Boletim da Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Estado do Acre Informe Técnico 13 (Semana epidemiológica 1 a 19 03/01/2016 a 14/05/2016)
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- Juliana Caldeira Cabreira
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1 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A DENGUE, A CHIKUNGUNYA E A ZIKA ESTÃO NA INTENSIDADE DOS SINTOMAS. Dengue é, sem dúvidas, a doença mais grave quando comparada à Chikungunya e à Zika. Ela causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, a dengue pode provocar hemorragias, que, por sua vez, podem ocasionar óbito. Chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores concentram-se principalmente nas articulações. Na dengue, as dores são predominantemente musculares. Alguns sintomas da Chikungunya duram em torno de duas semanas; todavia, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente. Zika, é a doença que causa os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que a da dengue e Chikungunya, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias. Vale frisar, no entanto, que a febre zika relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain- Barré, e também com casos de microcefalia. Boletim da Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Estado do Acre Informe Técnico 13 (Semana epidemiológica 1 a 19 3/1/216 a 14/5/216) Situação epidemiológica da Dengue Foram notificados como casos suspeitos de dengue no Estado do Acre em 216 (7.276 casos). Entretanto, desses, apenas 678 (9%) casos foram confirmados, (57%) descartados, (2%) estão em investigação aguardando confirmação ou descarte e 1.41(14%) foram encerrados como inconclusivos por terem excedido o tempo oportuno de encerramento (6 dias). No mesmo período, em 215 foram notificados casos, destes, (44%) foram confirmados como dengue, (51%) descartado e 527 (5%) foram encerrados como inconclusivos. Observa-se então, um decréscimo de 28% nas notificações no Estado. (Gráfico 1). Na análise comparativa de casos notificados de dengue por semana epidemiológica nos anos de 215 e 216 conforme gráfico 2, a semana epidemiológica 7/216 apresentou maior número de casos (665), correspondendo a 9% das notificações de todo o período considerado (3/1/216 a 14/5/216). No mesmo período do ano anterior, o maior número de casos ocorreu na semana epidemiológica 3/216, com 947 casos (9%), nas semanas seguintes houve oscilações no número de casos. Analisando a distribuição mensal dos casos notificados como suspeitos no Estado, observa-se que um pico ocorreu no mês de fevereiro/216 (2.64 casos), seguido de uma redução no mês de março/216 (1.824 casos), tendência que é observada nos meses subseqüentes. No mesmo período, em 215, observa-se que o pico ocorreu no mês de janeiro (3.375 casos), com uma redução a partir do mês de fevereiro. (gráfico 3)
2 Gráfico 1 - Casos suspeitos de dengue, segundo critério de classificação, Acre. 215 e 216* Confirmados Descartados Em investigação Inconclusivo Fonte: SINANON SE 1 a 19 de 215/216 *Dados sujeitos a alteraçõe Gráfico 2 - Casos suspeitos de dengue, por semana epidemiológica, Acre - 215/216* Fonte: SINANON SE 1 a 19 de 215/216 *Dados sujeitos a alterações
3 Gráfico 3 - Casos suspeitos de Dengue,segundo mês de ocorrencia, Acre 215/216* Janeiro Fevereiro Marco Abril Maio Fonte: SINANON SE 1 a 19 de 215/216 *Dados sujeitos a alterações Situação epidemiológica da Febre Chikungunya Devido à manutenção do sistema de informação SINAN, não foi possível analisar a semana epidemiológica 19/216. Situação epidemiológica do Zika vírus Analisando a situação da Zika, da semana epidemiológica 1 a 19 (3/1/216 a 14/5/216), foram notificados casos suspeitos. Desses, 14 (1%) foram confirmados pelo laboratório de referência Instituto Evandro Chagas IEC, e 1 confirmado pelo laboratório LABCO NOÛS, 17 (1%) descartados e (98%) estão em investigação aguardando confirmação ou descarte. (gráfico 6) Dos 15 casos confirmados laboratorialmente de Zika, todos são autóctones (quando a doença é contraída no município de residência) do município de Rio Branco. Analisando os casos de 216 por semana epidemiológica, observa-se um acréscimo nas notificações a partir da semana epidemiológica 5, atingindo um pico na semana epidemiológica 9 (28/2/216 a 5/3/216) com 151 casos, nas semanas seguintes houve oscilações no número de casos, com diminuição a partir da semana 16. (gráfico 7)
4 Gráfico 6 - Casos suspeitos de Zika vírus, segundo critério de classificação, Acre, 216* Confirmado Descartado Em investigação Série Fonte: Planilha paralela/ SINANNET/IEC *SE 1 A 19 ( 3/1/216 a 14/5/216) * Dados sujeito a Alteração Gráfico 7 - Número casos suspeitos de Zika vírus, por semana epidemiológica, Acre, 216* Fonte: Planilha paralela/ SINANNET *SE 1 A 19 ( 3/1/216 a 14/5/216) * Dados sujeito a Alteração
5 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MICROCEFALIA E/OU ALTERAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) NO ESTADO DO ACRE O Estado do Acre vem monitorando e investigando todos os casos de microcefalia e/ou alteração do SNC nos 22 municípios, de acordo com as orientações do Protocolo de Vigilância das microcefalias e alterações do sistema nervoso central do Ministério da Saúde editado em março de 216. As notificações de microcefalia no Estado do Acre iniciaram na semana epidemiológica nº48/215 (Gráfico 8) abaixo. Da semana 48 a se 52/215 foram notificados 11 casos. Em 216 foram, notificados 31 casos. O acumulado de casos de 215 e 216 soma-se 42 casos, desses 38 residem no Estado dom Acre, 3 é do Estado de Rondônia e 1 caso do Amazonas. As investigações dos casos importados são de responsabilidade do estado de origem. Dos 38 casos residentes no Estado do Acre, 17 casos foram descartados por investigação clínica - epidemiológica e/ou laboratorial e 21 estão sob investigação (gráfico 9). Dos casos descartados 11 são do município de Rio Branco, 1 do Jordão, 1 de Feijó, 1 de Tarauacá, 1 de Porto Acre, 1 de Epitaciolândia e 1 de Cruzeiro do Sul. Não foram notificados no Estado casos de alterações do sistema nervoso central (SNC). Analisando o gráfico 1, observa-se que 9 municípios notificaram casos de microcefalia, sendo que Rio Branco registrou o maior número, (26). A Vigilância Epidemiológica Estadual orienta a todos os municípios que notifiquem todos os casos de microcefalia que atendam as definições de casos do Protocolo Vigente.
6 Gráfico 8 - Casos notificados de microcefalia, por semana epidemiológica. Estado do Acre e Fonte: Resp * 4 casos importados dos Estados de Rondônia e Amazonas. Gráfico 9 - Classificação final dos casos de microcefalia notificados no Estado do Acre, 215 e Descartados Investigação Fonte: Resp * 4 casos importados dos Estados de Rondônia e Amazonas.
7 Gráfico 1 - Casos notificados de microcefalia por município de residência - Acre, 215 e Fonte: RESP * 4 casos importados dos Estados de Rondônia e Amazonas. ORIENTAÇÃO AS GESTANTES Ter a gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico; Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas; Não utilizar medicamentos sem a orientação médica evitarem contato com pessoas com febre, exantema ou infecções; Adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirada de recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais de armazenamento de água); Proteger de mosquitos, adotando medidas como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida e utilização de repelentes indicados para gestantes.
8 SITUAÇÃO ENTOMOLOGICA Considerando a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) declarada pelo Ministério da Saúde MS em 12 de novembro de 215, foi recomendada a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Visando à execução de todas as atividades estabelecidas pelo Ministério da Saúde, dentre elas, a realização de 3 ciclos mensais de visita domiciliar nos meses de fevereiro, março e abril. Alguns municípios do estado estão realizando as ações juntamente com o exército e a defesa civil. Na tabela 1, podemos observar o andamento das atividades nos ciclo de visita domiciliar nos municípios do Estado do Acre realizados nos meses de janeiro, fevereiro e março. Este acompanhamento é feito através de envio diário de planilhas para alimentação de um sistema aberto pelo Ministério da Saúde, alguns municípios até o momento não encaminharam informações para análise pela Sala Estadual de Comando e Controle para enfrentamento do Aedes aegypti, deixando o sistema sem as devidas informações.
9 Tabela 1 Distribuição dos imóveis trabalhados, por municípios de residência, 216.
10 Ações desenvolvidas pela vigilância em saúde/sesacre A Secretaria Estadual de Saúde por meio da diretoria de vigilância em saúde tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Fazem parte desta intensificação as parcerias com o Setor de Humanização da SGA, demais Secretarias Estaduais e Órgãos Federais. As ações estão sendo desenvolvidas em diversos setores. As atividades são realizadas, através de dramatização, músicas, palestras e distribuição de panfletos/cartazes chamando a atenção sobre as formas de transmissão, medidas preventivas e diferenças básicas entre Dengue, Chikungunya e Zika vírus, o objetivo é formar multiplicadores no combate ao Aedes aegypti. A vigilância epidemiológica lembra que o combate à Dengue, Zika vírus e Chikungunya é feito por meio do controle da proliferação do mosquito,
11 Rio Branco-AC, 24 de maio de 216. Elaboração Vigilância epidemiológica da Dengue, Chikungunya e Zikavírus. Antônia Zacarias Campêlo Responsável pelos dados da Microcefalia Renata Sonaira Cordeiro Meireles Responsável pelos dados de Controle de Endemias Erika Rodrigues de Abreu Responsável pelos dados de Chikungunya e Zika vírus do setor de informática Maria Lima de Souza Equipe responsável pela revisão: Antônia Zacarias Campêlo Renata Sonaira Cordeiro Meireles Ana Paula da Silva Medeiros Rosineide Monteiro de Araújo Gerente da divisão de vigilância epidemiológica Eliane Alves Costa
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