Mapeamento da Plataforma Continental Brasileira Adjacente a Galinhos e Porto do Mangue/RN em Escala 1:

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1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Geologia Mapeamento da Plataforma Continental Brasileira Adjacente a Galinhos e Porto do Mangue/RN em Escala 1: (GEO-0345) Autora: Jaqueline de Assumpção Farias Orientadora: Prof a. Dr a. Helenice Vital Natal/RN, Janeiro de 2007.

2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Geologia Mapeamento da Plataforma Continental Brasileira Adjacente a Galinhos e Porto do Mangue/RN em Escala 1: (GEO-0345) Autora: Jaqueline de Assumpção Farias Banca Examinadora: Prof a. Dr a. Helenice Vital Prof a. Msc. Iracema Miranda da Silveira Prof. Msc. Paulo Roberto Cordeiro de Faria Natal/RN, Janeiro de 2007.

3 Dedico este relatório às pessoas mais importantes da minha vida, meus pais: Luiz Carlos e Dayse Luci, Amo muito vocês

4 Agradecimentos Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, pois sem sua presença em minha vida eu não conseguiria realizar nada. Bem com de demonstrar meu reconhecimento as diversas agências de pesquisa e a todos aqueles que contribuíram para a confecção deste Relatório, dirigindo meus sinceros agradecimentos: A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, através do Departamento de Geologia e do Curso de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica pela infraestrutura disponibilizada. A Agência Nacional do Petróleo pela concessão de bolsa de iniciação científica. A PETROBRÁS / CENPES Centro de Pesquisa da PETROBRAS, através do Projeto Monitoramento da Caracterização Ambiental da Plataforma Interna da Bacia Potiguar por ter cedido às amostras que foram utilizadas para a confecção deste relatório. Aos projetos MAR-RN (FINEP-CTINFRA) e PETRORISCO (REDE 5/FINEP/CNPq/PETROBRAS/CTPETRO), executados pela UFRN, pelo apoio laboratorial. E em especial ao Projeto UNIBRAL (CAPES/DAAD), pelo intercâmbio na área de Ciências do Mar realizado na Christian-Albrechts-University, Kiel - Alemanha. A Prof a Dra Helenice Vital, pela grande colaboração e discussões que geraram bons resultados nestes longos anos de convivência acadêmica. A meus amigos de turma (Ajosenildo, Allany, Janise, Marco, Mário, Moab, Roque, Cristiane, Jamili, Samir, Cadú, Lindaray, Buga (Jucieny), Luana, Luciano, Áxel e Felipe) pela colaboração nas aulas, provas, relatórios e seminários durante todo este período de curso. Cristiane (Diná!) você sempre ajudou quando precisei, valeu pelas conversas. A meu companheiro de Alemanha Izaac, foi massa o tempo lá!!! Juju (Juliana) obrigada por todas as conversas sempre produtivas. A Cristiane, Jamili, Buga e Linda pela ajuda e desprendimento para terminar este relatório da melhor forma possível. Obrigada garotas a ajuda de vocês foi muito importante para mim. Valeu! A Francisco (Chico) pela enorme ajuda durante todo este período de correria, sempre agüentando o meu stress de maneira carinhosa e solidária. Muito obrigada

5 mesmo, pois se você não tivesse me ajudado com certeza não conseguiria. Valeu mesmo!!!! Aos colegas do GGEMMA/GEOPRO Saraiva, André e Caverna (Bruno) pela ajuda nas horas de aperto e dúvidas. A Danielly, Roque, Cadú e Chico pelas horas de descontração, pois isto realmente é necessário. A Dona Fátima, Maria do Céo, Marconi e Clodoaldo pela total disponibilidade em me fornecer tudo que me fosse necessário. A meus pais (Luiz Carlos e Dayse Luci) pela confiança depositada em mim, pelo amor incondicional demonstrado e por toda ajuda moral e financeira, pois sem vocês eu não estaria aqui, terminando o curso e me tornando uma profissional. MUITO OBRIGADA!!!! A Juliana, Luiz Cláudio, Gabriel, Simone, Luiz Renato, Nágela, Dayvinho e João por todas as conversas e alegrias fornecidas. Valeu!

6 Resumo Este estudo apresenta os resultados das atividades desenvolvidas em um trecho da plataforma continental brasileira, entre Galinhos e Porto do Mangue-RN, cujo principal objetivo foi realizar mapeamento faciológico/textural em escala de 1: dos sedimentos presentes na plataforma interna norte do Rio Grande do Norte. Secundariamente, os dados foram utilizados para avaliar a necessidade de retirada de amostras em triplicata para caracterização granulométrica de um determinado ambiente. A metodologia empregada constou da utilização de dados pré-existentes, sensoriamento remoto, coleta sistemática de amostras de sedimentos em triplicatas, desde a linha de costa até a isobata de 1000 metros de profundidade, em uma malha regular de 5 km x 5 km, num total de 192 amostras, abrangendo uma porção considerável da plataforma continental brasileira adjacente à Bacia Potiguar submersa. Os dados gerados permitiram a criação de mapas de pontos, histogramas e mapas faciológicos. A análise destes dados permitiu classificar a cobertura sedimentar da área mapeada de acordo com (1) o diametro médio dos grãos, (2) a relação entre quantidade de sedimentos grossos e finos e (3) a relação entre granulometria e teor de carbonato. Segundo estas classificações, a cobertura sedimentar da área apresentou respectivamente para as classificações (1) e (2) diâmetro médio predominante na fração areia média (37,5 %), e ampla distribuição da fácies areia com cascalho esparso (34,38 %). Esta plataforma mostrou-se ainda bem delimitada em relação ao percentual de carbonato, com as fácies siliciclásticas localizadas próximo à linha de costa e as bioclásticas na porção mais distal da plataforma, como pode ser evidenciado pela classificação (3), que apresentou como fácies predominantes as areias siliciclásticas (21,35%) e areias bioclásticas com grânulo e cascalho (19,27%). Os resultados aqui obtidos irão alimentar banco de dados georeferenciados para fornecer subsídios à elaboração de cartas de sensibilidade ambiental ao derramamento de óleo, bem como ao gerenciamento costeiro. i

7 Abstract This work shows the results of activities carried out in an area of the Brazilian Continental shelf, between Galinhos and Porto do Mangue-RN at northern inner shelf of Rio Grande do Norte State, Northeastern Brazil. A total of 192 surface sediment samples were collected on the shelf and analyzed from texture and composition. Surface sediments have been investigated in this study with the aim to elaborate sedimentological charts at the scale of 1: Moreover, data were used to evaluate the need to retrieve three sediment samples at each station for grain size analysis of a given environment. The methodology used here consisted in the utilization of previous data, remote sensing, systematic surface sedimentary samples collect regularly at 5 km x 5 km on the shelf as far as 1000 meters depth, enclosing a considerable portion of the Brazilian continental platform adjacent to the offshore Potiguar Basin. Results show that sediment consists of a combination of medium quartz sand and coarse, biogenic carbonate sand and gravel. The grain size similarities between the three samples collected at each station indicates that this is not relevant for sedimentological grain size analysis. The carbonate component consists primarily of coralline algae and shell fragments. Carbonate content on this shelf is well defined, with the siliciclastic sands present on shallow waters, near the coast, while carbonate sands are present offshore. Quartz rich sediments are likely reworked from relict units deposited during low sea-level. All the data were stored in a georreferenced data bank for further elaboration of oilspill environmental sensitivity maps, as well as to help the coastal management. ii

8 Sumário Agradecimentos Resumo... Abstract... Lista de Figuras, Fotos e Tabelas... Lista de Gráficos... Capítulo I: Introdução 1.1 Apresentação e Objetivos Localização e Vias de Acesso Justificativa... 4 Capítulo II: Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 2.1 Condições Climáticas Precipitação Temperatura do Ar Umidade Relativa do Ar Insolação e Nebulosidade Evaporação Hidrografia Aspectos Sócioeconômicos Capítulo III: Contexto Geológico 3.1 Geologia Regional Introdução Arcabouço Estrutural Evolução Tectono-Sedimentar Litoestratigrafia Grupo Areia Branca Grupo Apodi Grupo Agulha Magmatismo Meso-Cenozóico Formação Rio Ceará-Mirim Formação Serra do Cuó Formação Macau Geologia Local Capítulo IV: Processos Costeiros 4.1 Introdução Ventos i ii v vii iii

9 4.3 Ondas e Marés Correntes Capítulo V: Materiais e Métodos 5.1 Introdução Etapa Preliminar Etapa de Campo Etapa de Laboratório Interpretação dos Dados Obtidos Confecção do Capítulo VI: Resultados e Discussões 6.1 Introdução Análise da coleta de amostras em triplicatas para estudos granulométricos Classificações Faciológicas Classificação de acordo com o Diâmetro Médio Classificação Textural de Folk (1994) Classificação de Freire et al (1996) modificado por Vital et al (2005) Mineralogia Capítulo VII: Conclusões 7.1 Conclusões e Recomendações Capítulo VIII: Referências Bibliográficas 8.1 Referências Bibliográficas Anexo I Distribuição das amostras BPOT, EST e E. Anexo II Tabela A1 Distribuição das amostras em relação ao diâmetro médio. Anexo III Histogramas gerados a partir do diâmetro médio de cada amostra. Anexo IV Tabela A2 Descrição das amostras em relação a classificação de Folk (1974). Anexo V Tabela A3 Descrição das amostras de acordo com a classificação de Freire et al (1996) modificada por Vital et al (2005). iv

10 Lista de Figuras, Fotos e Tabelas. Figuras Figura 1.1 Mapa de localização da área estudada Figura 2.1 Esquema evidenciando o centro de alta pressão localizado no Oceano Atlântico Figura 2.2 Representação gráfica da precipitação durante todo ano evidenciando a maior incidência de chuvas nos meses de Março a Maio (1980 a 2000) Figura 2.3 Distribuição das temperaturas máximas e mínimas entre 1980 e Figura 2.4 Umidade relativa do ar ao longo do ano entre Figura 2.5 Ilustração da insolação diária média e nebulosidade diária média, entre Figura 2.6 Balanço Hídrico para a região de Guamaré Figura 3.1 Mapa simplificado da Bacia Potiguar Figura 3.2 Esquema mostrando a evolução tectono-sedimentar das Bacias do Nordeste do Brasil (Modelo de Matos 1987) Figura 3.3: Distribuição da deformação na Margem Equatorial Atlântica durante o Albiano (Modificado de Matos 2000) Figura 3.4: Evolução da separação dos continentes Sul-Americano e Africano proposta por Françolin & Szatmari (1987) Figura 3.5 Carta estratigráfica do Terciário da Bacia Potiguar, modificada de Araripe e Feijó (1994) e Soares et al (1999) apud Pessoa Neto (2003) Figura 3.6 Modelo digital de terreno (com exagero vertical) superposto com imagem Landsat 7 ETM + de composição colorida RGB-521, mostrando as características gerais da plataforma (rasa e com quebra de talude abrupto), compilado de Valentim et al (2006) Figura 4.1 Direção predominante dos ventos na região do litoral norte do RN, com base em modificações realizadas em estações meteorológicas e direções de dunas (modificado de Fortes, 1987) Figura 4.2 Relação entre a altura das ondas e o nível de maré (ECOPLAM, 2001 apud Guedes, 2002) Figura 5.1 Fluxograma das atividades realizadas nesta pesquisa Figura 5.2 Carta batimétrica da região estudada em escala de 1: , utilizada para confecção da base cartográfica preliminar (Vital e Frazão, 2005) Figura 6.1 Mapa de localização das 65 estações oceanográficas de coleta de sedimentos. A estação 31 não pode ser descrita (área entre as estações 46 e 49), pois a mesma não apresentou nenhum material durante o processo de coleta (amostrador não conseguiu capturar sedimentos) Figura 6.2 Mapa pontual das estações mostrando o diâmetro médio presente em cada amostra. Amostras representadas por um triângulo apresentaram a mesma granulometria em cada amostra, dois triângulos em uma mesma estação mostram a coexistência de duas granulometrias (o triangulo a frente, evidencia a duplicata da estação) e a estação composta por três triângulos é caracterizada por três amostras com granulometrias diferentes Figura 6.3 Mapa mostrando os diversos teores de carbonato para área estudada Figura 6.4 Mapa faciológico gerado a partir da classificação em relação à média v

11 granulométrica Figura 6.5 Classificação de Folk para sedimentos grossos (1) e sedimentos finos (2). Modificado de Folk (1974) Figura 6.6 Mapa faciológico gerado de acordo com a classificação Textural de Folk (1974) Figura 6.7 Mapa mostrando a distribuição do selecionamentos dos sedimentos encontrados na área mapeada Figura 6.8 Mapa faciológico para as 192 amostras baseado na classificação de Freire et al.(1997) modificado por Vital et al (2005) Fotos Foto 5.1 Navio Oceanográfico Astro Garoupa utilizado para coleta das amostras (Foto: Vital, 2004) Foto 5.2 Coleta de amostra com draga pontual do tipo van-veen. A) Descida do amostrador e B) Retirada do material coletado. (Foto: Frazão, 2004) Foto Centrífuga utilizada no processo de lavagem das amostras. Foto: Farias, Foto 5.4 Estufa Tecnal TE 394/2 utilizada no processo de secagem do material arenoso e/ou cascalhoso. Foto: Farias, Foto Liofilizador usado no processo de secagem dos materiais argilosos. Foto: Farias, Foto 5.6 Peneiramento realizado em rot up para a retirada da fração maior que 2 mm. Foto: Farias, Foto 5.7 Ataque das amostras com HCl e H 2 O 2, para quantificação do teor de carbonato e matéria orgânica (respectivamente). Foto: Farias, Foto Equipamento (granulômetro) utilizado para caracterização granulométrica. Foto: Farias, Foto 5.9 Microscópio usado para a classificação mineralógica das amostras. Foto: Farias, Foto 6.1 Mostra o tipo de sedimentos encontrado na fácies lama calcárea. Foto: Farias, Foto 6.2 Fácies Areia Bioclástica. (Foto: Farias, 2007) Foto 6.3 Fácies Marga Calcárea. Foto: Farias, 2007) Foto 6.4 Fácies Areia Bioclástica com Grânulos e Cascalho. Foto (Farias, 2007) Foto 6.5 Evidencia a granulometria predominante da fácies Marga Arenosa. Foto: Farias, Foto 6.6 Fácies Areia Silicibioclástica com Grânulos e Cascalho. Foto: Farias, Foto 6.7 Fácies Lama Terrígena. Foto: Farias, Foto 6.8 Cascalho Bioclástico. Foto: Farias, Foto 6.9 Mostra os tipos de sedimentos encontrados na fácies Areia Biosiliciclástica. Foto: Farias, Foto 6.10 Areia Silicibioclástica. Foto: Farias, Foto 6.11 Tipos de sedimentos encontrados na fácies Areia Siliciclástica. Foto: Farias, Tabelas Tabela 6.1 Total de amostras existente em cada fácies descrita Tabela 6.2 Classificação de sedimentos do fundo marinho de acordo com Vital et al. (2005) modificada de Freire et al. (1997) vi

12 Lista de Gráficos Gráficos Gráfico Histograma da estação 25, o qual mostra a igualdade das amostras em uma determinada estação. O titulo do gráfico vai depois do gráfico. Idem para os outros gráficos a seguir Gráfico Histograma da estação 07, mostrando uma parcial similaridade da classificação das amostras de uma determinada estação Gráfico Histograma da estação 37, mostrando variação granulométrica em nas das três amostras coletadas na mesma estação vii

13 Capítulo I Introdução

14 1. Introdução 1.1 Apresentação e Objetivos A prospecção e a explotação dos recursos da plataforma continental, assim como os estudos de impacto ambiental decorrente da atividade industrial ou extrativa, exigem o conhecimento detalhado dos sedimentos de fundo. No litoral setentrional do Rio Grande do Norte, plataformas de produção de petróleo estão localizadas em águas rasas e os impactos dessas atividades são sentidas tanto nas áreas costeiras quanto na plataforma. Apesar dessa importante atividade econômica em desenvolvimento, a plataforma continental do RN é uma das menos conhecidas no Brasil. Estudos texturais sistemáticos de fundo marinho, essenciais para caracterização da área e previsão de impactos ambientais ainda são incipientes. No sentido de minimizar esta lacuna, o presente relatório mostra os resultados das atividades desenvolvidas em um trecho da plataforma continental brasileira, entre Galinhos e Porto do Mangue-RN. Este estudo teve como principal objetivo realizar mapeamento faciológico/textural em escala de 1: dos sedimentos presentes na plataforma interna norte do Rio Grande do Norte e foi realizado com o apoio da PETROBRAS através dos projetos Caracterização Ambiental da Plataforma Interna da Bacia Potiguar, executado pelo PETROBRAS/CENPES Centro de Pesquisa da PETROBRAS em parceria com diversas universidades brasileiras, que disponibilizou as amostras com prefixo E e BPOT e Aquisição e Processamento de Dados Batimétricos, Oceanográficos e Sedimentológicos- Galinhos-Porto do Mangue-UN-RNCE/CENPES, executado pela UFRN, que disponibilizou as amostras com prefixo EST (Anexo 01). Os projetos MAR-RN (FINEP- CTINFRA), e PETRORISCO (REDE 5/FINEP/CNPq/PETROBRAS/CTPETRO), executados pela UFRN, deram apoio à estrutura laboratorial. Adicionalmente, os resultados aqui obtidos irão alimentar banco de dados georeferenciados para fornecer subsídios à elaboração de cartas de sensibilidade ambiental ao derramamento de óleo. Capítulo 1 - Introdução 1

15 As informações presentes neste relatório fazem parte da disciplina obrigatória denominada de (GEO-345), do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), requisito obrigatório para a obtenção do título de Bacharel em Geologia. 1.2 Localização e Vias de Acesso A área está localizada na plataforma setentrional do RN, sendo os seus limites representados pelas cidades de Galinhos e Porto do Mangue, distantes respectivamente 160 km e 197 km da Cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, estando delimitada pelas coordenadas m N / m E e m N / m E, possuindo uma área aproximada de 4000 km 2, estando em sua totalidade submersa (Fig.1.1). A BR-406 é utilizada como principal via de acesso à região, até a chegada aos portos de Guamaré, Macau e Porto do Mangue, restritos a embarcação de pequeno porte. Navios de maior porte, como o Navio Oceanográfico Astro Garoupa, utilizado para a coleta de sedimentos nesta pesquisa, usam como porto de apoio o de Natal. Capítulo 1 - Introdução 2

16 Figura 1.1 Mapa de localização da área estudada. Capítulo 1 - Introdução 3

17 1.3 Justificativa O conhecimento detalhado da cobertura sedimentar é indispensável na elaboração de planos de contingência ao derramamento de óleo em águas rasas. Este estudo é necessário nesta área em função de uma região da plataforma interna, entre Galinhos e Porto do Mangue, apresentar uma faixa com algumas instalações petrolíferas construídas desde o início dos anos oitenta, para atender a explotação de óleo e gás (plataformas, dutos, entre outros). Estas estruturas fixas estão sujeitas a processos erosionais e progradacionais contínuos, influenciados por agentes hidrodinâmicos como ondas, correntes, ventos, assim como transporte de sedimentos. Estudos já realizados na região em apreço mostraram que os processos de sedimentação e erosão ocorridos na área contribuíram na formação das dunas subaquosas, pontais e restingas, devido ao transporte litorâneo e eólico, que originou áreas de armazenamento de prisma de maré, favorecendo a ação erosiva das correntes de maré (Gorine et al., 1982; Bandeira e Salim, 1999; Guedes, 2002; Silveira, 2002, entre outros). Entretanto, estudos morfológicos de fundo marinho, bem como a análise sistemática dos sedimentos plataformais, são ainda incipientes e em sua maior parte de cunho local (Costa Neto, 1997; Guedes, 2002; Vital et al., 2002ab, 2005, entre outros) ou internos à PETROBRAS. Adicionalmente, os dados sedimentológicos de estudos anteriores eram restritos a profundidades inferiores a 100 m, geralmente em malha irregular. Em contraste, este estudo utilizou amostras coletadas até m de profundidade, em uma malha regular abrangendo grande parte da plataforma continental brasileira adjacente a Bacia Potiguar submersa. O conhecimento da cobertura sedimentar é um parâmetro importante para a compreensão do ecossistema como um todo, pois reflete processos geológicos e hidrodinâmicos e determina, em conjunto com outras variáveis ambientais, os tipos de comunidades biológicas instaladas. A coleta sistemática de sedimentos no ambiente marinho permitirá uma visão coerente da cobertura sedimentar e fornecerá subsídios para gerenciamento costeiro. Capítulo 1 - Introdução 4

18 Capítulo II Aspectos Fisiográficos e Econômicos

19 2. Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 2.1 Condições Climáticas O Rio Grande do Norte possui pouca precipitação pluviométrica durante todo o ano, característica determinada pelo Anticiclone do Atlântico Sul (localizado sobre o Oceano Atlântico), que possui altas pressões e impõe a região, sob seu domínio, um tempo estável e sem chuvas. Durante os meses referentes ao final do verão e ao outono, este Anticiclone perde força (nas regiões Norte e Nordeste do Brasil), proporcionando a ação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), responsável pelos ventos alísios (Fig. 2.1) oriundos dos hemisférios Norte e Sul (Nimer, 1972 e Reis, 1976). Figura 2.1 Esquema evidenciando o centro de alta pressão localizado no Oceano Atlântico, o qual impõe a variação de precipitação pluviométrica nas regiões Norte e Nordeste do Brasil (compilado de Nimer, 1972). Capitulo 2 Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 5

20 2.1.1 Precipitação A média da precipitação na região estudada é de 600 mm/ano (dados referentes ao período entre as décadas de 1980 e 2000), tendo uma máxima de mm/ano (em 1985) e uma mínima de 171 mm/ano (1983). Estas variações são observadas nos totais mensais e anuais, o que é de grande influência para as estações chuvosas, que podem se expandir ou se retrair, o que acarreta em implicações diretas na produção de sal e agricultura da região (DNMET/2000 apud Silveira 2002). Este comportamento está ligado diretamente a uma menor ou maior expansão da ZCIT sobre a região. Segundo Nimer (1989) apud Guedes (2002) a região em estudo apresenta temperaturas elevadas associadas a um curto período de chuvas (Fig. 2.2), o que possibilita a sua classificação como equatorial quente, semi-árido com períodos de 7 a 8 meses secos. Figura 2.2 Representação gráfica da precipitação durante todo ano. Evidenciando a maior incidência de chuvas nos meses de março a maio (média do período de 1980 a 2000). Estação climatológica de Macau/RN (DNMET/2000). Compilado de Silveira, Capitulo 2 Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 6

21 2.1.2 Temperatura do Ar A temperatura do ar nessa região mostra-se elevada durante todo o ano, apresentando uma média de 26,8ºC podendo chegar a 32ºC ao longo dos meses mais quentes (dezembro a fevereiro). A menor temperatura média observada foi de 25ºC (julho) e a maior foi de 28,6ºC (fevereiro), os dados podem ser observados na Fig. 2.3 (DNMET, 2000 apud Silveira, 2002). A pequena variação térmica está relacionada às baixas latitudes locais, amplitude e massas de água oceânicas. A temperatura da água mostra pouca variação apresentando próximo a superfície uma mínima de 26,3ºC e uma máxima de 28 o C, e em regiões mais profundas as temperaturas variam de 26,2 o C a 27 o C. Em regiões próximas à linha de costa as temperaturas mostram-se mais elevadas, podendo-se observar também anomalias de temperatura que estão ligadas às áreas de quebra de talude (ECOPLAM, 2003). Figura Distribuição das temperaturas máximas e mínimas absolutas, das médias máximas e médias mínimas e das médias mensais (intervalo que estende-se de 1980 a 2000). Estação Climatológica de Macau/RN (DNMET/2000). Compilado de Silveira, Capitulo 2 Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 7

22 2.1.3 Umidade Relativa do Ar A umidade relativa do ar média na área estudada é de 71%, variando de 76% nos meses úmidos (março a maio) a 69% nos meses mais secos com uma mínima de 66% em novembro. Esta grande umidade nos meses de março a maio está associada com a maior precipitação observada nestes meses (Fig. 2.4) (DNMET, 2000 apud Silveira, 2002). Figura 2.4 Umidade relativa do ar média ao longo do ano, para a Estação Climatológica de Macau/RN (período entre ) (DNMET/2000). Compilado de Silveira, Insolação / Nebulosidade A insolação e a nebulosidade nesta região são uma das mais elevadas que ocorrem em todo o Brasil, chegando a atingir uma média de h / ano (7.1 horas de sol em um dia). A variação mínima da média mensal em um ano foi de 6.1 h / dia de sol (julho) e variação máxima de 8.3 h / dia ocorrendo em novembro (Fig. 2.5). Estas grandes Capitulo 2 Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 8

23 amplitudes potencializam a região para um amplo aproveitamento de energia proveniente da radiação incidente do sol (DNMET, 2000 apud Silveira, 2002). Figura 2.5 Ilustração da insolação diária média e nebulosidade diária média, incidente na região durante as décadas de 1980 e 2000 observadas na Estação Climatológica de Macau/RN (DNMET). Compilado de Silveira, Evaporação De acordo com os dados obtidos pelo Programa de Monitoramento do Clima na Região Nordeste SUDENE/CPTEC/IMPE, oriundos da estação Hidro-Meteorológica de Guamaré com número , houve nos anos de 1999 e 2000 uma concentração das chuvas entre os meses de fevereiro e junho, ocorrendo neste último ano chuvas esporádicas nos meses de julho a setembro. Com base em estimativas de evapotranspiração potencial e armazenamento de água no solo para os anos de 1999 e 2000, conclui-se que os mesmos apresentaram flutuações subordinadas ao período chuvoso (SUDENE/CPTEC/IMPE, 2000 apud Guedes, 2002). Capitulo 2 Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 9

24 2.1.6 Hidrografia A estimativa média do balanço hídrico da região foi realizada pela Estação Climatológica de Macau/RN, a qual utilizou o método de Thornthwaite e Mather (1955) e considerou o valor de 30 mm como a capacidade de armazenamento da água numa camada de um metro de espessura em areia quartzosa (solo predominante na região). Observou-se que durante a maior parte do ano os solos mostram uma deficiência hídrica, exibindo um valor de 784 mm (Fig. 2.6). O período que corresponde ao final de fevereiro a meados de junho, mostra um aporte de água no solo positivo (DNMET, 2000 apud Silveira, 2002). A hidrografia da área estudada tem como principais representantes a rede de drenagem do Rio Açu e o estuário Guamaré. A rede de drenagem do Rio Açu é composta pela Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu, a qual deságua no litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte, sendo composta pelos Açu, Conchas e Cavalos e pelos braços de mar Casqueira e Conceição. A contribuição continental para estes rios resulta somente nos períodos de chuva e com vazão reduzida, estando sujeitos à ação das marés (Miranda, 1983). Figura 2.6 Balanço Hídrico para a região de Guamaré (DNMET/2000) compilado de Silveira Capitulo 2 Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 10

25 2.2 Aspectos Sócioeconômicos Os municípios de Galinhos, Guamaré, Macau e Porto do Mangue são os representantes dos aspectos sócioeconômicos da região, todavia estes municípios não possuem infra-estrutura básica necessária, o que os levam a buscar auxílio para suprir estes déficits em regiões de maior porte (ECOPLAM, 2003). Estes municípios apresentam como principais atividades econômicas (em comum) a agricultura, pecuária, pesca, extração mineral (representada pelas indústrias salineiras e pela PETROBRÁS) e a carcinicultura vem se desenvolvendo bastante em todas estas regiões. O Município de Galinhos apresenta como principal atividade econômica à atividade pesqueira (ECOPLAM, 2003). O Município de Macau é conhecido como grande produtor de sal e de exploração petrolífera (ECOPLAM, 2003). O Município de Porto do Mangue tem como principais atividades econômicas à produção de gipsita, sal, petróleo e gás natural (ECOPLAM, 2003). Grande parte da economia dessas cidades vem do recebimento dos royalties pagos pela indústria petrolífera (PETROBRAS). De acordo com a Assessoria de Imprensa da PETROBRAS no RN em setembro de 2006, o valor acumulado de royalties para o ano de 2006 até o mês de setembro foi de aproximadamente R$ 248 milhões, sendo R$ 137 milhões destinados ao governo estadual e R$ 111 milhões aos Municípios. Dentre os Municípios que receberam no mês de setembro, Macau teve o maior recebimento com o valor de R$ 2,26 milhões, em segundo lugar ficou Guamaré, com R$ 2,25 milhões e para o Município de Porto do Mangue foi repassado o valor de R$ 436 mil reais. Capitulo 2 Aspectos Fisiográficos e Sócioeconômicos 11

26 Capítulo III Geologia Regional e Local

27 3. Geologia Regional e Local 3.1 Geologia Regional Introdução A área em questão está inserida no contexto geológico regional da Bacia Potiguar, a qual está localizada no extremo nordeste da margem equatorial brasileira. A Bacia Potiguar encontra-se quase em sua totalidade no Estado do Rio Grande do Norte, com uma pequena porção do nordeste do Estado do Ceará. Está limitada à leste com a Bacia Pernambuco- Paraíba (pelo Alto de Touros), a noroeste com a Bacia do Ceará (pelo Alto de Fortaleza), a sul com as rochas pré-cambrianas do embasamento cristalino e a norte até a cota batimétrica de 2000m, aproximadamente entre as coordenadas 35 e 38 de longitude oeste e 4º50 a 5º50 de latitude sul (Fig. 3.1). Possui cerca de km 2, deste total cerca de km 2 correspondem à área emersa e km 2 a área submersa estando representada pela plataforma e talude continental (Bertani et al, 1990) Arcabouço Estrutural Segundo Bertani et al. (1990), o arcabouço estrutural da Bacia Potiguar estabelecido no início do Cretáceo (aproximadamente 135 Ma), é subdividido em quatro feições morfoestruturais (grabens assimétricos, altos internos, plataforma rasa do embasamento e talude) estando estas relacionadas com grandes eventos de estiramento crustal rifte e da fase de deriva continental que afetaram a Bacia. No graben central, os baixos assimétricos de Apodi, Umbuzeiro, Guamaré e Boa Vista, constituem feições lineares de direção NE-SW, encontrando-se levemente oblíquos aos principais lineamentos de direção NNE-SSW, no embasamento a sul da Bacia. Esses baixos encontram-se separados pelos altos internos do embasamento, tais como os Altos de Capitulo 3 Geologia Regional e Local 13

28 Quixabá, Serra do Carmo e Macau. As plataformas do embasamento representam feições rasas, sendo assim denominadas de Plataforma de Touros e Aracati, situadas a E e W pelos sistemas de falhas de Carnaubais e de Areia Branca, ambos de direção NE-SW. Todo este arcabouço estrutural é controlado por um duplo sistema de falhas lístricas normais que provavelmente envolvem a reativação de zonas de cisalhamento Neoproterozóicas (Matos 1987). Na porção submersa da Bacia a estruturação tem direção NW-SE, resultado do novo episódio tectônico contemporâneo à separação final do nordeste equatorial das placas Africana e Sul-Americana. Figura 3.1: Mapa simplificado da Bacia Potiguar. (Modificado de Faria et al. 1990). Durante o Terciário, uma importante reativação atingiu ambos os sistemas, com uma compressão N-S causando uma transcorrência dextral no Sistema de Falhas de Afonso Bezerra, e uma transcorrência sinistral no Sistema de Falhas de Carnaubais. O mecanismo Capitulo 3 Geologia Regional e Local 14

29 que gerou a compressão não está totalmente esclarecido, sendo associado a um domo térmico delineado por ocorrências vulcânicas básicas alcalinas da Formação Macau. No Quaternário, uma nova reativação atingiu ambos os sistemas, subordinados a uma compressão WNW SSE, ocasionando no Sistema de Falhas de Carnaubais predominasse uma cinemática oblíqua normal dextral, enquanto que no Sistema de Falhas de Afonso Bezerra uma cinemática normal com componente sinistral. Além das estruturas de direção NE-SW, Hackspacher et al. (1985) observou outras importantes estruturas de direção NW-SE, como produto de reativações pós-campanianas. Matos (1992) interpretou estas estruturas como sendo falhas de transferência durante a fase rifte inicial. Cremonini et al. (1996) caracterizaram como sendo produto de superposição de fase de rifteamento Evolução Tectono-Sedimentar A origem da Bacia Potiguar é tema de estudos de vários autores (Françolin & Szatmari 1987; Matos 1987, 1999, 2000) que propõem modelos evolutivos que se diferenciam pela orientação dos esforços e pelos mecanismos que atuaram na época de sua geração até abertura do Atlântico Sul. Segundo Matos (1987) a Bacia Potiguar tem origem de um processo de rifteamento passivo, em resposta a um afinamento crustal atuante na Província Borborema, durante o fraturamento do Gondwana e a formação do Oceano Atlântico (Fig. 3.2). Este evento corresponde ao mesmo que caracterizou a instalação das Bacias do Recôncavo, Tucano, Jatobá, Rio do Peixe, Araripe e Sergipe-Alagoas, as quais juntamente com a Bacia Potiguar, compõem o Sistema de Riftes do Nordeste Brasileiro. Matos (1987) identificou três fases de rifteamento no nordeste brasileiro que são associadas com a evolução da ramificação e são responsáveis pela diferenciação espacial e temporal dessa Bacia: sin-rifte I, sin-rifte II e sin-rifte III. Dentre as três fases, as duas últimas são consideradas as principais de rifteamento, apresentando diferenças importantes no registro litoestratigráficos e no estilo estrutural. A fase sin-rifte I (Fig. 3.2a) ocorreu no Jurássico Superior, correspondendo ao desenvolvimento de uma extensa depressão, na qual acumularam-se leques aluviais e Capitulo 3 Geologia Regional e Local 15

30 depósitos fluviais com evaporitos e sedimentos eólicos subordinados, nas regiões sudeste e nordeste do Brasil. Na Bacia Potiguar, o registro desta fase inclui as rochas vulcânicas do magmatismo Rio Ceará-Mirim, que consiste em diques máficos com orientação NE-SW a E-W, sendo alojadas no embasamento cristalino. A fase sin-rifte II (Fig. 3.2b) desenvolveu-se entre o Neocomiano e o Barremiano gerando a maioria dos riftes, associados ao amplo fraturamento crustal, com grandes falhas e mega zonas de cisalhamentos transversais, controlando a origem de três trends principais de abertura da Província Borborema: Gabão-Sergipe-Alagoas, Recôncavo-Tucano-Jatobá e Cariri e deslocando as Bacias mais orientais para noroeste, formando uma série de Bacias intracratônicas alongadas, das quais a Bacia Potiguar foi gerada segundo o trend NE-SW Cariri-Potiguar, propiciando a abertura do graben Pendência, e uma tectônica de fragmentação controlado principalmente pelas falhas de Carnaubais, Areia Branca e Apodi. Formaram-se também os grabens Boa Vista e Umbuzeiro. O soerguimento do Alto de Macau separou duas bacias estruturais, onshore e offshore, no interior de uma grande depressão continental sem geração, no entanto, de crosta oceânica. Um baixo estrutural NE-SW também foi formado, com o soerguimento do Alto de Touros. Este processo de rifteamento foi fortemente influenciado pelas estruturas pré-existentes associadas à Província Borborema. A última fase de rifteamento, sin-rifte III (Fig. 3.2c), ocorreu no Neo-Barremiano e caracterizou-se por uma principal mudança na cinemática do rifte, ocasionando na Bacia Potiguar esforços cisalhantes com direção dominantemente E-W, acompanhado por soerguimento nos flancos da Bacia, originando as plataformas de Touros e Aracati. É nesta fase que a sedimentação e evolução dos rifte Cariri e da Bacia Potiguar onshore foram abortados e a principal deformação iniciada no ramo equatorial. Na porção offshore a sedimentação continuou com a formação de baixos, com orientação NW-SE e E-W (Formação Pescada). A sedimentação instalada na Bacia Potiguar, tanto na fase sin-rifte II, como na fase sin-rifte III, foi tipicamente continental, caracterizado por sedimentos de um sistema deposicional flúvio-lacustre, que compõem as Formações Pendência e Pescada. Capitulo 3 Geologia Regional e Local 16

31 Figura 3.2: Esquema mostrando a evolução tectono-sedimentar das Bacias do Nordeste do Brasil (Modelo de Matos 1987). Mais recentemente, Matos (1999 e 2000) propôs uma nova abordagem para a evolução tectono-sedimentar da Bacia Potiguar (Fig. 3.3), constando de dois estágios principais de evolução: o primeiro relacionado à evolução das bacias de margem leste brasileira e o segundo estágio referente à evolução da Margem Equatorial Atlântica, no contexto de uma margem equatorial transformante. A margem leste brasileira foi caracterizada por um longo estágio rifte, que ocorreu entre o Neocomiano e Barremiano. No Aptiano iniciou-se um período de distensão oblíqua no Atlântico Equatorial, que deu origem a um amplo fraturamento. A margem equatorial Atlântica (Aptiano-Albiano- Cenomaniano) tem sua evolução tectônica relacionada a três estágios principais, e sete sub- Capitulo 3 Geologia Regional e Local 17

32 estágios, controlados cinematicamente pelos limites litosféricos das margens Africana e Sul-Americana. Figura 3.3: Distribuição da deformação na Margem Equatorial Atlântica durante o Albiano (Modificado de Matos 2000). O estágio Pré-Transformante marca a fase anterior à separação dos continentes, sendo subdividido em Pré-Transtração (Paleozóico-Jurássico), sendo caracterizado na Bacia Potiguar pela seção rifte Neocomiana (Formação Pendência) e Sin-Transtração (Aptiano-Albiano), o qual é caracterizado por sedimentos das Formações Pendência e Pescada na porção submersa da Bacia e pelos depósitos da Formação Alagamar na porção emersa e submersa. O estágio Sin-Transformante marca o processo de separação continental e a criação do assoalho oceânico, sendo subdividido em transtração dominada por cisalhamento Capitulo 3 Geologia Regional e Local 18

33 simples e transpressão dominada por wrench. Na Bacia Potiguar este estágio é caracterizado pela seção Albo-Cenomaniana (Formações Açu, Ponta do Mel e Quebradas) depositada nos segmentos NW e E da Bacia. O estágio Pós-Transformante é caracterizado por um contexto tipicamente de margem passiva. Na Bacia Potiguar este estágio é representado pelas seções Turoniana- Campaniana Inferior (Formação Jandaíra) e Campaniana Superior-Recente (Formações Ubarana, Tibau e Guamaré). Françolin & Szatmari (1987) utilizaram um modelo envolvendo esforços compressivos e distensivos para explicar a separação América do Sul - África (Fig. 3.4) e propuseram que nos primeiros estágios de separação, o extremo nordeste brasileiro teria sido submetido a uma seqüência de esforços com movimentos divergentes E-W iniciados no Jurássico Superior (Fig. 3.4a). Esta movimentação possibilitou a formação de uma fratura de milhares de quilômetros de extensão, que se iniciou no sul do paleocontinente Gondwana e progressivamente alastrou-se em direção ao norte. Durante o Cretáceo Inferior, a movimentação divergente dos dois continentes era maior a sul imprimindo, desta forma, uma rotação horária na placa sul-americana em relação à africana, em torno de um pólo situado a sul de Fortaleza a aproximadamente 39 o W e 7 o S. Como resultado, instalou-se na Província Borborema um processo de compressão a sul e distensão a norte. Tais esforços se inverteriam no Neocomiano para movimentos compressivos E-W na margem equatorial e uma distensão N-S (Fig. 3.4b). Esses esforços resultaram na formação e reativação de falhas normais de direção E-W, originando os grabens da atual porção onshore da Bacia Potiguar. Concomitante a esta tectônica, as falhas de direção NE-SW pré-existentes foram reativadas por movimentos transcorrentes dextrais, com movimentação transtensional, em seu extremo NE, e transpressional na sua porção SW. O limite entre os regimes transpressional e transtensional é marcado pelo magmatismo Ceará-Mirim, de direção E-W. As falhas de direção NW-SE são pouco representativas no Neocomiano, enquanto que as de direção NE- SW são as mais importantes, pois condicionaram a abertura do rifte Potiguar e têm como representante principal à falha de Portalegre-Carnaubais, que propiciou a formação e delimitou o graben Pendência. Capitulo 3 Geologia Regional e Local 19

34 Durante o Aptiano a Província esteve submetida apenas a uma distensão de direção N-S e sob esse novo regime de esforços, interromperam-se a movimentação transcorrente dextral das falhas NE-SW e a sedimentação na porção onshore da Bacia Potiguar. Prosseguia, entretanto, o rifteamento através das falhas de direção E-W, com a deposição de sedimentos na porção submersa da Bacia Potiguar (Fig. 3.4c). É também nesta fase que o pólo de rotação da América do Sul em relação à África migra para noroeste, em direção ao atual Estado do Amapá. No início do Albiano, movimentos divergentes E-W entre os continentes Sul- Americano e Africano, causaram um cisalhamento lateral dextral na atual margem equatorial brasileira, o que permitiu a entrada do mar, causando transgressão marinha em todas as bacias da margem equatorial brasileira entre o Albiano e o Campaniano (Fig. 3.4d). Após o Campaniano (Maastrichiano) esses movimentos inverteram para uma compressão N-S (Fig. 3.4e). A Bacia Potiguar sofreu reflexo desta compressão, evidenciado pelo soerguimento da plataforma carbonática da Formação Jandaíra e pela reativação de inúmeras falhas na Bacia. A evolução tectono-sedimentar da Bacia Potiguar segundo Bertani et al (1990) é representada por três estágios tectônicos principais: 1º: Rifte primeiro pulso tectônico, onde se desenvolveram grandes falhas normais e de transferência ativa desde o Neocomiano, caracterizado pelo Grupo Areia Branca correspondendo às Formações Pescada e Pendência, 2º: Transicional caracterizado pelo estiramento litosférico, onde predominam meio-grabens basculados controlados por um sistema de falhas extensionais, constituído pelo Grupo Apodi, o qual é subdividido pela Formações Açu, Jandaíra, Ubarana e Ponta do Mel e 3º: Drifte nesta fase foram depositados os sedimentos de forma discordante, onde as modificações estruturais consistiram em falhas normais ao longo de lineamentos antigos, constituindo o Grupo Agulha, sendo este subdividido em Formações Guamaré, Macau e Tibau. Capitulo 3 Geologia Regional e Local 20

35 Figura 3.4: Evolução da separação dos continentes Sul-Americano e Africano proposta por Françolin & Szatmari (1987) Litoestratigrafia Litoestratigrafia De acordo com Pessoa Neto (2003) a sedimentação mista na plataforma da Bacia Potiguar foi implantada a partir do Neocampaniano e assim permanece até os dias atuais, com a coexistência de sistemas deposicionais siliciclásticos e carbonáticos, sendo os primeiros dominantes na porção proximal da Bacia e os últimos na porção distal ou borda da plataforma. Das relações verticais e laterais das fácies, dadas pela alternância destes sistemas ao longo do tempo, resultou um registro litológico complexo, compreendido em três unidades litoestratigráficas: a Formação Tibau, composta de arenitos e conglomerados, derivados dos sistemas de leques costeiros e do preenchimento de vales incisos; a Formação Guamaré, composta de calcarenitos e calcilutitos, originados de bioconstruções e bancos algálicos na borda da plataforma; e a Formação Ubarana, composta de folhelhos, calcilutitos e arenitos subordinados, representando a sedimentação recíproca oriunda da Capitulo 3 Geologia Regional e Local 21

36 plataforma e depositada em ambiente de talude. O mesmo autor propôs um arcabouço cronoestratigráfico de parte do registro da plataforma mista na Bacia Potiguar, preenchido por seqüências deposicionais formadas durante o Neogeno (Fig.3.5). Para Bertani et al,1990 a história tectônica da Bacia teve início no Neocomiano e pode ser dividida em três fase distintas, rifte, transicional e deriva continental. O preenchimento sedimentar da Bacia durante cada uma destas fases tectônicas foi caracterizado pela deposição das megasseqüências continental, transicional e marinha (Chang e Kowsmann,1987 e Chang et al, 1992). De acordo com Araripe e Feijó (1994), as rochas sedimentares da Bacia Potiguar estão atualmente, organizadas em três Grupos, denominados da base para o topo de Areia Branca, Apodi e Agulha. Os litotipos destes três grupos são separados por discordâncias de magnitude regional associadas a três eventos: Magmatismo Rio Ceará-Mirim (120 a 140 Ma); Magmatismo Serra do Cuó (83 a 6 Ma); e Magmatismo Macau (29 a 45 Ma) Grupo Areia Branca Reúne as Formações Pendência, Pescada e Alagamar, compostas predominantemente por rochas clásticas e separadas por discordâncias entre si. Está sobreposto discordantemente ao embasamento cristalino e sotoposto em discordância à Formação Açu. Segundo Bertani, 1990 et al apud Pessoa Neto, 2003 estas formações foram depositadas durante a fase rifte e são representadas pela megassequência continental. A Formação Pendência caracteriza-se por arenito muito fino a conglomerático de cor cinza esbranquiçado e com intercalações de folhelho e siltito cinzento. A interpretação paleoambiental aponta para leques aluviais associados a falhamentos e sistemas flúviodeltáicos propagando sobre pelitos lacustres, entremeados por freqüentes turbiditos (Della Fávera 1992). A Formação Pescada possui a mesma composição que a formação anterior. Os sistemas deposicionais responsáveis pela deposição dos sedimentos são os de leques aluviais coalescentes e os flúvio-deltáicos com pelitos lacustres entremeados por turbiditos. Na Formação Alagamar a seção superior desta unidade representa a primeira entrada Capitulo 3 Geologia Regional e Local 22

37 marinha na Bacia Potiguar, registrada nos calcilutitos algálicos e ostracoidais das Camadas Ponta do Tubarão (Vasconcelos,1995) Grupo Apodi Segundo Araripe e Feijó, o Grupo Apodi é composto pelas Formações Açu, Jandaíra, Ponta do Mel e Quebradas. Apresenta-se sobreposto à Formação Alagamar e em contato superior, discordante, com o Grupo Agulha. Datações apontam, para este grupo, idades entre Albiano e Mesocampaniano ( Ma). A Formação Açu é caracterizada por camadas espessas de arenito fino a muito grosso até conglomerático de cor esbranquiçada, intercalando-se com folhelho e argilito verde claro e siltito castanho avermelhado. Foram depositados durante os sistemas deposicionais de leques aluviais, assim como sistemas fluviais entrelaçados e meandrantes e uma transgressão costeira estuarina (Vasconcelos et al. 1990). Vasconcelos et al compartimentaram a Formação Açu em quatro unidades estratigráficas operacionais, denominadas Açu 1, 2, 3 e 4, descritas a seguir, as quais equivalem a pacotes de rochas depositadas como resposta a determinados eventos de caráter regional na Bacia Potiguar. Unidade Açu 1: Constitui a porção basal da Formação Açu e, litologicamente, é representada por arenitos grossos e argilosos, praticamente não aparecendo siltitos ou folhelhos. Unidade Açu 2: Encontra-se em contato com as unidades Açu 1 (base) e Açu 3 (topo). É litologicamente constituída por arenitos grossos a finos, siltitos e folhelhos, além de calcarenitos e calcilutitos da Formação Ponta do Mel intercalados com esta unidade. Unidade Açu 3: Possui contato basal com a unidade Açu 2 e contato superior com a unidade Açu 4. É caracterizada por arenitos grossos a finos, siltitos e folhelhos, sendo os arenitos mais espessos e grossos na base e diminuindo para o topo, na qual a argilosidade aumenta. Capitulo 3 Geologia Regional e Local 23

38 Unidade Açu 4: Corresponde ao membro superior da Formação Açu, tendo como limites inferior e superior a unidade Açu 3 e a Formação Jandaíra. É caracterizada por argilitos, folhelhos, siltitos, arenitos muito finos a médios e, eventualmente, calcilutitos e margas dolomitizados. A Formação Jandaíra é composta por calcarenitos bioclásticos a foraminíferos bentônicos que por vezes associados a algas verdes, há também a ocorrência de calcilutito com marcas de raízes, dismicrito e gretas de contração. Apresenta-se em contato inferior concordante com a Formação Açu ou Quebradas. Monteiro e Faria (1988 apud Araripe e Feijó 1994) determinaram um ambiente de planície de maré para o conjunto de fácies da Formação Jandaíra. Córdoba (2001) reconhece vinte fácies deposicionais, englobadas em três grupos: fácies carbonática, fácies mista e fácies siliciclástica. A fácies carbonáticas subdivide-se em três associações: fácies de águas rasas e semi-rasas, fácies de águas intermediárias e fácies de águas profundas. A Formação Ponta do Mel contém calcarenitos oolíticos de coloração creme, doloesparito castanho claro e calcilutitos branco, com camadas de folhelhos. Interdigita-se lateralmente e recobre concordantemente a Formação Açu. Foram interpretados como depósitos em plataforma rasa associada à planície de maré e mar aberto (Tibana e Terra 1981). A Formação Quebradas apresenta-se m contato inferior discordante com a Formação Ponta do Mel, contém arenitos finos de cor cinza clara, folhelhos e siltitos de cor cinza esverdeado. O ambiente deposicional interpretado para estes litotipos inclui plataforma e talude com turbiditos Grupo Agulha É composto pelas Formações Ubarana, Guamaré e Tibau: sua idade está compreendida entre o Neocampaniano e o Holoceno (a partir de 83 Ma), encontrando-se interdigitado lateralmente com o Grupo Apodi e com a Formação Barreiras. A Formação Ubarana é caracterizada por uma espessa seção de folhelhos e argilitos de cor cinzenta, intercalados por camadas delgadas de arenito muito fino a grosso esbranquiçado, siltitos cinza acastanhado e calcarenitos fino de coloração creme claro. A Formação Guamaré constitui-se por calcarenitos bioclásticos e calcilutitos depositados em Capitulo 3 Geologia Regional e Local 24

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