A NOVA TIPOLOGIA FAMILIAR SEM PREVISÃO NORMATIVA

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1 A NOVA TIPOLOGIA FAMILIAR SEM PREVISÃO NORMATIVA SUMÁRIO Vanessa Monteiro Dias 1 Geovana da Conceição 2 Introdução; 1 Família: origem e conceituação; 2 A família após a Constituição Federal de 1988; 2.2 As diversas espécies de famílias previstas na legislação civil brasileira; Família monoparental; União estável; Casamento; 2.3 Outras espécies de famílias; Família substituta; Família homoafetiva; Família recomposta; Família extensa e ampliada; Família sócioafetiva; 3 O reconhecimento pelos Tribunais brasileiros da existência das diversas modalidades de famílias; 3.1 Famílias reconhecidas pelo ordenamento jurídico; 3.2 Famílias reconhecidas pela doutrina e jurisprudência; Considerações finais; Referências. RESUMO O presente artigo tem como objeto de estudo as novas formas de famílias sem previsão normativa e como objetivo, analisar as espécies de famílias existentes em nossa sociedade que possuem regulamentação legal, assim como demonstrar a existência de novos arranjos familiares, que apesar da sua não regulamentação, tem tido seus direitos resguardados e reconhecidos por nossos Tribunais. Assim, para alcançar o objetivo proposto a pesquisa partiu do conceito de família, sua origem e evolução. Contata-se, através do método indutivo, que alguns doutrinadores apontam a família num sentido biológico, estrito e amplo, tratando-a como um conjunto de pessoas ligadas por vínculo sanguíneo, formado basicamente por pais e filhos. Assim, através da presente pesquisa, é possível vislumbrar que as relações familiares atualmente, possuem como elemento fundamental o afeto, independente de vínculos sanguíneos ou modelos à serem seguidos. Palavras-chave: Família. afeto. novas formas de família. INTRODUÇÃO O presente artigo tem por objetivo, analisar as espécies de famílias existentes em nossa sociedade que possuem regulamentação legal, assim como demonstrar a 1 Acadêmica do 8º Período do Curso de Direito. vanessamonteirodias@tjsc.jus.br 2 Professora no Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí de Balneário Camboriú nas disciplinas de Direito Civil (Obrigações), Direito Processual Civil e Prática Jurídica, especialista em Direito Processual Civil, Mestre em Gestão de Políticas Públicas da Univali e advogada militante na Comarca de Itajaí na área do Direito de Família. geovanaadv@brturbo.com.br 1192

2 existência de novos arranjos familiares, que apesar da sua não regulamentação, tem tido seus direitos resguardados e reconhecidos por nossos Tribunais. Demonstrar-se-á no presente artigo que cada vez mais se torna exigível uma tutela jurídica que respeite a liberdade de constituição, convivência e dissolução da relação denominada família. O presente artigo foi desenvolvido, devido à relevância jurídica que o tema aqui tratado possui em nossa sociedade, e para tanto formulou-se o seguinte questionamento: Atualmente, as famílias não reconhecidas pelo ordenamento jurídico, possuem tutela que resguarde seus direitos? Atualmente, estamos quebrando vários paradigmas, conforme é possível vislumbrar através das jurisprudências dos tribunais de justiça do nosso país, especialmente, pelos Tribunais dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ora pesquisados. Porém, no que tange à nova tipologia familiar, a mais recente quebra de paradigma, deve-se ao STF, com o reconhecimento da união homoafetiva, através da ADI 4277, reconhecendo assim, a imperativa importância do afeto como elemento integrante da nova tipologia familiar. O presente artigo discorrerá sobre a evolução, origem e conceituação do da família e as diversas espécies de organização familiar existentes em nossa sociedade. Destacar-se-á ainda sobre os modelos de famílias amparados pela legislação brasileira e aquelas que não encontram o devido amparo na lei, mas que sua existência é reconhecida pelos tribunais brasileiros. A pesquisa realizar-se-á com base no método indutivo, e utilizará a referência bibliográfica, legal e jurisprudencial. 1 FAMÍLIA: ORIGEM E CONCEITUAÇÃO Em Roma, a família era estabelecida sobre o princípio da autoridade paterna e compreendia todos àqueles, que de alguma forma, estariam submetidos ao pater, visto que este era, ao mesmo tempo, chefe político, sacerdote e juiz. Liderava, oficiava o culto dos deuses domésticos e espalhava justiça. Exercia sobre os filhos direito de vida e de morte, podia impor-lhes pena corporal, vendê-los, tirar-lhes a vida. A mulher vivia completamente dependente à autoridade marital, nunca contraindo autonomia. Somente o pater adquiria bens, exercendo o poder sobre o 1193

3 patrimônio familiar ao lado, e como consequência do poder sobre a pessoa dos filhos e do poder sobre a mulher. A família era estabelecida em desempenho do juízo religioso, e o poder do império romano surgiu dessa organização. 3 Ao longo da história, a família gozou de um conceito sacralizado por ser considerada a base da sociedade. O Estado não podendo ficar aquém dessa intervenção nas relações familiares, buscou estabelecer padrões de estrita moralidade e de conservação da ordem social, transformando a família numa instituição matrimonializada. No entanto, mesmo diante das sanções legais, um significativo movimento social promoveu profundos reflexos na formação da família. A transformação do Estado em laico revolucionou os costumes e especificamente o Direito de Família, visto que sobreveio o pluralismo das entidades familiares, escapando suas novas estruturas do convívio das normatizações existentes. 4 A família no sentido amplo, são todos os indivíduos que estiverem ligados pelo vínculo da consanguinidade ou da afinidade, incluindo-se estranhos. No sentido restrito é o conjunto de pessoas unidas pelos laços do matrimônio e da filiação, ou seja, unicamente os cônjuges e a prole. 5 Cezar Fiúza 6, considera família de modo lato sensu, como sendo: uma reunião de pessoas descendentes de um tronco ancestral comum, incluídas aí também as pessoas ligadas pelo casamento ou pela união estável, juntamente com seus parentes sucessíveis, ainda que não descendentes, como também define em modo stricto sensu dizendo que: família é uma reunião de pai, mãe e filhos, ou apenas um dos pais com seus filhos. Finalizando, defende-se que a característica fundamental da família atual é a afetividade. Todavia, demonstra que as declarações de direito, como a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, em sinal dos tempos, preferiram não 3 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Vol. V - Direito de Família. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. Vol. 6 - Direito de Família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Direito de Família. Vol ed. São Paulo: Saraiva, FIUZA, Cezar. Direito Civil Curso Completo. 12ª ed. Belo Horizonte: Del Rey,

4 vinculá-la ao Estado, mas à sociedade, como reconhecimento da perda histórica e de sua função política. 7 Assim, diante dos conceitos doutrinários expostos, percebe-se que a família é tida como unidade básica da sociedade, sendo que esta forma-se por indivíduos ligados por laços sanguíneos e afetivos. Atualmente, a família não possui a função única de procriar, mas sim, de estar unida por desejos em comum e laços afetivos. 2 A FAMÍLIA APÓS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 A Constituição da República Federativa do Brasil de introduziu na sociedade brasileira novos valores, através do reconhecimento de institutos familiares antes não tutelados. Isto porque, a família passa a ser vista como promotora da dignidade humana. Paulo Luiz Netto Lôbo 9 assinala que o princípio da afetividade foi constitutivo para a evolução social da família. Fazendo uma análise dos artigos 226 e 227 da Constituição Federal de 1988, ele sintetiza dizendo que: Se todos os filhos são iguais, independentemente de sua origem, é porque a Constituição afastou qualquer interesse ou valor que não seja o da comunhão de amor ou do interesse afetivo como fundamento da relação entre pai e filho. [...] Se a Constituição abandonou o casamento como único tipo de família juridicamente tutelada, é porque abdicou dos valores que justificavam a norma de exclusão, passando a privilegiar o fundamento comum a todas as entidades, ou seja, a afetividade, necessário para realização pessoal de seus integrantes. O advento do divórcio direto (ou a livre dissolução na união estável) demonstrou que apenas a afetividade, e não a lei mantém unidas essas entidades familiares. 7 LÔBO, Paulo Luiz Netto. Princípio jurídico da afetividade na filiação. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 41, 1 maio Disponível em: Acesso em: 20 out BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de Doravante denominada de Constituição Federal de Disponível em: Acesso em: 09 jun LÔBO, Paulo Luiz Netto. Princípio jurídico da afetividade na filiação. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 41, 1 maio Disponível em: Acesso em: 20 out

5 Assim, após a Constituição Federal de 1988, em termos legais, a família vem passando por diversas transformações, sendo aceitos novos modelos de relações familiares, com arranjos sustentados muito mais no afeto do que nos vínculos sanguíneos ou por força do casamento. Maria Berenice Dias 10 acrescenta ainda que: A sociedade só aceitava a família constituída pelo matrimônio, por isso a lei regulava somente o casamento, as relações de filiação e o parentesco. O reconhecimento social dos vínculos afetivos formados sem o selo da oficialidade fez as relações extramatrimoniais ingressarem no mundo jurídico por obra da jurisprudência, o que levou a Constituição a albergar no conceito de entidade familiar o que chamou de união estável. Viu-se o legislador na contingência de regulamentar esse instituto e integrá-lo no livro do direito de família. No entanto, olvidou-se o Código Civil de disciplinar as famílias monoparentais, reconhecidas pela Constituição como entidades familiares. Para Arnaldo Rizzardo 11, o conceito de família tem um significado estrito, constituindo-se independente de vínculos sanguíneos: No sentido atual, a família tem um significado estrito, constituindo-se pelos pais e filhos, apresentando certa unidade de relações jurídicas, com idêntico nome e o mesmo domicílio e residência, preponderando identidade de interesses materiais e morais, sem expressar evidentemente, uma pessoa jurídica. No sentido amplo, amiúde empregado, diz respeito aos membros unidos pelo laço sanguíneo, constituída pelos pais e filhos, nestes incluídos os ilegítimos ou naturais e os adotados. Assim, conclui-se que o instituto familiar evolui e continua evoluindo sob a ótica do afeto, não havendo espaço para o modelo familiar antes adotado com abuso de poder, hierarquia e autoritarismo. 2.2 As diversas espécies de famílias previstas na legislação civil brasileira 10 DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3. ed. revista, atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, p RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. Rio de Janeiro: Forense, 2005, p

6 O artigo 226 da Constituição Federal de 1988 identifica formas de entidades familiares diversificadas como a união estável, sendo reconhecida a união entre homem e mulher com características de duradoura, ininterrupta e com objetivo de constituir família, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento, a família monoparental, como comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes e o casamento, a união mais comum, feita em contrato solene, as quais se tratará a seguir Família monoparental Família constituída por um de seus genitores e filho, ou seja, por mãe e filho, ou pai e filho, decorrente de produção independente, separação dos cônjuges, morte, abandono, podendo ser biologicamente constituída e por adoção 12. Reconhecida como entidade familiar na Constituição Federal de 1988, artigo 226, 4º: comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes União estável União estável é entidade familiar, que constitui união entre homem e mulher, fora do casamento, sendo esta duradoura, pública, com fins de constituir família, e possuem fidelidade recíproca. 13 Rodrigo da Cunha Pereira 14 conceitua união estável como sendo uma relação com as seguintes características: O delineamento do conceito de união estável deve ser feito buscando os elementos caracterizadores de um núcleo familiar. É preciso saber se daquela relação nasceu uma entidade familiar. Os ingredientes são aqueles já demarcados principalmente pela 12 RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. Vol. 6 - Direito de Família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. Vol. 6 - Direito de Família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Da União Estável. IBDFAM

7 jurisprudência e doutrina pós-constituição de 1988: durabilidade, estabilidade, convivência sob o mesmo teto, prole, relação de dependência econômica. Entretanto, se faltar um desses elementos, não significa que esteja descaracterizada a união estável. É o conjunto de determinados elementos que ajuda a objetivar e a formatar o conceito de família. O essencial é que se tenha formado com aquela relação afetiva e amorosa uma família, repita-se. O Código Civil de define em seu artigo 1.723, a união estável: É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Esta união tem proteção constitucional e ainda leis específicas 8.971/94 16 e a lei 9.278/ Casamento O mais antigo organismo familiar, o casamento compreende a união entre um homem e uma mulher através de um ato formal e solene do qual decorrem direitos e obrigações. Conforme Silvio Rodrigues 18 : Casamento é o contrato de direito de família que tem por fim promover a união do homem e da mulher, de conformidade com a lei, a fim de regularem suas relações sexuais, cuidarem da prole comum e se prestarem mútua assistência. Casamento é a terceira e última entidade familiar trazida pela Constituição Federal de 1988, considerando a mais antiga, mais conhecida e aceita pela sociedade, e a mais formal. 15 BRASIL. Lei nº de 10 de Janeiro de Disponível em: Acesso em: 09 jun BRASIL. Lei de 29 de dezembro de Regula o direito dos companheiros a alimentos e à sucessão. Disponível em: Acesso em: 09 jun BRASIL. Lei de 10 de maio de Regula o 3 do art. 226 da Constituição Federal. Disponível em: Acesso em: 09 jun RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. Vol. 6 - Direito de Família. 28. ed. São Paulo: Saraiva,

8 2.3 Outras espécies de famílias Abaixo serão demonstrados os novos arranjos familiares, não tutelados pela legislação brasileira, mas reconhecidos pelas doutrinas e jurisprudências pátrias Família substituta Segundo Marlusse Pestana Daher 19 : É aquela que se propõe trazer para dentro dos umbrais da própria casa, uma criança ou adolescente que por qualquer circunstância foi desprovido da família natural, para que faça parte integrante dela. A colocação em família substituta pode ocorrer de três formas: guarda, tutela e adoção. A primeira trata de prestação de assistência moral, material e educacional do guardião à criança ou adolescente a ele confiado, dessa forma, regulamentando a posse de fato e sendo parte indissociável da tutela e da adoção; já a tutela é definida como o poder, atribuído a uma pessoa capaz, para gerir a pessoa incapaz e dirigir seus bens, com relação as crianças e os adolescentes, versa um sucedâneo do pátrio poder, visto que, estes não possuem condições de existir sozinhos e exercitar todos os atos necessários à vida no seio social, e por fim a adoção, modalidade que confere a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, até mesmo os sucessórios. 20 Assim, a família substituta tem por objetivo levar ao Poder Judiciário, as condições em que vivem as crianças e adolescentes, e fazer com que o direito de crescer de forma sadia e com respeito, não lhes seja negligenciado ou negado Família homoafetiva A doutrina conservadora quanto ao tema procura equiparar a relação homoafetiva como sociedade de fato. Porém, a relação existente é movida por 19 DAHER, Marlusse Pestana. Família Substituta. Jus Navigandi. Dezembro de Disponível em: Acesso em: 21 out RIZZARDO, Arnaldo. Direito de Família. 8. Ed. Rio de Janeiro: Forense,

9 traços eminentemente afetivos, não de sócios. Logo, é infundado o reconhecimento da união homoafetiva como sociedade de fato. 21 A união homoafetiva é a existente entre pessoas do mesmo sexo, configurando uma relação homossexual. O termo homossexual se deve a junção do prefixo grego homós, que quer dizer semelhante, com o sufixo latim sexus, que se refere ao sexo, sendo, portanto, a relação existente entre pessoas de mesmo gênero. Isto é, o homossexual é o indivíduo que possui o desejo de se relacionar com outra pessoa que possua o mesmo sexo que o seu, sentindo-se o homem atraído por outro homem e a mulher atraída por outra mulher. Neste caso, a pessoa não nega sua formação biológica, apenas possui seus desejos físicos e amorosos inclinados exclusivamente para a pessoa de mesmo sexo. 22 A família homoafetiva talvez seja a que mais sofra preconceito por parte da sociedade, pelo fato de ser observado apenas o aspecto biológico, ou seja, observando apenas o fato desta ser formada por dois homens ou duas mulheres, deixando de lado o princípio de que todos são iguais perante a lei sem qualquer distinção, e ainda, o princípio da dignidade humana, o qual é apontado por muitos juristas, como norteador do nosso ordenamento jurídico Família recomposta Esta entidade é formada por um cônjuge ou companheiro e os filhos do outro, vindos de relacionamento anterior. Sem dúvida há uma figura familiar diferente da monoparental e da família decorrente do parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição Federal de Na família reconstituída surgem relações diferentes, os filhos, por 21 DIAS, Maria Berenice. A Ética do Afeto. Universo Jurídico, Juiz de Fora, ano XI, 02 de mai. de Disponível em: Acesso em: 21 out JENCZAK, Dionísio. Aspectos das Relações Homoafetivas à Luz dos Princípios Constitucionais. Florianópolis: Conceito Editorial,

10 exemplo, passam a ter novos irmãos. Os cônjuges, companheiros ou parceiros passam a ter novos parentes por afinidade. 23 Através desta instituição familiar, é possível vislumbrar que o casamento no qual os cônjuges deveriam viver juntos até o falecimento de um deles, tem perdido força em virtude da modernização da sociedade, aonde a separação ocorre com facilidade, devido a intolerância com os defeitos do outro Família extensa e ampliada O artigo 25, parágrafo único, da Lei /09 24, que trata da reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente, introduz família extensa ou ampliada como sendo espécie da família natural: Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou o adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. Sendo assim, a família extensa ou ampliada, distingue-se da família substituta, visto que a substituta acolhe a criança ou adolescente para o seio familiar independente de vínculo sanguíneo, enquanto a extensa, é a qual existem apenas vínculos afetivos, porém a criança continua sendo criada por seus pais biológicos Família sócio - afetiva 23 LÔBO, Paulo Luiz Netto. A repersonalização das relações de família. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 307, 10 maio Disponível em: Acesso em: 21 out BRASIL. Lei nº de 03 de Agosto de Dispõe sobre adoção; altera as Leis n os 8.069, de 13 de julho de Estatuto da Criança e do Adolescente, 8.560, de 29 de dezembro de 1992; revoga dispositivos da Lei n o , de 10 de janeiro de Código Civil, e da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943; e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 09 jun

11 Ocasiões peculiares devem ser assumidas no mundo jurídico como relações de afeto com força própria para uma definição jurídica: o "filho de criação", quando comprovado o "estado de filho afetivo" (posse de estado de filho), e a conhecida "adoção à brasileira". 25 A família sócio afetiva é o grande exemplo de que o afeto permeia a formação das famílias atualmente, estando este elemento presente em várias decisões exaradas por nossos juízes e desembargadores, conforme colhe-se das jurisprudências abaixo colacionadas. 3 O RECONHECIMENTO PELOS TRIBUNAIS BRASILEIROS DA EXISTÊNCIA DAS DIVERSAS MODALIDADES DE FAMÍLIAS 3.1 Famílias reconhecidas pelo ordenamento jurídico Conforme exposto no decorrer do presente artigo, há três tipos de famílias reconhecidas pelo ordenamento jurídico, as famílias oriundas do casamento, da união estável e a família monoparental, as quais além da previsão legal são também reconhecidas pelos nossos tribunais, conforme a seguir se demonstrará. A família monoparental, formada apenas por um dos genitores e seus filhos, para sua caracterização é preciso que preencha certos requisitos, consoante entendimento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que assim julgou: UNIÃO ESTÁVEL. AUSÊNCIA DE COABITAÇÃO E DE RELACIONAMENTO MORE UXORIO. Se os litigantes optaram por manter cada um a sua própria residência e sua própria privacidade, jamais estabelecendo uma vida em comum, mantendo a autora família monoparental com seu filho, evidentemente não constituiu com o falecido uma união estável, que reclama a convivência more uxorio, pois jamais tiveram o propósito de constituir um núcleo familiar. RECURSO DESPROVIDO PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Vol. V - Direito de Família. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Embargos Infringentes Nº , Quarto Grupo de Câmaras Cíveis, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 08/10/2004. Disponível em Acesso em 29 out

12 A jurisprudência acima, versa acerca de um casal que optou por residir em casa separadas, não configurando união estável, mas sim, uma família monoparental da autora em relação ao menor, filho desta com o falecido, não objetivando a constituição de família. A união estável, reconhecida como a união pública, duradoura e com o objetivo de constituição de família entre duas pessoas, também tem sua proteção prevista pelos tribunais pátrios, consoante se colhe da jurisprudência do Tribunal do Rio Grande do Sul. APELAÇÃO. DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA. Ainda que a união estável tenha iniciado na vigência do regime legal de bens para o casamento como sendo o da comunhão universal, este não tem aplicação na espécie, vez que, a lei que rege a relação decorrente da união estável é aquela vigente por ocasião da ruptura da entidade familiar, no caso, a Lei n.º 9.278/96, que já estabelecia a comunhão parcial. Partilha de bens do imóvel em 50% para cada parte. A reforma da sentença se impõe, ainda, na fixação da verba honorária. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. 27 A decisão acima, reconhece a união estável havida, bem como a necessidade da realização da partilha dos bens amealhados durante a união entre os ora litigantes, embasando-se para tanto, na lei que estabelece a comunhão parcial de bens para a união estável. O casamento, organismo familiar reconhecido pela legislação brasileira e também pelos tribunais como a união formada entre homem, mulher e filhos, tem sem dúvida seus anseios atendimentos, conforme colhe-se da jurisprudência do Tribunal do Estado de Santa Catarina: 27 RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Cível Nº , Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Roberto Carvalho Fraga, Julgado em 17/10/2012. Disponivel em Acesso em 29 out

13 ALTERAÇÃO REGIME COMUNHÃO PARCIAL DE BENS PARA SEPARAÇÃO. PEDIDO FIRMADO POR AMBOS OS CÔNJUGES, LIVRE E EXPONTANEAMENTE. PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS. DIREITOS DE TERCEIROS RESGUARDADOS. DECISÃO NÃO RETROATIVA. PROVIMENTO DA APELAÇÃO. O art , 2º, do Código Civil, admite que os cônjuges a alterem o regime de bens do casamento, mediante pedido fundamentado, a partir de autorização judicial, com validade, inclusive, para os casamentos celebrados antes da vigência da nova lei civil, com fundamento nos artigos e do Código Civil. Pedido motivado na liberdade de gerir o patrimônio e suficiente, quando demonstrado que os cônjuges são capazes e têm instrução necessária para reconhecer as implicações da modificação pretendida. Alteração do regime de bens, de comunhão parcial para separação total de bens, ressalvados os direitos de terceiros e a irretroatividade desta decisão. 28 Na jurisprudência acima, é possibilitada a um casal, que, de forma consensual, requereu a conversão do regime de comunhão parcial, para separação total de bens, ante o fato de que estes comprovaram que não agiam de má-fé. 3.2 Espécies de famílias reconhecidas pela doutrina e jurisprudência As jurisprudências abaixo colacionadas, versam sobre as famílias decorrentes da modernização do instituto familiar e que não possuem tutela jurídica específica. A família substituta, considerada como aquela que acolhe para o seio familiar, pessoa que por algum motivo não possua a sua própria família, possibilitando que àquela se desenvolva deforma sadia, apesar de não encontrar regulamentação nas leis brasileiras, é um organismo familiar que tem seu reconhecimento assegurado pelos tribunais, conforme colhe-se do entendimento do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina: DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. PRESTAÇÃO JURISDICIONAL FUNDADA EM 28 SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Apelação Cível n , de São Bento do Sul, rel. Des. Gilberto Gomes de Oliveira. Disponível em Acesso em 29 out

14 ACERVO PROBATÓRIO SEGURO QUANTO AO DESCUMPRIMENTO DOS DEVERES INERENTES AO PODER FAMILIAR. DESCASO COM A PROLE. GENITORES QUE CUMPREM PENAS DE RECLUSÃO, EM REGIME FECHADO, PELA PRÁTICA DOS CRIMES DE TRÁFICO DE DROGAS E INCÊNDIO DOLOSO, RESTANDO AINDA TEMPO SIGNIFICATIVO DE REPRIMENDA A SER CUMPRIDA. AUSÊNCIA DE QUALQUER PROVIDÊNCIA NO SENTIDO DE DAR ASSISTÊNCIA À CRIANÇA DE TENRA IDADE. PARENTES, OUTROSSIM, QUE NÃO MANIFESTARAM INTERESSE EM EXERCER A SUA GUARDA. ENCAMINHAMENTO ÀFAMÍLIA SUBSTITUTA, A QUAL VEM ATENDENDO AOS INTERESSES DA CRIANÇA. ADOÇÃO RECOMENDADA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSOS DESPROVIDOS. 29 A jurisprudência acima observa a importância da família substituta na destituição do poder familiar, revelando-se como aquela que mais atende aos interesses da criança no caso concreto analisado. A família homoafetiva, entendida como aquela formada por duas pessoas do mesmo sexo, é objeto de grande discussão, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, e que também ao longo dos anos tem recebido o reconhecimento dos tribunais brasileiros, conforme colhe-se também da jurisprudência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA. COMPETÊNCIA. 1. [...] 2. "O direito não regula sentimentos, mas as uniões que associam afeto a interesses comuns, que, ao terem relevância jurídica, merecem proteção legal, independentemente da orientação sexual do par" (DIAS, Maria Berenice. União homossexual: o preconceito e a justiça. 2. ed. Porto Alegre: Do Advogado, 2001, p. 68). 3. "Não se permite mais o farisaísmo de desconhecer a existência de uniões entre pessoas do mesmo sexo e a produção de efeitos jurídicos derivados dessas relações homoafetivas. Embora permeadas de preconceitos, são realidades que o Judiciário não pode ignorar, mesmo em sua natural atividade retardatária. Nelas remanescem conseqüências semelhantes as que vigoram nas relações de afeto, buscando-se sempre a aplicação da analogia e dos princípios gerais do direito, relevado sempre os princípios constitucionais da dignidade humana e da igualdade." (TJRS, Apelação Cível Nº , Sétima Câmara Cível, rel. JOSÉ CARLOS TEIXEIRA GIORGIS, j. em ). 4. "O 29 SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. AC , rel. Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta, j. 24/08/2012. Disponível em Disponível em 29 out

15 relacionamento regular homoafetivo, embora não configurando união estável, é análogo a esse instituto. Com efeito: duas pessoas com relacionamento estável, duradouro e afetivo, sendo homem e mulher formam união estável reconhecida pelo Direito. Entre pessoas do mesmo sexo, a relação homoafetiva é extremamente semelhante à união estável." (STJ, Resp , Terceira Turma; Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS, j. em ). 5. Reconhecida a união homoafetiva como entidade familiar, centrada que é no afeto, a ela é possível atribuir, por analogia, e dependendo da prova, os reflexos jurídicos compatíveis da união estável heterossexual, cenário que faz chamar a competência da vara especializada de família (CC n , de Lages, rel. Des. Henry Petry Junior). 30 A jurisprudência acima descrita assevera o que a corrente doutrinária majoritária já reconhece, que os litígios advindos de famílias homoafetivas, devem ser processados e julgados pelas varas especializadas de Família e que estas uniões são sim reconhecidas no âmbito do direito de família. A família recomposta, formada quando, duas pessoas que contraíram matrimônio, separam-se e formam novas famílias com outras pessoas, e destas relações advém outros filhos, também têm seus direitos reconhecidos. Veja: RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL. LEI N , DE , QUE ACRESCENTOU O 8º AO ART. 57 DA LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS - LEI N , DE PRETENSÃO DA ENTEADA A INCLUSÃO DO SOBRENOME DO PADRASTO ADMITIDA COM A CONCORDÂNCIA DESTE E SEM PREJUÍZO DOS SOBRENOMES DA FAMÍLIA DA INTERESSADA. RETIFICAÇÃO QUE TEM POR MOTIVO ESTABELECER A IDENTIDADE DO NOME DA ENTEADA COM OS DOS OUTROS DOIS FILHOS DE SUA MÃE COM O PADRASTO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. 31 No acórdão acima, é permitido à enteada, que esta inclua o sobrenome do padrasto ao seu nome, a fim de ter os mesmos sobrenomes constantes nos nomes dos irmãos, advindos desta nova relação de sua genitora. 30 SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Agravo de Instrumento n , da Capital, rel. Des. Sônia Maria Schmitz. Disponível em Acesso em 30 out SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Apelação Cível n , de Videira, rel. Des. Nelson Schaefer Martins. Disponível em Acesso em 12 junho

16 Por último, a família sócio-afetiva formada quando, há um sentimento de filiação de uma determinada pessoa para com àqueles que a criaram, porém sem vínculo sanguíneo, trata-se do vínculo afetivo que também recebe o amparo e reconhecimento dos nossos tribunais. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADOÇÃO INTUITU PERSONAE. GRAVIDEZ INDESEJADA, COM INTENÇÃO DE COMETIMENTO DE ABORTO PELA MÃE BIOLÓGICA. ENTREGA DA CRIANÇA, LOGO APÓS O NASCIMENTO, A COLEGA DE TRABALHO E SEU COMPANHEIRO. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE MÁ-FÉ E/OU COMPENSAÇÃO FINANCEIRA. NÃO INSCRIÇÃO NO CADASTRO DE PRETENDENTES À ADOÇÃO. CRIANÇA COM MAIS DE QUATRO ANOS DE IDADE E CONVIVÊNCIA COM OS ADOTANTES NO MESMO PERÍODO. VÍNCULOS SÓCIO- AFETIVOS COMPROVADOS. ESTUDO SOCIAL FAVORÁVEL À ADOÇÃO. MITIGAÇÃO DA OBSERVÂNCIA RÍGIDA AO SUPRACITADO CADASTRO. PREPONDERÂNCIA DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. PRIORIDADE ABSOLUTA. SENTENÇA QUE DEFERIU A ADOÇÃO MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. "A observância do cadastro de adotantes, vale dizer, a preferência das pessoas cronologicamente cadastradas para adotar determinada criança não é absoluta. Excepciona-se tal regramento, em observância ao princípio do melhor interesse do menor, basilar e norteador de todo o sistema protecionista do menor, na hipótese de existir vínculo afetivo entre a criança e o pretendente à adoção, ainda que este não se encontre sequer cadastrado no referido registro' (Resp /MG, Rel. Min. Massami Uyeda, j )." (AC n.º , rel. Des. Luiz Zanelato, DJ de ). 32 No caso acima, o acórdão manteve a sentença que deferiu a adoção de uma menor que foi entregue pela genitora, logo após o seu nascimento à uma colega de trabalho, constatando-se que não houve má-fé por parte do casal que cuidou da criança ao longo de quatro anos, bem como, não houveram indícios de que a genitora havia recebido dinheiro para entrega da criança, configurando-se assim, adoção à brasileira. O que se observa é que em nossa sociedade existem diversos organismos familiares em nossa sociedade, alguns reconhecidos pela legislação brasileira e 32 SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina Apelação Cível n , de Jaraguá do Sul, rel. Des. Carlos Prudêncio. Disponível em Acesso em 12 junho

17 outros apesar de não receberem o amparo legal, têm seus interesses e direitos reconhecidos pelos nossos tribunais. CONSIDERAÇÕES FINAIS No presente artigo, realizou-se um breve estudo sobre a família e sua história no âmbito jurídico, bem como sua evolução histórica e conceituação, observando-se que a família é considerada a base para todos os assuntos concernentes à sociedade. Diante de toda a modernização do instituto familiar, é complexo chegar a um conceito universal de família, decorrente da vasta tipologia familiar existente, desde àquelas reconhecidas pelo ordenamento jurídico, e as reconhecidas apenas pela doutrina e jurisprudência pátria. Através do presente artigo, e em resposta ao questionamento que norteou esta pesquisa, observou-se a necessidade de mudanças na legislação em vigor que acompanhe a dinâmica social, a fim de oferecer tutela jurisdicional coerente com todas as formas de famílias existentes, visto que estas não possuem uma norma que as norteie. Através do método utilizado, o indutivo, concluiu-se que, não valeriam conhecimentos técnicos do instituto Família, se não o fizessem valer os anseios sociais e os preceitos legais e jurisprudências que envolvem a relação de família, visto que são muitas as mudanças e avanços dentro da sociedade em relação a família. REFERÊNCIA DAQS FONTES CITADAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de Disponível em: Acesso em 12 jun BRASIL. Lei nº de 10 de Janeiro de Disponível em: Acesso em 12 jun

18 BRASIL. Lei de 29 de dezembro de Disponível em: Acesso em 12 jun BRASIL. Lei de 10 de maio de Disponível em: Acesso em 12 jun BRASIL. Lei nº de 03 de Agosto de Disponível em: Acesso em 12 jun PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Vol. V - Direito de Família. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. Vol. 6 - Direito de Família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Direito de Família. Vol ed. São Paulo: Saraiva, FIUZA, Cezar. Direito Civil Curso Completo. 12ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, LÔBO, Paulo Luiz Netto. Princípio jurídico da afetividade na filiação. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 41, 1 maio Disponível em: Acesso em: 20 out LÔBO, Paulo Luiz Netto. A repersonalização das relações de família. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 307, 10 maio Disponível em: Acesso em: 21 out DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3. ed. revista, atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 32. DIAS, Maria Berenice. A Ética do Afeto. Universo Jurídico, Juiz de Fora, ano XI, 02 de mai. de Disponível em: Acesso em: 21 out RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. Rio de Janeiro: Forense, 2005, p. 11. PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Da União Estável. IBDFAM DAHER, Marlusse Pestana. Família Substituta. Jus Navigandi. Dezembro de Disponível em: Acesso em: 21 out JENCZAK, Dionísio. Aspectos das Relações Homoafetivas à Luz dos Princípios Constitucionais. Florianópolis: Conceito Editorial,

19 RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Embargos Infringentes Nº , Quarto Grupo de Câmaras Cíveis, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 08/10/2004. Disponível em Acesso em 29 out RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Cível Nº , Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Roberto Carvalho Fraga, Julgado em 17/10/2012. Disponivel em Acesso em 29 out SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Apelação Cível n , de São Bento do Sul, rel. Des. Gilberto Gomes de Oliveira. Disponível em Acesso em 29 out SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. AC , rel. Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta, j. 24/08/2012. Disponível em Disponível em 29 out SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Agravo de Instrumento n , da Capital, rel. Des. Sônia Maria Schmitz. Disponível em Acesso em 30 out SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina Apelação Cível n , de Videira, rel. Des. Nelson Schaefer Martins. Disponível em Acesso em 12 jun SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina Apelação Cível n , de Jaraguá do Sul, rel. Des. Carlos Prudêncio. Disponível em Acesso em 12 jun

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