A Política Externa estadunidense no Oriente Médio e a formulação da Doutrina Carter ( )

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1 A Política Externa estadunidense no Oriente Médio e a formulação da Doutrina Carter ( ) EDSON JOSÉ PEROSA JUNIOR * Resumo: O ano de 1979 é de fundamental importância para compreendermos os desdobramentos subsequentes do Oriente Médio. Naquele ano, deu-se a Revolução Islâmica no Irã e a invasão soviética ao Afeganistão. Este último evento marcou o aumento das tensões entre os EUA e a URSS. O governo Jimmy Carter viu-se forçado a reorientar a política externa de forma mais agressiva, devido, à Revolução no Irã e à invasão soviética ao Afeganistão, que levaram o governo dos EUA a perceberem que seus interesses no Oriente Médio periclitavam. A Doutrina Carter definia que os EUA iriam lutar para defender seus interesses no golfo pérsico da ameaça soviética ou de qualquer outro país considerado hostil aos Estados Unidos. Destarte, essa nova orientação da Política Externa marcava uma clara ruptura com a Doutrina Nixon, que evitava uma ação militar direta dos EUA, preferindo defender seus interesses por meio de aliados confiáveis. Palavras-Chave: Revolução Islâmica. Afeganistão. Détente. U.S. Foreign Policy in the Middle East and the Formulation of the Carter Doctrine ( ) Abstract: The year 1979 is of fundamental importance to understand the subsequent happenings in the Middle East. There was the Islamic Revolution and the Soviet invasion of Afghanistan. The latter event marked the rising tensions between the USA and the USSR. The Jimmy Carter s government was forced to reorient the USA foreign policy, making it more aggressive to assure USA interests in the Middle East. Then, the Carter Doctrine defined that the USA would fight to defend their interests in the Persian Gulf against the Soviet threat, or from any other country considered hostile. This new Foreign Policy marked a clear rupture in relation to Nixon Doctrine, which avoided direct military actions and defended USA interests through trusted allies. Key words: Islamic Revolution; Afghanistan. Détente. * EDSON JOSÉ PEROSA JUNIOR é Mestrando em História Comparada pela PPGHC/UFRJ. 97

2 Introdução James Earl Carter foi eleito presidente dos EUA em O eleitorado que votou em Carter via o novo presidente como um divisor de águas em relação aos governos anteriores (de Nixon e de Ford), pois o seu programa representava um rompimento com a política realista dos governos republicanos anteriores: Carter adotou uma política mais moralista e idealista, especialmente em relação aos Direitos Humanos, como veremos mais adiante. Além disso, Carter se diferenciava dos outros membros do establishment político pelas suas ideias e convicções morais e religiosas (HODGE; NOLAN, 2007: 331). Assim que Carter assumiu o cargo de presidente, houve mudanças substanciais na Política Externa estadunidense, principalmente se forem adotados parâmetros de comparação com a de seu predecessor. Os princípios humanitários guiaram boa parte do mandato de Jimmy Carter e isso se refletiu, por exemplo, na Política Externa estadunidense para a América Latina, onde havia um bom número de ditaduras (todas apoiadas, inicialmente, em maior ou menor medida pelos EUA). Os EUA passaram a pressionar pelo maior comprometimento dos países latino-americanos com os Direitos Humanos. Todavia, isso teve efeitos inesperados quando os EUA condicionaram o auxílio militar ao Brasil a um relatório sobre a situação dos Direitos Humanos, que deveria ser apresentado ao Congresso estadunidense e posteriormente ao público. Isso fez com que o Brasil rompesse o Acordo Militar, assinado em 1952, como protesto pelo que considerava uma ingerência dos EUA nos assuntos internos brasileiros (DAVIS, 1996). Esse exemplo demonstra os resultados da nova Política Externa dos EUA. Entretanto, os anos iniciais do governo Carter foram de sucessos em sua 98

3 Política Externa. O Tratado sobre o Canal do Panamá (que devolvia o Canal ao governo panamenho), os Acordos de Camp David entre Israel e o Egito e a normalização das relações com a China, todos aparentavam confirmar a competência de Carter nos assuntos internacionais (HODGE; NOLAN, 2007: 331). No entanto, ao longo do seu governo, a orientação da Política Externa estadunidense sofreu alterações profundas, devido, principalmente, aos acontecimentos no Oriente Médio, que desafiaram a política do país na região. Tendo em vista essa modificação na Política Externa dos EUA entre 1977 e 1980, proponho analisar como os eventos do Oriente Médio, em especial a Revolução Islâmica e a invasão soviética ao Afeganistão, modificaram a Política Externa estadunidense, culminando com a promulgação da Doutrina Carter em janeiro de O que se nota é que os princípios humanitários foram lentamente perdendo força como orientação fundamental da Política Externa ao longo do mandato de Carter. O Oriente Médio, assim como outras regiões do mundo, era uma área de confrontação entre os EUA e a URSS durante a Guerra Fria, com o agravante se ser uma região rica em petróleo, o que ressaltava a sua importância geopolítica em relação a outras regiões do globo. Isso envolvia uma relação recíproca entre o sistema internacional e o subsistema da região, isto é, a rivalidade global entre as duas potências (EUA e URSS) e as manobras e rivalidades regionais no Oriente Médio (HALLIDAY, 2005: 98). Diante disso, podemos compreender melhor como se dá o embate entre os EUA e a URSS nessa região e as especificidades locais, que não podem ser ignoradas, analisando como os eventos do ano de 1979 no Oriente Médio (a assinatura do acordo de paz egípcio-israelense, a Revolução Islâmica e a invasão soviética ao Afeganistão) influenciaram decisivamente a mudança de rumo da Política Externa estadunidense durante o governo Carter (VIZENTINI, 2002). Primeiramente, analisaremos os acordos de paz de Camp David e o subsequente acordo de paz egípcio-israelense e como isso alterou o equilíbrio de forças entre Israel e seus vizinhos, além de costituir uma vitória na Política Externa para Carter. Em seguida, a Revolução Islâmica no Irã, que derrubou o Xá Reza Pahlavi, principal aliado dos EUA na região, pilar fundamental na estratégia estadunidense para a região (sendo um dos principais receptores de ajuda militar dos EUA no mundo) e colocou o aiatolá Khomeini no poder. O novo governo do Irã adotou uma posição de distanciamento de Washington e de enfrentamento às suas políticas para a região, o que acabou por provocar atritos com os EUA, culminando em uma crise entre os EUA e o Irã. Em grande medida, a intensificação dos conflitos com os EUA foi resultado do assalto à embaixada estadunidense em Teerã e da captura dos diplomatas e cidadãos dos EUA que lá trabalhavam. A situação dos reféns da embaixada em Teerã tornou-se uma arma contra o presidente Carter. Por último, houve a invasão soviética ao Afeganistão no natal de O Afeganistão se encontrava incontestavelmente na área de influência soviética e não lhe interessava a instabilidade na região. Tal invasão colocou fim à détente e provocou protesto nos EUA. Esses dois últimos eventos serão catalisadores de uma mudança na Política Externa dos EUA, com a promulgação da Doutrina Carter em 1980, que previa que os EUA lançariam mão de todos os meios 99

4 possíveis (inclusive o militar) para defender seus interesses no Oriente Médio e no Golfo Pérsico, em particular. Paradoxos da Paz Egípcio-Israelense Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, árabes e israelenses mantêm-se em permanente estado de tensão, com a emergência de conflitos tanto no campo diplomático quanto militar. Nesse contexto, foram travadas subsequentes guerras ao longo dos anos 1940, 1950, 1960 e Em 1967, Israel lançou um ataque preventivo ao Egito, Jordânia e Síria (países estes que tramavam uma guerra contra Israel), conquistando, em 6 dias, a península do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia e as colinas de Golã. Em novembro de 1967, a ONU aprovou a Resolução do Conselho de Segurança número 242, prevendo que Israel deveria devolver os territórios tomados dos árabes em troca de paz e do reconhecimento de Israel por seus vizinhos (HAHN, 2007: 14-15). A Resolução 242 não foi posta em prática nos anos que se seguiram à Guerra dos Seis Dias (1967) e, em 1973, estourou outra guerra entre Israel, Egito e Síria. O conflito teve o seu início no dia de um feriado religioso judaico, conhecido como Yom Kippur. Os países árabes pegaram os israelenses de surpresa, com o ataque de 6 de outubro, e fizeram avanços significativos, mas logo foram repelidos e empurrados devolta ao ponto de partida do ataque. Diante da resistência árabe, os EUA interviram no conflito, insistindo em um cessar-fogo entre os beligerantes e esperando que Israel recuperasse o terreno tomado de assalto pelos árabes. Os EUA apoiaram Israel com fornecimento de armamentos, o que causou profundo resentimento entre os árabes, que, por meio da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), diminuíram a oferta de petróleo no mercado mundial, causando um aumento de preços (primeira crise do petróleo). A crise afetou diretamente as economias dos países ocidentais, dependentes do petróleo árabe. Em 25 de outubro, chegou-se a um cessar-fogo (HAHN, 2007: 15-16). Quando Jimmy Carter assumiu a presidência, em 1977, o Oriente Médio passava por um momento de transição entre a primeira onda de radicalismo (nacionalismo árabe nasserista), que estava a perder vigor desde a derrota de 1967, e a segunda onda de radicalismo, que começava a ganhar força com a Revolução Iraniana (FREEDMAN, 2008: 18). A Grã-Bretanha não era mais o mediador na região e o petróleo era um fator cada vez mais vital para os EUA. Dessa maneira, à medida que a Grã-Bretanha se retirava do Oriente Médio, os EUA foram obrigados a interferir cada vez mais na política da região. Em particular, os EUA eram vistos em uma posição estratégica para negociar a questão do conflito árabepalestino com árabes e judeus (FREEDMAN, 2008: 35). Foi nesse contexto que o encontro em Camp David entre Anwar Sadat, Presidente do Egito, e Menachem Begin, Primeiroministro de Israel ocorreu em Desde 1967, a possibilidade de um acordo de paz entre Israel e seus vizinhos árabes surgiu com a Resolução 242 da ONU, que vislumbrava a fórmula terra por paz. Assim, um patamar para a barganha pela paz foi estabelecido: retorno das terras que haviam sido ocupadas, em 1967, pela guerra preventiva de Israel; fronteiras seguras e normalização das relações com os vizinhos árabes de Israel. Apesar de suas ambiguidades, a fórmula de terra por paz continua sendo a base 100

5 para as negociações entre Israel e os Árabes (LESCH, 2001: 34-35). Frente à negativa de Israel, com apoio dos EUA, a guerra de 1973 foi uma forma de o governo do Egípcio restaurar a credibilidade interna e externa. O governo egípcio não pretendia destruir o Estado de Israel, mas forçar todas as partes (EUA e Israel) a negociar (HALLIDAY, 2005: 119), o que, de fato, aconteceu com o encontro de Camp David, que seguiu, segundo Freedman (2008: 42), a abordagem compreensiva (i.e., as duas partes poderiam chegar ao acordo por meio da negociação de um conjunto de barganhas interconectadas) e abandonou a perspectiva anterior de acordos feitos passo a passo (i.e., pequenos acordos feitos ao longo do tempo). Anwar Sadat havia chegado ao poder, em 1970, após a morte de Nasser. O seu governo gradativamente se afastou da URSS para entrar na órbita de influência dos EUA e do Ocidente, restabelecendo, em 1974, relações diplomáticas com os EUA (HAHN, 2007: ). Afastando-se das diretrizes da política externa de Nasser, o novo presidente do Egito acreditava que, ao aproximar-se de Carter e dos EUA, poderia influenciar Israel, que estava relutante em relação a um acordo de paz com o Egito. Sadat acreditava também que os EUA dispunham de uma grande influência sobre Israel (FREEDMAN, 2008: 45). Entretanto, no decorrer dos diálogos entre EUA, Israel e Egito, ficaria claro para Sadat que, apesar de influente, a capacidade dos EUA de pressionar Israel era limitada. Devemos ter em mente que o Egito buscava um acordo de paz com Israel devido, em grande parte, à frágil condição da economia egípcia, que tinha grande parte dos seus rendimentos provenientes do turismo, do controle sobre o Canal de Suez e dos poços de petróleo do Sinai (sob ocupação israelense). A situação de tensão com Israel e as recentes Guerras afetavam esses três fatores, sendo de suma importância a paz em bons ermos para a recuperação da economia egípcia. A situação interna também não era fácil: havia a pressão da Irmandade Muçulmana, que defendia a adoção pelo Estado da lei islâmica e fazia oposição ao governo de Sadat; havia a combinação de alta taxa de natalidade com altos índices de pobreza; a agricultura era frágil e pouco modernizada; havia carência de investimentos industriais no país. Do ponto de vista regional, um acordo de paz com Israel (que beneficiasse apenas o Egito) iria provocar fortes protestos e antipatias dos outros países árabes. O Egito poderia acabar isolado, como de fato esteve num primeiro momento após o acordo de paz (TYLER, 2009: ). Do lado israelense, Menachem Begin havia feito história ao se tornar o primeiro-ministro não-trabalhista no comando de Israel em maio de Isso significava que Israel dava uma guinada mais à direita com o partido Likud no poder, o que, ao menos em tese, implicava na menor propensão de Israel para o diálogo com os países árabes e, consequentemente, poderia levar ao incremento da tensão nas relações com os EUA, que tinham interesse em um acordo de paz entre o Egito e Israel (HAHN, 2007: 27-28). Begin era contra o congelamento e a retirada de assentamentos israelenses no Sinai, em Gaza e na Cisjordânia, o que provocou atritos com Carter e Sadat em Camp David. No entanto, um acordo de paz com o maior país árabe vizinho de Israel representaria uma grande vantagem estratégica, pois neutralizaria 101

6 a maior ameaça à segurança de Israel na região. Aliás, a invasão israelense ao Líbano, em 1982, só pode ser compreendida pela nova situação geopolítica e diplomática criada pelo acordo de paz com o Egito. Havia três obstáculos principais para o acordo de paz: (1) Begin era contrário de que o princípio da Resolução 242 da ONU fosse aplicado à Faixa de Gaza e à Cisjordânia; (2) Begin defendia que Israel tinha o direito divino a esses territórios, para configurar a Grande Israel, o que incluiria a Palestina; (3) por conseguinte, um acordo bilateral de paz entre egípcios e israelenses, nos termos de Begin, dificilmente garantiria uma paz geral entre árabes e israelenses no Oriente Médio e expunha o Egito ao isolamento e à perda da liderança regional (QUANDT, 2005: 198). No início das negociações, apesar de ser advertido por seus assessores, Carter manteve Begin e Sadat em contato direto um com o outro, o que causou diversos atritos entre ambos. Foi um começo tenso em Camp David e, poucos dias, depois Carter desistiu dessa abordagem e agiu mais como um intermediário e mensageiro entre os dois líderes e, dessa forma, as conversas progrediram com maior sucesso (FREEDMAN, 2008: 56). O principal equívoco de Carter não foi sua oposição aos assentamentos em territórios conquistados por Israel, mas ao fato de Carter haver cogitado dar voz à Organização pela Libertação da Palestina (OLP), de Yasser Arafat, pois, nessa época, a organização era vista pela maioria da opinião pública estadunidense como uma organização terrorista e sanguinária. Esse foi o fator que fez boa parte da opinião pública de Israel e da comunidade judaica nos EUA se voltarem contra Carter, quando podiam tê-lo apoiado diante da intransigência de Begin (FREEDMAN, 2008: 50). Devemos considerar o peso da comunidade judaica estadunidense: detêm considerável poder econômico e influência nos meios de comunicação de massa, além de ser um setor importante do eleitorado nos EUA. Dessa forma, o lobby judaico influenciou diretamente as decisões dos EUA em relação ao Oriente Médio. Assim, à medida que Carter se mostrou mais simpático aos palestinos, especialmente à OLP, a comunidade judaica estadunidense se voltou contra ele. As consequências dos Acordos de Camp David e do Tratado de Paz Egípcio-israelense foram amplas e duradouras, modificando a situação geopolítica e o equilíbrio de forças na região. Depois desses acordos, o Egito entrou definitivamente na órbita de influência dos EUA. Para Sadat, isso significava financiamentos e ajuda econômica vultosa dos EUA, mas também representou o seu isolamento na política regional árabe e muçulmana. Os dois esboços gerados pelo Acordo de Camp David um prevendo o Tratado de Paz entre Egito e Israel e outro prevendo o início da solução da questão palestina, concedendo soberania e eleições livres para um futuro Estado palestino não tinham conexão nenhuma entre si, isto é, o cumprimento de um não obrigava ao cumprimento do outro (TYLER, 2009: 209). Os Acordos de Camp David e o Tratado de Paz Egípcio-israelense se conectam com outro evento que irrompeu no Oriente Médio em 1979, a Revolução Islâmica do Irã, que abalou profundamente o governo Carter, levando por fim (juntamente com a invasão soviética ao Afeganistão) a uma mudança radical na política externa estadunidense. Assim, não há exagero em afirmar que o Tratado de Paz entre 102

7 Egito e Israel se tornou uma necessidade também para o governo Carter, pois representaria um sucesso em sua Política Externa, diante do abalo político que a Revolução Islâmica traria para os EUA, já que o Irã era um dos principais aliados dos EUA na região (FREEDMAN, 2008: 58). Devemos proceder agora à análise desse evento e como o governo Carter reagiu a ele. A Revolução Islâmica do Irã Os EUA passaram a ter um papel mais ativo no Oriente Médio após a II Guerra Mundial ( ), assumindo gradativamente os compromissos da Grã-Bretanha na região, já que o Império Britânico estava em desagregação e não podia mais garantir suporte aos seus aliados na região. Com o início da Guerra Fria, a importância estratégia e geográfica do Irã (que fazia fronteira com a URSS, ao norte, e era banhado pelo Golfo Pérsico, ao sul, além de ser rico em petróleo e gás natural) tornara-o imprescindível para os EUA. Manter os soviéticos longe do Golfo Pérsico para garantir o fluxo constante de petróleo aos países ocidentais a preços razoáveis era fundamental para os EUA. Portanto, a aliança com o Irã era crucial para os Estados Unidos na geopolítica da Guerra Fria (LESCH, 2001: 31). Em 1957, foi revelada a Doutrina Eisenhower, que fazia de Washington um aliado da Grã-Bretanha no Oriente Médio. Todavia, as dificuldades financeiras crescentes da Grã-Bretanha fizeram com que aquele país liquidasse os seus últimos postos no Oriente Médio. Os EUA assumiram os compromissos ingleses à medida que o Império Britânico enfrentava um movimento de contração em suas antigas áreas de influência. No final da década de 1960, Richard Nixon assumiu a presidência dos EUA, com a promessa de retirar os EUA do atoleiro em que havia se tornado a guerra do Vietnã. Assim, foi concebida a Doutrina Nixon, que propunha que os EUA deveriam confiar a segurança de certas regiões do globo aos seus aliados, fornecendo-lhes ajuda militar e econômica. Apesar de inicialmente ser pensada apenas para o sudeste asiático, a Doutrina Nixon foi utilizada também em outras regiões. No caso do Oriente Médio, o Irã, a Arábia Saudita e Israel foram os principais pilares dos EUA (LESCH, 2001: 38; LITTLE, 2004: 119). Com Jimmy Carter na presidência dos EUA, os critérios para a venda de armas para outros países se tornaram mais rígidos, embora Carter sempre tenha deixado claro que a aliança com o Irã continuava vital e que não seria prejudicada pelas novas metas do presidente em ternos de respeito aos direitos humanos e ao maior rigor para venda de armamentos a outros países (LITTLE, 2004: 148). Desde 1941, o Irã era governado pelo Xá Mohammed Reza Pahlavi, que viu seu poder enfraquecido pelo curto período de tempo em que o Irã foi governado pelo Primeiro-Ministro nacionalista Mohammed Mossadegh. Contrariando os interesses das companhias petroleiras estadunidenses e britânicas, Mossadegh desejava nacionalizar o petróleo, mas acabou deposto, em 1953, por um golpe de estado orquestrado pela CIA e pelo serviço de inteligência britânico, que trouxe o Xá Pahlavi de volta ao poder. O Xá Pahlavi se tornou um dos principais aliados dos EUA na região, recebendo o grosso da ajuda militar e econômica dos EUA no Oriente Médio. Seu regime foi extremamente repressor e a polícia política SAVAK prendia e torturava irrestritamente. Entretanto, ao longo dos anos 1970, as insatisfações 103

8 populares com seu governo e as péssimas condições de vida da maioria da população fizeram com que os sentimentos de insatisfação e revolta com seu governo aumentassem, o que culminou com a Revolução Islâmica (HAHN, 2007: ). As causas da Revolução Islâmica estão intimamentes ligadas ao programa de reformas e modernização do Xá Pahlavi, chamado de Revolução Branca. Iniciada no começo da década de 1960, a Revolução Branca tinha o objetivo de ocidentalizar o Irã aos moldes do que Kermal Ataturk fez na Turquia das décadas de 1920 e Nesse processo de mudança levada a cabo de forma autoritária pelo governo do Xá, houve setores das elites que se beneficiaram, enquanto outros pertencentes às elites tradicionais, camadas médias e populares ficaram à margem do processo, ou mesmo viram erodir a sua antiga autoridade ou sofreram perdas econômicas. De forma adicional, alguns autores sublinham o impacto que esse processo de modernização representava para muitos iranianos, uma vez que era visto como um ataque à cultura persa e à religião islâmica. Em decorrência, houve forte oposição de religiosos às reformas de Pahlavi (LESCH, 2001: 28). O principal opositor ao Xá e às suas reformas foi o Ayatollah Ruhollah Khomeini. Khomeini ganhou seu título de Ayatollah (título religioso xiita) na década de Ele criticava duramente o Xá Pahlavi, atribuindo-lhe o papel de lacaio dos EUA e de profanador do Islã. Khomeini foi preso em 1963 e exilado no Iraque em 1964, mas continuou a criticar o governo do Xá Pahlavi. Em 1978, devido às pressões do governo iraniano, o Iraque o expulsou. Khomeini refugiou-se na França, onde manteve contínuo contado com a mídia e se tornou mais conhecido no Ocidente (HAHN, 2007: 90). Em 1977, já estava claro que o regime do Xá Pahlavi estava se desestabilizando: boa parte da população e de lideranças religiosas descreditavam o governo do Xá Pahlavi e o acusavam de ser marionete dos EUA. Além disso, a repressão feita por órgãos como a SAVAK tornou o público hostil às políticas do Xá Pahlavi (HODGE; NOLAN, 2007: 334). Ainda que Carter estivesse informado da situação no Irã, pouco fez (e pouco poderia fazer) para ajudar o seu aliado iraniano. A sua presidência acabou marcada, antes de tudo, por sua inabilidade em lidar com a Revolução no Irã e a subsequente crise dos reféns (à qual voltaremos mais adiante). O próprio Xá Pahlavi, debilitado pelo câncer que sofria, relutou em reprimir violentamente a população em revolta, pois isso teria causado enorme derramamento de sangue. Além disso, as Forças Armadas rapidamente se desintegraram e deixaram o Xá Pahlavi à sua própria sorte. Ele deixou o Irã em 16 de janeiro de Poucos dias depois, o Ayatollah Khomeini chegou ao Irã, sob grande aclamação pública (HODGE; NOLAN, 2007: 335). No momento em que o Xá Pahlavi fugiu do país, a Revolução amalgamava diferentes tendências: desde as mais seculares até as mais religiosas, todas unidas contra o Xá Pahlavi e a clamar por um governo democrático e islâmico. Khomeini afirmava no exílio de que seria uma liderança espiritual no novo governo a ser formado e não se envolveria diretamente na política. Todavia, quando voltou ao Irã, o seu desejo de participação política foi aumentando gradativamente (ou ele simplesmente havia escondido suas reais intenções). A nova constituição do Irã, aprovada quando Khomeini já 104

9 possuía amplo poder, deu considerável poder aos clérigos xiitas (FREEDMAN, 2008: 74). O Khomeinismo era nada menos do que nacionalismo persa misturado com radicalismo islâmico. Possuía grande apelo entre a população mais pobre, que se mobilizou a favor de Khomeini, que gradativamente consolidou o seu poder e afastou os elementos mais seculares que tomaram parte na derrubada do Xá Pahlavi (TYLER, 2009: ). O governo Carter manteve uma postura ambígua quanto aos acontecimentos no Irã. O Xá Pahlavi, como já foi dito, sofria de câncer quando deixou o Irã e precisava de tratamento adequado, o que poderia acontecer nos EUA. No entanto, o presidente Carter relutou em aceitar o Xá Pahlavi nos EUA, sabendo das consequências políticas disso nas relações entre os EUA e o novo governo iraniano. No entanto, Carter cedeu às pressões e permitiu a entrada do Xá nos EUA em outubro de Como reação, Khomeini urgiu aos seus seguidores que se revoltassem contra o ato dos EUA: em 1 de novembro de 1979, três milhões de iranianos saíram às ruas e se manifestaram em frente à embaixada dos EUA. Três dias depois, centenas de militantes iranianos tomaram a embaixada dos EUA e renderam os funcionários que lá trabalhavam. Assim, 52 cidadãos dos EUA foram mantidos como reféns e permaneceram em cativeiro por 444 dias, gerando uma crise diplomática que prejudicou a imagem de Carter como líder. Reagindo aos fatos, Carter congelou os bens iranianos nos EUA e expulsou diplomatas e estudantes iranianos. Em abril de 1980, rompeu relações diplomáticas com o Irã e mudou de estratégia: autorizou uma missão militar de resgate dos reféns, que terminou em fracasso, com oito soldados estadunidenses mortos, aumentando ainda mais o sentimento de humilhação pública (HAHN, 2007: 71). Khomeini esperava que a crise dos reféns prejudicasse a imagem de Carter e afetasse as eleições estadunidenses (da mesma forma que os EUA haviam feito com o Irã em ocasiões passadas) em favor do candidato republicano, o que de fato ocorreu. Todavia, Khomeini também esperava que o próximo presidente estadunidense fosse mais sensível aos problemas do Irã e respeitasse mais os iranianos, tanto que os reféns só foram libertados pouco depois de Reagan assumir a presidência. Tal expectativa não se concretizou e, em novembro de 1980, após a eleição de Reagan, ficava claro que o novo governo não seria mais sensível aos problemas iranianos do que o anterior (FREEDMAN, 2008: 82). A Revolução Islâmica e a Crise dos Reféns contribuíram para a derrota eleitoral de Carter em O Irã, um antigo e importante aliado dos EUA no Oriente Médio, transformou-se em inimigo, fazendo com que os EUA mudassem a sua estratégia para a região. Além disso, outro evento teve influência significativa para a mudança de estratégia na região e para a anunciação da Doutrina Carter em janeiro de 1980: a invasão soviética do Afeganistão. A invasão soviética ao Afeganistão As relações entre os EUA e a URSS passaram por um momento de relaxamento das tensões na década de A Détente não significou a ausência de conflitos entre os dois países, mas foi marcada pelo estabelecimento de padrões para a solução de conflitos. Em 1972, Nixon 105

10 foi a Moscou e assinou o SALT I (Tratado de Limitação de Armas Estratégicas), visando a limitar o número de ogivas nucleares de cada país, além de assinar outros tratados de cooperação econômica, científica e tecnológica. Em 1975, os EUA firmaram com a URSS os acordos de Helsinque, que reconheciam a área de influência soviética sobre o Leste Europeu, ainda que chamando a atenção para a questão dos direitos humanos (a URSS era acusada de violar os direitos humanos de perseguidos políticos). A década de 1970 foi, grosso modo, um momento de menor tensão entre a URSS e os EUA (SILVA et alii, 2004: ), mas a Détente já estava se desgastando ao final da década de A invasão soviética ao Afeganistão reascendeu definitivamente as tensões entre EUA e URSS. O Afeganistão foi governado de 1933 até 1973 por um monarca, Mohammed Zahir Shah. Zahir foi destronado por um dos principais políticos de seu governo, Muhammad Daoud, que foi Primeiro- Ministro durante boa parte das décadas de 1950 e 1960, sendo expulso do governo em Retornou, contudo, em 1973, para liderar um golpe militar que pôs fim ao reinado de Zahir. No período em que o Afeganistão foi governado por Zahir, o país desenvolveu estreitos laços com a URSS, sendo considerada área de influência soviética. Com o golpe de Daoud, a URSS esperava que seu governo desse continuidade às suas relações bilaterais, mas Daoud tornouse mais independente do que a URSS esperava, reduzindo a influência do Partido Democrático do Povo Afegão (PDPA). Além disso, Daoud melhorou as relações afegãs com seus dois vizinhos pró-eua, Paquistão e Irã, e ensaiou uma maior aproximação com os EUA. Daoud tinha um projeto de modernização para o Afeganistão e necessitava de apoio econômico externo (LESCH, 2001: 47-48). O PDPA havia sido fundado em 1965, mas, em 1967, dividiu-se em duas facções: os Khalq, liderados por Nur Muhammad Taraki e Hafizullah Amin, sendo dominado pela etnia Pashtun; e os Parcham, liderados por Babrak Karmal. Daoud estava perdendo força dentro do Afeganistão devido ao seu impopular programa de reforma e modernização, tentando centralizar o poder em um país que era historicamente reativo à centralização. Moscou urgiu que as duas facções do PDPA se unissem para derrubar o impopular governo de Daoud, o que veio a ocorrer em abril de Taraki foi declarado Presidente e Primeiro-Ministro. O governo soviético esperava que o Afeganistão permanecesse na sua esfera de influência (LESCH, 2001: 49). O novo governo afegão, inspirado em idéias comunistas, tentou levar a cabo um programa de reforma e modernização que sofreu dos mesmos problemas que o programa de Daoud havia sofrido, sendo extremamente impopular em uma sociedade tradicional de maioria sunita. Além disso, as diferentes regiões do Afeganistão estavam acostumadas a certo grau de autonomia frente ao governo de Cabul. Assim, qualquer tentativa de centralização era vista por esses grupos como uma ameaça ao poder que detinham. A aliança entre as duas facções do PDPA teve vida curta e os desentendimento logo começaram. Dessa maneira, o governo afegão começou a perder o controle sobre o país, o que preocupava os soviéticos, que começaram a pensar em alternativas para o caos em que o país vizinho se encontrava (LESCH, 2001: 52). 106

11 O sucessor de Taraki, Amin não era considerado pelos soviéticos como suficientemente subserviente e a sua deposição era planejada por meio de uma invasão militar ao Afeganistão para colocar em seu lugar um fantoche, Babrak Karmal. Os soviéticos entraram efetivamente no Afeganistão em 27 de dezembro de 1979, depondo e matando Amin. O ato de agressão soviética foi encoberto por um pedido de ajuda a URSS do novo governante afegão, Karmal. Efetivamente, esse pedido de ajuda acorreu, mas logo após as tropas soviéticas entrarem no território afegão (LESCH, 2001: 53). A invasão soviética provocou imediato protesto dos EUA e a mudança de sua postura internacional. Os EUA interpretaram a atitude soviética como um ato de agressão, em que o Kremlin planejava expulsar os EUA do Golfo Pérsico. Tal percepção foi agravada pelo fato de os EUA haverem perdido a aliança com o Irã. Entretanto, os arquivos soviéticos liberados até agora sugerem o oposto: a invasão soviética ao Afeganistão foi, em grande medida, uma ação defensiva por parte do Kremlin, que percebia que a perda de sua esfera de influência no Afeganistão, em conjunto com a agitação provocada pela Revolução Islâmica no Irã, poderia causar distúrbios dentro de suas fronteiras ao sul, que eram habitadas por uma maioria muçulmana (LITTLE, 2004: 150). Por tal perspectiva, a ação dos EUA e da URSS em torno da situação no Afeganistão estaria temperada pela instabilidade regional causada pela Revolução Islâmica. A resposta dos EUA à invasão soviética do Afeganistão veio em janeiro de 1980: embargo à exportação de grãos para a URSS; boicote às Olimpíadas de Moscou de 1980; e criação da Força de Emprego Rápido, capaz de transportar rapidamente tropas estadunidenses para o Golfo Pérsico (LITTLE, 2004: 151). Assim, o governo Carter deixava claro que iria utilizar meios diretos de defensa dos interesses dos EUA no Golfo Pérsico. A partir de então, toda a região que se estendia pelo chifre da África, Golfo Pérsico, Irã e Afeganistão foi vista pelo Conselheiro Nacional de Segurança Zbigniew Brzezinski como um Arco de Crises a que os EUA deveriam responder para não perderem para os soviéticos a sua influência na região. Como sabemos, a guerra no Afeganistão teve, entretanto, consequências negativas para a URSS: desgastou a imagem do país no mundo, revelando a sua débil economia e a sua incapacidade militar de vencer uma guerra contra um país periférico e rural, impulsionando movimentos culturais e políticos de oposição à permanência de tropas soviéticas na Europa Oriental (LESCH, 2001: ). Considerações finais Os acordos de Camp David foram importantes, pois levaram efetivamente a um acordo de paz entre Egito e Israel, mas a consequências desse acordo não foram de todo benéficas para o Oriente Médio, em especial para os palestinos, que continuaram sem um estado e sofrendo pela ocupação militar israelense. A parte do acordo que previa eleições na Faixa de Gaza e na Cisjordânia foi simplesmente ignorada por Israel. A parte que interessava a Israel, o acordo de paz com o Egito, concretizou-se em 1979 e teve sérios impactos na geopolítica da região. Assim, Israel não precisava mais temer uma invasão militar do Egito em suas fronteiras ocidentais. A invasão israelense do Líbano, em 1982, pode ser compreendida por meio dessa nova configuração geopolítica, em que Israel 107

12 não precisava mais temer uma reação egípcia às suas ações em outros países árabes. O sucesso em promover a paz entre Egito e Israel não pôde ser politicamente capitalizado pelo Presidente Carter para sua reeleição devido à crise econômica que afetava os EUA, à Revolução Islâmica e à invasão soviética do Afeganistão. Como já foi salientado, Carter iniciou seu mandato propondo a mudança da postura dos EUA no mundo, pressionando países aliados para que respeitassem os direitos humanos e refreando a venda de armas dos EUA para países aliados. Entretanto, os eventos de 1979 no Oriente Médio forçaram o presidente a mudar de paradigma. Tal mudança tardia de paradigma em sua política externa não foi suficiente para evitar que seu rival republicano vencesse as eleições presidenciais. O ano de 1979 foi, segundo David Lesch (2001, p ), um divisor de águas no Oriente Médio. O acordo de paz egípcio-israelense, a Revolução no Irã e a invasão soviética ao Afeganistão foram eventos que determinaram acontecimentos subsequentes na região. A guerra Irã-Iraque, por exemplo, foi uma consequência da Revolução Islâmica. Vale salientar que os EUA tiveram importante papel como incentivador e financiador dessa guerra, provocando o endividamento do Iraque. Isso foi um dos fatores que levaram Saddam Hussein a invadir o Kuwait, em 1990, para controlar os seus ricos poços de petróleo, o que redundou na reação militar dos EUA (com aval da ONU) contra o Iraque e na permanência de tropas americanas em áreas sagradas da Arábia Saudita como medida preventiva de segurança, acirrando um tipo de antiamericanismo que seria celeiro ideológico de grupos fundamentalistas islâmicas contra os EUA e contra o governo saudita. Um desses grupos, a Al-Qaeda, liderada por Osama Bin Laden, havia lutado ao lado dos mujahidin (patrocinados pela CIA) contra os soviéticos no Afeganistão e se voltou contra seus antigos patrocinadores depois da Guerra do Golfo e da permanência de tropas americanas em solo sagrado saudita. Um dos desdobramentos deste efeito dominó já conhecemos: os atentados de 11 de setembro de 2001 ao WTC e a nova invasão (e ocupação), desde outubro de 2001, do Afeganistão, mas agora por tropas dos EUA. Portanto, percebe-se o quanto que os eventos de 1979 no Oriente Médio estão mutuamente imbricados e são de crucial importância para compreendermos eventos hodiernos da política externa dos EUA para o Oriente Médio. Isso não significa que tudo que ocorreu desde 1979 no Oriente Médio se deva aos três acontecimentos descritos aqui, mas, sem dúvida, tiveram efeitos cumulativos geopolíticos importantes que se agregaram (1) ao fim da URSS, (2) ao sucateamento de seu complexo industrial militar da Guerra Fria no mercado negro de armas, (3) à emergência econômica e tecnológica da China ao longo da década de 1990, (4) à configuração neoliberal da economia mundial e (5) às novas tecnologias militares de informação, transporte e comunicação, que se difundiram para usos civis massificados na forma de bens de consumo. 108

13 Referências DAVIS, Sonny. A Brotherhood of Arms: Brazil United States military relations Niwot: University Press of Colorado, FREEDMAN, Lawrence. A Choise of Enemies: America confronts the Middle East. New York: Public affairs, HAHN, Peter L. Historical Dictionary of United States Middle East Relations. Lanham: The Scarecrow Press, HALLIDAY, Fred. The Middle East in International Relations: power, politics and ideology. Cambridge: Cambridge University Press, HODGE, Carl C.; NOLAN, Cathal J (Org.). U.S. Presidents and Foreign Policy: from 1789 to the present. Santa Barbara: ABC Clio, LESCH, David W. 1979: the year that shaped modern Middle East. Boulder: Westview Press, LITTLE, Douglas. American Orientalism: the United States and the Middle East since Chapel Hill: The University of North Carolina Press, QUANDT, William B. Peace Process: American diplomacy and the arab-israeli conflict since Harrisonburg: University of California Press and Brookings Institution Press, SILVA, Francisco Carlos Teixeira da; et alii. Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX. Rio de Janeiro: Campus, TYLER, Patrick. A World of Trouble: the White House and the Middle East from the Cold War to the war on terror. New York: Farrar Straus Giroux, VIZENTINI, Paulo Fagundes. Oriente Médio e Afeganistão: um século de conflitos. Porto Alegre: Leitura XXI, Recebido em Publicado em

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