EDUCAÇÃO INCLUSIVA, UM DESAFIO DE TODOS

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1 RESUMO III CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EDUCAÇÃO INCLUSIVA, UM DESAFIO DE TODOS RODRIGUES, Silmara Ribeiro 1 silrodrigues_@hotmail.com PAULINO, Paulo Cesar 2 paulino@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Cornélio Procópio III Curso de Especialização em Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos PROEJA Disciplina: Educação Inclusiva A palavra incluir está cada vez mais na mídia. O termo inclusão já traz implícito a idéia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. Se excluir passou a ser politicamente incorreto, o adjetivo inclusivo é usado quando se busca qualidade e direitos para todas as pessoas com ou sem deficiência, pois neste contexto já formado, incluir é inserir algo ou alguém que estava fora, ou seja, excluído deste contexto. Apesar da Constituição de 1988 que determina a inserção das pessoas deficientes na educação regular, é comum até nos dias de hoje se deparar com algumas instituições que relutam, defendendo que o melhor para os deficientes é uma educação específica e diferenciada. Apesar das resistências, a inclusão dos deficientes nas escolas regulares está cada vez mais comum. Pelo menos no que se diz em termos de matrículas. Mas os nossos deficientes estão realmente sendo incluídos? A educação inclusiva está acontecendo de fato? Ou os nossos deficientes estão sendo transformados em números estaticamente positivos, no intuito de demonstrar que o Brasil é um país que teoricamente se preocupa com todos os seus cidadãos e capacita seus educadores para uma Escola Inclusiva. PALAVRAS-CHAVE: Inclusão; Deficiências; Educação. INTRODUÇÃO Segundo a professora Rosana Rodrigues Dias Nova Escola, outubro, 2007, p.41. não basta matricular para dizer que somos uma escola inclusiva, é preciso garantir as condições de aprendizagem O movimento do país pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desprendendo-se em defesa do direito de todos os alunos estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. 1 Autora: Graduada em Pedagogia pela FAFICOP com habilitação em Orientação e Supervisão Escolar, graduanda do III Curso de Especialização em Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos- EJA, pela UTFPR. 2 Orientador: Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Cornélio Procópio, Especialista em Metodologia do Ensino Tecnológico pela UTFPR e Mestrando em Ensino de Ciências e Tecnologia na UTFPR-PG.

2 Segundo os dados ainda da Nova Escola, outubro, 2007, p.39, o Brasil caminha a passos lentos, no que diz a educação inclusiva, mas continuamente está em busca dessa direção de uma Escola Inclusiva de fato! Pois de acordo com as estatística em 1997, quase 90% das pessoas com deficiência matriculadas, freqüentavam instituições ou classes especiais. Nos dias de hoje 53% estão nessa situação, ou seja, quase que a metade já se encontra em salas regulares. A extremidade dos dados têm relevância, pois demonstra um elevado crescimento no cumprimento da nossa constituição que no seu art. 206 prevê, que o ensino será ministrado com base no princípio de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção dos direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis ao contextualizar a exclusão dentro e fora da escola. Ainda no art. 208 diz que é dever do Estado fazer com que a Educação seja efetiva na garantia de que o atendimento especializado aos deficientes, seja realizado preferencialmente na rede regular de ensino, mas será que nossas Escolas, que apresentam estatísticas tão otimistas, estão realmente cumprindo seu papel de escola inclusiva? Os alunos matriculados estão realmente sendo incluídos? Ou estão simplesmente sendo colocados em salas de aulas desutilizadas anteriormente para serem agora denominadas salas de TOs (Terapia Ocupacional) ou similares. Nesse caso, incluir não é simplesmente colocá-los na Escola, incluir vai além disso. É oportunizar condições para que ocorra a aprendizagem. CONCEITUANDO PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Segundo o site Wikiducação (2009), o ponto de partida pode ser o próprio conceito de deficiência, que tem mudado ao longo do tempo, como consta do Preâmbulo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: "A deficiência é um conceito em evolução e resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras atitudinais e ambientais que impedem sua plena e efetiva participação na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas".

3 No que diz respeito à biologia da pessoa, a Organização Mundial de Saúde definiu que a Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. (OMS) Segundo Neotti (2008) em seu artigo Incluindo uma Igualdade Diferente, considerar alguém com síndrome de Down que trabalha em novela, ou que consegue tocar uma Sinfonia de Beethoven, ou alguém como Dorina Nowill uma cega preocupada em distribuir livros em Braille que ocupou importante cargos em organizações internacionais de cegos e que recebeu de Érico Veríssimo uma importante carta que dizia: Dorina, sua vida é um romance que eu gostaria de ter escrito. Criaturas como você com seu espírito e sua coragem - constituem um enorme crédito para a raça humana, ou ainda olhar para alguém como Daniel Dias - maior destaque brasileiro - atleta paraolímpico, que ganhou nove medalhas na natação (4 delas sendo de ouro) na última paraolimpíadas de Pequin, e chamálos de deficientes, não é um termo apropriado. AS DEFICIÊNCIAS Podem ser denominadas: Física, Auditiva, Visual ou Intelectual (mental). Apresentam diferentes níveis de comprometimento, bem como suas conseqüências podem ser de diversas causas. Apresentam-se em períodos de pré-natal, perinatal e pós-natal. Existem também as deficiências congênitas, ou seja, de ordem biológica ou as adquiridas. Elas podem ser consideradas reversíveis ou irreversíveis. DEFICIÊNCIA MENTAL (INTELECTUAL) Deficiência mental corresponde a expressões como insuficiência, falta, falha, carência, imperfeição associadas ao significado de deficiência (do latim deficientia) que por si só não definem nem caracterizam um conjunto de problemas que ocorrem no cérebro humano, e leva seus portadores a um baixo rendimento cognitivo, mas que não afeta outras regiões ou funções cerebrais e ocorre antes dos 18 anos de idade. A principal característica da deficiência mental é a redução da capacidade intelectual (QI), situadas abaixo dos padrões considerados normais para idade, se criança ou inferiores à média da população, quando adultas. O deficiente mental na maioria das vezes

4 apresenta dificuldades ou nítido atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor, aquisição da fala e outras habilidades (comportamento adaptativo). É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adpatação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu deficiência mental em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com doença mental, que é um estado patológico de pessoas que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. As causas variam e são complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais, como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos. Os Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGDs), como o autismo, também costumam causar limitações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual Revista Nova Escola, junho/julho, 2009, p.93. Definem como um conjunto de problemas que ocorrem no cérebro humano, e que leva seus portadores a um baixo rendimento cognitivo, contudo não afeta outras regiões ou funções cerebrais. Muitas são as causas da deficiência intelectual como: condições genéticas é causada por genes anormais herdados dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Exemplos: Síndrome de Down ou a fenilcetonúria; problemas durante a gravidez pode resultar de um desenvolvimento inapropriado do embrião ou do feto durante a gravidez. Exemplo: pode acontecer que na divisão das células, surjam problemas que afetem o desenvolvimento da criança. Uma mulher alcoólica ou que contraia uma infecção durante a gravidez, como rubéola, por exemplo, podem também ter uma criança com problemas de desenvolvimento intelectual (mental); problemas ao nascer se o bebê tem problemas durante o parto, como, por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, pode também acontecer que venha a ter problemas de desenvolvimento intelectual (mental);

5 problemas de saúde algumas doenças, como o sarampo ou a meningite podem estar na origem de uma deficiência intelectual (mental), sobretudo se não forem tomados todos os cuidados de saúde necessários. A mal nutrição extrema ou a exposição a venenos como o mercúrio ou o chumbo podem também originar problemas graves para o desenvolvimento intelectual das crianças. Não sendo considerada uma doença, não é contraída a partir do contágio com outras pessoas, nem o convívio com um deficiente intelectual provoca qualquer prejuízo em pessoas que não o sejam. Contudo, não tem cura. Mas a grande maioria das crianças com deficiência intelectual conseguem aprender e fazer muitas coisas úteis para a comunidade. O atraso intelectual diagnostica-se, observando duas coisas: a capacidade do cérebro da pessoa para pensar, aprender, encontrar um sentido do mundo, resolver problemas, uma inteligência do mundo que as rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento mental ou funcionamento intelectual). Ela se apresenta em diferentes graus de comprometimento intelectual, diferenciando suas potencialidades, tornando seus portadores diferentes entre si, na maioria das vezes, as dificuldades se manifestam como: nítido atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor. A outra é a competência necessária para viver com independência e autonomia na comunidade em que se insere ( a esta competência também se chama comportamento adpatativo ou funcionamento adpatativo), aquisição da fala e outras habilidades (comportamento adaptativo).o processo de aprendizagem é comprometido, mas não é nulo, portanto as pessoas portadoras de deficiência intelectual, não podem ser excluídas do processo de aprendizagem. DEFICIÊNCIA FÍSICA Deficiência física é o nome dado as conseqüências de problemas que ocorrem no cérebro ou sistema locomotor, e levam a um mal funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores. Pode ter várias etiologias, entre as principais estão os: fatores genéticos, fatores virais ou bacteriano, fatores neonatal, fatores traumáticos (especialmente os medulares).

6 As pessoas com deficiência de ordem física ou motora necessitam de atendimento fisioterápico, psicológico a fim de lidar com os limites e dificuldades decorrentes da deficiência e simultaneamente desenvolver todas as possibilidades e potencialidades. Aparentemente pode parecer que a inclusão de pessoas com deficiências físicas é fácil, pois sua cognição é menos comprometida. Ao contrário do que se pensa as deficiências físicas também se apresentam em diferentes níveis, e algumas afetam profundamente o processo cognitivo. A inclusão de pessoas com deficiências físicas, exigem além de profissionais capacitados, uma profunda adequação e estruturação das instituições de Ensino, tais como: rampas, apoiadores, pranchas, pisos com texturas diferentes, etc. Uma outra grande dificuldade na inclusão de pessoas com deficiência física, são as reações causadas em virtude de sua aparência. Por mais conscientizados e informatizados que possamos parecer, o diferente, nos causa estranheza e medo. Talvez por nossa insensibilidade ou ainda por causa de reflexos de uma Sociedade que escondia suas deficiências, em detrimento de seus portadores. Foi sugerida por WYLLIE (1951), dependendo do número e da forma como os membros são afetados pela paralisia, a seguinte classificação: Monoplegia condição rara em que apenas um membro é afetado. Diplegia quando são afetados os membros superiores. Hemiplegia quando são afetados os membros do mesmo lado. Triplegia condição rara em que três membros são afetados. Tetraplegia/Quadriplegia quando a paralisia atinge todos os membros, sendo que a maioria dos pacientes com este quadro apresentam lesões na sexta ou sétima vértebra. Paraplegia quando a paralisia afeta apenas os membros inferiores; podendo ter como causa resultante uma lesão medular torácica ou lombar. Este trauma ou doença altera a função medular, produz como conseqüências, além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais. Segundo Souza (1994) em seu livro O esporte na Paraplegia e Tetraplegia, aponta que diversas são as causas ou desconhecidas da deficiência física como a paralisia cerebral por prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, rubéola, toxoplasmose, trauma de parto, subnutrição e outras; hemiplegias por acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral e outras; lesão medular por ferimento por arma de fogo, ferimento

7 por arma branca, acidentes de trânsito, mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos, quedas, processos infecciosos, processos degenerativos e outros; amputações causas vasculares, traumas, malformações congênitas, causas metabólicas e outras; febre reumática doença grave que pode afetar o coração; miastenias graves consistem num grave enfraquecimento muscular sem atrofia. DEFICIÊNCIA VISUAL O termo deficiência visual abrange conceitos que incluem desde a cegueira total, onde não há percepção de luz, até baixa visão. Trata-se de uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira). Segundo Bazon (2005 p.11), A CIF tem primordial importância no que se refere às pesquisas em saúde, pois ao se integrar com a CID - 10, que tem por objetivo o diagnóstico para as doenças e condições de saúde, fornecem um conjunto de informações acerca da condição e vida do indivíduo (...). A partir da resolução adotada pelo Conselho Internacional de Oftalmologia, em Sidney, Austrália, em 20 de abril de 2002, que se passaram a utilizar os seguintes termos e definições para a deficiência visual: Cegueira somente em caso de perda total de visão e para condições nas quais os indivíduos precisam contar predominantemente com habilidades de substituição da visão. Baixa Visão para graus menores de perda total de visão nos quais os indivíduos podem receber auxílio significativo por meio de aparelhos e dispositivos de reforço da visão (outro termo ainda utilizado é visão subnormal). Visão Diminuída quando a condição de perda de visão é caracterizada por perda de funções visuais (como acuidade visual, campo visual, etc). muitas dessas funções podem ser medidas quantitativamente. Visão Funcional descreve a capacidade de uso da visão pelas pessoas para as Atividades Diárias da Vida (ADV), sendo que, muitas dessas atividades podem ser descritas apenas qualitativamente.

8 Perda de Visão termo geral que compreende perda total (cegueira) e perda parcial (baixa visão), caracterizada por visão diminuída ou perda de visão funcional. As principais causas da cegueira e das outras deficiências visuais têm se relacionado a amplas categorias: Doenças Infecciosas; Acidentes; Ferimentos; Envenenamento; Tumores; Doenças gerais e influências pré-natais e hereditariedade. Este mesmo Conselho também definiu os índices de perda da visão. Visão normal: 0,8 Perda leve de visão: < 0,8 e 0,3 Perda moderada de visão: < 0,3 e 0,125 Perda grave da visão: < 0,125 e 0,05 Perda profunda de visão: < 0,05 e 0,02 Perda quase total de visão (próxima à cegueira): < 0,02 e SPL (Sem Percepção de Luz) Perda total de visão (cegueira): SPL O Braille é um sistema de leitura com o tato para cegos inventado pelo francês Louis Braille. L.Braille perdeu a visão aos três anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com dezoito anos, tornou-se professor desse instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, L. Braille fez algumas adaptações no sistema de pontos em relevo. Em 1829, publicou o seu método. O sistema Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, o deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais. Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto. DEFICIÊNCIA AUDITIVA Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia) é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de intelig~encia. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se

9 que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência. Segundo Wikipédia (2009) o deficiente auditivo é classificado como surdo, quando sua audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, predisposição genética, meningite, etc. Nem sempre o conceito de perda auditiva é suficiente claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema de surdez. O grau de perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para ampliar um som de modo a que seja percebido pela pessoa surda. Esta amplificação mede-se habitualmente em decibéis, como já descrito anteriormente. Para um diagnóstico correto de uma surdez Casanova (1988), é preciso fazer uma exploração audiométrica do grau de perda por relação com um espectro de freqüência que vá pelo menos de 125 Hz a 4000 Hz, já que são estas as freqüências mais utilizadas na fala humana. O professor pode suspeitar de casos de deficiência auditiva entre seus alunos quando observar os seguintes sintomas: excessiva distração; freqüentes dores de ouvido ou ouvido purgante; dificuldade de compreensão; intensidade da voz, inadequada para a situação, muito alta ou baixa ou quando a pronúncia dos sons é incorreta. A deficiência auditiva pode ser classificada como: Deficiência de transmissão quando o problema se localiza no ouvido externo ou no ouvido médio; Deficiência mista quando o problema se localiza no ouvido médio;

10 Deficiência interna ou sensorioneural quando se origina no ouvido interno e no nervo auditivo. As causas da surdez podem ser divididas em: pré-natais, perinatais e pós-natais. Pré-natais são hereditárias (a deficiência auditiva pode ser transmitida geneticamente de geração em geração, particularmente quando existem casos de surdez na família); doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez, como: rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus, herpes; intoxicações intra-uterinas; agentes físicos (como, por exemplo, os raio-x); alterações endócrinas (diabetes ou tireóide); carências alimentares. Perinatais podem ter origem em traumatismos obstétricos; anóxia. Pós-natais - as causas pós-natais podem ser doenças infecciosas; bacterianas (ex.: meningites, otites, inflamações agudas ou crônicas das fossas nasais e da naso-faringe; virais; intoxicações; trauma acústico. INCLUSÃO DE FATO, COMPROMETIMENTO DE TODOS Segundo Masini (2000), a palavra Inclusão, do verbo incluir (do latim includere), etimologicamente, significa conter, compreender, fazer parte de, ou participar de. O princípio fundamental da inclusão pauta-se na valorização da diversidade humana. Para Neotti (2008), a escola inclusiva parte do pressuposto que todas as pessoas podem aprender e fazer parte da vida escolar e social. Sua função é reconhecer e respeitar a diversidade dos alunos, respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades, garantindo-lhes uma qualidade de ensino educacional. Masini (2000) duas correntes apresenta o movimento de inclusão no Brasil: uma que defende a inclusão como forma de oposição à exclusão das pessoas com deficiência no ensino comum; e outra, dos que discordam da inclusão indiscriminada, em que não se consideram as necessidades requeridas para o atendimento das pessoas com deficiência, sejam esses recursos humanos ou materiais. Todavia a inclusão não pode ser encarada como assistencialismo. A inclusão escolar de deficientes não é caridade, é o resgate de um direito constitucional, garantido por lei a todos os cidadãos, independente de sua condição física ou intelectual.

11 De acordo com Masini (2000) para que haja um delineamento da situação escolar, alguns aspectos devem ser investigados e analisados no que diz respeito à inclusão da pessoa com deficiência no ensino comum: como fazer a inclusão, no que diz respeito aos recursos humanos e materiais; com quem, ou seja, quais os alunos a serem integrados e incluídos; onde serão incluídos, tanto do ponto de vista educacional como social; o que se objetiva da inclusão; condições oferecidas para que ocorra. (MASINI, 2000) As escolas que não buscam adaptar seu espaço físico e disponibilizar recursos para a capacitação de sua docência, estão descumprindo a lei e negando a estes cidadãos o direito à Educação. Através de seus responsáveis, as instituições de Ensino têm a incubência de exigir do Estado, os recursos necessários para dispor a todos portadores de deficiência, oportunidades e os meios de alcançarem à aprendizagem, independentemente do tempo de resposta desta aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS Qual seria a reação de um Espartano do século X a.c., ao visitar nossas escolas inclusivas e observar um aluno com Síndrome de Down participando das atividades em grupo na sala de aula, ou se de repente ele observasse um jovem com movimentos involuntários provocados por uma deficiência neuromotora, escrevendo uma frase toda rabiscada ou ainda um cego tateando um livro todo perfurado, extraindo dali um mundo de informações? Creio que podemos imaginar. No relato de Neotti (2008) em seu artigo Incluindo uma Igualdade diferente, relata que talvez por todo seu espanto o Espartano nos dissesse: O que eles fazem aqui? Por que não os lançaram no abismo com os outros? Por que os deixaram viver? Esta indagação para nós nos dias de hoje pode parecer absurda, mas ainda existem em nossa sociedade muitos Espartanos, que acreditam que pessoas portadoras de deficiências, nada podem agregar. Não são capazes de os arremessarem nos precipícios, como faziam no passado, mas os colocam do outro lado, impossibilitando uma convivência harmoniosa e interativa, jogando fora oportunidades ímpar de aprendizagem. Segundo Neotti (2008) - há ainda os Espartanos Institucionais, docentes que dizem não estar capacitados para receberem em suas salas de aula os deficientes. Profissionais

12 que além de incluírem os portadores de deficiências do outro lado do precipício, retiram-lhes toda a esperança de um dia terem a possibilidade de atravessá-lo. Justo estes que tem o dever de servirem como ponte de ligação entre os dois lados deste abismo social, não o fazem. O processo de transformação do Ser Humano é compromisso do Educador. É ele quem tem o dever de proporcionar recursos para que possam através de suas potencialidades, desenvolver a aprendizagem. Embora a velocidade desta aprendizagem em algumas pessoas, não corresponda aos padrões sociais, elas não deixarão de ser humanas e o compromisso do Educador continuará sendo o mesmo. REFERÊNCIAS BAZON, F. V. M. ; MASINI, E. F. S.. Desvendando a cegueira. Editora Cortez, GOOGLE. Pesquisa na Internet. Disponível em: Acesso em: 12/08/2009. GURGEL, Thais. Inclusão, só com aprendizagem. Revista Nova Escola, São Paulo, ed. 2006, p.39 e 41, out LODI, Ana Cláudia. Leitura e Escrita no Contexto da Diversidade. Revista Nova Escola, São Paulo, ed.junho/julho2009, p.93. NASCIMENTO, Luciana Monteiro. Educação Especial. Indaial: Ed. ASSELVI, 2007 NEOTTI, Marcos. Artigo Incluindo uma Igualdade Diferente. Centro Universitário Leonardo da Vinci. UNIASSELVI, ONU. Organização das Nações Unidas. Disponível em: Acesso em 06/08/2009. SOUZA, P. A. O Esporte na Paraplegia e Tetraplegia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, WIKIPÉDIA. A enciclopédia livre. Disponível em: Acesso em: 10/08/2009. WIKIPÉDIA. A enciclopédia livre. Disponível em: mundial da saúde. Acesso em: 13/08/2009

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