CUIDADO, BUFALO!

Transcrição

1 Clipping 1

2 Entrevista Ideal Shop CUIDADO, BUFALO! Diversas bandas instrumentais levam nome de bichos, o nome Bufalo foi dado para seguir a tradição?!na verdade não, acho que foi um lance meio de inconsciente coletivo que rolou. E se você parar pra pensar os bichos não falam, por isso esses nomes acabam caindo bem para bandas instrumentais. Quando formei a banda eu gravava os sons sozinho na casa 2

3 do nosso amigo Kasai ( dai quando já tinha gravado uns 4 sons queria por no myspace e não tinha nome, dai acabei descobrindo que o meu signo no horóscopo chinês era Bufalo. Ai acabei relacionando com diversas outras coisas e coloquei o nome. Depois de um tempo acabei conhecendo o pessoal do Malditas Ovelhas! ( e começamos a conversar sobre esse lance dos nomes de bicho, e vimos que realmente tinha muitas bandas instrumentais com nome de bicho. Mas acho que foi um lance que ajudou a fortalecer e dar visibilidade a cena. Vocês sentem falta de um vocal na banda?!todos nós ouvimos muitas músicas com vocal e gostamos muito, mas o Bufalo sempre foi um projeto em que queríamos ter o máximo de liberdade possível, e com a música instrumental isso fica muito mais fácil, nós podemos ir para aonde quisermos musicalmente. Acho que o vocal as vezes acaba limitando a banda a um estilo, salvo raras exceções. O novo disco foi todo produzido por vocês mesmo, como rolou esse processo?!o processo foi bem prazeroso, apesar de ao longo dele termos passado por um momento difícil de troca de integrantes. Começamos a gravar as bateras primeiro, íamos à casa de um amigo que mora sozinho, chegávamos la de manhã quando ele saia pro trabalho e ficávamos la o dia todo gravando. Eu e o Flavio testamos diversos tipos de captação, tentamos usar as ambiências da casa para não ter que usar plug-ins, o reverb que você ouve na batera é totalmente real. Depois foi a vez de o Buda fazer a estréia na banda e gravar os baixos em estúdio, e eu e o Rafa gravarmos as guitarras. As composições já estavam todas praticamente prontas então foi só entrosar um pouco. O disco sairá em formato físico?!sim!! Essa na verdade foi a parte mais demorada do processo, mas sairá sim. Por enquanto de forma independente mesmo, nós vamos fazer tudo. É mais fácil compor uma música sem a presença de voz?!acho que depende. Sem a presença da voz, a forma da música fica mais aberta a improvisação, mas não quer dizer que seja mais fácil fazer isso, porque improviso é sempre um risco, tanto pode ser animal como pode sair uma merda. Tem bandas que o vocal improvisa também, e tem bandas instrumentais que nunca improvisam. Já tive bandas com vocal e pra mim acabou sendo a mesma coisa porque o vocalista que tinha o trabalho de por o vocal. No primeiro clipe de vocês há cenas de skate. Quem esta andando? Qual a relação da banda com skate?!esse vídeo tem eu, o Rafa e um moleque 3

4 que estava lá andando na hora, mas sempre falávamos que era o Samurai hehehehe. Eu e o Rafa sempre andamos de skate, o Rafa leva um pouco mais a sério, não tem um dia que ele não anda, de verdade. Acho que isso foi uma grande influencia pra nós na banda porque acabamos absorvendo influencias que geralmente não estão presentes na música instrumental. Ainda queremos fazer um vídeo focado no skate com uma produção melhor. Quais os planos daqui para frente com o disco novo?!estamos bastante focados nos ensaios ultimamente, produzindo material novo e estudando novos formatos. Já estamos querendo começar a gravar outro. Em novembro tocaremos no festival PIB, que é uma grande vitrine da cena instrumental. Lá tocaremos músicas do nosso primeiro EP, desse novo, e uma inédita. Mas o nosso primeiro EP teve uma distribuição bem pequena, apenas nos nossos shows. Com esse novo queremos fazer uma distribuição maior, para poder fazer o próximo material melhor ainda. 4

5 Festival PIB

6 Site Pastilhas Coloridas 6

7 Blog Estadão 7

8 Instrumental brasileiro: quando os instrumentos falam por si Pedro Antunes Quando a guitarra de João Victor soou a última nota e os gêmeos Thiago e Rodrigo Correia descansaram seus baixo e bateria, respectivamente, o trio de recifenses se viu diante de outro dilema: resumir em algumas palavras uma música sem letra. A situação ocorreu no fim do ano passado, na Praia de Catuama, no litoral norte de Pernambuco. E a resposta estava ali mesmo. O nome escolhido para a canção recém-criada, para eles, não poderia ser outro que não Catuama Beach. Os três amigos de 23 anos, do grupo Epcos, fazem parte de uma nova cena de música instrumental no Brasil. Eles e outras 19 bandas terão a oportunidade de mostrar que as letras podem não ser tão necessárias. Começa hoje a terceira edição do festival PIB, Produto Instrumental Bruto, que, até domingo, irá realizar cinco noites de muita música. As quatro primeiras serão no CB Bar, na Barra Funda, e a quinta, na Casa das Caldeiras, em Perdizes. No último dia, haverá, ainda, oficinas gratuitas que relacionam a música instrumental a outras atividades, como artes plásticas, cênicas e audiovisual. Curadora e coordenadora geral do PIB, a paulista Inti Queiroz conta que, nesses três anos de festival, a música instrumental passou a encontrar seu 8

9 espaço no gosto do público geral. Grupos como Pata de Elefante, de Porto Alegre, e Macaco Bong, de Cuiabá, hoje já começam a ser reconhecidos. De tal modo que os cuiabanos tocaram no festival SWU, em Itu, no mês passado, e fizeram um show que impressionou. Para alguns, foi um dos melhores entre os brasileiros. Uma importante constatação, considerando que dividiram as atenções com Los Hermanos, Jota Quest, Capital Inicial e Otto. Segundo Inti, neste ano, foram 142 inscrições, desde a última edição do PIB, em Nesta 3ª edição, há bandas de Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio e São Paulo. A primeira versão do festival, no Sesc Pompeia, teve 12 apresentações. Este ano, serão 20. Foi uma surpresa, diz a curadora. Ela conta que a qualidade dos trabalhos também surpreendeu. Em alguns casos, tivemos de ouvir sete vezes o mesmo CD para chegar a uma decisão. Cada noite contará com a apresentação de três novas bandas, que vão duelar pelo voto de dois jurados e do público. A vencedora participará do próximo festival, como banda-madrinha. As campeãs do ano passado fecham a noite. Foi o que ocorreu com os cariocas do Fantasmagore. No ano passado, eles venceram o Macaco Bong. Foi surpreendente, lembra a curadora do festival. Nós não esperávamos isso, completa Arthur Bezerra, guitarrista do quarteto. Toda essa surpresa deve-se ao fato de que o show que o Fantasmagore fez no PIB no ano passado foi o primeiro a ser agendado pela banda, criada em 2008 Abriu algumas portas para a gente. O festival também mostrou outras bandas que podem sobreviver com uma proposta instrumental, diz Bezerra. O guitarrista conta que, no início, a ideia era ter um vocalista, um front-man. As primeiras músicas, aliás, tinham espaço para a entrada da letra. Mas os arranjos começaram a se bastar. E eles entraram no mundo instrumental. A história é semelhante à do quarteto Aeromoças e Tenistas Russas, que, apesar do nome, é formada por quatro marmanjos estudantes da faculdade de Imagem e Som, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A proposta da banda é fugir do convencional. Daí, a falsa propaganda do nome do grupo. Acho que algumas pessoas ficam decepcionadas quando subimos ao palco, brinca Thiago Hard, guitarrista e saxofonista da banda. No nosso caso, fazer música instrumental se mostrou muito mais genuíno. E as nossas letras eram de qualidade bem questionáveis, destaca. Propositalmente ou não, as bandas que começam a se apresentar hoje no PIB revelam uma interessante cena musical, na qual os instrumentos falam por si. 9

10 PROGRAMAÇÃO (4/11) CB BAR Hellfishes (Curitiba-PR)!Kozmic Gorillas (Londrina-PR)!Mullet Monster Mafia (Piracicaba-SP)!Banda madrinha: Retrofoguetes (Salvador-BA) (5/11) CB BAR Bufalo (São Bernardo do Campo SP)!Epcos (Recife-PE)!Huey (São Paulo- SP)!Banda madrinha: Fantasmagore (Rio de Janeiro-RJ) (6/11) CB BAR Discotiki (São Paulo-SP)!Martinez (São Paulo-SP)!Três Cruzeiros (São Paulo-SP)!Banda madrinha: SaunoFlex (São Paulo-SP) (7/11) CASA DAS CALDEIRAS Astronauta Pinguim (Porto Alegre-RS)!Groove Groove (São Paulo-SP)!Pé na Cozinha (São Paulo-SP)!Wash! (São Paulo-SP) 10

11 Diário do Grande ABC Mescla de sons locais Luís Felipe Soares!Do Diário do Grande ABC Diferentes sons que caracterizam a cena musical do Grande ABC têm encontro marcado nesta semana. Na sexta-feira, o Sesc Santo André abre as portas para receber apresentação especial do coletivo Cão Faminto, que 11

12 colocará no palco do teatro da unidade cinco grupos da região para tocarem ao mesmo tempo. O show está previsto para começar às 21h e é recomendado para maiores de 14 anos. Os ingressos estão à venda na bilheteria do local, com preços entre R$ 4 e R$ 16.!O projeto nasceu durante uma conversa de bar. Reunidos, integrantes das bandas Búfalo, Giallos, MarcoPablo & Os Bons Companheiros, Otis Trio e Projetonave perceberam que um lançamento em conjunto seria mais viável financeiramente. As gravações ocorreram em São Paulo entre agosto e outubro do ano passado e os vinis ficaram prontos em janeiro.!a ideia era reunir canções que já faziam parte do repertório de cada envolvido e não compor novas. "Optamos por músicas que não tinham sido gravadas. O disco é praticamente inédito. Cada grupo fez sua própria curadoria. O que discutimos foi a sequência das faixas, pois tentamos dar uma certa unidade. A preocupação era de que soasse como projeto de um grupo só", afirma o músico Claudio Cox, de Santo André, vocalista do Giallos. "Queríamos sair um pouco desse negócio de segmento e rótulos. Temos uma banda de garagem, jazz, rock. É um caldeirão. Música é música, não importa o estilo", completa.!dinâmica NO PALCO!Uma das dificuldades da apresentação de lançamento será o entrosamento de cerca de 20 pessoas que subirão ao palco na sexta. Hoje todos estarão presentes no Sesc para o ensaio geral. O fato de vários músicos integrarem as diferentes bandas ao mesmo tempo tem ajudado no processo. O baterista Flavio Lazzarin, por exemplo, divide seu tempo para tocar nos cinco conjuntos.!"estamos ansiosos para ver como tudo irá ficar na apresentação. Não seria legal fazer um grupo só tocando e representando todo mundo", analisa Cox, que também assina a produção executiva do coletivo. A agenda movimentada dos envolvidos faz com que o compromisso talvez seja a única vez que todo o grupo estará reunido para fazer um som.!a performance contará com 'set list' completo do Cão Faminto, havendo espaço para as dez faixas, incluindo 'Quarto Branco' (Projetonave), 'Morto Andando' (Búfalo), 'Montag's Dream' (Otis Trio), 'Sujo' (MarcoPablo & Os Bons Companheiros) e 'El Santo Diesel' (Giallos). A noite será complementada por projeções artísticas realizadas por Danilo Oliveira, do Coletivo Base-V e responsável pela identidade visual do projeto.!o álbum será vendido no dia por R$ 60. Segundo Cox, a opção pelo vinil acabou deixando tudo mais especial. "O lance mais legal é que o disco mexe com a nostalgia e brinca com a novidade. É um projeto que acaba sendo difícil. Não lutamos contra a tecnologia, tanto que é possível baixar as músicas gratuitamente na internet ( Com o vinil, tudo ficou mais trabalhado."!cão Faminto - Show. Sexta, às 21h. No Sesc Santo André - Rua Tamarutaca, 302. Tel.: Ingr.: R$ 4 a R$

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15 Jornal ABCD Maior 15

16 NO ABCD, COLETÂNEA EM VINIL DIVULGA BANDAS Por: Caio Luiz 16

17 Prensagem de Cão Faminto foi feita na Europa e chega ao ABCD Nos últimos anos houve uma espécie de ressurreição do LP. O formato assumiu status de culto à música e popularizou- se como item de coleção que se destaca mais do que o CD ou um trivial download instantâneo da internet. Os fatores mencionados e o apreço que cinco bandas do ABCD têm pelos bolachões às incentivaram a lançar um vinil com duas faixas de cada grupo. O resultado é o álbum coletânea Cão Faminto. Da reunião dos conjuntos Giallos, Projeto Nave, Marco Pablo e Os Bons Companheiros, Otis Trio e Bufalo surgiu a ideia de gravar um disco que compilasse participações de todos. No entanto, levando em consideração a ausência de patrocínio e subsídio para o projeto, os organizadores precisavam levantar o orçamento para a prensagem do vinis, um processo bastante custoso. Ao invés de utilizarem os recorrentes editais culturais do Estado e do governo federal ou sites de financiamento via internet, que basicamente fazem uma vaquinha virtual, o coletivo de músicos e amigos negociou apresentações na unidade do Sesc de Santo André e durante todo o mês de agosto de 2012 cada banda subiu ao palco uma vez. O cachê arrecadado dos grupos teve como finalidade subsidiar gravações em estúdio, mixagem e masterização em sessões que ocorreram até novembro. A verba também auxiliou na produção de 250 cópias de discos feitos na República Tcheca, que ficaram totalmente prontas no início de janeiro. De acordo com um dos produtores da iniciativa independente, Claudio Cox, além do diferencial embutido no lançamento de um LP, a divulgação musical dos envolvidos é a principal intenção. Seria mais barato e mais fácil fazer tudo em CD, mas queremos chamar atenção e atender ao lado sentimental que desenvolvemos quando adolescentes pelos vinis, disse Cox que também é vocalista na banda Giallos. Independente, projeto buscou ajuda de amigos O projeto aglutinou contribuições de amigos que se ofereceram para concretizar a produção executiva, a regulagem de som, a iluminação, a parte gráfica e as fotografias, o que significa que o projeto é a somatória de forças para por nos trilhos uma ideia, ou seja, bandas independentes são muito dependentes de apoio para que existam. Com a vendagem dos discos que abre feito livro e vem com encarte especial contendo as letras das composições e um poster - o coletivo formado pretende 17

18 Novos Nomes MTV 18

19 Paulo Miklos com camiseta do BUFALO 19

20 Site Rock-O-Rama 20

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22 Rock-O-Rama Sessions apresenta: BUFALO! O Rock-O-Rama tem o prazer de abrir um novo espaço para as bandas independentes mostrarem seu som da melhor maneira possível: tocando ao vivo! Esse é o Rock-O-Rama Sessions! Nesta primeira edição, a banda BUFALO, do ABC Paulista, faz um show completo no clássico estúdio 74Club, em Santo André! Formada por grandes músicos da região, que tocam em várias outras bandas, o BUFALO se destaca por fazer um som instrumental sem se prender a estilos ou tendências, indo do peso à viagem pura. A captação de imagens e a edição é do próprio Rock-O-Rama! O áudio de responsa, captado direto da mesa de som, ficou por conta da equipe do 74 Club! Ah, e pra quem curte ou quiser conhecer, tem show do BUFALO no dia 24 de agosto no Sesc Santo André! E veja a seguir os vídeos do show completo! SESC St André 22

23 WE LIVE IN HELL

24 GUITAR TALKS

25 O Bufalo é uma banda de São Bernardo do Campo que começou em 2008 e tem a música calcada principalmente no punk-rock. Apesar de a vertente ser uma marca em sua sonoridade, o quarteto incorpora elementos de toda cena alternativa dos anos 90 e também agrega outras influências sonoras. O grupo já gravou dois EPs, Cidademata (2008) e Um pedaço de bife (2010), e saiu em uma coletânea, Cão Faminto (2012). Também participaram da coletânea Giallos, Projeto Nave, Otis Trio e Marco Pablo & Os Bons Companheiros. A Cão Faminto foi importante para eles, pois marcou a inclusão de vozes nas músicas da banda, antes apenas instrumentais. Atualmente, o Bufalo trabalha na divulgação de seu primeiro disco cheio, Pontes, que poderá ser ouvida por todos os lados da Praça Roosevelt. Acompanhe o bate-papo que tivemos com Marcus Ariosa, o Fumaça, guitarra/vocal. Além dele fazem parte da banda Buda, baixo, João, bateria, e Rafael, guitarra/vocal. Guitar Talks - Qual a expectativa de vocês pra essa edição do Show de Rua? Marcus Ariosa - Cara eu acho que vai ser foda, curto muito as bandas e a ideia de tocar na Roosevelt num domingão à tarde é sensacional. Qual o significado de Bufalo? Começou com uma ideia baseada no calendário chinês, mas com o tempo foi ganhando outros significados. Uma vez o Thunderbird (ex-vj da MTV) definiu como algo pesado e bucólico, acho que tem a ver. Vocês lançaram o disco de estreia "Pontes", como está sendo a divulgação desse trabalho? Me fale um pouco da concepção do álbum. Estamos divulgando como sempre, nos shows. Os nossos dois primeiros EPs a gente fez uma prensagem caseira. Desta vez fizemos um trampo mais bem feito. Por ser o primeiro disco cheio acabou que tivemos um interesse maior de sites especializados e outras mídias também. Esse álbum meio que resume nossa trajetória até aqui, desde a fase instrumental até a inclusão de vozes e de participações de outros músicos.é literalmente uma Ponte entre a fase antiga e a atual. 25

26 RAROZINE 26

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28 GUIA ILUSTRADO DA FOLHA 28