SISTEMAS DE PINTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Transcrição

1 SISTEMAS DE PINTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

2 OBJETIVO Orientar quanto a especificação do melhor sistema de pintura sobre argamassa; Apresentar Patologias usuais em sistemas de pintura sobre argamassa.

3 ENFOQUE Será focado em conhecimentos práticos aplicáveis ao dia a dia dos canteiros; Não será aprofundado na química das tintas

4 SISTEMA DE PINTURA Principais funções : Proporcionar acabamento Proteção

5 SISTEMA DE PINTURA Os Principais fatores que influenciam na Qualidade: Qualidade da tinta: Deve-se garantir que as tintas permanecerão firmes e aderidas ao substrato mantendo por um determinado tempo, as propriedades essenciais Qualidade da Mão de obra: Quando as tintas não são corretamente aplicadas todas suas características ficam prejudicadas. Qualidade e preparação do substrato: Sem qualidade e a correta preparação da superfície nenhuma pintura terá bom desempenho

6 Componentes das Tintas Resina Pigmento Solvente Aditivos

7 Formulação Ao se variar a quantidade e o tipo de resina, pigmento, porção líquida e aditivos, podemos criar uma vasta variedade de tintas

8 Se Resina+ Pigmento 70% = Alto teor de sólido

9 Mudança nas propriedades de acordo com a variação do PVC Pigment Volume Concentration

10 Efeito do Brilho _ + Disfarça defeitos Menor lavabilidade Menor resistência mecânica Menor resistência à intempéries Melhor cobertura Realça ondulações e defeitos Maior lavabilidade Maior resistência a intempéries Menor cobertura

11 Efeito do rugosidade _ + Realça ondulações de defeito Menor consumo de material Maior facilidade de limpeza Disfarça defeitos Maior consumo de material Maior acumulo de sujeira

12 Qualidade da Tinta O teste de cobertura

13 Qualidade da Tinta O teste de lavabilidade

14 Resina É um material ligante ou aglomerante, normalmente um polímero, não volátil, que fixa, junta e faz aderir as partículas do pigmento, dando integridade à película de pintura. Propriedades da tinta como dureza, resistência a abrasão, resistência a álcalis, retenção de cor, brilho, flexibilidade do filme e, adesão são governadas basicamente pela resina. Por isso uma boa especificação começa pela escolha da resina

15 Propriedade Resistência a Dureza Estabilidade Cores Custo Luz solar Ambientes Abrasão Atmosfera Álcalis Solventes ao calor relativo Úmidos ou ácida imersão Hidrocarbonetos limitada 1,00 Nitrocelulósicas todas 1,90 Borracha clorada muitas 3,80 Borracha clorada/ 3 2/3 2 2/ todas 2,80 alquídicas amarela Vinílica / todas 3,90 alquídica amarela levemente PVC todas 5,50 copolimerizado PVC restrições 6,00 Vinil / acrílica todas 5,20 Acrílica todas 4,60 Epóxi poliamida 2 4/ /5 restrições 6,60 Epóxi poliamina 2 4/ /5 restrições 7,00 Poliuretano aromático /5 restrições 7,00 Poliuretano alifático /5 todas 10,40 Legenda 5 = Excelente 4 = Muito bom 3 = Bom 2 = Regular 1= Insuficiente 0 = Não indicado

16 Pigmento São materiais insolúveis, geralmente com grande finura, sendo sintéticos ou naturais, que dão cor e poder de cobertura à tinta.

17 Pigmento Os pigmentos Podem ser: Orgânicos Inorgânicos

18 Pigmento Pigmentos Inorgânicos Inertes: funções de enchimento, textura, resistência a abrasão (carbonato de cálcio, talco) Ativo: Promover cor - O dióxido de titânio, pigmento branco, é o mais empregado na formulação das tintas, é um dos ingredientes que melhora a qualidade da tinta, garantindo alto poder de cobertura, alvura, durabilidade, brilho e opacidade

19 Pigmento Pigmentos Orgânicos Possuem menor estabilidade de cor em exposição aos raios solares São significativamente mais caros do que os pigmentos inorgânicos Possuem alto poder de tingimento

20 Exemplos de cores orgânicas Pigmento Exemplos de cores inorgânicas

21 Finalidades: Solvente Solubilizar e manter os pigmentos e as resinas dispersas ou dissolvidas em um estado fluido ou com baixa viscosidade, facilitando a aplicação. Conferir viscosidade adequada à aplicação

22 Solvente A solubilização da resina é necessária para que haja um melhor contato da tinta com o substrato, favorecendo a aderência. Nas tintas à base de látex, a porção líquida principal é a água, que não dissolve a resina, mantendo-a apenas dispersada, funcionando como um diluente

23 Solvente Características Gerais Incolores Voláteis, sem formação de resíduos Quimicamente estáveis, não se alterando no armazenamento Neutros, não devem reagir com os demais componentes da tinta Inodoro

24 Solvente Após a aplicação da tinta, a porção líquida evapora totalmente e deixa atrás uma película de pigmentos estruturada com a resina.

25 Tinta Existem duas classificações básicas para tintas: À base de óleo ou solventes À base de água

26 Vantagens Tinta à base de Solvente Proporciona melhor cobertura na primeira demão Adere melhor a superfícies que não estão muito limpas

27 Vantagens Tinta à base de Solvente Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser aplicada com pincel antes de começar a secar) Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão

28 Desvantagens Tinta à base de Solvente Em aplicações externas tendem a oxidar fazendo com que a película fique quebradiça Em aplicações internas costuma ocorrer o amarelamento Por utilizar óleos vegetais pode favorecer o aparecimento de fungos

29 Desvantagens Tinta à base de Solvente São mais difíceis de aplicação Não devem ser aplicadas diretamente superfícies alcalinas (reboco e superfícies metálicas galvanizadas),principalmente as não totalmente curadas. Em ambos os casos haverá a saponificação do filme.

30 Vantagens Tinta à base de Água Melhor flexibilidade a longo prazo Maior resistência a rachaduras e lascas Maior resistência ao amarelecimento Melhor resistência ao desenvolvimento de mofo

31 Vantagens Tinta à base de Água Exala menos cheiro Pode ser limpa com água Não é inflamável Maior variedade de cores Retenção de brilho

32 Tinta Água x Solvente As tintas à base de água oferecem mais qualidades para fins externos que as tintas à base de óleo

33 Revestimento Texturizado Espatulados Rolado Envelhecido

34 Revestimento Texturizado Principais Vantagens Grande poder de esconder imperfeições do substrato Grande durabilidade devido ao grande percentual de carga; Aberto à criatividade Custo ;

35 Revestimento Texturizado Principais Desvantagens Necessidade de mão de obra especializada; Falta de controle sobre o consumo;

36 Revestimento Texturizado Amostras preliminares Apropriação do consumo Aprovação do acabamento Acerto da diluição Treinamento da mão de obra

37 Substratos Propriedades dos substratos que influem na qualidade da pintura são: Permeabilidade Porosidade Resistência a radiações energéticas Plasticidade / fragilidade Reatividade química

38 Substratos Alvenaria são via de regra porosos, absorvem e podem reter água, desenvolver e abrigar fungos e possuem comportamento alcalino Madeiras são porosas, higroscópicas e sofrem decomposição superficial sob efeito dos fungos e das radiações solares Metais são basicamente as ligas ferrosas, são altamente sensíveis à corrosão quando em contato com a umidade, o oxigênio e os elementos poluentes 38

39 Resumo dos Substratos PROPRIEDADES SUPERFÍCIES ALVENARIA MADEIRA METAIS Porosidade alta alta nula Permeabilidade alta alta nula Retividade química média baixa muito alta para metais ferrosos Resistência a radiações solares alta baixa alta Caracterísitca básica peculiar alcalinidade higroscopia sensibilidade à corrosão

40 Substratos - Preparação A superfície dos substratos deve estar corretamente preparada: Perfeitamente limpa, isenta de partículas soltas, óleos, graxas, mofo Seca, curada, livre de umidade, infiltrações Livre de calcinação, sais solúveis, eflorescência, trincas Reboco novo Aguardar a secagem e cura (28 dias, no mínimo).

41 Substrato - Acabamento

42 Esquemas de Pintura É o conjunto de várias camadas compatíveis, de natureza e funções diferentes mas complementares

43 Esquema básico de pintura Substratos Reboco Madeira Metal

44 Esquema básico de pintura Fundo: Função de melhorar a aderência dos revestimentos, corrigir Propriedades dos substratos e conferir propriedades específicas ( anticorrosiva, etc). Também utilizado como selante. Reboco Madeira Metal

45 Esquema básico de pintura Massa: Função de corrigir irregularidades e tornar a superfície mais lisa Reboco Madeira Metal

46 Esquema básico de pintura Acabamento: Função de conferir a aspecto final e garantir as propriedades de resistência ao sistema. É a primeira a sofre ataques: luz, temperatura, choques, produtos químicos, etc.

47 Resistência de aderência Método do entalhe O método do entalhe consiste em executar um O método do entalhe consiste em executar um corte de 1 ou 2 cm de comprimento, por meio de um estilete, na tentativa de descolar uma camada de revestimento - DTU 59.2(AFNOR 1993). Caso o revestimento descole facilmente, deve-se recorrer ao ensaio por tração.

48 Resistência de aderência

49 Resistência de aderência Método por tração É similar ao ensaio da NBR13749 para revestimentos de paredes e tetos. A única diferença se deve ao critério de aceitação: a aderência é considerada satisfatória se, em três ensaios realizados, a tensão de tração for superior a 0,3 Mpa, após 3 semanas de secagem.

50 Resistência de aderência

51 Patologias Superfície Pulverulência Fissuramento Mudança de cor Abrasão Etc. DEGRADAÇÃO Através do filme Interface Descolamento Bolhas Etc. Saponificação Fissuramento Etc. 51

52 Exemplos de Patologias Saponificação ou hidrólise induzida por álcalis Emboços, rebocos e concreto aparente caracterizam-se por sua alcalinidade, friabilidade e propensão a absorver e reter a umidade. São exatamente estes álcalis, a fonte de todos os problemas entre os substratos e a pintura com resinas sensíveis aos álcalis.

53 Na presença de umidade, os álcalis atacam os grupos éster da resina das tintas à base de óleo ou as alquídicas, quebrando sua ligação e formando o conhecido sabão. 53

54 Exemplos de Patologias Friabilidade É muito comum em rebocos que não apresentam um processo de hidratação adequado. Caracteriza-se pela ausência de coesão e adesão à real superfície do substrato. Pode ser solucionado aplicando primers do tipo penetrantes de baixa energia superficial e reduzida viscosidade.

55 O que ocorre é que o filme adere na camada superficial e a área imediatamente abaixo permanece sem coesão para agüentar qualquer tensionamento. Observe partes do substrato no verso do revestimentos

56 56

57 Exemplos de Patologias Eflorescência A água dissolve os sais presentes no revestimento, fazendo com que a solução escorra pelo substrato. Uma vez escorrendo pelo substrato, seca com facilidade, formando um filme cristalino ou ficando depositado na superfície aquele material pulverulento branco.

58 Exemplos de Patologias

59 Exemplos de Patologias Quando a película tem uma excelente poder de adesão,os sais vão se depositando nos poros do substrato,imediatamente abaixo do filme,criando uma pressão cristalina que desintegrará o sistema substrato/revestimento. Este fenômeno particular é conhecido como criptoflorescência.

60 Exemplos de Patologias

61 Exemplos de Patologias Infiltrações 3 1 2

62 Exemplos de Patologias Infiltrações

63 Exemplos de Patologias Infiltrações

64 Exemplos de Patologias Pintura epoxi com exposição solar

65 Exemplos de Patologias Reatividade do zinco com as resinas

66 Exemplos de Patologias Pulverulência de substrato

67 Exemplos de Patologias Pulverulência de substrato

68 Exemplos de Patologias Pulverulência de substrato

69 Exemplos de Patologias Pulverulência de substrato

70 Exemplos de Patologias Falha de aplicação

71 Obrigado.