2. DUTRA E A GUERRA FRIA

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1 Em outubro de 1945, os militares obrigaram Getúlio Vargas a se afastar da Presidência. Era o fim do Estado Novo e o início de um período democrático na história brasileira, que duraria quase vinte anos. Ao longo dessas duas décadas, os brasileiros elegeram quatro presidentes: dois concluíram seus mandatos, um se matou e outro renunciou apenas sete meses após a posse. O período se encerrou em 1964, com um golpe militar que trouxe de volta ao país as arbitrariedades de uma ditadura. A democracia fez bem. Nesse meio tempo, o Brasil passou por profundas transformações. Consolidou, por exemplo, seu processo industrial e tornou-se, definitivamente, um país com fortes características urbanas. 1. RUMO À DEMOCRACIA No Brasil, o ano de 1945 foi marcado por grandes manifestações pelo retorno da democracia. Cedendo às pressões, Getúlio Vargas convocou eleições presidenciais e uma Assembleia Constituinte. Nas ruas, porém, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) mobilizava setores populares com o apoio dos comunistas no movimento queremista ("queremos Getúlio") para manter Getúlio no poder. Temendo uma aliança entre Vargas e os comunistas, os militares obrigaram o ditador a abandonar o poder em outubro de O governo passou a ser exercido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, que promoveu as eleições previstas para dezembro de Eurico Gaspar Dutra, o novo presidente, obteve uma vitória esmagadora nas urnas: 55,39% dos votos. Dois partidos saíram fortalecidos da votação ao eleger maior número de parlamentares para o Congresso Nacional, que elaboraria a nova constituição: o Partido Social Democrático (PSD), com 177 eleitos, e a União Democrática Nacional (UDN), com 87. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) conseguiu eleger 24 representantes e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), quinze. A Constituição de 1946 A nova Constituição demorou oito meses para ficar pronta. Preservou-se a divisão do poder em três instâncias autônomas: Legislativo, Executivo e Judiciário. O Poder Executivo se fortaleceu, pois manteve muitas das atribuições adquiridas durante a ditadura Vargas. O direito de voto se estendeu aos brasileiros alfabetizados, de ambos os sexos, maiores de 18 anos. Até aquele momento, essa era a Constituição mais democrática que o país já tivera, mas revelava ainda muitos aspectos conservadores. O direito de voto, por exemplo, foi negado aos analfabetos, o que excluía do pleno exercício da cidadania mais da metade da população. A nova carta impunha também restrições ao direito de greve e à organização sindical, e criava obstáculos à realização da reforma agrária, ao dificultar a desapropriação de terras. 2. DUTRA E A GUERRA FRIA Dutra assumiu o poder em 31 de janeiro de Seu governo foi conservador e de apoio quase incondicional aos EUA. Em 1947, por exemplo, Dutra rompeu relações diplomáticas com a URSS e proibiu o funcionamento do PCB, caçando o mandato de seus parlamentares. Na área trabalhista, além de restringir o direito de greve, o governo adotou uma política de contenção salarial sob a alegação de que era preciso combater a inflação. Isso provocou acentuada queda no poder aquisitivo dos trabalhadores, fazendo com que várias categorias entrassem em greve. As paralisações foram reprimidas com rigor pelo presidente, que decretou a intervenção do Estado em vários sindicatos. A economia Ao contrário da política nacionalista adotada no Estado Novo, Dutra preferiu promover a abertura do mercado nacional, com o objetivo de combater a alta de preços. Além disso, diminuiu também os investimentos na área industrial. Com essa política, as importações aumentaram bruscamente, ocasionando a diminuição das reservas cambiais brasileiras, acumuladas durante o período de guerra. Essa política provocou crise na indústria, levando o governo a mudar sua estratégia e a controlar as importações, com exceção dos produtos destinados ao parque industrial.

2 A medida deu certo e o país retomou o crescimento econômico. No final do mandato de Dutra o Brasil tinha crescido, em média, 6% ao ano. 3. NOS BRAÇOS DO POVO Nas eleições de 1950, Getúlio Vargas retornou ao poder, elegendo-se presidente da República pelo PTB, com 48,7% dos votos. Getúlio afirmava ter voltado ao cargo nos "braços do povo". Dessa vez, o país que o presidente iria governar tinha mudado muito desde que ele deixara o poder. A população brasileira já era de 52 milhões de habitantes, e o Brasil vivia num regime democrático, com vários partidos políticos, liberdade de imprensa e debates acalorados. As propostas de Getúlio para o governo eram de cunho nacionalista, voltadas para o desenvolvimento da indústria nacional. Só que o novo presidente formou um ministério conservador em busca de apoio no Congresso Nacional. Em setembro de 1951, o ministro da Fazenda, Horácio Lafer, anunciou um plano de recuperação econômica e de desenvolvimento industrial que previa grandes investimentos nos setores de base, em transporte e energia. Para viabilizar o plano, foi criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), com a função de orientar a aplicação dos recursos públicos. O projeto nacionalista de Getúlio Desde o fim do Estado Novo, para obter apoio popular e sustentação política, Getúlio tinha assumido um discurso nacionalista cada vez mais radical. De volta ao poder em 1951, impôs sérias restrições ao capital estrangeiro. Para entrar no país, por exemplo, este deveria estar associado a capitais nacionais. Além disso, a remessa de lucros das multinacionais para o exterior também sofreu limitações. Foi no campo da produção de energia, porém, que o nacionalismo de Getúlio se manifestou com maior força. Em dezembro de 1951, o presidente enviou ao Congresso um projeto de lei para a criação da Petrobras, empresa que deveria ter o monopólio da extração e distribuição do petróleo no país. Esperava-se que uma instituição dessa natureza diminuísse a dependência do Brasil em relação a outras nações e estimulasse o desenvolvimento nacional. A discussão sobre a criação da Petrobras dividiu a opinião pública. Setores mais liberais criticavam a iniciativa, ao passo que pessoas identificadas com os projetos nacionalistas defendiam a ideia. A campanha pró-petrobrás ganhou as ruas e um slogan: "O petróleo é nosso". Diante da pressão, o Congresso aprovou o projeto que criou a estatal em outubro de Nacionalistas e entreguistas No início dos anos 1950, uma discussão mobilizava o Brasil: o modelo de desenvolvimento que o país deveria seguir. Havia duas correntes uma, a favor da ampla utilização do capital estrangeiro, e a outra, a favor de uma política nacional-desenvolvimentista. Escolher uma ou outra significava assumir uma posição ideológica e política. Os defensores do capital estrangeiro, conhecidos como entreguistas, além de querer ampla abertura do mercado nacional, pretendiam um controle orçamentário rígido para evitar o déficit público e a inflação e a diminuição das pressões dos trabalhadores. Essa concepção era apoiada pelos principais órgãos de imprensa, pela UDN e por alguns setores das Forças Armadas. A segunda corrente, chamada de nacionalista, acreditava que o governo deveria intervir na economia por meio da criação de empresas estatais e do protecionismo às empresas nacionais. Defendia ainda restrições à entrada de capital estrangeiro, sobretudo em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento nacional, como petróleo e energia. Essa corrente contava com o apoio de parte do empresariado, dos militares nacionalistas, dos comunistas e de políticos do PTB e do PSD. Um tiro no coração No início do seu mandato, Getúlio procurou manter um contato cordial com os EUA. Mas uma série de problemas acabaria alterando as relações entre os dois países. O principal deles ocorreu em 1951, quando a ONU solicitou ao Brasil o envio de tropas para combater os comunistas na Coréia. O governo brasileiro negou-se a participar do conflito. Os atritos com os EUA deterioraram, aos poucos, as relações de Getúlio com setores militares empenhados no combate ao comunismo. Em 1953, o alto custo de vida e a inflação começaram a gerar instabilidade no governo. A situação desagradava à classe média, mas afetava principalmente os trabalhadores. O salário mínimo, decretado em 1943, por exemplo, permaneceu congelado até dezembro de 1951, quando houve um pequeno reajuste, o que não resolveu o problema. No primeiro semestre de 1953, os trabalhadores desencadearam uma série de lutas, que culminaram nu-

3 ma greve de 300 mil pessoas em São Paulo. Para tentar contornar a situação, Getúlio reformulou seu ministério. Nomeou Tancredo Neves para o Ministério da Justiça e João Goulart para a pasta do Trabalho. A indicação deste último, que possuía bom trânsito entre as lideranças sindicais, revelava o interesse do governo em melhorar sua imagem com os trabalhadores. A reforma ministerial, porém, não teve o efeito esperado. As críticas da oposição à política nacionalista de Getúlio se intensificaram e surgiram denúncias de corrupção no governo. Como resposta, em maio de 1954, Getúlio decretou o aumento do salário mínimo em 100%. Nem assim as críticas cessaram. A medida que a oposição encurralava o governo, Getúlio procurava apoio nos setores mais à esquerda, radicalizando seu compromisso com o nacionalismo. Como parte dessa estratégia, denunciou a espoliação do país pelo capital estrangeiro e encaminhou ao Congresso o projeto que criava a Eletrobrás. A oposição decidiu então pedir o afastamento do presidente. Os ataques mais contundentes partiam de Carlos Lacerda, jornalista e político que ganhou rápida projeção na UDN. No dia 5 de agosto, Lacerda sofreu um atentado no Rio de Janeiro e ficou ferido no pé. No episódio, morreu seu segurança, o major da Aeronáutica Rubens Vaz da Costa. Durante as averiguações, descobriu-se que o mandante do crime era o chefe da guarda pessoal de Getúlio, Gregório Fortunato. Os resultados da investigação provocaram indignação geral e surgiram numerosas manifestações exigindo a renúncia do presidente. Café Filho, o vice-presidente, aliou-se à oposição e, em discurso no Congresso, propôs que ele e Getúlio renunciassem. Na noite de 23 de agosto, o presidente reuniu seu ministério para discutir a crise. Tentou resolver o impasse, sugerindo seu afastamento temporário do cargo, a título de licença, mas os militares recusaram a proposta e insistiram na renúncia. No dia seguinte, Getúlio se suicidou com um tiro no coração. Deixou uma carta em que afirmava: "Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História". Reviravolta conservadora O vice-presidente Café Filho, um político do Partido Social Progressista (PSP), assumiu a Presidência. Em seu governo, houve uma reviravolta em relação à gestão anterior, e muitos dos interesses dos conservadores foram atendidos. O novo presidente montou, por exemplo, um ministério com predomínio de políticos da UDN. Na área econômica, Café Filho colocou em prática um rigoroso programa de combate à inflação que incluía a restrição ao crédito e a contenção dos gastos públicos. As medidas resultaram em recessão econômica, com brusca queda nos níveis de emprego. No início de 1955, o governo baixou a Instrução 113, com o objetivo de estimular a entrada de capitais estrangeiros no país. A medida estimulava a desnacionalização da economia, o que despertou duras críticas dos nacionalistas. A pressão foi tão forte que o presidente recuou e adotou uma política econômica menos recessiva. 4. ANOS DOURADOS Em 1955, Juscelino Kubitschek, conhecido como JK, foi eleito presidente do Brasil. Antigo prefeito de Belo Horizonte e governador de Minas Gerais, JK havia prometido em sua campanha uma gestão desenvolvimentista, sob o slogan "cinquenta anos em cinco". Apesar da vitória de JK, ninguém sabia ao certo se ele assumiria o poder. Em novembro de 1954, Café Filho adoeceu e foi obrigado a renunciar, ficando em seu lugar o presidente da Câmara, deputado Carlos Luz. Militares da Marinha e do Exército, descontentes com o resultado das eleições, não mediram esforços para armar um golpe e impedir a posse de JK. Acabaram frustrados. Percebendo a situação, o general Teixeira Lott destituiu o presidente em exercício, favorável ao golpe, e entregou o poder ao presidente do Senado, Nereu Ramos. Isso garantiu, em janeiro de 1956, a posse do presidente eleito. A rápida industrialização No início de seu governo, JK lançou o Plano de Metas, que deixou clara a prioridade de sua política: o desenvolvimento dos setores de energia, transportes e indústrias de base. As áreas de educação e agricultura ficaram relegadas a segundo plano, e a saúde foi completamente ignorada. As orientações da política econômica de JK inauguraram uma nova fase na industrialização brasileira, marcada pela associação do Estado e da empresa nacional com o capital estrangeiro. O Plano de Metas acelerou o crescimento da economia, principalmente do setor industrial, cuja produção cresceu em 80%. São muitos os exemplos bem-sucedidos dessa época. A instalação da indústria automobilística no país foi, sem dúvida, um passo importante do governo JK. E só se tornou possível porque o governo ofereceu grandes vantagens aos investidores estrangeiros, como facilidades na importação de máquinas e na obtenção de crédito, além do direito de remeter parte significativa dos lucros a

4 suas matrizes no exterior. Para implantar seu projeto econômico, o governo promoveu amplo programa de investimentos públicos voltados à ampliação da infraestrutura de transportes e energia, com a construção de estradas, usinas hidrelétricas e siderúrgicas. E necessário lembrar, porém, que o projeto desenvolvimentista de JK foi beneficiado por um conjunto de fatores favoráveis. No mercado interno, o setor de bens de consumo durável (como automóveis, eletrodomésticos etc.) ganhava impulso, ao mesmo tempo que, no panorama internacional, o capitalismo se expandia, com os investidores aplicando grande volume de recursos nos países em desenvolvimento. O Brasil interessava a esse esquema pelas dimensões de seu mercado consumidor e pela oferta de matéria-prima e de mão-de-obra. Brasília, a nova capital Outro símbolo do governo JK é a capital do país, Brasília. A nova cidade, segundo o presidente, era um instrumento necessário à integração territorial e à ocupação do interior do Brasil. O projeto de JK rapidamente ganhou força e foi aprovado pelo Congresso Nacional. O governo construiu Brasília em ritmo acelerado, com projetos do arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lúcio Costa. Em 21 de abril de 1960, a cidade foi inaugurada. Nem tudo eram flores O programa econômico proposto por JK esbarrou na dificuldade de obter financiamento para a execução do Plano de Metas. No início, JK esperava conseguir recursos por meio das exportações, o que não aconteceu. A saída, então, foi recorrer à emissão de moeda. A medida, porém, resultou em aumento da inflação no primeiro semestre de A alta inflacionária causou inquietação nos credores externos e no FMI, que logo cobraram do governo medidas para reverter esse quadro. Nos primeiros meses de 1959, JK reduziu o crédito e os subsídios às importações de petróleo e trigo, o que desagradou aos empresários e à classe média. A insatisfação generalizada acabou fortalecendo os opositores, que acusavam o governo JK de subserviência ao capitalismo norte-americano e ao FMI. O presidente reagiu às críticas com uma atitude extrema: rompeu com o FMI e modificou toda a equipe econômica. E inegável que a política de JK deu grande impulso ao desenvolvimento econômico do país. Mas, ao mesmo tempo, seu governo foi responsável pelo agravamento de antigos problemas, como as desigualdades sociais, as diferenças regionais e a defasagem entre setores arcaicos e modernos da economia. Nesse período, a dívida externa cresceu e o controle de setores fundamentais da economia pelo capital estrangeiro também aumentou. Apesar de todos os problemas, no final de seu governo, em 1960, JK gozava de grande prestígio popular. 5.O FURACÃO JÂNIO QUADROS Nas eleições presidenciais de 1960, um candidato se destacava no cenário político: Jânio Quadros. Jânio se apresentava ao público como a alternativa de oposição aos herdeiros do getulismo. Era um político personalista, que contava com o apoio da UDN. Havia feito rápida carreira política em São Paulo, onde fora vereador, prefeito e governador. Prometia um governo moralizador e austero. Político contraditório, o símbolo de sua campanha era uma vassoura, que, segundo ele, varreria as irregularidades cometidas por seus antecessores. Carismático, Jânio despertava grande entusiasmo na multidão. Nas urnas, confirmou o favoritismo, sendo eleito com 48% dos votos. Seu vice na Presidência, João Goulart, conhecido como Jango, pertencia ao PTB. No discurso de posse, Jânio Quadros criticou seu antecessor e apontou os dois maiores problemas que teria de enfrentar: o alto índice de inflação e a crescente dívida externa. Coerente com sua promessa de campanha, Jânio adotou um programa econômico de combate à inflação, com reforma cambial, restrição ao crédito, redução dos subsídios às importações de trigo e petróleo. As medidas atraíram o apoio do FMI, o que facilitou a negociação da dívida externa e a obtenção de novos empréstimos. Logo, porém, o efeito dessa política se faria sentir com a recessão e o consequente descontentamento popular. Outra promessa de campanha de Jânio foi moralizar a administração pública. No governo, porém, não conseguiu atingir esse objetivo, o que frustrou as expectativas dos eleitores. A antipatia ao governo aumentou com medidas impopulares, como a proibição do uso de lança-perfume no Carnaval e de biquíni nas praias. Em pouco tempo, Jânio estava isolado. Seu isolamento aumentou ainda mais quando ele condecorou o líder guerrilheiro Che Guevara, um dos principais heróis da Revolução Cubana, com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Para os setores conservadores, conceder a mais alta distinção brasileira àquele que se tornara símbolo da luta revolucionária na América Latina era uma afronta. Na noite de 24 de agosto, Carlos Lacerda, líder da UDN, fez um violento discurso contra Jânio pelo rádio, e o acusou de estar tramando um golpe de Estado. No dia seguinte, numa atitude que pegou de surpresa toda a nação,

5 Jânio Quadros encaminhou ao Congresso sua carta de renúncia, encerrando seu governo apenas sete meses após ter tomado posse. A renúncia de Jânio tinha um objetivo: deflagrar uma série de manifestações populares a favor de sua permanência no cargo, o que fortaleceria seu poder. Pelos seus cálculos, o Congresso Nacional não iria acatar o pedido de renúncia. Além disso, acreditava que os militares não aceitariam que a Presidência fosse exercida pelo vice, João Goulart, considerado esquerdista. Jânio se equivocou. Ao receber o pedido de renúncia, o Congresso nomeou o deputado Ranieri Mazzili para ocupar a Presidência, pois Jango estava no exterior, em viagem oficial à China. Os militares tentaram impedir que Jango assumisse a Presidência. Temiam suas tendências políticas mais à esquerda. Ao saber da renúncia, o vice-presidente iniciou uma demorada viagem de volta ao Brasil, realizando várias escalas. Finalmente, chegou ao Uruguai, onde ficou aguardando o desfecho da crise criada pelo veto militar. No Rio Grande do Sul, o governador Leonel Brizola, também do PTB e apoiado pela população, rebelou-se contra a decisão dos chefes militares e ameaçou ir à guerra civil caso Jango não tomasse posse. O impasse estava formado. O Congresso Nacional propôs uma solução conciliatória: a mudança do regime político do país para o parlamentarismo. Assim, Jango assumiria a Presidência, mas dividiria os poderes com um primeiro-ministro, indicado pelo Congresso. Ficou estabelecido que, em 1965, haveria um plebiscito para decidir pela continuidade do parlamentarismo ou pela volta do presidencialismo. Jango não teve outra escolha senão aceitar. Retornou ao Brasil e tomou posse no dia 7 de setembro. Como primeiro-ministro, assumiu Tancredo Neves. 6. O COLAPSO DO POPULISMO Em pouco mais de um ano, o Brasil teve três primeiros-ministros. Essa instabilidade do parlamentarismo agradava a poucos e fazia crescer o número de pessoas que defendiam a volta do regime presidencialista. Liderados pelo próprio João Goulart, vários setores da sociedade passaram a exigir a antecipação do plebiscito. Diante da pressão, o Congresso Nacional antecipou a consulta popular que, em 6 de janeiro de 1963, deu expressiva vitória ao presidencialismo. Fortalecido, Jango teve de enfrentar dois grandes problemas na área econômica: a alta da inflação e a queda no crescimento do PIB. Decidiu adotar, então, o Plano Trienal, programa de estabilização e crescimento econômico proposto pelo ministro do Planejamento, Celso Furtado. Em meados de 1963, Jango enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei denominado Reformas de Base que incluía, entre outras, as reformas agrária, bancária e urbana. Tratava-se de um programa ousado, que mexia com interesses tradicionais das classes dominantes. O projeto de reforma agrária, por exemplo, autorizava a desapropriação de terras dos grandes latifundiários para redistribuí-las entre os camponeses, de modo a democratizar a propriedade rural. Entre as ações do governo, foram importantes também a promulgação do Estatuto do Trabalhador Rural, que estendia ao campo os benefícios dos trabalhadores urbanos, e o fortalecimento da política externa independente, desafiando as orientações da diplomacia dos Estados Unidos. Radicalização e crise Essas medidas se inscreviam em um contexto de radicalização política. Contra o conservadorismo das elites, que impedia qualquer alteração nas estruturas sociais, rebelavam-se os setores mais explorados da população, como os trabalhadores do campo e da cidade. No campo, os trabalhadores romperam uma tradição de imobilismo e criaram associações para lutar por seus direitos, como as Ligas Camponesas, surgidas em Pernambuco, em Nos anos 1960, as ligas cresceram e se espalharam por outros estados, sempre em luta contra a violência e a exploração no campo. Nas cidades, por sua vez, os sindicatos, controlados em sua maioria por comunistas, tornaram-se mais combativos. O número de greves aumentou e o movimento operário passou a assumir um caráter político, revelando maior consciência em relação às questões que afetavam a sociedade brasileira. A politização da sociedade foi um fenômeno amplo, que não se restringiu aos trabalhadores da cidade e do campo. Outros grupos sociais se mobilizaram em defesa de seus interesses e convicções políticas. Foi o caso, por exemplo, dos estudantes, organizados na União Nacional dos Estudantes (UNE). Para fazer frente à mobilização popular, surgiram várias organizações de setores sociais mais conservadores. A Ação Democrática Parlamentar (ADP), por exemplo, reunia no Congresso parlamentares conservadores de diferentes partidos; já o Instituto de Pesquisas Sociais (Ipes) e o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), instituições formadas por setores dominantes da sociedade (empresários, igreja, militares etc.), financiavam estudos, ações e organizações contrárias ao avanço da esquerda no país.

6 A sociedade civil organizada assumia posições nitidamente contraditórias em relação ao governo de João Goulart. Muitos apoiavam o governo e o defendiam abertamente; outros faziam oposição direta e se organizavam para combatê-lo. A imprensa desempenhou importante papel nesse processo. De modo geral, além de não apoiar Jango, fez duras críticas a seu governo. Os porta-vozes da oposição eram O Estado de S. Paulo, O Globo, os Diários Associados e a Tribuna da Imprensa. Entre os poucos jornais a favor do governo, estava o diário carioca Última Hora. O governo Goulart se viu numa situação complicada. A esquerda julgava que as medidas do presidente eram insuficientes para alterar o quadro social do país. E a direita o acusava de corrupto, de preparar um golpe de Estado e de conduzir o país ao regime comunista. A deposição de Goulart No centro desses debates, o governo procurava mobilizar os trabalhadores em defesa de seu programa de reformas. Assim, em 13 de março de 1964, Jango realizou no Rio de Janeiro o "Comício das Reformas", no qual anunciou dois decretos: um, nacionalizando refinarias de petróleo, e o outro, desapropriando terras para fins de reforma agrária. As medidas "de esquerda" desagradaram aos conservadores. Em resposta, a direita deu início a uma série de manifestações, visando criar um clima propício à desestabilização do governo e à preparação de um golpe de Estado. Em São Paulo, saiu às ruas a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, da qual participaram milhares de pessoas. O consenso entre os militares em torno do golpe surgiu no dia 26 de março, quando ocorreu a chamada Revolta dos Marinheiros. Mais de mil marinheiros e fuzileiros navais fizeram uma assembleia no Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro. O ato foi considerado pelos oficiais uma quebra da hierarquia, que colocava em risco a organização militar. Na madrugada de 31 de março, o general Mourão Filho, comandante da IV Região Militar, em Minas Gerais, conduziu suas tropas em direção ao Rio de Janeiro, com o objetivo de depor o presidente. Outros comandos militares o seguiram. Jango não esboçou reação. Do Rio de Janeiro, onde se encontrava, voou para Brasília e, de lá, para o Rio Grande do Sul. Mais tarde, exilou-se no Uruguai. No dia 1º de abril, o Congresso Nacional declarou vaga a Presidência da República, embora João Goulart ainda estivesse em território nacional. No dia seguinte, o presidente da Câmara, Ranieri Mazzili, tomou posse como presidente da República. Poucas horas depois, o presidente dos EUA enviava um telegrama saudando o novo governo.

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