TRADUÇÃO: ENTRE A TRANSGRESSÃO E O NARCISISMO

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1 TRADUÇÃO: ENTRE A TRANSGRESSÃO E O NARCISISMO Lilia Baranski Feres UniRitter - FAPERGS/CAPES INTRODUÇÃO A contemporaneidade na qual estamos inseridos constitui-se de um cenário tomado por ações humanas imediatistas capazes de adquirir grandes dimensões. A era digital configura-se como o pano de fundo desse cenário. Através das mais diversas mídias, olhares cada vez mais curiosos são lançados a todo e qualquer evento protagonizado pelo homem. A atenção é direcionada para todos os lados, com o intuito de se estar atento a tudo que acontece ao nosso redor, seja onde for. E do mesmo modo em que queremos estar presentes em todos os acontecimentos globais, também queremos ser singulares no nosso local. Assim, uma selfie, que enfatiza a valoração do eu, tirada no Japão chega à América do Sul com apenas um clique. Um eu torna-se global em segundos. Uma postagem infeliz gerada na América do Norte pode cair como uma granada no Oriente Médio. Uma frase mal traduzida durante um funeral de uma ilustre personalidade, que está no ar internacionalmente, pode gerar um desconforto colossal dentre os chefes de estado do mundo todo. De igual modo, uma ideia mal interpretada e, posteriormente, mal traduzida, pode subverter por completo uma obra e, indo mais além, pode arranhar uma imagem já consolidada de seu autor. É neste cenário contemporâneo que a tradução encontra-se imbricada. A necessidade de se traduzir textos não é hodierna. Entretanto, não podemos negar que tal tarefa tem se tornado cada vez mais solicitada, haja vista a crescente troca de informações resultante da atual dinâmica global. A globalização e sua era digital impulsionam o incremento de um maior volume de material traduzido, seja no âmbito político, comercial ou artístico. O processo tradutório, que pode ser tomado ora como causa, ora como efeito da globalização, facilita a propagação e a massificação de determinadas culturas dominantes, como a norteamericana, por exemplo. Nesse sentido, best-sellers como O código da Vinci e Cinquenta tons de cinza, blockbusters como Avatar, Guerra ao terror e O lobo de Wall Street percorrem o mundo através de suas inúmeras traduções. E é através dessas reescrituras que conhecimentos de uma cultura dominante rompem barreiras e ganham mais espaço. Por outro prisma, o

2 processo tradutório também viabiliza o conhecimento de distintas identidades culturais. Algo que era ignorado por outras partes do globo ganha evidência e, dessa forma, o individual, o particular de certa cultura, ganha destaque e forças para ser preservado. É nesse embate entre o local e global que o presente artigo procura situar-se. O principal objetivo do trabalho é, portanto, refletir sobre a atividade tradutória como um processo ora transgressor, ora narcisista. Para tal empreendimento, são utilizados os conceitos de tradução domesticadora e estrangeirizadora, primeiramente explorados por Friedrich Schleiermacher em sua obra On the different methods of translating publicada em , sob outra terminologia, e, muito tempo depois, retomados, investigados e cunhados (como traduções domesticadora e estrangeirizadora) por Lawrence Venuti em sua obra The translator s invisibility: a history of translation, publicada em Complementarmente, as reflexões visam à análise de suas implicações na configuração das identidades culturais. A fim de atingir os propósitos do trabalho, em um primeiro momento o artigo apresenta as noções teóricas de Schleiermacher. Tal apanhado parece-me pertinente, visto que, ulteriormente, os conceitos do teórico alemão serviram de base para as discussões sobre tradução e autoria levantadas por Venuti. Em um segundo momento, a teoria de Venuti, com ênfase na questão das traduções domesticadora e estrangeirizadora, é abordada. Posteriormente, o artigo adentra a proposta de analogia entre os referidos conceitos e as noções de transgressão e narcisismo, levando em consideração suas implicações na dinâmica cultural contemporânea dos estudos de tradução e no estabelecimento de identidades culturais. AS ALTERNATIVAS Em se tratando do processo tradutório, este traz consigo permanentes dilemas: o que traduzir? Como traduzir? Esses questionamentos já haviam sido feitos pelo alemão Friedrich Scheleiermacher, no início do século XIX, um importante teórico dos estudos de tradução. Um de seus primeiros empreendimentos foi estabelecer dois tipos de tradução através da distinção de dois tipos de textos. Munday lembra-nos que o primeiro tipo referia-se à tradução de textos comerciais, enquanto o segundo tipo referia-se à tradução de textos acadêmicos e 1 Para fins deste trabalho, a obra tomada como referência dos conceitos de Schleiermacher é a versão compacta que consta na obra SCHLEIERMACHER, F. On the differents methods of translating. Tradução de André Lefevere. In: LEFEVERE, A. et al. Translation/ History/ Culture: a sourcebook. London and New York: Routledge, 1992.

3 artísticos (2008, p. 28). Segundo a leitura de Munday, de acordo com Scheleiermacher, embora o segundo tipo de tradução possa ser considerado de maior complexidade criativa, já que incorpora nova luz à língua, tal tarefa parecia ser impraticável, visto que o significado do texto de partida seria expresso em uma língua cujas particularidades culturais seriam únicas e, por esse motivo, à qual o texto de chegada jamais poderia corresponder (MUNDAY, 2008, p.28). Ao tentar resolver a questão de como fazer com que o autor da língua de partida encontrasse o leitor do texto de chegada, Schleiermacher explora diferentes abordagens de tradução: palavra por palavra, sentido por sentido, literal, fiel e livre. De forma conclusiva, ele afirma que o tradutor precisaria optar por um dentre dois caminhos: Ou o tradutor deixa o escritor em paz tanto quanto possível e conduz o leitor até ele, ou ele deixa o leitor em paz tanto quanto possível e conduz o autor até ele 2 Schleiermacher tinha preferência pela primeira abordagem, ou seja, fazer o movimento do leitor até o autor. Tal estratégia não implicaria em escrever como o autor teria o feito caso optasse por escrever em Alemão (língua materna do teórico), mas sim em oferecer ao leitor, por meio de sua tradução, a impressão que ele teria caso um alemão estivesse lendo o texto na língua original. O desejado resultado seria obtido pelo tradutor ao utilizar um método de tradução denominado por Munday (2008) alienador ao invés do método denominado, pelo mesmo autor, naturalizador 3, guiando-se pela linguagem e pelo conteúdo apresentados no texto de partida. Essa abordagem parece buscar a eliminação da barreira evidentemente existente entre o autor e o leitor da tradução, tentando pensar no leitor estrangeiro como um leitor nativo, ou seja, alguém que não desconhece as especificidades da língua de partida. Tal propósito soa impraticável, pois no momento em que o tradutor opta por preservar as particularidades de uma língua estranha ao leitor (caso não o fosse, não haveria a necessidade de se ler uma versão traduzida), o estranhamento, a falta de reconhecimento de algo familiar, parece ser inevitável. Na perspectiva defendida por Schleiermacher, o tradutor deveria, portanto, valorizar o estrangeiro e transferi-lo à língua de chegada. A aceitação dessa estratégia por parte de uma determinada cultura requer condições: que se reconheça a importância em estudar trabalhos estrangeiros, que se tenha vontade de fazê-lo e que a língua se preste à determinada flexibilidade. Sobre essas condições, é imprescindível ter em mente que há 2 Todas as traduções de fonte de língua inglesa do presente artigo foram feitas de forma livre pela autora. Citação original: Either the translator leaves the writer in peace as much as possible and moves the reader toward him, or he leaves the reader in peace as much as possible and moves the writer toward him (LEFEVERE, 2003, p.149). 3 No original os termos são chamados alienating e naturalizing (MUNDAY, 2008, p.29).

4 diversos fatores socioeconômicos e culturais que interferem no modo como uma determinada cultura recebe e age em relação a algo estrangeiro. Da mesma forma, os parâmetros que balizam os tipos de obras (podemos pensar só nas estrangeiras, mas as nacionais também obedecem a um sistema editorial e mercadológico) que ingressam em um país e como elas são traduzidas também são estabelecidos por aspectos sociais, políticos e culturais. Consoante o pensamento de Schleiermacher, ao se atender essas condições, esse tipo de tradução se tornaria um fenômeno que poderia influenciar na evolução de uma cultura e ofereceria certo prazer ao passo que teria certo valor agregado (LEFEVERE, 2003, p.159). Esse pensamento evidencia o período do Romantismo no teórico alemão que demonstra ideais canônicos como o gênio do autor e sua imaculada autoria. O método de tradução defendido por Schleiermacher influenciaria, de fato, na evolução, na valorização e na supremacia de uma cultura, neste caso, a alemã. Sobre a estratégia naturalizadora, é possível perceber o quanto Schleiermacher a desaprova quando lança o questionamento: e quanto ao método oposto que não pressupõe nenhum trabalho ou esforço por parte do leitor, visto que almeja trazer o autor estrangeiro para perto dele, como num passe de mágica, e apresentar o trabalho como ele teria sido realizado caso o próprio autor o tivesse escrito na língua do leitor? 4. Seguindo o raciocínio do teórico alemão, só seria possível alcançar o âmago do texto de partida, de seu autor e de sua genialidade através do esforço do leitor em compreendê-lo, sem que alterações tenham sido realizadas. É oportuno ressaltar que tal perspectiva vai ao encontro do pensamento defendido no Romantismo em relação ao autor e seu ofício. Mais de cem anos depois, Lawrence Venuti reaviva a teoria de Schleiermacher e faz uso das dicotomias alienadora/ naturalizadora (MUNDAY, 2008) do alemão para tratar de um assunto bastante relevante dentro dos estudos da tradução: a questão da invisibilidade do tradutor que, por sua vez, está estreitamente atrelada à noção de autoria, e, esta última, por sua vez, está intimamente relacionada com uma visão romântica sobre a tradução. Venuti explora o assunto juntamente com um par de conceitos referentes a dois tipos de estratégias tradutórias, conceitos que são análogos aos do referido teórico alemão: tradução domesticadora e tradução estrangeirizadora. Antes de adentrarmos o modo como o autor explora as duas abordagens de tradução, faz-se necessário esclarecer que Venuti (1995) discorda da obrigatoriedade da invisibilidade do tradutor. De acordo com ele, a supervalorização e a imposição dessa característica mascara 4 Citação original: but what of the opposite method that does not expect any labor or exertion on the reader s part since it aspires to bring the foreign author close to him, as if by magic, and to show the work as it would have been if the author himself had originally written it in the reader s language? (LEFEVERE, 2003, p.159).

5 o trabalho executado pelo profissional, bem como as condições sob as quais a tradução é construída e consumida. A invisibilidade, obtida por meio de um discurso fluente, ou seja, que oferece poucos desafios a seu leitor, que soa mais familiar, encobre a inerente interferência do tradutor no texto estrangeiro, operando como uma autoaniquilação (p.8), consoante suas próprias palavras. De acordo com o autor, uma tradução fluente é imediatamente reconhecível e inteligível, familiarizada, domesticada, não desconfortavelmente estrangeira, capaz de dar ao leitor acesso desobstruído a grandes pensamentos, àquilo que está presente no original 5. Nota-se que a reescritura naturalizada é criticada tanto por Schleiermacher quanto por Venuti. Porém, por motivos diferentes. Por um lado, o alemão defende a exposição da cultura germânica às demais culturas, sendo esse posicionamento uma demonstração explícita de uma atitude que visa ao fortalecimento de sua própria língua (e cultura). Por outro lado, o americano defende que as culturas de língua inglesa que tendem a se julgar autossuficientes e a esperar que os outros se adaptem a elas sejam expostas às demais culturas, Venuti vislumbrava nessa abertura das fronteiras de língua inglesa uma possibilidade para que outras culturas emergissem e evoluíssem, ao mesmo tempo em que a cultura anglo-americana se enriqueceria com as contribuições do outro. Parte da crítica de Venuti consiste em reprovar também os critérios de avaliação das traduções, que se baseiam, sobretudo, na noção de transparência (fluência) do texto. A tendência de traduzir focando em um uso instrumental da língua, de mais fácil entendimento acarreta, por um lado, a reescritura de textos estrangeiros segundo os parâmetros (angloamericanos) de transparência, e, por outro, o encobrimento do trabalho de domesticação realizado pelo tradutor. Ele sugere, então, romper com tais valores canonizados. Venuti (1995) acredita que a (ilusão de) transparência no discurso e a impressão de se estar lendo um texto não traduzido contribuem para a hegemonia cultural e econômica das editoras da língua de chegada. Ao tratar desse assunto, o autor posiciona-se criticamente frente aos discursos hegemônicos da cultura de língua inglesa. Enquanto Schleiermacher teoriza em prol da cultura alemã defendendo sua língua materna através da preferência pelo método alienador, vendo nessa estratégia política o fortalecimento da língua e cultura alemãs, conforme defende Freitas (2008, p.100), Venuti censura a soberania da língua inglesa, seu idioma materno, e defende um posicionamento pró-minorias por meio de uma tradução que ele 5 Citação original: fluent translation is immediately recognizable and intelligible, familiarised, domesticated, not disconcerting[ly] foreign, capable of giving the reader unobstructed access to great thought, to what is present in the original (VENUTI, 1995, p.5).

6 chamará de minoritária ou de resistência 6, já que, segundo seu julgamento, essa técnica se sobressai na cultura de tradução anglo-americana (MUNDAY, 2008, p.144). Embora Venuti apresente argumentos divergentes dos de Schleiermacher, ele também opta pela estratégia estrangeirizadora de tradução. O teórico americano fundamenta-se na necessidade de atentar para a qualidade formadora do exercício tradutório e discorre sobre as técnicas atuais no mercado. Segundo Venuti (1998), a tradução detém um enorme poder de estabelecer representações de culturas estrangeiras. Em suas palavras, A seleção de textos estrangeiros e o desenvolvimento de estratégias de tradução podem estabelecer cânones peculiarmente domésticos para a literatura estrangeira, cânones que estão em conformidade com valores estéticos e, por essa razão, revelam exclusões e aceitações, centros e periferias que desviam dos valores vigentes na língua estrangeira 7. (VENUTI, 1998, p.67) Fica claro, portanto, que a tradução desempenha um papel muito significativo na canonização de nomes e de obras. E é por esse motivo que Venuti advoga pelo método estrangeirizador tal qual Schleiermacher. Venuti argumenta que o tradutor só poderá tornarse visível através de uma tradução que subverta o cânone local, via implementação de gêneros exteriores ou via abertura de espaço para minorias suprimidas. Segundo Freitas, diferentemente de Schleiermacher, Venuti fundamenta sua opção estrangeirizadora em um posicionamento democrático contrário às práticas hegemônicas naturalizadoras recorrentes na cultura anglo-americana (2008, p.102), ao passo que Schleiermacher fundamenta sua também opção estrangeirizadora em uma conduta que prioriza a soberania de sua cultura germânica, refletindo o pensamento romântico de seu período que nutre grande apreciação pela genialidade do autor. Refletindo sobre os pensamentos oriundos dos dois teóricos da tradução abordados neste estudo, percebe-se que suas ideias estão em conformidade com os modos de agir e pensar de um período específico. Enquanto Schleiermacher evidencia o momento do Romantismo em sua teoria, quando defende que o tradutor precisa encontrar uma forma de transferir a capacidade inventiva e a engenhosa genialidade do autor, Venuti explicita uma opinião mais condizente com o pensamento tipicamente moderno dos anos 90, quando intercede por um posicionamento mais democrático das peças que compõem a engrenagem do 6 Termos no original: minoritizing e resistancy (MUNDAY, 2008, p.145). 7 Citação original: The selection of foreign texts and the development of translation strategies can establish peculiarly domestic canons for foreign literature, canons that conform to domestic aesthetic values and therefore reveal exclusions and admissions, centers and peripheries that deviate from those current in the foreign language (VENUTI, 1998, p.67).

7 campo literário. Pelo fato de cada um dos pensadores ser fruto de sua época e refletir os discursos vigentes em seus períodos é que não podemos julgar um ou outro como equivocado. Pelo contrário, os dois posicionamentos discrepantes corroboram a ideia de que moldamos e somos moldados por nossa cultura (HALL, 1997, 2005); a absorvemos e a exprimimos. Por essas razões, não podemos pensar na tradução desconectada da cultura, da mesma forma que não podemos dissociar a cultura da identidade. Quando um tradutor toma uma determinada obra, principalmente quando se trata de um texto literário, que contenha uma carga cultural e sentimental mais latente das representações da identidade de certo povo, trata-se também de aspectos identitários, visto que aquilo que nos identifica reflete e é reflexo de nossa cultura. Ao se deparar com essa situação, segundo a perspectiva dos autores aqui expostos, o tradutor pode optar por um dentre dois caminhos: criar uma tradução domesticadora ou elaborar uma tradução estrangeirizadora. Conforme explanação anterior, na primeira opção o texto do autor é naturalizado, ou seja, o texto é levado até seu leitor (e sua cultura) através de uma adaptação da linguagem e do conteúdo apresentados no texto estrangeiro. Essa abordagem ofereceria menos obstáculos à leitura, visto que o discurso do autor passaria a ser mais familiar para o leitor, já que o tradutor se preocuparia em buscar equivalentes na língua de chegada e em não utilizar termos estrangeiros, por exemplo. Segundo Venuti (1995), no momento em que se adota tal estratégia, se teria o tão desejado discurso transparente, fluído, invisível, que acabaria por camuflar a presença do tradutor. Na segunda opção o leitor é quem é conduzido até a cultura presente no discurso do autor, isto é, o texto não é adaptado e cabe ao leitor lidar com as vindouras dificuldades e estranhamentos. Por isso, a leitura representaria um desafio maior ao leitor, já que este se depararia com aspectos culturais e identitários distintos dos seus. De acordo com o pensamento de Venuti, essa abordagem auxiliaria a revelar o tradutor e seu árduo ofício através de um discurso mais opaco, menos natural ao leitor. Os dois métodos de tradução mencionados coadunam-se com as ideias de transgressão e narcisismo, compelindo o tradutor a eleger a característica de sua tradução. É essencial ressaltar que as mencionadas ideias são versadas aqui tomando como base o ponto de vista do leitor. 8 Ao optar pela adequação do texto estrangeiro à cultura do leitor, reforça-se a identidade cultural da língua de chegada, nutrindo uma apreciação pelos aspectos particulares dessa cultura. Venuti a rejeita por considerar esse método uma redução etnocêntrica do texto 8 Outra possibilidade seria pensar nas noções de transgressão e narcisismo tomando como base o ponto de vista do tradutor ou do autor, o que resultariam em análises completamente discrepantes das aqui apresentadas.

8 estrangeiro aos valores culturais da língua de chegada (1995, p.20) 9. Configura-se, portanto, em uma forma de narcisismo, mantenedora do senso de pertencimento, reforçadora de vínculos a locais, histórias e valores. Evidencia preferência pelo individual (o eu) em detrimento do estrangeiro (o outro). As reverenciadas ideias de transparência e de fluidez podem ser interpretadas como narcisismo cultural, visto que procura uma identidade, um autorreconhecimento, e encontra somente a mesma cultura na escrita estrangeira, somente o mesmo eu no outro cultural (p.306) 10. Por outro lado, ao decidir por deslocar o leitor até a obra estrangeira, a tradução incentiva-o a trespassar fronteiras, submete-o ao confronto com uma pluralidade de identidades, ao mesmo tempo em que expõe a cultura nacional (do leitor) a influências externas. Venuti advoga por esse método por julgá-lo uma pressão etnodesviante daqueles valores [da cultura de partida] para registrar a diferença cultural e linguística do texto estrangeiro (1995, p.20) 11. Caracteriza-se, por conseguinte, em uma forma de transgressão, descentradora do indivíduo, desestabilizadora de identidades nacionais. O autor preconiza a tradução estrangeirizadora em inglês como uma ferramenta de resistência contra o etnocentrismo e o racismo, narcisismo cultural e imperialismo, pelos interesses de relações geopolíticas democráticas (1995, p.20) 12. Por isso, tal método tradutório seria altamente recomendável nos dias hoje, já que operaria como uma intervenção cultural estratégica na atual situação global, lançada contra as hegemônicas nações de língua inglesa e os intercâmbios culturais desiguais (1995, p.20) 13. Segundo a perspectiva do teórico americano, a tradução estrangeirizadora seria capaz de integrar e interconectar povos e culturas distintas. Diferentes identidades seriam colocadas em contato, por meio do trabalho do tradutor, e novas identificações seriam possíveis. Quando Hall sustenta que toda ação social é cultural (1997, p.2), pois todas as práticas sociais expressam ou comunicam um significado (1997, p.2), podemos ir um pouco mais adiante e tomar a ação de optar por uma estratégia de tradução (seja ela domesticadora ou estrangeirizadora) também como cultural, já que dessa escolha resultam significados. 9 Citação original: an ethnocentric reduction of the foreign text to target-language cultural values (VENUTI, 1995, p.20). 10 Citação original: it seeks an identity, a self-recognition, and finds only the same culture in foreign writing, only the same self in the cultural other (VENUTI, 1995, p.306). 11 Citação original: an ethnodeviant pressure on those values to register the linguistic and cultural difference of the foreign text (VENUTI, 1995, p.20). 12 Citação original: of resistance against ethnocentrism and racism, cultural narcissism and imperialism, in the interests of democratic geopolitical relations (VENUTI, 1995, p.20). 13 Citação original: a strategic cultural intervention in the current state of world affairs, pitched against hegemonic English-language nations and the unequal cultural exchanges (VENUTI, 1995, p.20).

9 Ademais, como nos aponta Hall (1997), pelo fato de a cultura ser levada em conta nos mais diversos âmbitos e por nossas ações igualmente levarem em conta a cultura, conclui-se que a escolha feita pelo tradutor também está condicionada à cultura na qual está inserido. Da mesma forma, a cultura que irá receber a tradução também pode exercer forças determinantes sobre o modo como se dará o processo tradutório. CONSIDERAÇÕES FINAIS A analogia aqui proposta de tradução domesticadora como tradução narcísica e de tradução estrangeirizadora como tradução transgressora deve levar sempre em consideração que tanto os significados quanto os contextos são delimitados por aspectos sociais e históricos. Isto significa dizer que autor e tradutor executam suas atividades de forma circunscrita pelas práticas sociais. Desse modo, uma determinada cultura pode se mostrar mais aberta à exposição ao novo, sendo, portanto, mais suscetível a traduções transgressoras; assim como outra cultura pode se mostrar mais resistente a infiltrações de outras culturas, sendo, então, mais propensa a propagação de traduções narcisistas. O profissional de hoje encontra-se no período referido por Hall como modernidade tardia (HALL, 1997), ou seja, um momento de novos sistemas nervosos que enredam numa teia sociedades com histórias distintas, diferentes modos de vida, em estágios diversos de desenvolvimento (HALL, 1997, p.3). Os livros que circulam pelo globo também fazem parte desse sistema e carregam consigo mundos díspares que, ao entrarem em contato uns com os outros, estabelecem novas significações, a fim de acomodar o novo de alguma forma. Hall complementa esse raciocínio ao afirmar que mudanças culturais globais estão criando uma rápida mudança social [...], sérios deslocamentos culturais (1997, p.3). Destarte, o particular não possui mais uma identidade concreta desvinculada do global, pois o local é constantemente remodelado em função das dinâmicas globais. O receio de uma homogeneização cultural (p.4) pode ser escusado, pois, embora algumas (ou muitas) particularidades até possam ser apagadas, o modo como cada local, cada individual, reagirá ao global seria único e imprevisível, o que resultaria em dinâmicas heterogêneas. Além disso, a distribuição da cultura não é igualitária (HALL, 1997, p.4). Entra em jogo, então, o que é chamado de geometria do poder (p.4), que determina o quê, como, quando e quanto será importado e exportado. Os livros a serem traduzidos, bem como os métodos a serem utilizados, também estão inseridos nessa dinâmica de poder. É por haver um imperialismo

10 cultural norte-americano (principalmente) que temos uma grande oferta de livros traduzidos para o português e, comparativamente, poucos traduzidos para o inglês. É contra isso que Venuti tenta lutar, usando sua teoria como arma. Por essa razão, ele opta pela estrangeirização como forma de abrir fronteiras, pois a cultura global necessita da diferença para prosperar (HALL, 1997, p.4). Venuti (1995) defende a migração, a miscigenação, preferência que vai ao encontro do entendimento de Hall: o resultado do mix cultural, ou sincretismo, atravessando velhas fronteiras, pode não ser a obliteração do velho pelo novo, mas a criação de algumas alternativas híbridas, sintetizando elementos de ambas, mas não redutíveis a nenhuma delas (1997, p.4). Assim, entre a transgressão e o narcisismo transita o tradutor, agente cujas escolhas definem as experiências culturais e identitárias a serem vivenciadas pelo leitor. REFERÊNCIAS FREITAS, L. F. Tradução e autoria: de Schleiermacher a Venuti. In: Cadernos de Tradução. Florianópolis: Núcleo de Tradução, v.1 n.21, p FREITAS, L. F. Visibilidade problemática em Venuti. In: Cadernos de Tradução. Florianópolis: Núcleo de Tradução, v.2, n.12, p HALL, S. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. In: Educação & Realidade. Porto Alegre: Faculdade de Educação da UFRGS, v.22, n.2, jul/dez HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 10.ed. Rio de Janeiro: DP&A, NOGUEIRA, N. H. Agatha Christie por Clarice Lispector: tradução, cultura e identidade. In: Revista Alpha. Pato de Minas: Unipam, v.8, n.8, nov/2007. p SCHLEIERMACHER, F. On the different methods of translating. Tradução de Andre Lefevere. In: LEFEVERE, A. et al. Translation/ History/ Culture: a sourcebook. London and New York: Routledge, VENUTI, L. The translator s invisibility: a history of translation. London and New York: Routledge, 1995.

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