DIREITO PENAL VI TÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

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1 DIREITO PENAL VI Conteúdo digitado e baseado das aulas do Prof. Gilberto Montenegro Costa Filho Obs.: Apesar das anotações serem feitas das aulas dadas pelo Professor, todo o conteúdo é de total responsabilidade minha, ou seja, se houve algum equívoco, algo desatualizado, alguma falha, foi engano e erro da minha parte. Peço que entrem em contato comigo para ser consertado/atualizado o erro. Obrigado e bom estudo!! Meu paulinhomoraesjr@hotmail.com do Professor: gilberto.filho@prof.uniso.br Galera finalmente chegou à última parte do estudo do Direito Penal, devido à quantidade do conteúdo e artigos que restaram, vou dar um foco naquilo que é mais relevante e que o Professor selecionou para a avaliação: Crimes contra dignidade sexual (Arts. 213 ao 234-B do CP) 1 ou 2 questões Crimes relacionados a prostituição (Arts. 227 ao 231-A do CP) 1 questão Crimes contra a Fé Pública (Arts. 289 ao 311-A) 2 questões Crimes contra a Administração Pública e Administração da Justiça (Arts. 312 ao 359 do CP) 5/6 q TÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL O Título VI da Parte Especial do CP passou por uma grande reforma com as Leis nº /05 e nº /09, no qual as normas penais foram adaptadas à transformarem o modo de pensar e de agir da sociedade nas questões sexuais. Esta adaptação se viu necessária em face das inovações trazidas pela CF e por novas construções doutrinárias lançadas para valorizar os aspectos relevantes da personalidade humana. O Ordenamento Jurídico passou a tutelar de forma especial os crimes contra a liberdade sexual por constituírem direitos fundamentais, afastando preconceitos e visões antigas da sociedade que havia na época da elaboração do CP CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL Os crimes previstos nesse Capítulo atingem a faculdade de livre escolha do parceiro sexual. Essa faculdade por ser violada por: VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA Crime de estupro FRAUDE Crime de violação sexual mediante fraude 1

2 Diante das reformas do Título VI da Parte Especial do CP, o crime de estupro passou à ter uma nova redação, sendo que é o resultado de uma fusão de dois tipos previstos na redação original do CP. O primeiro de estupro, que incriminava o constrangimento da mulher à conjunção carnal (antigo art. 213) e o segundo crime que era o atentado violento ao pudor (antigo art. 214). Outra prática que era punida pelos mesmos artigos era a conjunção carnal ou outro ato libidinoso, sem violência física ou moral, contra vítima menor de 14 anos, débil mental ou alienada ou que por qualquer outra causa não podia oferecer resistência. Com a Lei nº /09 essas práticas passaram a configurar crime específico (estupro de vulnerável), previsto no art. 217-A. ESTUPRO Art. 213 CP - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso Pena Reclusão, de 6 a 10 anos 1º - Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos: Pena - Reclusão, de 8 a 12 anos 2 o - Se da conduta resulta morte: Pena - Reclusão, de 12 a 30 anos O estupro é um problema sério, porque é um crime que quando é atendido nas Delegacias é o que mais choca. Quando acontece parece ser até pior que homicídio, pois destrói emocionalmente a vítima de uma maneira muito terrível Só que as vezes as vítimas mentem, dizendo que foram estupradas mas não foram. Entretanto no crime de estupro a palavra da vítima é muito relevante, por isso é um problema sério. Sendo assim é preciso prestar atenção nos mínimos detalhes na postura da vítima para realmente perceber se é verdade ou não O envolvimento corporal da vítima é fundamental para o estupro, mas o envolvimento corporal do estuprado não necessariamente, normalmente sim, mas não é imprescindível Quando a vítima é constrangida a praticar um ato libidinoso tambem caracteriza estupro Constranger alguem à assistir um ato libidinoso, se a vítima for maior de 14 anos tem se entendido que só persiste o crime de constragimento ilegal, se for menos de 14 anos caracteriza um crime específico, o art. 218-A CP Para caracterizar o estupro precisa de um dissenso sério, ou seja, precisa que fique claro que a vítima NÃO queria o contato libidinoso OBS.: Não há crime quando um casal está se beijando e o homem começa a tirar a roupa da mulher e, embora ela diga para ele parar, não o faz de forma enérgica, não tomando nenhuma atitude para evitar que ele tire sua roupa e acaricie suas partes íntimas. Ocorre que, em tal caso, NÃO se mostrou presente o emprego de violência ou grave ameaça 2

3 OBS².: Por outro lado, não é necessária para a configuração do crime a chamada resistência heroica, em que a vítima luta fisicamente com o agente até suas últimas forças OBS³.: A revogação do art. 214 CP pela Lei nº /2009 NÃO ensejou abolitio criminis, porque o fato de utilizar violencia ou grave ameaca, continua sendo punido como crime, só que agora NÃO mais no art. 214 CP mas no próprio art. 213 CP. Sendo assim o conceito de estupro mudou, sendo qualquer ato libidinoso Só existe abolitio criminis quando o fato deixa de ser considerado crime, neste caso ele só mudou de endereço SUJEITO ATIVO Quanto ao sujeito ativo pode ser tanto o homem quanto a mulher, o que é bastante raro mas não impossível é o estupro especificamente de conjunção carnal entre a mulher autora e o homem vítima (a mulher faz o homem tomar um viagra para estuprar ele) O estupro admite coautoria e participação. Será considerado coautor aquele que empregar violência ou grave ameaça contra a vítima (ato executório) Ex.: O coautor segura a vítima para que o autor realize a conjunção carnal. Haverá participação por parte de quem concorrer para o crime sem realizar qualquer ato executório Ex².: Amigo que, verbalmente, estimula outro a estuprar a vítima SUJEITO PASSIVO A vítima também pode ser homem ou mulher. O tipo penal NÃO faz qualquer exigência quanto ao sujeito passivo, de modo que até mesmo prostitutas podem ser vítimas deste crime, quando forçadas a um ato sexual indesejado OBS.: A conjunção carnal após a morte da vítima constitui crime de vilipêndio a cadáver (Art. 212 CP) OBS².: Estupro de marido contra a própria esposa (Art. 226, II CP), tem um aumento de metade da pena OBS³.: Tem sido admitido o estupro por omissão por parte das mães. Então nos casos da mãe ter uma filha, arranjar um cara para morar na casa, o cara cometer estupro contra a menina, a menina falar para a mãe e ela nada fazer, a mãe irá responder juntamente com o padrasto por estupro, pois a Lei obriga os pais a protegerem os seus filhos CONSUMAÇÃO A consumação do estupro ocorre no momento em que ocorre qualquer tipo de ato libidinoso, entretanto pode ser possível a tentativa de estupro, sendo quando já há exercício da violência e da grave ameaça mas por qualquer motivo alheia a vontade do agente o ato libidinoso NÃO se consuma Não existe a exigência que o estupro seja praticado para satifsfação sexual do estuprado, pois é possível a pratica de estupro sem satisfação de desejo, as vezes ocorre por ódio da vítima No momento do estupro sempre ocorre a conjuração carnal e tambem outros atos libidinosos, o que caracteriza um crime único, a diferença irá ocorrer na aplicação da pena 3

4 CONCURSO Conjunção carnal e outros atos libidinosos contra a mesma vítima no mesmo contexto fático Se contra a mesma vítima forem realizados vários atos libidinosos, no mesmo contexto fático, até mesmo com conjunção carnal dentre eles, o agente responderá por crime único. A pluralidade de atos sexuais deverá ser apreciada pelo juiz na fixação da pena-base Estupro e perigo de contágio de moléstia venérea Perigo de contágio de doença venéria - O estuprador está com sífilis e estupra a vítima. Haverá concurso formal deste que o ato seja apto a transmitir a doença. Se for transmitido terá uma majorante Estupro contra duas vítimas no mesmo contexto fático Nesse caso haverá crime continuado, contudo, como os crimes são dolosos, cometidos com violência ou grave ameaça, contra vítimas diversas, mostra-se possível a aplicação da regra do Art. 71, único, do CP, em que, apesar de se tratar de continuação delitiva, o juiz pode somar as penas Várias pessoas que estupram a mesma vítima Esse tipo de crime é chamado de CURRA, sendo que 2 ou mais pessoas estupram a vítima, revezando-se nas tarefas (Enquanto uma segura a outra estupra), respondem por dois crimes em continuação delitiva. Como autor de uma conduta e coautor na outra. Como se trata de vítima única, aplica-se a regra comum do crime continuado em que o Juiz fixa uma só pena, aumentada de um sexto a dois terços. Como o crime foi cometido mediante concurso de agentes, será também aplicado aumento de um quarto da pena, previsto no art. 226, I, do CP Atos sexuais forçados contra a mesma vítima em momentos diversos Haverá crime continuado se os crimes tiverem sido cometidos pelo mesmo modo de execução, na mesma cidade e sem que tenha decorrido mais de um mês entre uma conduta e outra, ou concurso material se ausente algum dos requisitos do crime continuado. Ex.: Pai que estupra a filha por diversas ocasiões, durante vários meses ou anos, no interior da própria residência FIGURAS QUALIFICADAS 1ª FIGURA QUALIFICADA: Crime qualificado pela provocação de lesão grave ou em razão da idade da vítima 1º - Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos: Pena - Reclusão, de 8 a 12 anos 4

5 Estupro qualificado pela lesão grave Essa Qualificadora só será aplicada quando for preterdolosa, ou seja, tinha o dolo de estuprar mas não de lesionar. Sendo assim a lesão grave foi resultado de culpa Eventuais lesões leves decorrentes da violência empregada pelo estuprador ficam absorvidas pelo crime de estupro. A contravenção de vias de fato também fica absorvida Sendo assim pressupõe que haja dolo quanto ao estupro e culpa em relação ao resultado lesão grave. Se ficar demonstrado que houve dolo de provocar lesão grave ou gravíssima, o agente responde por estupro simples em concurso material com o crime de lesão corporal grave Maior de 14 anos e menor de 18 anos O reconhecimento da qualificadora pressupõe que tenha havido emprego de violência ou grave ameaça contra a vítima em tal faixa etária. Se a vítima for menor de 14 anos, configura-se crime de estupro de vulnerável (Art. 217-A) Independentemente do emprego de violência ou grave ameaça 2ª FIGURA QUALIFICADA: Crime qualificado pela morte 2 o - Se da conduta resulta morte: Pena - Reclusão, de 12 a 30 anos Ocorre a morte a título de culpa. Se estupra e depois mata a vítima para ficar impune o agente responde por estupro simples em concurso material (somada as penas) com o homicidio que é qualificado (ocultar outro crime) Sendo assim, tambem é exclusivamente preterdoloso MAJORANTES 1ª Majorante Art. 226, I CP - A pena é aumentada de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 ou mais pessoas Incide nos casos de concurso de agentes: Para todos doutrinadores, exceto o Hungria, aplicar-se a majorante a todos os coautores ou partícipes 2ª Majorante Art. 226, II CP A pena é aumentada de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela A enumeração legal é taxativa. São hipóteses em que a pena é maior em razão de o agente exercer autoridade ou ter algum tipo de parentesco ou relação próxima com a vítima 5

6 3ª Majorante Art. 234-A, III CP A pena é aumentada de metade, se do crime resultar gravidez 4ª Majorante Art. 234-A, IV CP A pena é aumentada de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador Esquematizando: Aumento de 1/4 Se o crime é cometido com concurso de duas ou mais pessoas (art. 226, I) Aumento de 1/2 Se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela Se resulta gravidez Aumento de 1/6 até metade Se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador AÇÃO PENAL Ação Penal do estupro antigamente era privada, porque a mulher já sofreu uma violencia brutal e que ficava a escolha dela de esquercer que aquilo existiu, pois o processo revive os fatos, podendo o processo ser até um mal maior para ela. Com a reforma a ação penal passou a ser pública condicionada a representação, entao hoje em dia se a vítima do estupro for maior de 18 anos, terá a opção de querer ou não querer que o MP processe o estuprador, será ação publica incondicionada se a vítima for menor de 18 anos Desta forma, pela nova Lei, todo estupro simples depende de representação e se a vítima for menor de 18 anos, for vulnerável ou em caso de morte da vítima, a ação será pública incondicionada No estupro seguido de morte um procurador da república entrou com a ADIN de nº 4301 para ser considerada ação pública incondicionada, sendo que, ainda não foi julgada a ADIN Súmula 608 STF Lesão leve era ação penal pública incondicionada e estupro era ação penal privada Estupro de Vulnerável Vulneráveis: 1. Menores de 14 anos 6

7 2. Doente mental (somente os que tiverem sua capacidade de discernimento prejudicada pela doença mental Fundamental a comprovação pericial) 3. Impossibilidade de Resistência (Pode ser prévia Pessoa inconsciente; Provocada pelo agente; Provocada pela vítima A própria vítima se embebedou Majorantes mesmas do estupro Sempre ação pública incondicionada Violação sexual mediante fraude (art. 215 CP) Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima Assédio sexual (art. 216-A CP) Mediação para satisfazer de lascívia de vulnerável (art. 218 CP) - Corrupção de menores Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem Nascer a ideia de satisfazer o tesão da terceira pessoa. O agente é o que induz o menor de 14 anos. A consumação ocorre na prática do ato, do convencimento do menor. Neste crime não há contato libidinoso Satisfação de lascívia com criança e adolescente (art. 218-A CP) Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem Quem se satisfez com a presença do menor de 14 anos responderá por esse artigo. Prostituição de vulnerável (art. 218-B CP) Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone 7

8 DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS Art. 208 a 212 CP DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo Art. 208 CP Se não for escarnecer publicamente, o crime contra o sentimento religioso caracteriza injúria 208, único É uma majorante. Tem admitida contra pessoa ou contra coisa e responde pela violência também, e contra coisa responde também por dano Nas vias de fatos não acumula com esse crime DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária Art. 209 CP Impedir é diferente de perturbar O que se tutela é o respeito à família do morto, mas ainda que não exista família o Legislador protege a valorização que isso tem, pois pertence a cultura de todos nós A pena é do JECRIM Violação de sepultura Art. 210 CP Violar ou profanar sepultura ou urna funerária. Violar é abrir o túmulo, se for com autorização ocorre a exumação, a qual é permitida. Profanar é pichar a sepultura, etc. A autoridade que autoriza a exumação é o Delegado Pegar vasos, objetos de prata, ouro, que ficam em cima do túmulo, caracteriza furto Pena de 1 a 3 anos e multa Destruição, subtração ou ocultação de cadáver Art. 211 CP Pena de 1 a 3 anos e multa Vilipêndio a cadáver Art. 212 CP Desrespeitar, despir, ofender o morto caracteriza o vilipêndio 8

9 1. Mediação lascívia outrem (art. 227 CP)(CELSO); 2. Favorecimento da prostituição (art. 228 CP)(KIEMY); 3. Casa de prostituição (art. 229 CP)(JÉSSICA JESUS); 4. Rufianismo (art. 230 CP)(LUANA) A prostituição não é crime, porém o interesse do Legislador é fazendo com que a prostituição não seja incentivada A prostituição caracteriza pela pessoa que em troca de dinheiro se dispõe a fazer atos libidinosos com toda e qualquer pessoa que se disponha a pagar MEDIAÇÃO PARA SATISFAZER A LASCÍVIA DE OUTREM Art. 227 CP - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem Pena reclusão, de um a três anos 3º Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. É o mais leve dos crimes. O objetivo jurídico é evitar a exploração sexual Neste caso a vítima não é forçada ao ato sexual, porém convencida a entregar-se a terceiro ou satisfazer sua lascívia de outra forma qualquer. Existem necessariamente três pessoas envolvidas: aquele que induz, a pessoa que é induzida e o terceiro beneficiário do ato sexual Somente o primeiro responde pelo delito por ter incentivado a vítima a satisfazer a lascívia do terceiro. Este último não comete crime algum. Se, todavia, o agente convence a vítima a satisfazer a lascívia de terceiro, mas, ao chegar no local, esta desiste do ato e o terceiro emprega violência ou grave ameaça para obrigá-la, este responde por crime de estupro O que diferencia o crime em análise do induzimento à prostituição (art. 228 CP) é que esta pressupõe habitualidade e a entrega do próprio corpo a pessoa indeterminadas que se disponham a pagar, enquanto no crime em análise a vítima é induzida a servir pessoa determinada ainda que mediante paga Figuras qualificadas 1º Se a vítima é maior de 14 e menor de 18 anos, ou se o agente é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou guarda Pena reclusão, de dois a cinco anos 2º Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude Pena reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência. Só é possível essa qualificadora do 2º quando não tem contato sexual. Ex.: Sexo por telefone, strip tease, etc 9

10 Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual Art. 228 CP - Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone Pena reclusão, de dois a cinco anos, e multa Evitar a prostituição e os riscos à saúde pública que decorrem de tal atividade, bem como às próprias vítimas que se expõem ao contágio de doenças e outros perigos No induzimento, o agente procura pessoa determinada e a convence a ingressar no mundo da prostituição Na atração, o agente, por exemplo, anuncia que está contratando moças para se prostituírem. A facilitação pode se dar em diversas circunstâncias em que o agente, de alguma maneira, ajuda a prostituta a desenvolver suas atividades ou até mesmo a amealhar clientes Por fim, existe o crime quando o agente realiza alguma ação visando obstar o abandono das atividades. Se ele, ao menos por uma vez, conseguiu evitar o abandono, diz-se que ele impediu a vítima. Se, entretanto, apesar do óbice criado, a vítima conseguiu abandoná-la, diz-se que ele dificultou o abandono das atividades É muito importante analisar se for impedido, porque isso quer dizer que o crime continua se consumando a todo tempo, o que pode ocorrer a prisão em flagrante Figuras qualificadas Art. 228, 1º CP Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância Pena reclusão, de três a oito anos 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude Pena reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência CASA DE PROSTITUIÇÃO Art. 229 CP - Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente Pena reclusão, de dois a cinco anos Evitar a prostituição e os riscos à saúde pública que decorrem de tal atividade, bem como às próprias vítimas que se expõem ao contágio de doenças e outros perigos Manter significa habitualidade do crime. Por conta disso não cabe tentativa e cabe flagrante RUFIANISMO 10

11 Art. 230 CP - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: Pena reclusão, de um a quatro anos, e multa. Evitar a exploração da prostituição alheia O rufião visa à obtenção de vantagem econômica reiterada em relação a prostituta ou prostitutas determinadas. É o caso, por exemplo, de pessoas que fazem agenciamento de encontro com prostitutas, que empresariam prostituta, que recebem participação nos lucros por lhe prestar segurança, ou, simplesmente, que se sustentam pelos lucros da prostituição alheia, sem que se trate de hipótese de estado de necessidade Trafico internacional de pessoas para fins sexuais (art. 231 CP)(RENATO); 2. Tráfico interno de pessoas para fins sexuais (Art. 231-A CP)(ARIANE); 3. Ato obsceno (art. 233 CP)(LOERST); 4. Escrito ou objeto obsceno (art. 234 CP)(MARCO VEIO) 1. Bigamia (art. 235 CP)(ANA CAROLINE CARDOSO); 2. Induzimento a erro essencial (art. 236 CP)(MARCOS VINICIUS); 3. Conhecimento prévio de impedimento (art. 237 CP)(MARCOS VINICIUS); 4. Simulação de autoridade para casamento (art. 238 CP)(PAULO HENRIQUE); 5. Simulação de casamento (Art. 239 CP)(JÉSSICA MESQUITA); 6. Registro de nascimento inexistente (art. 241 CP)(LUCAS GARZON); 7. Parto suposto (art. 242 CP)(ANDRESSA); 8. Sonegação de estado de filiação (art. 243 CP)(NATÁLIA) Temas das apresentações: 1. Abandono material (art. 244 CP)(MARILDA); 2. Entrega de menor a pessoa inidônea (art. 245 CP)(CAMILA); 3. Abandono intelectual (art. 246 CP)(FERNANDA); 4. Abandono moral (art. 247 CP)(KELLY); 5. Induzimento a fuga de incapaz (art. 248 CP)(PALOMA);6. Subtração de incapazes (art. 249 CP)(LUCIANA) DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR Nesse Capítulo estão previstos os crimes de abandono material (art. 244), entrega de filho a pessoa inidônea (art. 245), abandono intelectual (art. 246) e abandono moral (art. 247) ABANDONO MATERIAL Art. 244 CP - Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo 11

12 Pena - Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada É tutelada a família, no sentido de ser observada a regra do Código Civil que estipula a necessidade de assistência material recíproca entre os parentes Na primeira modalidade, o Legislador incrimina o cônjuge, ascendente ou descendente que, sem justa causa, deixa de prover a subsistência de seus dependentes (cônjuge, filho menor de 18 anos, incapacitado para o trabalho ou ascendente inválido ou maior de 60 anos) Na segunda modalidade, o agente, sem justa causa, deixa de efetuar o pagamento da pensão alimentícia acordada, fixada ou majorada em processo judicial Para a existência do crime é necessário que o fato se dê sem justa causa, desta forma é elemento normativo do tipo A consumação se dá quando o agente, ciente de que a vítima passa por necessidades, deixa de socorrê-la. Sendo assim o crime é permanente Em ambas as hipóteses, o crime é omissivo próprio, então não admite a tentativa ENTREGA DE FILHO MENOR A PESSOA INIDÔNEA Art. 245 CP - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo Pena - Detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro A assistência familiar, no sentido do cuidado que devem ter os pais em relação aos filhos menores, nos termos do art. 229 da CF: Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores A conduta típica é entregar o filho menor Para a configuração do delito, é necessário que o agente saiba efetivamente do risco que o menor correrá na companhia daquela pessoa ou que deva sabê-lo Trata-se de crime próprio, pois está escrito no tipo penal a expressão: entregar o próprio filho 12

13 O crime se consuma no instante em que o menor é entregue à pessoa inidônea. Não é necessário que fique em poder dela por tempo prolongado A TENTATIVA é possível quando se evidencia que o pai pretendia entregar o filho, mas que foi obstado por autoridade ou por outro parente da criança ou adolescente Na 1ª Modalidade Qualificada, basta a intenção de lucro por parte do agente. Ex.: Filho trabalha e o pai fica com o dinheiro Na 2ª Modalidade Qualificada o menor é mandado para o exterior. Essa figura qualificada encontra-se revogada pelo art. 239 do ECA, que pune quem promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com fito de lucro. A pena é de reclusão, de quatro a seis anos A ação é pública incondicionada. Sendo competência do Juizado Especial Criminal ABANDONO INTELECTUAL Art. 246 CP - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar Pena - Detenção, de quinze dias a um mês, ou multa O dispositivo visa tutelar a educação dos filhos menores, para evitar que eles se tornem pessoas analfabetas ou que dificulte o convívio social e o ingresso no mercado de trabalho Só os pais podem ser sujeitos ativos e é irrelevante se vivem ou não em companhia de seus filhos O crime se consuma no momento em que, após a criança atingir a idade escolar, os genitores revelam inequivocamente a vontade de não cumprir com o dever paterno Trata-se de crime omissivo que não admite a tentativa A Ação Penal é pública incondicionada, de competência do Juizado Especial Criminal ABANDONO MORAL Art. 247 CP - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância I - Freqüente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida II - Freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza III - Resida ou trabalhe em casa de prostituição IV - Mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública Pena - Detenção, de um a três meses, ou multa A Objetividade Jurídica é a formação moral da criança ou do adolescente Desta forma pressupõe abandono do menor em situações que são perigosas à sua formação moral 13

14 Porém para tipificar os incisos I e II é preciso a habitualidade, a frequência do menor nos locais elencados Na hipótese do inciso III, o agente permite que o menor more ou trabalhe em casa de prostituição. É evidente que o trabalho a que a lei se refere é outro qualquer (garçom, atendente, faxineiro), e nunca o de prostituto, pois, em relação a este, a permissão dos pais para seu exercício constitui crime mais grave O inciso IV, a permissão é para que o menor mendigue ou sirva de mendigo para excitar a comiseração pública. O pai que permitir, ceder ou alugar o filho menor para mendigar comete o crime A Ação Penal é pública incondicionada, de competência do Juizado Especial Criminal DOS CRIMES CONTRA O PÁTRIO PODER, TUTELA OU CURATELA INDUZIMENTO A FUGA, ENTREGA ARBITRÁRIA OU SONEGAÇÃO DE INCAPAZES Art. 248 CP - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame Pena - Detenção, de um mês a um ano, ou multa No presente dispositivo tutela-se o pátrio poder, a tutela e a curatela Há 3 Condutas Distintas nesse tipo penal: Induzimento a fuga de menor ou interdito O agente convence o incapaz a fugir da casa dos pais ou representantes legais. É necessário que a fuga ocorra por tempo razoável. Neste crime, o agente NÃO acompanha o menor em sua fuga, pois, se o fizesse, haveria crime mais grave, previsto no art. 249 CP (subtração de incapaz) Entrega não autorizada de menor ou interdito a terceiro Nessa modalidade, o agente entrega o incapaz a terceiro sem a anuência do responsável. Se houver a concordância, o fato é atípico por expressa determinação legal. Comete o crime, por exemplo, o diretor de escola ou asilo que entrega o menor ou interdito a terceiro sem autorização do responsável Sonegação de Incapaz O agente deixa de entregar o menor ou interdito, sem justa causa, a quem legitimamente o reclama. Há justa causa quando o menor está doente e a locomoção pode lhe agravar o quadro OBS.: A ação penal é pública incondicionada, de competência do Juizado Especial Criminal OBS².: As vítimas são os pais, tutores ou curadores, bem como os menores de idade e interditos. O menor emancipado NÃO pode ser sujeito passivo do crime em análise. O pródigo só é interditado em relação a questões patrimoniais, de modo que também não pode ser vítima deste delito 14

15 SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES Art. 249 CP - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial Pena - Detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena A Objetividade Jurídica é a guarda da pessoa menor de 18 anos ou interdita Consiste em retirar o menor de 18 anos ou o interdito da esfera de vigilância de quem exerce o pátrio poder, tutela, curatela ou guarda Temas das apresentações: 1. Incêndio (Art. 250 CP)(MURILO); 2. Explosão (art. 251 CP)(RAFAEL); 3. Uso de gás tóxico (art. 252 CP)(PATRÍCIA); 4. Fabricação de gás toxico (art. 253 CP)(NATÁLIA MARTINS); 5. Inundação (art. 254 CP)(JENNYFER); 6. Perigo de inundação (art. 255 CP)(JENNYFER); Desabamento ou desmoronamento (art. 256 CP)(ALISSON) DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA DOS CRIMES DE PERIGO COMUM INCÊNDIO Art. 250 CP - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem Pena - Reclusão, de três a seis anos, e multa Aumento de pena 1º - As penas aumentam-se de um terço I - Se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio II - Se o incêndio é: a) Em casa habitada ou destinada a habitação; b) Em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura; c) Em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; 15

16 d) Em estação ferroviária ou aeródromo; e) Em estaleiro, fábrica ou oficina; f) Em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; g) Em poço petrolífico ou galeria de mineração; h) Em lavoura, pastagem, mata ou floresta. Incêndio culposo 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos Tem por objetivo proteger a incolumidade pública, ou seja, a tranquilidade da vida em sociedade, sendo evitado que os bens das pessoas e a integridade física sejam expostos a risco No crime de incêndio, o agente provoca intencionalmente a combustão de algum material no qual o fogo se propaga, sendo assim causa uma situação de risco efetivo e concreto para um número elevado e indeterminado de pessoas ou coisas A provocação de incêndio em um local afastado não coloca em risco a coletividade, desta forma caracterizase apenas como crime de dano qualificado (art. 163, único, II CP) O crime pode ser praticado por ação ou por omissão Por se tratar de infração que deixa vestígios, exige-se a realização de perícia no local, tanto para demonstrar a ocorrência do incêndio como do perigo comum dele decorrente Trata-se de crime comum e a sua consumação ocorre quando cria a situação de perigo A tentativa é plenamente possível Se a intenção do agente era matar alguém, responde por crime de homicídio (consumado ou tentado) qualificado pelo emprego de fogo, em concurso formal com o crime de incêndio. Por outro lado, a caracterização do crime de incêndio absorve o crime de dano qualificado pelo uso de substância inflamável Temas das apresentações: 1. Subtração de material de salvamento (art. 257 CP)(JOSÉ); 2. Difusão de doença ou praga (art. 259 CP)(BIANCA FERREIRA); 3. Perigo de desastre ferroviário (art. 260 CP)(ROSANGELA); 4. Atentado contra segurança do transporte marítima (art. 261 CP)(BARBARA); 5. Atentado contra a segurança (art. 262CP)(IVAN); 6. Arremesso de projétil (art. 264 CP)(CELSO); 7. Atentado contra a segurança pública (art. 265 CP)(MARCO VEIO); 8. Interrupção ou perturbação de serviço(art. 266 CP)(RENATO) TÍTULO VIII DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA Subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento Art. 257 CP 16

17 Art Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio ou outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento, ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza: Pena reclusão, de dois a cinco anos, e multa. É elementar deste crime a circunstancia que se dá a subtração, ocultação ou inutilização, sendo assim só ocorre o crime nos casos em que é necessário que o fato ocorra por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio ou outro desastre, ou calamidade, razão pela qual a lei presume o risco que decorre da conduta do agente Considera crime de perigo abstrato Difusão de doença ou praga Art. 259 CP - Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica Pena Reclusão, de dois a cinco anos, e multa Parágrafo único - No caso de culpa, a pena é detenção, de um a seis meses, ou multa A figura principal desse dispositivo encontra-se revogada, tacitamente, pelo art. 61 da Lei de Proteção ao Meio Ambiente (Lei n /98), que pune com reclusão, de um a quatro anos, e multa quem disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas É um crime formal, sendo que não precisa ocorrer o dano Esse era o único crime do Capítulo em que se punia tão somente o perigo ao patrimônio, já que, nos demais tipos penais, o perigo envolve a vida e a integridade física das pessoas A modalidade culposa ainda se encontra em vigor por NÃO haver figura semelhante na lei ambiental. Pressupõe que, por falta de cuidado, o agente dê causa à difusão de doenças ou pragas potencialmente perigosas a florestas, plantações ou animais de utilidade doméstica DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS Por conta do art. 262 CP, entende-se que os artigos 260 e 261 também só caracterizam se for transporte público Perigo de desastre ferroviário Art. 260 CP - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro: I Destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte ou instalação II Colocando obstáculo na linha 17

18 III Transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia IV Praticando outro ato de que possa resultar desastre Pena Reclusão, de dois a cinco anos, e multa 1º Se do fato resulta desastre: Pena Reclusão, de quatro a doze anos, e multa. 2º No caso de culpa, ocorrendo desastre: Pena Detenção, de seis meses a dois anos. Impedir é fazer com que pare de funcionar o serviço ferroviário, e perturbar é sinônimo de atrapalhar seu funcionamento Atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo Art. 261 CP - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea Pena Reclusão, de dois a cinco anos 1º Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de embarcação ou queda ou destruição de aeronave Pena Reclusão, de quatro a doze anos 2º Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pratica o crime com intuito de obter vantagem econômica, para si ou para outrem 3º No caso de culpa, se ocorre o sinistro: Pena Detenção, de seis meses a dois anos Atentado contra a segurança de outro meio de transporte Art. 262 CP - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento Pena Detenção, de um a dois anos 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de dois a cinco anos 2º No caso de culpa, se ocorre desastre: Pena Detenção, de três meses a um ano Arremesso de projétil Art. 264 CP Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar Pena Detenção, de um a seis meses Parágrafo único. Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, 3º, aumentada de um terço Tiro de armas não entra neste tipo penal, sendo caracterizado pela lei de desarmamento Deve ser qualquer tipo de objeto sólido 18

19 Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública Art. 265 CP Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública Pena Reclusão, de um a cinco anos, e multa Parágrafo único. Aumentar-se-á a pena de um terço até a metade, se o dano ocorrer em virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos serviços Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico ou telefônico Art. 266 CP Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento Pena Detenção, de um a três anos, e multa Parágrafo único. Aplicam-se as penas em dobro, se o crime é cometido por ocasião de calamidade pública EPIDEMIA Art. 267 CP INFRAÇÃO DE MEDIDA SANITÁRIA PREVENTIVA Art. 268 CP OMISSÃO DE NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA Art. 269 CP ENVENENAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL OU DE SUBSTÂNCIA ALIMENTÍCIA OU MEDICINAL Art. 270 CP CORRUPÇÃO OU POLUIÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL Art. 271 CP FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS Art. 272 CP FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS Art. 273 CP (274, 275, 276 e 277) 19

20 MOEDA FALSA DIA 01/04 Falsificação de Documentos A forma do documento tem que ser escrita (Móvel, Transportável e Transmissível) Um documento tem que ter autoria certa O conteúdo do documento tem que ter relevância jurídica Deve ter um valor probatório (Cópias simples não são considerados documentos) Falsificação de Documento Público Art. 297 CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro Há uma diferença entre Falsificação (Total ou Parcial) e Adulteração Falsificação é um documento que não existe Total é quando não tem nada de oficial no documento Parcial é quando o falsário usa algo oficial (Ex.: Espelho de RG) Adulteração é um documento que existe Isso é provador por perícia, sendo comparado os padrões, etc. Os documentos públicos são emitidos por funcionários públicos Esses documentos públicos podem ser de 2 tipos: 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte 2º - Legislador considerou alguns documentos particulares muito importantes e equiparou eles a documentos públicos. Ex.: Emanados pelas entidades paraestatais (Autarquias, Fundações, Economias de Economia Mista); Título ao portador ou transmissível por endosso (Nota promissora, letra de cambio, cheque, duplicata); As ações de sociedade comercial; Livros mercantis; Testamento particular Há uma situação em que tem um documento que já existe e que não será considerado adulteração, mas falsificação parcial. Ocorre quando é feito um acréscimo no documento que existe, só que esse acréscimo é totalmente individualizado. Ex.: Endosso ou Aval de um cheque (O cheque existe, porém a assinatura do endosso ou do aval no verso do cheque pode ser falsificado) Ação penal é publica incondicionada 3º e 4º - Falsidade de Carteira de Trabalho Esses parágrafos não tem nada a ver com falsidade material, mas sim de falsidade ideológica, que estudaremos daqui a pouco 20

21 Falsificação de documento particular Art Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Contrato de compra e venda, carteirinha de sócio de clube Objetividade jurídica - Preservar a fé pública nos documentos particulares. Tipo objetivo Documento particular é aquele que não é público em si mesmo ou por equiparação Os requisitos do documento particular são os mesmos do documento público (forma escrita, autor certo, conteúdo com relevância jurídica e valor probatório), sendo que, entretanto, não são elaborados por funcionário público no desempenho de suas funções. Ex.: contratos de compra e venda, de locação, notas fiscais, carteira de sócio de clube etc O documento particular registrado em cartório não tem sua natureza alterada. O registro é apenas para dar publicidade ao documento, no sentido de ficar registrada a sua existência em determinada data, mas não altera seu caráter particular. Assim, quando alguém registra um compromisso de compra e venda, a finalidade é demonstrar que tal contrato já havia sido celebrado em certa data, de modo que uma venda posterior a outra pessoa não tenha valor. Falsidade Ideológica Art. 299 CP - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. É um documento verdadeiro que contam mentiras dentro dele Sinônimos de falsidade ideológica: Falsidade Intelectual, Falsidade Ideal, Falsidade Moral Temos 3 condutas: Omitir declaração que deveria constar no documento Inserir declaração falsa ou diversa da que devia constar Consta uma mentira Fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia constar 21

22 PECULATO DOLOSO Apropriação, Desvio, Furto e Mediante erro de outrem Peculato malversação Cometido contra bem particular CULPOSO Art. 169 Peculato Aprop. Coisa havida por erro CONCUSSÃO Art. 316, caput Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumila, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena reclusão, de dois a oito anos, e multa Nesse crime, o funcionário público faz exigência de uma vantagem. Essa exigência carrega, necessariamente, uma ameaça à vítima, pois, do contrário, haveria mero pedido, que caracterizaria a corrupção passiva Tal ameaça pode ser: a) Explícita: Exigir dinheiro para não fechar uma empresa, para não instaurar inquérito, para permitir o funcionamento de obras etc b) Implícita: Nessa hipótese não há promessa de um mal determinado, mas a vítima fica amedrontada pelo simples temor que o exercício do cargo público inspira A exigência pode ser ainda: a) Direta: Quando o funcionário público a formula na presença da vítima, sem deixar qualquer margem de dúvida de que está querendo uma vantagem indevida b) Indireta: O funcionário se vale de uma terceira pessoa para que a exigência chegue ao conhecimento da vítima ou a faz de forma velada, capciosa, ou seja, o funcionário público não fala que quer a vantagem, mas deixa isso implícito Para que exista concussão, é necessário que o agente exija uma vantagem indevida. Para Damásio de Jesus, Nélson Hungria e Magalhães Noronha, esta deve ser vantagem patrimonial. Já para Júlio Fabbrini, Mirabete e Fernando Capez, pode ser de qualquer espécie, uma vez que a lei não faz distinção. Ex.: proveitos patrimoniais, sentimentais, de vaidade, sexuais etc 22

23 O agente deve visar proveito para ele próprio ou para terceira pessoa Sujeito Ativo Pode ser cometido por qualquer funcionário público. Trata-se de crime próprio. Não é necessário que o funcionário público esteja trabalhando no momento da exigência Se o crime for cometido por policial militar, estará configurado o crime do art. 305 do Código Penal Militar, que é igualmente chamado de concussão Sujeito Passivo O Estado e a pessoa contra quem é dirigida a exigência. Como na concussão o funcionário público faz uma ameaça explícita ou implícita, a pessoa ameaçada é considerada vítima e, caso venha a entregar o dinheiro exigido, não cometerá corrupção ativa, uma vez que somente o terá feito por ter se sentido constrangida Consumação No momento em que a exigência chega ao conhecimento da vítima, independentemente da efetiva obtenção da vantagem visada pelo agente. Trata-se de crime formal. A obtenção da vantagem é mero exaurimento. Desta forma a devolução posterior da vantagem caracteriza o mero arrependimento posterior (art. 16 CP) ou a ausência do prejuízo Tentativa É possível. Exs.: a) o funcionário pede para terceiro fazer a exigência à vítima, mas ele morre antes de encontrá-la; b) uma carta contendo a exigência se extravia Diferenças de Extorsão e Abuso de Autoridade Excesso de Exação Art. 316, 1º Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: Pena reclusão, de três a oito anos, e multa 23

24 Nesse tipo penal, a conduta envolve a cobrança de tributos (impostos, taxas ou contribuições de melhoria) ou contribuições sociais CORRUPÇÃO PASSIVA CORRUPÇÃO ATIVA PREVARICAÇÃO Tentativa só na modalidade comissiva CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA ADVOCACIA ADMINISTRATIVA Violência Arbitraria - Art. 322 CP foi revogado pela Lei de abuso de autoridade ABANDONO DE FUNÇÃO 24

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