INFORMAÇÕES DA OCUPAÇÃO

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1 AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO A/C DCBO DEPARTAMENTO DE CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES Assunto: Solicitação de nova ocupação na CBO. INFORMAÇÕES DA OCUPAÇÃO QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS ATUANDO NA ÁREA Estima-se que existam hoje no Brasil 1 milhão de DJ s sendo que, deste universo, apenas cerca de estão trabalhando de forma contínua, mediante subordinação e recebendo uma contraprestação. Fonte: Agência Senado 31/03/2009 ATIVIDADES EXERCIDAS PELO OCUPANTE Pesquisam músicas, estilos e elaboram repertórios musicais. Reproduzem estas músicas nos formatos existentes como discos de vinil, fita, cd, mp3 e outros formatos de compressão digital, utilizando e manipulando, com conhecimento técnico, equipamentos e sistemas de reprodução analógicos e digitais como mixer, toca-discos, cd players, equalizadores, processadores de efeito, computadores e os diversos programas de manipulação de arquivos de áudio existentes. Os DJ s criam seleções musicais ininterruptas ao vivo ou gravadas, para veiculação e utilização em casas noturnas, espetáculos, comícios, mensagens publicitárias, bares, programas de televisão, de rádio, podcasts de internet, desfiles, coquetéis, casamentos, aniversários, eventos corporativos e estabelecimentos e situações onde haja a necessidade de execução de música mecânica. Os DJ Produtores alteram as características originais do fonograma como velocidade, parâmetros de equalização, adicionando efeitos digitais e misturam um ou vários elementos de áudio sobre outros e os combina com músicas existentes, com a finalidade de criar versões diferenciadas ao vivo gravadas para veiculação posterior, além de participarem de sessões de gravação em estúdios, interagindo com técnicos de som, produtores musicais e intérpretes, criando e adicionando elementos e ritmos eletrônicos. Existem ainda o DJ Performático, que realiza performances utilizando 2 ou mais toca discos e manipula discos de vinil, utilizando uma técnica conhecida como scratch, criando batidas e efeitos ao vivo.

2 ENTIDADES FORMADORAS SENAC SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM AIMEC ACADEMIA INTERNACIONAL DE MÚSICA ELETRÔNICA IMEPE INSTITUTO DE MÚSICA ELETRÔNICA DE PERNAMBUCO DJ LAB ESCOLA ONLINE DJ BAN CURSOS DE DJ E PRODUÇÃO MUSICAL ELEVENTH CURSO PARA DJS BÁSICO, AVANÇADO E PRODUÇÃO MUSICAL IATEC INSTITUTO DE ARTES E TÉCNICAS EM COMUNICAÇÃO hz FORMAÇÃO EM PRODUÇÃO MUSICAL ELETRÔNICA E ÁUDIO PROFISSIONAL E-DJS CURSO DE DJ - ESCOLA DE PRODUÇÃO MUSICAL DJ ESCOLA CURSO DE DJ E PRODUÇÃO MUSICAL escoladedj.com.br ESCOLARIDADE REQUERIDA Formação secundária, cursos de especialização de mixagem e manipulação de áudio em sistemas físicos (hardware) e virtuais (softwares de computador e tablets). Cursos introdutórios de música eletrônica e conceitos de áudio ou prática equivalente também são necessários para o pleno exercício das atividades. Para algumas atividades a formação de nível médio e especialização de até 400 horas aula é suficiente. O pleno desempenho das atividades ocorre após um a dois anos para os DJ s e de 2 a 4 anos para os DJ Produtores e de HIP HOP.

3 INFORMAÇÕES PARA O ESTUDO DESCRIÇÃO TÍTULOS DJ Dee Jay, DJ Autônomo, DJ Convidado, DJ Celebridade, Top DJ, DJ de Rave DJ Produtor Produtor, Remixer DJ Residente DJ de Casa Noturna, DJ de Club, DJ de Televisão, DJ de Rádio DJ de Eventos DJ de Casamento, DJ de Festas, DJ de Empresa de Evento, DJ de Baile DJ Performático MC, DJ de Competição, DJ de Hip Hop DESCRIÇÃO SUMÁRIA Pesquisa músicas gravadas e as executa nos formatos existentes como discos de vinil, fita, cd, mp3 e outros formatos de compressão digital, utilizando e manipulando, com conhecimento técnico, equipamentos e sistemas de reprodução analógicos e digitais como mixer, toca-discos, cd players, equalizadores, processadores de efeito, computadores e os diversos programas de manipulação de arquivos de áudio existentes, alterando as características originais do fonograma como velocidade, parâmetros de equalização, adicionando efeitos digitais e outros elementos de áudio, misturando uma música com outras, com a finalidade de criar seleções musicais ininterruptas ao vivo ou gravado, para veiculação em casas noturnas, espetáculos, comícios, mensagens publicitárias, bares, programas de televisão, de rádio, podcasts de internet, desfiles, coquetéis, casamentos, aniversários, eventos corporativos e outros estabelecimentos e situações onde haja a necessidade de execução de música mecânica. CARACTERÍSTICAS DE TRABALHO CONDIÇÕES GERAIS DE EXERCÍCIO Os profissionais que trabalham como autônomos atuam na maioria de maneira independente como atração em shows, festas de casas noturnas, festivais, raves e eventos fechados. Os profissionais registrados são empregados em casas noturnas, bares e similares, rádios, televisão, produtoras e empresas de evento e atuam nos mais variados ambientes e para os mais diversos públicos. Trabalham em horários irregulares e nos mais diversos ambientes, a céu aberto ou em ambientes fechados, com pouca iluminação e ruídos intensos, de pé e por períodos contínuos de até 8 horas.

4 FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA Formação secundária, cursos de especialização de mixagem e manipulação de áudio em sistemas físicos (hardware) e virtuais (softwares de computador e tablets), produção de música eletrônica e conceitos de áudio ou prática equivalente para o pleno exercício das atividades. Para os demais formação de nível médio e especialização de até 400 horas aula. O pleno desempenho das atividades ocorre após um ou dois anos para os DJ s e de 2 a anos para os DJ Produtores ou DJ Remixers. ÁREAS DE ATIVIDADE A ELABORAR REPERTÓRIO Escolher estilo (s) musical (is) Pesquisar músicas na internet e lojas físicas Pesquisar discografia de artistas Conhecer as versões existentes Ouvir programas de lançamentos musicais Acompanhar charts de revistas e internet Adquirir licenças de uso das gravações B - DIGITALIZAR ARQUIVOS DE ÁUDIO Conectar interface de conversão analógico / digital do computador Reconhecer os formatos de compressão existentes Configurar parâmetros da interface de áudio Operar software de gravação digital Digitalizar arquivos de áudio de discos de Vinil, fitas cassete ou de rolo Importar arquivos de outra mídias digitais C - EDITAR E TRATAR OS ARQUIVOS DE ÁUDIO Operar software de edição de áudio digital Eliminar sobras de áudio dos arquivos de áudio Criar introduções e efeitos Criar versões diferenciadas para execução Equalizar e masterizar os arquivos de áudio Alinhar volumes dos arquivos do acervo

5 Converter arquivos para outros formatos D - CATALOGAR OS ARQUIVOS E ORGANIZAR DISCOTECA Inserir tags nos arquivos para facilitar sua localização Criar e organizar as pastas para facilitar a identificação dos repertórios Criar playlists Criar cópias de segurança E - INSTALAR, DESINSTALAR E CONFIGURAR EQUIPAMENTO EM CABINE SOM Verificar ponto de força e voltagem do local Dispor e montar equipamento no espaço disponível Conectar interface de áudio de computador ao mixer Conectar CD Players ou Toca Discos a interface de áudio e mixer Conectar controladoras MIDI Verificar funcionamento dos canais do mixer e demais equipamentos Verificar qualidade das conexões, da pré escuta e do monitor de cabine Realizar procedimentos sem interromper a programação em curso F - CONTROLAR SISTEMAS DE REPRODUÇÃO DE ÁUDIO EM FESTAS E EVENTOS Reconhecer e saber utilizar os principais equipamentos profissionais para reprodução de áudio como CD Players, Mixers, Toca Discos e Softwares de computador Respeitar os níveis de volume e demais parâmetros dos equipamentos, conforme orientação do técnico de som responsável pelo evento Reproduzir os arquivos de áudio utilizando os equipamentos e recursos disponíveis, criando sequências ininterruptas e mixadas ao vivo Respeitar o cronograma da produção do evento, entrando e saindo no horário combinado G PARTICIPAR DE GRAVAÇÕES EM ESTÚDIO E PROGRAMAS DE RÁDIO E TV Participar de ensaios Levar opções de trilhas e músicas Participar de leitura de roteiro Passar o som e definir volume e demais parâmetros a serem utilizados na gravação ou transmissão, junto com o técnico responsável Reproduzir os arquivos de áudio quantas vezes necessário até atingir o resultado esperado pelo Diretor ou responsável

6 COMPETÊNCIAS PESSOAIS Possuir sensibilidade musical Conhecer músicas Dominar técnicas de mixagem Ter boa audição Entender os princípios do áudio Saber se relacionar com pessoas Ser cuidadoso com equipamentos Respeitar o Direito Autoral Participar de atividades de interesse da classe Procurar aprender outras línguas Dedicar tempo para pesquisa musical RECURSOS DE TRABALHO 1. Acervo Musical 2. Mídias de armazenamento 3. CD Player de uso profissional 4. Toca Discos de uso profissional 5. Computador / Laptop / Tablet 6. Softwares para execução e manipulação de arquivos de áudio 7. Controladora Midi 8. Interface Digital Analógica 9. Cabos e acessórios de conexão 10. Mixer de uso profissional 11. Fones de ouvido de uso profissional 12. Microfone 13. Monitor de cabine de som

7 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES INTERAÇÃO - RELACIONAMENTO No exercício de suas atividades o DJ e o DJ PRODUTOR / REMIXER interagem com outros profissionais como: PRODUTORES ARTÍSTICOS E CULTURAIS DIRETORES DE ESPETÁCULOS E AFINS MÚSICOS COMPOSITORES, ARRANJADORES, REGENTES E MUSICÓLOGOS MÚSICOS INTÉRPRETES TÉCNICOS EM ÁUDIO ENTIDADES ATUANTES NO PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇAO DO DJ SINDJRS SINDICATO DOS DJ S PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO SUL SINDECS SINDICATO DOS DJ S E PROFISSIONAIS DE CABINE DE SOM DO ESTADO DE SÃO PAULO SINDJDF SINDICATO DOS DJ S E OPERADORES DE CABINE DE SOM DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO SINBRADJ SINDICATO BRASILEIRO DOS DJ S DO RIO DE JANEIRO SINDJAM SINDICATO DOS DJ S DO ESTADO DO AMAZONAS SINDJSC SINDICATO DOS DJ S DE SANTA CATARINA SINDJMT SINDICATO DOS DJ S E PROFISSIONAIS DE CABINE DE SOM DO MATO GROSSO

8 JUSTIFICATIVAS Infelizmente, os disc-jockeys (DJs) que conduzem os sons das pistas de dança com a habilidade de quem conhece profundamente os ritmosde danças e os efeitos sonoros que deixam o público extasiado, unindo som etecnologia para embalar casas noturnas, eventos e festivais não têm ainda sua profissão regulamentada. Ainda que estejam atuando há décadas em clubes, danceterias, casas de espetáculos, casas de festas, emissoras de rádio e de televisão, festas particulares, eventos diversos e internet, são contratados sob outra denominação profissional, já que a Classificação Brasileira de Ocupação (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego, não contempla os quase um milhão de disc-jockeys. Rosalba Ciarlini Senadora RN Num mundo globalizado, onde a qualidade e a excelência de bens e serviços vêm-se sofisticando cada vez mais, esses profissionais devem ter habilitação especializada, pois sua atuação em clubes, danceterias, casas de espetáculos, casas de festas, emissoras de rádio e de televisão e em eventos diversos não mais comporta amadores ou aventureiros de primeira viagem. É de se enfatizar que, com a regulamentação dessas profissões, cria-se uma identidade, exigindo-se desses profissionais a ética profissional, responsabilizando-os, ainda, pela execução de seu trabalho. Ademais, dá-se condições a esses profissionais para exercer sua profissão na sua amplitude de direitos, não permitindo a atividade de terceiros não qualificados tecnicamente e sem formação para o exercício do ofício. Wellington Salgado Senador MG é impossível negar que a atividade profissional de DJ ou Profissional de Cabine de Som DJ e o Produtor DJ não se constituem mais em atividades secundárias, mas ganharam protagonismo pela sua criatividade, profissionalismo e hoje animam milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se hoje o universo de mais de um milhão de disc-jokeys que vêm atuando autonomamente, à margem da legislação, nos diversos meios de espetáculos de diversão ao público. Ora, se os artistas já têm sua profissão regulamentada, já é hora de se atribuir a esses profissionais tratamento isonômico, até para assegurar- lhes direitos que são comuns a todos os trabalhadores, evitando disputas judiciais, que na situação deles seria de difícil efetividade dada a característica de sua atividade. Paulo Paim Senador RS Julgo ser coerente dizer que estamos diante de uma nova forma de trabalho, de uma nova profissão que se desenvolve diante de um novo instrumento de trabalho e que essa nova profissão não está regulamentada pela legislação em vigor Romeu Tuma Senador SP Buscamos medidas que incluam o profissional DJ no mercado de trabalho de maneira formal, proporcionando a ele todas as garantias previstas pela CLT e reconhecendo o status que a sua atividade lhe confere. Tibor Yuzo - Sindicato dos DJ's SP