Módulo O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint-Exupéry

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1 Módulo O Pequeno Príncipe Antoine de Saint-Exupéry 1

2 Módulo do Pequeno Príncipe Gostaria de ter começado essa história como nos contos de fadas. Gostaria de ter começado assim: Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior que ele, e que tinha necessidade de um amigo... (p.18) Mas o livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, não começa como em um conto de fadas, mas sim com o narrador, um aviador, contando sobre o medo que ele sentia quando criança e a sua dificuldade em expressá-lo. Por não ter sido compreendido, se tornou um adulto solitário e sem amigos. Freqüentemente, a infância é romantizada e existe o mito da criança feliz. Muitas crianças, na realidade, se sentem como o aviador, e sofrem por não saber expressar seus medos. Quando sentimos medo e não somos compreendidos, nos fechamos para as relações e perdemos a possibilidade de viver plenamente. O mistério e a magia da vida surgem quando nossa alma nasce nos encontros e nas experiências reais. Incompreendido, o menino torna-se um adulto solitário que não acredita nas pessoas grandes. Ao dedicar o livro a um adulto, o aviador quer mostrar que quando fala das pessoas grandes com hostilidade, não está se referindo a todas elas, mas àquelas que, como ele, esqueceram a criança que existe dentro de si. A Léon Werth Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho um bom motivo: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo. Tenho um outro motivo: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda um terceiro motivo: essa pessoa grande mora na França e ela tem fome e frio. Ela precisa de consolo. Se todos esses motivos não bastam, eu dedico então este livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia criança mas poucas se lembram disso. Corrijo, portanto, a dedicatória: 2

3 A Léon Werth Quando ele era criança Quando fala das pessoas grandes, o aviador está falando de como ele as vê. O processo de ver o outro e a si próprio só terá início no encontro com o pequeno príncipe. A falta de comunicação fez com que o aviador, por não ter sido compreendido quando menino, estabelecesse relações superficiais e nelas permanecesse pela dificuldade de ficar consigo mesmo. Viveu desta maneira até o dia em que uma pane em seu avião o obrigou a fazer um pouso de emergência no Saara. No deserto, longe de outras pessoas, entrou em contato consigo mesmo e ouviu a voz do seu pequeno príncipe, dando início a um encontro entre o adulto que era e a criança adormecida dentro de si. Na contracapa do livro, há um pequeno texto de Amélia Lacombe que mostra a trajetória e a abertura do espaço interno para a criatividade e a imaginação, tão indispensáveis para a vida: O pequeno príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino. Percebemos na relação entre o aviador e o pequeno príncipe, dois grandes momentos: antes do encontro com a raposa, quando o pequeno príncipe, com sua atitude superficial, não consegue olhar para o mundo com simpatia, vendo apenas as aparências e estereótipos; e depois do encontro com a raposa, quando aprende a criar laços e se relacionar verdadeiramente com outras pessoas. Parte I Antes do encontro com a raposa 3

4 O aviador conta que, aos seis anos, ficou impressionado com uma gravura que viu em um livro e fez seu primeiro desenho: Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, Histórias vividas, uma impressionante gravura. Ela representava uma jibóia engolindo um animal. (...) Dizia o livro: As jibóia engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, não podem mover-se e dormem os seis meses da digestão. Refleti muito sobre as aventuras da selva e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. O meu desenho número 1. (...) (p. 7) Assustado com o que vira, mostrava sua obra-prima às pessoas grandes e lhes perguntava se sentiam medo. Mas, para elas, a ilustração parecia um chapéu, e um chapéu não é nada assustador. Diante disso, o menino resolveu fazer o desenho número 2 em que o interior da jibóia estava representado, mas não obteve sucesso: As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma promissora carreira de pintor. (p. 8) Por não ter sido compreendido, o menino se fechou e viveu por longos anos de sua vida sem interesse pelas pessoas. A falta de comunicação fez com que se tornasse um homem arrogante e ressentido. Sem acreditar na criatividade e na 4

5 comunicação, desistiu de seguir o que pensava ser uma promissora carreira de pintor e escolheu uma profissão que lhe parecia mais técnica : Tive então que escolher outra profissão e aprendi a pilotar aviões. (p. 8). Manteve-se longe do contato humano: com seu avião poderia ver todos os lugares, mas sem permanecer de fato em nenhum deles. Ser aviador é uma linda profissão que, assim como todas as outras, exige imaginação, criatividade e amor, mas ele ainda não estava pronto para compreender que o problema não estava na sua profissão, mas nele mesmo. O aviador admite que, ao longo de sua vida, teve vários contatos, mas nunca um verdadeiro amigo: Vivi, portanto, só, sem alguém com quem pudesse realmente conversar, até o dia em que uma pane obrigou-me a fazer um pouso de emergência no deserto do Saara, há cerca de seis anos. Alguma coisa se quebrara no motor. E como não trazia comigo nem mecânico nem passageiros, preparei-me para executar sozinho aquele difícil conserto. Era, para mim, questão de vida ou morte. A água que eu tinha para beber só dava para oito dias. (p. 9) Quando adulto - mas ainda se comportando como uma criança que deseja ser adivinhada -, antes mesmo de iniciar uma conversa, o aviador mostrava seu desenho número 1 para testar as pessoas. Como elas não adivinhavam o medo que ele pensava estar expressando, aumentava sua mágoa e seu tom de superioridade, afastando as pessoas ainda mais: Quando encontrava uma que me parecia um pouco esclarecida, fazia a experiência do meu desenho número 1, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se ela era na verdade uma pessoa inteligente. Mas a resposta era sempre a mesma: É um chapéu. Então eu não falava nem de jibóias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Colocava-me ao seu nível (p. 9) 5

6 Essa postura durou até o encontro com o pequeno príncipe. Caminharam juntos pelo deserto, por oito dias: Na primeira noite adormeci sobre a areia, a quilômetros e quilômetros de qualquer terra habitada. Estava mais isolado que um náufrago num bote perdido no meio do oceano. Imaginem qual foi minha surpresa quando, ao amanhecer, uma vozinha estranha me acordou. (p. 9) Ele estava a quilômetros e quilômetros de qualquer região habitada quando uma vozinha o despertou com o seguinte pedido: Desenha-me um carneiro... Era o pequeno príncipe, uma figura extraordinária que não parecia alguém perdido no deserto, pois não aparentava ter fome, sede, medo ou fadiga. Sem ousar desobedecê-lo, o aviador retirou do bolso papel e caneta, mas não foi um carneiro que desenhou: Como jamais houvesse desenhado um carneiro, refiz para ele um dos dois únicos desenhos que sabia: o da jibóia fechada. E fiquei estupefato de ouvir o garoto replicar: - Não! Não! Eu não quero um elefante numa jibóia. A jibóia é perigosa e o elefante toma muito espaço. Tudo é pequeno onde eu moro. Preciso é de um carneiro. Desenha-me um carneiro. (p. 12) Onde todos viam um chapéu, o principezinho viu a jibóia, e teve a coragem e a firmeza de dizer ao aviador que não queria jibóia nem tampouco elefante, pois sabia exatamente do que precisava: um carneiro. No sonho, através de um diálogo interno com o principezinho, o aviador conseguiu dizer não ao seu medo. Ele tenta desenhar o carneiro, mas sem sucesso e, depois de inúmeras tentativas, perde a paciência, desenha uma caixa e diz que o carneiro está dentro dela. O desenho da caixa ganha vida na imaginação do principezinho: ali caberia 6

7 qualquer carneirinho. Nesse momento, começa a surgir a idéia de que o essencial é invisível aos olhos: - Não! Esse já está muito doente. Desenha outro. Desenhei de novo. Meu amigo sorriu com indulgência: - Bem vês que isto não é um carneiro. É um bode... Olha os chifres... Fiz mais uma vez o desenho. Mas ele foi recusado como os precedentes: - Este aí é muito velho. Quero um carneiro que viva muito. Então, perdendo a paciência, como tinha pressa de desmontar o motor, rabisquei o desenho abaixo. E arrisquei: - Esta é a caixa. O carneiro está dentro. Mas fiquei surpreso de ver iluminar-se a face do meu pequeno juiz: - Era assim mesmo que eu queria! Será preciso muito capim para esse carneiro? - Por quê? - Porque é muito pequeno onde eu moro... - Qualquer coisa chega. Eu te dei um carneirinho de nada! Inclinou a cabeça sobre o desenho: - Não é tão pequeno assim... Olha! Adormeceu... E foi assim que conheci, um dia, o pequeno príncipe. (p.12) 7

8 Na relação com o pequeno príncipe, o aviador começa a perceber o mundo à sua volta e a se interessar verdadeiramente pelos outros: - De onde vens, meu caro? Onde é a tua casa? Para onde queres levar meu carneiro? (p. 14) É também neste contato com o principezinho que ele começa a recuperar a imaginação. Esta etapa também é marcada pelo início da sua percepção como uma pessoa grande. Ele, que até agora se acreditava superior a todos, começa a perceber que suas críticas aos outros se referiam também a si mesmo: Infelizmente, não sei ver carneiros através de caixas. Talvez eu seja um pouco como as pessoas grandes. Devo ter envelhecido. (p. 19) A couraça que evitava qualquer possibilidade de relacionamentos se desfaz nos diálogos com o principezinho. Esse encontro foi marcante e o aviador quer mantê-lo vivo em sua lembrança: Já faz seis anos que meu amigo se foi com seu carneiro. Se tento descrevê-lo aqui, é justamente porque não quero esquecê-lo. É triste esquecer um amigo. Nem todo o mundo tem amigo. E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números. Foi por isso que comprei um estojo de aquarelas e alguns lápis. É difícil voltar a desenhar na minha idade, principalmente quando não se fez outra tentativa além das jibóias fechadas e abertas, aos seis anos! Experimentei, é claro, fazer os retratos mais fiéis que pudesse. Mas não tenho muita certeza de conseguir. Um desenho parece passável; outro, já é inteiramente diferente. Engano-me também o tamanho. Ora o principezinho está muito grande, ora pequeno demais. Hesito também quanto à cor de suas roupas. Vou arriscando, então, aqui e ali. Provavelmente esquecerei detalhes dos mais importantes. Peço que me perdoem. (p. 18) Aos poucos, o aviador vai conhecendo o principezinho. Descobre que ele vem de um planeta muito pequeno e que uma de suas atividades preferidas é ver o pôr-do-sol. O pequeno príncipe fica feliz em saber que os carneiros se alimentam de arbustos porque, assim, poderão comer os baobás quando estes ainda forem pequenos. O aviador não conseguia compreender porque isso era tão importante para o principezinho, mas após um grande esforço passa a entender: 8

9 De fato, no planeta do pequeno príncipe havia, como em outros planetas, ervas boas e más. Conseqüentemente, sementes boas, de ervas boas; e sementes más, de ervas más. Mas as sementes são invisíveis. Elas dormem nas entranhas da terra até que uma cisme de despertar. Então ela se espreguiça e lança, timidamente, para o sol, um inofensivo galhinho. Se for de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresça à vontade. Mas quando percebemos que se trata de uma planta ruim, é preciso que a arranquemos imediatamente. Ora, havia sementes terríveis no planeta do pequeno príncipe... as sementes de baobá. O solo do planeta estava infestado. (p. 20) Os baobás são árvores grandes e ocas por dentro. Se um baobá cresce, nem mesmo uma manada de elefantes consegue destruí-lo, avisa o aviador. Mas o pequeno príncipe sabe como resolver o problema antes que as más sementes infestem seu planeta: - É uma questão de disciplina - disse mais tarde o principezinho. - Quando a gente acaba a higiene matinal, começa a fazer com cuidado a higiene do planeta. É preciso que nos habituemos a arrancar regularmente os baobás logo que se diferenciem das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos. É um trabalho sem graça, mas de fácil execução. (p. 22) O principezinho fala a respeito da importância de saber discernir o que é bom do que é ruim e cuidar permanentemente para que as más sementes não tomem conta. Este é um trabalho rotineiro que exige disciplina e não requer muito esforço. Se não arrancamos esta plantinha no início, nunca mais a gente consegue se livrar dela, pois suas raízes penetram o planeta todo, atravancando-o. E, se o planeta for pequeno e os baobás, numerosos, o planeta acaba rachando. (p. 21) Como mostra o pequeno príncipe, o trabalho de prevenção é primordial para nos proteger tanto dos perigos internos quanto dos externos que fazem parte da 9

10 vida. É por ter consciência da importância do trabalho preventivo que o aviador faz um grande desenho para alertar as crianças sobre o perigo dos baobás: Não gosto de assumir o tom de moralista, mas o perigo dos baobás é tão pouco conhecido, e tão grandes são os riscos para aquele que um dia se perca num asteróide, que, ao menos uma vez, abro exceção e digo: Crianças! Cuidado com os baobás! Foi para advertir meus amigos de um perigo que há tanto tempo os ameaçava, como a mim, e do qual nunca suspeitamos, que tanto caprichei naquele desenho. (p. 22) Com a ajuda do carneiro, o aviador vai descobrindo cada vez mais sobre o pequeno príncipe. Ao saber que os carneiros comem arbustos, o principezinho fica muito assustado e com medo de perder a sua flor e pergunta para que servem os espinhos da sua rosa. O aviador, preocupado naquele momento com o problema do motor de seu avião, responde irritado: Espinhos não servem para 10

11 nada, são pura maldade das flores. (p.26) Diz que só se ocupa com coisas sérias, e que as flores não tem importância, e o principezinho fica muito indignado: - Conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão contas. E o dia todo repete, como tu: Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério! E isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem, é um cogumelo! (...) (p.27) E acrescenta: - Há milhões e milhões de anos que as flores fabricam espinhos. Há milhões e milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar compreender porque perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode liquidar num só golpe, sem avaliar o que faz, - isto não tem importância?! Corou um pouco, e continuou em seguida: - Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-la feliz quando a contempla. Ele pensa: minha flor está lá, em algum lugar... Mas se o carneiro come a flor, para ele é como se todas as estrelas repentinamente se apagassem! E isso não tem importância! (p. 28) Nesse momento tanto o principezinho quanto o aviador estão irritados. O aviador, preocupado com seu avião, não prestou atenção no que o principezinho estava dizendo. Ao não ser ouvido, o principezinho o chama de cogumelo e mostra toda a sua indignação com as pessoas que só se interessam por elas. Ele confrontou o aviador dizendo o que verdadeiramente pensava, e chorou ao ter que pronunciar palavras tão duras. Ao ver suas lágrimas, o aviador compreende o quanto ele é importante para o principezinho, e sente uma vontade imensa de 11

12 consolá-lo. Nesse instante, a falta de comunicação dá lugar a um entendimento profundo entre eles: Não conseguiu dizer mais nada. Imediatamente se pôs a soluçar. A noite caíra. Larguei as ferramentas. Ria-me do martelo, do parafuso, da sede e da morte. Havia numa estrela, num planeta, o meu, a Terra, um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o. E lhe dizia: A flor que tu amas não está em perigo... Vou desenhar uma pequena mordaça para o carneiro... Uma armadura para a flor... Eu... Eu não sabia o que dizer. Sentia-me desajeitado. Não sabia como atingi-lo, onde encontrá-lo... É tão misterioso, o país das lágrimas! (p. 28) Preocupado com os baobás, certo dia o principezinho observa um broto diferente dos outros, e decide vigiá-lo de perto. O pequeno príncipe, que assistia ao surgimento de um enorme botão, pressentiu que dali sairia uma aparição miraculosa, e após alguns dias, eis que, numa manhã, justamente à hora do sol nascer, ela se mostrou. O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto: - Como és bonita! (p.29) Era envolvente, mas nada modesta. Tu poderias cuidar de mim... (p. 29), pediu a flor, e o pequeno príncipe, embora atordoado, obedeceu. Assim, ela logo começou a atormentá-lo com sua doentia vaidade. (p. 30), conseguindo que ele atendesse a todos os seus pedidos: que a regasse, que a protegesse das correntes de ar com um para-vento, que à noite a abrigasse sob uma redoma de vidro. Certa vez, pediu que fosse colocada sob a redoma de vidro pela noite, dizendo que nesse planeta fazia muito frio, ao contrário do lugar de onde viera. Subitamente calou-se, e o principezinho percebeu que ela estava mentindo, pois ele a vira nascer, então não pudera conhecer nada dos outros mundos. (p. 31) Desencantado, o principezinho, apesar da sinceridade do seu amor, logo começara a duvidar dela. Levara a sério palavras sem importância, e isto o fez sentir-se muito infeliz. (p. 31) Foi assim que o pequeno príncipe decidiu partir. Antes, pôs o planeta em ordem (p. 32): revolveu seus três vulcões, inclusive o inativo, afinal, nunca se sabe! ; arrancou os últimos rebentos de baobás e, por fim, despediu-se da flor. Surpreendeu-se com a ausência de censuras : esperava que ela o repreendesse, 12

13 mas isso não aconteceu. Ela compreendeu a importância da separação, ambos haviam sido tolos e precisavam conhecer a vida para aprender o verdadeiro significado do amor: - É claro que eu te amo - disse-lhe a flor. - Foi minha culpa que não perceberes isso. Mas não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Tenta ser feliz... Larga essa redoma, não preciso mais dela. - Mas o vento... - Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor. - Mas os bichos... - É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras. (p. 34) No diálogo com o aviador, o principezinho reconhece que não sabia a importância do amor, e se entristece: - Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras. Ela exalava perfumes e me alegrava... Não podia jamais tê-la abandonado. Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la. (p. 31) A separação foi essencial para que o pequeno príncipe lembrasse o que havia vivido com a sua flor. Após a despedida, ele começou sua viagem visitando os asteróides mais próximos para desta forma ter uma atividade e se instruir. (p. 34) Esta foi uma viagem de muitos aprendizados. Foram seis os asteróides visitados pelo principezinho e, em cada um, conheceu uma pessoa diferente: o rei, o vaidoso, o bêbado, o empresário, o acendedor de lampiões e o geógrafo. Ao retratar cada um dos habitantes dos planetas que visitara, o principezinho nos 13

14 mostra estereótipos do que seja a pessoa humana. Pessoas grandes que, infelizmente, não encontraram um sentido na vida e vivem sós, cada uma em seu planeta de forma bem limitada. O rei O primeiro deles foi o asteróide habitado pelo rei que, assim que avistou o principezinho, exclamou alegre: Ah! Eis um súdito! (p. 35) Todo orgulhoso por, finalmente, encontrar um súdito, o rei passou a dar ordens sistemáticas ao pequeno príncipe: que bocejasse, que sentasse, que ficasse, que fosse embora. Não tolerava desobediência. Era um monarca absoluto. Mas, como era muito bom, dava ordens razoáveis. (p. 35) O monarca, ao mandar as pessoas fazerem o que elas já queriam fazer, encontrou uma forma de sempre ser obedecido e sentia-se muito importante com o seu método: O principezinho procurou com olhos onde sentar-se, mas o planeta estava todo atravancado pelo magnífico manto de arminho. Ficou, então, de pé. Mas, como estava cansado, bocejou. proíbo. - É contra a etiqueta bocejar na frente do rei, disse o monarca. Eu o -Não posso evitá-lo, disse o principezinho confuso. Fiz uma longa viagem e não dormi ainda... -Então, disse o rei, eu te ordeno que bocejes. Há anos que não vejo ninguém bocejar! Os bocejos são uma raridade para mim. Vamos, boceja! É uma ordem! -Isso me intimida... Eu não posso mais... Disse o principezinho todo vermelho. (p. 35) -Hum! Hum! Respondeu o rei. Então... Eu te ordeno ora bocejares e ora... 14

15 O principezinho, intrigado com o minúsculo planeta do monarca, o interroga: Majestade... sobre quem reinais? E o rei com um gesto simples, indicou seu planeta, os outros planetas, e também as estrelas. (p. 37) Sabendo que o rei reinava sobre todo o universo, o principezinho lhe pede para que ele ordene que o sol se ponha. E o rei lhe explica: - Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transformar-se numa gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem, ele ou eu, estaria errado? -Vós - respondeu com firmeza o principezinho. -Exato. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar - replicou o rei. - A autoridade se baseia na razão. Se ordenares a teu povo que se lance ao mar, todos se rebelarão. Eu tenho o direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis. (p. 37) Este rei estava sozinho em seu planeta. Ansioso por ter um súdito, propõe ao principezinho que seja seu Ministro da Justiça, mas o pequeno príncipe recusa dizendo que não há ninguém para julgar naquele lugar, ao que o rei responde: - Tu julgarás a ti mesmo respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um julgamento de ti, és um verdadeiro sábio. - Mas eu posso julgar-me a mim próprio em qualquer lugar, replicou o principezinho. Não preciso, para isso, ficar morando aqui. -Ah! - disse o rei -, eu tenho quase certeza de que há um velho rato no meu planeta. Eu o escuto de noite. Tu poderás julgar esse rato. Tu o condenarás à morte de vez em quando: assim a sua vida dependerá da tua justiça. Mas tu o perdoarás cada vez, para economizá-lo. Pois só temos um. - Eu, respondeu o principezinho, eu não gosto de condenar à morte, e acho que vou mesmo embora. (p. 39) 15

16 Apesar dos argumentos do rei, o principezinho não ficou convencido a ficar em seu planeta, e prosseguiu a viagem. O Vaidoso O segundo planeta visitado pelo principezinho era habitado por um vaidoso que ficou feliz em ver um admirador, afinal, para os vaidosos, os outros homens são seus admiradores. (p. 40) Para esse tipo de homem, lidar com a crítica é muito difícil, eles só ouvem os elogios (p. 42). O principezinho não entende o que significa admirar: principezinho. -Não é verdade que tu me admiras muito? Perguntou ele ao -Que quer dizer admirar? -Admirar significa reconhecer que eu sou o homem mais belo, mais rico, mais inteligente e mais bem vestido de todo o planeta. - Mas só há você no seu planeta! -Dá-me esse gosto. Admira mesmo assim! -Eu te admiro, disse o principezinho, dando de ombros. Mas como pode isso interessar-te? E o principezinho foi-se embora. (p.42) O Bêbado Neste terceiro planeta, o pequeno príncipe conhece um bêbado que se encontrava silenciosamente acomodado diante de inúmeras garrafas vazias e diversas garrafas cheias. (p. 42). O bêbado confessa que bebe para esquecer que tem vergonha de beber, o que deixa o principezinho mergulhado numa profunda tristeza (p.42), pois 16

17 ele sabia que beber para esquecer não resolveria seus problemas. Este homem está preso em um ciclo vicioso do qual não consegue se livrar: -Eu bebo, respondeu o bêbado com ar lúgubre. -Por que é que bebes? Perguntou-lhe o principezinho. -Para esquecer, respondeu o beberrão. -Esquecer o quê? Indagou o principezinho, que já começava a sentir pena. -Esquecer que eu tenho vergonha, confessou o bêbado, baixando a cabeça. -Vergonha de quê? Investigou o principezinho, que desejava socorrê-lo. no seu silêncio. -Vergonha de beber! Concluiu o beberrão, encerrando-se definitivamente E o principezinho foi-se embora, perplexo. (p. 43) O Empresário No quarto planeta conhece um empresário que diz possuir estrelas e passa todo o tempo a contá-las. Este homem leva seu trabalho muito a sério: Eu sou um sujeito sério, Gosto de exatidão. (p. 45) Porém, apesar de possuir as estrelas, ele não sabe admirá-las. Pela primeira vez o principezinho lembra da flor que deixou em seu planeta: Eu disse ele, ainda possuo uma flor que rego todos os dias. Possuo três vulcões que revolvo toda semana. Porque revolvo também o que está extinto. A gente nunca sabe! É útil para os meus vulcões, é útil para a minha flor que eu os possua. Mas tu não és útil às estrelas... O empresário sente-se importante, mas o principezinho não se convence: -Como pode a gente possuir as estrelas? -De quem são elas? Respondeu, ameaçador, o homem de negócios. 17

18 -Eu não sei. De ninguém. -Logo são as minhas, porque pensei primeiro. -Basta isso? -Sem dúvida. Quando achas um diamante que não é de ninguém, ele é teu. Quando achas uma ilha que não é de ninguém, ela é tua. Quando tens uma idéia primeiro, tu a fazes registrar: ela é tua. E quanto a mim, eu possuo as estrelas, pois ninguém antes de mim teve a idéia de possuí-las. -Isso é verdade, disse o principezinho. E que fazes tu com elas? -Eu as administro. Eu as conto e reconto, disse o homem de negócios. É difícil. Mas eu sou um homem serio! O principezinho ainda não estava satisfeito. -Eu, se possuo um lenço, posso colocá-lo em torno do pescoço e levá-lo comigo. Se possuo uma flor, posso colher a flor e levá-la comigo. Mas tu não podes colher as estrelas. -Não. Mas eu posso colocá-las no banco. -Que quer dizer isto? -Isso quer dizer que eu escrevo num papelzinho o número das minhas estrelas. Depois tranco o papel a chave numa gaveta. -Só isto? - E basta... sério. - É divertido, pensou o principezinho. É bastante poético. Mas não é muito 18

19 O principezinho tinha, sobre as coisas sérias, idéias muito diversas das idéias das pessoas grandes. - Eu, disse ele ainda, possuo uma flor que rego todos os dias. Possuo três vulcões que revolvo toda semana. Porque revolvo também o que está extinto. A gente nunca sabe. É útil para os meus vulcões, é útil para a minha flor que eu os possua. Mas tu não és útil às estrelas... O homem de negócios abriu a boca, mas não achou nada a responder, e o principezinho se foi... As pessoas grandes são mesmo extraordinárias, repetia simplesmente no percurso da viagem. (p.46) O Acendedor de Lampiões O acendedor diz que executa uma tarefa terrível. Antes gostava desta tarefa, mas agora, como seu planeta gira muito rápido, não lhe sobra tempo para fazer outras coisas: - Eu executo uma tarefa terrível. No passado, era mais sensato. (...) O regulamento não mudou disse o acendedor. Aí é que está o problema. Mesmo com a mudança da realidade, o acendedor continua fazendo a mesma coisa e não pensa na possibilidade de mudar o regulamento. Existem pessoas, que como ele, não conseguem criar novas regras quando necessário. O principezinho vê um sentido no trabalho do acendedor, o que não aconteceu no seu encontro com as outras pessoas que conhecera até agora: Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor. Quando apaga, porém, faz adormecer a estrela ou a flor. É um belo trabalho, tem sua utilidade. (p.47 ) E na tentativa de ajudá-lo, o pequeno príncipe faz sugestões para que o acendedor consiga mudar esta situação, que se tornara um tormento e o deixava infeliz: 19

20 -Sabes? Eu sei de um modo de descansar quando quiseres... -Eu sempre quero, disse o acendedor. Pois a gente pode ser, ao mesmo tempo, fiel e preguiçoso. E o principezinho prosseguiu: -Teu planeta é tão pequeno, que podes, com três passos, dar-lhe a volta. Basta andares lentamente, bem lentamente, de modo a ficares sempre no sol. Quando quiseres descansar, caminharás... E o dia durará quanto queiras. -Isso não adianta muito, disse o acendedor. O que eu gosto mais na vida é de dormir. -Então não há remédio, disse o principezinho. -Não há remédio, disse o acendedor. Bom dia. (p. 50) O principezinho pensa: No entanto, é o único que não me parece ridículo. Talvez porque é o único que se ocupa de outra coisa que não ele próprio. (...) Era o único com quem eu poderia ter feito amizade. Mas seu planeta é mesmo pequeno demais. Não há lugar para dois. (p. 50) O Geógrafo No sexto planeta vivia um geógrafo que nunca abandona sua escrivaninha. Não sabia nada sobre seu próprio planeta, afinal, este era um trabalho para exploradores. Entusiasmado com a chegada do principezinho, lhe pergunta sobre o planeta de onde vem: O geógrafo, de súbito, se entusiasmou: planeta! -Mas tu vens de longes. Tu és explorador! Tu me vais descrever o teu 20

21 E o geógrafo, tendo aberto o seu caderno, apontou o seu lápis. Anotam-se primeiro a lápis as narrações dos exploradores. Espera-se, para cobrir à tinta, que o explorador tenha fornecido provas. -Então? Interrogou o geógrafo. -Oh! Onde eu moro, disse o principezinho, não é interessante: é muito pequeno. Eu tenho três vulcões. Dois vulcões em atividade e um vulcão extinto. A gente nunca sabe... -A gente nunca sabe, repetiu o geógrafo. -Tenho também uma flor. -Mas nós não adotamos as flores, disse o geógrafo. -Por que não? É o mais bonito! -Porque as flores são efêmeras. -Que quer dizer efêmera? -As geografias, disse o geógrafo, são os livros de mais valor. Nunca ficam fora de moda. É muito raro que um monte troque de lugar. É muito raro um oceano esvaziar-se. Nós escrevemos coisas eternas. -Mas os vulcões extintos podem se reanimar, interrompeu o principezinho. Que quer dizer efêmera? -Que os vulcões estejam extintos ou não, isso dá no mesmo para nós, disse o geógrafo. O que nos interessa é a montanha. Ela não muda. -Mas que quer dizer efêmera? repetiu o principezinho, que nunca, na sua vida, renunciara a uma pergunta que tivesse feito. -Quer dizer ameaçada de próxima desaparição. 21

Mostrei minha obra-prima à gente grande, perguntando se meu desenho lhes dava medo.

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