Direito Empresarial. Aula 4. Material Teórico. Direito Contratual, Obrigacional e de Empresa. Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Direito Empresarial. Aula 4. Material Teórico. Direito Contratual, Obrigacional e de Empresa. Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa"

Transcrição

1 Material Teórico Direito Empresarial Aula 4 Direito Contratual, Obrigacional e de Empresa Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa cod EmpresarialCDSG1111_ a04 1

2 Visão Geral sobre as Obrigações e Créditos Introdução e Histórico sobre o tema Em nosso cotidiano utilizamos as mais básicas lições do direito obrigacional. Quando paramos em um comércio e efetuamos o pagamento de uma mercadoria com cheque ou dinheiro, estamos utilizando as normas de direito obrigacional. Quando efetuamos o pagamento de contas no caixa eletrônico ou até através da internet, estamos lidando com o direito obrigacional. Certo é que estudaremos as regras do direito especificamente sobre os títulos de crédito, mas nesta oportunidade, não podemos deixar de passar pelos institutos que integram este aspecto relevante de nossas vidas. Direitos de Crédito Ao tratarmos de títulos de crédito devemos entender que existem dois pólos na relação jurídica que se estabelece: o pólo passivo ou o devedor (que se obriga a pagar ou dar dinheiro em troca da mercadoria ou do serviço, nos exemplos dados) e o pólo ativo ou credor (que tem o direito de receber a contraprestação pela mercadoria ou serviço). Emilio Betti 1 afirma que, na obrigação o vínculo do devedor constitui a premissa do direito do credor. Realmente, esta linha que une o credor e o devedor é o cerne das obrigações e do direito que o rege. Nas palavras de Orlando Gomes 2 : a obrigação pertence à categoria das relações jurídicas de natureza pessoal. Na sua definição, temse levado em conta, preferentemente, o lado passivo, que se designa pelo termo obrigação ou, mas à justa, dívida. Vista, porém, do lado ativo, chama-se crédito. O acento pode recair tanto no direito como no dever. Em consequência, a parte do Direito que se ocupa dessa relação jurídica, conhecida tradicionalmente como Direito das Obrigações, também admite a denominação Direitos de Crédito. 1 BETTI, Emilio apud DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito civil brasileiro São Paulo: Saraiva, 1989, p.6. 2 GOMES, Orlando. Obrigações. 8º ed. 2º tiragem Rio de Janeiro, Forense, 1990.p.11. 2

3 Os direitos obrigacionais, para Maximilianus C. Fuhrer são os que atribuem a alguém a faculdade de exigir de outrem determinada prestação de cunho econômico. Por isso, o Código Civil enumera todo um Livro, em sua Parte Especial (arts. 233 e seguintes), com as mais diversas regras sobre as obrigações (de dar, de fazer, de não fazer, etc.). Os títulos de crédito são um título específico neste livro. Isto porque encerram uma obrigação. O descumprimento das obrigações é chamado de inadimplemento. Neste estudo vamos compreender, também, os efeitos do inadimplemento dos títulos de crédito. Histórico O termo crédito vem do latim creditum ou credere, cujo significado é acreditar, ter fé, ter confiança. De fato, quando efetuamos uma compra com um cheque, não estamos entregando dinheiro ou papel moeda ao dono do estabelecimento, mas um papel (uma cártula, um documento, um título) que contém um valor nele descrito. O portador deste papel ou título pode convolar ou transformar este título em capital novamente (quando o deposita em sua conta). Assim, o título de crédito propicia a rápida negociação de capital no mercado de consumo e é importante, por ser um veículo mais eficiente a ser executado, inclusive em hipótese de não cumprimento da obrigação (inadimplemento) por parte do devedor. Socorremo-nos da pesquisa realizada na obra de Rubens Requião para conhecer a história do uso destes títulos de crédito. Conta-nos o doutrinador que difícil, no direito romano, era a circulação dos capitais através do crédito. A obrigação constituía, em princípio, um elo pessoal entre credor e devedor. Segundo a forte expressão dos glosadores, a obrigação aderia ao corpo do devedor, ossibus haeret. No primitivo direito romano, o credor não se podia cobrar nos bens do devedor; daí a forma de cobrança cruel, admitida na Lei das XII Tábuas, que consistia em matar o devedor ( in partes decare ), ou vendê-lo como escravo trans Tiberium. Mais tarde, com a Lex Papiria, a garantia pessoal e corporal do devedor foi substituída pela de seu patrimônio, embora permanecesse muito formal a transmissão do crédito através da cessão, que importava, a notificação do devedor. Na Idade Média, devido à maior intensidade Representação de cena cotidiana na e desenvolvimento do tráfico mercantil, Idade Média Exemplo para ensino procurou-se simplificar a circulação de capitais, através do aperfeiçoamento dos títulos de crédito. 3

4 A bem da verdade, como no caso das grandes sociedades que deram origem ao nosso atual sistema de empresas, os títulos de crédito também caminharam em paralelo com a necessidade das comunidades em possuírem documentos para representação do capital que precisava ser investido. Max Weber 3 retrata esta situação: Nem o eupátrida e patrício da Antiguidade, nem o patrício medieval era um comerciante, nem sequer um empresário comercial, se pensarmos no conceito moderno de um empresário que dirige um negócio. Certamente, não raro era que participava em empreendimentos comerciais, mas, neste caso, no papel de dono de navios, comanditário ou prestamista de comerciantes marítimos, que deixa com outros o trabalho efetivo, a viagem pelo mar e a realização dos negócios, participando ele mesmo apenas do risco e do lucro e, talvez, como comerciante ocasional, da direção teórica da empresa. Todas as importantes formas de negócios, tanto nos inícios da Antiguidade quanto nos da Idade Média, sobretudo a commenda 4 e o empréstimo marítimo, contavam com a existência destes financiadores, que investiam sua propriedade em vários empreendimentos concretos, contabilizados Max Weber ( ) separadamente, e isto no maior número possível para repartir o risco. Mas isto não quer dizer que não existiam entre o patriciado e o empreendimento comercial propriamente dito todas as formas intermédias imagináveis. O comerciante viajante que recebia do capitalista dinheiro em commenda para empreendimentos ocasionais podia tornar-se chefe de uma grande casa que trabalhava com capital comanditário e tinha gerentes trabalhando para ele no exterior. Negócios de câmbio e de banco e também companhias de navegação e de comércio por atacado podem facilmente ser empreendidos por conta de um patrício que pessoalmente vivia de maneira cavaleirosa, e também era minúscula a diferença entre um capitalista que investia sua fortuna ociosa em forma de commenda e outro continuamente ativo como empresário. Trata-se, sem dúvida, de um passo muito importante e característico do desenvolvimento. A letra de câmbio foi, então, o primeiro título de crédito criado. A razão disso é a obrigação existente entre 3 sujeitos: 3 WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva; tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa; Revisão técnica de Gabriel Cohon Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, p Contrato comercial em que o investidor transmitia capital ao capitão do navio ou marinheiro explorador em troca de lucros obtidos (geralmente 1/3). 4

5 Imagine que um nobre e investidor (sujeito 1) fosse realizar um empreendimento com o capitão de um navio mercante (sujeito 2). Este mesmo nobre seria o credor de um outro nobre, dono de casa de câmbio (sujeito 3) em certa colônia. Seria arriscado e dispendioso exigir que o capitão do navio recebesse todo o investimento e levasse consigo muitas moedas para a viagem marítima. Com o título assinado por seu investidor podia exigir que o nobre da casa de câmbio entregasse as moedas que precisasse no destino em que estava e, com isso, evitava ser roubado ou ter a perda do capital por infortúnios da viagem. Deste modo foi sendo aperfeiçoado o sistema de títulos de crédito. O comércio entre vários países exigiu que, em dado momento histórico, fossem padronizados todos os títulos, a fim de serem facilitadas as regras internacionais para movimentação de capital.estas regras foram recepcionadas pelo nosso sistema jurídico são as Leis Uniformes. Legislação Pertinente O título de crédito é obrigação com declaração unilateral de vontade. Deste modo, temos não só as regras do Código Civil a tratar do assunto, mas também ampla aplicação de leis internacionais que acabaram internalizadas no Brasil: O Código Civil disciplina as disposições gerais de títulos de crédito e daqueles que vierem a surgir que não forem nominados em lei especial. A legislação extravagante trata das regras dos títulos de crédito já existentes. Levam em conta Leis Uniformes assinadas com vários outros países. Não poderemos esgotar todos os títulos5, por isso escolhemos os usuais para serem entendidos com maior detalhamento. 5 O professor Cesare Vivante apresenta, por exemplo, quatro categorias de títulos de crédito que levam em conta o conteúdo do descrito no título: títulos que conferem direitos à prestação de coisas, como a letra de câmbio e cédula hipotecária; títulos que permitem que sejam adquiridos direitos sobre coisas determinadas: conhecimento de embarque, conhecimento de depósito; títulos para inserção como sócio: ações de sociedade anônima; títulos de direito a serviço: bilhetes de transporte rodoviário, etc. 5

6 São importantes os seguintes títulos que estudaremos: Letra de Câmbio e Nota Promissória: o Lei Uniforme Decreto /66: o Lei cambial - Decreto Nº 2.044/1908: Cheque: o Lei do Cheque Lei 7.357/85: Duplicata: o Lei 5.474/68: Conhecimento de Depósito, Conhecimento de Frete e Warrant : Títulos de Crédito Conceitos Importantes Título de Crédito foi especificamente definido no Código Civil: Art O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Este conceito foi extraído da posição do doutrinador italiano CESARE VIVANTE para nossa lei. 6

7 Outros doutrinadores: Título de crédito é o documento formal, com força executiva, representativo de dívida líquida e certa, de circulação desvinculada do negócio que o originou (Maximilianus Cláudio Américo Fuhrer). Caio Mário da Silva Pereira 6 o conceituou como a manifestação unilateral da vontade do agente, materializada em um instrumento, pelo qual se obriga a uma prestação determinada, independente de qualquer ato de aceitação emanado de outro agente. Princípios Do próprio texto da lei é possível examinar a existência de características ou princípios (conforme estudiosos apontam) que traduzem a essência deste documento: 1) CARTULARIDADE: o título é sempre um documento, necessário para o exercício do direito que representa. Destaque-se que, com a digitalização e o processo eletrônico de emissão de títulos, esta característica é minimizada: Art Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. 1 o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 2 o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. 3 o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. Nos adverte o prof. Fabio Ulhoa Coelho que os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, mas se distinguem dela na exata medida em que a representam. 6 PEREIRA, Caio Mário da Silva apud Maria Helena Diniz. Op. cit. p

8 2) LITERALIDADE: consiste em considerar juridicamente válidas, relativamente ao título de crédito, somente as obrigações nele inseridas: deve ser levado em conta o conteúdo, o teor do que está retratado no documento. Melhor pode ser extraído das palavras de Fábio Ulhoa Coelho: o que não se encontra expressamente consignado no título não produz consequência na disciplina das relações jurídico-cambiais ou ainda do que diz Rubens Requião: uma obrigação que dele não conste, embora sendo expressa em documento separado, nele não se integra. 3) AUTONOMIA: é a desvinculação da causa do título em relação a todos o coobrigados (Maximilianus Cláudio Américo Fuhrer), em havendo algum problema, vício ou nulidade em alguma das obrigações que estejam relacionadas ao título, a ele não se transmitem. Características Além dos aspectos verificados, o título de crédito admite que a execução do direito ali retratado seja mais célere, eis que se verificam no título os aspectos para conhecimento do devedor, do valor, etc: Art Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. 1 o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 2 o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. Esta é a chamada força executiva ou executividade do título, ou seja, permite a utilização direta da via executiva autônoma perante o Poder Judiciário. Outro ponto relevante é a circulação do título. Ele só existe para facilitar e auxiliar na circulação do capital que representa, então os direitos e deveres que estão descritos no documento permitem sua aceitação de mão em mão. 8

9 Classificação São várias as classificações que a doutrina coloca sobre o tema. Vamos rapidamente analisar cada uma delas. 1. Quanto ao modelo - Considera o título sobre o prisma da forma que ele possui. Se algum padrão estabelecido em lei, ou não, existe para regulá-lo: LIVRE - Não há um modelo na lei que predetermine sua estrutura. São livres para serem confeccionados: a nota promissória e a letra de câmbio, desde que contenham em seu bojo os requisitos necessários para sua configuração. VINCULADO É a própria lei que traça o padrão, o modelo que deve ser observado. É O CASO DO cheque e da duplicata mercantil, que não podem ser criados livremente entre as partes. 2. Quanto à estrutura - se o título confere uma ordem ou uma promessa de pagamento. ORDEM DE PAGAMENTO - quando se estabelece um vínculo entre três pessoas que possuem vínculos jurídicos específicos: a) quem dá a ordem; b) a quem de destina a ordem; c) quem será beneficiado com a ordem. No caso do cheque, por exemplo, o emitente passa uma ordem para que o banco (sacado) pague ao portador ou ao beneficiário a importância declarada no título. A ordem é para pagamento à vista. Outros exemplos são: letra de câmbio e duplicata. PROMESSA DE PAGAMENTO na promessa o liame, o vínculo que se estabelece é apenas entre duas pessoas: a) quem promete o pagamento; b) a quem se promete (o beneficiário da promessa). É promessa de pagamento: a nota promissória, ou seja, no dia tratado entre as partes haverá a entrega do valor descrito (no título) para recebimento pelo beneficiário. 9

10 3. Quanto às hipóteses de emissão ou ao negócio de origem significa esta classificação que os títulos ficam atrelados ao negócio que lhes gerou ou não. Títulos abstratos ou não causais - não persiste o vínculo entre o título de crédito e o negócio ou causa que o gerou. Exemplo: o sujeito dá um cheque ao mecânico para pagar pelo conserto do carro. O mecânico repassa o cheque para o fornecedor de mercadoria. Se o serviço do mecânico apresentar problema não descaracteriza o cheque, que circulará livremente e independente da causa que o originou. O consumidor poderá reclamar pelo serviço, pedir o dinheiro de volta, mas o cheque poderá ser depositado pelo fornecedor ou outro que lhe tenha em mãos. Outros títulos que são não causais: a nota promissória e a letra de câmbio. Títulos Causais a lei impõe que o negócio que deu origem ao título fique vinculado a este, inclusive quanto à produção de efeitos jurídicos. Exemplo da duplicata mercantil: este título representa vendas e prestação de serviços a prazo. É emanada pelo credor contra o devedor. Quando se emite uma duplicata sem causa (sem contrato de venda mercantil ou de prestação de serviços) há a configuração de crime (172 do Código Penal) por emissão de duplicata fria. 4. Quanto ao modo como circulam ou quanto à circulação - considera, se o título circula com: identificação daquele que é beneficiado pela obrigação ou sem a identificação (basta ser o portador do mesmo): Títulos ao portador - não identificam o favorecido. Basta a entrega do título em mãos (tradição) para circular. Títulos Nominativos - o favorecido deve ser identificado no título. Só podem circular e serem transferidos através de endosso: se houver cláusula "à ordem" no título (como o cheque), ou através de cessão civil (um contrato específico): quando estiver descrito com a cláusula "não à ordem". 10

11 Institutos de Direito Cambiário Vamos agora conhecer os atos cambiários, aqueles que integram a rotina de circulação dos títulos de crédito: SAQUE: trata-se da criação do título, do ato de lançamento ou emissão no mundo jurídico. Para existir o título precisa da assinatura do sacador (emitente). São termos relevantes para este ato cambiário: Sacador Emitente ou criador do título. Aqui se insere o co-devedor que assina o título. Sacado Devedor do título. Tomador Quem se beneficia do título. ACEITE: ato de concordar, de anuir com o pagamento. Representa que o devedor (sacador) aceita pagar o valor estampado no título (o devedor assina). O aceite só é dado na Letra de Câmbio e na Duplicata. Obs. O aceite difere da apresentação. Na apresentação há o ato de levar o título de crédito ao sacado (devedor), para que aponha sua assinatura. Se ele anuir com a assinatura, caracterizado está o aceite. O título deve ser apresentado até o vencimento, no domicílio do sacado. No caso: quando o SACADO aceita (assina) o título, passa a ser chamado de ACEITANTE. O aceite pode ser TOTAL ou PARCIAL. A cláusula não aceitável - evita o vencimento antecipado do título contra o sacador. É inserida pelo próprio sacador. 11

12 ENDOSSO: ocorre nos títulos que contenham a cláusula à ordem. É o ato de transferir a propriedade do título para terceiro, por meio de uma assinatura de próprio punho ou por meio de mandatário com poderes especiais. Com a transferência, o crédito passa para outrem. Quando o endosso é inserido, o sujeito que assina passa a ser co-devedor ou coobrigado pelo pagamento total deste titulo. Ao endossar, este tomador recebe a designação de endossante (aquele que endossa um título de crédito). Endossante: sujeito quem endossou (assinou) passa a ser codevedor/coobrigado. Endossatário: é quem recebeu o título endossado e passa a ser novo tomador/beneficiário do valor do título. O endosso é sempre integral e total, vedado o formato parcial. Endosso em Preto: indica o nome do endossatário. Endosso em Branco: não indica o nome do endossatário há só a assinatura. Endosso-mandato ou endosso-procuração: transforma o endossatário como legitimado para cobrar o título de crédito. Deve conter a expressão valor a cobrar. Endosso-caução ou endosso-pignoratício: o título fica com quem já estava com ele e não será descontado.permanece só como caução (garantia). Endosso-póstumo ou endosso-tardio: a assinatura se dá depois do protesto por falta de pagamento. É assim para ter efeito de cessão de crédito. Obs. O endosso difere da cessão de crédito civil ou cessão civil de crédito. A cessão é um contrato bilateral que não exige forma específica para ser considerado válido. Trata-se de transferência de um crédito do devedor original a um credor.mas ocorrendo nulidade de uma cessão de crédito, todas as demais operações serão também atingidas.pode ser cedido o crédito de forma parcial ou através do adimplemento de condições. Aquele que adquire o crédito por cessão só pode cobrar os valores do devedor original. 12

13 AVAL: é uma garantia de pagamento. Através deste ato alguém assume a obrigação de garantir o pagamento do título se o avalizado/devedor ou codevedor (garantido) não pagá-lo. O aval é uma garantia pessoal de pagamento. Um dos avalistas (que concordam com a obrigação constante do título) pagará pelo valor do título. Obs. O aval é colocado na frente do título (também chamado de anverso). Basta a simples assinatura do avalista como falamos ou em folha anexa ao título para se comprometer. Quando o aval é dado no verso do título, para que não se confunda com o endosso, é necessário ser identificado com as palavras bom para aval. O avalista, ao assinar o título, é solidariamente responsável com aquele em favor de quem deu seu aval. Aval em preto: especifica o nome do avalizado. Aval em branco: não especifica o nome do avalizado. Aval simultâneo: ocorre quando mais de um avalista (assinando) garantem o pagamento da obrigação de um mesmo devedor ou co-devedor, ao mesmo tempo. Aval sucessivo: ocorre quando mais de um avalista assina e garante o pagamento de outro avalista. Outras Observações Para os títulos que possuem lei especial regendo sua circulação (cheque, nota promissória, etc.), o aval poderá ser parcial ou total. Para os títulos inominados (aqueles que são regidos pelo Código Civil) não se permite o aval parcial, por força do art O aval tem natureza jurídica de obrigação formal, independente e autônoma, que se aperfeiçoa pela simples assinatura do avalista no título, que pode ser de próprio punho ou por meio de mandatário com poderes especiais. Da concordância do cônjuge do avalista: Como há a repercussão e disponibilização de patrimônio em caso de não pagamento da dívida, há necessidade da anuência do cônjuge para firmar a obrigação, caso o avalista seja casado (outorga uxória que é anuência da esposa; ou da autorização marital: anuência do marido). Este requisito é dispensado na hipótese de ter, o avalista, adotado o regime da separação absoluta de bens, nos termos do art do Código Civil (CC). Se o cônjuge do avalista se negar a autorizar o aval, sem motivo justo para a recusa, ou não seja possível concedê-la (está enfermo ou viajando), poderá o juiz suprir a outorga (art do CC). O aval não se confunde com a fiança. Esta é uma garantia que acompanha uma obrigação referente a contratos (portanto, acessória) e não pode se usada em títulos de crédito. Isto porque a fiança pode descrever a ordem em que os devedores serão chamados a arcar com a dívida, que não é o caso do aval. 13

14 PROTESTO: é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida (Lei 9.492/97).O protesto é extrajudicial e público. Tem a finalidade de comprovar o atraso no pagamento. Também serve para comprovar a falta de aceite ou de pagamento na letra de cambio (Fabio Ulhoa Coelho). Deve ser lavrado no Cartório de Protestos, em livro próprio. Pode ser obrigatório (tendo o objetivo de preservação de direitos como executar coobrigados ou requerer falência) ou facultativo (cuja função é meramente a de fazer prova, sendo, por exemplo, imprescindível para constituir em mora o devedor). Normas Gerais sobre o protesto podem ser verificadas na Lei 9.492/97: Obs. O protesto permite seu cancelamento. São admitidos os cancelamentos quando: a) O título apresenta um defeito em sua forma. Neste caso uma sentença judicial deve reconhecer o defeito e dela não pode mais caber recurso. b) Há defeito formal no próprio ato de protesto; c) Quando houve o pagamento da obrigação representada pelo título. O credor deve estar ciente e concorde com o cancelamento. Lei 9.492/1997 Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no Tabelionato de Protesto de Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada. 1º Na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida, daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso translativo. 2º Na hipótese de protesto em que tenha figurado apresentante por endosso-mandato, será suficiente a declaração de anuência passada pelo credor endossante. 3º O cancelamento do registro do protesto, se fundado em outro motivo que não no pagamento do título ou documento de dívida, será efetivado por determinação judicial, pagos os emolumentos devidos ao Tabelião. 4º Quando a extinção da obrigação decorrer de processo judicial, o cancelamento do registro do protesto poderá ser solicitado com a apresentação da certidão expedida pelo Juízo processante, com menção do trânsito em julgado, que substituirá o título ou o documento de dívida protestado. 5º O cancelamento do registro do protesto será feito pelo Tabelião titular, por seus Substitutos ou por Escrevente autorizado. 6º Quando o protesto lavrado for registrado sob forma de microfilme ou gravação eletrônica, o termo do cancelamento será lançado em documento apartado, que será arquivado juntamente com os documentos que instruíram o pedido, e anotado no índice respectivo. 14

15 PAGAMENTO é o adimplemento, o cumprimento da obrigação descrita no título de crédito. É a razão de ser dos títulos, já que todos representam um débito a ser quitado pelo devedor ou co-devedor. VENCIMENTO DE TÍTULO é o prazo final para quitação da obrigação determinada na cártula. Possui vários tipos na prática de mercado: Vencimento à vista Significa que o prazo para quitação ocorre na data da apresentação do título ao sacado. Ele deve pagar imediatamente o valor descrito no título. Vencimento a certo termo de vista A quitação ocorrerá em dia determinado a partir da data do aceite ou, inexistindo, do protesto do título. Vencimento a dia certo A quitação deverá ocorrer no dia que está expressamente indicado no título. Outro ponto relevante para a cobrança de títulos é a questão dos prazos em que os títulos são válidos e eficazes as cobranças das obrigações que dele resultam. Falaremos, da prescrição e da ação executiva: PRESCRIÇÃO Os títulos encerram obrigações em seu conteúdo. O credor deve manejar o título para recebê-lo no prazo avençado. Quando emitimos um cheque queremos receber o valor descrito, em geral, à vista. Mas pode ocorrer que o cheque não é depositado ou não foi depositado no prazo. Pela lei em vigor o cheque não terá validade infinita, podendo ser cobrado enquanto exigível a obrigação. Vamos então ver os prazos dos títulos... 15

16 PRAZOS DE PRESCRIÇÃO Letra de câmbio e nota promissória O credor tem o prazo de 3 anos a partir do vencimento do título, para apresenta-lo contra devedor principal e avalistas deste. Não pago o título o credor deve protestar o título e ingressar com a execução direta (nos termos do art. 585 do CPC). O credor tem ainda, 1 ano a partir do protesto do título para ingressar com a ação contra os coobrigados (sacador/endossantes/avalistas dos endossantes). Se o avalista ou qualquer dos coobrigados pagar a dívida ao credor, tem 6 meses para manejar a ação regressiva contra os demais coobrigados, contado o prazo a partir da data do pagamento ao credor. Passado estes prazos, ainda se pode manejar: ou a ação monitória (para recebimento da quantia devida) ou ingressar com uma ação ordinária, em último caso, provando que é credor de obrigação não adimplida pelo devedor ou pelos co-devedores. Caso semelhante se dá com os demais títulos... Duplicata Mercantil ou Duplicata de Prestação de Serviços O credor também tem o prazo de 3 anos a partir do vencimento do título para apresentar a cobrança contra devedor principal e avalistas deste. Depois deste prazo, o credor tem 1 ano a partir do protesto para ir atrás dos coobrigados (sacador/endossantes/avalistas dos endossantes). Entre os devedores, aquele que pagar pode cobrar de seus coobrigados, no prazo de 1 ano, a parte que devem arcar da obrigação (sacador/endossantes/avalistas dos endossantes). Cheque No caso do cheque, o prazo é só de 6 meses para cobrança do devido, após o término do prazo de apresentação do cheque. Isto contra qualquer devedor ou coobrigado. O prazo de apresentação do cheque no banco de mesma praça (mesmo município) é de apenas 30 dias. O prazo de apresentação do cheque em praças diferentes (municípios, estados, países diferentes) é de 60 dias. 16

17 Títulos em Espécie Letra de Câmbio Nesta figura você pode identificar que a letra de câmbio se trata de um mandado, uma ordem para pagamento (que pode ser à vista ou a prazo) envolvendo 3 sujeitos diferentes: Sujeito 1 É o que determina o pagamento Sacador Emite a letra Sujeito 2 É aquele que pagará, aquele a quem é destinada / enviada a ordem (sacado); ao aceitar a obrigação e assinar o título ele é aceitante. Sujeito 3 É o que receberá o valor Tomador 17

18 Por isso, é habitual que um credor saque (emita) a letra de câmbio para que seu devedor arque com um valor em favor de terceiro. Para exemplificar: Imagine que você emprestou R$ 500,00 para seu querido cunhado pagar uma dívida. Um mês depois sua sogra liga dizendo que vai morrer porque está doente. Você emite uma letra de câmbio para que seu cunhado pague a consulta médica de sua sogra (no valor de R$ 500,00) e ele, para não ficar mal na família, aceita. Temos então: você como sacador. Seu cunhado como sacado. Sua sogra é a tomadora ou beneficiária. Conceito: Letra de cambio constitui uma ordem de pagamento por meio do qual o sacador dirige ao sacado uma ordem para que este pague a importância consignada na letra a um terceiro denominado tomador (Exame da OAB do Distrito Federal, questão 84). A Lei Uniforme da Letra de Câmbio assim determina: Art. 1º - A letra contém: 1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título; 2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado); 4 - A época do pagamento; 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; 8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador). Art. 2º - O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes: A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista. Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do sacado. A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador. Art. 3º - A letra pode ser a ordem do próprio sacador. Pode ser sacada sobre o próprio sacador. Pode ser sacada por ordem e conta de terceiro. Art. 4º - A letra pode ser pagável no domicílio de terceiro, quer na localidade onde o sacado tem o seu domicílio, quer noutra localidade. Art. 5º - Numa letra pagável à vista ou a um certo termo de vista, pode o sacador estipular que a sua importância vencerá juros. Em qualquer outra espécie de letra a estipulação de juros será considerada como não escrita. A taxa de juros deve ser indicada na letra; na falta de indicação, a cláusula de juros é considerada como não escrita. Os juros contam-se da data da letra, se outra data não for indicada. 18

19 A letra de câmbio pode ser repassada. Isto significa que, na parte de trás do título (no verso ou costas) o proprietário transfere o título para outro, bastando assinar é o endosso (como vimos). No nosso exemplo, sua sogra resolve que já melhorou. Mas ela passa o crédito para a mercearia onde estava devendo exatamente quinhentos reais. Ela, portanto, transferiu o título para o endossatário. Cada endosso transfere o título a outrem é a cadeia de endossos. O portador de uma letra, adquirida por endosso, pode haver dos endossantes anteriores ou do sacador, o valor da letra, se o aceitante ou sacado não pagar. Portanto, se sua sogra não pagar a mercearia e seu cunhado não der a quantia prometida para o comerciante, será você mesmo quem pagará a dívida. Quando a letra de câmbio é paga, o credor deve devolvê-la ao devedor. Requisitos de validade extrínsecos são os que vimos na Lei Uniforme (essenciais): deverá obedecer ao rigor cambiário, preenchendo os seguintes requisitos: a) as palavras letra de câmbio, inseridas no próprio texto, não apenas no alto do título; b) o valor monetário a ser pago; c) o nome do sacado; d) o nome do tomador; e) data e local onde a letra é sacada; f) assinatura do sacador. A inobservância de qualquer dos requisitos de validade, tem como conseqüência jurídica sua descaracterização como título de crédito. Requisitos intrínsecos (que se referem à própria letra): em princípio, os mesmos elementos essenciais do ato jurídico devem estar presentes nela (objeto lícito, agente capaz e forma não proibida em lei). Porém, o título circula independe de outros fatores, como vimos, quando o título for abstrato ou não causal. Então, no caso de uma letra ser assinada por um incapaz, ela não será considerada nula, pois, a legislação cambiária, levando em consideração os princípios da autonomia das obrigações constantes nos títulos, e da independência das assinaturas, não impõe nulidade à letra de câmbio. Prazo para protesto da letra de câmbio não paga no prazo: 02 dias úteis (art. 44 da Lei Uniforme): Art A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento). O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1 do artigo 24, a primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte. O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos dois dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite. O protesto por 19

20 falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta de pagamento. No caso de suspensão de pagamentos do sacado, quer seja aceitante, quer não, ou no caso de lhe ter sido promovida, sem resultado, execução dos bens, o portador da letra só pode exercer o seu direito de ação após apresentação da mesma ao sacado para pagamento e depois de feito o protesto. No caso de falência declarada do sacado, quer seja aceitante, quer não, bem como no caso de falência declarada do sacador de uma letra não aceitável, a apresentação da sentença de declaração de falência é suficiente para que o portador da letra possa exercer o seu direito de ação. Nota Promissória Conceito: é uma promessa de pagamento que o devedor faz diretamente ao credor. É comum que se verifique este título quando existe um contrato, por exemplo, de compra e venda de imóvel. Para garantir o pagamento do contrato são emitidas as notas promissórias coincidentes com os valores das prestações devidas e com o prazo em que deverão ser quitadas. 20

21 Requisitos descritos na Lei Uniforme... Art A nota promissória contém: 1 - Denominação "Nota Promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título; 2 - A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 3 - A época do pagamento; 4 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 5 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 6 - A indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada; 7 - A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). Art O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas seguintes. A nota promissória em que não se indique a época do pagamento será considerada pagável à vista. Na falta de indicação especial, lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória. A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor. Art São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste título, as disposições relativas as letras e concernentes: Endosso (artigos 11 a 20); Vencimento (artigos 33 a 37); Pagamento (artigos 38 a 42); Direito de ação por falta de pagamento (artigo 43 a 50 e 52 a 54); Pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63); Cópias (artigos 67 e 68); Alterações (artigo 69); Prescrição (artigos 70 e 71); Dias feriados, contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74); São igualmente aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas as letras pagáveis no domicílio de terceiros ou numa localidade diversa da do domicílio do sacado (artigos 4 e 27), a estipulação de juros (artigo 5), as divergências das indicações da quantia a pagar (artigo 6), as conseqüências da aposição de uma assinatura nas condições indicadas no artigo 7, as da assinatura de uma pessoa que age sem poderes ou excedendo os seus poderes (artigo 8) e a letra em branco (artigo 10). São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto na ultima alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa por quem é dado entender-se-á ser pelo subscritor da nota promissória. Art O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista. 21

22 Cheque Conceito: é uma ordem de pagamento à vista (o que se colocar em sentido contrário, como a pré datação, é tido como não escrito e não anula o título) emanada pelo sujeito que possui saldo junto a uma instituição financeira (sacador). O devedor saca o cheque contra uma instituição financeira (banco/sacado) em favor de terceiro ou em seu próprio favor. Os sujeitos na relação cambiária são: O emitente (que assina o cheque) O sacado (banco que recebe a ordem para efetuar o pagamento) O beneficiário (que receberá a quantia descrita no título). 22

23 Admite-se o aval (terceiro que não o Banco - garante o pagamento do título). Requisitos essenciais Lei 7.357/87: Art. 1º O cheque contêm: I - a denominação cheque inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. Cheque pré-datado (que será descontado em data posterior a que consta do campo do formulário, por isso denominado de pós-datado): é aquele emitido, em geral, por um consumidor ou comprador para que o vendedor o apresente dentro de certo tempo. A cláusula de pré-datação não anula o cheque, uma vez que o cheque é uma ordem de pagamento à vista. O banco-sacado, ao receber um cheque pré-datado, poderá efetuar a compensação do mesmo - se houver saldo em conta, não sendo responsabilizado pelo pagamento antecipado.a responsabilidade que pode advir com a antecipação da apresentação do cheque no Banco poderá recair sobre o credor que pactuou com o emitente a cobrança futura e não o fez. Assim cabe indenização por danos materiais e/ou morais contra o credor que descumpriu o avençado, verificando-se a relação de consumo ou a relação contratual. 23

24 Duplicata Mercantil Conceito: trata-se de título de crédito relacionado a um negócio jurídico realizado no Brasil, consistente em venda mercantil a prazo e a prestação de serviços (título causal) - o título está atrelado ao negócio jurídico. O crédito é concedido pelo vendedor ao comprador, pela celebração do negócio entre ambos. Emite-se, então, a fatura - cuja cópia é a duplicata (emissão facultativa). A circulação do título é possível mediante endosso. Sujeitos da relação cambiária: O sacador (quem emite a duplicata); O sacado (quem adquire a mercadoria ou o serviço). 24

25 Requisitos essenciais da duplicata Lei 5.474/68: Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. 1º A duplicata conterá: I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem; II - o número da fatura; III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador; V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; VI - a praça de pagamento; VII - a cláusula à ordem; VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial; IX - a assinatura do emitente. 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura. Observações: Vimos que a duplicada não pode ser expedida se não tiver sido realizado o negócio jurídico, sob pena de prática de crime: Código Penal: Art Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas. Pode a duplicata de prestação de serviços, ser expedida, nos termos da lei 5.474/68, pelas as empresas individuais ou coletivas, fundações e sociedades civis que tenham por objeto a prestação de serviços, além de profissionais liberais e prestadores eventuais de serviço. 25

26 A Nota fiscal não é a duplicata. A nota fiscal compreende o documento de emissão obrigatória por parte do comerciante, por ocasião da venda de produto ou de serviço, para efeitos tributários, indicando a quantidade, o tipo de fornecimento e seu preço. Já a Nota fiscal-fatura é o documento proveniente de convênio firmado entre o Ministério da Fazenda e as Secretárias da Fazenda dos Estados, pelo qual a nota fiscal passa a funcionar também como fatura comercial, contendo as informações relativas à compra e venda mercantil e também as necessárias para as finalidades tributárias. É documento de expedição obrigatória, mas não configura título de crédito. Aceite da Duplicata Quando o comprador ou aquele que pediu o serviço assina a duplicata, ele ACEITA o título e como efeito deste ato: reconhece que a duplicata está correta e compromete-se a pagar a quantia determinada na cártula. O aceite da duplicata é, por lei, obrigatório, a não ser que haja problemas com a entrega ou serviço (art. 8º da Lei): Lei 5.474/68: Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. Portanto, com o comprovante de entrega de mercadoria ou dos serviços (com assinatura do comprador) o sacador supre o aceite. O sacado, ao aceitar a duplicata, deve devolvê-la ao sacador no prazo. Neste caso é o trâmite normal do título: Art. 1º, 2º A venda mercantil para pagamento contra a entrega da mercadoria ou do conhecimento de transporte, sejam ou não da mesma praça vendedor e comprador, ou para pagamento em prazo inferior a 30 (trinta) dias, contado da entrega ou despacho das mercadorias, poderá representar-se, também, por duplicata, em que se declarará que o pagamento será feito nessas condições.... Art. 7º A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite. 26

27 Não pago o valor ou retida a duplicada sem motivo, o protesto pode ser requerido pelo sacador: Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata*, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento. 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título. 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. *Triplicata é outra via da duplicata com os mesmos efeitos - é emanada quando há extravio ou perda do documento anterior. O não pagamento do título enseja o protesto e pode autorizar a ação executiva dentro de 3 anos, como vimos. 27

PÓS GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO. Aula 09 Planejamento Empresarial Através de Títulos de Crédito

PÓS GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO. Aula 09 Planejamento Empresarial Através de Títulos de Crédito PÓS GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO Aula 09 Planejamento Empresarial Através de Títulos de Crédito Professor Doutor: Rogério Martir Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado Especializado

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte XII Notas Promissórias e Duplicatas

Instituições de Direito Público e Privado. Parte XII Notas Promissórias e Duplicatas Instituições de Direito Público e Privado Parte XII Notas Promissórias e Duplicatas 1. Títulos de Crédito Conceito e Generalidades Título de Crédito é um documento necessário para o exercício do direito

Leia mais

Literalidade: a obrigação representada pelo título de crédito restringe-se àquilo que estiver nele escrito (não valem convenções em apartado);

Literalidade: a obrigação representada pelo título de crédito restringe-se àquilo que estiver nele escrito (não valem convenções em apartado); Resumo Aula-tema 04: Títulos de crédito Título de crédito é um documento necessário ao exercício de direito literal e autônomo nele contido. Trata-se de conceito inspirado na clássica concepção do italiano

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Títulos. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Títulos. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Balanço Patrimonial Títulos Prof. Cláudio Alves As operações com títulos de crédito vieram facilitar a ocorrência de operações comerciais. Pode-se dizer que houve um enorme avanço nas

Leia mais

HISTÓRIA TÍTULO ESSENCIALMENTE BRASILEIRO

HISTÓRIA TÍTULO ESSENCIALMENTE BRASILEIRO DUPLICATA HISTÓRIA TÍTULO ESSENCIALMENTE BRASILEIRO CÓDIGO COMERCIAL DE 1850 (art. 219) = exigia a emissão de fatura na venda mercantil a prazo 1914 - Lei Orçamentária n. 1919 criou o imposto sobre vendas

Leia mais

Do saque, ou seja, da emissão da letra de câmbio, decorre o surgimento de três situações jurídicas distintas:

Do saque, ou seja, da emissão da letra de câmbio, decorre o surgimento de três situações jurídicas distintas: Direito Empresarial II 6º Semestre CURSO: DIREITO LETRA DE CÂMBIO HISTÓRICO DA LETRA DE CÂMBIO A Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento. Do saque, ou seja, da emissão da letra de câmbio, decorre o surgimento

Leia mais

HISTÓRIA TÍTULO ESSENCIALMENTE BRASILEIRO

HISTÓRIA TÍTULO ESSENCIALMENTE BRASILEIRO DUPLICATA HISTÓRIA TÍTULO ESSENCIALMENTE BRASILEIRO CÓDIGO COMERCIAL DE 1850 (art. 219) = exigia a emissão de FATURA na venda mercantil a prazo que era emitida em 2 vias: uma ficava com o vendedor e outra

Leia mais

TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 1 Conceito Segundo Cesare Vivante: documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. 2 Princípios Cartularidade Literalidade Autonomia

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITO TEORIA GERAL

TÍTULOS DE CRÉDITO TEORIA GERAL TÍTULOS DE CRÉDITO TEORIA GERAL Armindo de Castro Júnior E-mail: armindocastro@uol.com.br Homepage: www.armindo.com.br Facebook: Armindo Castro Celular: (65) 99352-9229 Noção de Crédito VENDA A PRAZO:

Leia mais

VENCIMENTO PROTESTO EMISSÃO (SAQUE) ATOS EXCLUSIVOS ENDOSSO AVAL

VENCIMENTO PROTESTO EMISSÃO (SAQUE) ATOS EXCLUSIVOS ENDOSSO AVAL ATOS CAMBIÁRIOS VENCIMENTO ATOS COMUNS PAGAMENTO PROTESTO EMISSÃO (SAQUE) ATOS EXCLUSIVOS ACEITE ENDOSSO AVAL VENCIMENTO data em que o título se torna exigível PAGAMENTO forma usual de extinção de obrigação

Leia mais

Caio de Oliveira Desiderio

Caio de Oliveira Desiderio Caio de Oliveira Desiderio Fatura Documento descritivo da compra e venda mercantil ou da prestação de serviços que contém a indicação da quantidade, qualidade e preço do produto ou serviço. É obrigatória

Leia mais

Curso de Legislação Societária. Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani - silviabertani.com -

Curso de Legislação Societária. Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani - silviabertani.com - Curso de Legislação Societária TÍTULOS DE CRÉDITO Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC- ND Título de crédito documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele

Leia mais

ATOS CAMBIÁRIOS. PAGAMENTO forma usual de extinção de obrigação cambial

ATOS CAMBIÁRIOS. PAGAMENTO forma usual de extinção de obrigação cambial ATOS CAMBIÁRIOS ATOS CAMBIÁRIOS VENCIMENTO data em que o título se torna exigível PAGAMENTO forma usual de extinção de obrigação cambial PROTESTO ato extrajudicial pelo qual o credor prova a falta de aceite

Leia mais

Cheque administrativo ou cheque bancário ou cheque tesouraria (art.9º, III)

Cheque administrativo ou cheque bancário ou cheque tesouraria (art.9º, III) 1 Títulos de Crédito Sala 207 UNIP Títulos de Crédito VIII 29 de outubro Modalidades de Cheque Cheque visado (art.7º) - é o cheque em que o banco sacado a pedido do emitente ou do portador legitimado,

Leia mais

Aula 44. Duplicata (parte I) Observação: os títulos de crédito podem ser classificados em abstratos ou causais.

Aula 44. Duplicata (parte I) Observação: os títulos de crédito podem ser classificados em abstratos ou causais. Página1 Curso/Disciplina: Direito Empresarial Objetivo Aula: Direito Empresarial Objetivo - 44 Professor (a): Priscila Menezes Monitor (a): Caroline Gama Aula 44 Duplicata (parte I) 1. Conceito É um título

Leia mais

DUPLICATA MERCANTIL. Partes: Com efeito, se alguém efetua a venda a prazo, pode emitir uma duplicata O vendedor será o adquirente. Natureza Jurídica:

DUPLICATA MERCANTIL. Partes: Com efeito, se alguém efetua a venda a prazo, pode emitir uma duplicata O vendedor será o adquirente. Natureza Jurídica: DUPLICATA MERCANTIL A DUPLICATA MERCANTIL É TITULO DE CRÉDITO CRIADO PELO DIREITO BRASILEIRO. A emissão da duplicata foi disciplina pela Lei 5474/68 O termo duplicata não pode ser interpretado ao Pé da

Leia mais

Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes. om.br

Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes.   om.br Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes www.masterjuris.c om.br Art. 1º, Lei n. 9.492/97. Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação

Leia mais

Apresentação para pagamento da letra à vista sem designação de prazo (art. 21 do

Apresentação para pagamento da letra à vista sem designação de prazo (art. 21 do PRINCIPAIS PRAZOS NOS DECRETOS N os 2.044, DE 31-12-1908 (Lei da Letra de Câmbio e da Nota Promissória) E 57.663, DE 24-1-1966 (Lei Uniforme em Matéria de Letras de Câmbio e Notas Promissórias) Ação por

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1

DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1 DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1 Título de crédito É o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produzindo efeitos quando preenchidos

Leia mais

Duplicata Aulas 30 a 32

Duplicata Aulas 30 a 32 Duplicata Aulas 30 a 32 1. NORMATIZAÇÃO: O regime cambial das duplicatas é norteado pela Lei 5.474/68 (doravante, LD, e a menção de artigo sem a indicação da Lei, significará referência à LD). Decreto-lei

Leia mais

f ÅâÄtwÉ W Üx àé VÉÅxÜv tä `öüv t cxä áátü

f ÅâÄtwÉ W Üx àé VÉÅxÜv tä `öüv t cxä áátü 1 QUESTÕES SOBRE TÍTULO DE CRÉDITO TOMO II 1. Como se opera a circulação das letras de câmbio? R.: Após o aceite do sacado, o beneficiário teria de, em tese, aguardar a data do vencimento para receber

Leia mais

Direito Empresarial

Direito Empresarial www.uniestudos.com.br Direito Empresarial Helder Goes Professor de Direito Empresarial do Universo de Estudos Advogado e Consultor Jurídico Graduado em Direito pela Universidade Tiradentes Especialista

Leia mais

DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO: literal e autônomo nele mencionado.(vivante) CRÉDITO = alargamento da troca.

DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO: literal e autônomo nele mencionado.(vivante) CRÉDITO = alargamento da troca. TÍTULOS DE CRÉDITO: CRÉDITO = alargamento da troca. Venda a prazo Empréstimo Documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado.(vivante) joao@joaopereira.com.br TÍTULO

Leia mais

DUPLICATA Lei n /68. Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda

DUPLICATA Lei n /68. Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda DUPLICATA Lei n. 5.474/68 Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda Estrutura Clássica SACADOR SACADO Emitido pelo credor ou

Leia mais

NOTA PROMISSÓRIA 11.1 NOÇÃO

NOTA PROMISSÓRIA 11.1 NOÇÃO 11 NOTA 11.1 NOÇÃO Enquanto a letra de câmbio é uma ordem de pagamento, porque através dela o signatário (sacador) do título requisita a uma pessoa (sacado) o pagamento de uma soma, a nota promissória

Leia mais

Caderno de Exercícios de Direito Empresarial III (Títulos de Crédito) Prof.: Alberto José do Patrocínio

Caderno de Exercícios de Direito Empresarial III (Títulos de Crédito) Prof.: Alberto José do Patrocínio Caderno de Exercícios de Direito Empresarial III (Títulos de Crédito) Prof.: Alberto José do Patrocínio Estudo n.º 1. 1) Classifique crédito quanto a sua utilização. 2) Porque podemos dizer que título

Leia mais

Direito Empresarial. Aula 13. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Direito Empresarial. Aula 13. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Direito Empresarial Aula 13 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia

Leia mais

LETRA DE CÂMBIO. Armindo de Castro Júnior

LETRA DE CÂMBIO. Armindo de Castro Júnior Armindo de Castro Júnior E-mail: armindocastro@uol.com.br Facebook: Armindo Castro Homepage: www.armindo.com.br Celular/WhattsApp: (65) 99352-9229 HISTÓRICO Período Italiano Idade Média Câmbio Trajectício

Leia mais

Curso/Disciplina: Direito Empresarial Objetivo / 2017 Aula: Endosso (Parte I) / Aula 35 Professor: Priscilla Menezes Monitora: Kelly Silva Aula 35

Curso/Disciplina: Direito Empresarial Objetivo / 2017 Aula: Endosso (Parte I) / Aula 35 Professor: Priscilla Menezes Monitora: Kelly Silva Aula 35 Curso/Disciplina: Direito Empresarial Objetivo / 2017 Aula: (Parte I) / Aula 35 Professor: Priscilla Menezes Monitora: Kelly Silva Aula 35 ENDOSSO é a maneira tradicional pelo qual os títulos de crédito

Leia mais

Sumário NOTA DO AUTOR PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

Sumário NOTA DO AUTOR PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Sumário NOTA DO AUTOR PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 1 ASPECTOS CONCEITUAIS 1 Crédito 2 Título 3 Outros títulos 4 Cambiaridade 5 Emissão e seus efeitos 5.1 Princípio da incorporação 6

Leia mais

2) Com relação às sociedades personificadas e não personificadas, assinale a

2) Com relação às sociedades personificadas e não personificadas, assinale a SIMULADO - MARATONA 1) Assinale a alternativa INCORRETA : a) a empresa tem natureza jurídica de sujeito de direito; b) a empresa é a atividade econômica organizada para a produção; ou circulação de bens

Leia mais

Aula de 16/03/15. a) Total; b) Parcial (resolução da sociedade em relação a um sócio).

Aula de 16/03/15. a) Total; b) Parcial (resolução da sociedade em relação a um sócio). Aula de 16/03/15 14. DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE CONTRATUAL - Espécies: a) Total; b) Parcial (resolução da sociedade em relação a um sócio). Todas as duas hipóteses podem ocorrer de forma judicial ou extrajudicial.

Leia mais

Letra de Câmbio, Duplicata, Cheque e Nota Promissória. José Rodrigo Dorneles Vieira

Letra de Câmbio, Duplicata, Cheque e Nota Promissória. José Rodrigo Dorneles Vieira Letra de Câmbio, Duplicata, Cheque e Nota Promissória José Rodrigo Dorneles Vieira jrodrigo@portoweb.com.br Cesare Vivante: Documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado.

Leia mais

CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 04. Títulos de Crédito

CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 04. Títulos de Crédito CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 04 DATA 05/07/2016 DISCIPLINA Empresarial PROFESSOR José Humberto Souto Júnior MONITOR Thaís da Mata AULA 04 - Títulos de Crédito (Cheque, Duplicata

Leia mais

UNIDADE 5 NOTA PROMISSÓRIA

UNIDADE 5 NOTA PROMISSÓRIA UNIDADE 5 NOTA PROMISSÓRIA Profª Roberta C. de M. Siqueira Direito Empresarial III ATENÇÃO: Este material é meramente informativo e não exaure a matéria. Foi retirado da bibliografia do curso constante

Leia mais

PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 1 ASPECTOS CONCEITUAIS 1 Crédito 2 Título 3 Outros títulos 4 Cambiaridade 5 Emissão e seus efeitos 5.1 Princípio da incorporação 6 Obrigações representáveis

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITO. Freitas Bastos Editora (81) S731t

TÍTULOS DE CRÉDITO. Freitas Bastos Editora (81) S731t CARLOS GUSTAVO DE SOUZA Advogado Militante no Direito Comercial e Tributário; Especialista em Direito Processual Civil - Centro Universitário - UNI-FMU - SP; Mestrando em Direito Empresarial e Tributação

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 2. Profª. Estefânia Rossignoli

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 2. Profª. Estefânia Rossignoli DIREITO EMPRESARIAL Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 2 Profª. Estefânia Rossignoli - A nota promissória é título abstrato, pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, denominada

Leia mais

Conceito. Características literalidade é válido somente por aquilo que nele estiver. Princípios

Conceito. Características literalidade é válido somente por aquilo que nele estiver. Princípios Conceito documento formal com força executiva, representativo de dívi líqui e certa, sem qualquer dúvi, cuja circulação está desvincula do negócio que deu origem ao título. Características literalide é

Leia mais

Aula 06. ATOS CAMBIÁRIOS (cont.)

Aula 06. ATOS CAMBIÁRIOS (cont.) Turma e Ano: Empresarial B (2015) Matéria/Data: Aval (cont.). Títulos em espécie: Letra de câmbio (08/09/15) Professora: Carolina Lima Monitora: Márcia Beatriz Aula 06 Aval: ATOS CAMBIÁRIOS (cont.) Recapitulando:

Leia mais

CONCEITO O ARTIGO 887 DO CCB: CONTIDO DOCUMENTO NECESSÁRIO PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO LITERAL E AUTÔNOMO NELE MENCIONADO (VIVANTE)

CONCEITO O ARTIGO 887 DO CCB: CONTIDO DOCUMENTO NECESSÁRIO PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO LITERAL E AUTÔNOMO NELE MENCIONADO (VIVANTE) O ARTIGO 887 DO CCB: CONTIDO DOCUMENTO NECESSÁRIO PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO LITERAL E AUTÔNOMO NELE MENCIONADO (VIVANTE) CARACTERÍSTICAS CARTULARIDADE a necessidade de exibição LITERALIDADE vale pelo

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1

DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1 DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1 Título de crédito É o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produzindo efeitos quando preenchidos

Leia mais

Letra de Câmbio. Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de Decreto nº , de 25 de janeiro de Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Letra de Câmbio. Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de Decreto nº , de 25 de janeiro de Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Letra de Câmbio Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de 1.908 Decreto nº 57.663, de 25 de janeiro de 1966 Histórico A letra de câmbio surgiu na Itália, nas corporações de mercadores e nos mercados e feiras

Leia mais

Direito aplicado à logística

Direito aplicado à logística 6.4 LETRA DE CÂMBIO 6.4.1 Caracterização Eis um modelo de letra de câmbio: Regulada pela Lei nº 57.663/66 e parcialmente pelo Decreto nº 2.044/08 (Lei Uniforme), é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo

Leia mais

Sumário PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

Sumário PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE GERAL TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 1 ASPECTOS CONCEITUAIS... 3 1 Crédito... 3 2 Título... 4 3 Outros títulos... 5 4 Cambiaridade... 7 5 Emissão e seus efeitos... 9 5.1 Princípio da incorporação...

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 1. Profª. Estefânia Rossignoli

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 1. Profª. Estefânia Rossignoli DIREITO EMPRESARIAL Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 1 Profª. Estefânia Rossignoli - São quatro os principais títulos existentes: letra de câmbio, nota promissória, duplicata e cheque. - É o

Leia mais

O protesto é um direito do credor decorrente do descumprimento, pelo devedor, da obrigação de lhe pagar determinada quantia em dinheiro.

O protesto é um direito do credor decorrente do descumprimento, pelo devedor, da obrigação de lhe pagar determinada quantia em dinheiro. O protesto é um direito do credor decorrente do descumprimento, pelo devedor, da obrigação de lhe pagar determinada quantia em dinheiro. O que é o protesto? É o ato pelo qual se prova a inadimplência

Leia mais

Direito Empresarial II. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Empresarial II. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Empresarial II Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Títulos de Crédito Aula 31 20/11/2015 Endosso: Utilidade: Títulos de Crédito são em regra nominais à ordem; Indicam

Leia mais

Aspectos Jurídicos dos Títulos de Crédito. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Aspectos Jurídicos dos Títulos de Crédito. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Aspectos Jurídicos dos Títulos de Crédito Crédito A palavra crédito é derivada do latim "Creditum", Credere que significa, coisa emprestada, empréstimo, dívida, depositar confiança em, confiar em, dar

Leia mais

Aula 03 ATOS CAMBIÁRIOS 1

Aula 03 ATOS CAMBIÁRIOS 1 Turma e Ano: Empresarial B (2015) Matéria/Data: Atos Cambiários: Noções Gerais. Prazos (25/08/15) Professora: Carolina Lima Monitora: Márcia Beatriz Aula 03 ATOS CAMBIÁRIOS 1 Para explicar a sistemática

Leia mais

Títulos de Crédito Direito Empresarial

Títulos de Crédito Direito Empresarial RESUMO Títulos de Crédito Direito Empresarial 1 Índice Título de Crédito... 4 Conceito... 4 Definição Clássica de Vivante:... 4 Princípios... 4 Princípio da Cartularidade... 4 Princípio da Literalidade:...

Leia mais

DIREITO COMERCIAL II. Professor LUIZ GONZAGA MODESTO DE PAULA DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO

DIREITO COMERCIAL II. Professor LUIZ GONZAGA MODESTO DE PAULA DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO 1 DIREITO COMERCIAL II Professor LUIZ GONZAGA MODESTO DE PAULA modesto@pucsp.br 2 TÍTULOS DE CRÉDITO 3 P R O G R A M A 4 AULA 1 CONCEITO DE CRÉDITO CONCEITO TRADICIONAL DE TÍTULO DE CRÉDITO NOVO CONCEITO

Leia mais

Constituição das Sociedades Contratuais

Constituição das Sociedades Contratuais Constituição das Sociedades Contratuais Quanto à Responsabilidade dos Sócios: Sociedade de Responsabilidade Ilimitada todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações, o patrimônio dos sócios

Leia mais

Primeira Letra de Câmbio sacada em Medina del Campo Espanha em 1495

Primeira Letra de Câmbio sacada em Medina del Campo Espanha em 1495 LETRA DE CÂMBIO CONCEITO Letra de Câmbio é o título de crédito que representa uma ordem de pagamento de alguém (sacador) contra outrem (sacado) a favor de um terceiro (tomador). HISTÓRIA Origem provável:

Leia mais

PARECER Nº 169, DE 2018 PLEN/SF

PARECER Nº 169, DE 2018 PLEN/SF SENADO FEDERAL PARECER Nº 169, DE 2018 PLEN/SF Redação final do Projeto de Lei da Câmara nº 73, de 2018 (nº 9.327, de 2017, na Casa de origem). A Comissão Diretora, em Plenário, apresenta a redação final

Leia mais

Aula 05. ATOS CAMBIÁRIOS (cont.)

Aula 05. ATOS CAMBIÁRIOS (cont.) Turma e Ano: Empresarial B (2015) Matéria/Data: Atos Cambiários em espécie: endosso, aval, protesto (01/09/15) Professora: Carolina Lima Monitora: Márcia Beatriz Aula 05 Atos em espécie ATOS CAMBIÁRIOS

Leia mais

DIREITO COMERCIAL ESQUEMAS DAS AULAS CAPÍTULO III PARTE I CAPÍTULO III - TÍTULOS DE CRÉDITO III

DIREITO COMERCIAL ESQUEMAS DAS AULAS CAPÍTULO III PARTE I CAPÍTULO III - TÍTULOS DE CRÉDITO III Docente: Pedro Dias Venâncio Gabinete: 3 Grupo: Direito Endereço electrónico: pvenancio@ipca.pt PARTE I CAPÍTULO III III - TÍTULOS DE CRÉDITO 1.Conceito, função e características 2. Letra de câmbio 3.

Leia mais

Aula 07. LETRA DE CÂMBIO (cont.) A letra de câmbio tem as seguintes espécies de vencimento (data para pagamento):

Aula 07. LETRA DE CÂMBIO (cont.) A letra de câmbio tem as seguintes espécies de vencimento (data para pagamento): Turma e Ano: Empresarial B (2015) Matéria/Data: Letra de Câmbio: vencimento. Nota Promissória: sujeitos e vencimento (15/09/15) Professora: Carolina Lima Monitora: Márcia Beatriz Aula 07 LETRA DE CÂMBIO

Leia mais

Teoria Geral dos Títulos de Crédito

Teoria Geral dos Títulos de Crédito DIREITO COMERCIAL 14 Teoria Geral dos Títulos de Crédito Introdução Noções Gerais Noções Iniciais: Uma obrigação em dinheiro, pode ser representada por um documento que lhe dê crédito. O crédito importa

Leia mais

1) Julgue o item seguinte, a respeito dos contratos.

1) Julgue o item seguinte, a respeito dos contratos. 1) Julgue o item seguinte, a respeito dos contratos. Contrato é a convenção estabelecida entre duas ou mais pessoas para constituir, regular, anular ou extinguir, entre elas, uma relação jurídico-patrimonial.

Leia mais

Saque, Aceite, Endosso, Aval, Fiança e Pagamento

Saque, Aceite, Endosso, Aval, Fiança e Pagamento Saque, Aceite, Endosso, Aval, Fiança e Pagamento SAQUE Trata-se de ato cambiário a partir do qual um título de crédito é emitido quando o sacador o assina para ser submetido ao sacado, se chama assinatura,

Leia mais

Conhecimentos Bancários

Conhecimentos Bancários Conhecimentos Bancários Cheque Professor Lucas Silva Conhecimentos Bancários Aula XX CHEQUES CARACTERÍSTICAS BÁSICAS O cheque é uma ordem de pagamento à vista, porque deve ser pago no momento de sua apresentação

Leia mais

Teoria Geral dos Títulos de Crédito. Aula 6 Os títulos de crédito no Código Civil

Teoria Geral dos Títulos de Crédito. Aula 6 Os títulos de crédito no Código Civil Teoria Geral dos Títulos de Crédito Aula 6 Os títulos de crédito no Código Civil Uniformização do direito cambiário (conveções de Genebra) Direito uniforme princípios gerais Unificação cooperação internacional

Leia mais

LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE CAPÍTULO I. Da Fatura e da Duplicata

LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE CAPÍTULO I. Da Fatura e da Duplicata LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE 1968. Dispõe sôbre as Duplicatas, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO

Leia mais

O CÓDIGO CIVIL E OS TÍTULOS DE CRÉDITO

O CÓDIGO CIVIL E OS TÍTULOS DE CRÉDITO O CÓDIGO CIVIL E OS TÍTULOS DE CRÉDITO Código Civil: Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. (confusão estabelecida) As divergências

Leia mais

UNIDADE 2 LETRA DE CÂMBIO

UNIDADE 2 LETRA DE CÂMBIO UNIDADE 2 LETRA DE CÂMBIO Profª Roberta C. de M. Siqueira Direito Empresarial III ATENÇÃO: Este material é meramente informativo e não exaure a matéria. Foi retirado da bibliografia do curso constante

Leia mais

Requisitos essenciais - são requisitos de validade (art.1º) para ação de execução (esses requisitos não pode faltar, mas existe as exceções)

Requisitos essenciais - são requisitos de validade (art.1º) para ação de execução (esses requisitos não pode faltar, mas existe as exceções) 1 Títulos de Crédito Sala 207 UNIP Títulos de Crédito VII 19 de outubro Lei do cheque nº 7357/85 Cheque - ordem de pagamento a vista Partes - emitente ou passador Sacador - devedor - titular da conta bancária

Leia mais

Súmulas - STF e STJ Direito Empresarial

Súmulas - STF e STJ Direito Empresarial 1 CONTRATOS BANCÁRIOS Súmula 530 STJ: Nos contratos bancários, na impossibilidade de comprovar a taxa de juros efetivamente contratada por ausência de pactuação ou pela falta de juntada do instrumento

Leia mais

Cheque Aulas 22 a 24

Cheque Aulas 22 a 24 Cheque Aulas 22 a 24 1. NORMATIZAÇÃO: Lei 7.357/85 que absorveu as regras contidas na Lei Uniforme sobre Cheques. Resoluções do Banco Central do Brasil, tomadas por deliberação do Conselho Monetário Nacional,

Leia mais

Cr i a da e 23/09/ :49 A tu a l iz a 23/09/ :50

Cr i a da e 23/09/ :49 A tu a l iz a 23/09/ :50 Excelente material do saite DIZER O DIREITO Caderno: Direito Cr i a da e 23/09/2016 12:49 A tu a l iz a 23/09/2016 12:50 Au t o r: Alberto Santos Et i q ue t a direito, resumos, workstuff UR L: http://www.dizerodireito.com.br/2016/09/se-o-portador-ingressa-co

Leia mais

Documentos Exigidos para o cancelamento do título ou documento de dívida:

Documentos Exigidos para o cancelamento do título ou documento de dívida: DICAS PARA PROTESTAR O protesto de títulos ou documentos de dívidas deve ser solicitado no Cartório de Distribuição. Em Brasília, a entrega do documento para protesto deve ser feita no Cartório Ruy Barbosa

Leia mais

CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NAS ATIVIDADES NOTARIAIS E REGISTRAIS EAD. DISCIPLINA: Protesto De Títulos. PROFESSORES: Carlos Londe

CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NAS ATIVIDADES NOTARIAIS E REGISTRAIS EAD. DISCIPLINA: Protesto De Títulos. PROFESSORES: Carlos Londe CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NAS ATIVIDADES NOTARIAIS E REGISTRAIS EAD DISCIPLINA: Protesto De Títulos PROFESSORES: Carlos Londe Nome: Nº de Identidade: Reescreva a frase: Atesto para os devidos

Leia mais

Cédula de crédito bancário

Cédula de crédito bancário Noções gerais CCB serve para qualquer tipo de operação financeira, não fica restrita à atividades produtivas, como as cédulas de crédito tradicionais (rural, industrial, exportação) Legislação aplicável

Leia mais

f ÅâÄtwÉ g àâäéá wx VÜ w àé `öüv t cxä áátü PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TÍTULO DE CRÉDITO TOMO I

f ÅâÄtwÉ g àâäéá wx VÜ w àé `öüv t cxä áátü PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TÍTULO DE CRÉDITO TOMO I PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TÍTULO DE CRÉDITO TOMO I 1 01- Qual a conseqüência imediata do aceite dado pelo sacado? 02- Em qual local deve ser dado o aceite? 03- É necessária aposição de data no aceita?

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Endosso, aval e protesto Parte 5. Profª. Estefânia Rossignoli

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Endosso, aval e protesto Parte 5. Profª. Estefânia Rossignoli DIREITO EMPRESARIAL Títulos de Crédito Endosso, aval e protesto Parte 5 Profª. Estefânia Rossignoli - Para que se possam exercer os direitos inerentes ao título de crédito, será preciso que se comprove

Leia mais

Há mais de 13 classificações, mas só estudaremos as 4 principais utilizadas pela doutrina. Quais sejam:

Há mais de 13 classificações, mas só estudaremos as 4 principais utilizadas pela doutrina. Quais sejam: Classificação Há mais de 13 classificações, mas só estudaremos as 4 principais utilizadas pela doutrina. Quais sejam: a) Quanto a forma de transferência ou circulação; b) Quanto ao modelo; c) Quanto à

Leia mais

Características/princípios

Características/princípios Características/princípios Títulos de crédito 2ª AULA Síntese histórica Economia de troca (in natura) * troca de mercadorias. Economia monetária (dinheiro) * troca de mercadoria por moeda. Economia creditória

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE 1968. Dispõe sôbre as Duplicatas, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que

Leia mais

Amas as leis, entretanto, regulamentam a letra de câmbio, fazendo extensão para a norta promissória.

Amas as leis, entretanto, regulamentam a letra de câmbio, fazendo extensão para a norta promissória. Letra de Câmbio Conceito A letra de câmbio é o protótipo dos títulos de crédito, o primeiro a ser criado, tendo derivado dela todos os demais. Modernamente, não é um título muito popular, mas elitista,

Leia mais

AULA. Na aula anterior trataremos sobre: Na aula de hoje trataremos sobre: Estoque e Compras O QUE VEREMOS HOJE ead

AULA. Na aula anterior trataremos sobre: Na aula de hoje trataremos sobre: Estoque e Compras O QUE VEREMOS HOJE ead AULA 5 Estoque e Compras O QUE VEREMOS HOJE Na aula anterior trataremos sobre: 1. Obrigações acessórias 1.1. Escrituração Comercial, Fiscal e Contábil 2. Tributação das Pessoas Jurídicas Na aula de hoje

Leia mais

TÍTULOS REPRESENTATIVOS CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E WARRANT

TÍTULOS REPRESENTATIVOS CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E WARRANT Página1 Curso/Disciplina: Direito Empresarial Extensivo Aula: Direito Empresarial Extensivo - 60 Professor(a): Priscilla Menezes Monitor(a): Pâmela Suelen de M. Guedes Aula nº. 60 TÍTULOS REPRESENTATIVOS

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte XIII Letra de Câmbio e Cheque

Instituições de Direito Público e Privado. Parte XIII Letra de Câmbio e Cheque Instituições de Direito Público e Privado Parte XIII Letra de Câmbio e Cheque 1. Letra de Câmbio Conceito e Generalidades Letra de Câmbio A Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento, sacada por um credor

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITO ENDOSSO

TÍTULOS DE CRÉDITO ENDOSSO TÍTULOS DE CRÉDITO Armindo de Castro Júnior E-mail: armindocastro@uol.com.br Homepage: www.armindo.com.br Facebook: Armindo Castro Celular - WhatsApp: (65) 99352-9229 CONCEITO: forma de transmissão dos

Leia mais

ÁREA DE FORMAÇÃO: FAZER PAGAMENTOS CHEQUES

ÁREA DE FORMAÇÃO: FAZER PAGAMENTOS CHEQUES ÁREA DE FORMAÇÃO: FAZER PAGAMENTOS CHEQUES Índice Características Modalidades de emissão Endosso Encargos Consequências do uso indevido Cuidados a ter na emissão 2 Características Os cheques são um instrumento

Leia mais

SIMULADO 1 A QUESTÃO 2 A QUESTÃO

SIMULADO 1 A QUESTÃO 2 A QUESTÃO SIMULADO 1 A QUESTÃO Maria José emitiu cheque em 20.11.02, na cidade de Divinópolis/MG, contra Banco do Dinheiro S/A, estabelecido em São Paulo/SP, pré-datado para 20.01.03, nominal a João Antônio, com

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL Catálogo de Graduação 06 da UFV 0 Programa Analítico de Disciplina DIR3 Direito Empresarial - Direito Cambiário e Departamento de Direito - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos:

Leia mais

LETRA DE CÂMBIO 10.1 ORIGEM

LETRA DE CÂMBIO 10.1 ORIGEM 10 LETRA DE CÂMBIO 10.1 ORIGEM A letra de câmbio, praticamente, começou a se formar na Itália, no século XIV. Para não transportar dinheiro de uma cidade para outra, estando uma pessoa sujeita à emboscada

Leia mais

PROVIMENTO Nº CGJ-05/ O DESEMBARGADOR JOÃO PINHEIRO, CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

PROVIMENTO Nº CGJ-05/ O DESEMBARGADOR JOÃO PINHEIRO, CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições, PROVIMENTO Nº CGJ-05/ 2007 Autoriza o apontamento dos títulos que indica, no âmbito da Central de Protesto de Títulos e Documentos da capital e dos Tabelionatos de Protesto de Títulos e Documentos de todo

Leia mais

Aula 08 REVISÃO DAS CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS DE TÍTULOS DE CRÉDITO 1

Aula 08 REVISÃO DAS CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS DE TÍTULOS DE CRÉDITO 1 Turma e Ano: Empresarial B (2015) Matéria/Data: Revisão de Título de Crédito. Cheque. Duplicata (22/09/15) Professor: Wagner Moreira Monitora: Márcia Beatriz Aula 08 REVISÃO DAS CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS

Leia mais

Os Títulos de Crédito I

Os Títulos de Crédito I DIREITO COMERCIAL 15 Os Títulos de Crédito I A Letra de Câmbio Noções Gerais Noções Iniciais: A letra de câmbio é uma ordem de pagamento que alguém dirige a outrem para pagar a terceiro, importa numa relação

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITO ENDOSSO

TÍTULOS DE CRÉDITO ENDOSSO TÍTULOS DE CRÉDITO Armindo de Castro Júnior E-mail: armindocastro@uol.com.br Homepage: www.armindo.com.br Facebook: Armindo Castro Celular - WhatsApp: (65) 99352-9229 CONCEITO: forma de transmissão dos

Leia mais

Curso Resultado. Decreto 2.044, de 31 de dezembro de Define a letra de câmbio e a nota promissória e regula as Operações Cambiais.

Curso Resultado. Decreto 2.044, de 31 de dezembro de Define a letra de câmbio e a nota promissória e regula as Operações Cambiais. Decreto 2.044, de 31 de dezembro de 1908 Define a letra de câmbio e a nota promissória e regula as Operações Cambiais. TITULO I - DA LETRA DE CÂMBIO CAPITULO I - DO SAQUE Art. 1º A letra de câmbio é uma

Leia mais

COMPRA E VENDA E SUAS CLÁUSULAS

COMPRA E VENDA E SUAS CLÁUSULAS COMPRA E VENDA E SUAS CLÁUSULAS Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo II - Contratos em Espécie - Aula n. 41 Contrato A compra e venda é um contrato sinalagmático, em que uma pessoa

Leia mais

NOVAS TENDÊNCIAS PARA O SERVIÇO DE PROTESTOS

NOVAS TENDÊNCIAS PARA O SERVIÇO DE PROTESTOS NOVAS TENDÊNCIAS PARA O SERVIÇO DE PROTESTOS ESCOLA DE NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO ESPIRITO SANTO 21/11/2015 AGENDA - PROTOCOLIZAÇÃO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS DE DIVIDA - INTIMAÇÃO - PROCEDIMENTOS DE QUITAÇÃO,

Leia mais

(Do Sr. Julio Lopes) O Congresso Nacional decreta:

(Do Sr. Julio Lopes) O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI N o (Do Sr. Julio Lopes), DE Dispõe sobre a emissão de duplicata sob a forma escritural. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A duplicata de que trata a Lei nº 5.474, de 18 de julho de

Leia mais

LEI DE REGÊNCIA. Decreto n /66 Lei Uniforme. Lei Federal n /85 Lei do Cheque. Resolução n /2011 do Banco Central do Brasil

LEI DE REGÊNCIA. Decreto n /66 Lei Uniforme. Lei Federal n /85 Lei do Cheque. Resolução n /2011 do Banco Central do Brasil CHEQUE LEI DE REGÊNCIA Decreto n. 57.595/66 Lei Uniforme Lei Federal n. 7.357/85 Lei do Cheque Resolução n. 3.972/2011 do Banco Central do Brasil HISTÓRIA IDADE MÉDIA depósito de ouro nos ourives, que

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Endosso, aval e protesto Parte 1. Profª. Estefânia Rossignoli

DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Endosso, aval e protesto Parte 1. Profª. Estefânia Rossignoli DIREITO EMPRESARIAL Títulos de Crédito Endosso, aval e protesto Parte 1 Profª. Estefânia Rossignoli - Os títulos de crédito, para atenderem aos seus objetivos, possuem institutos que lhe são próprios e

Leia mais

Principal função: circulação de Riqueza

Principal função: circulação de Riqueza Principal função: circulação de Riqueza Código Civil (art.887 a 926) LUG Dec. 57.663/66 (letra de câmbio e nota promissória e é lei subsidiária para a duplicata) e as reservas Dec 2.044/1908 Lei 5.474/68

Leia mais

UNIDADE 7 DUPLICATA Profª Roberta C. de M. Siqueira Direito Empresarial III

UNIDADE 7 DUPLICATA Profª Roberta C. de M. Siqueira Direito Empresarial III UNIDADE 7 DUPLICATA 1 Profª Roberta C. de M. Siqueira Direito Empresarial III ATENÇÃO: Este material é meramente informativo e não exaure a matéria. Foi retirado da bibliografia do curso constante no seu

Leia mais

Aula 04. ATOS CAMBIÁRIOS (cont.)

Aula 04. ATOS CAMBIÁRIOS (cont.) Turma e Ano: Empresarial B (2015) Matéria/Data: Prazos. Atos Cambiários em espécie. Endosso (01/09/15) Professora: Carolina Lima Monitora: Márcia Beatriz Aula 04 ATOS CAMBIÁRIOS (cont.) Prazos No caso

Leia mais