ENERGIAS. Novas. O potencial dos combustíveis feitos com resíduos Empregos criados na Europa podem ultrapassar os 130 mil só na colecta e transporte.

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1 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5918 DE 08 DE MAIO DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Novas ENERGIAS Richard Branson anunciou no final do ano passado uma parceria com a LanzaTech, empresa que desenvolveu uma tecnologia que, com a ajuda de micróbios, transforma gases industriais em combustível amigo do ambiente. Branson quer que os aviões da Virgin voem com este combustível já em Na imagem, a responsável da LanzaTech, Richard Branson e Steve Ridgway, ex-ceo da Virgin Atlantic. Foto cedida por Virgin Atlantic O potencial dos combustíveis feitos com resíduos Empregos criados na Europa podem ultrapassar os 130 mil só na colecta e transporte. IRINA MARCELINO irina.marcelino@economico.pt Em 2017, os aviões da British Airways vão andar com combustível feito a partir de resíduos sólidos urbanos pós reciclados. Ficção científica? Nem por isso. É a realidade. O anúncio foi feito a 16 de Abril. Uma antiga refinaria em Essex, a Norte de Londres, será reconvertida numa fábrica onde se pretende transformar 575 mil toneladas de lixo pós-reciclado em 120 mil toneladas de combustível líquido. A British Airways vai comprar 50 mil toneladas deste jet fuel por ano durante 11 anos, num valor global de 550 milhões de dólares. Para a construção da fábrica, que deverá estar pronta em 2017, serão contratados cerca de mil trabalhadores. A fábrica, feita em parceria com a Solena Fuels, dará emprego permanente a 150 pessoas. O exemplo do investimento de Essex, feito por uma grande companhia de aviação, é apenas um de entre as muitas possibilidades de aproveitamento de resíduos, sejam eles agrícolas, florestais, sólidos urbanos, industriais ou alimentares para produzir combustível. A Virgin, por exemplo, anunciou no final do ano passado uma parceria com a Lanza- Tech para desenvolver um combustível amigo do ambiente através da transformação de emissões industriais. O aproveitamento dos resíduos da indústria europeia do aço, actualmente responsável por 8% das emissões de CO2, para produzir etanol podia pesar um terço no objectivo de 10% em biocombustíveis na Europa em 2020, previsto pela directiva europeia para as Energias Renováveis, defende o estudo Wasted - Europe s Untapped Resource, feito pelo Internacional Council for Clean Transportation em parceria com a consultora britânica NFCC e com o apoio de várias entidades relacionadas com novas energias, do ambiente e dos transportes. Se todos os resíduos que são sustentáveis e estão disponíveis fossem convertidos em biocombustíveis, estes poderiam pesar 16% no total do combustível para transporte em 2030, considera ainda. No que respeita a emissões de CO2, os cálculos realizados sugerem cortes nas emissões que podem ir até aos 85%. A Europa podia cortar no CO2 emitido pelos combustíveis para transportes, reduzir a intensidade da importação de petróleo e impulsionar a economia rural ao desenvolver a área dos combustíveis avançados feitos com desperdícios e resíduos, resume o estudo, dando o exemplo do potencial de 10,7 mil milhões de euros que podem ir para o mundo rural e os 133 mil empregos criados só na colecta e transporte de resíduos. Haverá, claro, interesse da parte da indústria energética por estas matérias- -primas, e por isso deve ter tido em conta que os números que apresentamos são os mais optimistas, conclui a análise. O que diz a Quercus Em vários países europeus, incluindo Portugal, já existem recursos e tecnologias de conversão disponíveis, mas o desafio está na criação de um quadro político europeu que acelere o investimento nestes biocombustíveis, considera a associação de defesa ambiental Quercus. Mafalda Sousa, do Grupo Energia e Alterações Climáticas da associação, destaca o potencial por explorar deste tipo de matérias para a produção de biocombustíveis avançados de segunda geração. E lembra que existem em Portugal vários projectos de investigação a decorrer neste campo, que incluem por exemplo o aproveitamento de culturas como gorduras animais do sector avícola, de biogás e de biohidrogénio a partir do tratamento de efluentes e de valorização energética de resíduos orgânicos, lamas e efluentes agro-pecuários.

2 II Diário Económico Quinta-feira 8 Maio 2014 NOVAS ENERGIAS Infografia: Mário Malhão mario.malhao@economico.pt ENTREVISTA CHRIS MALINS FUELS PROGRAM LEAD DO INTERNACIONAL COUNCIL FOR CLEAN TRANSPORTATION O verdadeiro desafio está na capacidade de atrair investimento É preciso o apoio certo para que a comercialização de biocombustíveis feitos com resíduos seja um sucesso. CHRIS MALINS International Council for Clean Transportation A Europa tem recursos para apoiar ocrescimentode uma indústria de biocombustíveis àbasedo etanol celulósico. As tecnologias para transformar biomassa de resíduos em biocombustível são suficientes? A tecnologia que pode assegurar a transição dos resíduos e desperdícios para os biocombustíveis já existe, mas o êxito da sua comercialização depende do apoio certo. O desenvolvimento de novas tecnologias coloca sempre desafios tecnológicos, por isso, diria que o verdadeiro desafio está na capacidade de atrair investimento. A Europa está avançada neste campo? A nossa investigação mostra que a Europa tem recursos (energia de biomassa) para apoiar o crescimento de uma indústria de biocombustíveis à base de etanol celulósico, tal como dispõe da tecnologia, dos investigadores e investidores necessários para expandir a indústria. O que importa saber para percebermos se o investimento vai para a Europa, os EUA, a China, o Brasil ou outro mercado é se a políticaambientaléamaiscorrecta,ouseja, é preciso criar incentivos eficazes e dirigidos apenas para os melhores novos biocombustíveis. Que potencial poderia ter a transformação de óleos alimentares em combustível? À luz da Directiva das Energias Renováveis, o biodiesel produzido a partir de óleos alimentares tem o dobro do valor no quadro das metas definidas para a Europa. É importante apoiar o investimento em novas tecnologias sustentáveis, mas também é importante apoiar a produção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais recicláveis, que já estão a contribuir para a redução das emissões. Quais são as vantagens da utilização de resíduos para os consumidores? O trabalho elaborado pela NNFCC, empresa nossa parceira, para o estudo mostra que alguns biocombustíveis produzidos a partir de resíduos podem ser competitivos, como biodiesel de primeira geração. Esses combustíveis ainda precisam de apoio financeiro ao nível da comercialização. A longo prazo, porém, poderão competir com os combustíveis fósseis com a vantagem de não gerarem emissões, logo, com menos impacto no clima. O estudo foi lançado em Março. Como têm sido as reacções? Este estudo demonstra que o potencial dos biocombustíveis de primeira geração existe e tem de ser tido em conta. As reacções de governos, ONG e indústria têm sido fantásticas. E a reacção da indústria automóvel? A indústria automóvel sabe que tem de descarbonizar os transportes a nível europeu. Os biocombustíveis sustentáveis podem ser um complemento importante ao trabalho que a indústria automóvel está actualmente a fazer para chegar a níveis interessantes de eficiência energética. I.M.

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4 IV Diário Económico Quinta-feira 8 Maio 2014 NOVAS ENERGIAS Resíduos já pesam 14% no consumo energético primário Resíduos florestais, resíduos sólidos urbanos, gorduras animais e óleos usados já são utilizados na produção de electricidade e de algum combustível em Portugal. IRINA MARCELINO E RAQUEL CARVALHO raquel.carvalho@economico.pt Krisztian Bocsi / Bloomberg Em Portugal, já se produz electricidade a partir de resíduos florestais e de resíduos sólidos urbanos. Em 2013, a Valorsul, entidade que recebe e queima os lixos de mais de 19 concelhos ao redor de Lisboa, vendeu mais de MWh de energia à rede eléctrica nacional. Na produção de biocombustíveis, a Galp Energia, por exemplo (ver texto da página 6) aproveita gorduras animais e óleos usados na sua produção. Mas mais poderia estar a ser feito. Paulo Preto dos Santos, secretário geral da Associação Portuguesa de Biomassa, defende por exemplo o aproveitamento deste tipo de resíduos para aquecer ou arrefecer água. Países como o Reino Unido têm os chamados renewable heat schemes ou os renewable heat incentives que são incentivos para a conversão de consumos térmicos para as fontes renováveis, incentivos que não existem em Portugal. Para o responsável, a conversão de combustíveis fósseis para biocombustíveis rodoviários tem um enorme potencial. Mas o seu crescimento tem vindo a ser efectivo, defende, embora ninguém se aperceba dele, pois está dissimulado no consumo de gasóleo e gasolina, nos quais, por obrigação da directiva comunitária, em vigor, um mínimo de 5% de incorporação de biocombustíveis tem de ser feito. Segundo os dados da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) relativos a 2012, cita Paulo Preto dos Santos, os biocombustíveis rodoviários totalizaram 1,3% do consumo total de energia primária de Portugal. Os combustíveis lenho-celulósicos (lenhas, licores sulfíticos e resíduos florestais), que não são importados, representam 10,7% deste tipo de consumo. Se se somar o biogás e os resíduos sólidos urbanos, o peso da biomassa é de quase 14%. A energia eólica em 2012 representou apenas 4% da energia primária em Portugal, compara, garantindo que a produção energética com base em biomassa tinha em 2012 uma importância três vezes superior à da energia eólica. No futuro, com a aplicação de directivas europeias que vêm aumentar a taxa de incorporação mínima de 5% para 10 e 15% isso, por si só significará que, só e apenas os biocombustíveis rodoviários representarão mais importância que toda a energia eólica, e esses ninguém os vê: não são notícia como é a eólica, considera. Para Jaime Braga, secretário geral da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB), apesar de ser possível extrair bioteanol através de resíduos florestais e agrícolas, a tecnologia para a produção de um combustível compatível com o gasóleo a partir desses resíduos, embora exista na teoria, não tem ainda maturidade nem competitividade. A investigação tecnológica ainda terá um largo caminho a percorrer e esta opção não é encarável no horizonte próximo, afirma. No que refere aos óleos alimentares, o responsável diz que o cenário é diferente,jáqueatecnologiaparaasua transformação em biodiesel é madura. Mas os óleos alimentares usados produzidos em Portugal, que provêm de sistemas de recolha selectiva e são processados por pequenos produtores nunca deram origem, sublinha, a mais do que cinco mil toneladas de biocombustíveis por ano, o que é pouco relevante num mercado que exige em cada ano cerca de 300 mil toneladas de biodiesel para incorporação no gasóleo consumido pelo público, considera. Jaime Braga lembra que sem o contributo dos biocombustíveis, o país dificilmente cumprirá a meta de 31% de energias renováveis em 2020 no total do consumo energético final. Refere que em Portugal, a produção de biocombustíveis direccionou-se para o biodiesel, compatível com o gasóleo e que o bioetanol, adicionável à gasolina, nunca foi objecto de interesse, porque, explica, o país sempre foi largamente excendentário na produção de gasolinas e, até há pouco, grande importador de petróleo.

5 Quinta-feira 8 Maio 2014 Diário Económico V OPINIÃO A bioenergia em Portugal A utilização dos recursos energéticos renováveis traz um conjunto de mais-valias ambientais e económicas. A utilização dos recursos energéticos renováveis em Portugal tem promovido um significativo conjunto de mais-valias, não só ambientais como económicas. Incluída nesta categoria de recursos encontra-se a bioenergia, ou seja, a energia proveniente da biomassa matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, que poderá ser utilizada no estado sólido, líquido ou gasoso. A biomassa sólida, essencialmente proveniente de resíduos da actividade agrícola ou florestal e de resíduos sólidos urbanos (RSU) e a biomassa gasosa, vulgo biogás, produto da digestão anaeróbia da matéria orgânica, constituem-se como uma fonte de energia descentralizada por excelência para a produção de calor, de elevada eficiência, possuindo também aplicações ao nível da produção de electricidade. O aproveitamento da biomassa residual sólida iniciou-se há algumas décadas, em unidades de cogeração associada a sectores industriais. Contudo, a produção dedicada de electricidade a partir desta fonte teve início somente em 1999, com a entrada em funcionamento da central termoeléctrica de Mortágua. Actualmente existem em Portugal Continental 20 centrais dez cogerações e dez dedicadas que produzem electricidade a partir de biomassa residual sólida, totalizando 465 MW de potência instalada. As centrais a biogás e a RSU têm uma menor expressão, totalizando 65 MW e 88 MW de potência instalada, respectivamente. A biomassa líquida corresponde aos biocombustíveis, utilizados no sector dos transportes rodoviários. Estes dividem-se em biocombustíveis substitutos do gasóleo, vulgo biodiesel e substitutos da gasolina. Em Portugal, durante o ano de 2012, foram introduzidos no mercado três tipos de biocombustíveis: FAME, biodiesel de primeira geração; HVO (Óleo Vegetal Hidrogenado), biodiesel de segunda geração e bio-etbe, biocombustível substituto da gasolina. 96,7% dos biocombustíveis introduzidos corresponde a FAME, sendo os outros dois tipos provenientes de importação. Para a produção de FAME, foram utilizados óleos vegetais virgens de soja (cerca de 50% da matéria- -prima utilizada), colza e palma e, com expressão residual, óleos de girassol e de bagaço de azeitona, assim como gordura animal e óleos alimentares usados. Nenhuma das sementes de oleaginosas teve origem em Portugal. De acordo com a Directiva europeia das Energias Renováveis (28/2009/CE), os biocombustíveis utilizados no sector dos ISABEL CANCELA DE ABREU Departamento técnico da Associação Portuguesa de Energias Renováveis LARA FERREIRA Departamento técnico da Associação Portuguesa de Energias Renováveis Portugal possui no seu Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis uma previsão de crescimento de 13% entre 2013 e 2020 para o total da biomassa sólida e gasosa. Nos biocombustíveis tem, como os restantes países europeus, uma meta obrigatória de incorporação de 10% até 2020, que se prevê que seja atingida 87% a partir de biocombustíveis substitutos de gasóleo, 4% de biocombustíveis substitutos de gasolina e 9% satisfeitos pela mobilidade eléctrica. transportes têm que cumprir com determinados critérios de sustentabilidade que assegurem a sua produção sustentável, para poderem ser contabilizados para efeitos do cumprimento das metas de energias renováveis. Em relação ao futuro do sector da bioenergia, Portugal possui no seu Plano Nacional de AcçãoparaasEnergiasRenováveis(PNAER) uma previsão de crescimento de 94 MW (aumento de 13%) entre 2013 e 2020 para o total da biomassa sólida e gasosa. No que diz respeito aos biocombustíveis, Portugal tem, como os restantes países europeus, uma meta obrigatória de incorporação de 10% até 2020, que se prevê que seja atingida 87% a partir de biocombustíveis substitutos de gasóleo e 4% de biocombustíveis substitutos de gasolina, sendo os restantes 9% satisfeitos pela mobilidade eléctrica. No entanto, segundo os últimos dados de 2012 do Eurostat, Portugal está abaixo da meta indicativa do PUB PNAER, verificando-se para o sector dos transportes uma percentagem abaixo dos 0,5%, devido a um reporte muito baixo de biocombustíveis que cumpram os critérios de sustentabilidade, apesar de a percentagem em 2010 ter sido de 5,56%. Julgamos importante defender a elaboração de um planeamento adequado que garanta a disponibilidade e sustentabilidade da biomassa produzida e consumida em Portugal. O desenvolvimento do sector da bioenergia está intrinsecamente ligado à definição de políticas que potenciem o crescimento e a competitividade de sectores ligados às fileiras florestal e agrícola, cujo desenvolvimento promoverá a mobilização de maiores quantidades desta matéria, a preços economicamente comportáveis, ao mesmo tempo que estimula o crescimento económico e a geração de emprego de que Portugal tanto precisa. Portugal precisa da nossa energia.

6 VI Diário Económico Quinta-feira 8 Maio 2014 NOVAS ENERGIAS Manuel Aguiar / Galp Energia Projecto de produção de jatropha, em Moçambique, não conseguiu ultrapassar algumas dificuldades. Galp: Biocombustível poderá ser exportado ainda este ano Capacidade de produção instalada em fábrica da Enerfuel permite a sua venda para fora. 4 PERGUNTAS A JAIME BRAGA SECRETÁRIO-GERAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PRODUTORES DE BIOCOMBUSTÍVEIS Produção de colza pode ser respostaparaoaumentoda produção agrícola nacional A entrada da Galp Energia na produção de combustíveis alternativos passou pela construção de uma unidade de produção de biodiesel a partir de gorduras animais e óleos usados em Sines, a Enerfuel, inaugurada em Julho do ano passado. O projecto, de 8,5 milhões de euros, vai contribuir para a redução de emissões de cerca de 100 mil toneladas de CO2 equivalente por ano, disse ao Diário Económico fonte da empresa. Com 16 postos de trabalho directos e 50 indirectos, o biocombustível produzido A Galp está a estudar a instalação de capacidade de produção de diesel renovável nas refinarias, que devem utilizar óleo vegetal sustentável como matéria prima. na fábrica da Enerfuel em Sines tem como destino o mercados português. No entanto, com as quotas de produção que temos atribuídas e com a capacidade de produção instalada, podemos vir a exportar ainda durante este ano, revela a Galp. Na área do biodiesel, a empresa diz estar a avaliar outros projectos e tecnologias, mas cujo desenvolvimento se confirmará com a definição da política europeia relativa ao tema. Em Portugal, a Galp está a desenvolver estudos de engenharia que visam a instalação de capacidade de produção de diesel renovável nas refinarias, que devem utilizar óleo vegetal sustentável como matéria prima, transformada através da adaptação de unidades existentes, o que poder permitir incorporações de bio-componentes no diesel acima do que é hoje efectuado sem qualquer inconveniente tecnológico. Ao nível da distribuição de combustíveis em Portugal, prosseguindo a sua estratégia de cumprimento da Directiva Europeia de Renováveis (RED), a Galp introduziu 135 mil metros cúbicos de biodiesel no sector dos transportes rodoviários, o que representa uma incorporação de cerca de 5,5% de energia de fontes renováveis. De acordo com fonte oficial da empresa, no ano passado, esta incorporação representou um potencial de redução das emissões de GEE superior a 127 mil toneladas de CO2 equivalente, factor determinante para o cumprimento das metas portuguesas a nível europeu. Fora de Portugal, a Galp Energia tem ainda em curso um projecto agroindustrial de grande dimensão no Brasil para a produção de combustíveis com base no óleo de palma sustentável, numa parceria com a Petrobras. No ano passado, foram plantados mais de hectares de palma, estando em curso o plantio adicional de mais 15 mil hectares este ano, revela a mesma fonte. A produção de óleo deverá começar no próximo ano. Em Moçambique, o projecto experimental para o desenvolvimento da cultura de jatropha (purgueira) já foi concluído, mas não foi possível ultrapassar algumas das dificuldades enfrentadas, não só em relação à maturidade da cultura como no que diz respeito a questões fundiárias de acesso à terra. I.M. A capacidade instalada em Portugal para produção de biodiesel excede as necessidades anuais, pelo que o país deveria enveredar pelas exportações e a criação de novos combustíveis. Quais são as potencialidades de Portugal na produção de biodiesel? As necessidades actuais do país em biodiesel, num quadro de queda do consumo nacional de combustíveis e para uma incorporação legal de biodiesel no gasóleo de 6,5%, limitam-se a cerca de 350 milhões de litros. A capacidade instalada em Portugal é, actualmente cerca do dobro deste valor, sendo de encarar duas vias, a exportação e a criação de novos combustíveis, mais ricos em biodiesel, adequados a segmentos específicos de consumidores, designadamente profissionais. Como está Portugal em termos de investimentos na produção de biodiesel? As sete fábricas de biodiesel foram todas instaladas há menos de dez anos e, cumprem todos os requisitos ambientais e de eficiência nos seus processos. As lacunas situam-se actualmente numa maior ligação à agricultura a montante e na existência de um mercado mais concorrencial a jusante. Há espaço para aumentar a percentagem de biodiesel no gasóleo? O gasóleo é um produto que tem de obedecer a normas que limitam a incorporação de biodiesel na sua composição a 7%. No entanto, nada impede que os comercializadores de combustíveis lancem no Há uma profunda ligação entre a produção de biodiesel e de alimentos compostos para animais. mercado misturas mais ricas dirigidas quer aos consumidores em geral, quer a frotas de transporte de mercadorias. Se se conjugar esta acção com o incremento da produção nacional de colza ou de soja, teremos simultaneamente uma desejável redução das nossas dependências energética e alimentar. Há vantagens para a agricultura e a alimentação? Para a agricultura, podemos referir o interesse de grandes agricultores por considerarem que a produção sustentável de colza e até de soja constitui uma boa alternativa no plano de rotação de culturas. Para uma centena de pequenos agricultores, a declaração de que no Inverno nada produzem tem sido constante e a produção de colza pode constituir resposta para o aumento da produção agrícola nacional sem qualquer colisão com a produção de alimentos. Quanto à alimentação, é de referir a profunda ligação entre a produção de biodiesel e de alimentos compostos para animais, uma vez que a maior valorização que o biodiesel proporciona da componente oleaginosa das matérias-primas, reduz de modo significativo o preço da componente proteica. R.C. Foto cedida por APPB

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8 VIII Diário Económico Quinta-feira 8 Maio 2014 NOVAS ENERGIAS REPORTAGEM Carlos Bicudo da Ponte, administrador da EDA Renováveis. A central geotérmica do Pico Vermelho, em São Miguel, Açores. O fluído geotérmico é extraído e, depois, trabalhado no vaporizador e no pré-aquecedor. Fotos José António Rodrigues A energia que vem da terra 43% da produção energética da ilha de São Miguel teve como origem a energia da terra. IRINA MARCELINO irina.marcelino@economico.pt À medida que o responsável pelas centrais geotérmicas da ilha de São Miguel, Açores, ia explicando o que cada uma das centrais produzia e como funcionava, os empresários presentes na visita em que o Diário Económico participou - na sua maioria de sectores industriais que dependem fortemente da energia - iam-se aproximando para ouvir, com cada vez maisinteresse.masemportugalestaéaúnica zona em que há produção de electricidade com origem na geotermia. A temperatura de zonas de origem vulcânica ou com fendas tectónicas em Portugal Continental, como é o caso de Chaves (ver caixa ao lado), por exemplo, não chegam para produzir electricidade, a menos que se faça poços com muito maior profundidade - no mínimo cinco quilómetros - e mesmo assim não há garantias. Em São Miguel, Açores, os vários tubos que extraem o fluído térmico do fundo da terra nas Centrais da Ribeira Grande e do Pico Vermelho, perto da cratera da Lagoa do Fogo, no centro da ilha, podem chegar aos dois mil metros de profundidade e, por estarem numa zona especial como é São Miguel, atingem 200 graus de temperatura. Tanto a central da Ribeira Grande como a central do Pico Vermelho são servidas por cinco poços de produção (que extraem o fluído geotérmico) e dois que voltam a injectá-lo depois de trabalhado. Os poços que extraem, no entanto, nunca estão todos em funcionamento. Só três a trabalhar saturam a central, afirma Graça Rangel, geóloga da Electricidade dos Açores (EDA). O fluído geotérmico extraído é depois tratado e separado - uma parte produz electricidade e a outra é reinjectada na terra. O valor de energia eléctrica produzida nos Açores com base na geotermia já é encorajador. 43% da energia eléctrica consumida na TEMPERATURA 300º por quilómetro Em zonas normais da crosta terrestre, a temperatura aumenta 20 a 30º por quilómetro. Em áreas como os Açores o aumento de temperatura anda entre os 200 e 300º por quilómetro. ilha em 2013 e 22% nos Açores teve origem nestas duas centrais. Caminhamos para a meta desejada, considera Graça Rangel. A primeira central a ser desenvolvida foi a central da Ribeira Grande. E, mais recentemente, abriu a do Pico Vermelho, que é controlada através da primeira. Esta éaúnica ilha com duas centrais geotérmicas, explica a geóloga. A potência instalada em cada uma é de, respectivamente, 13 MW e 10 MW. Roubamos produção à produção térmica, o que é muito bom, mesmo em termos ambientais, afirma Carlos Bicudo, administrador da recém criada EDA Renováveis. Em 2013, a produção das duas centrais levou a que se deixasse de importar mais de 36 mil toneladas de fuel. Ou seja, evitou-se a emissão de mais de 140 mil toneladas de CO2. Esta opção é bem melhor do que queimar combustível em centrais térmicas, considera o responsável, que lembra que existem vários países no mundo que exploram a geotermia. É o caso da Islândia, onde a energia tem baixo custo por ser de origem geotérmica, mas cuja potência atrai as mais variadas indústrias. Aproveitamento geotérmico Desde 1982 que a Câmara Municipal de Chaves faz aproveitamento geotérmico das águas termais. Por mês, a autarquia poupa 20a25mileurossónas piscinas municipais. Mas o aproveitamento das águas, feito através de duas captações com capacidade de produção de cerca de 15 litros por segundo à temperatura média de 73 graus, permite ainda aquecer águas sanitárias, a água dos tanques, o ambiente dos edifícios do balneário termal, e dois hotéis da cidade, o que gera uma poupança anual de cerca de 300 mil euros. Joaquim Esteves, responsável pela manutenção da empresa que gere o aproveitamento geotérmico, frisa que a autarquia já investiu 350 mil euros, e revela estar em execução uma terceira captação, com investimento previsto de 125 mil euros. Salienta ainda que investimento da autarquia tem tido apoios comunitários na ordem dos 70% a 80%. R.C.

9 Quinta-feira 8 Maio 2014 Diário Económico IX OPINIÃO Energia e competitividade económica Em 2012, a AIP lançou o evento Energylive para reunir empresas, associações e centros tecnológicos da energia. A Energia é um dos sectores mais importantes para a consolidação da competitividade da economia portuguesa. Os custos da energia tem sobretudo na nossa indústria um peso muito elevado nos custos totais de produção, sendo por isso crucial criar condições para uma cada vez maior autonomia energética de Portugal. As energias renováveis e as soluções de eficiência energética são assim áreas onde devemos continuar a apostar para que com o desenvolvimento tecnológico possamos atingir valores comparáveis ou mesmo mais baixos em relação às fontes de energia convencionais. A Fundação AIP lançou o evento Energylive em 2012 precisamente para reunir em seu torno empresas, associações, centros tecnológicos e universidades que em conjunto encontram no Energylive um local de debate e palco privilegiado de apresentação de soluções inovadoras. JORGE OLIVEIRA Director de Área de Feiras da AIP - Feiras, Congressos e Eventos As necessidades de acesso à energia em diversos pontos do globo, com grande destaque para as oportunidades em África, devem estar no radar das nossas empresas, pois será essencial paraocrescimento dos seus negócios. Portugal, fruto de um trabalho desenvolvido, é hoje considerado como uma das principais referências a nível mundial nas energias renováveis, nas eólicas, no fotovoltaico, nas energias das ondas, na biomassa. As soluções de eficiência energética, quer pelos ganhos a partir de materiais de construção mais eficientes, de monitores e sistemas de iluminação que permitem grandes poupanças energéticas, ou de uma mudança no comportamento das pessoas no uso diário da energia, são cada vez mais responsáveis por este grande trabalho de autonomia energética de que o país tanto carece. A Fundação AIP, através do Energylive, tem possibilitado também a internacionalização dasnossasempresasmaiscompetitivascom várias acções em mercados externos como Angola, Moçambique, Emirados Árabes Unidos, China ou Alemanha. Assim, não trabalhamos apenas no sentido de reforçar as competências das empresas portuguesas do sector, mas também para permitir o aumento da exportação da nossa tecnologia e do nosso conhecimento. As necessidades de acesso à energia em diversos pontos do globo, com grande destaque para as oportunidades em África, devem estar no radar das nossas empresas, pois será essencial para o crescimento dosseusnegócios. Nesta nova era de novas formas de energia, Portugal dispõe de condições naturais, tecnológicas e de recursos humanos francamente favoráveis, capazes de nos transformar definitivamente num país energeticamente autónomo. O Energylive, organizado pela Fundação AIP e que se realiza anualmente em Março no Centro de Congressos de Lisboa, mantém-se comoumdosmomentosmaisimportantes de mostra do desenvolvimento técnico e do conhecimento das empresas e universidades portuguesas no sector da energia. PUB

10 X Diário Económico Quinta-feira 8 Maio 2014 NOVAS ENERGIAS Ministério do Ambiente já tem carros eléctricos Moreira da Silva assina acordo com associação para mostrar vantagens da mobilidade eléctrica. Paulo Alexandre Coelho Lisboa vai aproveitar tráfego para produzir energia A capital quer transformar a energia desperdiçada no tráfego urbano em electricidade. RAQUEL CARVALHO raquel.carvalho@economico.pt Lisboa quer transformar a energia desperdiçada no tráfego urbano em electricidade, reduzindo a sua pegada carbónica e aumentando a sustentabilidade ambiental. Como? Aplicando sobre o pavimento rodoviário, em locais de tráfego intenso e zonas de desaceleração, uma cobertura com um dispositivo que capta energia e a liga ao equipamento de armazenamento, podendo ser consumida no local ou injectada na rede. Foi com este projecto que a capital portuguesa se candidatou ao prémio Mayors Challenge 2013/2014, competição promovida pela Bloomberg Philanthopies que visa inspirar cidades a desenvolver soluções inovadoras destinadas a ultrapassar grandes desafios e a melhorar a vida dos cidadãos, e que possam ser aplicadas a nível global. Lisboa é uma das 21 cidades finalistas seleccionadas entre 155 candidaturas de cidades de toda a Europa, podendo vir a receber o prémio final de cinco milhões de euros em Outubro. Na cerimónia de apresentação das finalistas, que decorreu no final de Abril, António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa disse que, com este projecto, se pretende transformar um problema numa oportunidade. Reciclando a energia consumida pelo tráfego em energia reutilizável, pretendemos converter o desperdício em valor acrescentado. O autarca assumiu haver expectativa de que a energia gerada pelo movimento dos automóveis possa gerar nova energia, e energia suficiente para ser vendida à rede, criando proventos para financiar projectos de mobilidade inclusiva. O projecto de Lisboa tem por trás a empresa Waydip, que é uma extensão da Wayenergy, uma inovação desenvolvida há cerca de quatro anos na Universidade da Beira Interior e que consiste no método de captar a energia cinética associada ao movimento de pessoas e veículos e de transformar esta em energia eléctrica, disseram, na altura, ao Diário Económico os responsáveis pelo projecto. A tecnologia já foi testada na Covilhã e numa passadeira pedonal de Lisboa e vai agora ser testada a uma escala maior, mesmo se não ganhar a competição da Bloomberg. Terá a duração de dois anos. O primeiro será de selecção dos locais a implementar e o segundo, de implementação do projecto. De acordo com os Francisco Duarte e João Paulo Champalimaud durante a cerimónia de apresentação das 21 cidades finalistas, há já indicações de se poder gerar uma capacidade semelhante à da energia eólica e de obter um bom ratio económico com venda de energia armazenada à rede, disseram. O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, assinou ontem um protocolo com o presidente da Associação Portuguesa de Veículos Eléctricos (APVE), Jorge Vasconcelos, no âmbito de um programa de demonstração da mobilidade eléctrica no ministério. Durante a cerimónia pública, o ministro reforçou a importância da mobilidade eléctrica para a diminuição da dependência energética de Portugal, dizendo que este protocolo vem no seguimento da aposta do Governo nas energias renováveis. Moreira da Silva lembrou que O ministério quer provar a viabilidade económica dos carros eléctricos, pela poupança nas emissões de CO2 e no consumo de combustíveis fósseis. Portugal tem todas as condições para fazer uma aposta consistente num cluster nesta área, aproveitamento os projectos inovadores, o capital humano e a grande capacidade do país nas redes inteligentes. Por tudo isto, o governante não tem dúvidas de ser este o momento ideal para dar o exemplo da viabilidade da mobilidade eléctrica e reforçar a credibilidade desta modalidade de transporte. Até porque estão ultrapassados importantes constrangimentos à compra de carros eléctricos. Há uma nova política de valorização de carregamento destes carros, possível depois da aprovação recente do novo diploma sobre a nova mobilidade eléctrica. Além disso, o valor de compra destes carros já está mais baixo, o que é um incentivo. Um dos objectivos do ministério com o protocolo é provar a viabilidade destes carros, uma vez que o investimento é amortizado em menos de cinco anos pelas poupanças que tem nas emissões de CO2 e no consumo de combustíveis fósseis. Duas realidades que serão comprovadas, no final do protocolo, que terá a duração de dez meses. Durante esse período, uma equipa onde se incluem membros da Direcção Geral de Geologia e Energia, irão monitorizar todos os consumos dos 17 carros eléctricos que serão disponibilizados pelas onze marcas que abrangidas no acordo e que já comercializam estes veículos em Portugal. De dois em dois meses, haverá rotatividade, sendo utilizados quatro veículos totalmente eléctricos e um híbrido. Com o resultado da monitorização, o ministério quer obter dados que permitam contribuir para a concepção de um programa de mobilidade eléctrica no âmbito mais alargado da administração publica, explicou Jorge Moreira da Silva, que admitiu ainda a importância da utilização destes carros pelas empresas. O ministro afirmou ainda acreditar que o ministério vai obter poupanças muito significativas nos custos da sua frota. Durante a cerimónia, Jorge Vasconcelos, presidente da APVE, frisou que o sector dos carros eléctricos em Portugal é competitivo e atraente do ponto de vista industrial. R.C. Paula Nunes

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