Lição 7 O que é o dízimo do cristão A dimensão do amor do crente

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1 Lição 7 O que é o dízimo do cristão A dimensão do amor do crente Texto Bíblico: 2Coríntios INTRODUÇÃO O dízimo, isto é, 10% da renda, é apenas um ponto de referência, o mínimo, o começo, o ponto de partida para a quantia da contribuição do cristão. O que vai determinar o índice da oferta não é um percentual fixo, mas a fé, a visão dos objetivos gerais da igreja, a dimensão do amor do crente para com o seu Salvador, e o entendimento que ele tem do amor de Deus. À medida em que o crente entender que Deus é o Criador e possuidor dos céus e da terra, e que Jesus é o seu maior galardão, a tendência natural da sua mente não é fixar um percentual mínimo de 10% para ofertar, retendo o máximo possível para si, porém, ofertar o máximo possível, retendo para si o suficiente para as suas necessidades. O Novo Testamento vai além de um percentual imobilizado como padrão na contribuição para o Reino de Deus. O dízimo bastava aos fariseus, porque eles queriam apenas cumprir um preceito legal. Mas Jesus diz para cada um de nós:... se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus (Mt 5.20). Dízimo é graça. Em 2Coríntios 8.11,12, Paulo chama essa graça de generosidade. Ela não se mede em percentual aritmético, mas sim, em intensidade de amor. Ninguém deve apelar para 2Coríntios 9.7 e dar menos do que 10%, porque esta seria uma contribuição abaixo do nível da lei, o que é inconcebível para quem está sob o Evangelho da Graça. Para tudo Deus tem um plano. Ele teve um plano para a criação, teve um plano para a construção da arca, teve um plano para o tabernáculo e, depois, para o templo; enfim, teve um plano para tudo que realizou. Deus tem também um plano financeiro para o sustento da sua obra. Encontramos claramente esse plano em sua Palavra. Vamos, pois, examiná-lo cuidadosamente, a fim de nos orientarmos na parte que nos cabe. O DÍZIMO DO CRISTÃO É UMA EXPRESSÃO DA SUA ADORAÇÃO

2 O dízimo expressa a gratidão do crente, não por poder ficar com os 90% retidos, mas por poder oferecer, a partir de 10%, conforme propuser no seu coração, com alegria, como culto a Deus. Quando entregamos nosso dízimo, estamos restituindo um valor que está sob nosso cuidado e que não nos pertence, mas pertence Àquele a quem o entregamos. O dízimo, como base inicial da generosidade dos cristãos, é democrático, equitativo e justo. É democrático, porque a participação é livre, voluntária; todos podem participar, sem distinção nem diferenciação de nenhuma natureza. É equitativo, porque a alegria é igual para todos. Quem dá mais em dinheiro, não tem porque receber mais em alegria e em bênçãos espirituais. É justo, porque distribui a responsabilidade segundo o poder de cada crente. O dízimo é uma amostra do caráter cristão como projeção do caráter de Deus. Ao entregar o dízimo, o crente está fazendo uso da sua liberdade em decidir, está demonstrando que ele não é escravo dos bens materiais, mas livre para determinar onde e como deseja aplicar o seu dinheiro. O dízimo é justo, especialmente porque é a entrega de o seu ao seu dono. O DÍZIMO É A EXPRESSÃO DE RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA Ao entregar os seus dízimos, o cristão está declarando que Jesus Cristo é o seu Senhor. Esta é uma expressão de que ele entende e aceita a soberania de Deus sobre o mundo e sobre o seu viver. É uma forma de cultuar a Deus. O dízimo deve dizer que o juízo, a misericórdia e a fé são a motivação do seu viver. Nosso dízimo expressa adoração, louvor, gratidão, consagração, santificação. E mais, indica que não apenas nossa alma e nosso espírito estão envolvidos na adoração a Deus, mas também nosso corpo, com todos os seus envolvimentos, isto é, todo o nosso ser. Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1,2).

3 Assim, reflitamos sobre a mordomia do nosso corpo. Há deveres, estabelecidos por Deus, que não podemos deixar de cumprir: 1. Admirá-lo Deus criou o homem com um cuidado muito especial em relação às demais coisas: "E disse Deus: Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie. E assim foi. Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente (Gn 1.24,26; 2.7). Nesta formação, temos um cérebro incomparavelmente superior a qualquer outra criatura, além de colunas, vértebras, coração, pulmões, vísceras e veias admiráveis e misteriosas, que jamais foram trilhadas por alguém. O cérebro é o quartel-general do corpo, de onde partem as ordens que são transmitidas através de um magnífico sistema de comunicação, chamado sistema nervoso central, que viabiliza as ações dos órgãos dos sentidos. Assim, podemos andar, ver, ouvir, provar, cheirar, falar, respirar, digerir e assimilar toda a sorte de alimentos necessários ao nosso corpo. Diante de tal demonstração de amor, não podemos deixar de ficar admirados frente à perfeição do corpo humano. Davi, reconhecendo tal maravilha, exclamou: Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza (Sl ). 2.Usá-lo sabiamente Fomos contemplados por Deus com os dons valiosos dos cinco sentidos. Através deles, entramos em contato com o mundo e suas maravilhas. Porém, nem sempre sabemos apreciá-los como deveríamos. Muitas vezes é preciso que alguém, privado de algum deles, nos venha despertar a mordomia fiel desses poderes. Helena Keller, desde tenra idade, ficou privada dos mais ricos privilégios naturais concedidos a um ser humano. Cega, surda e muda, não julgou que essas deficiências devessem ser causa de desânimo. Orientada por sua bondosa e paciente professora, Srta. Sullivan, chegou a falar a custa de mil

4 sacrifícios e é hoje credora da admiração do mundo inteiro.num artigo intitulado "Três dias para ver", ela narra o que faria se lhe fosse concedido o privilégio inaudito de recobrar, por três dias apenas, o poder da visão. Assim termina seu magistral artigo: "Eu, que sou cega, posso dar este conselho aos que veem: usai os vossos olhos como se soubésseis que amanhã perderíeis a vista. E o mesmo método deve ser aplicado aos outros sentidos". 3. Cuidar Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado (1Co 3.16,17). Como mordomos do nosso próprio corpo, devemos conservá-lo nas melhores condições possíveis para que o Senhor possa usá-lo e nele ter prazer. O cuidado que dispensamos à casa em que moramos, procurando mantê-la limpa e arrumada, não deve ser maior que o cuidado com o nosso corpo, que se tornou habitação do próprio Deus! Vejamos alguns cuidados essenciais para o corpo: 1. Mantê-lo limpo O asseio é de valor fundamental para a saúde. 2. Alimentá-lo adequadamente Para isso, precisamos, antes de tudo, de uma alimentação sadia e racional. Sem excessos de calorias, gorduras e açúcares. Os pais têm grande responsabilidade em orientar os filhos numa dieta equilibrada e saudável. Nunca comendo em demasia, com gulosice. 3. Não trabalhar em excesso O corpo necessita de descanso. Devemos dar atenção ao emprego do tempo para o trabalho de qualquer tipo, senão o corpo sofrerá danos, muitas vezes, irreparáveis. 4. Procurar cuidados profissionais Uma visita periódica ao médico é dever de todo bom mordomo do corpo. Não devemos esperar a enfermidade chegar para procurá-lo. A prevenção evita o remédio. O dentista, também, deve ser procurado. Muitos males têm origem em infecções dentárias, que podem causar graves prejuízos ao organismo. CONCLUSÃO O dízimo é um indicador; um termômetro do nível de espiritualidade do crente e da igreja. A liberalidade dos dízimos segue os avivamentos 2Crônicas 31.5,6 e Neemias A sonegação dos dízimos segue a apostasia Malaquias 3.7,8. Nem todo dízimo indica espiritualidade, mas toda

5 espiritualidade resulta em liberalidade nos dízimos. Quando os dízimos são sonegados, não é o orçamento da igreja que corre o maior risco, mas a fé, a misericórdia e o juízo. Daí resulta que a maneira mais eficaz de elevar o nível da mordomia dos bens é elevar o nível da espiritualidade pela oração, pelo estudo da Bíblia, pela dedicação ao evangelismo e missões, pela compaixão para com os necessitados e, acima de tudo, pela realidade da presença do Senhor Jesus Cristo no corpo que o Senhor nos deu. PARA REFLETIR: O dízimo expressa a gratidão do crente, não por poder ficar com os 90% retidos, mas por poder oferecer, a partir dos 10%, conforme propuser no seu coração, com alegria, como culto a Deus. Se o dízimo é uma forma de cultuar a Deus, como tem sido o meu culto? Quando os dízimos são sonegados, não é o orçamento da igreja que corre o maior risco; mas a fé, a misericórdia e o juízo. Que visão tenho acerca do meu corpo? Tenho cuidado do meu corpo, para que esteja em condições de, por meio dele, engrandecer o meu Deus? Leitura diária: Segunda 2Coríntios Terça 2Coríntios Quarta 2Coríntios Quinta Romanos Sexta Mateus Sábado 2Crônicas Domingo Neemias