GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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1 PARECER ÚNICO: SUPRAM-ASF PROTOCOLO Nº /2012 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 06082/2011/001/2011 LIC Deferimento Outorga - PA Nº /2011 Poço Tubular Aguardando Publicação de Portaria APEF Nº - Reserva legal Nº - Empreendimento: Centroleo Distribuidora de Combustível Ltda. CNPJ: / Município: Arcos Unidade de Conservação: Não Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio São Miguel Atividades objeto do licenciamento: Código DN 108/07 Descrição F Postos Revendedores, Postos de abastecimento e instalações de sistemas retalhistas. Classe 3 Medidas mitigadoras: x SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM x NÃO Condicionantes: x SIM NÃO Automonitoramento: x SIM NÃO Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Marcelo Albano F. Moraes Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM Registro de classe /D SITUAÇÃO Relatório de vistoria/auto de fiscalização: RV ASF 200/2011 DATA: 13/07/2011 Data: 18/01/2012. Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Júlio César Salomé CREA /LP Jorge Luiz de Oliveira CREA 86371/D Sonia Maria Tavares de Melo MASP

2 1. INTRODUÇÃO Este parecer visa subsidiar o Copam no julgamento do requerimento de Licença de Instalação Corretiva do empreendimento Centroleo Distribuidora de Combustível Ltda., que será instalado na Rodovia BR 354, km 482, Arcos - MG. A atividade principal desenvolvida é a revenda de combustíveis líquidos derivados de petróleo. Quanto à classificação do empreendimento segundo a DN 74/04, quando da formalização do processo, este se classifica como classe 3, devida à sua capacidade de armazenamento de combustíveis equivalente a 150 m 3. Além disso segundo ABNT/NBR /2005 o posto é classificado como classe 3, principalmente por estar localizado em área carstica. A equipe técnica da SUPRAM-ASF fiscalizou o empreendimento em 13/07/2011 conforme Relatório de Vistoria Nº ASF 200/2011 onde foi constatado que o empreendimento encontrava-se em instalação. Os estudos ambientais protocolados, RCA/PCA Relatório e Plano de Controle Ambiental foram elaborados por Marcelo Albano CREA MG 24668/D, Francisco Izabel Filho CREA , Jose Luiz Monteiro Campos CREA /D e Evandro Marinho Siqueira CREA /D. 2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento Centroleo Distribuidora de Combustível Ltda solicita a Licença de Instalação em caráter corretivo de um sistema retalhista de combustíveis líquidos automotivos derivados de petróleo. Em 09/06/2011, foi formalizado um processo de Licença Previa concomitante com Licença de Instalação do empreendimento. Em 13/07/2011 a equipe técnica da SUPRAM ASF fiscalizou o empreendimento e verificou que o empreendimento encontrava-se em instalação. Além disso, verificou-se que não haviam nenhum estudos e/ou projetos para a instalação da estrutura. Diante disso, foi solicitada informações complementares, sendo as mesmas apresentadas em 27/07/2011 sob protocolo R121485/2011, 13/12/2011 sob protocolo R180917/2011 e em 10/01/2012 sob protocolo R189289/2012. Dentre as informações foi apresentado o projeto de instalação do empreendimento com o memorial descritivo das instalações, caracterização geológica e hidrogeológica e caracterização ambiental.

3 De acordo com os projetos é previsto a instalação de dois tanques verticais aéreos, que juntos terão capacidade de armazenar 150 m³ de óleo diesel. Sendo que o volume movimentado por mês será de cerca de 1000m³ de óleo diesel. Ainda é informado que a atividade do empreendimento será operado por cerca de 12 pessoas. A área total do terreno é de 7382,0m², sendo que a área construída será de 575,53m². O posto apresenta pavimentação em concreto (área de abastecimento e descarga de combustíveis), com canaletas direcionadoras para caixa separadora de água de óleo no entorno da pista de abastecimento dos caminhões. O empreendimento está localizado as margens da rodovia BR 354, km 482, a aproximadamente 7 km da cidade de arcos. Sendo limitado pela rodovia, por áreas antropizadas nas laterais e por pastagens ao fundo. Além disso, observa-se que o empreendimento está localizado na região carstica de Arcos/Pains/Doresopolis. No entanto, a geologia do local de sua instalação é composta por rochas peliticas com predominância de argilitos. Segundo informado no Diagnostico Ambiental da área não há ocorrência de rochas carbonatadas e de qualquer estrutura carstica no entorno do empreendimento. Sendo que os afloramentos calcareos estão localizados a cerca de 5 km. O que torna está alternativa locacional viável do ponto de vista ambiental. Ainda é informado que á área passou por processo de aterro e compactação do solo, tornando a percolação de fluidos no solo lenta. Quanto as medidas mitigadoras apresentadas no projeto, observa-se que os dois tanques aéreos serão circundados por bacia de contenção e com canaletas direcionadoras para caixa separadora de água e óleo. Quanto ao abastecimento dos caminhões que irão transportar o óleo ocorrerá em local impermeabilizado e com canaletas direcionadoras para caixa SAO. Já os resíduos sanitários do empreendimento serão direcionados para um sistema composto por fossa filtro e sumidouro. Sendo que os resíduos classe 1 deverão ser armazenados em local coberto com piso impermeabilizado e com canaletas direcionadoras para caixa SAO e enviados para empresas licenciadas para receber este material. 2.2 RESERVA LEGAL Conforme informado no Formulário de Orientação Básica, o empreendimento se localiza em zona rural e possui Reserva Legal averbada.

4 Na matricula do imóvel registrado sob o nº 1370, do livro nº 2 Registro Geral, no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Arcos MG, com área total de 36,49,25 ha (trinta e seis hectares e quarenta e nove ares e vinte cinto centiares), consta a averbação de um Termo de Responsabilidade de Preservação de Florestas do IEF gravando como Reserva Legal uma área de 7,30 hectares ocupada por vegetação em bom estado de preservação. 2.3 AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL Não haverá qualquer tipo de intervenção ou supressão florestal, por isso não se exige a referida autorização. 2.4 INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE O imóvel onde se situa o empreendimento localiza-se fora de área de preservação permanente, inexistindo motivos para se exigir autorização dessa natureza. 2.5 UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS A água utilizada no empreendimento é oriunda de um poço tubular, que aguarda publicação de portaria. E de acordo com o informado no processo de outorga PA 16522/2011, a água proveniente do poço será utilizada no consumo humano e para a atividades de limpeza, jardinagem, etc. Consumo humano: 2,73 m³/dia Outros: 0,50 m³/dia A vazão outorga foi de 3.23m³/hora com um tempo de bombeamento de 1,0 hora/dia, totalizando 3.23 m³/dia. A empresa foi condicionada no parecer de outorga a Instalar Horimetro e Hidrômetro no poço e realizar leituras semanais nos equipamentos instalados armazenando-as na forma de planilha, que deverão ser apresentadas a SUPRAM quando da renovação da outorga ou sempre que solicitado, em uma prazo de 90 dias após a publicação da portaria de outorga. 2.6 IMPACTOS IDENTIFICADOS Os principais impactos relacionados a implantação do empreendimento tratam-se dos Geração de resíduos sólidos (entulho), emissão de ruídos e carreamento de sedimentos pela ação das águas pluviais. Quanto aos impactos ambientais relacionados a operação do empreendimento pode-se relacionar à contaminação do solo, dos corpos d água superficiais e subterrâneos e das emissões atmosféricas com compostos derivados do petróleo,

5 constituindo-se em riscos à saúde das comunidades expostas, além do perigo de acidentes ocasionados por incêndios e explosões. Neste tipo de empreendimento, os impactos podem ter origem em vazamentos ocorridos durante a transferência do combustível do caminhão para o sistema de descarga à distância, no abastecimento de veículos nas bombas de combustível, na deterioração dos equipamentos, nas tubulações e/ou junções e/ou tanques. Os efluentes líquidos gerados pela atividade exercida no empreendimento são originados, a partir de vazamentos nas áreas de abastecimento e descarga de combustível e na fração oleosa da caixa separadora de água e óleo. Todos estes resíduos são caracterizados pela presença de hidrocarbonetos derivados do petróleo, além de sólidos em suspensão. Esses efluentes, quando lançados no corpo receptor sem tratamento prévio, são responsáveis pela contaminação com benzeno, tolueno, xileno e etil-benzeno, considerados compostos cancerígenos e/ou tóxicos, além da diminuição da concentração de oxigênio dissolvido, que podem resultar na mortandade da biota aquática e/ou terrestre. São responsáveis ainda, pela formação de lodo e o aparecimento de espumas e camadas de gordura na superfície dos corpos receptores. Os impactos associados aos resíduos sólidos gerados no empreendimento, bem como, nas atividades paralelas são decorrentes do lixo de natureza doméstica (gerados no escritório e sanitários) e do lixo de natureza industrial (embalagens de insumos, e produtos contaminados, areia e lodo) oriundos dos sistemas de separação de água e óleo. Os impactos associados às emissões atmosféricas são decorrentes dos gases provenientes dos respiros dos tanques e bocas de descargas, exalados em sua maioria, durante as operações de descargas de combustíveis. A água de chuva em contato com as áreas contaminadas por produtos derivados do petróleo poderá gerar efluentes líquidos com igual potencial de toxicidade que aqueles produzidos nas atividades de abastecimento, descarga e lavagem de veículos. 3. MEDIDAS MITIGADORAS A empresa deverá atender todas as medidas descritas abaixo, com base nas exigências das legislações federal e estadual especificadas para postos de combustíveis. Estas medidas, de forma reduzida, objetivam: Resíduos Sólidos da Construção Civil:Obedecer ao disposto na Resolução CONAMA nº. 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Contenção de vazamentos, derramamentos e transbordamento de combustíveis: As medidas de controle de efluentes líquidos provenientes

6 dos tanques, bombas e áreas sujeitas a vazamento deverão ser instaladas conforme projetos apresentados. Disposição dos resíduos sólidos: Os resíduos sólidos de origem doméstica são recolhidos pelo serviço de coleta pública da cidade. Os resíduos da CSAO, o óleo queimado e os resíduos sólidos oleosos são encaminhados a empresa licenciada. Disposição dos resíduos líquidos e sólidos (óleo contido na caixa da SAO e efluentes domésticos): os efluentes de origem doméstica e a água efluente da CSAO são lançados na rede pública de esgotamento sanitário. Cujo empreendedor apresentou anuência da COPASA para este lançamento. Enquanto que o resíduo sólido e oleoso contido na CSAO e o óleo queimado são recolhidos pela Pró Ambiental Soluções em Resíduos Ltda e Lwart Lubrificantes Ltda. Concretagem das pistas: As pistas de abastecimento e de lavagem de veículos e troca de óleo deverão ser concretadas conforme DN 108/2007. Apresentar projeto paisagisto: Apresentar projeto paisagístico para minimizar o impacto visual. Apresentar Autorização da ANP; Plano de Prevenção de Combate a Incêndio do Corpo de Bombeiros: 3 CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e em conformidade com a documentação exigida, sendo que todos os documentos constantes do FOB foram devidamente juntados aos autos pelo empreendedor. Os custos de análise foram devidamente quitados e foi juntada aos autos a planilha de custos, nos termos da Resolução SEMAD 870/2008. A água utilizada no empreendimento é oriunda de um poço tubular, que aguarda publicação de portaria.. E de acordo com o informado no processo de outorga PA 16522/2011, a água proveniente do poço será utilizada no consumo humano e para as atividades de limpeza, jardinagem, etc. O empreendimento situa-se na zona rural do município de Arcos, desta forma, apresentou averbação da área destinada à reserva legal. Matricula 1370 CRI da comarca de Arcos. Não há necessidade de supressão de vegetação, bem como não haverá intervenção em área de preservação permanente, dispensando, desta forma, a autorização para exploração florestal e intervenção.

7 Como foi confirmado que o empreendimento não está próxima a Unidade de Conservação, de acordo com a Resolução CONAMA 428/2010, não fez necessária qualquer manifestação do órgão gestor. Neste sentido, nada obsta ao pedido do empreendedor referente à concessão da licença de Instalação corretiva. 4 CONCLUSÃO Desta forma, subsidiados pelos estudos ambientais e documentações apresentadas no presente Processo, esta equipe conclui que os impactos ambientais a serem gerados pela atividade do empreendimento serão minimizados de forma satisfatória. Portanto sugerimos o deferimento da concessão da Licença de Instalação Corretiva para o empreendimento Centroleo Distribuidora de Combustível Ltda, condicionada ao cumprimento dos itens relacionados nos Anexos I e II, com validade de 4 anos. Cabe esclarecer que a SUPRAM-ASF não possui responsabilidade sobre os projetos de sistema de controle ambiental liberados para implantação, sendo a execução, operação e comprovação da eficiência deste de inteira responsabilidade da própria empresa e seus projetistas. 6 - Parecer Conclusivo Favorável: ( ) Não ( X ) Sim 7 - Validade da licença: 4 (quatro) anos Data: 18/01/2012 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Júlio César Salomé CREA /LP Jorge Luiz de Oliveira CREA 86371/D Sonia Maria Tavares de Melo MASP

8 ANEXO I Processo COPAM Nº: 06082/2011/001/2011 Classe/Porte: 3/M Empreendimento:Centroleo Distribuidora de Combustivel Ltda CNPJ: / Atividade: Transportador, Revendedor Retalhista de Combustivel Endereço: Rodovia BR 354 Localização: km 482 Município: Arcos. Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 4 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO * 1 Apresentar o teste de estanqueidade dos tanques e das linhas de sucção das bombas a ser elaborado pelo INMETRO ou por empresa credenciada, conforme diretrizes da DN Apresentar o Plano de Prevenção e Combate a Incêndio do Corpo de Bombeiros. Cumprir as disposições técnicas da Deliberação Normativa COPAM Nº. 108/2007. Obedecer ao disposto na Resolução CONAMA nº. 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Na Formalização da LO Na Formalização da Licença de Operação Durante a vigência da licença ambiental Durante a Vigência da LIC Instalar equipamentos e sistemas de segurança conforme projetos apresentados. Obs.: enviar a Na formalização da 5 SUPRAM ASF quando da conclusão das obras e Licença de instalação dos equipamentos relatório conclusivo Operação fotográfico e descritivo. O prazo será contado a partir da notificação do empreendedor quanto à concessão da Licença. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas no Anexo I deste parecer poderão ser resolvidos junto á própria SUPRAM, mediante análise técnica e jurídica.

9 IMPORTANTE: OS PARÂMETROS E FREQUÊNCIAS ESPECIFICADAS PARA O PROGRAMA DE AUTOMONITORIZAÇÃO PODERÃO SOFRER ALTERAÇÕES A CRITÉRIO DA ÁREA TÉCNICA DA FACE AO DESEMPENHO APRESENTADO PELOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES E/OU PROTEÇÃO CONTRA VAZAMENTOS, DERRAMAMENTOS OU TRANSBORDAMENTO DE COMBUSTÍVEIS; A COMPROVAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS ITENS DESTE PROGRAMA DEVERÁ ESTAR ACOMPANHADA DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART, EMITIDA PELO(S) RESPONSÁVEL (EIS) TÉCNICO(S), DEVIDAMENTE HABILITADO(S); QUALQUER MUDANÇA PROMOVIDA NO EMPREENDIMENTO, QUE VENHA A ALTERAR A CONDIÇÃO ORIGINAL DO PROJETO DAS INSTALAÇÕES E CAUSAR INTERFERÊNCIA NESTE PROGRAMA DEVERÁ SER PREVIAMENTE INFORMADA E APROVADA PELO ÓRGÃO AMBIENTAL.