PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL: DO ANTEPROJETO DE MÁRIO DE ANDRADE À CONSTITUIÇÃO DE 1988 ASPECTOS RELEVANTES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL: DO ANTEPROJETO DE MÁRIO DE ANDRADE À CONSTITUIÇÃO DE 1988 ASPECTOS RELEVANTES"

Transcrição

1 PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL: DO ANTEPROJETO DE MÁRIO DE ANDRADE À CONSTITUIÇÃO DE 1988 ASPECTOS RELEVANTES INTANGIBLE CULTURAL HERITAGE: FROM MARIO DE ANDRADE'S FIRST DRAFTS TO THE CONSTITUTION OF RELEVANT ASPECTS Grace Laine Pincerato Carreira 1 Resumo: Relata brevemente o histórico da tutela do Patrimônio Cultural Material e Imaterial no Direito Constitucional Brasileiro. Ressalta a contribuição do escritor brasileiro Mário de Andrade na criação do Decreto-Lei 25 de 1937, que instituiu o tombamento como meio de preservação de bens móveis. Analisa a composição do Decreto-Lei 25 de 1937 e Decreto 3551 de 4 de agosto de Palavras-chave: Patrimônio Cultural Material e Imaterial. Constituição Federal de 1988 Direitos Culturais. Mário de Andrade. Abstract: It briefly talks about the history of the protection of the Tangible and Intangible Cultural Heritage and the Brazilian Constitutional Law. It emphasizes the contribution of the Brazilian writer Mário de Andrade in the creation of the Decree-Law 25 of 1937, which established that registering as mankind s was a means of preservation of property. Analyzes the composition of Decree-Law 25 of 1937 and Decree 3551 of August 4, Keywords: Tangible and Intangible Cultural Heritage, Federal Constitution of 1988, Cultural Rights, Mario de Andrade. INTRODUÇÃO A trajetória para incluir o patrimônio cultural no rol protetivo do direito brasileiro foi longa. O primeiro a atingir esse posto foi o patrimônio cultural material, ainda na primeira metade do século XX. Já o patrimônio cultural imaterial foi incorporado no ordenamento jurídico brasileiro com a Carta Magna de 1988, em seu art Atualmente a norma infraconstitucional que trata do patrimônio cultural imaterial é o Decreto n 3551/2000, que instituiu o registro de bens culturais de natureza imaterial e criou o programa nacional do patrimônio cultural. Existe também o Decreto-Lei n 25/1937 que instituiu o tombamento como instrumento de salvaguarda. Pela definição do objeto da norma, sua aplicabilidade recai sobre os bens culturais materiais. Segundo dados publicados na página digital do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico, IPHAN, o patrimônio cultural brasileiro na esfera federal, possui atualmente: mais de 1 Advogada e Jornalista, bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2011) e em Jornalismo pela Universidade de Sorocaba (2002). Recebeu prêmio Itaú- Mackenzie 4o. lugar com a monografia Sobre o Direito Constitucional à tutela do patrimônio cultural imaterial: por uma aplicação do regime jurídico da propriedade. Atua há 12 anos na área cultural. Desde 2008 faz parte da equipe técnica da Oficina da Palavra- Casa Mário de Andrade, pertencente à rede de Oficinas Culturais da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e gerenciada pela Poiesis. Co-editora do site

2 20 mil edifícios tombados (públicos e privados), 83 centros e conjuntos urbanos, sítios arqueológicos cadastrados, mais de um milhão de objetos, incluindo acervo museológico, cerca de 250 mil volumes bibliográficos, documentação, registros fotográficos e em vídeo (IPHAN, 2012). Quanto aos bens intangíveis, até o presente momento vinte e cinco foram registrados nos quatro livros que constituem o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, instituído pelo decreto de 2000, de açodo com o site do IPHAN. No início do século XXI, seguindo uma tendência mundial, a UNESCO reconheceu a importância do patrimônio cultural imaterial para a humanidade e, sob sua égide, foram introduzidos no âmbito do direito internacional, dois instrumentos normativos importantes que merecem destaque: a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, de 2003 e a Convenção para a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, de 2006, ambos ratificados pelo Brasil. Outros textos foram produzidos, dentre eles a Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular, em 1989, que, embora não tenha poder normativo, destina-se a influenciar o desenvolvimento de legislações nacionais. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 DIREITOS CULTURAIS E DIREITO À CULTURA- ASPECTOS GERAIS A Constituição Federal de 1988 representou um enorme avanço no campo dos direitos fundamentais, envolvendo em sua rede protetora os direitos individuais, coletivos, sociais, econômicos, culturais entre outros. O art. 5 traz a maior parte dos direitos fundamentais contidos na Constituição, mas não todos, por isso, a interpretação do texto constitucional deve ser sistêmica. Exemplo disso é o caput do art. 215 do Capítulo III, da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção II que se refere aos direitos culturais como um direito fundamental. Diz o artigo: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. José Afonso da Silva chama a atenção para a existência de uma dupla dimensão da expressão direitos culturais: [...] de um lado direito cultural, como norma agendi (O estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais); e o direito cultural como facultas agendi (da norma que garante a todos o pleno exercício dos direitos, decorre a faculdade de agir com base nela) (2001, p.47). O professor de Direito Constitucional, Francisco Humberto Cunha Filho ( 2000, p. 65), defende a presença dos direitos culturais em todas as gerações de direitos fundamentais, com maior ênfase na terceira geração, também conhecida como social. Ele os define direitos culturais como: [...] aqueles afetos às artes, à memória coletiva e ao repasse de saberes, que asseguram a seus titulares o conhecimento e uso do passado, interferência ativa no presente e possibilidade de previsão e decisão de opções referentes ao futuro, visando sempre à dignidade da pessoa humana (2000, p. 33-4). Nesta direção, a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural define os direitos culturais como parte integrante dos direitos humanos: Os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos, que são universais, indissociáveis e interdependentes. O desenvolvimento de uma diversidade criativa exige a plena realização dos direitos culturais, tal como os define o Artigo 27 da Declaração Universal de Direitos Humanos e os artigos 13 e 15 do Pacto Internacional

3 de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Toda pessoa deve, assim, poder expressar-se, criar e difundir suas obras na língua que deseje e, em particular, na sua língua materna; toda pessoa tem direito a uma educação e uma formação de qualidade que respeite plenamente sua identidade cultural; toda pessoa deve poder participar na vida cultural que escolha e exercer suas próprias práticas culturais, dentro dos limites que impõe o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais (UNESCO, 2010). Diante dos argumentos expostos, depreende-se que o rol do art. 5 da Constituição Federal de 1988, não abarcou tudo o que o legislador constituinte considera direitos fundamentais. Deste modo, a expressão direitos culturais presente no art. 215, adiciona ao rol de direitos fundamentais mais uma matéria. Segundo José Afonso da Silva os atos de cultura também são fatos sociais. Desse modo, pode-se conceituar a natureza dos direitos culturais como manifestações dos direitos sociais (2001, p. 26). O art. 215 também fala que o Estado garantirá o acesso às fontes da cultura nacional, apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais : Com a combinação dos artigos 5 IX 2 e 215, conclui-se que não pode haver cultura imposta, que o papel do poder público dever ser o de favorecer a livre procura das manifestações culturais, criar condições de acesso popular à cultura, prover meios para que a difusão cultural se fundamente nos critérios de igualdade. [...] A ação do Estado há de ser afirmativa que busque realizar as igualizações dos socialmente desiguais, para que todos, igualmente aufiram os benefícios da cultura. [...] Os poderes públicos ao propiciarem os meios para acesso à cultura, institui órgãos destinados a administrar a cultura, tais como Ministério da Cultura, Secretaria Estaduais e Municipais de Cultura, cujo conjunto forma um sistema administrativo da cultura, dando origem ao conceito de instituições culturais. [...] Uma política pública da cultura exige a criação de normas jurídicas que disciplinem as relações jurídicas culturais. Seu desenvolvimento é que dá origem a um sistema normativo da cultura, que constitui o direito da cultura (SILVA, J. 2001, p e 51). De acordo com José Afonso da Silva (2001, p. 47), temos, portanto, que analisar a cultura por três aspectos: o direito da cultura, direitos culturais e direito à cultura. O primeiro se refere ao direito objetivo da cultura, a norma agendi, compõe o sistema normativo da cultura; o segundo diz respeito ao direito subjetivo da cultura, a facultas agendi; o último trata do direito constitucional fundamental que exige ação positiva do Estado, cuja realização depende de uma política cultural oficial. PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DEFINIÇÃO E GARANTIAS O patrimônio cultural imaterial pode ser entendido jurídica e historicamente, como um conjunto de bens incorpóreos, suscetível de valoração econômica, moral, histórica ou cultural, pertencente a uma pessoa física ou jurídica, pública ou particular, individual ou coletiva, vinculado a uma das hipóteses elencadas no art. 216 da Constituição Federal de 1988, quais sejam: as formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver e as criações científicas, artísticas e tecnológicas. Segundo Francisco Humberto Cunha Filho, o art. 216 da Constituição Federal, é uma norma definidora, a qual tem por objetivo explícito definir o que é patrimônio cultural (2000, p. 29). O legislador constituinte deu um passo importante, pois a tutela do patrimônio cultural é matéria de interesse universal. 2 Art. 5 IX da Constituição Federal de 1988: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

4 [...] cada país procura estabelecer normas de proteção desse patrimônio, porque nele se consubstancia e se reverencia a memória da formação nacional, que, por isso, se identifica com a própria nacionalidade. [...]. Essa preservação é tão importante que interessa à humanidade como um todo, pelo quê os organismos internacionais tem promovido recomendações, acordos e convenções com tal objetivo (SILVA, J., 2001, p. 148). A Constituição de 1988, no que concerne à tutela do patrimônio cultural imaterial, não representou apenas um avanço no plano político interno. Ela trouxe para o ordenamento brasileiro uma tendência moderna: a desmaterialização do bem cultural brasileiro. O caput do art. 216, portanto, define o patrimônio cultural como o conjunto de bens materiais e imateriais, considerados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Os incisos I, II e III tratam dos bens imateriais, os demais, IV e V descrevem os bens materiais. José Afonso da Silva (2001, p. 35) entende que o alcance desse dispositivo não é irrestrito. Para ele, a cultura tutelada não é aquela representativa de toda criação do homem no sentido antropológico. Apenas o são, as formas de expressão (inciso I); os modos de criar, fazer e viver (inciso II); as criações científicas, artísticas e tecnológicas (inciso III); as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais (inciso IV); os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico (inciso V), que são portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Essas referências podem ser consideradas em conjunto ou isoladamente (SILVA, 2001, p. 35). O constituinte também estabeleceu no parágrafo primeiro do art. 216, algumas formas de promoção e proteção do patrimônio cultural brasileiro, como os inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e outras formas de acautelamento e preservação. Entre os meios de proteção, o tombamento é o mais utilizado para os bens materiais. Este instrumento administrativo se fundamenta na ideia da supremacia do interesse público sobre o particular; assim, tornou-se possível a restrição do uso da propriedade de modo a garantir sua preservação. Além disso, o dispositivo supracitado atribui à lei especial a descrição das formas de produção e conhecimento dos bens culturais (parágrafo 3 ), bem como as sanções por danos causados ou ameaças causadas ao patrimônio cultural (parágrafo 4 ). Todos os documentos e sítios detentores de reminiscências históricas dos quilombos foram tombados pela própria Constituição (parágrafo 5 ). Embora uma Garantia Constitucional, juridicamente falando, a formação do patrimônio cultural brasileiro depende de lei ordinária que defina os métodos a serem utilizados para a composição de tal patrimônio. No caso, Decreto-Lei n 25/1937 para bens materiais e Decreto n 3551/2000 para os bens imateriais. A Carta Magna estabelece, ainda, as competências federais, estaduais (art. 24, VII) e municipais (art. 30, IX) para a preservação do patrimônio cultural, e prevê o direito a qualquer cidadão de propor ação popular contra atos lesivos ao patrimônio histórico cultural (art. 5, LXXIII). ANTEPROJETO DE MÁRIO DE ANDRADE - BREVE HISTÓRICO Não obstante a relevância dos aspectos jurídicos merece destaque a importância de Mário

5 de Andrade para a tutela do Patrimônio Cultural Brasileiro. Por encomenda do então Ministro da Educação e Saúde Gustavo Capanema, cujo Chefe de Gabinete era Carlos Drummond de Andrade, Mario de Andrade, escritor e pesquisador paulista, um dos expoentes do movimento modernista, elaborou o anteprojeto que serviu de base para a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), hoje denominado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura. O Decreto-Lei no. 25/1937, atualmente em vigor, foi concebido a partir desse anteprojeto elaborado em 1936 por Mário de Andrade. O anteprojeto possui aspectos pertinentes à sua época e outros inovadores, que podem ser encontrados nos instrumentos normativos produzidos no âmbito internacional e no interno, anos após a sua elaboração. O anteprojeto de Mário de Andrade serve como paradigma para os estudiosos, principalmente àqueles ligados à área do direito, para a interpretação do alcance das atuais normas protetoras dos bens culturais. Isso porque, no campo da interpretação jurídica, somente podemos concluir pela aplicação ou não de uma norma protetora se previamente conseguirmos definir o objeto de sua tutela, ou seja, o que são bens culturais, e suas categorias, inclusive os bens imateriais. Assim, o anteprojeto é subsídio importante para a interpretação da CF/88 e de outros diplomas legais (SILVA F., 2002, p. 135). O extrato acima demonstra a importância dada ao trabalho de Mário de Andrade não só ao aspecto artístico-cultural de seu legado, mas as implicações sócio-jurídicas que tais incursões representaram para a sociedade brasileira. À época, Mário de Andrade exercia a função de Diretor de Cultura do recém criado Departamento de Cultura do município de São Paulo. Mário não só foi o primeiro diretor, como contribuiu para a estruturação desse novo setor da prefeitura. Em carta dirigida a Paulo Duarte, advogado, jornalista e professor de História da USP, datada de 1937, Mário de Andrade revela o seu entendimento sobre o papel dos governos na área da cultura: Há que forçar um maior entendimento mútuo, um maior nivelamento geral da cultura que, sem destruir a elite, a torne mais acessível a todos, e em conseqüência lhe dê uma validade verdadeiramente funcional. Está claro, pois, que o nivelamento não poderá consistir em cortar o tope ensolarado das elites, mas em provocar com atividade o erguimento das partes que estão na sombra, pondo-as em condições de receber mais luz. Tarefa que compete aos governos (FUNDAÇÃO PRÓ MEMÓRIA, 1981, p.22). Foi com essa visão de cultura, associada aos seus conhecimentos em folclore, artes plásticas, arquitetura, literatura, música e à prática administrativa como funcionário da prefeitura, que Mário de Andrade formulou políticas públicas que influenciaram na condução do Departamento de Cultura e na elaboração do anteprojeto para criação do órgão responsável pelo Patrimônio Histórico Cultural. O anteprojeto redigido por Mário de Andrade é um texto amplo, com muitas definições 3 e 3 Mário de Andrade elaborou as seguintes definições no Anteprojeto para Criação do Serviço do Patrimônio Artístico Nacional CAP II: Determinações Preliminares - Patrimônio Artístico Nacional - Definição: Entende-se por Patrimônio Artístico Nacional todas as obras de arte pura ou de arte aplicada, popular ou erudita, nacional ou estrangeira, pertencentes aos poderes públicos, a organismos sociais e a particulares nacionais, a particulares estrangeiros, residentes no Brasil. Obra de Arte Patrimonial - Definição: Entende-se por Obra de Arte Patrimonial,

6 pouco legalista. Mário não demonstrou preocupação com os efeitos jurídicos do tombamento, nem mencionou as sanções contra danos e ameaças ao patrimônio. Essas questões foram adicionadas posteriormente ao texto que dá origem ao Decreto-Lei n 25/1937. Denota-se uma grande preocupação do escritor-funcionário em definir e conceituar os objetos sujeitos à tutela. Assim definiu: arte é uma palavra geral, que neste seu sentido geral significa a habilidade com que o engenho humano se utiliza da ciência, das coisas e dos fatos (IPHAN, 2002, p ). Ele não fazia distinção entre História e Arte, por isso o anteprojeto denominava-se Serviço do Patrimônio Artístico Nacional (SPAN). O anteprojeto está divido em três capítulos: o primeiro trata da finalidade e competência do SPAN; o segundo define patrimônio artístico nacional e enumera os bens excluídos do mesmo. Trata, inclusive, da transferência da propriedade do bem, com a ressalva que tal mudança não implique na saída do respectivo bem do país. Na sequência nomeia e define as oito categorias de bens culturais sujeitos ao tombamento e, por fim, estabelece os procedimentos, sugerindo a utilização de quatro livros de tombo que servirão para neles serem inscritos os nomes dos artistas, as coleções públicas e particulares, e individualmente as obras-de-arte que ficarão oficialmente pertencendo ao patrimônio artístico nacional, escreveu Mário de Andrade (IPHAN,2002, p.278-9). Estes livros foram discriminados como: 1) Livro de Tombo Arqueológico e Etnográfico; 2) Livro de Tombo Histórico; 3)Livro de Tombo das Belas Artes; 4) Livro do Tombo das Artes Aplicadas. Antevendo as possíveis críticas, Mário de Andrade elaborou uma série de questões para esclarecer alguns pontos do anteprojeto que serviu também para afirmar as suas convicções em relação à arte, história, educação e museus. Pelo teor do anteprojeto se vislumbra a genialidade de Mário de Andrade. Sua visão de cultura estava a frente de sua época. Ele tinha consciência da importância de todas as manifestações do povo brasileiro, do erudito ao popular, do saber científico ao saber empírico. Para ele não bastava reunir todo o conhecimento brasileiro, era preciso divulgar. Pensando nisso, destina uma parte do anteprojeto para a criação de um serviço de publicação dos livros do tombo, pois além de indispensáveis aos estudiosos, têm valor moral de incitamento à cultura e à aquisição de obras de arte justificou Mário (IPHAN, 2002, p ). A última parte do anteprojeto é destinada à organização interna, incluindo um plano quinquenal de montagem e funcionamento do órgão. Mário de Andrade orienta a composição do patrimônio artístico nacional, deixando aberta a possibilidade para que outras manifestações sejam incorporadas. Ele não se preocupou apenas com os monumentos grandiosos, com as obras de arte de um estilo específico ou bens de natureza tangível. Ele expôs uma concepção de cultura que exalta a universalidade e a toma como repositório de saberes, crenças e manifestações artísticas de um povo. No seu anteprojeto se observa a existência de duas tendências modernas: o reconhecimento do bem cultural imaterial e dos monumentos de aspectos singelos ou não grandiloqüentes, mas que tenham com o passar do tempo, adquirido importância para uma sociedade. Esta última concepção é tratada na Carta de Veneza de Embora não seja um diploma jurídico, esta carta influenciou a formação de normas jurídicas nacionais e internacionais relativas à proteção dos bens culturais. CARTA DE VENEZA, 1964 pertencente ao Patrimônio Artístico Nacional, todas e exclusivamente as obras que estiverem inscritas, individual ou agrupamento, nos quatro livros de tombamento. Essas obras de arte deverão pertencer pelo menos a uma das oito categorias seguintes: Arte arqueológica; Arte Ameríndia; Arte Popular; Arte Histórica; Arte Erudita Nacional; Arte Erudita Estrangeira; Artes Aplicadas nacionais; Artes Aplicadas estrangeiras. (IPHAN, 2002, 273-4).

7 Carta Internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios Definições Art. 1 A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Estende-se não apenas às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural. O aspecto mais relevante do anteprojeto de Mário de Andrade para este estudo é o reconhecimento de bens intangíveis, que apesar de apresentar potencial para fixação num suporte físico, permanecem na oralidade, passando de geração para geração. Para Mário de Andrade, o folclore não se restringia às lendas, cantos ou danças, mas abarcava também, os saberes populares: medicina, culinária, crendices, magias, etc. Esta visão ampla de cultura e do papel do Serviço de Patrimônio Artístico não foi contemplada no texto final que originou o Decreto-Lei n 25/1937. O texto final foi redigido por Rodrigo Mello Franco de Andrade, mineiro, escritor, que exerceu função pública junto ao Ministério da Educação e Saúde no Governo Getúlio Vargas e depois de promulgado o Decreto-Lei foi nomeado Diretor do então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. DECRETO-LEI N 25/1937 E DECRETO N 3551/ COMPOSIÇÃO Do anteprojeto de Mário de Andrade foi aproveitado o rol de bens culturais excluídos do patrimônio histórico e artístico nacional, os procedimentos para tombamento, bem como os quatro livros do tombo, com o acréscimo do termo paisagístico ao livro de tombo arqueológico, etnográfico. O decreto-lei n 25/1937 separa o artístico do histórico, conceitua e organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, aborda questões de direito e práticas administrativas. O capítulo I conceitua; capítulo II trata do tombamento instituindo os Livros de Tombo e os procedimentos jurídicos e administrativos para o tombamento; o capítulo III esclarece os efeitos do tombamento; capítulo IV cuida do direito de preferência em face da alienação onerosa de bens tombados; capítulo V reúne as disposições gerais. O decreto-lei se distanciou da ideia original, para acomodar interesses e concepções de cultura de um setor da classe intelectual brasileira. Prevaleceu, a definição restritiva que figura no art. 1 do Decreto-Lei, qual seja: Art. 1 Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valos arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. O fato de terem descartado aqueles aspectos inovadores do anteprojeto de Mário de Andrade, não significa que suas convicções eram ruins. Provavelmente, eram avançadas demais para sua época. Das querelas entre modernistas e tradicionalistas, dos debates em torno da atualização da inteligência brasileira e da formação da identidade nacional, resultou um refinamento das ideias. Além da importância de Mário de Andrade como escritor, pesquisador e funcionário público, ele é um exemplo de inventividade. Somente um intelectual polivalente como ele poderia preconizar com tanta clarividência tendências contemporâneas. No Brasil, por exemplo, a incorporação do bem imaterial e a ampliação do conceito de monumento passaram a repercutir no mundo jurídico após a Constituição Federal de 1988, com

8 o art No ordenamento infraconstitucional, vigora o Decreto n 3551/2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, além de criar o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Para Daisy Rafaela da Silva (2010), em artigo publicado no site Âmbito Jurídico.Com.Br, o Brasil é pioneiro na tutela dos bens culturais, pois antes da convenção da UNESCO instituiu, com o decreto 3.551/2000, o procedimento administrativo de registro e criou o Programa Nacional do Patrimônio Cultural. Pode-se acrescentar a esta posição precursora mencionada pela articulista, o ambiente favorável proporcionado, pioneiramente, pela disposição do art. 216 da Constituição Federal, de O Decreto n 3551/2000 foi resultado de uma recomendação contida na Carta de Fortaleza, documento criado como resultado final do Seminário Internacional Patrimônio Imaterial: estratégias e formas de proteção, realizado na capital do Estado do Ceará em novembro de O objetivo desse encontro era discutir meios legais e administrativos para a proteção do patrimônio imaterial. Em linhas gerais esta carta recomendou a realização de Inventário Nacional desses bens, a Integração das informações produzidas e a criação pelo Ministério da Cultura de um grupo de trabalho que realizasse os estudos necessários para a propositura de um instrumento legal que mais tarde se converteu no decreto n Este Decreto possui nove artigos. O art. 1 dispõe sobre os procedimentos para registro; o art. 2 trata da legitimidade para provocar a instauração do processo de registro; os artigos 3, 4 e 5 disciplinam a instrução dos processos; o art. 6 discorre sobre a responsabilidade do Ministério da Cultura em manter um banco de dados com o material produzido durante a instrução do processo, divulgar e promover o bem registrado. O registro dos bens culturais imateriais não tem caráter permanente. O art. 7 fixou o seguinte: O IPHAN fará a reavaliação dos bens culturais registrados, pelo menos a cada dez anos, e a encaminhará ao Conselho Consultivo do patrimônio Cultural para decidir sobre a revalidação do título de Patrimônio Cultural do Brasil. Parágrafo único. Negada a revalidação, será mantido apenas o registro, como referência cultural de seu tempo. O art. 8 instituiu no âmbito do Ministério da Cultura, o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, com vista à implementação de política específica de inventário, referenciamento e valorização desse patrimônio. Na redação deste decreto não houve a preocupação em definir o patrimônio cultural imaterial, a exemplo do decreto-lei 25/1937, no art.1. Esta ausência pode gerar alguma dificuldade na compreensão e aplicabilidade do decreto, pois é primordial para efetiva atuação de um instrumento normativo a delimitação de seu objeto e quando isso não ocorre, abre-se espaço para controvérsias. CONCLUSÃO Partindo do legado de Mário de Andrade, nota-se que, com o passar dos anos, houve o deslocamento de uma visão de patrimônio cultural unicamente material, física, de pedra e cimento, para uma noção compartilhada com os elementos espirituais, o saber, a técnica, a comunicação, a tradição entre outros. Reconhece-se hoje que a cultura não se forma apenas com obras da engenharia humana, mas também com o conhecimento que permitiu ao homem transformar a natureza e com isso se transformar, e da transmissibilidade desses saberes que muitas vezes se operou oralmente de geração para a geração e cujo ponto de partida se perdeu no tempo.

9 A Constitucional Federal de 1988, em seu art. 216, está em consonância com as definições de patrimônio cultural advindas das convenções internacionais, coordenadas pela UNESCO. A produção normativa internacional sobre esse assunto teve grande desenvolvimento e influência nas políticas nacionais dos países signatários durante o século XX. Tome-se, por exemplo, a Convenção para Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, de 1972, em seu art. 1, no qual define o patrimônio cultural e natural com base em aspectos históricos, arqueológicos, artísticos, antropológicos, etnológicos, científicos, estéticos e na relação entre eles. Ressalta-se que, quanto à incorporação dos bens imateriais ao patrimônio cultural, nossa Constituição saiu à frente da UNESCO. A Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial foi elaborada apenas em 2003, mas, independentemente desta questão cronológica, esta Convenção teve um papel importante ao introduzir a matéria no direito internacional. Por fim, embora o decreto n 3551/2000 represente um passo importante no caminho da tutela do patrimônio cultural imaterial, ele não tem força jurídica para proteger aqueles bens que, tendo as condições do art. 216, também têm potencial econômico e estão sujeitos à biopirataria. Contudo, não se pode negar sua relevância, pois o registro do patrimônio cultural imaterial possibilita a construção de um arquivo histórico representativo da evolução das expressões culturais. REFERÊNCIAS BRASIL Decreto lei n 25 de 30 de novembro de Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. DOU, Rio de Janeiro, 6 dez Disponível em:< Acesso em 20 mar Decreto no de 04 de agosto de Institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e dá outras providências. < em 22 de julho de Fundação Pró Memória. Mário de Andrade: cartas de trabalho: correspondência com Rodrigo Mello de Andrade, Brasília: Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico nacional: Fundação Pró Memória, Capítulo: Cartas, ofícios e relatórios. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN). Disponível em: < id=10&sigla=institucional&retorno=paginaiphan>. Acesso em: 07 set Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: Especial Mário de Andrade, Brasília: Departamento do Patrimônio Imaterial, n 30, p. 129 a ITÁLIA, II Congresso Internacional de Arquitetos e de Técnicos de Monumentos Históricos, 1964 disponível em: < Acesso em: 07 set CUNHA FILHO, Francisco Humberto. Direitos Culturais como Direitos Fundamentais no Ordenamento Jurídico Brasileiro. Brasília: Ed. Brasília Jurídica, 2000 SILVA, Daisy Rafaela. Patrimônio cultural imaterial: antecedentes e proteção jurídico ambiental. Rio Grande do Sul: Âmbito Jurídico, Disponível em: artigo_id=5931 Acesso em: 06 mar SILVA, Fernando Fernandes da. Mário e o Patrimônio - um ante projeto ainda atual. SILVA, José Afonso da. Ordenação Constitucional da Cultura. São Paulo: Malheiros, 2001 UNESCO. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural. Disponível em:

10 < Acesso em: 03 set UNESCO, Recomendação sobre a salvaguarda da cultura tradicional e popular de Disponível em: < Acesso em: 31 jan. UNESCO. Convenção para a Proteção e a promoção da Diversidade das Expressões Culturais. Disponível em: < Acesso em 08 set

CARTA DO RIO DE JANEIRO SOBRE O PATRIMÔNIO CULTURAL DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA 1

CARTA DO RIO DE JANEIRO SOBRE O PATRIMÔNIO CULTURAL DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA 1 CARTA DO RIO DE JANEIRO SOBRE O PATRIMÔNIO CULTURAL DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA 1 1. CONSIDERANDO que a ciência exerce grande influência no desenvolvimento da sociedade, possibilitando transformações no nosso

Leia mais

Patrimônio Cultural, Identidade e Turismo

Patrimônio Cultural, Identidade e Turismo Patrimônio Cultural, Identidade e Turismo Definição de Patrimônio l Patrimônio cultural é um conjunto de bens materiais e imateriais representativos da cultura de um grupo ou de uma sociedade. Problematização

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Cultura Professor: André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional Seção II DA CULTURA Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais

Leia mais

ATRIBUIÇÕES DO IPHAN NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

ATRIBUIÇÕES DO IPHAN NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ATRIBUIÇÕES DO IPHAN NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO Curso de Capacitação de Guias Fortalezas e Turismo Embarcado na APA de Anhatomirim Florianópolis, 26 de novembro de 2014 IPHAN - Instituto do Patrimônio

Leia mais

Elementos Básicos para a Gestão Cultural nos Municípios CAPACITAÇÃO EM GESTÃO CULTURAL

Elementos Básicos para a Gestão Cultural nos Municípios CAPACITAÇÃO EM GESTÃO CULTURAL Elementos Básicos para a Gestão Cultural nos Municípios CAPACITAÇÃO EM GESTÃO CULTURAL Conceitos de Cultura - ANTROPOLOGIA: CULTURA É O HOMEM ALÉM DO BIOLÓGICO. - SOCIOLOGIA: CULTURA COMO COMPLEXO DE SÍMBOLOS.

Leia mais

Apresentação para Sala de Aula para alunos de 1ª a 4ª série

Apresentação para Sala de Aula para alunos de 1ª a 4ª série Apresentação para Sala de Aula para alunos de 1ª a 4ª série O que é Patrimônio Cultural? Patrimônio é constituído pelos bens materiais e imateriais que se referem à nossa identidade, nossas ações, costumes,

Leia mais

Redação Oficial, Protocolo e Arquivamento AULA 11. Temas: Conceitos de Arquivamento

Redação Oficial, Protocolo e Arquivamento AULA 11. Temas: Conceitos de Arquivamento Redação Oficial, Protocolo e Arquivamento AULA 11 Temas: Conceitos de Arquivamento Até agora, estudamos sobre a forma correta de produzir e tramitar os documentos gerados em nosso dia-a-dia. A partir desta

Leia mais

PROVA ESPECÍFICA Cargo 26

PROVA ESPECÍFICA Cargo 26 29 PROVA ESPECÍFICA Cargo 26 QUESTÃO 41 O processo de tombamento de um bem imóvel deve: a) delimitar apenas a sua área tombada e definir diretrizes de intervenção. b) delimitar apenas a área de entorno

Leia mais

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Excertos (Constituição, Código Cicvil e Código Penal) Prof. Antonio Botão

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Excertos (Constituição, Código Cicvil e Código Penal) Prof. Antonio Botão ARQUIVOLOGIA Legislação Arquivística Prof. Antonio Botão CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 E CORRELAÇÕES COM A LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA Título II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL PATRIMÔNIO CULTURAL

DIREITO AMBIENTAL PATRIMÔNIO CULTURAL DIREITO AMBIENTAL PATRIMÔNIO CULTURAL Professor Eduardo Coral Viegas 1 MEIO AMBIENTE NATURAL: constituído pelo solo, água, ar atmosférico, flora, fauna, enfim, pela biosfera (sem intervenção humana) MA

Leia mais

TR Teoria e História da Preservação da Arquitetura e do. Urbanismo

TR Teoria e História da Preservação da Arquitetura e do. Urbanismo TR Teoria e História da Preservação da Arquitetura e do Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Artes e Arquitetura Curso de Arquitetura e Urbanismo Prof. Ana Paula Zimmermann Urbanismo

Leia mais

AS CIDADES BRASILEIRAS E O PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

AS CIDADES BRASILEIRAS E O PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE AS CIDADES BRASILEIRAS E O PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE SILVA F. F. (Ed.). As cidades brasileiras e o patrimônio cultural da humanidade. São Paulo: Peirópolis; Edusp 2003. F 383 ernando Fernandes

Leia mais

Afinal, o que é patrimônio cultural?

Afinal, o que é patrimônio cultural? Afinal, o que é patrimônio cultural? http://www.youtube.com/watch?v=6afujb7cuq0&feature=relmfu São considerados patrimônio cultural : - os monumentos: obras arquitetônicas, esculturas ou pinturas monumentais,

Leia mais

CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO MINERÁRIO

CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO MINERÁRIO ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO - AGU POTENCIAL CONFLITO DA MINERAÇÃO COM ÁREAS ESPECIAIS/ RESTRITAS CRISTINA CAMPOS ESTEVES Julho/2009 CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO MINERÁRIO Salvador, 7 a 9 de junho de

Leia mais

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Parte 2. Excertos (Constituição, Código Cicvil e Código Penal) Prof. Antonio Botão

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Parte 2. Excertos (Constituição, Código Cicvil e Código Penal) Prof. Antonio Botão ARQUIVOLOGIA Legislação Arquivística Parte 2 Prof. Antonio Botão 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.... 6º É facultado aos Estados

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA UNESCO SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA UNESCO SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA UNESCO SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL A CONFERÊNCIA GERAL Comprometida com a plena realização dos direitos do homem e das liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL Adotada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura na sua 31.ª sessão, a 2 de novembro de 2001. DECLARAÇÃO

Leia mais

CONSTRUINDO OUTRAS MEMÓRIAS: PATRIMÔNIO IMATERIAL E DIVERSIDADE CULTURAL

CONSTRUINDO OUTRAS MEMÓRIAS: PATRIMÔNIO IMATERIAL E DIVERSIDADE CULTURAL CONSTRUINDO OUTRAS MEMÓRIAS: PATRIMÔNIO IMATERIAL E DIVERSIDADE CULTURAL José RICARDO ORIÁ Fernandes i A edição do Decreto 3.551, de 2000, possibilitou importantes avanços na área de preservação do Patrimônio

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO. PARA O CONCURSO PÚBLICO DO IPHAN e IBRAM Autarquias do Ministério da Cultura

CURSO PREPARATÓRIO. PARA O CONCURSO PÚBLICO DO IPHAN e IBRAM Autarquias do Ministério da Cultura CURSO PREPARATÓRIO PARA O CONCURSO PÚBLICO DO IPHAN e IBRAM Autarquias do Ministério da Cultura IPHAN - Instituto do Patrmônio Histórico e Artístico Nacional IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus Público-alvo:

Leia mais

ANEXO VI DO EDITAL Nº 01/ SECULT/SEPLAG, DE 29/06/2018 Programa das disciplinas integrantes das Provas Objetivas da 1ª fase do Concurso.

ANEXO VI DO EDITAL Nº 01/ SECULT/SEPLAG, DE 29/06/2018 Programa das disciplinas integrantes das Provas Objetivas da 1ª fase do Concurso. ANEXO VI DO EDITAL Nº 01/2018 - SECULT/SEPLAG, DE 29/06/2018 Programa das disciplinas integrantes das Provas Objetivas da 1ª fase do Concurso. Língua Portuguesa - Conhecimentos Básicos (para todos os cargos)

Leia mais

Prefeitura Municipal de Ouro Preto Estado de Minas Gerais

Prefeitura Municipal de Ouro Preto Estado de Minas Gerais LEI NO 17/2002 "Regulamenta o artigo 165 da Lei Orgânica Municipal, implanta e regulamenta o tombamento de bens móveis e imóveis, assim como o registro dos bens imateriais pelo Município de Ouro Preto

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI No 8.394, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI No 8.394, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI No 8.394, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991. Dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE CONCURSO POLÍCIA MILITAR CFO / Julho 2009 PARECER DOS RECURSOS

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE CONCURSO POLÍCIA MILITAR CFO / Julho 2009 PARECER DOS RECURSOS 56) De acordo com a lei que disciplina a ação civil pública, analise as afirmações a seguir. l Regem-se pelas disposições da Lei que disciplina a ação civil pública as ações de responsabilidade por danos

Leia mais

Aula7 O RITUAL DO TOMBAMENTO. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima

Aula7 O RITUAL DO TOMBAMENTO. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima Aula7 O RITUAL DO TOMBAMENTO META Evidenciar o ato de tombamento como um ato administrativo que preserva e reconhece o patrimônio. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: definir o que vem a ser

Leia mais

DECRETO Nº , DE 18 DE MARÇO DE 2005

DECRETO Nº , DE 18 DE MARÇO DE 2005 DECRETO Nº 27.753, DE 18 DE MARÇO DE 2005 Institui, no âmbito da Administração Pública Estadual, o Registro do Patrimônio Imaterial do Estado de Pernambuco RPI-PE, e dá outras providências. O GOVERNADOR

Leia mais

TEORIA e história da Preservação DA A r q u i t e t u r a e do URBANISMO

TEORIA e história da Preservação DA A r q u i t e t u r a e do URBANISMO TEORIA e história da Preservação DA A r q u i t e t u r a e do URBANISMO 1936 Instalado o IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Gustavo Capanema ministro da educação Rodrigo Melo

Leia mais

Sistema de Documentação do Patrimônio Cultural Brasileiro

Sistema de Documentação do Patrimônio Cultural Brasileiro 34 Arquivo Público do Estado AAA/SC Sistema de Documentação do Patrimônio Cultural Brasileiro Alaria José Silveira Soares * Projeto intitulado "Sistema de Documentação e Pesquisa do Patrimônio Cultural

Leia mais

DECRETO Nº E 05 DE JULHO DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais,

DECRETO Nº E 05 DE JULHO DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, DECRETO Nº 35.879 E 05 DE JULHO DE 2012 Dispõe sobre o RIO COMO PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE e dá outras providências. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO

Leia mais

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Resoluções do CONARQ Parte 9. Prof. Antonio Botão

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Resoluções do CONARQ Parte 9. Prof. Antonio Botão ARQUIVOLOGIA Legislação Arquivística Parte 9 Prof. Antonio Botão CASA CIVIL SECRETARIA-EXECUTIVA ARQUIVO NACIONAL CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS RESOLUÇÃO Nº 26, DE 6 DE MAIO DE 2008 Estabelece diretrizes

Leia mais

Licenciamento Ambiental: Mudanças no Processo de Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Acautelados

Licenciamento Ambiental: Mudanças no Processo de Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Acautelados Licenciamento Ambiental: Mudanças no Processo de Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Acautelados CONSTITUIÇÃO DE 1988 Art. 216. Constituem PATRIMO NIO CULTURAL BRASILEIRO os bens de natureza material

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Intervenção do Estado na Propriedade Prof. Gladstone Felippo Conceito: O caracteriza-se pela limitação restritiva e perpétua ao direito de propriedade, que tem como fato gerador

Leia mais

Cultura material e imaterial

Cultura material e imaterial Cultura material e imaterial Patrimônio Histórico e Cultural: Refere-se a um bem móvel, imóvel ou natural, que possua valor significativo para uma sociedade, podendo ser estético, artístico, documental,

Leia mais

DIREITOS SOCIAIS. PROF. ª Adeneele Garcia Carneiro

DIREITOS SOCIAIS. PROF. ª Adeneele Garcia Carneiro DIREITOS SOCIAIS. PROF. ª Adeneele Garcia Carneiro Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria da República no Estado da Bahia RECOMENDAÇÃO Nº 01/2006

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria da República no Estado da Bahia RECOMENDAÇÃO Nº 01/2006 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria da República no Estado da Bahia RECOMENDAÇÃO Nº 01/2006 CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público Federal a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos

Leia mais

Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos

Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos Localização: às margens da Estrada Rio Claro Mangaratiba; Natureza do acervo: ruínas arqueológicas da cidade antiga de São João Marcos; Conservação: em

Leia mais

Assentamentos, Territórios Quilombolas e Mineração Gilda Diniz dos Santos Procuradora-Chefe da PFE/Incra

Assentamentos, Territórios Quilombolas e Mineração Gilda Diniz dos Santos Procuradora-Chefe da PFE/Incra ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO PROCURADORIA-GERAL FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA DO INCRA Assentamentos, Territórios Quilombolas e Mineração Gilda Diniz dos Santos Procuradora-Chefe da PFE/Incra

Leia mais

A Reforma da Lei Autoral no Brasil

A Reforma da Lei Autoral no Brasil A Reforma da Lei Autoral no Brasil Convenção da Diversidade Cultural 2005 Convenção da Diversidade da UNESCO é um novo paradigma Uma nova possibilidade de se aperfeiçoar a regulação dos direitos autorais,

Leia mais

LEI Nº DE 6 DE SETEMBRO DE 2006

LEI Nº DE 6 DE SETEMBRO DE 2006 LEI Nº 13.864 DE 6 DE SETEMBRO DE 2006 Dispõe sobre a Política de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental do Município de São Carlos, e dá outras providências. O Prefeito Municipal de São

Leia mais

PATRIMÔNIO C E N T R O D E E N S I N O S U P E R I O R D O A M A P Á C E A P T É C N I C A S R E T R O S P E C T I VA A N A C O R I N A

PATRIMÔNIO C E N T R O D E E N S I N O S U P E R I O R D O A M A P Á C E A P T É C N I C A S R E T R O S P E C T I VA A N A C O R I N A PATRIMÔNIO C E N T R O D E E N S I N O S U P E R I O R D O A M A P Á C E A P T É C N I C A S R E T R O S P E C T I VA A N A C O R I N A O QUE É MEMÓRIA? O QUE É MEMÓRIA? É a imagem viva de tempos passados

Leia mais

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 179/360

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 179/360 1 DEMAIS SIMULADOS NO LINK ABAIXO CLIQUE AQUI REDE SOCIAL SIMULADO 179/360 CONSTITUCIONAL INSTRUÇÕES TEMPO: 30 MINUTOS MODALIDADE: CERTO OU ERRADO 30 QUESTÕES CURTA NOSSA PÁGINA MATERIAL LIVRE Este material

Leia mais

POLÍTICA CULTURAL: BRASIL; SP; SÃO PAULO

POLÍTICA CULTURAL: BRASIL; SP; SÃO PAULO POLÍTICA CULTURAL: BRASIL; SP; SÃO PAULO Antônio Eleilson Leite Flavia Landucci Landgraf São Paulo, novembro, 2015 Política cultural Nacional Sistema Nacional de Cultura E o fortalecimento do papel do

Leia mais

POLITICA NACIONAL DE MUSEUS

POLITICA NACIONAL DE MUSEUS DÉCADA DE 30, QUANDO DA CRIAÇÃO DO SPHAN 1937 - Criado o SPHAN - Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (hoje IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional); Atuação na museologia

Leia mais

CARTA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA: produção e desdobramentos

CARTA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA: produção e desdobramentos CARTA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA: produção e desdobramentos Bruno Melo de Araújo* Emanuela Sousa Ribeiro** Marcus Granato*** Entre os dias 05 e 08 de dezembro de 2016, foi realizado

Leia mais

REGIMENTO INTERNO. Parágrafo único - A sede do museu está localizada na Praça Candido Portinari, Brodowski, São Paulo.

REGIMENTO INTERNO. Parágrafo único - A sede do museu está localizada na Praça Candido Portinari, Brodowski, São Paulo. REGIMENTO INTERNO PREÂMBULO Este Regimento Interno tem como objetivo estabelecer a estrutura e elementos operacionais para a administração do Museu Casa de Portinari, instituição que compreende a casa

Leia mais

CP4 PROCESSOS IDENTITÁRIOS

CP4 PROCESSOS IDENTITÁRIOS CP4 PROCESSOS IDENTITÁRIOS PATRIMÓNIO COMUM DA HUMANIDADE Trabalho realizado: Susana Almeida Patrícia Alves Introdução Falemos um pouco do Património Comum da Humanidade, abordando o seu significado, bem

Leia mais

LEI N Art. 1 - o inciso II do artigo 1 da Lei n 3.381, de 10 de maio de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação:

LEI N Art. 1 - o inciso II do artigo 1 da Lei n 3.381, de 10 de maio de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação: LEI N 4.630 Altera a redação de dispositivos da Lei n 3.381, de 10 de maio de 1991, criando a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, a Secretaria Municipal de Obras, a Secretaria Municipal

Leia mais

Faço saber que a Câmara Municipal, em sessão de de de 197, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Faço saber que a Câmara Municipal, em sessão de de de 197, decretou e eu promulgo a seguinte Lei: PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEGISLAÇÃO LEI 8.204, de 13 de janeiro de 1975 Dispõe sobre a criação da Secretaria Municipal de Cultura, e dá outras providências. MIGUEL COLASUONNO, Prefeito do Município

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Ordem Social Educação, cultura e desporto Profª. Fabiana Coutinho Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARARI Praça Alfredo Viana, 02 Centro Jaguarari - BA CNPJ: /

PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARARI Praça Alfredo Viana, 02 Centro Jaguarari - BA CNPJ: / PROJETO DE LEI Nº. 28/2009 De 01 de Outubro de 2009 CRIA O FUNDO SÓCIO-AMBIENTAL MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE JAGUARARI FUSAMMA. O Prefeito Municipal de Jaguarari, Estado da Bahia, faz saber que a Câmara

Leia mais

PATRIMÔNIO CULTURAL LOCAL: MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO REGIÃO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL - RS

PATRIMÔNIO CULTURAL LOCAL: MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO REGIÃO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL - RS PATRIMÔNIO CULTURAL LOCAL: MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO REGIÃO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL - RS Educação, Linguagem e Memória 1 Hélen Bernardo Pagani 1 (helenpagani@unesc.net) Laíse Niehues Volpato 2 (laisevolpato@unesc.net)

Leia mais

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO URBANA: O PROJETO LAGOINHA

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO URBANA: O PROJETO LAGOINHA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA F A C U L D A D E D E E N G E N H A R I A DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Tecnicas Retrospectivas I Profª. Raquel

Leia mais

A Convenção do Patrimônio Mundial

A Convenção do Patrimônio Mundial A CANDIDATURA A Convenção do Patrimônio Mundial A UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura cuida de promover a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº de 2000 e Decreto nº de 2002

DIREITO AMBIENTAL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº de 2000 e Decreto nº de 2002 DIREITO AMBIENTAL Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº 9.985 de 2000 e Decreto nº 4.340 de 2002 Prof. Rodrigo Mesquita Com o advento da nova ordem Política, em 05 de outubro de 1988,

Leia mais

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Decreto nº 7.724/12 Regulamenta a LAI Parte 3. Prof. Antonio Botão

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Decreto nº 7.724/12 Regulamenta a LAI Parte 3. Prof. Antonio Botão ARQUIVOLOGIA Legislação Arquivística Parte 3 Prof. Antonio Botão II - no grau secreto, das autoridades referidas no inciso I do caput, dos titulares de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades

Leia mais

A proposição foi distribuída a três Comissões: Esporte; Educação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

A proposição foi distribuída a três Comissões: Esporte; Educação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. COMISSÃO DE ESPORTE PROJETO DE LEI N o 1.966, DE 2015 Institui o reconhecimento do caráter educacional e formativo da capoeira em suas manifestações culturais e esportivas e permite a celebração de parcerias

Leia mais

Curso/Disciplina: Direito Urbanístico Aula: Direito Urbanístico - 06 Professor (a): Luiz Jungstedt Monitor (a): Caroline Gama.

Curso/Disciplina: Direito Urbanístico Aula: Direito Urbanístico - 06 Professor (a): Luiz Jungstedt Monitor (a): Caroline Gama. Página1 Curso/Disciplina: Direito Urbanístico Aula: Direito Urbanístico - 06 Professor (a): Luiz Jungstedt Monitor (a): Caroline Gama Aula 6 Zoneamento Urbano e APAC 1. Parcelamento do Solo Urbano (continuação)

Leia mais

ISEL. termos de património

ISEL. termos de património termos de património anastilose quando se trata de ruínas, impõe-se uma conservação escrupulosa, com a recolocação nos seus lugares dos elementos originais encontrados (anastilose), cada vez que o caso

Leia mais

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 5/360

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 5/360 1 DEMAIS SIMULADOS NO LINK ABAIXO CLIQUE AQUI REDE SOCIAL SIMULADO 5/360 CONSTITUCIONAL INSTRUÇÕES TEMPO: 30 MINUTOS MODALIDADE: CERTO OU ERRADO 30 QUESTÕES CURTA NOSSA PÁGINA MATERIAL LIVRE Este material

Leia mais

Revista do Curso de Direito

Revista do Curso de Direito 178 DA HIERARQUIA DAS NORMAS NOS TRATADOS INTERNACIONAIS QUE VERSAM SOBRE DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DA CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 1 RODRIGUES, Lucas

Leia mais

Património Cultural Imaterial

Património Cultural Imaterial Património Cultural Imaterial PROGRAMA DE ESTÁGIOS EM ANTROPOLOGIA REGULAMENTO O Instituto dos Museus e da Conservação, I.P. (IMC) é o organismo do Ministério da Cultura que tem por missão desenvolver

Leia mais

Licenciamento Ambiental: Transformações no Processo de Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Acautelados

Licenciamento Ambiental: Transformações no Processo de Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Acautelados Licenciamento Ambiental: Transformações no Processo de Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Acautelados Caso do NÍVEL IV Seminário Socioambiental Eólico Salvador, Bahia. Data: 06 de dezembro de 2017.

Leia mais

Alegre. CâmaraMunicipal. de Porto PROC. Nº 6683/05 PLCL Nº 044/05 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Alegre. CâmaraMunicipal. de Porto PROC. Nº 6683/05 PLCL Nº 044/05 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS O presente projeto visa regulamentar o inventário, instrumento de proteção de patrimônio cultural previsto na ordem constitucional brasileira, desde a Constituição Federal de 1988,

Leia mais

REGIMENTO INTERNO. Parágrafo único - A sede do museu está localizada na Rua Coroados, Tupã, São Paulo.

REGIMENTO INTERNO. Parágrafo único - A sede do museu está localizada na Rua Coroados, Tupã, São Paulo. REGIMENTO INTERNO PREÂMBULO Este Regimento Interno tem como objetivo estabelecer a estrutura e elementos operacionais para a administração do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, instituição que

Leia mais

1 Em vídeo institucional do Ministério da Cultura sobre o título de Patrimônio Cultural Imaterial

1 Em vídeo institucional do Ministério da Cultura sobre o título de Patrimônio Cultural Imaterial 13 1 Introdução As práticas de preservação do patrimônio cultural, apropriadas como um instrumento da política de estados, são entendidas como artifícios para construção de identidades nacionais. Tradicionalmente

Leia mais

GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO BRASILEIRO

GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO BRASILEIRO GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO BRASILEIRO O QUE É? ONG. Utilidade Pública. Pesquisa Arqueologia. Memória. Cultura O Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), fundado em 29 de abril de 1961, é uma instituição

Leia mais

PATRIMÔNIO IMATERIAL DO BREJO PARAIBANO: UMA PROPOSTA DE CATALOGAÇÃO E DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL.

PATRIMÔNIO IMATERIAL DO BREJO PARAIBANO: UMA PROPOSTA DE CATALOGAÇÃO E DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL. PATRIMÔNIO IMATERIAL DO BREJO PARAIBANO: UMA PROPOSTA DE CATALOGAÇÃO E DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL. Autor: Lydiane Batista de Vasconcelos Walquiria da Cunha Silva Gislaine Muniz de Lima Renata Silva Araújo

Leia mais

PATRIMÔNIO CULTURAL DO MERCOSUL

PATRIMÔNIO CULTURAL DO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N 55/12 PATRIMÔNIO CULTURAL DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, o Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL, Bolívia e Chile,

Leia mais

Histórico da Preservação do Patrimônio no Brasil. José La Pastina Filho Professor da UFPr e Superintendente do IPHAN/PARANÁ

Histórico da Preservação do Patrimônio no Brasil. José La Pastina Filho Professor da UFPr e Superintendente do IPHAN/PARANÁ Histórico da Preservação do Patrimônio no Brasil José La Pastina Filho Professor da UFPr e Superintendente do IPHAN/PARANÁ 1 Século XVIII 1742: Carta de D. André de Mello e Castro, Vice Rei do Brasil ao

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005. Institui o Sistema Federal de Cultura - SFC e dispõe sobre a composição e o funcionamento

Leia mais

Patrimônio Histórico. Tradicionalmente refere-se à herança composta por um complexo de bens históricos.

Patrimônio Histórico. Tradicionalmente refere-se à herança composta por um complexo de bens históricos. Patrimônio Histórico Tradicionalmente refere-se à herança composta por um complexo de bens históricos. Todavia, esse conceito vem sendo substituído pela expressão patrimônio cultural, que é muito mais

Leia mais

Câmara Municipal da Golegã Normas Museu Municipal da Máquina de Escrever pág 1. Normas

Câmara Municipal da Golegã Normas Museu Municipal da Máquina de Escrever pág 1. Normas Câmara Municipal da Golegã Normas Museu Municipal da Máquina de Escrever pág 1 Normas Município de Golegã Câmara Municipal Pelouros da Cultura e do Turismo 2014 pág 2 1.Capítulo DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo

Leia mais

Resumo Aula-tema 03: Constituição Federal de 1988 e a educação

Resumo Aula-tema 03: Constituição Federal de 1988 e a educação Resumo Aula-tema 03: Constituição Federal de 1988 e a educação A Constituição Federal de 1988 (doravante CF/1988) é a política instituinte por excelência que rege a configuração do Estado brasileiro. Conforme

Leia mais

Turismo Histórico-Cultural. diretrizes para o desenvolvimento Ministério do Turismo

Turismo Histórico-Cultural. diretrizes para o desenvolvimento Ministério do Turismo Turismo Histórico-Cultural diretrizes para o desenvolvimento Ministério do Turismo Proposta de Recorte para a Conceituação de Turismo Cultural l o MTur, em parceria com o Ministério da Cultura e o IPHAN,

Leia mais

CLIQUE AQUI E ADQUIRA O MATERIAL COMPLETO

CLIQUE AQUI E ADQUIRA O MATERIAL COMPLETO 1 2 Sumário LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.... 3 GABARITO... 5 Questões Inéditas contidas no Material Completo! (67 Questões) LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010 (12 Questões) DECRETO Nº 6.040,

Leia mais

GESTÃO DA MEMÓRIA E POLÍTICAS DE INFORMAÇÃO. Prof. Elmira Simeão Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação

GESTÃO DA MEMÓRIA E POLÍTICAS DE INFORMAÇÃO. Prof. Elmira Simeão Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação GESTÃO DA MEMÓRIA E POLÍTICAS DE INFORMAÇÃO Prof. Elmira Simeão Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação POLÍTICAS DE INFORMAÇÃO Série de princípios e estratégias que orientam o curso

Leia mais

Anexo IV. Enquadramento Legal

Anexo IV. Enquadramento Legal Anexo IV Enquadramento Legal 2 Jorge Eduardo Lopes Carta Arqueológica do Concelho de Arruda dos Vinhos 1. Enquadramento Legal Hoje em dia, o Património Cultural é associado a todos os vestígios, materiais

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA <!ID > INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 44, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2008

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA <!ID > INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 44, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2008 INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 44, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2008 Estabelece diretrizes para recadastramento de imóveis rurais de que trata o Decreto

Leia mais

Mesa-redonda Acervos e patrimônio: compreender e rememorar a imigração italiana em Belo Horizonte e Minas Gerais

Mesa-redonda Acervos e patrimônio: compreender e rememorar a imigração italiana em Belo Horizonte e Minas Gerais Mesa-redonda Acervos e patrimônio: compreender e rememorar a imigração italiana em Belo Horizonte e Minas Gerais O patrimônio documental público de Belo Horizonte: as pegadas da presença italiana em Belo

Leia mais

Mafalda Autor: Quino. Curso de Tecnologia em Produção Cultural. Disciplina: Legislação em Produção Cultural. Professora: Andréa Costa

Mafalda Autor: Quino. Curso de Tecnologia em Produção Cultural. Disciplina: Legislação em Produção Cultural. Professora: Andréa Costa Mafalda Autor: Quino Curso de Tecnologia em Produção Cultural Disciplina: Legislação em Produção Cultural Professora: Andréa Costa Comida (Titãs) Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto

Leia mais

DOCUMENTO DE NARA SOBRE A AUTENTICIDADE Pág. 1 de5. DOCUMENTO DE NARA sobre a AUTENTICIDADE (1994)

DOCUMENTO DE NARA SOBRE A AUTENTICIDADE Pág. 1 de5. DOCUMENTO DE NARA sobre a AUTENTICIDADE (1994) Pág. 1 de5 DOCUMENTO DE NARA sobre a AUTENTICIDADE (1994) Tradução por António de Borja Araújo, Engenheiro Civil IST Fevereiro de 2007 Pág. 2 de5 Preâmbulo 1. Nós, os especialistas reunidos em Nara (Japão),

Leia mais

REGIMENTO DO COLÉGIO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CEA-UFC CAPÍTULO I NATUREZA E FINS

REGIMENTO DO COLÉGIO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CEA-UFC CAPÍTULO I NATUREZA E FINS REGIMENTO DO COLÉGIO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CEA-UFC CAPÍTULO I NATUREZA E FINS Art. 1º. O COLÉGIO DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA) é um Órgão da Universidade Federal do Ceará,

Leia mais

INTRODUÇÃO PRIMEIRA APROXIMAÇÃO AO PATRIMÓNIO IMATERIAL

INTRODUÇÃO PRIMEIRA APROXIMAÇÃO AO PATRIMÓNIO IMATERIAL INTRODUÇÃO PRIMEIRA APROXIMAÇÃO AO PATRIMÓNIO IMATERIAL Certamente já ouviste falar de Património Cultural, isto é, do conjunto de elementos de uma cultura, produzidos ao longo dos tempos, que recebemos

Leia mais

PATRIMÔNIO CULTURAL - CONSTRUÍNDO O INTANGÍVEL Autora:Andrea Rizzotto Falcão (aluna) MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E DOCUMENTO- UNIRIO

PATRIMÔNIO CULTURAL - CONSTRUÍNDO O INTANGÍVEL Autora:Andrea Rizzotto Falcão (aluna) MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E DOCUMENTO- UNIRIO PATRIMÔNIO CULTURAL - CONSTRUÍNDO O INTANGÍVEL Autora:Andrea Rizzotto Falcão (aluna) MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E DOCUMENTO- UNIRIO Introdução: O projeto pretende discutir como a dimâmica do discurso,

Leia mais

INSTITUI A POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

INSTITUI A POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 1/5 LEI Nº 3274, de 28 de outubro de 2009. INSTITUI A POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. MILTON SERAFIM, Prefeito Municipal de Vinhedo, Estado de São Paulo, usando de suas

Leia mais

INSS TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL MAPA DO EDITAL

INSS TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL MAPA DO EDITAL MAPA DO EDITAL Questões comentadas CESPE Volume III DIREITO CONSTITUCIONAL 2015 A banca CESPE é cheia de peculiaridades, as provas são repletas de armadilhas, deixe que a equipe do Mapa do Edital mostre

Leia mais

Pronunciamento do Secretário Sergio Mamberti na IV Conferência de Educação e Cultura na Câmara dos Deputados (*)

Pronunciamento do Secretário Sergio Mamberti na IV Conferência de Educação e Cultura na Câmara dos Deputados (*) POLÍTICAS PÚBLICAS: CULTURA E DIVERSIDADE Pronunciamento do Secretário Sergio Mamberti na IV Conferência de Educação e Cultura na Câmara dos Deputados (*) O conceito de Diversidade Cultural é fator fundamental

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS 1 de 5 papel da multiculturalidade e Exploração do conceito de Património Comum da Humanidade e suas implicações na actuação cívica à escala mundial OBJECTIVO: Valorizar a interdependência e a solidariedade

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 166 - Data 28 de maio de 2019 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF PERMUTA DE TERRENO COM CASA

Leia mais

Art. 2º O Conselho Estadual de Cultura tem por competências: II - acompanhar e fiscalizar a execução do Plano Estadual de Cultura;

Art. 2º O Conselho Estadual de Cultura tem por competências: II - acompanhar e fiscalizar a execução do Plano Estadual de Cultura; DECRETO Nº 24.720 DE 3 DE NOVEMBRO DE 2008 Dispõe sobre a composição e o funcionamento do Conselho Estadual de Cultura - CONSEC, de que trata a Lei nº 8.319, de 12 de dezembro de 2005, e dá outras providências.

Leia mais

Edital 123/2014. Inventário de bens imóveis da ZCH de Campos dos Goytacazes

Edital 123/2014. Inventário de bens imóveis da ZCH de Campos dos Goytacazes Edital 123/2014 Inventário de bens imóveis da Edital 123/2014 Coordenador: Maria Catharina Reis Queiroz Prata Bolsistas: Bruna Batista de Souza Barreto Caroline Sturião Petniúnas da Rocha Flávia Ribeiro

Leia mais

Direitos da Pessoa com Deficiência

Direitos da Pessoa com Deficiência Direitos da Pessoa com Deficiência A constitucionalização dos direitos das pessoas com deficiência. A política nacional para a integração das pessoas com deficiência; diretrizes, objetivos e instrumentos

Leia mais

Informação em Arquivos, Bibliotecas e Museus. Profa. Lillian Alvares Faculdade de Ciência da Informação Universidade de Brasília

Informação em Arquivos, Bibliotecas e Museus. Profa. Lillian Alvares Faculdade de Ciência da Informação Universidade de Brasília Informação em Arquivos, Bibliotecas e Museus Profa. Lillian Alvares Faculdade de Ciência da Informação Universidade de Brasília ARQUIVO, BIBLIOTECA, MUSEUS Arquivos, Bibliotecas, Museus Semelhanças: Todos

Leia mais

PERCEPÇÕES LOCAIS DO PATRIMÔNIO: A ESCOLA SENAC DE MARÍLIA.

PERCEPÇÕES LOCAIS DO PATRIMÔNIO: A ESCOLA SENAC DE MARÍLIA. 146 PERCEPÇÕES LOCAIS DO PATRIMÔNIO: A ESCOLA SENAC DE MARÍLIA. Licenciado e Mestre em História pela Unesp, Doutor em História pela PUC/SP. Professor Titular na Unip, PEB II na Secretaria de Estado da

Leia mais

Art. 3º Constituem receitas do Fundo Penitenciário Municipal FUNPEM/BARREIRAS:

Art. 3º Constituem receitas do Fundo Penitenciário Municipal FUNPEM/BARREIRAS: LEI Nº 1.317, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2018. Institui o Fundo Penitenciário Municipal FUNPEM/BARREIRAS e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS-BA, no uso de suas atribuições legais que

Leia mais

Estado de Mato Grosso Prefeitura Municipal de Aripuanã

Estado de Mato Grosso Prefeitura Municipal de Aripuanã LEI Nº. 885/2010. SÚMULA: AUTORIZA O PODER EXECUTIVO MUNICIPAL A CRIAR O CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. CARLOS ROBERTO TORREMOCHA, Prefeito do Município de Aripuanã, Estado de

Leia mais

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Resoluções do CONARQ Parte 11. Prof. Antonio Botão

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Resoluções do CONARQ Parte 11. Prof. Antonio Botão ARQUIVOLOGIA Legislação Arquivística Parte 11 Prof. Antonio Botão ARQUIVO NACIONAL CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS RESOLUÇÃO Nº 31, DE 28 DE ABRIL DE 2010 Dispõe sobre a adoção das Recomendações para Digitalização

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NO PROJETO DO NOVO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NO PROJETO DO NOVO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO 1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NO PROJETO DO NOVO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO Michael Schneider Flach * 1 Introdução A Constituição Federal de 1988 inaugura uma nova ordem de valores

Leia mais

Direitos e Garantias Fundamentais. Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro

Direitos e Garantias Fundamentais. Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro Direitos e Garantias Fundamentais Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro Dúvida Direitos humanos e Direitos fundamentais são sinônimos? Direitos humanos X Direitos fundamentais:

Leia mais