Relatório. Oficina sobre a Minuta de Anteprojeto de Lei do Sistema Estadual de REDD+ com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde
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- Marcos Prado Canejo
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1 Relatório Oficina sobre a Minuta de Anteprojeto de Lei do Sistema Estadual de REDD+ com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde Lucas do Rio Verde, dia 02 e 03 de Agosto de 2011 Grupo de Trabalho de REDD do Fórum Mato-grossense de Mudanças Climáticas (GT REDD MT)
2 Antecedentes e objetivos O grupo de trabalho de REDD do Fórum Mato-grossense de Mudanças Climáticas elaborou entre março/2010 e março/2011 a minuta de Anteprojeto de Lei do Sistema Estadual de REDD+. Para isso, foram realizadas 24 reuniões do GT, com média de participação de 12 pessoas, e um seminário técnico com participação de 70 pessoas. O texto está atualmente sendo submetido a Consulta Pública, com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, por um período de 4 meses, a contar de 20 de abril de Durante esse período, o GT REDD MT está organizando oficinas de apresentação e discussão do projeto com diferentes grupos interessados. Após esse período, a proposta será revisada no âmbito do Fórum e encaminhada ao Governo de Estado. A Oficina que aconteceu nos dias 02 e 03 de agosto com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde fez parte desse processo de Consulta. Ela permitiu colher subsídios de representantes da agricultura familiar e verificar a consistência dos instrumentos propostos na minuta da lei de Mato Grosso. Resultados A oficina se organizou em um dia e meio. Na primeira tarde, foi feito um nivelamento sobre mudanças climáticas e REDD+. No segundo dia, os participantes examinaram a minuta de lei trabalhada pelo GT REDD a partir de um primeiro debate na plenária, e três sessões de grupos de trabalho sobre a estrutura institucional, as condições de elegibilidade e os instrumentos estabelecidos pela minuta do projeto de lei. De forma geral, os participantes sublinharam a necessidade de dar mais publicidade ao processo, mobilizando outros atores e aumentando o nível de comunicação sobre essa minuta de lei. Também expresseram preocupações sobre a negociação política necessária para esse tipo de projeto de lei em um contexto de mudança do código florestal. Nas definições listadas pelo artigo 2, foi colocado a necessidade de incluir uma definição da Agricultura Familiar atraves da adição de um parágrafo específico. A definição utilizada pelo MDA pode ser uma boa opção. Também foi sugerido estabelecer de forma mais clara na linha 70 quais são as causas estruturais do desmatamento ou de linkar o art.3 com o PPCDQ-MT. Os participantes sugeriram detalhar de forma mais precisa as atribuições e o funcionamento da estrutura institucional. Também foram colocadas diversas sugestões quanto aos mecanismos e instrumentos desenhados. A. Estrutura Institucional O primeiro grupo de trabalho tinha como foco a seção II do PL que estabelece a estrutura institucional do sistema de REDD+. Nessa seção, a minuta cria um conselho gestor, um comitê científico e estabelece atribuições para a Secretária Estadual de Meio Ambiente,
3 o Fundo Estadual de Mudanças Climáticas e o Forum Estadual de Mudanças Climáticas.Foi dicustida essa estrutura, procurando ver em qual medida a minuta do PL estava ou não estabelecendo um mecanismo justo e funcional e propondoem consequência modificações necessárias para melhorar o mecanismo. De forma geral, os participantes sugeriram trocar o termo de Populações tradicionais para populações locais. Foram levantadas diversas dúvidas sobre a estrutura institucional desenhada pela minuta: O papel da Agricultura familiar no conselho gestor não é muito claro, sendo necessário precisa-lo; A forma de nomear/eleger os representantes de cada setor que participarão ao Conselho gestor não está claramente colocada; Falta clareza sobre gestão financeira do fundo. Não está aqui detalhado quem será responsável pelo Fundo e de quais amarações institucionais esse fundo depende. Não é possível aprovar essa minuta sem essas definições estabelecidas; Se o Comitê científico for nomeado pelo presidente do conselho, precisa se estabelecer quem será o presidente do Conselho Gestor. A estrutura do Conselho precisa ser melhor detalhada; A SEMA precisará da criação de um departamento exclusivo de REDD. B. Instrumentos O segundo grupo de trabalho tinha como foco a seção III do PL que estabelece a os instrumentos do sistema de REDD+. Nessa seção, a minuta define quais iniciativas se encaixam como projetos e programas de REDD+, cria um cadastro de ações, um registro, e uma reserva de segurança, e prevê a emissão de certificados de REDD+. Foram discutidos esses instrumentos, procurando ver em qual medida a minuta do PL estava ou não estabelecendo um mecanismo que contempla a agricultura familiar e propondoem consequência,modificações necessárias para melhorar o mecanismo. A minuta estabelece no seu artigo 15 que a SEMA/MT terá como responsabilidade a mensuração das reduções de emissões de desmatamento e degradação florestal. Foi colocado que a instituição não possui a necessária agilidade para cumprir com essa tarefa. Por isso, foi sugerido confiar isso a uma empresa privada. O parágrafo 3 do artigo 16 estabelece as condições de alocação dos CREDD+, colocando essa responsabilidade nas mãos do Conselho Gestor. Dessa forma, a composição do Conselho Gestor influira muito sobre os critérios definidos para a alocação. Os participantes consideraram que seria necessário definir já na minuta de lei critérios claros. Por exemplo, poderia se pensar em obter CREDD para recuperação de Reserva Legal uma vez comprovado o esforço de recuperação de 50% do passivo.
4 O Artigo 18 refere-se as ações e iniciativas consideradas como REDD+ em Mato Grosso. Foram feitas as seguintes sugestões: No ítem IV, excluir a monocultura; No ítem IV do parágrafo 2, é necessário definir melhor quais são as condições de justiça e equidade na repartição, detalhando princípios mais concretos dessas repartição. Números podem ser útis; No ítem V do parágrafo 2, a redação foi considerada muito vaga, e precisa ser melhorada; No ítem VI do parágrafo 2, é necessário fazer referência aos Princípios e Critérios socio-ambientais de REDD+; No parágrafo 2, faz falta uma referência direta a necessidade de sustentabilidade econômica que as ações de REDD+ devem fornecer como benefícios para as famílias da Agricultura Familiar. Foi também colocado a necessidade de se ter mecanismos para dar vantagens para a Agricultura Familiar na alocação dos CREDD+, estabelecendo por exemplo um limite para os grandes produtores. C. Elegibilidade O terceiro grupo de trabalho tinha como foco o capitulo II do PL que estabelece a elegibilidade e as condições de aplicação do sistema de REDD+. Nesse capitulo, a minuta lista as categorias de terras elegíveis e estabelece para cada umacondições específicas de aplicação. Foram discutidos esses instrumentos, procurando ver em qual medida a minuta do PL estava ou não estabelecendo um mecanismo que contempla a agricultura familiar e propondo em consequência, modificações necessárias para melhorar o mecanismo.
5 Participantes Nome Instituição Adam Carlos da Mota STRLRV Agnaldo da Silva Alta Floresta Alaide da Silva Pereira Peixoto de Azevedo Alice Thuault ICV Ambrosio Pereira Carvalho Peixoto de Azevedo Argue da Silva Medeiros Vera Bruno Simionato Castro ICV Jose da Silva neto Peixoto de Azevedo Camila Rodrigues ICV Cidimara Fernandes de Carvalho STRLRV Diego Capilé Sanchues Lucas do rio Verde Gabriel dos Santos Alta Floresta Gebron Jair Pizzi Entre Rios- Nova Ubiratã Glaudio Marques da Silva Feliz Natal Gustavo Nascimento Instituto Centro de Vida Hilária L. Wandscheer STRLV Luir Garbim Entre Rios- Nova Ubiratã Marcelo de C.C. Stabile IPAM Mario H.L. Ferreira Porto dos Gauchos Nilfo Wandsheer Cooperede Vítor Mamede Carvalho Observatório do REDD
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