SILVIO BUENO PEREIRA DESPRENDIMENTO E ARRASTE DO SOLO EM DECORRÊNCIA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SILVIO BUENO PEREIRA DESPRENDIMENTO E ARRASTE DO SOLO EM DECORRÊNCIA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL"

Transcrição

1 SILVIO BUENO PEREIRA DESPRENDIMENTO E ARRASTE DO SOLO EM DECORRÊNCIA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós- Graduação em Engenharia Agrícola, para obtenção do título de Magister Scientiae. VIÇOSA MINAS GERAIS BRASIL JULHO 2000

2 SILVIO BUENO PEREIRA DESPRENDIMENTO E ARRASTE DO SOLO EM DECORRÊNCIA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós- Graduação em Engenharia Agrícola, para obtenção do título de Magister Scientiae. APROVADA: 7 de outubro de Prof. Demetrius David da Silva Prof. Antonio Teixeira de Matos (Conselheiro) (Conselheiro) Prof. Daniel Fonseca de Carvalho Prof. Márcio Mota Ramos Prof. Fernando Falco Pruski (Orientador)

3 A Deus. Aos meus pais Adonias e Leonilda. Aos meus irmãos Sueli, Sérgio e Sidnei. Ao meu Pastor Almir e família. A Amanda e família. ii

4 AGRADECIMENTO À Universidade Federal de Viçosa (UFV), por intermédio do Departamento de Engenharia Agrícola, pela oportunidade de realização do Curso. À Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela concessão da bolsa de estudo. Ao professor Fernando Falco Pruski, pela orientação, pelo incentivo, pela amizade, pela compreensão e pela confiança. Ao professor Demetrius David da Silva, pela orientação, pelo incentivo, pela amizade e pela compreensão. Ao professor Antonio Teixeira de Matos, pelas oportunas sugestões e críticas durante a realização deste trabalho. Aos amigos do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, com os quais compartilhei as dificuldades e alegrias, pela amizade. Ao amigo Ricardo, pela valiosa ajuda e convivência durante a realização desta tese. Ao amigo Marcelo, técnico do Laboratório de Mecanização Agrícola, pela dedicação, pelas sugestões e pelo apoio durante a construção da estrutura necessária à realização desta pesquisa. iii

5 Aos funcionários do Departamento de Engenharia Agrícola e do Laboratório de Hidraúlica, pelo apoio. A todos aqueles que, direta ou indiretamente, participaram da realização deste trabalho. iv

6 BIOGRAFIA SILVIO BUENO PEREIRA, filho de Adonias Alves Pereira e Leonilda Bueno Pereira, nasceu em Guaíra, PR, em 9 de junho de Em janeiro de 1989, iniciou o Curso Técnico em Contabilidade em Mundo Novo, MS, concluindo-o em dezembro de Em agosto de 1992, iniciou o Curso de Engenharia Agronômica na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, RJ, concluindoo em agosto de Em agosto de 1997, ingressou no Curso de Mestrado em Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, concluindo seus estudos na área de Irrigação e Drenagem, submetendo-se à defesa de tese em outubro de v

7 CONTEÚDO Página LISTA DE SÍMBOLOS... viii EXTRATO... x ABSTRACT... xii 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Processo de ocorrência da erosão hídrica Fatores que intervêm no processo erosivo decorrente do escoamento superficial Erodibilidade do solo Modelos para predição das perdas de solo Evolução Equação universal de perdas de solo (USLE) Water erosion prediction project (WEPP) MATERIAL E MÉTODOS Desenvolvimento e construção do canal de solo Descrição do experimento Caracterização do solo Determinação das vazões vi

8 Página 3.5. Determinação das perdas de solo Determinação da geometria da superfície do solo Estabelecimento dos modelos de regressão Comparação dos dados experimentais com os obtidos pelo modelo WEPP WEPP RESULTADOS E DISCUSSÃO Análise do efeito de diferentes vazões de escoamento superficial e declividades da superfície do solo sobre as perdas de solo Comparação das perdas de solo estimadas e obtidas no canal de solo RESUMO E CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES vii

9 LISTA DE SÍMBOLOS AR = percentual de partículas com diâmetro entre 0,5 e 2 mm. Arg = percentagem de argila presente no solo. C = fator uso do solo e manejo da cultura, adimensional. C i = parâmetro que considera o efeito da cobertura vegetal entre sulcos, adimensional. C r = fator que considera a cobertura existente no sulco, adimensional. D i = taxa de desprendimento de sedimentos entre sulcos, kg s -1 m -2. D r = taxa de desagregação do solo em sulcos, kg s -1 m -2. E = espaçamento horizontal entre terraços, m. EV = espaçamento vertical entre terraços, m. G = carga de sedimentos transportados no escoamento, kg s -1 m -1. G e = efeito da cobertura do solo na erosão entre sulcos, adimensional. i m = intensidade máxima média de precipitação, mm h -1. i p = intensidade de precipitação, m s -1. K = fator erodibilidade do solo, (t ha -1 )/(MJ ha -1 mm h -1 ). K, a, b, c = parâmetros relativos à localidade. K i = parâmetro que caracteriza a erodibilidade do solo entre sulcos, kg s -1 m -4. viii

10 K r = fator erodibilidade do solo em sulcos, s m -1. K t = coeficiente de transporte, m 0,5 s 2 kg -0,5. L = fator comprimento do declive, adimensional. m = fator manejo do solo. OM = percentual de matéria orgânica do solo. P = fator prática de controle da erosão, adimensional. PERM = permeabilidade do perfil codificado conforme WISCHMEIER et al. (1971), adimensional. P u = perda de solo por unidade de área e de tempo, t ha -1 ano -1. Q = vazão de escoamento superficial, L min -1. R = fator erosividade da chuva, que é o potencial erosivo médio anual das chuvas, MJ ha -1 mm h -1. R h = raio hidráulico do escoamento, m. R s = espaçamento entre sulcos, m. S = fator grau de declive, adimensional. S f = fator ajuste relativo à declividade entre sulcos, adimensional. S S = declividade do sulco, m m -1. T = período de retorno, anos. t = duração da precipitação, min. T c = capacidade de transporte de sedimentos pelo escoamento superficial, kg s -1 m -1. T PS = taxa de perda de solo, kg min -1 m -2. u = fator uso do solo. x = distância percorrida pelo escoamento, m. W = largura do sulco, m. γ = peso específico da água, kg s -2 m -2. τ = tensão cisalhante do escoamento, N m -2. τ c = tensão crítica de cisalhamento do solo, N m -2. ix

11 EXTRATO PEREIRA, Silvio Bueno, M. S., Universidade Federal de Viçosa, julho de Desprendimento e arraste de solo em decorrência do escoamento superficial. Orientador: Fernando Falco Pruski. Conselheiros: Demetrius David da Silva e Antonio Teixeira de Matos. A erosão consiste no processo de desprendimento e arraste das partículas de solo causado pela ação da água (erosão hídrica) ou do vento (erosão eólica). Nas condições do Brasil localizado, em grande parte na região tropical do planeta, a erosão hídrica apresenta maior interesse, por ser de ocorrência mais freqüente, processar-se com maior rapidez e causar grandes prejuízos não só ao setor agrícola, como também a diversas outras atividades econômicas e ao próprio meio ambiente. Apesar dos esforços já realizados para controlar a erosão hídrica, esta ainda alcança proporções alarmantes e, segundo informações obtidas na literatura, proporciona perdas anuais da ordem de 15 a 20 t ha -1 de solo nas áreas intensivamente mecanizadas. O desprendimento e o arraste das partículas de solo são resultantes da energia cinética proveniente do impacto das gotas da chuva sobre o solo e do escoamento superficial, sendo a maior parte do solo perdida por erosão hídrica retirada das áreas agrícolas por meio de pequenos sulcos que se formam em decorrência do escoamento superficial. Com base neste x

12 enfoque, o presente trabalho teve como objetivos analisar o efeito de diferentes vazões de escoamento superficial e declividades da superfície sobre as perdas de solo; e comparar os valores dessas perdas obtidos experimentalmente com os estimados pela equação adotada pelo modelo "Water Erosion Prediction Project" (WEPP), de ampla utilização em nível mundial. Para o cumprimento dos objetivos propostos, fizeram-se necessários, previamente, o desenvolvimento e a construção de um canal de solo, no qual foi colocada uma camada de solo (Latossolo Vermelho-Amarelo) com espessura de aproximadamente 12 cm, sendo a compactação feita de modo que a densidade do solo no canal se aproximasse da existente no campo. Para análise da capacidade de desprendimento e arraste de partículas de solo pelo escoamento superficial, a aplicação de água no canal foi feita de forma uniforme, ao longo de toda a largura do canal, por meio de uma calha e de dispositivos que permitiram manter a vazão constante durante os testes. Utilizaram-se as declividades de 2, 4, 6, 8 e 10%, sendo em cada declividade usadas cinco vazões distintas. Em cada teste foi determinada a perda de solo, pelo método direto, em intervalos de dois minutos, e, com base nos dados de taxas de perdas de solo obtidos a partir das diferentes declividades e vazões de escoamento superficial utilizadas nos testes, foram ajustadas equações de regressão com tendências linear e potencial. Os resultados obtidos permitiram as seguintes conclusões: a) a declividade apresentou efeito mais expressivo nas taxas de perdas de solo que a vazão de escoamento superficial; b) observou-se tendência de declínio das taxas de perdas de solo com o tempo, sendo evidenciado que, nas declividades de 2, 4 e 6%, houve tendência de valor constante. Essa constância não foi observada nas declividades de 8 e 10%, em razão da curta duração dos testes; c) na declividade de 2%, verificou-se que a equação linear foi a que melhor se ajustou aos dados de perdas de solo ao longo do tempo; d) os valores de perdas de solo obtidos pelo WEPP superestimaram em até nove vezes os observados experimentalmente; e e) a diferença entre os valores calculados por esse modelo e os obtidos experimentalmente foi menor nas menores declividades. xi

13 ABSTRACT PEREIRA, Silvio Bueno, M. S., Universidade Federal de Viçosa, July, Detachment and movement of soil by surface runoff. Adviser: Fernando Falco Pruski. Committee Members: Demetrius David da Silva and Antonio Teixeira Matos. Erosion is the process of detachment and movement of soil particles by water (water erosion) or wind (wind erosion). In Brazilian conditions, since Brazil is almost entirely located in the tropical region, water erosion is of major concern, as it occurs more frequently, in a more rapid way and not only causes serious damages to agriculture, but to various other economic activities and the environment as well. Despite the efforts to control water erosion, it still reaches alarming proportions, and according to information obtained from literature, causes annual losses of 15 to 20 ton ha -1 soil in areas of intensive mechanization. The detachment and movement of soil particles result from the kinetic energy deriving from the impact of raindrops on the soil and from surface runoff, with most part of the soil worn away by water erosion being removed from agricultural areas via small channels that are formed due to surface runoff. Taking this into consideration, the objectives of this work were to analyse the effect of different surface runoff outflows and surface slopes on soil losses; and xii

14 to compare the loss values obtained experimentally with those estimated by the equation adopted by the Water Erosion Prediction Project (WEPP) model, which is widely used throughout the world. To achieve the proposed objectives, the development and construction of a soil channel was accomplished. A 12 cmthick layer of soil (Red-Yellow Lotosol) was placed in the channel and compactation was carried out to approximate the channel soil density to the one existing in the field. For analysing the capacity of detachment and movement of soil particles by surface runoff, the application of water on the channel was carried out uniformly along all the channel width by means of a gutter and devices for keeping a steady outflow during the tests. Five slopes (2, 4, 6, 8 and 10%) were used, and for each, five different outflows were assessed. Soil loss was determined by the direct method, every two minutes, for each test, and regression equations with linear and power tendency were adjusted, based on data of soil loss rates obtained from the different slopes and surface runoff outflows used in the tests. The results obtained permitted the following conclusions: a) slope presented more expressive effect on soil loss rates than surface runoff outflow; b) tendency for soil loss rates to decrease with time was observed, being verified that in slopes of 2, 4 and 6% there was tendency for constant value. This constancy was not observed in slopes of 8 and 10%, because of the short duration of the tests; c) in the slope of 2%, the linear equation presented the best fitting to data for soil loss over the time; d) soil loss values obtained from WEPP overestimated the ones obtained experimentally up to nine times; and e) the difference between the values estimated by this model and the experimental ones was smaller in the lower slopes. xiii

15 1. INTRODUÇÃO A erosão consiste no processo de desprendimento e arraste das partículas do solo causado pela ação da água e do vento, constituindo a principal causa da degradação das terras agrícolas. Quanto ao tipo de agente causador, a erosão pode ser classificada em eólica ou hídrica. Na erosão eólica, o agente responsável pelo processo erosivo é o vento, enquanto na erosão hídrica é a água. Nas condições do Brasil, localizado em grande parte na região tropical do planeta, onde ocorrem precipitações intensas e as temperaturas são normalmente elevadas, a erosão hídrica apresenta maior interesse, por ser a de ocorrência mais freqüente, se processar com maior rapidez e causar grandes prejuízos não só ao setor agrícola, como também a diversas outras atividades econômicas e ao próprio meio ambiente, uma vez que, para a formação de um centímetro de solo, são necessários de 120 a 400 anos (HUDSON, 1981). A erosão apresenta importância muito grande e, apesar dos esforços já realizados para controlá-la, ainda alcança proporções alarmantes. Segundo a Federação da Associação dos Engenheiros-Agrônomos do Brasil (FAEAB), no país são perdidos, a cada ano, 600 milhões de toneladas de solo agrícola devido à erosão ou ao seu inadequado manejo. Considerando uma camada arável com 20 cm de profundidade e cuja massa específica seja de 1,0 g cm-3, essa perda anual corresponderia a uma área de aproximadamente ha, ou seja, 0,5% 1

16 da área nacional ocupada por lavouras temporárias ou permanentes. Com base em parâmetros obtidos na literatura, a essas perdas de solo estão associadas perdas de nutrientes da ordem de 1,5 bilhão de dólares (BAHIA et al., 1992). No Estado do Paraná, a erosão hídrica resulta em perdas anuais da ordem de 15 a 20 t ha-1 de solo nas áreas intensivamente mecanizadas (PARANÁ, 1989). Kronen, citado por PARCHEN e BRAGAGNOLO (1991), salientou que essa perda equivale a uma perda anual de nutrientes no valor de US$250 milhões. No Estado de São Paulo, a perda anual devido à erosão é de aproximadamente 194 milhões de toneladas de terras férteis, das quais 48,5 milhões de toneladas chegam aos mananciais na forma de sedimentos transportados, causando assoreamento e poluição. Estima-se que as perdas de solo decorrentes da erosão correspondam a 10 quilos de solo para cada quilo de soja produzido e 12 quilos de solo para cada quilo de algodão (BERTOLINI e LOMBARDI NETO, 1993). Segundo BARROSO e SILVA (1992), o processo erosivo também causa problemas em cursos e reservatórios d água, podendo-se destacar: redução da capacidade de armazenamento dos reservatórios devido à sedimentação de material transportado; redução do potencial de geração de energia elétrica; elevação dos custos de tratamento da água; desequilíbrio no balanço de oxigênio dissolvido na água, proporcionando prejuízos para o crescimento de espécies aquáticas; e aumento dos custos de dragagem dos cursos e reservatórios d água. O desprendimento e arraste das partículas do solo ocorrem quando há ruptura do equilíbrio natural existente no solo, e as forças advindas de fatores climáticos, como a chuva e o vento, passam a ser suficientes para desequilibrar esse sistema. Associadas a outros fatores relativos às condições do terreno sobre o qual a chuva incide, essas forças determinam a intensidade do processo erosivo. Dentre os fatores relacionados às condições do terreno que interferem no processo erosivo, destacam-se a declividade, a capacidade de infiltração de água no solo, a distância percorrida pelo escoamento superficial, a rugosidade superficial, a resistência do solo à ação erosiva da água e a percentagem de cobertura do solo existente à época da ocorrência da chuva. A erosão hídrica, 2

17 causada pelo impacto das gotas de chuva e pelo escoamento superficial, envolve os processos de extração, transporte e deposição das partículas do solo, e sua intensidade depende de inúmeros fatores. Dessa forma, para uma adequada modelagem do processo erosivo, deve-se considerar a influência desses fatores. Dentre os inúmeros modelos computacionais desenvolvidos para estimar as perdas de solo, o Water Erosion Prediction Project (WEPP) merece destaque, sendo de ampla utilização mundial. Esse modelo considera que o desprendimento e o arraste de partículas de solo pela água ocorrem por meio de dois processos. O primeiro envolve a liberação das partículas em decorrência da energia cinética da chuva e o segundo, da liberação das partículas do solo em virtude do escoamento superficial. Tendo em vista as dificuldades de se estimarem as perdas de solo decorrentes da erosão hídrica e de caracterizar o efeito individualizado de cada um dos fatores intervenientes no processo erosivo, o presente trabalho teve como objetivos analisar o efeito de diferentes vazões de escoamento superficial e da declividade da superfície do solo sobre as perdas de solo e comparar os valores de perdas de solo obtidos experimentalmente com os estimados pela equação adotada pelo modelo WEPP. Para o cumprimento dos objetivos propostos, fizeram-se necessários, previamente, o desenvolvimento e a construção de um canal de solo. 3

18 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Processo de ocorrência da erosão hídrica O processo associado à erosão hídrica pode ser descrito da seguinte forma: com o início da chuva, parte do volume precipitado é interceptada pela vegetação e parte atinge a superfície do solo, provocando o umedecimento dos agregados do solo e reduzindo suas forças coesivas. Com a continuidade da ação da chuva, pode ocorrer a desintegração dos agregados, com conseqüente desprendimento de partículas menores. A quantidade de solo desestruturado aumenta com a intensidade da precipitação, a velocidade e o tamanho das gotas. Além de ocasionar a liberação de partículas que obstruem os poros do solo, o impacto das gotas tende, também, a compactá-lo, ocasionando o selamento de sua superfície e, conseqüentemente, reduzindo a capacidade de infiltração da água. O empoçamento da água nas depressões da superfície do solo começa a ocorrer somente quando a intensidade de precipitação excede à velocidade de infiltração ou quando a capacidade de acumulação de água no solo for excedida. Esgotada a capacidade de retenção superficial, a água começa a escoar. Associado ao escoamento superficial ocorre o transporte de partículas do solo, as quais podem sofrer deposição quando a velocidade do escoamento superficial for reduzida (PRUSKI, 1997). 4

19 Juntamente com as partículas de solo em suspensão, o escoamento superficial transporta nutrientes, matéria orgânica, sementes e defensivos agrícolas que, além de causarem prejuízos diretos à produção agropecuária, causam a poluição dos recursos hídricos. Assim, as perdas por erosão tendem a elevar os custos de produção, em vista da necessidade de aumento do uso de corretivos e fertilizantes e da redução no rendimento operacional das máquinas agrícolas. As perdas de solo associadas à erosão hídrica são, normalmente, descritas a partir da combinação de dois processos que regem o desprendimento de partículas de solo pela ação da água: a erosão entre sulcos e a erosão no sulco (FOSTER et al., 1977; MEYER et al., 1975). A erosão entre sulcos decorre do desprendimento das partículas do solo pelo impacto das gotas de chuva, enquanto a erosão no sulco provém da liberação das partículas do solo em virtude da concentração do escoamento superficial (KING et al., 1995). O processo de escoamento superficial d'água sobre o terreno ocorre tanto sob a forma laminar como de forma concentrada, em pequenos sulcos, sendo a vazão em cada sulco função da área de contribuição de escoamento para ele e do microrrelevo do terreno. A vazão de cada sulco afeta a erosão que ocorre neste e o transporte de sedimentos (GILLEY et al., 1990). A erosão entre sulcos é, às vezes, referida como erosão laminar, formando-se a partir da liberação de partículas de solo tanto pelas gotas de chuva como pelo escoamento superficial. Esse tipo de erosão é considerado o que mais causa prejuízos à agricultura, sendo de difícil identificação em sua fase inicial, por não deixar sinais de fácil percepção visual. Portanto, na erosão entre sulcos, os mecanismos relacionados à liberação de partículas de solo, pelo impacto das gotas da chuva na superfície do solo e pelo escoamento superficial, são responsáveis pelo desprendimento e transporte de sedimentos (FOSTER, 1982). Segundo FOSTER (1982), a concentração do escoamento superficial produzido por uma chuva ocasiona a formação de pequenos canais, o que resulta na erosão em sulcos, constituindo uma etapa mais avançada da erosão laminar, que pode ser facilmente controlada pelas práticas de cultivo. Numa encosta, ela 5

20 começa em posições situadas mais a jusante, porém, pelo seu próprio processo de formação, deixa marcas visíveis no terreno, sendo, portanto, de fácil identificação. A erosão em sulcos é caracterizada pela formação de canais com uma profundidade máxima de 300 mm, podendo ser subdividida quanto à profundidade dos sulcos, em razão do grau de dificuldade que os sulcos oferecem ao movimento das máquinas agrícolas, e quanto à freqüência de ocorrência dos sulcos, em virtude da distância entre estes. Nas áreas de ocorrência da erosão em sulcos há domínio da ação erosiva decorrente da energia associada ao escoamento, sendo a energia de impacto das gotas da chuva no desprendimento de partículas usualmente considerada desprezível. Além de promover o desprendimento de partículas de solo, o escoamento concentrado no sulco é também o principal agente de transporte dos sedimentos liberados (ALMEIDA, 1981). O desprendimento do solo nos sulcos ocorre quando a capacidade de transporte de sedimentos pelo escoamento é maior do que a resistência ao cisalhamento do solo. Quando a força cisalhante exceder a resistência crítica ao cisalhamento e quando a carga de sedimentos transportada for menor que a capacidade de transporte do escoamento, ocorrerá o desprendimento de solo nos sulcos. O desprendimento de partículas de solo no sulco é considerado nulo quando a força de cisalhamento for menor do que a resistência crítica do solo (TISCARENO-LOPEZ et al., 1993). BRADFORD et al. (1987) estudaram a importância relativa dos mecanismos decorrentes do impacto das gotas da chuva na superfície do solo e do escoamento superficial no processo de erosão entre sulcos. Eles concluíram que, enquanto o desprendimento das partículas de solo é ocasionado principalmente pela energia de impacto das gotas da chuva, a força cisalhante do escoamento superficial é o principal agente de transporte, sendo, entretanto, esses processos interdependentes. Tais conclusões também foram obtidas por vários outros autores, dentre eles FOSTER (1982) e GILLEY et al. (1985). 6

21 Apesar da inter-relação entre a ação erosiva do impacto das gotas da chuva e do escoamento superficial, os papéis impostos por cada um dos agentes erosivos, seja em áreas entre sulcos ou em sulcos, são muitos distintos. A maioria das equações disponíveis para predição do desprendimento das partículas de solo, sejam elas desenvolvidas para avaliar o efeito do escoamento superficial ou do impacto das gotas da chuva, não leva em consideração a inter-relação entre os agentes erosivos Fatores que intervêm no processo erosivo decorrente do escoamento superficial A precipitação é o fator climático de maior importância na erosão hídrica do solo, devido à ação erosiva exercida pelo impacto das gotas e pelo escoamento superficial produzido. Os solos, em geral, possuem variabilidade espacial muito grande das suas propriedades químicas, físicas e morfológicas. Com isso, é esperado que o seu comportamento em relação ao processo erosivo seja bastante diferenciado. Entretanto, quanto menores a estabilidade dos agregados e a capacidade de infiltração da água no solo, maior será a suscetibilidade do solo à erosão. Solos ricos em silte e areia e pobres em matéria orgânica são mais propensos ao processo erosivo, em razão da pequena resistência que oferecem ao desprendimento de partículas durante a precipitação. A baixa capacidade de infiltração da água em um solo torna-o mais propenso ao escoamento superficial e, conseqüentemente, ao transporte dos sedimentos. Além disso, quanto mais íngreme e longa for a encosta, tanto maior será a concentração do escoamento superficial e, por conseqüência, maiores devem ser a velocidade e a vazão correspondentes, o que aumentará a capacidade de transporte de sedimentos (PRUSKI, 1998). Segundo COGO et al. (1996), a erosão do solo depende das características da chuva, do escoamento superficial e das condições da superfície do terreno. As características da chuva são determinantes da erosão laminar, enquanto as condições do escoamento o são da erosão que ocorre nos sulcos. 7

22 Outros autores, como LATTANZI et al. (1974), MEYER e HARMON (1989), MEYER (1981), PARK et al. (1983), BRADFORD et al. (1987) e GHIDEY e ALBERTS (1994), têm destacado que a intensidade da chuva, a infiltração da água no solo, o escoamento superficial e a declividade e cobertura do solo são os fatores que mais afetam a erosão laminar. O processo de erosão em sulcos também é influenciado pelas condições da superfície do solo, como a existência de vegetação ou resíduos vegetais, a declividade e as condições de rugosidade, que reduzem a velocidade e o volume de escoamento, diminuindo a capacidade de transporte do escoamento. O escoamento superficial concentra-se em razão de irregularidades do terreno como presença de linhas de cultivo, sulcos de semeadura, microrrelevo do terreno e barreiras vegetais e de diferenças na densidade e erodibilidade do solo (MEYER et al., 1975). A erosão no sulco é um processo hidráulico no qual as forças de cisalhamento do escoamento produzem desagregação e transporte de partículas do solo na interface água-solo (FOSTER, 1982). O agente principal da erosão em sulcos é a ação cisalhante do escoamento concentrado sobre o fundo e as laterais dos sulcos que age diretamente na desagregação do solo, na formação de caminhos preferenciais que avançam no sentido da jusante para a montante e no desmoronamento das paredes laterais dos sulcos. Com a ocorrência do escoamento em sulcos, desenvolve-se uma tensão cisalhante no perímetro molhado do sulco que pode desagregar as partículas da massa do solo. A taxa de desagregação resultante, quando a tensão cisalhante do escoamento supera a tensão crítica de cisalhamento do solo, varia conforme o tipo e manejo do solo e é diretamente proporcional ao seu fator de erodibilidade nos sulcos e à diferença entre a tensão cisalhante do escoamento e a tensão crítica de cisalhamento do solo. FOSTER (1982) descreveu essa relação com a seguinte expressão: em que D r K r ( τ τ ) = (1) c 8

23 D r = taxa de desagregação do solo em sulcos, kg s -1 m -2 ; K r = fator de erodibilidade do solo em sulcos, s m -1 ; τ = tensão cisalhante do escoamento, N m -2 ; e τ c = tensão crítica de cisalhamento do solo, N m -2. A ocorrência da erosão do solo, decorrente de um escoamento concentrado, ocasiona, inicialmente, aprofundamento do sulco devido à maior tensão cisalhante do escoamento no fundo do canal (CHOW, 1959). O aprofundamento do sulco ocorre até que o escoamento superficial encontre uma camada de solo mais resistente à erosão, quando, então, o sulco passa a sofrer maior alargamento do que aprofundamento. O alargamento do sulco causa redução do seu raio hidráulico, o que, por conseguinte, mantida a mesma vazão, causa redução da tensão cisalhante do escoamento. Quando a tensão cisalhante do escoamento tornar-se menor que a tensão crítica de cisalhamento do solo, o sulco atingirá uma condição de equilíbrio, não havendo mais desagregação do solo na superfície dos sulcos (FOSTER, 1982). O aumento da porcentagem de cobertura do solo, independentemente do tipo do resíduo utilizado, proporciona diminuição da velocidade de escoamento superficial da água e, conseqüentemente, da porcentagem de sedimentos transportados. Isso se deve ao fato de que o resíduo cultural, presente sobre a superfície do solo, serve como barreira física, retendo sedimentos de maior tamanho que, de outra forma, seriam transportados pelo escoamento superficial (LOPES et al., 1987). Os resíduos vegetais incorporados ao solo podem proporcionar, por efeitos diretos e indiretos, redução da erosão em sulcos. VAN LIEW e SAXTON (1983) verificaram que o efeito desses resíduos sobre a desagregação do solo nos sulcos é devido à redução da tensão cisalhante do escoamento atuante sobre o solo, à formação de locais de deposição de partículas suspensas e, em longo prazo, à melhoria da agregação do solo. MEYER et al. (1983) conduziram uma série de experimentos para avaliar as perdas de solo ao longo do sulco em uma linha de cultivo. Foram 9

24 realizadas combinações com quatro declividades e quatro vazões, sendo os testes conduzidos em duas condições: precipitação de 122 mm h -1 e sem precipitação. A vazão na entrada do sulco foi reduzida à medida que se iniciou a precipitação, nas mesmas proporções, de forma que a saída do escoamento estivesse igual à vazão obtida no teste sem a precipitação. Esses autores concluíram que o transporte de sedimentos no sulco foi um fator muito influenciado pela declividade. Com a elevação da declividade, houve aumento na capacidade de transporte de sedimentos no sulco. Apesar de ter ocorrido em menor escala, a vazão também afetou a capacidade de transporte de sedimentos, sendo o valor desse parâmetro diretamente proporcional à vazão. LATTANZI et al. (1974) verificaram que, quando a declividade aumentou de 2 para 20%, a erosão entre sulcos de um solo siltoso cresceu mais do que o dobro. WATSON e LAFLEN (1986) afirmaram que o aumento da declividade da superfície do solo também aumenta a erosão nas áreas entre sulcos, embora isso não aconteça na mesma proporção que ocorre na erosão em sulcos. Essa conclusão foi também obtida por diversos outros pesquisadores, dentre os quais ZINGG (1940), SMITH e WISCHMEIER (1957), VAN LIEW e SAXTON (1983) e HAHN et al. (1985). A suscetibilidade do solo à erosão em sulcos também é muito afetada pelo método de preparo do solo. O revolvimento aumenta a erodibilidade e reduz a tensão crítica de cisalhamento do solo. FOSTER (1982) verificou que a erosão em sulcos, em solo recém-preparado, foi de 3 a 15 vezes superior àquela em solo preparado há um ano Erodibilidade do solo A suscetibilidade de um solo ao processo erosivo é expressa, quantitativamente, pela sua erodibilidade (WISCHMEIER e SMITH, 1962). Essa propriedade do solo representa o efeito integrado dos processos que regulam o comportamento do solo diante dos agentes erosivos (LAL, 1988). Nos modelos de predição da erosão, a erodibilidade do solo é geralmente representada por um 10

25 fator que expressa a perda de solo por unidade de erosividade da chuva para um solo característico (WISCHMEIER e SMITH, 1958). Inúmeros índices, baseados em parâmetros do solo determinados em análises laboratoriais de rotina, têm sido usados para avaliar a suscetibilidade relativa dos solos à erosão. A maioria desses índices expressa a resistência do solo à desagregação, envolvendo propriedades que influenciam os processos de agregação e estabilidade de agregados, retenção e transmissão de água e resistência ao impacto das gotas de chuva. Tais índices representam uma medida relativa da desagregação de um solo e podem não refletir, em condições naturais, o seu comportamento em resposta aos agentes erosivos e ao manejo (BRYAN, 1968; LAL, 1988). O impacto da chuva em um solo recém-cultivado causa desarranjo dos agregados da superfície. Esse desarranjo pode provocar o selamento superficial (DULEY, 1939; FARRES, 1978), afetando a infiltração de água (DULEY, 1939; HILLEL e GARDNER, 1970) e o desprendimento e arraste das partículas do solo (FRANCIS e CRUSE, 1983). A estabilidade de agregados do solo é, provavelmente, a sua propriedade que mais influencia a erodibilidade do solo (BRYAN, 1968). Portanto, as propriedades físicas, químicas, mineralógicas e microbiológicas do solo que influenciam a estabilidade dos agregados influenciam também a erodibilidade do solo. GHEBREIYESSUS et al. (1994), analisando a influência da densidade do solo na predisposição à erosão de um solo argilo-siltoso, verificaram que a resistência à desagregação do solo foi 4,7 vezes maior para um solo com massa específica de 1,4 g cm -3, em comparação com um solo com massa específica de 1,2 g cm -3. O modelo desenvolvido por WISCHMEIER e MANNERING (1969) para estimar o fator de erodibilidade do solo considera 24 variáveis independentes. Dentre os parâmetros do solo que contribuíram expressivamente para o ajuste do modelo, destacam-se: granulometria, ph, conteúdo de matéria orgânica, índices de agregação e estrutura. A equação é válida para grande diversidade de solos de textura média, porém, além de ser um modelo complexo, 11

26 algumas variáveis, nas quais a equação está fundamentada, não são válidas quando a fração areia excede 65%, ou quando a fração argila for superior a 35%. A utilização do nomograma de Wischmeier e Smith para estimar a erodibilidade (K) dos solos de ocorrência típica no Brasil é desaconselhável, pois ela geralmente superestima os valores de K em solos tropicais (DANGLER et al., 1976; LO et al., 1985). Conforme levantamento feito por DENARDIN (1990), no Brasil número considerável de solos já tem seu fator de erodibilidade determinado, em decorrência de resultados de testes efetuados, na maioria das vezes, com o uso de simuladores de chuvas. Esse mesmo autor propôs equações para a obtenção de K em função de propriedades de cada um dos solos estudados. A expressão obtida por esse pesquisador, usando os dados de 31 solos brasileiros, foi K = 0,00608 (PERM) + 0,00834 (OM) - 0,00116 (OAL)- 0, (AR) (2) em que K = fator de erodibilidade do solo, t.ha.h/ha.mj.mm; PERM = permeabilidade do perfil obtida conforme WISCHMEIER et al. (1971), adimensional; OM = conteúdo de matéria orgânica do solo, percentagem; AR = percentual de partículas com diâmetro entre 0,5 e 2 mm; e OAL = teor de óxido de alumínio extraído por ácido sulfúrico, percentagem. O coeficiente de determinação da equação 2 foi de 0,90, indicando que ela apresenta bom potencial de utilização para a estimativa de K, nas condições dos solos brasileiros, uma vez que os solos utilizados na análise de regressão cobriram a maioria das classes de solos agricultáveis do país. GOFF et al. (1994), estudando a erodibilidade de dois tipos de solo, em condições naturais em áreas entre sulcos, obtiveram valores de erodibilidade cerca de 8,5 vezes maiores no solo arenoso (4,88 x 10 5 kg s m -4 ), em comparação com o solo argiloso (5,67 x 10 4 kg s m -4 ). Esses mesmos autores verificaram, 12

27 também, que os valores de erodibilidade obtidos nas condições naturais foram cerca de uma a duas vezes menores quando comparados com os valores obtidos por MEYER (1981), LINE e MEYER (1989) e LAFLEN et al. (1991) em solos cultivados. Eles atribuíram parte dessas diferenças à forma de uso do solo, que pode proporcionar condições bastantes diferenciadas de encrostamento e de agregação de partículas na superfície Modelos para predição das perdas de solo O processo de modelagem consiste, inicialmente, da observação de fenômenos naturais, seguida de sua descrição matemática. Aplicados a situações de campo, os modelos auxiliam na determinação das práticas conservacionistas e de manejo mais indicadas para os diferentes cenários de aplicação. Se, entretanto, essas determinações usassem apenas resultados experimentais, elas seriam altamente limitadas, tanto em termos de custo e de tempo como também de imprevisibilidade, intrínseca a fenômenos naturais (FERREIRA e SMITH, 1988). Em nível de pesquisa, os modelos matemáticos de erosão, quando empregados como parte de programas científicos e experimentais, auxiliam na identificação de lacunas do conhecimento (FOSTER e LANE, 1987) Evolução Apesar de processos físicos simples poderem ser descritos precisamente, a maioria dos processos complexos, como os dissipativos, que incluem os processos hidrológicos e sedimentológicos, requer suposições e simplificações, agregações e algum grau de empirismo na sua formulação, mesmo porque a tecnologia atual não permite sua medição precisa (FERREIRA e SMITH, 1988). Portanto, os objetivos da modelagem da erosão do solo têm sido a identificação e a posterior representação de subprocessos importantes, bem como a desconsideração ou agregação daqueles menos importantes ou de pouca influência na representação do fenômeno descrito. Tal separação é, no entanto, 13

28 muitas vezes definida em função do tipo de aplicação do modelo (FOSTER, 1988). Diversas proposições têm sido elaboradas visando representar adequadamente o processo erosivo. O desenvolvimento de tecnologia para a estimativa da erosão hídrica foi iniciado por Cook, em Esse autor identificou as três principais variáveis que afetavam a erosão hídrica como sendo: a erodibilidade do solo, a erosividade da chuva e do escoamento superficial e a proteção do solo pela cobertura vegetal. Em 1940, Zing publicou a primeira equação para calcular a perda de solo, a qual considerava os efeitos da declividade e do comprimento da rampa. Em 1941, Smith adicionou à equação fatores que permitiram considerar a influência dos sistemas de cultivo e das práticas de manejo do solo. Ele também adicionou o conceito de limite anual de perdas de solo e usou o resultado da equação para desenvolver um método gráfico para selecionar práticas conservacionistas para determinadas condições de uso do solo típicas do meio-oeste dos Estados Unidos. O desenvolvimento de modelos de estimativa de erosão continuou durante a Segunda Guerra Mundial, mas publicações de pesquisas nesta área só ocorreram após a guerra. Browning, em 1947, adicionou fatores de erodibilidade e manejo do solo à equação proposta por Smith, em 1941, e preparou tabelas para estudo das perdas de solo pela erosão, nas quais estão considerados diferentes tipos de solo, culturas e comprimentos de rampa (RENARD, 1997). A partir da década de 50, com o surgimento da Equação Universal de Perdas de Solo, observou-se grande evolução na descrição físico-matemática do processo erosivo. Na época, a grande limitação de processos que permitissem a solução de equações matemáticas induzia à utilização de procedimentos fundamentados em bases empíricas, como é o caso da Equação Universal de Perdas de Solo. O avanço da informática, entretanto, permitiu o desenvolvimento de procedimentos baseados em técnicas de simulação que possibilitam considerar as variações espaciais e temporais inerentes ao processo erosivo (GROSH e JARRETT, 1994). 14

29 Equação universal de perdas de solo (USLE) Segundo Wischmeier e Smith, citados por ALBUQUERQUE (1991), com o uso da USLE, pode-se fazer a previsão das perdas de solo causadas pela erosão, bem como indicar quais são os fatores que exercem maior influência sobre as perdas de solo. Foi desenvolvida em 1954, no "Runoff and Soil-Loss Data Center", sediado na Universidade Purdue - EUA (WISCHMEIER e SMITH, 1965), apresentando, em sua versão original, a seguinte forma (WISCHMEIER e SMITH, 1958): P u = R K LSCP (3) em que P u = perda de solo por unidade de área e de tempo, t ha -1 ano -1 ; R = fator erosividade da chuva (potencial erosivo médio anual das chuvas), MJ ha -1 mm h -1 ; K = fator erodibilidade do solo (perda de solo por unidade do fator erosividade da chuva, para um solo específico, quando mantido permanentemente descoberto e com preparo do solo no sentido do declive, em uma parcela com 22 m de comprimento e 9% de declividade), (t ha -1 )/(MJ ha -1 mm h -1 ); L = fator comprimento do declive (razão entre as perdas de solo de uma área com um comprimento de declive qualquer e aquela com 22 m de comprimento, para o mesmo tipo de solo e mesma declividade), adimensional; S = fator grau de declive (razão entre as perdas de solo de uma área com uma declividade qualquer e aquela com 9% de declividade, para o mesmo tipo de solo e o mesmo comprimento de declive), adimensional; C = fator uso do solo e manejo da cultura (razão entre as perdas de solo de uma área com uma cultura e manejo específicos e aquela mantida, permanentemente, descoberta e com o preparo 15

30 P do solo no sentido do declive), adimensional; e = fator práticas de controle da erosão (razão entre as perdas de solo de uma área com práticas conservacionistas e aquela mantida permanentemente descoberta e com o preparo do solo no sentido do declive), adimensional. O fator erodibilidade do solo é um parâmetro quantitativo, determinado experimentalmente no campo numa parcela com dimensões e características padronizadas (22 m de comprimento, 9% de declive e mantida permanentemente descoberta e com preparo do solo reduzido no sentido do declive) (WISCHMEIER e SMITH, 1965). Nessas condições da parcela-padrão, os fatores L, S, C e P assumem valores unitários e o fator K iguala-se a P u /R, ou seja, passa a ser o coeficiente angular da curva de regressão das perdas de solo em função do fator erosividade da chuva (WISCHIMEIER e SMITH, 1962). É importante salientar que, mesmo nas regiões em que existem bancos de dados suficientes para dar suporte à utilização da USLE, seu emprego está condicionado a algumas limitações, ou seja, além de ser uma equação de predição apenas de erosão e, conseqüentemente, não considerar deposição, ela não estima a erosão em sulcos em fase mais avançada e nem a perda de solo decorrente de chuvas isoladas (RISSE et al., 1993). Apesar da existência de um consenso entre os pesquisadores da área de que com o uso da USLE obtém-se boa estimativa da erosão sazonal, ela não é capaz de satisfazer os crescentes desafios impostos pelos problemas de erosão (WILLIAMS, 1975; FOSTER, 1982; OWOPUTI e STOLTE, 1995). Por exemplo, WILLIAMS (1975) verificou que com o uso da USLE não se pode estimar, efetivamente, a perda de solo de canais ou barrancos, e FOSTER (1982) relatou que a USLE não fornece informação adequada das variabilidades temporal e espacial da erosão durante uma chuva. Porém, isso não quer dizer que modelos empíricos como a USLE não tenham valor, pelo contrário, projetos práticos serão por muito tempo baseados nesses modelos empíricos até que o processo físico da erosão seja mais bem entendido. 16

31 Na tentativa de aperfeiçoar ou adaptar a estrutura da USLE para outras finalidades, modificações feitas em alguns de seus fatores resultaram em modelos diferentes, mantendo, entretanto, uma estrutura semelhante. Exemplos mais conhecidos desses modelos são: a Equação Universal de Perdas de Solo Modificada (MUSLE) (WILLIAMS, 1975), desenvolvida para predição do aporte de sedimentos na seção de deságue de pequenas e médias bacias hidrográficas; o modelo ONSTAD-Foster (ONSTAD e FOSTER, 1975), no qual o termo de erosividade é separado em um fator de chuva e outro de enxurrada; e o modelo Erosion Productivity Impact Calculator (EPIC) (WILLIAMS et al., 1984), com o qual não se prediz apenas a erosão, mas também sua relação com a perda de produtividade e, mais recentemente, a RUSLE (RENARD et al., 1991), que é uma atualização da USLE com modificações na estimativa dos fatores K, C e LS Water erosion prediction project (WEPP) O WEPP representa a última geração de modelos baseados em processos, incorporando os desenvolvimentos anteriores de Meyer e Wischimeier em 1969, Foster e Meyer em 1972 e Meyer et al. em1975. Esse modelo constitui um pacote tecnológico de predição da erosão desenvolvido por um programa interinstitucional envolvendo as instituições norte-americanas: USDA Natural Resources Conservation Service, Agricultural Research Service, USDA Forest Service e USDI Bureau of Land Management, dentre outras envolvidas na conservação de água e solo e no planejamento e avaliação da qualidade ambiental. Tal pacote teve como objetivo elaborar uma tecnologia para o planejamento ambiental e a conservação da água e do solo, a fim de permitir a predição dos impactos resultantes de práticas de manejo de terras para produção agrícola, pastagens e áreas florestais, especialmente no que se refere à erosão. O WEPP inclui os processos hidrológicos fundamentais de precipitação, infiltração e escoamento superficial, além dos processos erosivos básicos de 17

32 desprendimento, transporte e deposição, tanto em vertentes (hillslope version) como em bacias hidrográficas (watershed version). O modelo permite o cálculo da distribuições espacial e temporal de perda de solo e deposição em uma bacia hidrográfica ou encosta, tanto em nível de evento como em simulação contínua, ao longo do ano, de forma a possibilitar a adoção de medidas conservacionistas para controlar a erosão. O modelo WEPP pode ser dividido, conceitualmente, em seis componentes: i) climático, com o qual, por meio de um algoritmo baseado na cadeia de Markov de estádio duplo, considerando dados históricos, são gerados dados climáticos para uma localidade específica; ii) hidrológico, sendo a infiltração calculada pela equação de Green-Ampt; iii) crescimento de plantas; iv) solos; v) erosão/deposição; e vi) irrigação. Na modelagem para predição das perdas de solo, a erosão é separada em erosão entre sulcos e erosão em sulcos. A erosão entre sulcos é descrita como o processo de desprendimento das partículas de solo pelo impacto das gotas da chuva, pelo transporte no escoamento de lâmina rasa e pela liberação de sedimentos para os pequenos sulcos ou canais. A erosão em sulco é descrita como função da capacidade do escoamento em desprender os sedimentos, da capacidade de transporte do escoamento e da carga de sedimentos existentes no escoamento (FLANAGAN, 1995). A erosão é determinada, utilizando-se a equação da continuidade para a quantificação do transporte de sedimentos em suspensão e considerando condições de regime permanente, ou seja: em que dg dx = D i + D r (4) G = carga de sedimentos transportados, kg s -1 m -1 ; x = distância percorrida pelo escoamento, m; e D i = taxa de desprendimento de sedimentos entre sulcos, kg s -1 m

33 A liberação de sedimentos entre sulcos é considerada independente de x e é sempre positiva. A erosão em sulcos é positiva para o desprendimento e negativa para a deposição. De acordo com TISCARENO-LOPEZ et al. (1993), nesse modelo a capacidade de desagregação de partículas entre sulcos em decorrência da chuva é estimada a partir da sua intensidade, de acordo com a equação em que R s D i = C i K i Sf i p G e (5) W C i = parâmetro que considera o efeito da cobertura vegetal entre sulcos, adimensional; K i = parâmetro que caracteriza a erodibilidade do solo entre sulcos, kg s -1 m -4 ; S f = fator de ajuste relativo à declividade entre sulcos, adimensional; i p = intensidade de precipitação, m s -1 ; G e = efeito da cobertura do solo na erosão entre sulcos, adimensional; R s = espaçamento entre sulcos, m; e W = largura do sulco, m. A capacidade de desagregação é dependente do fator representativo da resistência do solo ao processo erosivo e da ação da tensão de cisalhamento relativa ao escoamento superficial. A extração ou depósito de sedimentos nos sulcos, em kg s -1 m -2, é obtida com o uso da equação proposta por FLANAGAN et al. (1995): em que G ( ) D r = Cr K r τ - τ c 1 (6) Tc C r = fator que considera a cobertura existente no sulco, adimensional; G = carga de sedimentos no escoamento, kg s -1 m -1 ; e 19

34 T c = capacidade de transporte de sedimentos pelo escoamento superficial, kg m -1 s -1. O termo D r pode ser a taxa de desprendimento ou deposição de sedimentos. Isso leva a crer que ambos sempre ocorrem simultaneamente, porém tanto o desprendimento como a deposição são influenciados pela condição de escoamento no canal. A capacidade de desprendimento é dependente das propriedades de erodibilidade do solo e da tensão de cisalhamento atuante nas partículas de solo em decorrência do escoamento. A tensão de cisalhamento que atua nas partículas do solo devido ao escoamento superficial pode ser calculada conforme CHOW (1959), utilizando-se a equação τ = γ R h S S (7) em que γ = peso específico da água, kg s -2 m -2 ; R h = raio hidráulico do escoamento, m; e S S = declividade do sulco, m m -1. A capacidade de transporte de sedimentos é calculada em função da tensão de cisalhamento, usando-se para isso a equação de transporte simplificada T c = K τ t 3/2 em que K t é o coeficiente de transporte, m 0,5 s 2 kg -0,5. (8) Quando a capacidade de transporte é atingida, para dada condição de escoamento o sistema atinge a condição de equilíbrio quando o desprendimento se iguala à deposição. 20

35 3. MATERIAL E MÉTODOS Para o cumprimento dos objetivos propostos, fizeram-se necessários, previamente, o desenvolvimento e a construção de um canal de solo Desenvolvimento e construção do canal de solo Na Figura 1 estão apresentadas uma visão geral do canal de solo (a), construído para o estudo da capacidade de desprendimento e arraste de partículas de solo em decorrência do escoamento superficial, e, de forma esquemática, uma vista lateral do canal de solo, mostrando as estruturas básicas com as respectivas dimensões (b). O canal é constituído das estruturas básicas descritas a seguir: a) A estrutura de sustentação, constituída de dois cavaletes, os quais foram feitos com cantoneiras de 76,2 mm (3"), sendo em um dos cavaletes montada uma estrutura de sustentação equipada com sistema telescópio, para permitir a variação da declividade do canal com o uso de um macaco hidráulico. A cantoneira interna apresenta espessura de 63,5 mm (2,5"), Figuras 2 (a, b e c). 21

MODELAGEM MATEMÁTICA PARA A PREDIÇÃO DA EROSÃO HÍDRICA

MODELAGEM MATEMÁTICA PARA A PREDIÇÃO DA EROSÃO HÍDRICA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA A PREDIÇÃO DA EROSÃO HÍDRICA 1. Introdução O uso de equações empíricas para avaliar as perdas de solo em trabalhos de planejamento conservacionista. O método do plantio em declive

Leia mais

RICARDO SANTOS SILVA AMORIM DESPRENDIMENTO E ARRASTE DE PARTÍCULAS DE SOLO DECORRENTES DE CHUVAS SIMULADAS

RICARDO SANTOS SILVA AMORIM DESPRENDIMENTO E ARRASTE DE PARTÍCULAS DE SOLO DECORRENTES DE CHUVAS SIMULADAS RICARDO SANTOS SILVA AMORIM DESPRENDIMENTO E ARRASTE DE PARTÍCULAS DE SOLO DECORRENTES DE CHUVAS SIMULADAS Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte do Programa de Pós-Graduação em

Leia mais

Introdução. Perda de Solo Equação Universal. Introdução. Introdução 30/11/2017. Centro Universitário do Triângulo

Introdução. Perda de Solo Equação Universal. Introdução. Introdução 30/11/2017. Centro Universitário do Triângulo Centro Universitário do Triângulo Perda de Solo Equação Universal A erosão do solo tem duas causas principais: a água e o vento Em regiões úmidas, a água é o fator mais importante na erosão Disciplina:

Leia mais

4.3 - Assoreamento. um dos mais importantes recursos naturais na composição da paisagem SOLO

4.3 - Assoreamento. um dos mais importantes recursos naturais na composição da paisagem SOLO 4.3 - Assoreamento Assoreamento: Acúmulo de areia, sedimentos, detritos, etc no fundo dos corpos de água, modificando sua topografia (por exemplo: redução da profundidade da lâmina de água) SOLO um dos

Leia mais

Revisão: conceitos e generalidades

Revisão: conceitos e generalidades CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AMBIENTAL CAMPUS DE POMBAL - PB Disciplina: Recuperação de Áreas Degradadas e Biorremediação Professor: José Cleidimário

Leia mais

Desprendimento e arraste do solo pelo escoamento superficial 1

Desprendimento e arraste do solo pelo escoamento superficial 1 Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.3, p.423-429, 23 Campina Grande, PB, DEAg/UFCG - http://www.agriambi.com.br Desprendimento e arraste do solo pelo escoamento superficial 1

Leia mais

Avaliação das perdas de solo e água em canais de solo sob diferentes intensidades de precipitação

Avaliação das perdas de solo e água em canais de solo sob diferentes intensidades de precipitação IV SIMPÓSIO MINEIRO DE CIÊNCIAS DO SOLO Solos no espaço e tempo: Trajetórias e Tendências Solos no espaço e no tempo: Trajetórias e Tendências Universidade Federal de Viçosa UFV 3 a 6 de maio, Viçosa -

Leia mais

AGRICULTURA CONSERVACIONISTA

AGRICULTURA CONSERVACIONISTA AGRICULTURA CONSERVACIONISTA Obras hidráulicas para contenção da erosão José Eloir Denardin Embrapa Trigo OBJETIVOS Enfatizar o complexo de tecnologias de natureza mecânica, requeridas para otimizar os

Leia mais

2. REVISÃO DE LITERATURA

2. REVISÃO DE LITERATURA 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Erosão do solo A erosão consiste no processo de desprendimento e transporte das partículas do solo, constituindo-se na principal causa da degradação dos solos agrícolas. Existem

Leia mais

USO DA EQUAÇÃO USLE EM SIG NA IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE EROSÃO LAMINAR

USO DA EQUAÇÃO USLE EM SIG NA IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE EROSÃO LAMINAR USO DA EQUAÇÃO USLE EM SIG NA IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE EROSÃO LAMINAR Jorge Octavio da S. Roriz Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS André

Leia mais

LSN 5855 Conservação do Solo Exercício prático N 3

LSN 5855 Conservação do Solo Exercício prático N 3 LSN 5855 Conservação do Solo Exercício prático N 3 Considere a área da figura cultivada com cana de açúcar localizada no estado de SP. O solo que domina na área é um Latossolo Vermelho Amarelo textura

Leia mais

Processos denudacionais

Processos denudacionais Processos denudacionais Os materiais alterados (solo ou formações superficiais) ficam sujeitos a ação dos agentes geológicos. Estão em equilíbrio dinâmico (metaestável). Quando o equilíbrio é rompido,

Leia mais

Tecnologia de solos: dimensionamento e recomendação de terraceamento. gerd sparovek (lso/esalq) segundo semestre de 2017

Tecnologia de solos: dimensionamento e recomendação de terraceamento. gerd sparovek (lso/esalq) segundo semestre de 2017 Tecnologia de solos: dimensionamento e recomendação de terraceamento gerd sparovek (lso/esalq) gerd@usp.br segundo semestre de 2017 A erosão do solo: terraceamento e formas de erosão Impacto da gota Laminar

Leia mais

Hidrologia Bacias hidrográficas

Hidrologia Bacias hidrográficas Hidrologia Bacias hidrográficas 1. Introdução 2. Bacia hidrográfica 2.1. Definição e conceitos 2.2. Caracterização de bacias hidrográficas 3. Comportamento hidrológico da bacia hidrográfica 3.1. Enxurrada

Leia mais

Erosão potencial laminar hídrica sob três formas de cultivo no município de Coronel Pacheco, Minas Gerais, Brasil

Erosão potencial laminar hídrica sob três formas de cultivo no município de Coronel Pacheco, Minas Gerais, Brasil Erosão potencial laminar hídrica sob três formas de cultivo no município de Coronel Pacheco, Minas Gerais, Brasil Carvalho, A.C.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA) ; Ribeiro, C.B.M. (UNIVERSIDADE

Leia mais

Roteiro. Definição de termos e justificativa do estudo Estado da arte O que está sendo feito

Roteiro. Definição de termos e justificativa do estudo Estado da arte O que está sendo feito Roteiro Definição de termos e justificativa do estudo Estado da arte O que está sendo feito Definição de termos e justificativa do estudo Hidrossedimentologia O que é? Por que estudar? Como pesquisar?

Leia mais

PERDAS POR EROSÃO HÍDRICA EM DIFERENTES CLASSES DE DECLIVIDADE, SISTEMAS DE PREPARO E NÍVEIS DE FERTILIDADE DO SOLO NA REGIÃO DAS MISSÕES - RS

PERDAS POR EROSÃO HÍDRICA EM DIFERENTES CLASSES DE DECLIVIDADE, SISTEMAS DE PREPARO E NÍVEIS DE FERTILIDADE DO SOLO NA REGIÃO DAS MISSÕES - RS PERDAS POR EROSÃO HÍDRICA EM DIFERENTES CLASSES DE DECLIVIDADE, SISTEMAS DE PREPARO E NÍVEIS DE FERTILIDADE DO SOLO NA REGIÃO DAS MISSÕES - RS RICARDO ALTAIR SCHWARZ (Engenheiro Agrônomo, UFRGS) PERDAS

Leia mais

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CAPÍTULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CAPÍTULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CAPÍTULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7 2.1 PROCESSOS EROSIVOS O termo erosão provém do latim erodere e significa corroer. Nos estudos ligados às ciências da terra, o termo é aplicado aos processos de desgaste

Leia mais

Importância do Manejo de Solos

Importância do Manejo de Solos CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO IMPORTÂNCIA DO SOLO O seu uso adequado, além de garantir o suprimento de água para Importância do Manejo de Solos as culturas, criações e comunidades; previne a erosão

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Infiltração e água no solo. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Infiltração e água no solo. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Universidade Tecnológica Federal do Paraná CC54Z - Hidrologia Infiltração e água no solo Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Objetivos da aula Definir as grandezas características e a importância da

Leia mais

FICHA DE DISCIPLINA CH TOTAL TEÓRICA: 30 OBJETIVOS

FICHA DE DISCIPLINA CH TOTAL TEÓRICA: 30 OBJETIVOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA FICHA DE DISCIPLINA DISCIPLINA: MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA CÓDIGO: GAG044 UNIDADE ACADÊMICA: Instituto de

Leia mais

ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS

ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS Nome: nº turma INTRODUÇÃO Um escoamento em canal aberto é caracterizado pela existência de uma superfície livre. Esta superfície é na realidade uma interface entre dois

Leia mais

Hidráulica e Hidrologia

Hidráulica e Hidrologia 86 VIII. ESCOAMENTO SUPERFICIAL 8.1. Introdução Das fases básicas do ciclo hidrológico, talvez a mais importante para o engenheiro seja a do escoamento superficial, que é a fase que trata da ocorrência

Leia mais

HIDROLOGIA AULA semestre - Engenharia Civil. ESCOAMENTO SUPERFICIAL 1 Profª. Priscila Pini

HIDROLOGIA AULA semestre - Engenharia Civil. ESCOAMENTO SUPERFICIAL 1 Profª. Priscila Pini HIDROLOGIA AULA 10 5 semestre - Engenharia Civil ESCOAMENTO SUPERFICIAL 1 Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br Geração do Escoamento em uma bacia 1. Durante as chuvas intensas Água da chuva

Leia mais

Modelagem da Erosão Hídrica Utilizando o Modelo WEPP (Water Erosion Prediction Project) para Cálculo de Perdas de Solo e Água

Modelagem da Erosão Hídrica Utilizando o Modelo WEPP (Water Erosion Prediction Project) para Cálculo de Perdas de Solo e Água Modelagem da Erosão Hídrica Utilizando o Modelo WEPP (Water Erosion Prediction Project) para Cálculo de Perdas de Solo e Água Marcelo de Oliveira Latuf, doutorando em Geografia pelo Departamento de Geografia

Leia mais

Conservação do Solo e Água

Conservação do Solo e Água UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR DISCIPLINA DE AGRICULTURA Conservação do Solo e Água Conceito de Solo; Composição do Solo; Fatores que influem na Erosão

Leia mais

AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1

AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1 AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1 FRAGA JUNIOR, E. F. 2 ; VALLE JUNIOR, R.F. 3 ; FERREIRA JUNIOR, J. A. 4 ; CASSIA, M. T. 4 ; BONTEMPO, A.R. 4 ; FERREIRA,

Leia mais

Geomorfologia Aplicada

Geomorfologia Aplicada Geomorfologia Aplicada Escoamentos superficiais e erosões hídricas (produção e deposição de detrítos/sedimentos) Processos Elementares e Fatores envolvidos nas erosões hídricas Erosões diferentes agentes

Leia mais

Ciclo Hidrológico AUGUSTO HEINE

Ciclo Hidrológico AUGUSTO HEINE Ciclo Hidrológico AUGUSTO HEINE Infiltração de água no solo Processo pelo qual a água penetra no solo através de sua superfície. Fatores que afetam a infiltração Tipo de solo Umidade atual do solo Condutividade

Leia mais

EROSÃO HÍDRICA RELACIONADA À RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO SOLO NA AUSÊNCIA E NA PRESENÇA DE COBERTURA POR RESÍDUOS DE AVEIA

EROSÃO HÍDRICA RELACIONADA À RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO SOLO NA AUSÊNCIA E NA PRESENÇA DE COBERTURA POR RESÍDUOS DE AVEIA EROSÃO HÍDRICA RELACIONADA À RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO SOLO NA AUSÊNCIA E NA PRESENÇA DE COBERTURA POR RESÍDUOS DE AVEIA Luciana Gomes Castro Engenheira-Agrônoma (UFPeI) EROSÃO HÍDRICA RELACIONADA À

Leia mais

EROSIVIDADE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO SUBMÉDIO RIO SÃO FRANCISCO

EROSIVIDADE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO SUBMÉDIO RIO SÃO FRANCISCO EROSIVIDADE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO SUBMÉDIO RIO SÃO FRANCISCO Madson Tavares Silva (1); Enio Pereira de Souza (2); Vicente de Paulo Rodrigues da Silva (3); Átilla Alex dos Santos Gonçalves (4); Arthur

Leia mais

EROSÃO EM ENTRESSULCOS E EM SULCOS SOB DIFERENTES TIPOS DE PREPARO DO SOLO E MANEJO DE RESÍDUOS CULTURAIS

EROSÃO EM ENTRESSULCOS E EM SULCOS SOB DIFERENTES TIPOS DE PREPARO DO SOLO E MANEJO DE RESÍDUOS CULTURAIS EROSÃO EM ENTRESSULCOS E EM SULCOS SOB DIFERENTES TIPOS DE PREPARO DO SOLO E MANEJO DE RESÍDUOS CULTURAIS VLADIMIR SILVA DE LIMA Engenheiro Agrônomo - UFRGS EROSÃO EM ENTRESSULCOS E EM SULCOS SOB DIFERENTES

Leia mais

Geotecnia Ambiental. Engenharia Civil 7º Período. Professor Mauro Cruz

Geotecnia Ambiental. Engenharia Civil 7º Período. Professor Mauro Cruz Geotecnia Ambiental Engenharia Civil 7º Período Professor Mauro Cruz mauro.cruz@ufv.br 1. Introdução A erosão é um processo que se traduz na desagregação, transporte e deposição do solo, subsolo e rocha

Leia mais

Estimativa da infiltração de água no solo através de pedofunções em área de floresta plantada

Estimativa da infiltração de água no solo através de pedofunções em área de floresta plantada Estimativa da infiltração de água no solo através de pedofunções em área de floresta plantada Schreiner, D. T. 1 ; Vogelmann, E. S. 2 ; Prevedello, J. 2 ; Reichert, J. M. 2 ; Reinert, D. J. 2 ; Consensa,

Leia mais

EROSÃO EM ÁREAS URBANAS

EROSÃO EM ÁREAS URBANAS EROSÃO EM ÁREAS URBANAS GRUPO: Azussa Hirakata 3129173 Bruno Y. Katayama 3506844 Eduardo Takata 3104404 Kleber Ximenes 3633245 Meyre S. Taniguchi 3439620 Rodrigo T. O. Lemmi 3105600 Ronaldo Miyata 3439655

Leia mais

Luiz Fernando Barros de Morais Engenheiro Agrônomo UFRGS

Luiz Fernando Barros de Morais Engenheiro Agrônomo UFRGS COMPRIMENTOS CRÍTICOS DE DECLIVE PARA DIFERENTES MANEJOS DE RESÍDUOS CULTURAIS NO SISTEMA PLANTIO DIRETO EM UM SOLO PODZÓLICO DA DEPRESSÃO CENTRAL - RS Luiz Fernando Barros de Morais Engenheiro Agrônomo

Leia mais

IRRIGAÇÃO POR SULCOS Pa P t a r t i r c i ia i A n A g n é g li l c i a c A l A v l e v s s Ma M rq r u q e u s

IRRIGAÇÃO POR SULCOS Pa P t a r t i r c i ia i A n A g n é g li l c i a c A l A v l e v s s Ma M rq r u q e u s IRRIGAÇÃO POR SULCOS Patricia Angélica Alves Marques 1. DEFINIÇÃO A irrigação por sulcos é um método que consiste na distribuição de água através de pequenos canais (os sulcos), paralelos às fileiras de

Leia mais

Estudos dos impactos da agricultura na quantidade e qualidade da água no solo e nos rios

Estudos dos impactos da agricultura na quantidade e qualidade da água no solo e nos rios Estudos dos impactos da agricultura na quantidade e qualidade da água no solo e nos rios Universidade Federal de Santa Maria Professores: Jean P.G. Minella, José Miguel Reichert, Dalvan J. Reinert Universidade

Leia mais

Estimativa da Erodibilidade de Latossolos do Piauí

Estimativa da Erodibilidade de Latossolos do Piauí SCIENTIA PLENA VOL. 7, NUM. 10 2011 www.scientiaplena.org.br Estimativa da Erodibilidade de Latossolos do Piauí F. S. ARAÚJO 1 ; A. A. C. SALVIANO 2 ; M. R. H. NETO 3 1 Universidade Estadual de Campinas,

Leia mais

ESTIMATIVA DO FATOR CP DA RUSLE EM UMA MICROBACIA DE VEGETAÇÃO NATIVA NO BIOMA CAATINGA

ESTIMATIVA DO FATOR CP DA RUSLE EM UMA MICROBACIA DE VEGETAÇÃO NATIVA NO BIOMA CAATINGA ESTIMATIVA DO FATOR CP DA RUSLE EM UMA MICROBACIA DE VEGETAÇÃO NATIVA NO BIOMA CAATINGA Rafael do Nascimento Rodrigues 1, Helba Araújo de Queiroz Palácio 2, Eunice Maia de Andrade 3, Paulilo Palácio Brasil

Leia mais

Hidrologia. 3 - Coleta de Dados de Interesse para a Hidrologia 3.1. Introdução 3.2. Sistemas clássicos Estações meteorológicas

Hidrologia. 3 - Coleta de Dados de Interesse para a Hidrologia 3.1. Introdução 3.2. Sistemas clássicos Estações meteorológicas Hidrologia 1 - Introdução 1.1. Generalidades 1.2. Ciclo hidrológico 1.3. Métodos de estudos 1.4. Exemplos de aplicações da hidrologia à engenharia 2 - Fundamentos Geofísicos da Hidrologia 2.1. A atmosfera

Leia mais

Hidráulica Geral (ESA024A)

Hidráulica Geral (ESA024A) Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Hidráulica Geral (ESA04A) Aula 04 Escoamento Uniforme Escoamento Uniforme Condições de ocorrência do regime uniforme ) São constantes ao longo do conduto:

Leia mais

ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS PLUVIAIS EM ARGISSOLOS ATRAVÉS DE PARCELAS EXPERIMENTAIS PARA O MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE - SP.

ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS PLUVIAIS EM ARGISSOLOS ATRAVÉS DE PARCELAS EXPERIMENTAIS PARA O MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE - SP. ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS PLUVIAIS EM ARGISSOLOS ATRAVÉS DE PARCELAS EXPERIMENTAIS PARA O MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE - SP. Isabela Saldella Hatum, FCT/UNESP, isa_bsh@hotmail.com João Osvaldo

Leia mais

DEGRADAÇÃO DOS SOLOS

DEGRADAÇÃO DOS SOLOS DEGRADAÇÃO DOS SOLOS PUBLICAÇÕES RELACIONADAS AO TEMA 15 de Abril é dia da Conservação do Solo em homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (15/04/1881-07/07/1960) DEGRADAÇÃO DOS SOLOS:

Leia mais

Saneamento Ambiental I

Saneamento Ambiental I Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental Saneamento Ambiental I Aula 23 O Sistema de Esgoto Sanitário: dimensionamento Profª Heloise G. Knapik 1 EXERCÍCIO ESTIMATIVA DE VAZÕES E CARGA DE ESGOTO

Leia mais

Estratégias de conservação de solo e da água em pequenas bacias hidrográficas. Jean PG Minella

Estratégias de conservação de solo e da água em pequenas bacias hidrográficas. Jean PG Minella Estratégias de conservação de solo e da água em pequenas bacias hidrográficas. Jean PG Minella Manejo da água no ambiente de produção Quais as imposições atuais do clima? Quais as adaptações necessárias?

Leia mais

Plantio Direto x Convencional

Plantio Direto x Convencional Plantio Direto x Convencional José Carlos Cruz 1, Hamon Costa Alvarenga 1, Israel Alexandre Pereira Filho 1 1 - Pesquisadores da EMBRAPA milho e SOlyO - Sete Lagoas - MG Introdução O manejo adequado do

Leia mais

IMPACTO AMBIENTAL DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL E MEDIDAS DE CONTROLE

IMPACTO AMBIENTAL DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL E MEDIDAS DE CONTROLE IMPACTO AMBIENTAL DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL E MEDIDAS DE CONTROLE PEGADA HÍDRICA Volume de água total usado na produção de bens e serviços, envolvendo os consumos direto e indireto. A pegada hídrica se

Leia mais

PROCESSOS EROSIVOS E DEPOSICIONAIS: FONTES E IMPACTOS

PROCESSOS EROSIVOS E DEPOSICIONAIS: FONTES E IMPACTOS PROCESSOS EROSIVOS E DEPOSICIONAIS: FONTES E IMPACTOS Gustavo Merten 1 e Jean Minella 2 1 Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS 2 Centro de Ciências Rurais da UFSM Roteiro de apresentação: Produção

Leia mais

Hidrologia Aplicada À Gestão de Pequenas Bacias Hidrográficas

Hidrologia Aplicada À Gestão de Pequenas Bacias Hidrográficas Hidrologia Aplicada À Gestão de Pequenas Bacias Hidrográficas PREFÁCIO APRESENTAÇÃO PARTE 1 FUNDAMENTOS INTRODUÇÃO...2 CAPÍTULO 1 PEQUENAS BACIAS HIDROLÓGICAS: CONCEITOS BÁSICOS...3 Joel A. Goldenfum 1.1

Leia mais

AUT Infraestrutura Urbana e Meio Ambiente

AUT Infraestrutura Urbana e Meio Ambiente Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0192 - Infraestrutura Urbana e Meio Ambiente Notas de aula. DRENAGEM URBANA. ELEMENTOS PARA

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE CROSTAS EM SUPERFÍCIES DE SOLOS DEGRADADOS EM MANAUS (AM): UMA ABORDAGEM PRELIMINAR.

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE CROSTAS EM SUPERFÍCIES DE SOLOS DEGRADADOS EM MANAUS (AM): UMA ABORDAGEM PRELIMINAR. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE CROSTAS EM SUPERFÍCIES DE SOLOS Leitão, S.C. 1 ; Vieira, A.F.S.G. 2 ; 1 UFAM Email:suliane_costa@hotmail.com; 2 UFAM Email:fabiovieira@ufam.edu.br; RESUMO: A erosão dos solos está

Leia mais

Land cover change and soil loss susceptibility: The case of Curuá-Una river basin, PA

Land cover change and soil loss susceptibility: The case of Curuá-Una river basin, PA 7th HYBAM International Conference Large tropical rivers under climate and land-use changes Land cover change and soil loss susceptibility: The case of Curuá-Una river basin, PA Lidiane Cristina O. Costa

Leia mais

ESTIMATIVA DA PRECIPITAÇÃO EFETIVA PARA A REGIÃO DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA, BA Apresentação: Pôster

ESTIMATIVA DA PRECIPITAÇÃO EFETIVA PARA A REGIÃO DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA, BA Apresentação: Pôster ESTIMATIVA DA PRECIPITAÇÃO EFETIVA PARA A REGIÃO DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA, BA Apresentação: Pôster Rafael Soares Batista 1 ; Weslei dos Santos Cunha 2 ; Marcus Aurélio de Medeiros 3 ; Murilo Oliveira

Leia mais

BALANÇO HÍDRICO DA CULTURA DO MILHO Álvaro José BACK 1. Resumo. Introdução

BALANÇO HÍDRICO DA CULTURA DO MILHO Álvaro José BACK 1. Resumo. Introdução BALANÇO HÍDRICO DA CULTURA DO MILHO Álvaro José BACK 1 Resumo Foi conduzido de um experimento com a cultura do milho onde foram medidos os valores de precipitação, escoamento superficial e umidade do solo,

Leia mais

VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM ÁREAS COM DIFERENTES USOS E MANEJOS

VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM ÁREAS COM DIFERENTES USOS E MANEJOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO htttp://editora.iftm.edu.br/index.php/sepit ISSN 2594-7605 (Digital) VELOCIDADE

Leia mais

FLÁVIO APARECIDO GONÇALVES VALIDAÇÃO DO MODELO WEPP NA PREDIÇÃO DE EROSÃO HÍDRICA PARA CONDIÇÃO EDAFOCLIMÁTICA DA REGIÃO DE VIÇOSA-MG

FLÁVIO APARECIDO GONÇALVES VALIDAÇÃO DO MODELO WEPP NA PREDIÇÃO DE EROSÃO HÍDRICA PARA CONDIÇÃO EDAFOCLIMÁTICA DA REGIÃO DE VIÇOSA-MG FLÁVIO APARECIDO GONÇALVES VALIDAÇÃO DO MODELO WEPP NA PREDIÇÃO DE EROSÃO HÍDRICA PARA CONDIÇÃO EDAFOCLIMÁTICA DA REGIÃO DE VIÇOSA-MG Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências

Leia mais

INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY. Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro

INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY. Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro Universidade Federal de Viçosa/DEA, Campus Universitário,

Leia mais

UNIDADE 5 MODELOS COMPUTACIONAIS

UNIDADE 5 MODELOS COMPUTACIONAIS UNIDADE 5 MODELOS COMPUTACIONAIS 1 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS........ 3 1 SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA...... 5 2 APRESENTAÇÃO DE ALGUNS MODELOS DISPONÍVEIS.. 6 2.1 SWAT(Soli and Water Assesment Tool).... 6 2.2

Leia mais

MANEJO DA ÁGUA NO MEIO AGRÍCOLA: A adaptação necessária e o ganho de produtividade. Jean Minella

MANEJO DA ÁGUA NO MEIO AGRÍCOLA: A adaptação necessária e o ganho de produtividade. Jean Minella MANEJO DA ÁGUA NO MEIO AGRÍCOLA: A adaptação necessária e o ganho de produtividade Jean Minella Objetivos do encontro: Princípios Conservacionistas e a Situação Atual Quais os princípios conservacionistas

Leia mais

Retrospectiva sobre regimes hidrológicos e importância do planejamento urbano na prevenção quanto a eventos extremos

Retrospectiva sobre regimes hidrológicos e importância do planejamento urbano na prevenção quanto a eventos extremos Retrospectiva sobre regimes hidrológicos e importância do planejamento urbano na prevenção quanto a eventos extremos José Teixeira Filho Faculdade de Engenharia Agrícola Ciência da Terra - Geografia UNICAMP

Leia mais

Revista Brasileira de Ciência do Solo ISSN: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Brasil

Revista Brasileira de Ciência do Solo ISSN: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Brasil Revista Brasileira de Ciência do Solo ISSN: 0100-0683 revista@sbcs.org.br Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Brasil GRIEBELER, N. P.; PRUSKI, F. F.; MARTINS JÚNIOR, D.; SILVA, D. D. AVALIAÇÃO DE UM

Leia mais

Limite Crítico Ambiental de Fósforo para Solos de Santa Catarina

Limite Crítico Ambiental de Fósforo para Solos de Santa Catarina 4/7/216 Limite Crítico Ambiental de Fósforo para Solos de Santa Catarina Estabelecimento e evolução Luciano Colpo Gatiboni UDESC SUMÁRIO I - Poluição ambiental com fósforo: do solo aos recursos hídricos

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Hidrologia Cálculo de vazões Método Racional

Leia mais

PROCESSOS PARA PREVENÇÃO DE EROSÃO DO SOLO

PROCESSOS PARA PREVENÇÃO DE EROSÃO DO SOLO PROCESSOS PARA PREVENÇÃO DE EROSÃO DO SOLO Antônio Cândido Filho (1); Jairo Janailton Alves dos Santos (2); Frederico Campos Pereira (3); Tadeu Macryne Lima Cruz (4) Instituto Federal de Educação Ciência

Leia mais

Acadêmica de Graduação do curso de Agronomia da Unijuí. 3

Acadêmica de Graduação do curso de Agronomia da Unijuí. 3 DIAGNÓSTICO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS EM UMA UNIDADE DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, NO MUNICÍPIO DE NOVA RAMADA - RS 1 DIAGNOSIS OF CONSERVATIONAL PRACTICES IN AN AGRICULTURAL PRODUCTION UNIT, IN THE MUNICIPALITY

Leia mais

Equações De Chuvas Intensas Para Os Municípios De Maceió E Arapiraca - AL

Equações De Chuvas Intensas Para Os Municípios De Maceió E Arapiraca - AL Equações De Chuvas Intensas Para Os Municípios De Maceió E Arapiraca - AL Temístocles Pacheco Lima¹; Fabrina Teixeira Ferraz 2 ; Luciano Cavalcante de Jesus França 3 ; Gabriel Soares Lopes Gomes 4 ; João

Leia mais

USO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS NA ESTIMATIVA DA EROSÃO LAMINAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO JOÃO LEITE GO

USO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS NA ESTIMATIVA DA EROSÃO LAMINAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO JOÃO LEITE GO USO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS NA ESTIMATIVA DA EROSÃO LAMINAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO JOÃO LEITE GO ELAINE ELUIZY RIBEIRO SILVA ESTÉFANE SILVA LOPES LUANA REGINA PIRES DE SOUSA Instituto

Leia mais

Solo. Solo=f (rocha matriz, clima, relevo, biosfera e tempo)

Solo. Solo=f (rocha matriz, clima, relevo, biosfera e tempo) Erosão Ciclo hidrológico Erosão superficial Definições: É a remoção das camadas superficiais do solo pelas ações do vento e da água. A erosão envolve o processo de destacamento e transporte de partículas

Leia mais

HIDROLOGIA AULA 06 e semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO. Profª. Priscila Pini

HIDROLOGIA AULA 06 e semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO. Profª. Priscila Pini HIDROLOGIA AULA 06 e 07 5 semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br INTERCEPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA Retenção de água da chuva antes que ela atinja o solo.

Leia mais

LEVANTAMENTO DE ÁREAS AGRÍCOLAS DEGRADADAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

LEVANTAMENTO DE ÁREAS AGRÍCOLAS DEGRADADAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO LEVANTAMENTO DE ÁREAS AGRÍCOLAS DEGRADADAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Documento Resumo Vitória ES Setembro de 2012 1 COORDENAÇÃO AUTORES Phablo Barreto Eng. Agr. MS Solos Linha de Pesquisa: Áreas Degradadas

Leia mais

RAMON, C.A. Palavras chave: fator R, USLE, erosão INTRODUÇÃO

RAMON, C.A. Palavras chave: fator R, USLE, erosão INTRODUÇÃO RAMN, C.A. 1998 RSIVIDAD DAS CHUVAS DA RGIÃ D ST LAGAS (MG). João José Granate de Sá e MeIo Marques I, Ramon Costa Alvarenga', Nílton Curi '; Aluno do CPGSNP-UFLA, DCS-UFLA, Cx.p. 37, 37200-000, Lavras-MG,

Leia mais

Geologia e Geomorfologia na Gestão Ambiental. Aula 5. Organização da Aula. Uso dos Solos. Contextualização. Solos. Profa. Aline Nikosheli Nepomuceno

Geologia e Geomorfologia na Gestão Ambiental. Aula 5. Organização da Aula. Uso dos Solos. Contextualização. Solos. Profa. Aline Nikosheli Nepomuceno Geologia e Geomorfologia na Gestão Ambiental Aula 5 Profa. Aline Nikosheli Nepomuceno Organização da Aula Degradação e conservação dos solos Manejo inadequado Processos erosivos Práticas conservacionistas

Leia mais

Morfologia Fluvial. Josué Souza de Gois

Morfologia Fluvial. Josué Souza de Gois Morfologia Fluvial Josué Souza de Gois INTRODUÇÃO Conceito: Estuda a formação, evolução e estabilização dos cursos d água naturais Essencial para as obras de Engenharia Fluvial ligadas à Navegação Interior

Leia mais

Recursos Hídricos e Manejo de Bacias Hidrográficas Profa. Cristiana C. Miranda RECORDANDO NOSSA AULA DE INFILTRAÇÃO..

Recursos Hídricos e Manejo de Bacias Hidrográficas Profa. Cristiana C. Miranda RECORDANDO NOSSA AULA DE INFILTRAÇÃO.. Recursos Hídricos e Manejo de Bacias Hidrográficas Profa. Cristiana C. Miranda RECORDANDO NOSSA AULA DE INFILTRAÇÃO.. Características que influenciam a infiltração da água Textura do solo e composição

Leia mais

Unidade 3 - Caracterização dos sistemas e escolha dos modelos

Unidade 3 - Caracterização dos sistemas e escolha dos modelos Unidade 3 - Caracterização dos sistemas e escolha dos modelos Jean P. G. Minella SOL 855 Modelagem de Processos em Solos PPGCS - UFSM Design Hydrology and Sedimentology for Small Catchments (Haan et al.)

Leia mais

EFEITOS DO EL NIÑO SOBRE A EROSIVIDADE DAS CHUVAS DE PELOTAS - RS

EFEITOS DO EL NIÑO SOBRE A EROSIVIDADE DAS CHUVAS DE PELOTAS - RS EFEITOS DO EL NIÑO SOBRE A EROSIVIDADE DAS CHUVAS DE PELOTAS - RS José Carlos LAGO 1, Paulo Fischer KHUN 2, Rodrigo RIZZI 3 RESUMO A determinação da erosividade das chuvas torna possível identificar, para

Leia mais

Atividades para subsidiar a agricultura conservacionista

Atividades para subsidiar a agricultura conservacionista Atividades para subsidiar a agricultura conservacionista GRUPO DE ESTUDOS EM CONSERVAÇÃO DO SOLO E HIDROSSEDIMENTOLOGIA Ana Lúcia Londero, Dinis Deuschle, Jean Paolo G. Minella, Madalena Boeni, Carla Rosa...

Leia mais

Geologia e conservação de solos. Luiz José Cruz Bezerra

Geologia e conservação de solos. Luiz José Cruz Bezerra Geologia e conservação de solos Luiz José Cruz Bezerra SOLO É a parte natural e integrada à paisagem que dá suporte às plantas que nele se desenvolvem. Parte mais superficial e fina da crosta terrestre.

Leia mais

Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS ou USLE, em inglês)

Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS ou USLE, em inglês) Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS ou USLE, em inglês) Em 1954, com base na análise dos dados de escoamento superficial e perdas de solo obtidos em mais de 10.000 parcelas experimentais, em condições

Leia mais

HIDROLOGIA INFILTRAÇÃO

HIDROLOGIA INFILTRAÇÃO HIDROLOGIA INFILTRAÇÃO Prof o Miguel Toledo del Pino 5.1 INTRODUÇÃO A infiltração representa a passagem da água da superfície para o interior do solo. Importância: conservação dos recursos naturais solo

Leia mais

MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE À DESERTIFICAÇÃO DAS TERRAS DA BACIA DO TAPEROÁ-PB

MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE À DESERTIFICAÇÃO DAS TERRAS DA BACIA DO TAPEROÁ-PB 1 MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE À DESERTIFICAÇÃO DAS TERRAS DA BACIA DO TAPEROÁ-PB Iêde de Brito Chaves (1) ; Paulo Roberto Megna Francisco (2) ; Eduardo Rodrigues Viana de Lima (3) ; Lúcia Helena Garófalo

Leia mais

5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 63 5.1 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo são apresentados os resultados da comparação da erosão média obtida pela estatística zonal aplicada ao

Leia mais

BACIA HIDROGRAFICA. Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente

BACIA HIDROGRAFICA. Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente BACIA HIDROGRAFICA Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente Bacia Hidrográfica Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente Governo do Estado de São Paulo Secretaria do

Leia mais

Uso do balanço hídrico simplificado em sistemas de conservação em um solo classificado como Argissolo Vermelho Amarelo

Uso do balanço hídrico simplificado em sistemas de conservação em um solo classificado como Argissolo Vermelho Amarelo Uso do balanço hídrico simplificado em sistemas de conservação em um solo classificado como Argissolo Vermelho Amarelo Damé, R. C. F. 1 ; Teixeira, C. F. A. 2 ; Terra, V. S. S. 3 ; Reisser Júnior, C. 4

Leia mais

X Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste

X Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste X Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste Fortaleza - Ceará APLICAÇÃO DO MODELO HIDROLÓGICO SWAT (Soil and Water Assessment Tool) PARA A SIMULAÇÃO DA PERDA DE SOLO E DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM UMA

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO 1: GEOMORFOLOGIA PROCESSUAL Introdução à Geomorfologia: Processos e Formas Domínio Tropical Úmido: Formas e Processos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO 1: GEOMORFOLOGIA PROCESSUAL Introdução à Geomorfologia: Processos e Formas Domínio Tropical Úmido: Formas e Processos CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MÓDULO 1: GEOMORFOLOGIA PROCESSUAL Introdução à Geomorfologia: Processos e Formas Domínio Tropical Úmido: Formas e Processos MÓDULO 2: FORMAS E PROCESSOS Paisagens Fluviais: formas

Leia mais

PHD Água em Ambientes Urbanos

PHD Água em Ambientes Urbanos PHD 2537 - Água em Ambientes Urbanos Erosões em Áreas Urbanas Professores: Prof. Dr. Kamel Zahed Filho Prof. Dr. José Rodolfo Scarati Martins Profª. Drª. Monica Ferreira do Amaral Porto Alunos: Filipe

Leia mais

ANÁLISE DE LIMIARES E PROCESSOS DE GERAÇÃO DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM UMA ENCOSTA DA LAGOA DO PERI-SC

ANÁLISE DE LIMIARES E PROCESSOS DE GERAÇÃO DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM UMA ENCOSTA DA LAGOA DO PERI-SC ANÁLISE DE LIMIARES E PROCESSOS DE GERAÇÃO DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM UMA ENCOSTA DA LAGOA DO PERI-SC Alondra Beatriz Alvarez Pérez Orientador: Pedro Luiz Borges Chaffe 28 de Junho de 2017, Florianópolis

Leia mais

Erosão x Plantio Direto no Arenito Paranaense

Erosão x Plantio Direto no Arenito Paranaense Erosão x Plantio Direto no Arenito Paranaense Eng. Agr. Fernando Ribeiro Sichieri* Uma paisagem desoladora lembrou cenas da década de 80, quando se praticava o preparo convencional para plantio de algodão

Leia mais

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA VAZÃO MÁXIMA COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Material elaborado por Gracely, monitora da disciplina.

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA VAZÃO MÁXIMA COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Material elaborado por Gracely, monitora da disciplina. MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA VAZÃO MÁXIMA COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Material elaborado por Gracely, monitora da disciplina. 1. Método Racional A vazão máxima pode ser estimada com base na precipitação, por

Leia mais

Estimativa da Erosividade da chuva (R) na Bacia Hidrográfica do rio Manoel Alves Grande localizado no cerrado tocantinense.

Estimativa da Erosividade da chuva (R) na Bacia Hidrográfica do rio Manoel Alves Grande localizado no cerrado tocantinense. Estimativa da Erosividade da chuva (R) na Bacia Hidrográfica do rio Manoel Alves Grande localizado no cerrado tocantinense. BARBOSA 1, Guilherme Silva; IOST 2, Caroline; SCHIESSL 3, Maikon Adão; MACIEL

Leia mais

2 Exploração e Produção de Petróleo

2 Exploração e Produção de Petróleo 2 Exploração e Produção de Petróleo 2.1 Engenharia de Reservatórios Segundo [5], a Engenharia de Reservatórios é um ramo da atividade petrolífera responsável por apresentar soluções eficientes para a retirada

Leia mais

Irrigação do cafeeiro

Irrigação do cafeeiro Irrigação do cafeeiro Quando, quanto e porque irrigar? André Luís Teixeira Fernandes Doutor em Engenharia de Água e Solo Pró Reitor de Pesquisa, Pós Graduação e Extensão Universidade de Uberaba UNIUBE

Leia mais

Hidrologia, Pedologia e Geologia

Hidrologia, Pedologia e Geologia CONCURSO PETROBRAS ENGENHEIRO(A) DE MEIO AMBIENTE JÚNIOR PROFISSIONAL DE MEIO AMBIENTE JÚNIOR PROFISSIONAL JR - ENG. DE MEIO AMBIENTE JÚNIOR Hidrologia, Pedologia e Geologia Questões Resolvidas QUESTÕES

Leia mais

Professora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA

Professora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA Professora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA O que é? Na hidrologia, estuda-se a água presente na natureza, buscando-se a quantificação do armazenamento e movimentação da água nos vários

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE MANNING EM CANAL EXPERIMENTAL

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE MANNING EM CANAL EXPERIMENTAL DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE MANNING EM CANAL EXPERIMENTAL Úrsula Raianny Lacerda da Silva 1 Joseilson Oliveira Rodrigues 2 Paulo Roberto Lacerda Tavares 3 RESUMO: Este trabalho refere-se ao estudo sobre

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Evaporação e evapotranspiração. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Evaporação e evapotranspiração. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Universidade Tecnológica Federal do Paraná CC54Z - Hidrologia Evaporação e evapotranspiração Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Objetivos da aula Definir os conceitos básicos da evaporação e evapotranspiração

Leia mais

verificar a progressão da voçoroca. Nessa ocasião percebe-se um avanço de 30 centímetros da

verificar a progressão da voçoroca. Nessa ocasião percebe-se um avanço de 30 centímetros da 74 Em 18/12/04 foi realizado o primeiro levantamento de campo com o objetivo de verificar a progressão da voçoroca. Nessa ocasião percebe-se um avanço de 30 centímetros da borda da erosão, medidas em relação

Leia mais