Sobre o Livro. Todo o conteúdo foi preparado com muito carinho e com um desejo enorme de poder contribuir na melhora de seus trabalhos de gravação.

Transcrição

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2 Sobre o Livro Este livro foi escrito com o objetivo de mostrar, de forma clara e objetiva, as etapas da produção de áudio. É destinado àqueles que querem executar trabalhos neste ramo ou àqueles que até já trabalham nessa área, mas ainda não compreendem exatamente quais são as etapas de produção de áudio, desde a gravação até a masterização. Todo o conteúdo foi preparado com muito carinho e com um desejo enorme de poder contribuir na melhora de seus trabalhos de gravação.

3 Etapa 1 - Gravação O processo de gravação pode ser dividido em três etapas: Na primeira, o locutor (ou quem quer que vá produzir o som a ser gravado) fala, produzindo ondas sonoras, que serão captadas pelo microfone. Na segunda etapa, as ondas sonoras (sinal analógico) são captadas pelo microfone, onde são transformadas em sinal elétrico, percorrendo o cabo, até o conversor, que geralmente fica na placa de som, a menos que você tenha um conversor digital à parte. No conversor, o sinal elétrico é transformado em sinal digital, ou seja, torna-se dados que serão interpretados pelo computador, onde a gravação está sendo feita.

4 Por último, no terceiro momento, os dados precisam ser salvos em um arquivo digital. Nessa parte, a principal dúvida sempre é em relação a qual formado utilizar, já que atualmente são muitos disponíveis. Os mais comuns são WAVE (.wav) e MP3 (.mp3) para usuários Windows e AIFF (.aiff) e AAC (.aac) para usuários Mac. Nos formatos WAVE e AIFF, teoricamente você terá mais definição do áudio, porém o arquivo também ficará maior, exigindo mais do seu processador e memória na hora de trabalhar com ele. Já nas extensões MP3 e AAC, o arquivo fica menor, o que facilita principalmente o envio via internet.

5 Áudios em MP3 são mais comuns atualmente, porém, vale sempre perguntar ao seu cliente se ele prefere algum formato específico.

6 Etapa 2 - Edição Depois do áudio gravado, é hora de editá-lo. A ordem dos processos pode variar, de acordo com cada produtor. Você pode fazer primeiro o tratamento de ruídos, aplicando um plugin de GATE, se necessário. Na sequência cortar possíveis erros de leitura que o locutor tenha cometido e então silenciar os sons de respirações mais fortes. Note que dependendo do projeto, será importante manter o som das respirações para que o áudio soe mais natural.

7 Feito esse tratamento, é hora de aumentar o volume e isso pode ser feito pelo menos de duas formas. Uma delas é simplesmente usando o botão de volume, já a outra é utilizando um expansor. O plugin mais comum nessa categoria chama-se NORMALIZE. Se necessário, ainda podem ser aplicados um COMPRESSOR e/ou um LIMITER. Há muita discussão sobre o uso dessas duas últimas ferramentas. Alguns alegam que elas não deveriam ser usadas na voz, pois causam excesso de processamento. Já outros defendem a posição de que a trilha sonora geralmente é bem processada, então a voz também deve ser assim. Outro plugin que pode ser utilizado na fase de edição é o EQUALIZADOR, que serve para ajustar as frequências graves, médias e agudas.

8 Há ainda outros processos que podem ser aplicados na edição, dependendo do projeto, mas o mais comum, para uso no dia-a-dia, são esses que foram citados. Alguns produtores já gostam de, nesta fase de edição, deixar o áudio na duração que precisa ter (por exemplo: 30 segundos), já outros fazem isso no processo de mixagem.

9 Etapa 3 - Mixagem Mixagem nada mais é do que você misturar mais de um som. Se o trabalho exige um fundo musical, é nessa etapa que isso será feito. Em alguns casos específicos, a trilha pode ser definida até antes da gravação, em outros, o produtor faz essa escolha nesse momento.

10 É nessa fase que o volume de cada áudio utilizado é ajustado. Em geral, a trilha sonora não pode estar mais alta que a voz, para que esta última seja bem compreendida, já que é ela que leva a mensagem. A melhor escolha para fazer a mixagem da voz falada com um fundo musical é um programa multi-pista. Isso facilita muito o processo, mas essa tarefa também pode ser feita em programas que não têm essa função.

11 Etapa 4 - Masterização Aqui, todos os canais gerados na mixagem serão renderizados na MASTER, que geralmente é um arquivo ESTÉREO (com 2 canais, direito e esquerdo), podendo até ser MONO (apenas 1 canal) ou SURROUND (quando tem mais de 2 canais) em casos específicos.

12 Nessa fase, o áudio ainda pode receber algum tipo de processamento final, como um LIMITER, por exemplo, a fim de deixar o som na sua qualidade máxima, o que também é discutido pelos profissionais da área.

13 Considerações Finais Em geral, os plugins vêm com PRESETs, que são prédefinições de seu ajuste, bastando você selecionar uma opção e aplicá-la com um clique. Isso ajuda muito quando você ainda não tem experiência e conhecimento suficientes para fazer suas próprias configurações. Não foram mostradas configurações específicas dos plugins citados, porque isso varia em cada caso. Cabe a você testar várias possibilidades e perceber qual é a melhor para cada gravação. Depois de um tempo, isso se torna algo tão automático, que apenas batendo o olho no gráfico de gravação você já terá uma boa ideia do que será preciso para a edição.

14 Sobre o autor Eu me chamo Gilmar Marafigo Lima, sou locutor e produtor de áudio desde Comecei trabalhando em rádio, mas já tem alguns anos que trabalho apenas no meu estúdio próprio, vendendo gravações através da internet. Quando comecei nesta profissão, tive muitas dificuldades, principalmente por falta de informação, mas com dedicação e persistência, me tornei um profissional bem sucedido nesta área. Gostaria de te dizer que você é capaz de aprender, basta que se dedique. Bons estudos e não deixe de acompanhar meus canais no YouTube e Facebook, onde eu sempre posto dicas sobre locução e produção de áudio. Gilmar M. Lima