, ao contrario, retira a vida e compromete a saúde mental das mulheres. Na medida, que leva milhares de mulheres ao mercado clandestino, a procedimentos extremamente perigosos, realizados sem a mínima condição de segurança e higiene. Então, diante da falência do regime repressivo brasileiro, se discuti uma profunda revisão na forma de legislar sobre aborto no país, transferindo o debate da seara penal, para a seara política promocional. Os Tribunais Constitucionais de todo o mundo, em sua maioria, compreende a proteção constitucional da vida do nascituro, porém, não com a mesma intensidade com que se tutela o direito á vida das pessoas já nascidas, a partir da valoração da função social do Direito, conseguem reduzir significativamente o numero de abortos nos países. É razoável compreender que a criminalização do aborto não impede as estimativas alarmantes, ou teria que transformar o Brasil numa imensa prisão para comportar milhares de mulheres que já praticaram um aborto fora das hipóteses legalmente permitidas, e o Código Penal brasileiro em vigor, não acompanha as conquistas trazidas na Constituição Federal de 88, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, nas Convenções, nos pactos internacionais e nas conferências nacionais, pois, perpetuamos? conduzindo o exercício da sexualidade e do corpo das mulheres com finalidades obrigacionais reprodutivas, numa sociedade machista e patriarcal da década de 40 do século passado, sem reconhecer os valores sociais e a mudança de paradigma da igualdade de gênero, apontando que existe uma enorme distância e diferença entre fecundação e maternidade, esta, quando desejada representa realização, porém, quando imposta não passa de repressão e sofrimento. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes:

4 I Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta constituição; III ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradantes; VI é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e as suas liturgias; (Constituição Federal 88 art. 5º). Sobre a personalidade civil, que a Constituição Federal de 88 trata no título dos Direitos e Garantias Fundamentais, compreende-se que não há direito fundamental sem sujeito, e com isso, o direito entende que o nascituro não é pessoa, não podendo dessa forma, ser diretamente titulado dos direitos fundamentais. Ademais, trata o atual código civil. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, (Código Civil, de 2002 art. 2º). Direitos, Princípios e Garantias constitucionais da interrupção voluntária da gravidez Sobre a tutela constitucional dos direitos, se acentua a Laicidade do Estado, como garantia central para avançar e amadurecer na solução da problemática do aborto no Brasil, por entender que o Direito na sua função social, não deve se curvar diante de qualquer religião ou adotar dogmas incontestáveis; impondo uma moral única a uma sociedade plural, inclusive aos não crentes, pois no Estado Laico, a sexualidade e o corpo, não são conduzidos exclusivamente para a função reprodutiva, e a fé é questão privada o que significa de foro intimo, por entender que a fonte que unifica a pessoa a Deus, é a consciência humana. Neste aspecto, temos um grande impasse sobre a violação da garantia do Estado Laico, pois no Brasil, Deus é constitucional, o que nos leva entender, que negalo é tornar-se insconstitucional. Neste sentido, a partir de concepções estritamente religiosas, o Brasil vem justificando as graves violações aos direitos humanos das mulheres. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito federal e aos Municípios: I estabelecer cultos religiosos ou igrejas subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles os seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; (CF, de 88- art. 19º). Como característica essencial para a manutenção do direito a vida, se insere nesta análise, a materialidade do direito fundamental à saúde, na ordem jurídica nacional, compreendendo a enfermidade física, psíquica das pessoas na garantia da vida humana. Para isto, é necessário que o Estado assegure recurso nas suas prioridades de gastos financeiros, se adaptando a um programa de saúde pública que assegure a

5 igualdade ás mulheres e aos homens, nas suas especificidades de saúde, a qual reside os direitos reprodutivos e os direitos sexuais. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços, para a sua promoção, proteção e recuperação. (Constituição Federal, de 88 art. 196). Conforme a nomenclatura da Organização Mundial de Saúde, Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doença ou enfermidade. Reconhecer a dignidade da pessoa humana passa pelas garantias materiais dos direitos tutelados acima, respeitando a autodeterminação de cada pessoa como seres capazes, para tomar decisões fundamentais sobre as suas próprias vidas, como relata Daniel Sarmento: A matriz dessa idéia é a concepção de que cada pessoa humana é um agente moral dotado de razão, capaz de decidir o que é bom ou ruim para si, de traçar planos de vida e de fazer escolhas existenciais, e que deve ter, em principio, liberdade para guiar-se de acordo com a sua vontade. (SARMENTO, 2006, p158) A IV conferência Mundial sobre a Mulher afirma o direito de decidir livre e responsavelmente pelo numero de filhos, o espaço entre os nascidos e o intervalo entre eles, bem como o de adotar decisões relativas à reprodução sem sofrer discriminação, coações nem violência. Porém, apesar das mudanças conquistadas pelas mulheres em nossa sociedade, o ônus da contracepção e da criação dos filhos, ainda recai sobre as mulheres. Neste sentido, a decisão de ter ou não filhos parte do corpo das mulheres. A autonomia reprodutiva, esta arraigada na idéia de dignidade humana como princípio fundamental, bem como, os direitos fundamentais a liberdade e a privacidade, este, envolve o poder de excluir intervenções heterônomas sobre o corpo de alguém, como a imposição á gestante. No campo das ponderações constitucionais dos direitos, a autonomia reprodutiva da mulher, embora não seja absoluta, não deve enfim, ser negligenciada na busca da solução mais justa e adequada para a problemática do aborto, seja sob o prisma moral ou sob a perspectiva estritamente jurídica. A Republica Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III A dignidade da pessoa humana; (CF, de 88 - art. 1º). Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes:

6 X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (CF, de 88, art. 5º). Enfim, a luta pela descriminalização e legalização da interrupção voluntária da gravidez no Brasil, passa primeiramente por uma revisão rigorosa da atual legislação, por entender que o direito não vem cumprindo a sua função social com a criminalização, tornando-o ineficiente, ineficaz e inútil na solução da problemática do aborto. Como parâmetro para se apontar algum avanço nesta questão, se faz necessário o cumprimento dos acordos e tratados de garantias dos direitos humanos internacionais, leiam- se sobretudo as garantias, os princípios e o exercício dos direitos constitucionais das mulheres. Referências MACHADO, Antonio Alberto Ensino jurídico e mudança social. 2ed. São Paulo: Expressão popular, BRASIL, Código Penal (1940). Organização Editora Jurídica e Editora Manole, SARMENTO, Daniel. Em defesa da vida: aborto e direitos humanos. São Paulo: Católicas pelo Direito de Decidir, 2006; PP TORRES, José Henrique Direitos Sexuais e Reprodutivos na Perspectiva dos Direitos Humanos. Anais Advocaci. 2005; pp BRASIL. Código civil (2002). Novo código civil e legislação correlata 1. Ed. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. São Paulo. Max Limonad, KYRIAKOS, Norma e Fiorini, Eliana A dimensão legal do aborto no Brasil. Aborto Legal: Implicações éticas e religiosas, São Paulo, PP BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes

Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Direito Constitucional 1. A dignidade da pessoa humana é um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Já a garantia do

Leia mais

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios erica.carvalho@ucsal.br O QUE SÃO DIREITOS INDIVIDUAIS? Direitos fundamentais do indivíduo (pessoa física ou jurídica), garantindo-lhe iniciativa autônoma

Leia mais

Aborto, Saúde e Direitos Reprodutivos e Sexuais. Simone Lolatto

Aborto, Saúde e Direitos Reprodutivos e Sexuais. Simone Lolatto Aborto, Saúde e Direitos Reprodutivos e Sexuais Simone Lolatto Compreensão de Saúde Reprodutiva Saúde reprodutiva como um estado de completo bem-estar físico, mental, social em todas as matérias concernentes

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue Artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros

Leia mais

Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967)

Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967) Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967) O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, decreta e promulga a seguinte CONSTITUIÇÃO DO BRASIL TÍTULO I Da Organização

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização Político-Administrativa do Estado Organização do Estado Distrito Federal e Territórios Profª. Liz Rodrigues - Parte integrante da República Federativa do Brasil, o Distrito

Leia mais

PROF. JEFERSON PEDRO DA COSTA

PROF. JEFERSON PEDRO DA COSTA PROF. JEFERSON PEDRO DA COSTA CURSO: ESTUDOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 02 Direitos Fundamentais CLASSIFICAÇÃO Direitos e Garantias Individuais e Coletivas (Art. 5º, CF/88); Direitos Sociais (Arts.

Leia mais

BIODIREITO PROF. JOSEVAL MARTINS

BIODIREITO PROF. JOSEVAL MARTINS BIODIREITO PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA 1 1. Conceito de biodireito O biodireito é um novo ramo do estudo jurídico, resultado do encontro entre a bioética e o biodireito. 2 É o ramo do Direito Público que

Leia mais

ABORTO Proposta de redação: O direito à privacidade, garantido na Constituição Federal, é amplo o suficiente para dar à mulher a prerrogativa de interromper (ou não) a gravidez? A descriminalização do

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos e deveres individuais e coletivos PARTE 01

DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos e deveres individuais e coletivos PARTE 01 DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos e deveres individuais e coletivos PARTE 01 2 Olá Monster Guerreiro, hoje daremos início - Aos direitos e garantias fundamentais (direitos e deveres individuais e coletivos).

Leia mais

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença QUESTÕES 1 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: a soberania;

Leia mais

Questões de Concursos Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes

Questões de Concursos Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes Questões de Concursos Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Direito Constitucional 1. (CESPE MPE-PI Técnico Ministerial Área Administrativa 2018) A defesa da paz e a solução pacífica

Leia mais

TRATAMENTO MÉDICO E REMÉDIOS (SUS) COMO OBTER JUDICIALMENTE

TRATAMENTO MÉDICO E REMÉDIOS (SUS) COMO OBTER JUDICIALMENTE MÓDULO II - SAÚDE PÚBLICA AULA 21 TRATAMENTO MÉDICO E REMÉDIOS (SUS) COMO OBTER JUDICIALMENTE A judicialização da saúde refere-se à busca do Judiciário como a última alternativa para obtenção do medicamento

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Parte 2 Prof. Alexandre Demidoff Restrições legais ao exercício de direitos fundamentais: Teoria dos limites: a limitação de direitos não pode afetar o seu núcleo essencial. Reserva

Leia mais

REDAÇÃO Educação: a questão do Ensino Religioso nas Escolas brasileiras

REDAÇÃO Educação: a questão do Ensino Religioso nas Escolas brasileiras REDAÇÃO Educação: a questão do Ensino Religioso nas Escolas brasileiras INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - Art. 5º, VI, CF/88: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS

RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS AULA 16 RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS ERRO DE DIAGNÓSTICO 1. Conceito de diagnóstico 2. Conceito de prognóstico Diagnóstico é a palavra da área da medicina que significa a qualificação

Leia mais

Direitos das Crianças

Direitos das Crianças Direitos das Crianças Art.º 1º (a criança) Criança é todo o ser humano com menos de 18 anos de idade salvo quando, nos casos previstos na lei, atinja a maioridade mais cedo. Art.º 2º (não discriminação)

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direito à vida Profª. Liz Rodrigues - O Título II da CF/88 é dedicado à proteção dos Direitos e Garantias Fundamentais e seu Capítulo I é dedicado aos Direitos

Leia mais

A REVISTA ÍNTIMA À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A REVISTA ÍNTIMA À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A REVISTA ÍNTIMA À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Leandro Bertini de Oliveira Especialista em Ciências Jurídicas pela Universidade Candido Mendes Rio de Janeiro. Docente do curso de Direito da Unilago. RESUMO

Leia mais

SEM INDICAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES, CONFORME OS PRINCIPAIS EDITAIS DE CONCURSOS PÚBLICOS E DO EXAME DA ORDEM

SEM INDICAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES, CONFORME OS PRINCIPAIS EDITAIS DE CONCURSOS PÚBLICOS E DO EXAME DA ORDEM COLETÂNEA DE NORMAS ADMINISTRATIVAS SEM INDICAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES, CONFORME OS PRINCIPAIS EDITAIS DE CONCURSOS PÚBLICOS E DO EXAME DA ORDEM SÚMULAS DO STF, STJ E TST (CORRELATAS

Leia mais

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO ANDRE ZACHAROW

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO ANDRE ZACHAROW COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N 0 134, DE 2009 Submete à consideração do Congresso Nacional o Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto

Leia mais

ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL

ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: Assistente Administrativo Considerando o que dispõe a Constituição Federal sobre os direitos e garantias fundamentais,

Leia mais

SEGURANÇA PÚBLICA: TERCEIRIZAÇÃO E IGUALDADE. ADILSON ABREU DALLARI Prof. Titular da PUC/SP

SEGURANÇA PÚBLICA: TERCEIRIZAÇÃO E IGUALDADE. ADILSON ABREU DALLARI Prof. Titular da PUC/SP SEGURANÇA PÚBLICA: TERCEIRIZAÇÃO E IGUALDADE ADILSON ABREU DALLARI Prof. Titular da PUC/SP I Introdução Estado de Direito: contenção do poder e garantia de direitos vida humana e segurança urbanização,

Leia mais

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Excertos (Constituição, Código Cicvil e Código Penal) Prof. Antonio Botão

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Excertos (Constituição, Código Cicvil e Código Penal) Prof. Antonio Botão ARQUIVOLOGIA Legislação Arquivística Prof. Antonio Botão CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 E CORRELAÇÕES COM A LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA Título II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 01. De acordo com o Art. 5º da Constituição Federal, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade é garantido: a) Somente aos brasileiros

Leia mais

DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUIAIS

DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUIAIS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUIAIS www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. ART. 5, CAPUT E INCISOS I A XXI... 4 2. ART. 5, INCISOS XXII A XXXII...11 3. ART. 5, INCISOS XXXIII A XLV...15 4. ART. 5, XLVI A LXIV...

Leia mais

DIREITOS FUNDAMENTAIS

DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 1. INTRODUÇÃO TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 2. NÃO-TAXATIVIDADE TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Art. 5, 2º da CF. Os direitos

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Barbara Rosa Direito Constitucional Poder Constituinte PODER CONSTITUINTE - Poder responsável por criar e modificar uma constituição. - Sempre está latente. - O titular é o povo. PODER CONSTITUINTE PODER

Leia mais

PORTARIA MS/SAS Nº 415, de 21/5/2014

PORTARIA MS/SAS Nº 415, de 21/5/2014 Aborto Legal PORTARIA MS/SAS Nº 415, de 21/5/2014 Art. 1º Fica incluído, na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do SUS, no grupo 04 subgrupo 11 forma de organização

Leia mais

Plataforma para. autodeterminação. reprodutiva das mulheres, maternidade. livre. e legalização do aborto

Plataforma para. autodeterminação. reprodutiva das mulheres, maternidade. livre. e legalização do aborto Plataforma para autodeterminação reprodutiva das mulheres, maternidade livre e legalização do aborto Na riqueza e na pobreza, de forma natural, por inseminação ou por adoção, o exercício da maternidade

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 01. Considere as seguintes normas constitucionais: I. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando

Leia mais

CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio 2016 (presencial) Nº 01

CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio 2016 (presencial) Nº 01 CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio 2016 (presencial) Nº 01 DATA 01/6/2016 DISCIPLINA Direito Constitucional PROFESSOR Renata Abreu MONITOR Gabriela Mendes AULA 01/06 Ementa: Direito constitucional.

Leia mais

DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO. Bernadete Kurtz

DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO. Bernadete Kurtz DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO Bernadete Kurtz FERRAMENTAS CONTRA A DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Documentos Internacionais Legislação Brasileira Uso dos princípios Constitucionais

Leia mais

Estado Laico Laicidade e Governo

Estado Laico Laicidade e Governo Estado Laico Laicidade e Governo Estado Laico. Ultimamente temos assistido a diversas discussões, sobretudo na esfera parlamentar, acerca de divergências em torno de questões que envolvem o discurso religioso.

Leia mais

Curso de Direito nas Ciências Econômicas. Profa. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani

Curso de Direito nas Ciências Econômicas. Profa. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani Curso de Direito nas Ciências Econômicas Profa. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani 2014 1. O Direito 2 Direito é um conjunto de regras que disciplina as diversas dimensões de nossas vidas. Todos nós, na

Leia mais

parte da nossa história desde sempre, uma vez que só passou a ser juridicamente relevante a partir primeiro Código Penal brasileiro.

parte da nossa história desde sempre, uma vez que só passou a ser juridicamente relevante a partir primeiro Código Penal brasileiro. 6 Conclusão Dentro do que nos propomos no presente trabalho, é o momento de demonstrarmos o que objetivamos alcançar sobre o a criminalização do aborto à luz da democracia de dos direitos humanos. Após

Leia mais

Curso de Urgências e Emergências Ginecológicas. Sigilo Médico X Adolescente

Curso de Urgências e Emergências Ginecológicas. Sigilo Médico X Adolescente Curso de Urgências e Emergências Ginecológicas Sigilo Médico X Adolescente Estatuto da Criança e do Adolescente/1990 Proteção integral, prioridade e política de atendimento à criança e ao adolescente.

Leia mais

Direitos e Garantias Fundamentais. Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro

Direitos e Garantias Fundamentais. Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro Direitos e Garantias Fundamentais Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro Dúvida Direitos humanos e Direitos fundamentais são sinônimos? Direitos humanos X Direitos fundamentais:

Leia mais

Luta pela Legalização do. Aborto. Educação sexual para decidir, contraceptivos para não abortar, aborto seguro para não morrer!

Luta pela Legalização do. Aborto. Educação sexual para decidir, contraceptivos para não abortar, aborto seguro para não morrer! Luta pela Legalização do Aborto Educação sexual para decidir, contraceptivos para não abortar, aborto seguro para não morrer! Apresentação O debate sobre aborto está em pauta no Brasil e, junto a ele,

Leia mais

Magnitude do Aborto no Brasil: uma análise dos resultados de pesquisa.

Magnitude do Aborto no Brasil: uma análise dos resultados de pesquisa. Magnitude do Aborto no Brasil: uma análise dos resultados de pesquisa. (Seminário realizado dia 22 de maio no Auditório do IMS/UERJ) Instituto de Medicina Social e Ipas Brasil Apoio: Área Técnica de Saúde

Leia mais

A Constituição é onde se encontra o conjunto das normas (Leis) relativas ao:

A Constituição é onde se encontra o conjunto das normas (Leis) relativas ao: A Constituição A Constituição é onde se encontra o conjunto das normas (Leis) relativas ao: -Poder Político e à Organização dos Estados; -Leis fundamentais dos diversos países. A Constituição Constituição

Leia mais

Direitos da Pessoa com Deficiência

Direitos da Pessoa com Deficiência Direitos da Pessoa com Deficiência A constitucionalização dos direitos das pessoas com deficiência. A política nacional para a integração das pessoas com deficiência; diretrizes, objetivos e instrumentos

Leia mais

O TRATAMENTO JURÍDICO DA LIBERDADE RELIGIOSA Ingrid Fernanda Gomes FABRIS 1

O TRATAMENTO JURÍDICO DA LIBERDADE RELIGIOSA Ingrid Fernanda Gomes FABRIS 1 O TRATAMENTO JURÍDICO DA LIBERDADE RELIGIOSA Ingrid Fernanda Gomes FABRIS 1 RESUMO: O presente trabalho visa a abordagem sobre a liberdade religiosa no Brasil pela Constituição Federal de 1.988, com uma

Leia mais

Rede Feminista de Saúde. Uma articulação nacional em defesa da saúde, dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos

Rede Feminista de Saúde. Uma articulação nacional em defesa da saúde, dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos Rede Feminista de Saúde Uma articulação nacional em defesa da saúde, dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos Rede Feminista de Saúde A Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos

Leia mais

Em Defesa davida ABORTO. diga não

Em Defesa davida ABORTO. diga não Em Defesa davida ABORTO diga não 1 Alguns subsídios jurídicos para a defesa da vida Constitucional Fundamental previsto no artigo 5º da Constituição da República de 1988, prevê o direito à vida em primeiro

Leia mais

Aula 19. Convenção Americana de Direitos Humanos: art 24 ao 29. A igualdade formal apresenta um tratamento igualitário para todos os seres humanos.

Aula 19. Convenção Americana de Direitos Humanos: art 24 ao 29. A igualdade formal apresenta um tratamento igualitário para todos os seres humanos. Página1 Curso/Disciplina: Direitos Humanos Aula: Direitos Humanos - 19 Professor (a): Luis Alberto Monitor (a): Caroline Gama Aula 19 Convenção Americana de Direitos Humanos: art 24 ao 29 1. Igualdade

Leia mais

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue Aula n. 40 PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde - Módulo: Biodireito 1 Artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal (Direito à vida) Todos

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 522/XII/3.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL

PROJETO DE LEI N.º 522/XII/3.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 522/XII/3.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL Exposição de motivos O crime de violação atinge, sobretudo, mulheres e crianças.

Leia mais

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei nº 11.340/2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Art. 1o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Prof. Ricardo Torques. fb.com/direitoshumanosparaconcursos. periscope.tv/rstorques.

DIREITOS HUMANOS. Prof. Ricardo Torques. fb.com/direitoshumanosparaconcursos. periscope.tv/rstorques. DIREITOS HUMANOS Prof. Ricardo Torques fb.com/direitoshumanosparaconcursos periscope.tv/rstorques rst.estrategia@gmail.com Teoria Geral dos Direitos Humanos Características, Eficácia e Classificação de

Leia mais

A necessidade de proteção e efetividade aos direitos humanos, em sede internacional, possibilitou o surgimento de uma disciplina autônoma ao Direito

A necessidade de proteção e efetividade aos direitos humanos, em sede internacional, possibilitou o surgimento de uma disciplina autônoma ao Direito Profa. Andrea Wild A necessidade de proteção e efetividade aos direitos humanos, em sede internacional, possibilitou o surgimento de uma disciplina autônoma ao Direito Internacional Público, com denominação

Leia mais

Simulado Aula 02 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes

Simulado Aula 02 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes Simulado Aula 02 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Direito Constitucional 1. Em algumas situações, é constitucionalmente admissível o tratamento diferenciado entre homem e mulher. 2. Ninguém

Leia mais

FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1ª Edição JUN 2013

FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1ª Edição JUN 2013 FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 325 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS Seleção das Questões: Prof. Flávio Alencar Coordenação e Organização: Mariane dos Reis 1ª Edição JUN 2013

Leia mais

CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS DAS PESSOAS IDOSAS

CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS DAS PESSOAS IDOSAS CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS DAS PESSOAS IDOSAS Reunião de continuação da Declaração de Brasília Rio de Janeiro, 16 e 17 de setembro de 2008 AMPID Associação Nacional de Membros do Ministério Público

Leia mais

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese os princípios da política processual de uma nação não são outra coisa senão os segmentos de sua política (ética) estatal

Leia mais

DIREITOS SOCIAIS. PROF. ª Adeneele Garcia Carneiro

DIREITOS SOCIAIS. PROF. ª Adeneele Garcia Carneiro DIREITOS SOCIAIS. PROF. ª Adeneele Garcia Carneiro Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade

Leia mais

Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação,

Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais

Leia mais

JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE. TCBC Renato Françoso Filho

JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE. TCBC Renato Françoso Filho TCBC Renato Françoso Filho CODIGO DE ETICA MEDICA CAPITULO I- PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação

Leia mais

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora ÂNGELA PORTELA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora ÂNGELA PORTELA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E DE CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 75, de 2012, da Senadora Maria do Carmo Alves, que altera os arts. 14 e 199 da Lei nº 7.210,

Leia mais

Cuarta Conferencia Regional Intergubernamental sobre Envejecimiento y Derechos de las Personas Mayores en América Latina y el Caribe Asunción, junio

Cuarta Conferencia Regional Intergubernamental sobre Envejecimiento y Derechos de las Personas Mayores en América Latina y el Caribe Asunción, junio Cuarta Conferencia Regional Intergubernamental sobre Envejecimiento y Derechos de las Personas Mayores en América Latina y el Caribe Asunción, junio de 2017 Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa

Leia mais

O idoso dependente: de quem é a responsabilidade do cuidado? Lívia A. Callegari 15/06/2018 1

O idoso dependente: de quem é a responsabilidade do cuidado? Lívia A. Callegari 15/06/2018 1 O idoso dependente: de quem é a responsabilidade do cuidado? Lívia A. Callegari 15/06/2018 1 Lívia Callegari Advogada inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil e de Portugal militante, exclusivamente,

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Organização Estatal Vedação aos entes federativos: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles

Leia mais

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal O que são Direitos Humanos? Direitos essenciais a todos os seres humanos, sem discriminação por raça, cor, gênero, idioma, nacionalidade, religião e opinião política. DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro

Leia mais

Da constitucionalidade da internação hospitalar na modalidade diferença de classe

Da constitucionalidade da internação hospitalar na modalidade diferença de classe Da constitucionalidade da internação hospitalar na modalidade diferença de classe Julio Flavio Dornelles de Matos 1, Cristiane Paim 2 A internação hospitalar na modalidade diferença de classe consiste

Leia mais

ORLANDO JUNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL

ORLANDO JUNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL ORLANDO JUNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL 1. Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: Assistente Administrativo Considerando o que dispõe a Constituição Federal sobre os direitos e garantias fundamentais,

Leia mais

Natureza Jurídica. Características. Gerações.

Natureza Jurídica. Características. Gerações. Natureza Jurídica. Características. Gerações. Direitos humanos estão relacionados com a importância da própria pessoa humana. A pessoa humana, que é o bem mais valioso da humanidade, estará acima de qualquer

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Organização Político-Administrativa Professor Giuliano Tamagno www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização

Leia mais

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA Dos Direitos Fundamentais Profa. Sandra Kiefer - Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), 2009: - status de Emenda Constitucional - modelo

Leia mais

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM Adotada pela resolução 40/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 13 de dezembro de 1985 DECLARAÇÃO DOS DIREITOS

Leia mais

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA ARTIGOS 18 E 19 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA ARTIGOS 18 E 19 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA ARTIGOS 18 E 19 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A organização político administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal,

Leia mais

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS Ainda no artigo 5º da CF. CONCEITO Remédios constitucionais também chamados de tutela constitucional das liberdades. São garantias presentes no artigo 5º da CF que servem para

Leia mais

Monster. Direito Constitucional 1º ENCONTRO. Concursos. Olá queridos amigos,

Monster. Direito Constitucional 1º ENCONTRO. Concursos. Olá queridos amigos, Monster Concursos Direito Constitucional 1º ENCONTRO Olá queridos amigos, 2 É com imenso prazer que iniciamos este curso voltado especificamente para Técnico da Seguridade Social INSS com foco nas questões

Leia mais

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES- TEMÁTICA DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA, CONFORME DECRETO /2011

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES- TEMÁTICA DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA, CONFORME DECRETO /2011 RESOLUÇÕES DE QUESTÕES- TEMÁTICA DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA, CONFORME DECRETO 48.598/2011 QUALIDADE NO ATENDIMENTO E DIVERSIDADE PROFª FRANCIELE RIEFFEL @franciele.rieffel Questão 1 O Decreto nº 48.598, de

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE 2011 Altera o 1 o do art. 306 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para determinar o prazo de vinte e quatro

Leia mais

Pensando a filosofia, o direito e a política de forma crítica.

Pensando a filosofia, o direito e a política de forma crítica. Pensando a filosofia, o direito e a política de forma crítica. Semana do Direito Constitucional 2ª AULA DIREITOS FUNDAMENTAIS Prof. Dr. Thiago Rodrigues-Pereira Principais erros apontados pela Crítica

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus Direitos iguais e inalienáveis é o fundamento

Leia mais

MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO - SUS

MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO - SUS MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO - SUS Prof. Joseval Martins Viana Curso de Pós-Graduação em Direito da Saúde Judicialização da Saúde A judicialização da saúde refere-se à busca do Judiciário como a última alternativa

Leia mais

ART. 3º 3.1 Objetivos fundamentais da República

ART. 3º 3.1 Objetivos fundamentais da República Sumário PARTE I: TEORIA GERAL 1 Direitos humanos fundamentais e constitucionalismo 2 Direitos humanos fundamentais Finalidades 3 Interpretação das normas constitucionais Aplicação aos direitos humanos

Leia mais

CLIQUE AQUI E ADQUIRA O MATERIAL COMPLETO

CLIQUE AQUI E ADQUIRA O MATERIAL COMPLETO 1 1) Para fins de aplicação da lei 13.146, considera-se possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,

Leia mais

IMUNIDADE DE ENTIDADES RELIGIOSAS: ANÁLISE CRÍTICA

IMUNIDADE DE ENTIDADES RELIGIOSAS: ANÁLISE CRÍTICA IMUNIDADE DE ENTIDADES RELIGIOSAS: ANÁLISE CRÍTICA Bruna Oliveira do NASCIMENTO 1 Ana Laura Teixeira Martelli THEODORO 2 RESUMO: Este trabalho teve por objetivo esclarecer, sob ótica crítica, a imunidade

Leia mais

Ética e sigilo na divulgação de. médicas. Jorge R. Ribas Timi

Ética e sigilo na divulgação de. médicas. Jorge R. Ribas Timi Ética e sigilo na divulgação de informações médicas Jorge R. Ribas Timi Por que se faz divulgação de assuntos médicos? 1. Informação 2. publicidade Exercer a Medicina é respeitar o Código de Ética Médica

Leia mais

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professor Mateus Silveira.

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professor Mateus Silveira. Direitos Humanos Declaração Universal de 1948 Professor Mateus Silveira www.acasadoconcurseiro.com.br Direitos Humanos DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE 1948 Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia

Leia mais

Direitos Humanos e Direito Penal. Apresentação e a Estrutura do Estado Constitucional Prof. Murillo Sapia Gutier

Direitos Humanos e Direito Penal. Apresentação e a Estrutura do Estado Constitucional Prof. Murillo Sapia Gutier Direitos Humanos e Direito Penal Apresentação e a Estrutura do Estado Constitucional Prof. Murillo Sapia Gutier Ementa da Disciplina As gerações dos direitos humanos. A indivisibilidade dos direitos humanos.

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI. Artigo 1.º

CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI. Artigo 1.º CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI Adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua resolução 34/169, de 17 de dezembro de 1979 CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS

Leia mais

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA Prof. Caio Silva de Sousa - A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, com suporte na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência rompeu com

Leia mais

PROJECTO DE LEI Nº. 496/IX SOBRE A DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

PROJECTO DE LEI Nº. 496/IX SOBRE A DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS PROJECTO DE LEI Nº. 496/IX SOBRE A DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Portugal continua a manter a repressão penal do aborto e, desse modo, a tratar como criminosas

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS

NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS 12 QUESTÕES DE PROVAS IBFC POR ASSUNTOS 86 QUESTÕES DE PROVAS DE OUTRAS BANCAS POR ASSUNTOS Edição Maio 2017 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial

Leia mais

FORMULÁRIO PARA ENVIO DE PROPOSTAS DE EVENTOS PREPARATÓRIOS E PRÉ-CONGRESSOS

FORMULÁRIO PARA ENVIO DE PROPOSTAS DE EVENTOS PREPARATÓRIOS E PRÉ-CONGRESSOS Eixos: Psicologia, no cotidiano, por uma sociedade mais democrática e igualitária 1. Organização democrática do Sistema Conselhos e aperfeiçoamento das estratégias de diálogo com a categoria e sociedade;

Leia mais

O homossexualismo e o casamento homoafetivo.

O homossexualismo e o casamento homoafetivo. O homossexualismo e o casamento homoafetivo. Esse assunto para o Brasil, não é novo, visto que em 2011 o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu a equiparação da união homossexual e em 2013 Resolução

Leia mais

Noções de Estado. Organização da Federação e Poderes do Estado

Noções de Estado. Organização da Federação e Poderes do Estado Noções de Estado Noções de Estado Organização da Federação e Poderes do Estado Estado É a sociedade política e juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um território, sob um governo, para

Leia mais

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Declaração Universal dos Direitos do Homem Declaração Universal dos Direitos do Homem Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da familia humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da

Leia mais

Princípios Responsabilidade Ética e Legal do Profissional da Enfermagem Ética e Legislação

Princípios Responsabilidade Ética e Legal do Profissional da Enfermagem Ética e Legislação Princípios Responsabilidade Ética e Legal do Profissional da Enfermagem Ética e Legislação 1 Conceitua-se responsabilidade como responder pelos seus atos e/ou de outras pessoas envolvidas na realização

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 64/VIII DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ. Exposição de motivos

PROJECTO DE LEI N.º 64/VIII DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ. Exposição de motivos PROJECTO DE LEI N.º 64/VIII DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ Exposição de motivos A interrupção voluntária de gravidez (IVG) foi objecto de debate ao longo de vários meses na última

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direito à Igualdade Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Art. 5º, CF/88: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros

Leia mais

Promovendo o engajamento das famílias e comunidades na defesa do direito à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens

Promovendo o engajamento das famílias e comunidades na defesa do direito à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens Promovendo o engajamento das famílias e comunidades na defesa do direito à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens Jaqueline Lima Santos Doutoranda em Antropologia Social UNICAMP Instituto

Leia mais

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL Professor Fábio Luz. Me curte aí: facebook.com/fabio.luz.10

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL Professor Fábio Luz. Me curte aí: facebook.com/fabio.luz.10 LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL Professor Fábio Luz Me curte aí: facebook.com/fabio.luz.10 CONTEXTO HISTÓRICO Constituição Federal Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-

Leia mais

Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06

Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06 Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06 Bel Santos Mayer Vera Lion Políticas de Promoção da Igualdade de oportunidades e tratamento

Leia mais

ERRO DE DIAGNÓSTICO Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo I Responsabilidade Civil na Saúde

ERRO DE DIAGNÓSTICO Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo I Responsabilidade Civil na Saúde AULA 11 ERRO DE DIAGNÓSTICO Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo I Responsabilidade Civil na Saúde 1. Conceito de diagnóstico 2. Conceito de prognóstico Diagnóstico é a avaliação de um médico

Leia mais