UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SÚMULA VINCULANTE DO USO DAS ALGEMAS

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1 CURSO DE MESTRADO EM DIREITO LINHA DE PESQUISA SOBRE DIREITOS HUMANOS DIEGO OLIVEIRA DA SILVEIRA UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SÚMULA VINCULANTE DO USO DAS ALGEMAS Porto Alegre 2014

2 2 DIEGO OLIVEIRA DA SILVEIRA UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SÚMULA VINCULANTE DO USO DAS ALGEMAS Dissertação apresentada no Programa de Pós- Graduação do UNIRITTER - Centro Universitário Ritter dos Reis, como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre em Direito, tendo como ênfase os Direitos Humanos, sob orientação do Professor Doutor Gilberto Schäfer. Porto Alegre 2014

3 3 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) S587a SILVEIRA, Diego Oliveira da. Uma análise crítica da súmula vinculante do uso das algemas / Diego Oliveira da Silveira f.; II, 30 cm. Dissertação (Mestrado em Direito) - Centro Universitário Ritter dos Reis, Faculdade de Direito, Porto Alegre-RS, Orientador: Prof. Dr. Gilberto Schäfer. 1. Direitos. 2. Súmula Vinculante. 3 Direitos Humanos. I. Título. II. Schäfer, Gilberto. CDU Ficha catalográfica elaborada no Setor de Processamento Técnico da Biblioteca Dr. Romeu Ritter dos Reis.

4 4 DIEGO OLIVEIRA DA SILVEIRA UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SÚMULA VINCULANTE DO USO DAS ALGEMAS Data da aprovação: 06/05/2014 Banca de Defesa Prof. Dr. Gilberto Schäfer - Orientador Prof. Dr. Paulo Gilberto Cogo Leivas Profª. Dra. Renata Almeida da Costa

5 Qualquer esforço pessoal não seria eficaz sem os incontáveis esforços das pessoas que nos cercam. O agradecimento, portanto, deve ser dirigido, de forma especial, àqueles que mais sofreram os reflexos do empenho realizado neste trabalho aqui empreendido: meus pais Sérgio e Delma Ibias e a minha namorada Núbia Schröder de Lima. Afinal, sem minha família a minha vida seria aquém do que eu almejo para o meu futuro profissional. Quero referir o meu especial agradecimento a Dra. Delma Silveira Ibias, a qual é minha colega de escritório, sendo meu referencial de integridade e competência profissional e liderança, além de ser minha amada mãe. Por isso, obrigado por você existir e fazer parte da minha vida. Agradeço com muito sentimento a meu orientador Dr. Gilberto Schäfer, responsável pela indicação do maravilhoso tema das súmulas vinculantes e pelo meu aprimoramento profissional. Nesse sentido, também, agradeço a valiosa contribuição da professora Ana Paula Oliveira Àvila, pois a disciplina de jurisdição constitucional foi de extrema importância para a realização da pesquisa e para a confecção desta dissertação. Com certeza, o chegar até aqui somente foi possível com a ajuda, sempre sincera, atenciosa e intelectualmente adequada desses mestres. 5

6 6 RESUMO O presente estudo tem por objetivo realizar uma análise crítica da Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, a qual disciplina do uso das algemas, evidenciando o simbolismo das mesmas e sua aplicabilidade entre os réus. Além do aspecto social do uso desse instrumento, analisa-se o procedimento de criação das súmulas vinculantes e seus efeitos e se examina de forma crítica o texto dessa súmula e sua aplicabilidade pelo Poder Judiciário. Palavras-chave: Súmula Vinculante - Algemas - Direitos Humanos

7 7 ABSTRACT The present study aims to conduct a review of Binding Precedent No. 11, which governs the use of handcuffs Supreme Court, revealing the same symbolism and its applicability among the defendants. Besides the social aspect of using this tool, we analyze the procedure of creating binding precedents and its effects and critically examines the text of the docket and its application by the judiciary. Keywords: Binding Precedent - Handcuffs - Human Rights

8 8 SIGLAS E ABREVIAÇÕES ADIn- Ação Direta de Inconstitucionalidade ADC- Ação Declaratória de Constitucionalide ADP- Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental CC- Código Civil CD- Câmara dos Deputados. CDH- Comissão de Direitos Humanos. CF- Constituição Federal de 1988 CN- Congresso Nacional CNJ- Conselho Nacional de Justiça CP- Código Penal CPC- Código de Processo Civil CPP- Código de Processo Penal EC- Emenda Constitucional DF - Distrito Federal MP- Ministério Público OAB - Ordem dos Advogados do Brasil PEC- Projeto de emenda constitucional PLS- Projeto de Lei Substitutivo RT- Revista dos Tribunais STF- Supremo Tribunal Federal STJ- Superior Tribunal de Justiça UNIRITTER - Centro Universitário Ritter dos Reis.

9 9 SUMÁRIO Introdução...10 II. ANÁLISE ESTRUTURAL DAS SÚMULAS VINCULANTES Tipos de súmulas Breves apontamentos sobre o controle de constitucionalidade Das súmulas vinculantes Conceito e objeto Base normativa Natureza jurídica Legitimados Procedimento para a edição, revisão e cancelamento das súmulas vinculantes Limites objetivos e subjetivos das súmulas vinculantes Efeito vinculante das Súmulas Vinculantes Abstratização do controle de constitucionalidade, a Supremocracia e a relação com a Súmula Vinculante do Uso das Algemas...60 III. ANÁLISE CRÍTICA DA SÚMULA VINCULANTE Nº 11 - USO DAS ALGEMAS Conceito de algemas e seu breve histórico Constitucionalização do Direito Penal e do Direito Processual Penal Análise crítica da edição da Súmula Vinculante nº A exposição na mídia e a súmula vinculante Algemas no Supremo Tribunal Federal: dos precedentes à Súmula Vinculante nº Aplicabilidade das algemas além da Reclamação Constitucional e o sistema recursal complementar como concretização da eficiência da Súmula Vinculante nº 11 na proteção dos direitos humanos...97 Considerações finais Referências Jurisprudência...120

10 10 INTRODUÇÃO O presente trabalho 1 de dissertação de Mestrado em Direito, cuja linha de pesquisa é sobre Direitos Humanos 2, possui o tema da Súmula Vinculante do Uso das Algemas, sendo que dito tema foi tutelado pela Súmula Vinculante 3 nº 11 4 do Supremo Tribunal Federal - STF. As súmulas vinculantes foram introduzidas no ordenamento jurídico brasileiro pela reforma do Poder Judiciário (Emenda Constitucional nº 45/ ), cumprindo a principal finalidade desta, que é assegurar uma prestação jurisdicional de melhor qualidade 6, através do julgamento igual, em situações idênticas. Então, a referida emenda constitucional inseriu o art. 103-A ao corpo constitucional, criando o instituto da súmula vinculante e autorizando o Supremo Tribunal Federal - STF a editar enunciados sobre matéria de direito constitucional com eficácia vinculante aos demais órgãos do Poder Judiciário e a administração pública federal, estadual, distrital, municipal, direta e indireta. 1 O estudo da súmula vinculante do uso das algemas, também, foi trabalhado em um artigo intitulado Uma análise crítica da súmula vinculante do uso das algemas, o qual foi elaborado pelo autor desta dissertação (Diego Oliveira da Silveira) e por Gilberto Schäfer, oritentador deste trabalho, sendo que esse artigo está aguardando publicação. 2 Os direitos humanos são uma espécie do gênero direito subjetivo: são os direitos subjetivos que cabem a todo ser humano em virtude de sua humanidade. Ver: BARZOTTO, Luis Fernando. Os direitos humanos como direitos subjetivos: da dogmática jurídica à ética. RPGE, Porto Alegre, v. 28, n. 59, p , junho p Artigo 103-A da Constituição Federal de O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir da sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 4 Súmula Vinculante nº 11 do STF - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 5 SCHÄFER, Gilberto. Súmulas Vinculantes - Análise crítica da experiência do Supremo Tribunal Federal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p BERMUDES, Sérgio. A reforma do judiciário pela Emenda Constitucional nº 45. Rio de Janeiro: Forense, p. 1

11 11 A Lei , de 19 de janeiro de 2006, regulamentou este dispositivo. Porém, deixa-se para apreciar, posteriormente, os aspectos procedimentais da súmula vinculante. Trata-se, agora, da sua origem. A palavra súmula, vem do latim summula, que significa breve resumo. O sentido para o Direito acompanha o gramatical, pois uma súmula corresponde a síntese de como o tribunal que a editou decide uma questão jurídica, que foi reiteradamente julgada da mesma forma. É a consolidação da jurisprudência uniforme, geralmente, dos Tribunais Superiores, conforme defende FREITAS no entendimento a seguir colacionado: Antes de tudo é necessário relembrar o significado de súmula, que, do latim summula (resumo, epítome breve), tem o sentido de sumário, ou de índice de alguma coisa. É o que de modo abreviadíssimo explica o teor, ou o conteúdo integral de alguma coisa. Assim, a súmula de uma sentença, de um acórdão, é o resumo, ou a própria ementa da sentença ou do acórdão. Súmula jurisprudencial pode ser entendida como a condensação da orientação predominante em determinado tribunal. 7 Importante referir que até a Emenda Constitucional nº 45/2004, as súmulas eram apenas fontes inspiradoras de julgamento. Apesar disso, crescentes eram os instrumentos que, mesmo de uma forma transversa, buscavam uniformizar jurisprudência, através da imposição disfarçada do entendimento sumulado. Encontramos essa prática no ordenamento jurídico, quando, por exemplo, o relator de um recurso aplica o art. 557, CPC, negando-lhe seguimento ou provimento, monocraticamente, por estar confrontando com o disposto em súmula do próprio Tribunal ou de Tribunais Superiores. A impressão de que as súmulas persuasivas já tinham, praticamente, força vinculante, foi demonstrada por Elizabeth Freitas 8, em artigo produzido antes da promulgação da Emenda Constitucional que instituiu a súmula vinculante: 7 FREITAS, Elizabeth Cristina Campos Martins de. A aplicação restrita da súmula vinculante em prol da efetividade do direito. Revista de Processo, São Paulo, n. 116, jul.-ago p FREITAS, Elizabeth Cristina Campos Martins de. A aplicação restrita da súmula vinculante em prol da efetividade do direito. Revista de Processo, São Paulo, n. 116, jul.-ago p. 186.

12 12 Na prática, as súmulas passaram a ter efeito quase vinculante, em decorrência de uma tendência facilmente constatável dos magistrados em se pautar nos julgados dos Tribunais Superiores para decidir as questões a eles apresentadas. Assim, pode-se constatar que em grande parte a jurisprudência acaba servindo de norte a novas questões análogas, por isso a mesma se mantém em grande parte sob o controle do Tribunal Superior ou do Supremo, seja por dispositivos similares de trancamento de recursos, seja pela aplicação, de forma mais abrangente, do art. 557 do CPC. [...] Assim, constata-se que a Súmula Vinculante, de certa forma, já existe em nosso ordenamento, mas não de forma explícita. Não obstante, quando surge uma proposta de emenda à Constituição, com pressupostos previamente traçados, no sentido de se sedimentar a Súmula Vinculante como instituto jurídico, os ânimos parecem ficar exaltados e a discussão fica acirrada. Atualmente, além dessas, temos as súmulas vinculantes, que podem ser criadas apenas pelo Supremo Tribunal Federal STF e são de cumprimento obrigatório por todos os órgãos do Poder Judiciário, bem como para toda a administração pública, direta e indireta 9, conforme será demonstrado no decorrer deste trabalho. Por isso é adequado que se analise os tipos de súmulas e no que as súmulas vinculantes se diferenciam dos demais extratos jurisprudenciais. Mas o que é uma súmula vinculante e como ela se relaciona com a normatividade brasileira deve ser estudado, pois isso esse estudo é uma premissa para que seja possível se fazer uma análise crítica da súmula vinculante do uso das algemas. Salienta-se que juiz não poderá simplesmente citar súmula, mas sim terá que fazer uma análise criteriosa na fundamentação, explicando se existe ou não correlação entre o enunciado da súmula vinculante e o caso concreto. Por isso, imperiosa se faz a regulamentação legal do uso das algemas e o PLS 185/2004, o qual disciplina o uso das algemas, deve ser votado e aprovado pelo Congresso Nacional, viabilizando, assim, o uso das algemas em consonância com os direitos fundamentais dos presos TAVARES, André Ramos. Nova lei da súmula vinculante: estudos e comentários à Lei , de São Paulo: Método, 2007, p O emprego de algemas em todo o território nacional poderá ser regulamentado mediante projeto que tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), cuja votação, no Senado, está prevista para o ano de Ver: Notícia Uso de algemas passará pela deliberação da CDH veiculada no site da FENAPEF Federação Nacional da Polícia Federal. Disponível em e acesso em 28/02/2014.

13 13 Enquanto o Congresso Nacional não regulamenta o uso das algemas e enquanto a Presidência da República não edita um decreto para regulamentar o art da Lei de Execuções Criminais (Lei Federal nº 7.210/84), cabe aos operadores do direito e, em especial, o Poder Judiciário aplicar o uso das algemas da forma que preserve os Direitos Humanos dos presos. Nesse sentido é que se insere a Súmula Vinculante nº 11, pois a finalidade desse instituto é melhorar a qualidade da prestação jurisdicional e resguardar os direitos previstos na Constituição Federal 12. Assim, o instituto da súmula vinculante é mais um mecanismo para melhorar a qualidade da prestação jurisdicional. Ela busca conceder ao jurisdicionado uma resposta certa e uniforme (princípio da segurança jurídica), evitando tratamento diverso e situações idênticas: A utilidade maior que se pode alcançar através da súmula vinculante é a da realização prática do binômio justiça-certeza, que constitui o cerne do próprio Direito e a razão de ser da atividade judiciária do Estado. Se não for para eliminar a incerteza, e se não houver uma razoável previsibilidade no julgamento, a partir dos parâmetros que o próprio Direito oferece, então não se compreende a existência do tão vasto ordenamento jurídico, nem tampouco se justifica a manutenção do dispendioso organismo judiciário do Estado. [...] absolutamente necessária uma política de resultados, em que o Estado-juiz desempenhe o poder-dever de outorgar, em tempo razoável, e de modo isonômico, a cada um o que é seu. 13. No atual contexto do Poder Judiciário brasileiro, pode-se afirmar que a súmula vinculante tem especial missão de desobstruir o STF, que está assoberbado de processos que discutem as mesmas teses jurídicas e que já tem posição consolidada, mas também de resguardar direitos humanos e, por esse motivo, metade dos enunciados vinculantes regulam direitos fundamentais. 11 Art. 199 da Lei de Execuções Penais (Lei nº 7.210/84) - O emprego de algemas será disciplinado por decreto federal. 12 SARLET, Ingo Wolfgang. Súmulas Vinculantes: em busca de algumas projeções hermenêuticas. Jurisdição e Direitos Fundamentais. Anuário 2004/2005 da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul - AJURIS. Coordenador Ingo Wolfgang Sarlet. Porto Alegre: V. I, T. I, p , p MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Divergência jurisprudencial e súmula vinculante. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p

14 14 Cabe referir, que a súmula vinculante tem por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, a qual acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos 14. O Min. Gilmar Mendes destaca que as súmulas vinculantes tem a finalidade de dar segurança jurídica e de evitar a multiplicação de processos de natureza idêntica e se uma súmula for descumprida a parte interessada pode ingressar com uma Reclamação Constitucional perante o Supremo Tribunal Federal - STF para que seja assegurada a autoridade das decisões da Corte Suprema Brasileira 15. Dentre as súmulas vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal, a súmula do uso das algemas é a que possui o maior número de Reclamações Constitucionais perante o Supremo Tribunal Federal. Em face disso é adequado estudar se a Súmula Vinculante nº 11 está sendo cumprida pelo Poder Judiciário e pela Administração Pública, em especial pelos órgãos policiais e o presente trabalho tem a finalidade de contribuir nesse estudo, evidenciando o simbolismo da mesma e a sua aplicabilidade entre os réus. Para proceder a análise crítica da súmula vinculante do uso das algemas é necessário analisar a estrutura das súmulas vinculantes e como as 14 Art. 103-A, 1º da Constituição Federal de A súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. 15 MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de direito constitucional. 4ª edição. São Paulo: Saraiva, 2009, p O Supremo Tribunal Federal editou 32 súmulas vinculantes até o final do ano de 2012, sendo uma cancelada (enunciado nº 30) e no ano de 2013 a Corte Suprema do Brasil não editou nenhuma súmula vinculante. No estudo sobre a efetividade da proteção dos direitos humanos através das súmulas vinculantes verificou-se que 14 (quatorze) enunciados possuem matérias relacionadas com os direitos fundamentais. As súmulas vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal - STF estão disponível no link: Jurisprudência - Súmulas Vinculantes e relacionam 32 enunciados, sendo 31 (trinta e um) vigentes e 01 (um) cancelado (súmula vinculante nº 30). Disponível em e acesso em 01/10/2013.

15 15 mesmas podem proteger os Direitos Humanos 17, pois a súmula da uso das algemas é uma demonstração de que esse instituto pode ser utilizado para tutelar os direitos fundamentais. A escolha do tema se baseou, também, na importância jurídica e social que a limitação do uso de algemas representa para a sociedade brasileira, pois a sua utilização envolve a colisão de interesses fundamentais tutelados pela Carta Magna, quais sejam: de um lado o dever do Estado de preservar a ordem pública, garantindo a segurança e a incolumidade das pessoas e de seu patrimônio e de outro lado, os princípios da dignidade humana e da presunção de inocência 18. Registra-se que além do aspecto social do uso das algemas, este estudo analisa o modelo de controle de constitucionalidade adotado no Brasil e o poder que a Corte Constitucional Brasileira (STF) possui na atual realidade jurídica. Nesse sentido se aponta que o nosso ordenamento jurídico adotou um modelo de controle de constitucionalidade híbrido 19, pois o controle é realizado de forma concentrada pelo Tribunal Constitucional e de forma difusa, a qual é realizada por qualquer magistrado. Em face disso é necessário apontar, mesmo que de forma sucinta, as principais características dos dois modelos de controle de constitucionalidade (difuso e concentrado) 20, pois ocorrem confusões entre os operadores do direito de como é realizado o controle de constitucionalidade e quais são seus efeitos. 17 Os direitos humanos são a parte que cabe a cada um no bem comum. Sem o conceito de direitos humanos, perde-se um instrumento conceitual valioso para determinar o conteúdo concreto da participação de cada membro da comunidade no bem comum, ou seja, daquilo que é devido a cada um na partilha do bem comum. Cada membro, ao afirmar seu direito, alcança especificar qual é a sua parte no bem comum. Sem o conceito de direitos humanos, corre-se o risco de que o bem comum seja identificado na prática com o bem de uma classe, do Estado, do partido ou de um grupo. Os direitos humanos trazem o bem comum do céu das abstrações coletivistas para o chão da vida concreta dos seres humanos. Ver: BARZOTTO, Luis Fernando. Os direitos humanos como direitos subjetivos: da dogmática jurídica à ética. RPGE, Porto Alegre, v. 28, n. 59, p , junho p FUDOLI, Rodrigo de Abreu. Uso de algemas: a Súmula Vinculante nº 11 do STF. Revista Phoenix Magazine, São Paulo, ano V, nº XI, p , 2008, p BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26ª edição. São Paulo: Malheiros, p. 332/ BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26ª edição. São Paulo: Malheiros, p. 332/343.

16 16 Existindo a confusão entre os dois modelos e havendo a necessidade de limitar o número de recursos que aportam no Supremo Tribunal Federal, ocorreu a abstratização do controle difuso de constitucionalidade e esse fenômeno acaba distorcendo o modelo de controle de constitucionalidade previsto na Constituição Federal. 21 Nesse contexto é que se insere o instituto das súmulas vinculantes, pois as mesmas decorrem de reiteradas decisões proferidas em controle difuso de constitucionalidade - controle concreto e efeitos inter partes, para que a posição e/ou entendimento do Supremo Tribunal Federal tenha efeitos erga omnes e para que eficácia vinculante dos demais órgãos do Poder Judiciário e da administração pública federal, estadual, distrital, municipal, direta e indireta, conforme preconiza o art. 103-A 22 da Constituição Federal. Como a matéria do uso das algemas foi regulada por uma súmula vinculante, imperiosa se faz a análise crítica 23 dos tipos de súmulas, da base normativa, da competência, dos legitimados, do procedimento e dos efeitos desse instrumento. Ademais, evidencia-se que a Reforma do Poder Judiciário realizada pela Emenda Constitucional nº 45/2004 e o julgamento de casos paradigmas (células tronco, fidelidade partidária, uniões homoafetivas, etc.) acabou fortalecendo o poder do Supremo Tribunal Federal, sendo que VIEIRA denominou essa circunstância de Supremocracia 24, pois o STF passou a 21 SOUZA, Eduardo Francisco de. A Abstratização do Controle Difuso de Constitucionalidade. Revista CEJ. Brasília, XII, nº 41, ABR/JUN-2008, p. 77/ Artigo 103-A da Constituição Federal - O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir da sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 23 SCHÄFER, Gilberto. Súmulas Vinculantes - Análise crítica da experiência do Supremo Tribunal Federal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p Neste sentido Oscar Vilhena utiliza o termo Supremocracia para referir que a adoção de da súmula vinculante completou um ciclo de concentração de poderes nas mãos do Supremo, voltado a sanar sua incapacidade de enquadrar juízes e tribunais resistentes às suas decisões. Como no controle difuso não havia a obrigatoriedade do seguimento da jurisprudência do STF, em face do seu efeito inter partes, a súmula vinculante veio dar um mecanismo ao Supremo de estender os efeitos das suas decisões aos demais órgãos do Judiciário e a administração pública. Ainda, a supremocracia diz respeito, em primeiro lugar, à autoridade recentemente adquirida pelo Supremo de governar jurisdicionalmente o Poder Judiciário no Brasil. Ver: VIEIRA, Oscar Vilhena. Supremocracia. Revista de Direito GV, São Paulo, JUL/DEZ-2008, p. 446/450.

17 17 desempenhar funções de outros poderes, em especial do Poder Legislativo, deixando de ser um legislador meramente negativo. A ideia da Supremocracia 25 acima referida será analisada neste estudo porque a Súmula Vinculante nº 11 do STF 26 não decorreu de reiteradas decisões sobre a matéria, conforme estabelece o art. 103-A da Constituição Federal e como prevê a Lei das Súmulas Vinculantes - Lei nº /2006, mas foi editada após a exposição pública (jornais e televisão) de pessoas renomadas (banqueiros, procuradores de justiça, magistrados, etc.) que respondiam por processos criminais naquela época 27. Todavia, o poder de quase legislador do Supremo Tribunal Federal não deve ser utilizado para evitar que pessoas famosas não sejam expostas na mídia, mas o STF deve exercer as funções previstas na Carta Magna 28. A limitação do uso das algemas deve ser aplicada a todos os réus, nos exatos termos da Súmula Vinculante nº 11 e não há determinadas pessoas, pois todas as pessoas possuem o direito fundamental da dignidade da pessoa humana 29 e da presunção da inocência 30. Então para analisar se a súmula vinculante da limitação do uso das algemas é aplicada de forma indistinta e para constatar a eficácia da proteção desse direito fundamental, mister investigar as ações de Reclamação 25 VIEIRA, Oscar Vilhena. Supremocracia. Revista de Direito GV, São Paulo, JUL/DEZ-2008, p. 446/ Súmula Vinculante nº 11 do STF - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 27 SELL, Sandro César. O pedreiro, o banqueiro e um par de algemas. Jus Navegandi. Teresina, ano 12, nº 1875, 19/08/2008. Disponível em: Acesso em 12/02/ SELL, Sandro César. O pedreiro, o banqueiro e um par de algemas. Jus Navegandi. Teresina, ano 12, nº 1875, 19/08/2008. Disponível em: Acesso em 12/02/ Artigo 1º, III da CF/88 - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:...omissis... III - a dignidade da pessoa humana; 30 Artigo 5º da CF/88 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos:...omissis... LVII - ninguém será considerado culpado até transito em julgado de sentença penal condenatória;

18 18 Constitucional sobre essa matéria 31, pois esse é um dos mecanismos para que a autoridade das decisões do STF seja respeitada pelos demais órgãos do Poder Judiciário e pela administração pública 32. Além da Reclamação Constitucional é importante verificar se o sistema recursal contribui para o adequado cumprimento da súmula vinculante do uso das algemas, pois o preso pode manejar a ação constitucional supra referida ou pode utilizar o sistema recursal para atacar uma prisão realizada em dissonância com o texto da Súmula Vinculante nº 11. Importante registrar que em um Curso de Mestrado em Direitos Humanos é adequado que se examine a eficácia da proteção dos Direitos Fundamentais e o estudo da súmula vinculante nº 11 atende essa finalidade. Com base nisso, elaborou-se os seguintes problemas: a - A súmula vinculante nº 11 foi criada em consonância com os preceitos estabelecidos na Constituição Federal? b - Como é aplicada a súmula vinculante do uso das algemas pelo Poder Judiciário e quais as ratio decidendi das decisões sobre a súmula vinculante nº 11? Para SCHÄFER a principal justificativa para a existência do efeito vinculante é a incidência dos motivos determinantes, também, denominados de ratio decidendi, no texto das súmulas com força vinculante, pois a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal - STF é consolidada no verbete vinculante, inclusive, esse mecanismo está presente em outros países, como os Estados Unidos 33, por isso é indispensável investigar a ratio decidendi das súmulas editadas sobre direitos humanos. Para realizar o estudo dos problemas supra referidos, estabeleceuse o objetivo geral de analisar de forma crítíca a súmula vinculante do uso das algemas e os seguintes objetivos específicos: 31 O estudo da súmula vinculante do uso das algemas, também, foi trabalhado em um artigo intitulado Uma análise crítica da súmula vinculante do uso das algemas, o qual foi elaborado pelo autor desta dissertação (Diego Oliveira da Silveira) e por Gilberto Schäfer, oritentador deste trabalho, sendo que esse artigo está aguardando publicação. 32 MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 4ª edição. São Paulo: Saraiva, p SCHÄFER, Gilberto. Súmulas Vinculantes - Análise crítica da expediência do Supremo Tribunal Federal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012, p. 91.

19 19 a: Analisar o procedimento para a criação das súmulas vinculantes, através do exame da legitimidade ativa, dos pressupostos constitucionais para a edição das súmulas, do quórum de aprovação, da modificação ou cancelamento e dos efeitos das súmulas. b: Identificar se a súmula vinculante do uso das algemas foi editada de acordo com os requisitos constitucionais. c: Verificar como a súmula vinculante nº 11 tem sido aplicada pelo Poder Judiciário, examinar as ratio decidendi das Reclamações Constitucionais e das decisões do sistema recursal complementar. A metodologia da pesquisa adotada é o do estudo qualitativo do material bibliográfico e jurisprudencial, através da análise densa e crítica de uma parte da doutrina existente sobre o tema escolhido e através da análise de julgados de Reclamações Constitucionais sobre a limitação do uso das algemas realizados após a vigência da Lei das Súmulas Vinculantes (Lei nº /2006) e de acórdãos do Superior Tribunal de Justiça - STJ e do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul - TJRS para investigar se a eficácia vinculante da súmula vinculante nº 11 do STF é respeitada pelos demais órgãos do Poder Judiciário, protegendo, assim, os Direitos Humanos 34. Portanto, a Súmula Vinculante nº 11 enseja uma análise crítica desse instituto, do poder que o Supremo Tribunal Federal e da aplicação/efetividade da limitação do uso das algemas e esse trabalho tem a finalidade de trazer apontamentos para embasar uma análise crítica desse importante instituto do ramo do Direito Constitucional e para fomentar o 34 Pensar a ordem jurídica a partir da consideração das pessoas humanas como fins em si mesmas, significa identificar como juridicamente válido somente aquilo que favorece a sua realização como pessoas. A ordem jurídica preocupa-se em determinar assim, o que é devido à pessoa humana como tal, sendo pensada como um conjunto de direitos, e não um sistema de normas. Cada membro da sociedade passa a referir-se a si mesmo e a um outro que é igual a si em dignidade, como titular de direitos idênticos, os direitos humanos. Na sociedade fundada na igual dignidade de todos, não há um superior acima dos membros do corpo social. O Estado, a nação, o povo, não podem impor deveres às pessoas. Se o século XX foi pródigo em colocar o direito positivo a serviço de ficções coletivistas como interesse de classe, segurança nacional, soberania, os direitos humanos explicitam que só a dignidade da pessoa humana é fonte de deveres para a pessoa humana: todos os deveres são (direta ou indiretamente) correlatos dos direitos humanos, dos direitos derivados da dignidade da pessoa humana. Ver: BARZOTTO, Luis Fernando. Os direitos humanos como direitos subjetivos: da dogmática jurídica à ética. RPGE, Porto Alegre, v. 28, n. 59, p , junho p. 141.

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