TÍTULO VIII DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TÍTULO VIII DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA"

Transcrição

1 CAPÍTULO I DOS CRIMES DE PERIGO COMUM 1. Incêndio TÍTULO VIII DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA Art Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa Sujeitos do delito O incêndio é crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo proprietário da coisa incendiada. Não faz a lei pátria distinção quanto ao incêndio ser de coisa própria ou alheia. Sujeito passivo do crime de incêndio é a coletividade, o Estado, bem como, individualmente, os titulares dos bens jurídicos lesados ou ameaçados. Todos os que, com é infração, padecem danos pessoais ou patrimoniais ou se virem expostos a perigo de dane são vítimas do incêndio Tipo subjetivo (dolo) O elemento subjetivo do delito previsto no artigo 250 é o dolo: vontade de causar c incêndio e consciência de que este acarretará perigo comum. Se a conduta do agente não foi animada desse elemento subjetivo, se quer na modalidade eventual, imperiosa é a sua desclassificação para incêndio culposo. Não é necessário, porém, que o agente queira causar dano; basta que saiba que há probabilidade de sua superveniência. Atuando o agente com a finalidade específica de matar haverá homicídio Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, o resultado naturalístico, consistente na efetiva ocorrência de dano para alguém) - Havendo o dano, ocorre o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); - instantâneo (cuja consumação não prolonga no tempo, dando-se em momento - de perigo comum concreto (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado) - unissubsistente (aquele que pode ser praticado num único ato) ou fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa na forma plurissubsistente.

2 2. Explosão Art Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa Sujeitos do delito Qualquer pessoa pode cometer o crime em tela. Sujeito passivo, além do Estado, é o titular de qualquer bem jurídico lesado ou posto em risco pela conduta do agente. Tipo subjetivo (dolo) O dolo é a vontade de praticar a ação incriminada (expor a perigo pela explosão, arremesso ou colocação do engenho), estando o agente ciente do risco à incolumidade pública. Comprovado o perigo, é irrelevante que o agente tenha pretendido destruir determinado bem jurídico, não objetivando o perigo concreto; basta que esteja ele ciente do risco. A lei não menciona qualquer finalidade da conduta, sendo ela, portanto, irrelevante Classificação doutrinária - comum (aquele que pode ser cometido por pessoa); - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém) - havendo dano, trata-se de exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente) - comissivo (verbo que implique em ação) e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); - de perigo (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado) - unissubjetivo (aquele que pode ser cometido por um único sujeito) - unisubssistente (praticado num único ato) ou - plurissubsistente (delito cuja ação é composta por vários atos permitindo-se o seu fracionamento), conforme o caso concreto; admite-se tentativa na forma plurissubsistente. 3. Uso de gás tóxico ou asfixiante Art Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa Sujeitos do delito Agente do crime em estudo é qualquer pessoa. Sujeito passivo é a coletividade, o Estado, bem como, individualmente, aqueles que sofrerem risco à sua vida, saúde ou patrimônio Tipo subjetivo (dolo)

3 O dolo é a vontade de usar o gás tóxico ou asfixiante. A finalidade da conduta é irrelevante, salvo se o intuito é de matar alguém, por exemplo, quando ocorre homicídio qualificado consumado ou tentado (art. 121, 2º, inciso III) Classificação doutrinária - comum (aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa) - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado tico, consistente na efetiva existência de dano para alguém). - havendo dano, cuida-se de exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente) - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos o art. 13, 2., CP); - de perigo comum concreto (aquele que coloca um determinado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubjetivo (aquele ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato); - unibssistente (praticado num só ato) ; fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa, na forma plurissubsistente. 4. Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante Art Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua fabricação: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa Sujeitos do delito Sujeito ativo do crime é quem pratica uma das condutas típicas, ou seja, quem fabrica, fornece, adquire, possui ou transporta o explosivo, gás ou material destinado à fabricação daqueles. Responde inclusive o simples operário que produz as substâncias a mando de outrem. Sujeito passivo é a coletividade Tipo subjetivo (dolo) Constitui-se o dolo na vontade de praticar uma ou mais das condutas típicas, respondendo o agente por apenas um crime ainda que adquira e transporte o gás, o explosivo etc. É indispensável que esteja consciente o agente da ausência de licença da autoridade e da possibilidade de criação de perigo comum. Trata-se de tipo anormal em que o elemento normativo está expresso na expressão "sem licença da autoridade". A expressão "sem licença" equivale à expressão técnica "sem autorização". É o "ato administrativo unilateral e discricionário - diz José Cretella Júnior - mediante o qual a Administração faculta ao particular o exercício de atividade, removendo, para tanto, o

4 obstáculo legal impeditivo". Assim, por exemplo, a estocagem de fogos de artifício em local inadequado e sem licença de autoridade competente, configura o crime, que é de perigo abstrato, de que não se pode escusar o agente sob a alegação do desconhecimento da ilicitude do fato. Estando autorizado o fabricante, adquirente, possuidor ou transportador, a conduta não configura o ilícito, ainda quando ocorra perigo para a incolumidade pública, poden do existir, eventualmente, o crime previsto no artigo 132. A finalidade da conduta é indiferente para a lei penal, ocorrendo o delito ainda que o agente não cogite de atentado à incolumidade pública Classificação doutrinária - comum (aquele que pode pessoa); - formal (delito que não exige, para sua consumação, a naturalístico, consistente na efetiva existência de um risco iminente de dano para alguém) ; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente) ; - comissivos (os verbos implicam em ações) e, excepcionalmente, e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); - instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo dando-se em determinado) nas formas "fabricar", "fornecer" e "adquirir; - mas permanente (cuja consumação se prolonga no tempo) nas modalidades "possuir" e transportar ; - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo sendo presumido pelo legislador); - unissubjetivo (delito que pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato) ou fracionamento); conforme o caso concreto não admite tentativa, pois já é uma exceção, onde se pune os atos preparatórios crime de explosão e do uso de gás tóxico ou asfixiante. 5. Inundação Art Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo, ou detenção, de seis meses a dois anos, no caso de culpa Sujeitos do delito Agente do crime é qualquer pessoa que provoque a inundação. Sujeito passivo é a coletividade e, eventualmente, os indivíduos colocados em risco quanto à vida, saúde ou patrimônio Tipo subjetivo (dolo) O dolo é a vontade de provocar inundação, tendo o agente consciência do perigo comum. A finalidade do agente é indiferente para a aplicação do artigo Classificação doutrinária

5 - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém); - havendo dano, ocorrerá o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente) - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2. 0, CP); - de perigo comum concreto (aquele que coloca em risco indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubjetivo (aquele pode ser cometido por um único sujeito); fracionamento); admite tentativa, na forma plurissubsitente e desde que não seja na modalidade culposa. 6. Perigo de inundação Art Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra destinada a impedir inundação: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa Sujeitos do delito Qualquer pessoa pode praticar o crime, mesmo o proprietário do imóvel em que se encontra o obstáculo ou a obra. Expressamente, no caso, a lei se refere a prédio próprio Sujeito passivo é a coletividade e, individualmente, os que tiverem seus bens jurídicos ameaçados pela conduta típica Tipo subjetivo (dolo) O dolo é a vontade de praticar uma das condutas, estando o agente consciente de que pode provocar perigo comum. Havendo o intuito de provocar a inundação estará configurada a tentativa do crime previsto no artigo 254. Não nos parece procedente a opinião de que, havendo inundação, responde o agente por esta, em concurso formal com o tipo culposo do artigo 254. Há, na hipótese, apenas um resultado, que é o perigo comum, haja ou não a inundação e não há que se falar em concurso formal com apenas esse resultado Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém); - havendo dano ocorre o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio de qualquer meio eleito pelo agente);

6 - comissivo (os verbos implicam em ações) e, excepcionalmente, omissivo, ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado nos termos do art. 13, 2., CP); - de perigo comum concreto (aquele que coloca em risco indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubujetivo (aquele que pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado por um só ato) ou - plurissubsistente (delito cuja ação é composta por vários atos, permitindo o seu fracionamento), conforme o caso concreto; não admite tentativa, pois é fase preparatória do crime de inundação, excepcionalmente tipificada. 21. Desabamento ou desmoronamento Art Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa Sujeitos do delito Qualquer pessoa, inclusive o dono do imóvel, pode praticar o crime em apreço. Sujeito passivo é a coletividade e, eventualmente, a pessoa ameaçada ou lesada em sua vida, integridade corporal ou patrimônio Tipo subjetivo (dolo) O dolo do crime em estudo é a vontade de provocar o desabamento ou desmoronamento, ciente o sujeito ativo que haverá perigo para um número indeterminado de pessoas ou bens patrimoniais. Indiferente, para a caracterização do delito, é a finalidade da conduta e que o agente queira a situação de risco Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, não se exige a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém); - Havendo dano, trata-se de exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); - de perigo comum concreto (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubjetivo (aquele pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato) fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa, na forma plurissubsistente.

7 22. Subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento Art Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa Sujeitos do delito Qualquer pessoa pode praticar as condutas previstas no dispositivo, inclusive o proprietário do aparelho ou material de salvamento. Sujeito passivo é, ainda, a coletividade, Os proprietários dos aparelhos e materiais de salvamento, quando não sujeitos ativos podem ser vítimas de outros crimes: furto, dano etc., em concurso formal Tipo subjetivo (dolo) Dolo é a vontade de praticar uma das condutas mencionadas no dispositivo por ocasião dos fatos que podem acarretar danos à coletividade. É indiferente a finalidade da conduta mas, conforme seja, é possível que ocorra outro crime: homicídio, lesões etc. Não instituiu o legislador a modalidade culposa do crime em tela, como ocorre no Código Penal italiano Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, não se exige a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém); - Havendo dano, trata-se de exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); nas formas subtrair, inutilizar, impedir e dificultar, mas; - permanente (cuja consumação se prolonga no tempo) na modalidade ocultar ; - de perigo comum concreto (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubjetivo (aquele pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato); fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa, na forma plurissubsistente. 23. Difusão de doença ou praga Art Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa Sujeitos do delito

8 Sujeito ativo é qualquer pessoa que pratica a conduta típica, não se excluindo (proprietário das plantações, dos animais etc.). Sujeito passivo é o Estado e também o dono dos bens atingidos pela doença ou praga, ou que forem por elas efetivamente colocado em risco Tipo subjetivo (dolo) O dolo do delito em estudo é a vontade de difundir doença ou praga, ciente o agente da nocividade, ou seja, de que possa causar dano. É indiferente a finalidade da conduta Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, não se exige a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém); - Havendo dano, trata-se de exaurimento; - de forma vinculada (só pode ser cometido pelos meios eleitos pelo tipo penal; - é figura qualificada pelo resultado; - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); - de perigo comum concreto (aquele que coloca um ro indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubjetivo (aquele pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato) ; fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa, na forma plurissubsistente. CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS 24. Perigo de desastre ferroviário Art Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro: I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra-de-arte ou instalação; II - colocando obstáculo na linha; III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia; IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa Sujeitos do delito

9 Qualquer pessoa pode praticar o crime em estudo. Sujeito passivo é a coletividade, ou seja, o próprio Estado. Quando ocorre o desastre, também são sujeitos passivos os titulares dos bens jurídicos ofendidos Tipo subjetivo (dolo) O dolo é a vontade de praticar as ações mencionadas nos incisos do artigo 260 para impedir ou perturbar o serviço ferroviário, tendo o agente consciência do perigo de desastre. Pouco importa que o agente tenha ou não o escopo de fazer surgir o perigo ou de ocasionar o desastre, não se exigindo essa finalidade na conduta (dolo específico). De qualquer forma não se reconheceu o ilícito que na prática do chamado "surf ferroviário", em que o praticante viaja sobre a composição por não se reconhecer a vontade de criar situação concreta de desastre ferroviário Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, não se exige a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém); - Havendo dano, trata-se de exaurimento; - de forma vinculada (só pode ser cometido pelos meios eleitos pelo tipo penal; - é forma qualificada pelo resultado; - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); - de perigo comum concreto (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubjetivo (aquele pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato) ; fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa, na forma plurissubsistente. 25. Atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo Art Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea: Pena - reclusão, de dois a cinco anos Sujeitos do delito Qualquer pessoa pode praticar o delito em tela por uma das ações incriminadas. O dispositivo deixa claro que o proprietário do veículo também poderá ser sujeito ativo do crime. Sujeito passivo é a coletividade, ou seja, o próprio Estado. No caso de sinistro as vítimas são também todos os titulares dos bens jurídicos ofendidos Tipo subjetivo (dolo) O dolo é a vontade de praticar uma das condutas: na primeira é a vontade de atentar contra a embarcação ou aeronave, de qualquer forma, ciente o agente de que a expõe a

10 perigo; na segunda, é a de impedir ou dificultar a navegação. A lei, porém, não se refere ao intuito do autor, dispensando-se, portanto, a aferição da finalidade do agente. Havendo o animus necandi, ocorrerá o delito de homicídio Classificação doutrinária Trata-se de crime : - comum (aquele que pode ser cometido por qualquer pessoal); - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico, consistente em ocorrer dano efetivo dano a alguém); - Se houver dano, é o exaurimento; - podendo ocorrer forma qualificada pelo resultado; - de forma livre (pode ser cometido qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2., CP); - de perigo comum concreto (aquele que coloca um indeterminado de pessoas em perigo, mas precisa ser provado); - unissubjetivo (aquele pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato) ; fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa, na forma plurissubsistente. 26. Atentado contra a segurança de outro meio de transporte Art Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento: Pena - detenção, de um a dois anos Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico e somente se forma culposa quando houver desastre ( 2. ) Classificação - formal (crime que não exige para sua consumação, resultado naturalístico consistente em ocorrer dano efetivo dano a alguém); - Havendo dano, ocorre o exaurimento; - de mão livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP);

11 - de perigo comum concreto (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas aos riscos em perigo, que precisa ser provado); fracionamento); admite tentativa. - Crime qualificado pelo resultado: o dolo de perigo, exigível na conduta descrita no caput, somente se compatibiliza com a conduta culposa na conduta seqüencial. Por isso não havendo desastre (acidente de vasta proporção, com grande prejuízo), exige-se, quanto a este, imprudência, negligência ou imperícia, com previsibilidade do resultado. Crime qualificado pelo resultado: trata-se de forma anômala, punindo-se a conduta prevista no caput a título de culpa somente se houver resultado qualificador. 27. Arremesso de projétil Art Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar: Pena - detenção, de um a seis meses Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa e o sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não há elemento subjetivo específico, nem se pune a forma culposa Classificação doutrinária - crime comum (aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa); - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico consistente em gerar efetivo dano para alguém); - Havendo dano, é o exaurimento; -livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão se o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP); - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); - unissubsistente (praticado num único ato) ou - plurissubsistente (é aquele cuja ação é composta por vários atos, permitindo-se o seu fracionamento), conforme caso concreto; admite tentativa na forma plurissubsistente. - Crime qualificado pelo resultado: havendo lesão corporal ou morte, em virtude do lançamento de projétil contra o veículo público em movimento, aplica-se pena grave por conta do resultado qualificador. Tendo em vista que o dolo de perigo, exigível na conduta antecedente ("arremessar"), é incompatível com o dolo de dano, somente é culpa na conduta subseqüente.

12 28. Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública Art Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Inexiste elemento subjetivo específico, não se punindo a forma culposa Classificação doutrinária - crime comum (aquele que pode ser cometido por pessoa); - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico consistente em efetivo dano para alguém); - Ocorrendo dano, trata-se do exaurimento; - de mão livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão se o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP); determinado. - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); - unissubjetivo (aquele que pode ser cometido único sujeito); fracionamento). Não admite tentativa por ser crime de atentado, vale dizer, a lei pune como crime consumado o mero início da execução. Seria, em nosso entender ilógico sustentar a hipótese de "tentativa de tentar". Há posição em sentido contrário, admitindo a tentativa, mas reconhecendo ser de difícil configuração. 28. Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico ou telefônico Art Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento: Pena - detenção, de um a três anos, e multa Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo)

13 É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar risco não tolerado a terceiros. Não há elemento subjetivo específico, nem se pune a conduta culposa Classificação doutrinária - crime comum (aquele que pode ser cometido por pessoa); - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico consistente em efetivo dano para alguém); - Ocorrendo dano, trata-se do exaurimento; comissivo por omissão se o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP); determinado; - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); - unissubjetivo (aquele que pode ser cometido único sujeito); fracionamento). 29. Epidemia CAPÍTULO III DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA Art Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos: Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de ) Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gera: risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico. A forma culposa é prevista no Classificação doutrinária - material (delito que exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente em haver epidemia, algo que, por si só, é atentatório à saúde pública); - de forma vinculada (delito que somente pode ser cometido através da propagação de meios patogênicos); - comissivo (o verbo implica em ação) e, excepcionalmente, omisso impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de impedir o resultado, nos termos do art. 13, 2. 0, CP) ; Há quem sustente ser delito passível de cometimento na forma omissiva (Noronha, Direito penal, v. 4, p. 5; Delmanto, Código P mentado, p. 486), com o que Guilherme Nucci, discorda justificando que causar é dar origem a alguma coisa; parecendo se tratar

14 sempre forma ativa de conduta. A única hipótese viável de omissão é a descrita - e já mencionada - no art. 13, 2., quando o agente tem o dever jurídico de impedir o resultado. - É delito instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo dá-se em momento - de perigo comum concreto (aquele que coloca um indeterminado número de pessoas em perigo, que necessita ser provado). Há voz em sentido do oposto, acolhendo a possibilidade de ser crime de perigo abstrato (Delmanto, Código comentado, p. 486). Mas para Guilherme Nucci: uma vez que o tipo exige que o sujeito provoque o surgimento de urna epidemia. Ora, havendo a disseminação de uma doença rapidamente, numa localidade, é certo que o perigo surgido é concreto. Justifica, ainda, que inexiste possibilidade de muitas pessoas ficarem doentes ao mesmo tempo e isso não ser considerado um perigo efetivo para a saúde pública. Existe, ainda, posição intermediária (Paulo José da Costa Júnior, Direito penal- Curso completo, p. 585), sustentando ser crime, concomitantemente, de dano (para as pessoas lesadas pela doença) e de perigo (para os que não foram atingidos). Guilherme Nucci mantém posição, classificando-o como de perigo concreto, pois o objeto jurídico protegido não é a incolumidade individual, e sim coletiva, além - ser crime contra a saúde pública, e não individual. Logo, a ocorrência da doença em alguns faz parte do perigo concreto determinado pelo tipo penal. Fosse a conduta do agente voltada somente a alguns indivíduos e estaríamos diante de um crime de lesão corporal, cuja pena é muito menor. Quem espalha doença, no entanto, pode terminar condenado a uma pena elevada de 10 anos de reclusão. Portanto, trata-se de um delito de perigo concreto, punido com especial rigor, justamente porque efetivamente atinge pessoas. - unissubsistente (praticado num único ato) ou fracionamento). Conforme o caso concreto; admite tentativa na forma plurissubsistente Art Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) O dolo de perigo, ou seja, a vontade de causar o risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico, nem pune a forma culposa Classificação doutrinária - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico, consistente em gerar efetivo dano a alguém). Havendo dano, ocorre o exaurimento; - de mão livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão se o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP);

15 determinado momento); - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); -unissubjetivo (aquele que pode ser cometido por um único sujeito); -plurissubsistente (delito cuja ação é composta por vários atos, permite-se o seu fracionamento); admite tentativa. 31. Omissão de notificação de doença Art Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa Sujeitos ativo e passivo Sujeito ativo somente pode ser o médico. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se demanda elemento subjetivo específico, nem se pune forma culposa Classificação doutrinária - crime próprio (aquele que demanda sujeito ativo especial ou qualificado); - mera conduta (crime que não possui para sua consumação qualquer resultado naturalístico); - de forma vinculada (crime que só pode ser cometido pelo meio eleito pelo tipo penal, ou seja, através do não envio de notificação à autoridade pública); - omissivo (o verbo implica em omissão); - de perigo comum abstrato (aquele coloca um número indeterminado de pessoas em perigo que é presumido pela lei); unissubsistente (praticado em um único ato); não admite tentativa por se tratar de delito unissubsistente, sem possibilidade de fracionamento do iter criminis. 32. Envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal Art Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo: Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de ) Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade.

16 32.2. Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não existe elemento subjetivo específico. A forma culposa está prevista no Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de um dano para alguém). Se houver o dano ocorre o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito agente); comissivo por omissão se o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP); - instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo, se dando em determinado momento); - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, sendo presumido pelo tipo penal); - unissubjetivo (delito que pode ser cometido por um único sujeito); - unissubsistente (praticado num único ato); fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa, na forma plurissubsistente. 33. Corrupção ou poluição de água potável Art Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a imprópria para consumo ou nociva à saúde: Pena - reclusão, de dois a cinco anos Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico. Pune-se a forma culposa nos termos do parágrafo único Classificação doutrinária - crime comum (aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa); - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico consistente em gerar efetivo dano a alguém). Havendo dano, ocorre o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão se o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP);

17 - instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo, dando-se em - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); - plurissubsistente (delito cuja ação é posta por vários atos, permitindo-se o seu fracionamento); admite tentativa. - Crime permanente: na modalidade ter em depósito o delito é permanente, cuja consumação se prolonga no tempo. 34. Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Art Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico. A forma culposa está prevista no Classificação doutrinária - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de um dano para alguém). Havendo dano, ocorre o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão se o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art , CP); -de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido); fracionamento); admite tentativa Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Art Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de )

18 Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se demanda elemento subjetivo específico, punindo-se a forma culposa no Classificação doutrinária - comum (aquele que pode ser cometido qualquer pessoa); - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém). Ocorrendo é se de exaurimento. - É a figura qualificada pelo resultado de forma livre (pode ser praticado por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (os verbos implicam em ações) ocasionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente: jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2. do CP); -instantâneo (cuja ação se prolonga no tempo, dando-se em momento - de perigo abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei). - Em sentido contrário, sustentando dever existir perigo concreto: Delmanto código Penal comentado, p. 495). Mas reafirma Gulherme Nucci: não há qualquer inconstitucionalidade em admitir o perigo abstrato, que é fruto da experiência auferida pelo legislador, passada à elaboração do tipo penal, prerrogativa sua e não do Poder judiciário. Fosse assim e dever - se- ia exigir, igualmente, perigo concreto de todas as infrações de perigo, pois, se a presunção não pode ser válida para um determinado tipo incriminador não deve sê-lo para os demais. - unissubjetivo (aquele que pode se por um único sujeito); - plurissubsistente (delito cuja ação é composta por vários atos permitindo-se o seu fracionamento); admite tentativa. 36. Emprego de processo proibido ou de substância não permitida Art Empregar, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromática, anti-séptica, conservadora ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo)

19 É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um dano não tolerado a terceiros. Não se demanda elemento subjetivo específico, nem se pune a modalidade culposa Classificação doutrinária - crime comum (aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico, consistente em provocar efetivo dano a alguém). Se houver dano, cuida-se de exaurimento; - de livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (os verbos implicam em ações) ocasionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente: jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2. do CP); determinado) - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); fracionamento); admite tentativa. 37. Invólucro ou recipiente com falsa indicação Art Inculcar, em invólucro ou recipiente de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais, a existência de substância que não se encontra em seu conteúdo ou que nele existe em quantidade menor que a mencionada: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ). Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico, nem se pune a forma culposa Classificação doutrinária - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico consistente em gerar, efetivamente, dano para alguém). Se houver dano, é o exaurimento; - forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (os verbos implicam em ações) ocasionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente: jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2. do CP); -instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo, dando-se em momento

20 - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas perigo, que é presumido pela lei); - plurissubsistente (delito cuja ação é composta por vários atos, permitindo seu fracionamento); admite tentativa. 38. Produto ou substância nas condições dos dois artigos anteriores Art Vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo produto nas condições dos arts. 274 e 275. Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.(redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico, salvo no caso ter em depósito para vender", que demanda a finalidade de guardar objeto para aliená-io a certo preço. Inexiste a forma culposa Classificação doutrinária - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico, consistente em gerar efetivo dano a alguém). Se houver dano, é o exaurimento; - na livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (os verbos implicam em ações) ocasionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente: jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2. do CP); determinado) nas formas "vender" e "entregar", mas permanente (delito cuja consumação se arrasta no tempo) nas modalidades "expor à venda" e "ter em depósito"; - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); fracionamento); admite-se tentativa. 39. Substância destinada à falsificação Art Vender, expor à venda, ter em depósito ou ceder substância destinada à falsificação de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ) Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de ).

21 39.1. Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Exige o tipo penal elemento subjetivo específico, ou seja, a finalidade de atuar, vendendo, colocando à venda, tendo em depósito ou cedendo substância destinada à falsificação. Não se pune a forma culposa Classificação doutrinária - formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico consistente em gerar efetivo dano para alguém). Havendo dano, é o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); - comissivo (os verbos implicam em ações) ocasionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente: jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, 2. do CP); determinado), nas formas "vender" e "ceder", mas - permanente nas modalidades expor a venda e ter em depósito (delito cuja consumação se prolonga no tempo) ; - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido pela lei); - plurissubsistente (aquele cuja ação é composta por vários atos, permitindo-se o seu fracionamento). Cremos admitir tentativa, pois trata-se de fase de preparação dos delitos previstos nos arts. 272 e 273. Note-se que deve ser usado o mesmo raciocínio já exposto por ocasião do delito do :. que é fase preparatória do previsto no art Não teria sentido punir a preparação de um determinado delito - que normalmente não é punível (ver art. 14, li, CP) - como crime autônomo prevendo-se para este também a figura da tentativa. Seria a ilogicidade de punir a tentativa de preparação de um delito que somente é objeto de punição porque, excepcional o legislador construiu um tipo penal para tanto. Assim, ter em depósito substância; e à falsificação de um produto medicinal, não fosse o tipo do art. 277, seria conduta impunível, não podendo ser considerada ato executório do crime do art. 273, porque mera preparação. É incabível, pois, ao intérprete aumentar a exceção criada pelo legislador. 40. Outras substâncias nocivas à saúde pública Art Fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não destinada à alimentação ou a fim medicinal: Pena - detenção, de um a três anos, e multa Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo a sociedade.

22 40.2. Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico, salvo na conduta de ter em depósito", que pede a finalidade de venda. A forma culposa está prevista no parágrafo único Classificação doutrinária - crime comum (aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa); - formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém). Havendo dano cuida-se de exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado nos termos do art. 13, 2. 0, CP); determinado) nas formas "fabricar", "vender" e "entregar, mas: - permanente (crime cuja consumação se arrasta no tempo) nas modalidades "expor a venda" e "ter em depósito"; - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido; - unissubjetivo (aquele que pode se metido por um único sujeito); fracionamento); admite tentativa. 41. Medicamento em desacordo com receita médica Art Fornecer substância medicinal em desacordo com receita médica: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Entende Magalhães Noronha ser crime próprio, ou seja, somente podendo ser o farmacêutico, ou prático (farmacêutico não formado), devidamente autorizado. Assim não nos parece, pois o tipo penal fala simplesmente em "fornecer", o que pode ser feito gratuita ou onerosamente, além do que a substância medicinal pode chegar às mãos de alguém ilicitamente, que a entrega a terceiros, contrariamente ao que dispõe a receita médica, Inclui nesse tipo, o balconista da farmácia, por exemplo. O sujeito passivo é a sociedade Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um dano não tolerado a terceiros. Não se exige elemento subjetivo específico. A forma culposa é prevista no parágrafo único Classificação doutrinária

23 - comum (aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa). Há voz em contrário (ver nota ao sujeito ativo); - formal (delito que não exige para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém). Se houver dano, é o exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado nos termos do art. 13, 2. 0, CP); - de perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de pessoas em perigo, que é presumido); fracionamento); admite tentativa Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica Art Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: Pena - detenção, de seis meses a dois anos Sujeitos ativo e passivo O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, quando se refere ao exercício da profissão de médico, dentista ou farmacêutico. Entretanto, necessita ser médico, dentista ou farmacêutico quando, na segunda parte, faz referência à ultrapassagem dos limites inerentes à profissão. O sujeito passivo é a sociedade. Secundariamente, a pessoa diretamente atingida pela conduta do agente Elemento subjetivo do tipo (dolo) É o dolo de perigo, ou seja, a vontade de gerar um risco não tolerado a terceiros. Não se pune a forma culposa. Exige-se, no entanto, o elemento subjetivo específico, porque se trata de crime habitual, que é a vontade de desempenhar a atividade usualmente, como estilo de vida Classificação doutrinária - comum (aquele que pode ser cometido qualquer pessoa), na primeira parte do tipo, e próprio (delito que exige sujeito ativo especial) ; - segunda parte: formal (delito que não exige, para sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva existência de dano para alguém). Havendo o dano cuida-se de exaurimento; - de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio escolhido pelo agente); comissivo por omissão (quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado nos termos do art. 13, 2. 0, CP);

Direito Penal. Crimes Contra a Incolumidade Pública. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Crimes Contra a Incolumidade Pública. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Crimes Contra a Incolumidade Pública Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CÓDIGO PENAL TÍTULO VIII Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública CAPÍTULO I DOS

Leia mais

Direito Penal. Crimes Contra a Incolumidade Pública

Direito Penal. Crimes Contra a Incolumidade Pública Direito Penal Crimes Contra a Incolumidade Pública Conceito Incolumidade é o estado de preservação ou segurança de pessoas ou coisas em relação a possíveis eventos lesivos. Ao utilizar a expressão incolumidade

Leia mais

Crimes Contra a Incolumidade Pública (continuação)

Crimes Contra a Incolumidade Pública (continuação) LEGALE Crimes Contra a Incolumidade Pública (continuação) Saúde Pública Epidemia Conduta típica: causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos. Núcleo do tipo: causar. Pena: 10 a 15 anos

Leia mais

AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA (ABIN) Prezados Alunos! Aula 6 de Legislação de Interesse da ABIN! Bons Estudos! Ricardo Gomes

AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA (ABIN) Prezados Alunos! Aula 6 de Legislação de Interesse da ABIN! Bons Estudos! Ricardo Gomes AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA (ABIN) Prezados Alunos! Aula 6 de Legislação de Interesse da ABIN! Bons Estudos! Ricardo Gomes QUADRO SINÓPTICO DA AULA: o 5 Parte Especial do Código Penal (Decreto-Lei

Leia mais

Crimes Contra a Incolumidade Pública. (continuação)

Crimes Contra a Incolumidade Pública. (continuação) LEGALE Crimes Contra a Incolumidade Pública (continuação) (270) Envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal Conduta típica: envenenar água potável, de uso comum ou particular,

Leia mais

FACAR FACULDADE DE ARACAJU CURSO DE DIREITO PROTEÇÃO PENAL AO PATRIMÔNIO PROFª. AGTTA CHRISTIE VASCONCELOS

FACAR FACULDADE DE ARACAJU CURSO DE DIREITO PROTEÇÃO PENAL AO PATRIMÔNIO PROFª. AGTTA CHRISTIE VASCONCELOS O CONTEÚDO DESSE ARQUIVO NÃO REPRESENTA FIELMENTE A AULA APRESENTADA PELO PROFESSOR. TRANSCREVO O QUE CONSIGO DIGITAR, CONFORME MEU ENTENDIMENTO SOBRE O QUE FOI PROFERIDO NA SALA DE AULA. ESTELIONATO Art.

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito PERÍODO: 6º Semestre DISCIPLINA: Proteção Penal ao Patrimônio CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas/aula I EMENTA Crimes contra o patrimônio.

Leia mais

TRATADO DE DIREITO PENAL BRASILEIRO

TRATADO DE DIREITO PENAL BRASILEIRO LUIZ REGIS PRADO TRATADO DE DIREITO PENAL BRASILEIRO VOLUME 6 Parte Especial - Arts. 250 a 311-A Crimes contra a incolumidade pública Crimes contra a fé pública THOMSON REUTERS REVISTADOS TRIBUNAIS~ .~

Leia mais

Direito Penal. Profª Mariana B. Barreiras. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material.

Direito Penal. Profª Mariana B. Barreiras. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material. Direito Penal Profª Mariana B. Barreiras Direito Penal Art. inicial Art. final 4.1 Crimes contra a incolumidade pública 250 285 4.2 Crimes contra a paz pública 286 288 4.3 Crimes contra a fé pública 289

Leia mais

Art. 272 FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Art. 272 FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS Art. 272 FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 1. CONCEITO Sob a rubrica, determinada pela Lei n. 9.677/98, Falsificação, Corrupção, Adulteração ou Alteração

Leia mais

Crimes Contra a Incolumidade Pública

Crimes Contra a Incolumidade Pública LEGALE Crimes Contra a Incolumidade Pública Crimes de Perigo Comum Incêndio Conduta típica: causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. Núcleo do tipo: causar

Leia mais

A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico. criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime.

A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico. criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico não pode ser considerada criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime. Excepcionalmente,

Leia mais

Cabe comentar que no tipo em apreço o significado de água potável está em sentido amplo, ou seja, não precisa ser quimicamente pura.

Cabe comentar que no tipo em apreço o significado de água potável está em sentido amplo, ou seja, não precisa ser quimicamente pura. Artigo 270, CP Envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal Art. 270 Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo:

Leia mais

Dos crimes contra a segurança dos meios de comunicação e transporte e outros serviços públicos

Dos crimes contra a segurança dos meios de comunicação e transporte e outros serviços públicos Dos crimes contra a segurança dos meios de comunicação e transporte e outros serviços públicos Perigo de desastre ferroviário Art. 260 Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro: I destruindo, danificando

Leia mais

Art. 274 Emprego de processo proibido ou de substância não permitida

Art. 274 Emprego de processo proibido ou de substância não permitida Art. 274 Emprego de processo proibido ou de substância não permitida Art. 274 - Empregar, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromática,

Leia mais

DIREITO PENAL Profª Márcia Helena Bosch 2º bimestre. Renata Valera. Código Penal - Art. 267 a 285 Lei de Drogas (Lei nº /06) - Art 1º ao 47

DIREITO PENAL Profª Márcia Helena Bosch 2º bimestre. Renata Valera. Código Penal - Art. 267 a 285 Lei de Drogas (Lei nº /06) - Art 1º ao 47 Direito Penal Profa. Márcia Helena Bosch 2º bimestre Renata Valera 1 DIREITO PENAL Profª Márcia Helena Bosch 2º bimestre Renata Valera Código Penal - Art. 267 a 285 Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) - Art

Leia mais

NOÇÕES GERAIS DE PARTE GERAL DO CP E CPP ESSENCIAIS PARA O ENTENDIMENTO DA LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL

NOÇÕES GERAIS DE PARTE GERAL DO CP E CPP ESSENCIAIS PARA O ENTENDIMENTO DA LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL NOÇÕES GERAIS DE PARTE GERAL DO CP E CPP ESSENCIAIS PARA O ENTENDIMENTO DA LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 1. ITER CRIMINIS CAMINHO DO CRIME FASE INTERNA COGITAÇÃO ( irrelevante para direito penal) 2. FASE EXTERNA

Leia mais

EXERCÍCIOS. Crimes contra a saúde pública

EXERCÍCIOS. Crimes contra a saúde pública EXERCÍCIOS Crimes contra a saúde pública 1. Julgue o item a seguir: O crime de envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal, de uso comum ou particular, cujo objeto jurídico

Leia mais

Crimes Contra a Incolumidade Pública. (continuação)

Crimes Contra a Incolumidade Pública. (continuação) LEGALE Crimes Contra a Incolumidade Pública (continuação) Fabrico, fornecimento, aquisição, posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante Conduta típica: fabricar, fornecer, adquirir,

Leia mais

NATAN BATISTA Direito Penal V Resumo e Questões DireitoFacilitado.com.br

NATAN BATISTA Direito Penal V Resumo e Questões DireitoFacilitado.com.br NATAN BATISTA Direito Penal V Resumo e Questões Sumário: Dos Crimes Contra a Família Página 1 1. Introdução Página 1 2. Bigamia (art. 235, CP) Página 1 2.1. Sistematizando Página 4 Página 5 3. Induzimento

Leia mais

DIREITO PENAL 2 BIMESTRE Prof. Simone

DIREITO PENAL 2 BIMESTRE Prof. Simone DIREITO PENAL 2 BIMESTRE Prof. Simone 03/04/2013 Art. 250 A 285 CAPÍTULO IV DOS CRIMES CONTRA O PÁTRIO PODER, TUTELA CURATELA (objetividade jurídica: regular manutenção do poder familiar) Induzimento a

Leia mais

Direito Penal. Lei de crimes hediondos. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei de crimes hediondos. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei de crimes hediondos. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina CF. Art. 5º. (...) XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico

Leia mais

NATAN BATISTA Direito Penal V Resumo e Questões DireitoFacilitado.com.br

NATAN BATISTA Direito Penal V Resumo e Questões DireitoFacilitado.com.br NATAN BATISTA Direito Penal V Resumo e Questões Sumário: Dos Crimes Contra a Família Página 1 1. Introdução Página 1 2. Bigamia (art. 235, CP) Página 1 2.1. Sistematizando Página 4 Página 5 3. Induzimento

Leia mais

S u m á r i o. Capítulo 1 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública...1

S u m á r i o. Capítulo 1 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública...1 S u m á r i o Capítulo 1 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública...1 Capítulo 2 Incêndio...3 1. Introdução... 3 2. Classificação doutrinária... 4 3. Sujeito ativo e sujeito passivo... 5 4. Objeto material

Leia mais

PARTE I DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA

PARTE I DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA Sumário PARTE I DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA 1 Dos crimes contra o casamento 1.1 Bigamia 1.1.1 Generalidades 1.1.2 Conceito 1.1.3 Objetividade jurídica 1.1.4 Sujeito ativo 1.1.5 Sujeito passivo 1.1.6 Tipo

Leia mais

CONCURSO ABIN 2014 Aulas 15 a 17 CÓDIGO PENAL

CONCURSO ABIN 2014 Aulas 15 a 17 CÓDIGO PENAL CONCURSO ABIN 2014 Aulas 15 a 17 CÓDIGO PENAL PROF. DR. JOANISVAL GONÇALVES www.joanisval.com DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Código Penal.... DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS

Leia mais

TJ - SP Direito Penal Dos Crimes Praticados Por Funcionários Públicos Emerson Castelo Branco

TJ - SP Direito Penal Dos Crimes Praticados Por Funcionários Públicos Emerson Castelo Branco TJ - SP Direito Penal Dos Crimes Praticados Por Funcionários Públicos Emerson Castelo Branco 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO

Leia mais

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE Sistema Único de Saúde - SUS: Constituição Federal, Lei Orgânica da Saúde - Lei nº 8.080 de 1990 e outras normas Parte 23 Profª. Tatiane da Silva Campos Urgência PORTARIA

Leia mais

(...) SEÇÃO III DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO SISTEMA INFORMÁTICO

(...) SEÇÃO III DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO SISTEMA INFORMÁTICO SEÇÃO III DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO SISTEMA INFORMÁTICO Artigo 150-A - Para efeitos penais, considera-se: a) sistema informático : qualquer dispositivo ou o conjunto de dispositivo, interligados

Leia mais

Crimes Contra a Incolumidade Pública

Crimes Contra a Incolumidade Pública LEGALE Crimes Contra a Incolumidade Pública Crimes de Perigo Comum Incêndio Conduta típica: causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. Núcleo do tipo: causar

Leia mais

Direito Penal. Roubo e Extorsão

Direito Penal. Roubo e Extorsão Direito Penal Roubo e Extorsão Roubo Impróprio Art. 157, 1, do CP Na mesma pena (do caput - reclusão de 4 a 8 anos, e multa) incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa

Leia mais

ÍNDICE. Sobre o autor... Abreviaturas... Título VI DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL

ÍNDICE. Sobre o autor... Abreviaturas... Título VI DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL ÍNDICE Sobre o autor.................... Abreviaturas................................... 5 7 Título VI DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL Art. 213 - Estupro............

Leia mais

Direito Penal. Consumação e Tentativa

Direito Penal. Consumação e Tentativa Direito Penal Consumação e Tentativa Crime Consumado Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (art. 14, I, CP); Realização plena dos elementos constantes do tipo legal; Crime Consumado

Leia mais

Coleção Sinopses para Concursos Guia de leitura da Coleção... 35

Coleção Sinopses para Concursos Guia de leitura da Coleção... 35 Sumário Coleção Sinopses para Concursos... 33 Guia de leitura da Coleção... 35 Capítulo I DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA... 37 1. DOS CRIMES DE PERIGO COMUM... 40 1.1. INCÊNDIO... 40 1. Bem jurídico...

Leia mais

Classificação das Infrações Penais.

Classificação das Infrações Penais. Classificação das Infrações Penais Cynthiasuassuna@gmail.com Classificação das Infrações Penais Tripartida As infrações penais classificam-se, de acordo com sua gravidade em: CRIMES, DELITOS E CONTRAVENÇÕES

Leia mais

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei de drogas Lei 11.343/2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar

Leia mais

Capítulo 1 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública...1. Capítulo 2 Incêndio...3

Capítulo 1 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública...1. Capítulo 2 Incêndio...3 S u m á r i o Capítulo 1 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública...1 Capítulo 2 Incêndio...3 1. Introdução... 3 2. Classificação doutrinária... 4 3. Sujeito ativo e sujeito passivo... 5 4. Objeto material

Leia mais

Perigo de desastre ferroviário

Perigo de desastre ferroviário 1 CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS Perigo de desastre ferroviário Art. 260. Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro: I

Leia mais

Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha)

Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha) TEORIA DO DELITO Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha) b) Critério Bipartido ( Alemanha, Itália) Espécies

Leia mais

Sumário. Coleção Sinopses para Concursos Guia de leitura da Coleção... 35

Sumário. Coleção Sinopses para Concursos Guia de leitura da Coleção... 35 Sumário Coleção Sinopses para Concursos... 33 Guia de leitura da Coleção... 35 Capítulo I DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA... 37 1. DOS CRIMES DE PERIGO COMUM... 40 1.1. INCÊNDIO... 40 1. Bem jurídico...

Leia mais

16/09/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal IV

16/09/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal IV DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 12ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 1 SUPRESSÃO OU ALTERAÇÃO DE MARCA EM ANIMAIS Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado

Leia mais

Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase

Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase Iter Criminis Período 2004-2016 1) FCC Técnico - MPE SE (2013) Por si própria, a conduta de premeditar um crime de homicídio

Leia mais

Substitua-se o Projeto pelo seguinte:

Substitua-se o Projeto pelo seguinte: Substitutivo do Senado ao Projeto de Lei da Câmara nº 89, de 2003 (PL nº 84, de 1999, na Casa de origem), que Altera o Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal e a Lei nº 9.296, de

Leia mais

Crimes Contra a Família

Crimes Contra a Família LEGALE Crimes Contra a Família O Código Penal protege a família trazendo condutas incriminadoras dos artigos 236 a 249 Bigamia Contrair alguém, sendo casado, novo casamento Pena - reclusão, de dois a seis

Leia mais

Direito Penal. Estelionato e Receptação

Direito Penal. Estelionato e Receptação Direito Penal Estelionato e Receptação Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.

Leia mais

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL Prof. Hélio Ramos DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Sedução - Art. 217: REVOGADO lei 11.106/2005. Estupro de vulnerável

Leia mais

Direito Penal. Dano e Apropriação Indébita

Direito Penal. Dano e Apropriação Indébita Direito Penal Dano e Apropriação Indébita Dano Art. 163 do CP: Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. - Infração penal de menor potencial

Leia mais

DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 1. Usurpação de função pública O crime é, em regra, praticado por particular (aquele que não exerce função pública), mas parte da doutrina

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes simples: são aqueles de conteúdo puro, sem qualquer circunstância que aumente ou diminua sua gravidade. Exemplo: homicídio simples, furto e roubo simples, etc. Crimes qualificados:

Leia mais

ATRIBUIÇÃO. Investiga no âmbito da Capital: A) Saúde do Trabalhador

ATRIBUIÇÃO. Investiga no âmbito da Capital: A) Saúde do Trabalhador DECRISA O DECRISA é uma Delegacia de Polícia que tem por atribuição operacionalizar as atividades inerentes à Polícia Judiciária na investigação de crimes praticados contra saúde pública e saúde do trabalhador.

Leia mais

EXCLUSÃO DE ATO DOLOSO E OS CUSTOS DE DEFESA NO D&O

EXCLUSÃO DE ATO DOLOSO E OS CUSTOS DE DEFESA NO D&O EXCLUSÃO DE ATO DOLOSO E OS CUSTOS DE DEFESA NO D&O A exclusão de atos lesivos, anula a cobertura criminal do seguro D&O? Vamos estudar algumas tipificações criminais que causam sinistros no seguro D&O

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Crimes

Direito Penal. Concurso de Crimes Direito Penal Concurso de Crimes Distinções Preliminares Concurso de crimes ou delitos X Concurso de pessoas ou agentes X Concurso de normas ou conflito aparente de normas penais - Concurso de crimes ou

Leia mais

Sumário. 1. CRIMES DE PERIGO COMUM INCÊNDIO Bem jurídico Sujeitos... 47

Sumário. 1. CRIMES DE PERIGO COMUM INCÊNDIO Bem jurídico Sujeitos... 47 Sumário Capítulo I CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA... 33 1. CRIMES DE PERIGO COMUM... 33 1.1. INCÊNDIO... 33 1. Bem jurídico... 34 2. Sujeitos... 34 3. Tipo objetivo... 34 4. Tipo subjetivo... 35

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale ESTATUTO DO DESARMAMENTO (CRIMES) A Lei 10.826/03 trata do Estatuto do Desarmamento Além de todas as regras referentes a armas (quem concede licenças, quem pode portar,

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática Professor: Rodrigo J. Capobianco LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI DE DROGAS * A Lei 11.343/06 trata do assunto drogas ilícitas A mencionada lei pode ser

Leia mais

LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/1990)

LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/1990) LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/1990) Art. 5º XLIII CF - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas

Leia mais

Direito Penal. Código de Trânsito

Direito Penal. Código de Trânsito Direito Penal Código de Trânsito Código de Trânsito Lei n. 9.503/97 CTB traz diversos dispositivos, na grande maioria, de natureza extrapenal. Regulamenta o trânsito, normas, infrações administrativas,

Leia mais

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL EM POLICIAMENTO AMBIENTAL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL EM POLICIAMENTO AMBIENTAL CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL EM POLICIAMENTO AMBIENTAL Módulo: Outros Crimes e Infrações Administrativas Ambientais Aula 01: Infrações Ambientais e Crimes relativos à Balões Professor: 1º Ten PM

Leia mais

Direito Penal. Art. 130 e Seguintes

Direito Penal. Art. 130 e Seguintes Direito Penal Art. 130 e Seguintes Artigos 130 e 131 Perigo de Contágio Venéreo (Art. 130) e Perigo de Contágio de Moléstia Grave (Art. 131) - Crimes de perigo individual (e não de perigo comum); - A consumação

Leia mais

SUMÁRIO. RGDP_00.indd 11 02/04/ :45:49

SUMÁRIO. RGDP_00.indd 11 02/04/ :45:49 SUMÁRIO CONTENTS INCÊNDIO (ART. 250 DO CP) Introdução...2 Classificação doutrinária...2 Sujeito...3 Objeto material...3 Bem juridicamente protegido...3 Consumação e tentativa...3 Elemento subjetivo...3

Leia mais

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães Art. 159 "Aquele que por ação ou omissão voluntária ou involuntária, negligência, ou imprudência violar direito ou

Leia mais

Dubiedade De Interpretação No Código Penal Artigo 251, 1º

Dubiedade De Interpretação No Código Penal Artigo 251, 1º BuscaLegis.ccj.ufsc.br Dubiedade De Interpretação No Código Penal Artigo 251, 1º Paulo Roberto Felipe Marques Estudante de Direito da Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais. Assessor de Inteligência

Leia mais

Capítulo 1 Dos Crimes contra a Dignidade Sexual...1

Capítulo 1 Dos Crimes contra a Dignidade Sexual...1 S u m á r i o Capítulo 1 Dos Crimes contra a Dignidade Sexual...1 1. Introdução... 1 2. Atendimento obrigatório e integral a pessoas em situação de violência sexual... 5 Capítulo 2 Estupro...11 1. Introdução...11

Leia mais

TEORIA JURÍDICA DO DELITO

TEORIA JURÍDICA DO DELITO PEDRO KREBS Mestre em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), é professor de Direito Penal nessa universidade, na Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do

Leia mais

Sumário 1. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

Sumário 1. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL Sumário 1. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 1.1. Crimes contra os costumes versus crimes contra a dignidade sexual 1.2. Dos crimes contra a liberdade sexual 1.2.1. Art. 213 Estupro 1.2.1.1. Dispositivo

Leia mais

CRIMES AMBIENTAIS. Conduta omissiva (deixar de impedir); Conduta comissiva (poderia agir para impedir).

CRIMES AMBIENTAIS. Conduta omissiva (deixar de impedir); Conduta comissiva (poderia agir para impedir). Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 04/12/2018 CRIMES AMBIENTAIS. Concurso de agentes: o crime ambiental poderá ser praticado em autoria, coautoria e participação, de modo mono subjetivo

Leia mais

Código Penal Português (extractos) 1982, 1986 e Anexo I

Código Penal Português (extractos) 1982, 1986 e Anexo I Código Penal Português (extractos) 1982, 1986 e 1995 Anexo I EXTRACTOS DO CÓDIGO PENAL PORTUGUÊS DE 1982 CAPÍTULO III Dos crimes de perigo comum SECÇÃO I Dos incêndios, explosões, radiações e outros crimes

Leia mais

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei de drogas Lei 11.343/2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina DOS CRIMES E DAS PENAS Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer,

Leia mais

A segurança pública e a incolumidade pública.

A segurança pública e a incolumidade pública. resumos GráFicOs De Leis penais especiais DOs crimes e Das penas posse irregular de arma de fogo de uso permitido art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Crime consumado (art. 14, I, CP) O crime será consumado quando nele se reunirem todos os elementos de sua definição legal, p.ex.: o crime de homicídio se consuma com a morte da vítima, pois é um crime

Leia mais

Direito Penal. Crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente. Parte 6. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente. Parte 6. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente. Parte 6. Prof.ª Maria Cristina Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio

Leia mais

PARTE I DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA... 1

PARTE I DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA... 1 PARTE I DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA... 1 1 Dos crimes contra o casamento... 3 1.1 Bigamia... 3 1.1.1 Generalidades... 3 1.1.2 Conceito... 3 1.1.3 Objetividade jurídica... 4 1.1.4 Sujeito ativo... 4 1.1.5

Leia mais

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas privativas de liberdade. Prof.ª Maria Cristina Cálculo da pena Art. 68 A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código, em seguida serão consideradas as circunstâncias

Leia mais

LEI DE 2016 LEI DO ANTITERRORISMO

LEI DE 2016 LEI DO ANTITERRORISMO LEI 13.260 DE 2016 LEI DO ANTITERRORISMO Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5 o da Constituição Federal, disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e

Leia mais

PROVA ABIN OFICIAL DE INTELIGÊNCIA - ÁREA 1 QUESTÕES DE DIREITO PENAL Prof. Douglas Vargas

PROVA ABIN OFICIAL DE INTELIGÊNCIA - ÁREA 1 QUESTÕES DE DIREITO PENAL Prof. Douglas Vargas PROVA ABIN OFICIAL DE INTELIGÊNCIA - ÁREA 1 QUESTÕES DE DIREITO PENAL Prof. Douglas Vargas Questão 141 - No caso de entrar em vigor lei penal que inova o ordenamento jurídico ao prever como crime conduta

Leia mais

DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA

DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA CAPÍTULO I DA MOEDA FALSA Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de

Leia mais

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 7 Crimes Omissivos

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 7 Crimes Omissivos Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 7 Crimes Omissivos 1. Conceito Jurídico-Penal De Omissão Omissão não é inércia, não é não-fato, não é a inatividade corpórea, não é, em suma, o simples não

Leia mais

Tempo do Crime. Lugar do Crime

Tempo do Crime. Lugar do Crime DIREITO PENAL GERAL Professores: Arnaldo Quaresma e Nidal Ahmad TEORIA GERAL DA NORMA Tempo do Crime Lugar do Crime Art. 4º, CP: teoria da atividade. Considerado praticado o crime no momento da ação ou

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s) Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 80 h/a Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

Professor Sandro Caldeira Dos Crimes contra a Fé Pública

Professor Sandro Caldeira Dos Crimes contra a Fé Pública Professor Sandro Caldeira Dos Crimes contra a Fé Pública CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL Falso reconhecimento de firma ou letra Art. 300 CP- Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública,

Leia mais

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CÓDIGO PENAL TÍTULO II Do Crime Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art.

Leia mais

DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA...

DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA... Capítulo I DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA... 37 1. DOS CRIMES DE PERIGO COMUM... 37 1.1. INCÊNDIO... 37 1. Bem jurídico... 38 2. Sujeitos... 38 3. Tipo objetivo... 38 4. Tipo subjetivo... 39

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo I - Generalidades.

SUMÁRIO. Capítulo I - Generalidades. STJ00056864 SUMÁRIO Apresentação....... IX Capítulo I - Generalidades. I Capítulo 11 Princípios Fundamentais do Direito Penal 3 Capítulo III - Do Crime................. 7 Capítulo IV Conflito Aparente

Leia mais

1. Introdução Atendimento obrigatório e integral a pessoas em situação de violência sexual... 5

1. Introdução Atendimento obrigatório e integral a pessoas em situação de violência sexual... 5 S u m á r i o Capítulo 1 Dos Crimes contra a Dignidade Sexual...1 1. Introdução... 1 2. Atendimento obrigatório e integral a pessoas em situação de violência sexual... 5 Capítulo 2 Estupro...11 1. Introdução...11

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDO DIREITO PENAL : PARTE ESPECIAL. Prof. Joerberth Pinto Nunes. Crimes contra a Administração Pública

ROTEIRO DE ESTUDO DIREITO PENAL : PARTE ESPECIAL. Prof. Joerberth Pinto Nunes. Crimes contra a Administração Pública ROTEIRO DE ESTUDO DIREITO PENAL : PARTE ESPECIAL Prof. Joerberth Pinto Nunes Crimes contra a Administração Pública 01) art. 312, CP -Espécies : caput : peculato-apropriação e peculato-desvio -Parágrafo

Leia mais

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Código

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Resultado O resultado naturalístico consiste na modificação do mundo exterior provocado pela conduta. Nem todo crime possui resultado naturalístico, uma vez que há infrações penais que não produzem qualquer

Leia mais

Conduta. Conceito É a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinado fim (Damásio)

Conduta. Conceito É a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinado fim (Damásio) LEGALE CONDUTA Conduta Conceito É a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinado fim (Damásio) Conduta Características - Humana - Repercussão externa - Dirigida a um fim - Manifestação da

Leia mais

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia 1) O indivíduo B provocou aborto com o consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática

Leia mais

Direito Penal III. Os crimes pertencentes a este capítulo protegem a liberdade individual das pessoas. O capítulo é dividido em quatro seções:

Direito Penal III. Os crimes pertencentes a este capítulo protegem a liberdade individual das pessoas. O capítulo é dividido em quatro seções: Aula 11 25/04/2012 2.6 DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL Os crimes pertencentes a este capítulo protegem a liberdade individual das pessoas. O capítulo é dividido em quatro seções: 1. Dos crimes

Leia mais

CRIMES - FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA ADMINISTRAÇÃO

CRIMES - FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA ADMINISTRAÇÃO CRIMES - FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA ADMINISTRAÇÃO www.trilhante.com.br 1 HABEAS DATA: CRIMES RESUMO PRATICADOS PRÁTICO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO www.trilhante.com.br 1. Crimes praticados

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal O Erro e suas espécies Erro sobre elementos do tipo (art. 20, CP) Há o erro de tipo evitável e inevitável. Caso se trate de erro de tipo inevitável, exclui-se o dolo e a culpa. No entanto, se o erro for

Leia mais

PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal

PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal LEGALE Lesões corporais as lesões corporais não atacam a vida da pessoa e sim a sua integridade corporal. É por isso que as lesões corporais seguidas de morte não são julgadas pelo Júri. As lesões podem

Leia mais

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR (arts. 299 a 318)

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR (arts. 299 a 318) DIREITO PENAL MILITAR CFSD superior CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR (arts. 299 a 318) Prof. Rogério DESACATO A MILITAR Art. 299. Desacatar militar no exercício de função de natureza militar ou em

Leia mais

Direito Penal. Furto e Roubo

Direito Penal. Furto e Roubo Direito Penal Furto e Roubo Furto Art. 155 do CP Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Pena reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Furto Objetividade Jurídica: Patrimônio. Sujeito

Leia mais

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA Pressupostos da responsabilidade civil extracontratual (CC/02, art. 186) Conduta culposa Nexo causal Dano 1. A conduta - Conduta é gênero, de que são espécies:

Leia mais

sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO TEORIA GERAL DO CRIME...

sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO TEORIA GERAL DO CRIME... sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL... 12 1.1 Princípios Constitucionais do Direito Penal... 12 1.2 Princípios Modernos do Direito Penal... 15 1.3 Características Gerais do Direito

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental. Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 11. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental. Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 11. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 11 Prof. Rodrigo Mesquita Seção III Da Poluição e outros Crimes Ambientais Art. 54. Causar poluição de qualquer

Leia mais