IRAR INTERVENÇÕES PÚBLICAS DE 2008

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1 IRAR INTERVENÇÕES PÚBLICAS DE 2008 IRAR INTERVENÇÕES PÚBLICAS DE 2008 Centro Empresarial Torres de Lisboa Rua Tomás da Fonseca, Torre G - 8.º Lisboa Telefone: Fax: irar.geral@irar.pt OBRA _INTERVENÇÕES PÚBLICAS_2008 AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

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3 IRAR INTERVENÇÕES PÚBLICAS DE 2008 Intervenções Públicas de 2008 I

4 Ficha Técnica Coordenação da edição Título INTERVENÇÕES PÚBLICAS DE 2008 Edição Jaime Melo Baptista e Álvaro Carvalho ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS Data Maio de 2011 Design Gráfico Dimensão 6 Comunicação, Design, Publicidade, Lda. Lisboa Revisão Libri Faber, Serviços Editoriais, Lda. Produção EUROPRESS, Editores e Distribuidores de Publicações, Lda. Tiragem 600 exemplares ISSN Depósito Legal /11 II IRAR

5 Prefácio A ERSAR, que sucedeu nas suas atribuições ao Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) enquanto entidade reguladora das entidades gestoras concessionárias de serviços de abastecimento público de água às populações, de saneamento das águas residuais urbanas e de gestão dos resíduos sólidos urbanos, tem como um dos seus objectivos estratégicos promover uma cultura regulatória junto não apenas dessas entidades mas também do meio técnico e científico e da sociedade em geral. Essa cultura deve ter sempre presente o facto de a actuação da entidade reguladora incidir sobre serviços públicos de interesse geral, essenciais ao bem estar, à saúde pública e à segurança colectiva das populações, às actividades económicas e à protecção do ambiente. É um objectivo nacional servir, de forma regular e contínua, a maior percentagem possível da população, com um elevado nível de serviço, a um preço eficiente e justo e dentro de uma perspectiva ambientalmente sustentável. Na verdade, no actual estágio de desenvolvimento de Portugal, a consolidação da regu Intervenções Públicas de 2008 III

6 lação que se deve naturalmente pautar por princípios de competência, isenção, imparcialidade e transparência é urgente e imprescindível ao crescimento harmonioso do sector, constituindo um verdadeiro indicador de transição no País da actual fase de grande investimento infra estrutural para uma nova fase de estabilização no investimento e de promoção de uma elevada qualidade de serviço a preços eficientes prestado aos utilizadores. Uma das formas de promover essa cultura e contribuir para a transparência é comunicar com a sociedade civil e demais agentes através de artigos em publicações, comunicações a eventos técnicos, entrevistas à comunicação social e notas de imprensa, dando a conhecer os aspectos anteriormente referidos, bem como o papel da regulação. Entendeu assim o Conselho Directivo editar os artigos, as comunicações e as entrevistas mais relevantes da autoria dos dirigentes e técnicos, bem como as notas de imprensa, compilando num documento toda a diversidade de intervenções realizadas em 2008 pelo então IRAR. Faz se notar que são sempre referidas as entidades e/ou os eventos que solicitaram essas intervenções e, no que respeita às entrevistas, é editada a versão original das respostas escritas às questões colocadas, sem considerar posteriores alterações introduzidas por razões editoriais ou jornalísticas. Uma vez que a generalidade dos textos aborda temáticas idênticas ou semelhantes, é natural que em algumas delas exista uma sobreposição de conteúdos. Ainda assim, optou se pela publicação integral. Jaime Melo Baptista (Presidente do Conselho Directivo da ERSAR) Fernanda Maçãs (Vogal do Conselho Directivo da ERSAR) Carlos Lopes Pereira (Vogal do Conselho Directivo da ERSAR) IV IRAR

7 Intervenções públicas 2008 Índice 1. ÁGUA DA TORNEIRA OU ÁGUA ENGARRAFADA? IRAR DESENVOLVE ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO PÚBLICA DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS INQUÉRITO À PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES TARIFÁRIO DA ÁGUA PARA O GRANDE PORTO ALTERAÇÃO DA LEI DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS ENTREVISTA ALTERAÇÃO DA LEI DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS QUALIDADE DA ÁGUA NO SARDOAL O IRAR E O AMBIENTE ÁGUA ENGARRAFADA E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DEPOIMENTO PERDAS DE ÁGUA TAXA DE DISPONIBILIDADE PROCESSO DE DEVOLUÇÃO DAS CAUÇÕES DE ÁGUA ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS Que água bebem os portugueses A MISSÃO DO IRAR SUSTENTABILIDADE INFRA ESTRUTURAL DOS SISTEMAS A PROTECÇÃO DAS ORIGENS DE ÁGUA A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO Intervenções Públicas de 2008 V

8 21. SISTEMAS DE ESCOAMENTO DE ÁGUAS DA CHUVA O ALARGAMENTO DA INTERVENÇÃO REGULATÓRIA DO INSTITUTO REGULADOR DE ÁGUAS E RESÍDUOS ENTREVISTA AVERAGE PRICE FOR WATER AND SANITATION SERVICES IN PORTUGAL PREFÁCIO QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL PREFÁCIO DO IRAR ALUGUER DE CONTADOR ALUGUER DE CONTADOR REDES DE ÁGUA E ESGOTOS PREÇO DA ÁGUA PARA CONSUMO DOMÉSTICO SUBSTITUIÇÃO DO ALUGUER DE CONTADOR POR TARIFA DE DISPONIBILIDADE SUBSTITUIÇÃO DO ALUGUER DE CONTADOR POR TARIFA DE DISPONIBILIDADE WATER SAFETY PLANS: GLOBAL EXPERIENCES AND FUTURE TRENDS O FIM DO ALUGUER DO CONTADOR NÃO IMPEDE COBRAR TAXAS DE DISPONIBILIDADE TAXAS DO IRAR NOVA LEI DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS NOVA TAXA PARA OS SERVIÇOS DA ÁGUA CAREER GUIDE DIREITOS DOS CONSUMIDORES VI IRAR

9 41. A FORMAÇÃO DOS TARIFÁRIOS NOS SERVIÇOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS THE PORTUGUESE EXPERIENCE ON THE REGULATION OF THE WATER SERVICES A FORMAÇÃO DOS TARIFÁRIOS NOS SERVIÇOS DE ÁGUAS ABASTECIMENTO A PAÇOS DE FERREIRA O CRÓMIO NA ÁGUA AUDITORIA AO TRIBUNAL DE CONTAS A QUALIDADE DOS SERVIÇOS REGULADOS DE ÁGUAS E AS POLÍTICAS TARIFÁRIAS TAXA DOS RECURSOS HÍDRICOS TARIFAS DOS SISTEMAS MULTIMUNICIPAIS DÉFICE TARIFÁRIO NOS SERVIÇOS DE ÁGUAS ENCARGOS DOS UTILIZADORES FINAIS DOMÉSTICOS COM OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS EM ENCARGOS DOS UTILIZADORES FINAIS DOMÉSTICOS COM OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS EM ENCARGOS DOS UTILIZADORES FINAIS DOMÉSTICOS COM OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS EM ENCARGOS DOS UTILIZADORES FINAIS DOMÉSTICOS COM OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS EM ENTREVISTA Expo Água TARIFAS FIXAS (OU DE DISPONIBILIDADE) E VARIÁVEIS (OU DE UTILIZAÇÃO) NOS SERVIÇOS DE ÁGUAS Intervenções Públicas de 2008 VII

10 58. A PROGRAMMATIC PERSPECTIVE ON ASSET MANAGEMENT FROM THE NATIONAL TO THE UTILITY LEVEL THE CASE OF PORTUGAL AUMENTO DAS TARIFAS DE ÁGUA COMO DEFINIR OS TARIFÁRIOS NOS SERVIÇOS DE ÁGUAS? AVALIAÇÃO DO IMPACTO REGULATÓRIO DAS ENTIDADES REGULADORAS DO AMBIENTE E ENERGIA IRAR CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DA SIMLIS Planos de Segurança da Água em Portugal: Implementação e Regulamentação APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL SOBRE O CONTROLO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO EM PORTUGAL REFERENTE AO ANO DE Proteger os interesses dos consumidores A qualidade da água para consumo humano PRÉMIOS DE QUALIDADE DE SERVIÇO EM ÁGUAS E RESÍDUOS GESTÃO INTEGRADA DA ÁGUA EM PORTUGAL: ENVOLVER OS AGENTES, ESTABELECER SINERGIAS IMPLICAÇÕES DA NOVA LEI DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS CARACTERIZAÇÃO DO IRAR THE REGULATION OF THE WATER SERVICES IN PORTUGAL SISTEMA DE ROTULAGEM DE EFICIÊNCIA HÍDRICA METALS AND RELATED SUBSTANCES IN DRINKING WATER O MARCO REGULATÓRIO DO IRAR VIII IRAR

11 75. ENCARGOS DOS UTILIZADORES FINAIS DOMÉSTICOS COM OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS EM 2007 EM BARCELOS THE REGULATION OF WATER AND WASTEWATER SERVICES IN EUROPE INICIATIVA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE ETA E ETAR URBANAS BRUXELAS ADVERTE PORTUGAL POR INCUMPRIMENTO DA DIRECTIVA 80/778/CEE SOBRE ÁGUA POTÁVEL º ANIVERSÁRIO DO JORNAL ÁGUA & AMBIENTE PLANOS DE SEGURANÇA DE ÁGUA DEVOLUÇÃO DAS CAUÇÕES NO FORNECIMENTO DE ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO O ACESSO A UM SANEAMENTO MELHOR É UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUAS E A SUA EVOLUÇÃO QUESTÕES SOBRE A ÁGUA DA TORNEIRA Água da torneira: água de confiança AUMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUAS PARA Intervenções Públicas de 2008 IX

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13 Pedido de informação pela jornalista Ana Cristina Ferreira do jornal Água & Ambiente, em 7 de Janeiro de ÁGUA DA TORNEIRA OU ÁGUA ENGARRAFADA? Jaime Melo Baptista Presidente do Conselho Directivo do IRAR Dulce Álvaro Pássaro Vogal do Conselho Directivo do IRAR João Simão Pires Vogal do Conselho Directivo do IRAR Na sequência de uma conversa que o Eng.º Jaime Melo Baptista teve connosco, queremos fazer um artigo que reflicta sobre a hipótese de Portugal poder seguir o exemplo de algumas cidades norte americanas, como São Francisco, Los Angeles e Nova Iorque, em que ficou estabelecida a proibição de comprar água engarrafada no trabalho como forma de poupar energia. Acha que esta medida faria sentido em Portugal? Justifica se a proibição de comprar água engarrafada, e em que situações? Sem prejuízo de situações específicas que se referem adiante, não creio que se deva ir por esse caminho na generalidade das situações, pois o cidadão deve ter o direito de optar pelo produto que preferir. Mas essa opção deve no entanto basear se num clara consciência individual das vantagens e inconvenientes associados, o que frequentemente não acontece. Efectivamente, o elevado consumo de água engarrafada parece estar associado essencialmente a dois factores, o primeiro dos quais Intervenções Públicas de

14 é a eventual menor confiança na qualidade da água da rede que alguns consumidores possam ter. Há no entanto que deixar claro que a qualidade da água para consumo humano está a melhorar em Portugal de forma consistente há vários anos e atingimos hoje uma situação muito satisfatória na esmagadora maioria dos sistemas de distribuição. São indicadores claros os seguintes factos: 100% das entidades gestoras dispõem actualmente de planos de controlo de qualidade da água, estão já a realizar a quase totalidade das análises exigidas por lei (perto de 99%) e a percentagem de cumprimento dos valores paramétricos atinge mais de 97%, o que se pode considerar uma boa situação em qualquer parte do mundo. Não será portanto por uma questão de qualidade que o cidadão deve optar por água engarrafada. É natural que alguns consumidores possam não apreciar o gosto de uma água desinfectada, em geral por cloragem, mas ela é necessária para assegurar que a água mantém a sua qualidade ao longo do longo trajecto entre a captação e a torneira. O segundo factor parece ser o desejo de consumir um produto diferenciado, como é o caso da água engarrafada de nascente ou da água com gás, que não sendo necessariamente de melhor qualidade, tem sabor e imagem distintivas. As iniciativas de marketing e inovação relativamente ao produto água engarrafada também contribuem naturalmente para estimular o seu consumo. Quanto a isto, como referido atrás, o cidadão deve ser livre de optar pelo produto que preferir, mesmo que ele seja incomparavelmente mais caro. Associado a este factor, tem se assistido nas últimas décadas a uma tendência nas actividades de restauração para não ser disponibilizada aos clientes a opção de consumirem água da torneira, eventualmente como forma de melhorarem a receita média por cliente. Embora tal medida possa ser entendida do ponto de vista empresarial, não deixa de ser penalizadora da liberdade de escolha oferecida aos consumidores. Mas há ainda uma outra valência do problema extremamente importante e frequentemente esquecida. Quem consome água 2 IRAR

15 engarrafada deve estar ciente de que provoca um impacto no ambiente muito significativo, que resulta do maior consumo de energia para a produção da embalagem e para o seu transporte, entre regiões, países ou mesmo continentes, e da geração de resíduos de embalagem que é necessário transportar e dar destino final adequado, nomeadamente a reciclagem. Ainda muito recentemente, nos Estados Unidos, um editorial do jornal The New York Times afirmava que Este país dispõe de um dos melhores fornecimentos de água pública do mundo. Ao invés de consumir 15 mil milhões de litros por ano de água engarrafada individual, nós deveríamos começar a pensar o que essas garrafas fazem à terra. Segundo o Earth Policy Institute, são necessários 1,5 milhões de barris de petróleo por ano para fabricar as garrafas consumidas pelos americanos. Se acrescentarmos a isso a energia necessária ao transporte, nomeadamente as águas importadas, aumenta a pressão sobre o ambiente. A campanha já chegou às autoridades, pois o presidente do município de São Francisco decidiu parar de comprar água engarrafada para os seus funcionários e a cidade de Nova Iorque lançou uma grande campanha para influenciar os seus habitantes a beber água de torneira. Note se que a água para efectivo consumo humano, ou seja, para beber e cozinhar, representa uma parcela muito baixa do consumo urbano da água, e consequentemente o impacto que tem na sustentabilidade económica e financeira das entidades distribuidoras é necessariamente reduzido. Mas sendo pouco relevante em volume, tem um simbolismo importante. Todo o esforço de centenas de entidades gestoras e de milhares de técnicos centra se na produção de uma água de elevada qualidade para consumo humano e não para usos secundários. Se não a usarmos para beber e cozinhar, estamos a desperdiçar recursos e poderíamos ser levados a baixar os padrões de qualidade, o que não é razoável. As suas contas remetem para um custo por consumidor de 1000 euros/m 3, caso opte por consumir água engarrafada. Intervenções Públicas de

16 A opção água da torneira fica por 1 euro/m 3. Em que se baseiam as suas contas? É simples. Quando pedimos uma água num café ou restaurante é nos servida frequentemente uma garrafa de meio litro cujo custo não é inferior a 50 cêntimos, o que significa 1000 euros por metro cúbico. Se nos fosse servida água da torneira poderíamos pagar mil vezes menos, pois o seu custo médio anda abaixo de 1 euro por metro cúbico (0,76e/m 3 segundo o estudo Água e Saneamento em Portugal O Mercado e os Preços (APDA, 2006). Esta enorme diferença, que se justifica nomeadamente pelos elevados custos de embalagem e de transporte da água engarrafada, deveria fazer nos parar para pensar um pouco. Haverá efectivamente razões para pagarmos mil vezes mais por esse produto e provocarmos mais impactos ambientais? Não nos parece. A propósito, valerá a pena perguntar porque nos preocupamos tanto com qualquer pequeno aumento da água na torneira e aceitamos facilmente pagar um milhar de vezes por uma água engarrafada. O IRAR já elaborou alguma recomendação sobre este assunto? Está prevista alguma medida ou iniciativa, ao nível governamental, nesta área? Estamos a ponderar esse assunto. Começámos por fazer um levantamento da situação de modo a obter uma melhor percepção do problema, através dos estudos Que águas bebem os portugueses? e A percepção pública da qualidade dos serviços de águas e resíduos, o último dos quais divulgámos este mês no nosso sítio da Internet. Em qualquer destes estudos, com base em sondagens recentes à escala nacional que solicitámos a empresas da especialidade, é possível constatar que os portugueses consomem crescentemente água engarrafada, embora reconheçam que a qualidade da água na torneira continua a melhorar. 4 IRAR

17 Face a este paradoxo, consideramos a possibilidade de campanhas de sensibilização e mesmo de poderem ser tomadas medidas ao nível por exemplo dos serviços públicos, como parte da campanha de sensibilização. Nas instalações do IRAR a água distribuída, nomeadamente a visitantes e durante as conferências que organizamos, é água da torneira, cuja qualidade é excelente e satisfaz plenamente as necessidades, com custos muito mais baixos e impactos ambientais mais reduzidos. Julgamos que esta prática, que aliás já existe noutras entidades, pode ser muito mais generalizada. Intervenções Públicas de

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19 Nota de imprensa do IRAR, de 7 de Janeiro de 2008 IRAR DESENVOLVE ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO PÚBLICA DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUAS E RESÍDUOS 2. O Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) é a entidade reguladora das actividades de abastecimento público de água às populações, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos. No quadro da sua intervenção regulatória, o IRAR encomendou a uma empresa de estudos de mercado a realização de um inquérito à escala nacional para avaliar a percepção pública da qualidade dos serviços de águas e resíduos e investigar a disponibilidade dos utilizadores finais domésticos a pagar por melhorias na sua qualidade. O inquérito foi realizado em Abril e Maio de 2007, através de 1010 entrevistas presenciais. As principais conclusões deste estudo são as seguintes: Existe uma imagem pública globalmente positiva da qualidade dos serviços analisados, com destaque para o abastecimento de água, mas há ainda um grande caminho a percorrer na gestão de resíduos urbanos e no saneamento de águas residuais. Intervenções Públicas de

20 A maioria dos entrevistados declara uma factura mensal inferior a 20 euros e cerca de metade considera cara a factura de abastecimento que, na maior parte dos casos, inclui parcelas relativas aos serviços de saneamento e de gestão de resíduos. Os utilizadores domésticos encontram se satisfeitos com a informação prestada na factura. Os utilizadores domésticos manifestam se descontentes com as respostas das entidades gestoras às reclamações apresentadas, sendo que 14% dos contactos dos utilizadores não obtiveram resposta. Verifica se uma elevada resistência a pagamentos adicionais para melhorar a qualidade dos serviços em análise e os níveis de educação, rendimento, juventude e activismo ambiental parecem ser os factores que mais influenciam a disponibilidade dos inquiridos para pagar. Existe uma grande sensibilidade dos entrevistados relativamente a eventuais aumentos do preço e à informação de escassez dos recursos, que induzem uma alteração de comportamentos no sentido da poupança de água. O relatório com os resultados detalhados está disponível no sítio do IRAR, 8 IRAR

21 Pedido de informação pela jornalista Rita Carvalho do Diário de Notícias, em 7 de Janeiro de INQUÉRITO À PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES Jaime Melo Baptista Presidente do Conselho Directivo do IRAR João Simão Pires Vogal do Conselho Directivo do IRAR João Almeida Coordenador do Departamento de Estudos e Projectos do IRAR Tiago Neves Técnico do Departamento de Estudos e Projectos do IRAR Porque é que 75% dos portugueses consome água engarrafada? Não confia na rede pública? A percepção que as pessoas têm da qualidade da água influencia esta opção, ou há outros factores que condicionam esta escolha? O elevado consumo de água engarrafada pode estar associado a vários factores, nomeadamente a eventual menor confiança que alguns consumidores possam ter na qualidade da água da rede, apesar de essa qualidade estar a melhorar em Portugal de forma consistente há vários anos e termos atingido hoje uma situação muito satisfatória na esmagadora maioria dos sistemas de distribuição. Outros factores parecem ser o desejo de consumir um produto diferenciado, como é o caso da água engarrafada de nascente ou da água com gás, que não sendo necessariamente de melhor qualidade, tem sabor e imagem distintivas. A pressão do marketing relativamente ao produto água engarrafada também contribui naturalmente para estimular o seu consumo. Intervenções Públicas de

22 A qualidade da água dá garantias à população para o consumo humano? É entendimento do IRAR que a qualidade da água para consumo humano em Portugal continua a melhorar consistentemente e a grande maioria da população dispõe de serviços de abastecimento público de água de boa qualidade. São indicadores claros os factos de 100% entidades gestoras disporem actualmente de planos de controlo de qualidade da água, de estarem já a realizar a quase totalidade das análises exigidas por lei (perto de 99%) e de a percentagem de cumprimentos dos valores paramétricos atingir mais de 97%. Já há uma percepção do aumento que a tarifa da água poderá sofrer com a revisão em curso? Há uma grande diversidade de situações, pois os tarifários são definidos por mais de três centenas de entidades distintas, em geral os municípios. O previsto regulamento tarifário estabelece um conjunto de critérios claros e objectivos para a definição dos tarifários destes serviços. Actualmente verifica se a existência de uma multiplicidade de critérios, nem sempre consistentes com os objectivos de recuperação de custos e de protecção do recurso e do meio ambiente. Como tal, a médio prazo, em alguns municípios o preço deverá subir e noutros poderá mesmo descer. Onde se fará sentir mais esse aumento? O eventual aumento do preço da água ocorrerá onde este é actualmente insuficiente para cobrir o custo dos serviços. Nomeadamente nas situações onde não é ainda cobrada tarifa pelo serviço, será naturalmente necessário passar a cobrar. Quanto custa em média um m 3 de água para consumo doméstico? De acordo com o estudo Água e Saneamento em Portugal O Mercado e os Preços (APDA, 2006), em 2004 o encargo médio ponderado de um cliente doméstico que consumisse 120m 3 /ano 10 IRAR

23 seria de cerca de 91 euros, o que representaria um preço médio unitário de 0,76e/m 3. Em relação aos resíduos, vai aplicar se no futuro a definição da taxa consoante a quantidade de lixo produzida, opção que, aliás, é bem vista por grande parte da população? Também no serviço de gestão de resíduos, será necessário cobrar uma tarifa adequada aos custos incorridos com a prestação do serviço. Esta tarifa pode ser calculada de diversas formas, sendo que uma das possibilidades será o recurso à quantificação dos resíduos produzidos, o que tem a vantagem de dar um sinal claro aos utilizadores mas apresenta algumas dificuldades de implementação imediata. O novo regime permite que seja adoptada esta metodologia, não excluindo a possibilidade de se utilizarem factores indexantes, como o volume de água consumida, ou outros. Intervenções Públicas de

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25 Pedido de informação pelo jornalista Hugo Silva do Jornal de Notícias, em 7 de Janeiro de TARIFÁRIO DA ÁGUA PARA O GRANDE PORTO João Simão Pires Vogal do Conselho Directivo do IRAR Na sequência de uma questão sobre os aumentos de tarifas propostos pela Águas do Douro e Paiva e Águas do Cávado, superiores a 8%, que conduziram a protestos das câmaras da Área Metropolitana do Porto, o IRAR, através de um e mail do respectivo presidente do Conselho Executivo, esclareceu que só tomaria uma posição sobre as referidas propostas em Dezembro. Nesse sentido, gostaria de saber se o IRAR já emitiu o parecer sobre os aumentos de tarifários propostos pela Águas do Cávado e pela Águas do Douro e Paiva. Em caso de resposta negativa, para quando se prevê a emissão de parecer? Em caso de resposta positiva, o parecer já foi enviado ao Ministério do Ambiente? Em que sentido vai o parecer? Aceita os aumentos? Propõe redução nos aumentos? Qual a taxa de actualização que o IRAR entende ser aquela que deve ser aplicada? Intervenções Públicas de

26 O Ministério do Ambiente já respondeu fixando as taxas? Em caso negativo, há algum prazo definido para que o Ministério fixe as taxas? Caso fosse possível, gostaria de saber se as propostas de outras concessionárias, do resto do país, previam aumentos da ordem de grandeza das empresas que servem o Grande Porto. Propuseram aumentos mais ou menos significativos? Relativamente às questões levantadas, o esclarecimento que podemos oferecer é que à data se encontra em análise por este Instituto o documento de contraditório enviado pela empresa Águas de Douro e Paiva, S.A. ao projecto de parecer emitido pelo IRAR no passado dia 6 de Dezembro. Finda esta fase, será emitido parecer definitivo dirigido ao Concedente deste sistema multimunicipal, o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, a quem competirá a decisão final sobre o tarifário. Só nessa altura poderá ser pública a decisão tomada, sendo prática deste Instituto disponibilizar imediatamente tal informação no nosso sítio na Internet. 14 IRAR

27 Pedido de informação pela jornalista Ana Suspiro do Diário de Notícias, em 7 de Janeiro de ALTERAÇÃO DA LEI DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS Jaime Melo Baptista Presidente do Conselho Directivo do IRAR Dulce Álvaro Pássaro Vogal do Conselho Directivo do IRAR João Simão Pires Vogal do Conselho Directivo do IRAR Cristina Aleixo Directora do Departamento de Análise Jurídica do IRAR Na sequência da aprovação no final do ano passado da lei que cria alguns mecanismos destinados a proteger o utente dos serviços especiais e que impede a cobrança de taxas de contador, tive acesso a vários pareceres e recomendações do IRAR sobre a matéria. Parece me que algumas das vossas propostas foram acolhidas, concretamente no que respeita a valores cobrados na factura da água. Gostaria de tentar perceber se a versão final da legislação terá assim algum impacto na prática de preços no sector das águas. O diploma agora aprovado e a aguardar publicação, que altera a Lei n.º 23/96, de 26 de Julho, relativa aos serviços públicos essenciais, terá genericamente um impacto positivo nos serviços de águas e resíduos, e é com satisfação que verificamos que foram acolhidas a maioria das nossas recomendações específicas nestes serviços. Tendo por base o texto disponibilizado no sítio da Internet da Assembleia da República, destacamos de seguida os aspectos mais relevantes para o sector dos serviços de águas e resíduos: Intervenções Públicas de

28 O diploma passou a abranger também os serviços de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, equiparando os com o serviço público de abastecimento de água para consumo humano, como temos vindo a defender. No que respeita aos consumos mínimos, o diploma esclarece que as taxas e tarifas pela construção, conservação e manutenção dos sistemas públicos de águas e resíduos não constituem consumos mínimos, o que legitima a cobrança de tarifas fixas pela disponibilidade dos serviços mencionados durante o período objecto de facturação. O IRAR efectivamente tem defendido a não existência de consumos mínimos mas a existência de tarifas de disponibilidade. Do ponto de vista económico e de equidade entre utentes, entendemos que nem todos os custos de prestação destes serviços devem ser indexados ao nível de intensidade da utilização dos serviços, como o volume consumido no caso do abastecimento de água. Com efeito, incorre se num conjunto significativo de custos com a mera disponibilização destes serviços aos consumidores em sede de dimensionamento de redes, equipamentos e infra estruturas de distribuição, sua construção, operação, conservação e manutenção. O consumidor servido, mesmo na ausência de utilização do serviço, também onera a estrutura de custos do prestador do serviço. Consequentemente, tem sido parecer desta entidade reguladora que a estrutura tarifária não deve contemplar apenas componentes indexadas ao volume de água consumido ou de águas residuais produzido ou à quantidade de resíduos produzida, na medida em que tal resultaria num quadro agravado de injustiça entre utentes em termos dos custos suportados. Os tarifários devem integrar tarifas fixas, pelo facto de a rede e os equipamentos públicos estarem disponíveis, e tarifas variáveis, em função do nível de intensidade da utilização dos serviços. Passa a ser proibida a cobrança de tarifas/taxas/preços pela disponibilização dos contadores, independentemente da designação que assumir. 16 IRAR

29 O IRAR perfilha esta posição, pois tem preconizado a inclusão dos custos com os contadores e outros instrumentos de medição na componente fixa da estrutura tarifária, tal como acontece com qualquer outro equipamento do sistema, e a sua proposta de regulamento tarifário vai nesse sentido. É no entanto importante esclarecer que os custos inerentes aos contadores e outros instrumentos de medição integram, com todas as demais rubricas, o conjunto de custos de que o prestador se tem de ressarcir. Como eles serão sempre incluídos nos custos a recuperar, a proibição das taxas dos contadores não provoca consequentemente uma redução do preço a pagar. Outra prática estaria aliás em contradição com o que está previsto na Lei da Água e na Lei das Finanças Locais e com os compromissos nacionais com a legislação comunitária, que preconizam que as tarifas a pagar pelo consumidor devem garantir a recuperação dos custos incorridos pelas entidades gestoras para a prestação do serviço, em condições de eficiência. São expressamente proibidas tarifas ou taxas sem correspondência directa com encargos em que os prestadores de serviço incorram, o que perfilhamos totalmente. Situação diferente, do nosso ponto de vista, é quando, coexistindo prestadores de serviço distintos para os serviços de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos num dado território, a factura de água é utilizada, por acordo entre os operadores e no quadro da lei, como veículo de cobrança para os vários serviços. Sendo este mecanismo fundamental, o nosso entendimento é que esta disposição não contende com ele. A entidade gestora tem agora o dever de informar directa e atempadamente os utentes sobre os tarifários aplicáveis, devendo explicar, designadamente, de forma clara, a finalidade de cada tarifa e os termos em que são aplicáveis, o que nos parece obviamente correcto e constitui um direito dos consumidores. Intervenções Públicas de

30 A facturação passa a ser mensal. Este Instituto considera que a periodicidade mínima de facturação deve assegurar um adequado equilíbrio entre uma facturação frequente e um menor impacto na tarifa. É um facto que, quanto mais frequente for a facturação, mais fácil é para o consumidor gerir o seu orçamento, uma vez que a generalidade dos rendimentos do trabalho tem uma periodicidade mensal, o que aponta para a facturação com a mesma periodicidade. Mas também é verdade que quanto mais frequente for a facturação mais caro é o serviço para o consumidor, uma vez que os custos variáveis de gerar, imprimir, enviar e processar uma factura não são despiciendos e que, por exemplo, ao se passar de uma periodicidade bimestral para uma mensal se está efectivamente a duplicar estes custos. Importa também ter presente que grande parte dos consumidores não utiliza o pagamento por débito directo em conta. Para muitos destes consumidores que pagam estes serviços através de Multibanco, envio de cheque pelo correio ou mesmo deslocando se ao balcão de atendimento do prestador de serviço, caso de muitas pessoas mais idosas, a necessidade de efectuar pagamentos com maior frequência pode representar uma maior transtorno e não um benefício. Por isso advogámos uma solução bimestral, que nos parecia mais equilibrada e do lado da defesa do consumidor. Mas a decisão de facturação mensal foi agora tomada por quem legitimamente o pode fazer e tem naturalmente de ser seguida pelas entidades gestoras, e o IRAR estará atento ao cumprimento da lei no quadro do seu estatuto. A facturação deve discriminar os serviços prestados e as correspondentes tarifas, o que merece o nosso acordo. Consideramos também que a factura deve respeitar os princípios da simplicidade e transparência, sendo de fácil compreensão para o utilizador. Deve conter, no mínimo, informação sobre a entidade gestora, o utilizador, os serviços prestados e as tarifas aplicadas, as formas de pagamento e outra informação relevante para o consumidor. 18 IRAR

31 O utente deve ser advertido com uma antecedência mínima de dez dias úteis da exigência de pagamento por serviços prestados. No caso do serviço de abastecimento de água o prazo do pré aviso para a suspensão do serviço passou de oito para dez dias. Parecem nos medidas adequadas à defesa do consumidor. Quando o serviço foi facturado com base numa estimativa de consumo, o direito do prestador do serviço ao recebimento da diferença caduca seis meses após o pagamento do serviço. Sempre que, em virtude do método de facturação utilizado, seja cobrado ao utente um valor que exceda o correspondente ao consumo efectuado, o valor em excesso é abatido da factura em que tenha sido efectuado o acerto. Ficou clarificado que a simples emissão da factura não impede a verificação da caducidade ou prescrição da dívida. Para garantir o direito ao pagamento dos consumos, e caso não haja pagamento voluntário, o prestador do serviço deve recorrer aos mecanismos de resolução extrajudicial de conflitos de consumo ou a um tribunal antes do final do prazo de prescrição ou caducidade. É expressamente enunciado que o ónus da prova sobre o cumprimento das obrigações definidas no diploma, designadamente no que respeita às comunicações ao utente, impende sobre o prestador do serviço, o que tem sido a posição reiterada pelo IRAR. Assim, face ao exposto, o impacto na prática tarifária no sector dos serviços de águas e resíduos não será muito grande, na medida em que a maioria das medidas não tem custo ou é de baixo custo, com excepção da facturação mensal. Sem prejuízo disto, haverá naturalmente que rever os tarifários e os regulamentos de serviço existentes e adaptar alguns contratos de concessão existentes, bem como os projectos de diplomas legais em preparação. Intervenções Públicas de

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33 Entrevista pela jornalista Inês Maia da revista Engenharia e Vida, em 10 de Janeiro de ENTREVISTA Jaime Melo Baptista Presidente do Conselho Directivo do IRAR Como descreve o início da sua carreira profissional como engenheiro civil? Concluí em 1975 a licenciatura em Engenharia Civil na Universidade do Porto, na opção de Engenharia de Estruturas, tendo então recebido o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida. Depois de um breve período na Câmara Municipal de Loures, iniciei em 1976 funções no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, tendo decidido prosseguir a carreira de investigação, percorrendo todos os passos, desde estagiário de investigação até investigador coordenador. Pouco depois de entrar no LNEC, realizei o Curso de Especialização em Engenharia Sanitária na Universidade Nova de Lisboa que concluí em 1977, tendo me dedicado a partir de então aos aspectos de hidráulica e de abastecimento de água para consumo humano. Intervenções Públicas de

34 No LNEC, fui responsável pelo Núcleo de Hidráulica Sanitária entre 1984 e 1989 e pelo Departamento de Hidráulica entre 1990 e 2000, dirigindo equipas de respectivamente cerca de 20 e de 130 pessoas, o que constituiu uma experiência inesquecível. Fui fundador de empresas de projecto e consultoria entre 1978 e 1991, a Engidro, a Ambitec e a Engiform, o que me deu um vasto conhecimento da realidade portuguesa. Fundei em 2001 e foi director da revista Ambiente 21, dirigida ao sector técnico e ao grande público, que considero também uma experiência muito curiosa. Finalmente, assumi em 2003 a presidência do Instituto Regulador de Águas e Resíduos, onde tenho permanecido nestes últimos cinco anos, e que constitui um desafio irrecusável. Como caracteriza a sua actividade de investigação no LNEC no domínio do saneamento básico, abastecimento e águas residuais? Durante os meus quase trinta anos de actividade no LNEC conduzi um grande número de projectos de investigação, nomeadamente nas áreas da modelação matemática, da reabilitação de sistemas, da avaliação de desempenho dos serviços e da melhoria da qualidade dos sistemas de distribuição de água. Um número significativo destes projectos foi realizado em parcerias europeias, que foram muito incentivadas a partir dos anos 80 e trouxeram outra dimensão à actividade de investigação. Uma paixão que tenho é definitivamente a escrita técnica. Sou autor ou co autor de perto de trezentas publicações técnicas e científicas, diversas publicadas no estrangeiro, todas elas feitas com muito gosto. Durante a minha passagem pelo LNEC organizei mais de três dezenas de conferências técnicas e científicas, diversas das quais internacionais, estabelecendo assim uma vasta rede de contactos nacionais e internacionais. 22 IRAR

35 Refiro ainda que fui Presidente da Divisão de Distribuição da Associação Internacional dos Distribuidores de Água entre 1994 e 1998 e Secretário Técnico da respectiva Comissão Nacional entre 1992 e Fui ainda Presidente da Comissão Portuguesa de Normalização em Saneamento Básico no período de 1990 a Que contribuição destacaria para a resolução de um grave problema de saneamento em Portugal? Destaco um estudo de grande dimensão que coordenei em 1995 sobre Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, elaborado pelo LNEC para a Direcção Geral do Ambiente do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, em que colaboraram cerca de meia centena de especialistas, e em que foram propostas diversas medidas e estratégias para a melhoria do saneamento básico em Portugal, ao nível do abastecimento de água, do saneamento das águas residuais e da gestão dos resíduos sólidos urbanos. Diversas dessas medidas vieram a ser implementadas ao longo dos anos seguintes, no quadro de reforma do sector. Na sequência desse estudo, tive também a oportunidade de coordenar a elaboração do Programa nacional para o uso eficiente da água, elaborado pelo LNEC para o Instituto da Água do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território. O objectivo foi avaliar a eficiência com que a água era utilizada em Portugal nos sectores urbano, agrícola e industrial, e propor um conjunto de medidas que permitissem uma melhor utilização desse recurso, tendo como vantagens adicionais a redução das águas residuais resultantes e dos consumos energéticos associados. Neste estudo foram detalhadamente descritas perto de uma centena de medidas de uso eficiente para os sectores urbano, agrícola e industrial. O que é o IRAR e qual a sua actividade? O Instituto Regulador de Águas e Resíduos é a entidade reguladora do sector dos serviços de águas e resíduos. Muitas vezes as pessoas Intervenções Públicas de

36 interrogam se sobre o que é um regulador e qual a sua necessidade. É importante esclarecer este aspecto. O interesse dos consumidores é assegurado quando lhes é prestado um serviço com a qualidade adequada ao preço mais baixo possível, num quadro de eficiência de exploração. Numa actividade que funcione em mercado livre, este objectivo é tendencialmente atingido através da concorrência entre fornecedores. Pelo contrário, nos serviços públicos essenciais de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e na gestão de resíduos urbanos isto não é possível, porque são prestados em regime de monopólio natural. Na verdade, por razões tecnológicas, cada entidade gestora tem o exclusivo da prestação de serviço num determinado território, o que não incentiva a procura de eficiência e não salvaguarda devidamente a protecção dos consumidores. Neste quadro, o IRAR intervém no mercado através de uma estratégia regulatória que procura colmatar a falta de concorrência no mercado. No quadro dessa estratégia promove a regulação estrutural do sector, de forma a haver uma maior clarificação do quadro legal em que podem actuar todas as entidades gestoras destes serviços, nomeadamente regras de acesso, de permanência e de cessação da actividade. Assegura a regulação económica das entidades gestoras, em que as concessões estatais estão sujeitas a um ciclo anual de regulação por taxa de remuneração e todas as restantes entidades passarão em breve a estar sujeitas a regulação económica indirecta, tendo por base um regulamento tarifário cuja aprovação se prevê para breve. Promove a regulação da qualidade de serviço, com o recurso a vinte indicadores de desempenho para cada uma das três actividades, e ao benchmarking entre entidades gestoras concessionárias, o que constitui um poderoso instrumento promotor dessa qualidade e da sua divulgação junto dos consumidores, prevendo se 24 IRAR

37 para breve o alargamento deste procedimento a todas as entidades gestoras. Como caso especialmente importante da qualidade de serviço, o IRAR assegura a qualidade da água para consumo humano, no quadro da legislação comunitária aplicável. Finalmente, promove a conciliação entre consumidores e entidades gestoras, acompanhando todas as reclamações dos consumidores. Que contribuição considera ter dado para a dinamização do processo de garantia de qualidade dos serviços prestados pelas entidades que abastecem água para consumo, que se ocupam das águas residuais e dos resíduos sólidos? A contínua melhoria da qualidade dos serviços de águas e resíduos é uma preocupação maior do regulador, que para isso promove a regulação da qualidade de serviço, já referida, que é uma forma de regulação dos comportamentos indissociável da regulação económica, condicionando os comportamentos permitidos às entidades gestoras relativamente à qualidade de serviço que prestam aos utilizadores. Durante o ano de 2004 o IRAR deu um passo importante na regulação da qualidade de serviço, implementando um sistema de avaliação de desempenho das entidades gestoras concessionárias. Estes mecanismos de avaliação adoptados pela entidade reguladora e a sua comparação com os resultados das outras entidades gestoras similares actuando em zonas geográficas distintas constituem uma medida objectiva de sunshinebenchmark que reflecte uma lógica de pedagogia e valorização. Os resultados deste processo de avaliação de desempenho são objecto de exposição pública, através da publicação do Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal RASARP, pressionando as entidades gestoras no sentido da eficiência, por naturalmente não se quererem ver colocados em posição desfavorável, e materializando assim um direito fundamental que assiste Intervenções Públicas de

38 a todos os utilizadores. Com este processo procura se igualmente consolidar uma verdadeira cultura de informação, concisa, credível e de fácil interpretação por todos. É esta a nossa contribuição para a melhoria da qualidade destes serviços de águas e resíduos. Qual considera ter sido a sua actividade na edição de manuais de boas práticas de gestão, técnica e financeira, e a sua relação com o consumidor, entre outras acções? No quadro da estratégia definida para a regulação, decidimos promover uma intensa actividade editorial de apoio às entidades gestoras. Assim, temos vindo a publicar e disponibilizar desde 2004 no nosso sítio da Internet ( diversas séries. A série Relatório anual dos serviços de águas e resíduos, que vai no seu terceiro ano, pretende divulgar de uma forma fidedigna numa base anual informação fiável sobre o sector e a sua evolução, quer para apoiar a definição de políticas ou de estratégias empresariais, quer para a avaliação do serviço que é efectivamente prestado à sociedade. A série Guias técnicos, com dez números já editados e mais cinco em preparação, pretende constituir um instrumento muito prático para apoiar as entidades que prestam estes serviços. Já foram abordados temas como os indicadores de desempenho, o controlo de perdas em sistemas públicos de adução e distribuição de água, a modelação de sistemas de abastecimento de água, o controlo da qualidade da água para consumo humano em sistemas públicos de abastecimento, os planos de segurança de água para consumo humano, o uso eficiente da água no sector urbano, a medição de caudal em sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais urbanas e o controlo operacional de sistemas de abastecimento de água. A série Textos sobre regulação, com um número editado e mais dois em preparação, pretende promover a discussão sobre a regulação do sector e os seus instrumentos. 26 IRAR

39 A série Intervenções públicas, com quatro números editados e mais um em preparação, pretende contribuir para comunicar com a sociedade civil e demais agentes através da compilação anual de artigos em publicações, comunicações em eventos técnicos, entrevistas à comunicação social e notas de imprensa. A série Relatórios técnicos, com seis números editados, pretende abordar temas técnicos específicos de interesse para o sector, como é o caso da avaliação da qualidade dos serviços de águas e resíduos prestados aos utilizadores, do impacto das actuais condições climatéricas no abastecimento público de água em Portugal, da delegação de competências dos municípios em juntas de freguesia no âmbito do abastecimento de água, na percepção pública e disponibilidade para pagar por melhorias na qualidade dos serviços de águas e resíduos e da qualidade da água dos fontanários. Finalmente, a série Recomendações, com dezasseis números editados, pretende apresentar recomendações muito práticas às entidades gestoras sobre a percepção do regulador relativamente a assuntos menos claros ou mesmo omissos da legislação. No quadro da política de abastecimento e tratamento de águas e resíduos em Portugal, como caracteriza a participação do sector público e do sector privado? Desde 1993 que as entidades privadas passaram a poder prestar serviços de águas e resíduos, o que antes estava reservado apenas às entidades públicas. Considero que é útil que ambas possam participar na construção deste sector, não só porque permite uma maior diversidade de opções pelos decisores, mas também porque criam uma lógica positiva de competição, e quem beneficia é o consumidor. De acordo com o novo plano estratégico, o PEAASAR II, prevê se o reforço da participação privada. Nos serviços em baixa/mistos, os operadores privados manterão a possibilidade actualmente existente dos contratos de concessão municipais ou inter municipais e da participação em empresas municipais ou inter municipais, Intervenções Públicas de

40 ambos de médio/longo prazo, bem como dos contratos de gestão de infra estruturas, de curto prazo. Ver se á também surgir uma nova possibilidade de contratos de concessão pluri municipais, de médio/longo prazo, que hoje não existem. Nos serviços em alta, os operadores privados reforçarão a possibilidade actualmente existente dos contratos de gestão de infra estruturas, de curto prazo. Quais são os principais programas em curso relacionados com o abastecimento e tratamento de águas e resíduos? Nas águas, estamos no início de um novo ciclo enquadrado pelo Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR II), para o período de 2007 a Este tem como um dos seus objectivos principais assegurar a universalidade, a continuidade e a qualidade dos serviços de águas e a protecção dos valores ambientais e da saúde pública. Prevê para os próximos anos um grande esforço de conclusão do ciclo de infra estruturação, mas também um crescente enfoque na operação, na manutenção e na reabilitação de infra estruturas, pela necessidade de melhoria da qualidade de serviço aos consumidores. De forma semelhante, para o sector dos resíduos sólidos, o Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU II) estabelece para o período estratégias audaciosas nos domínios da prevenção de resíduos (redução da quantidade de produção e redução da sua perigosidade), da reciclagem e da valorização da matéria orgânica. São definidas metas de desvio de aterro, conforme previsto na Directiva Aterros, o que implica a obrigatoriedade de reduzir até 75% a quantidade de resíduos orgânicos em aterro. Que importância atribui ao uso eficiente da água em meio urbano? É naturalmente um aspecto essencial da gestão dos recursos hídricos. Por isso o IRAR lançou em 2006 um Guia Técnico para incentivar a adopção de medidas com vista ao uso eficiente da água. A elaboração desse Guia enquadrou se no objectivo estra 28 IRAR

41 tégico de apoiar as entidades gestoras na gradual melhoria da qualidade de serviço de abastecimento de água prestado aos consumidores. Como tal, o Guia foi distribuído por todas as entidades gestoras do País, mais de três centenas, e por diversas outras entidades, nomeadamente a administração pública ligada a este assunto. Note se que os desperdícios de água para o sector urbano em Portugal estão estimados em cerca de 300 milhões de metros cúbicos por ano, o que implica custos de 450 milhões de euros. É portanto necessário e urgente o aumento da eficiência na utilização da água em Portugal, não apenas porque é um imperativo ambiental, mas também pela necessidade estratégica de preservar as disponibilidades e reservas de água no País e pelo interesse económico a nível nacional, do tecido empresarial, das entidades gestoras e dos cidadãos. É além disso uma das obrigações do País, em termos de legislação comunitária. De acordo com o Guia atrás referido, nos sistemas públicos de abastecimento de água deve ser promovida a redução de perdas de água e a utilização de águas residuais urbanas tratadas. As perdas constituem uma das principais fontes de ineficiência e devem, por isso, ser objecto de uma especial atenção e de uma estratégia de controlo e minimização pelas entidades gestoras. Nas habitações deve ser incentivada a utilização racional da água e a adopção de equipamentos de baixo consumo a nível de autoclismos, chuveiros, torneiras, máquinas de lavar roupa e louça e sistemas de aquecimento e refrigeração de ar. Ao nível dos usos exteriores às habitações é necessário promover a adequação de procedimentos e de utilização de equipamentos de baixo consumo a nível de lavagem de pavimentos e de veículos, de rega de jardins e campos desportivos e de gestão de piscinas. Que previsão faz para os próximos tempos sobre o uso da água, numa perspectiva mundial? A água, enquanto produto para consumo humano e matéria prima indispensável a sectores de actividade importantes como a agricul Intervenções Públicas de

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