Apresentações do evento GGP 2013
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- Paulo de Santarém Moreira
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1 Apresentações do evento GGP 2013 Acesse outras apresentações e vídeos das palestras no site:
2 Legislação geográfica e Geodireito Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2013 Luiz Antonio Ugeda Sanches Presidente Doutorando em Geografia (UnB) Mestre em Direito e em Geografia (PUC/SP) Bacharel em Direito (PUC/SP) las@geodireito.com
3 Legislação Geográfica O que é? Revolução tecnológica: internet + satélites Cartografia: mapas viram projetos computacionais Sensoriamento Remoto: processamento da imagem Ciência da computação: gerenciamento de banco de dados; e Geografia: produção de análise espacial. Direito: Existe uma Legislação Geográfica? Legislação Geográfica ou critério espacial da norma? Existe critério espacial das políticas públicas? É possível traçar interdisciplinaridade entre Geografia e Direito?
4 Legislação Geográfica Sistema Cartografia - Norma Ponto de Partida: Critério espacial da Constituição Federal
5 Legislação Geográfica Ponto de Partida: Constituição Federal de 1988 Art. 21, XV: Compete à União organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional. Art. 22, XVIII: Compete privativamente à União legislar sobre sistema estatístico, cartográfico e geológico.
6 Legislação Geográfica Leis Biênio 1966/1967, o Presidente Castelo Branco estabeleceu grupo de trabalho para definir as Diretrizes e Bases da Política Cartográfica Nacional, que culminou no Acordo Brasil - Estados Unidos Sobre Serviços Cartográficos CMEABEUSC: a) Decreto-Lei 161/1967: Autorizou a instituição da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Fundação IBGE; do Plano Nacional de Estatística; e do Plano Nacional de Geografia e Cartografia Terrestre; b) Decreto-Lei 200/1967: Dispõe sobre a organização da Administração Federal. Delega ao Ministério do Planejamento regulamentar os sistemas estatístico e cartográfico nacionais (Art.39); e c) Decreto-Lei 243/1967: Fixou as Diretrizes e Bases da Cartografia Brasileira, criando o sistema único, chamado Sistema Cartográfico Nacional - SCN, sujeito à disciplina de planos e instrumentos de caráter normativo; e a Comissão de Cartografia (COCAR), órgão do IBGE incumbido de coordenar a execução da Política Cartográfica Nacional, constituído por representante do Ministério da Marinha, da Guerra, da Aeronáutica, da Agricultura, das Minas e Energia e da Associação Nacional de Empresas de Aerofotogrametria.
7 Legislação Geográfica Leis Lei /2001: Lei torna obrigatório o georreferenciamento para desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais; Lei /2005: Lei do sigilo das informações públicas; Lei nº /2012: o Governo Federal instituirá cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, conforme regulamento. Obriga Municípios a elaborar mapeamento e carta geotécnica de aptidão à urbanização; Lei n /2012: Novo Código Florestal, institui critério de preservação ambiental será mensurado pelas coordenadas geográficas (13 menções).
8 Legislação Geográfica Decretos Decreto /1984: Estabelece as Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional; Decreto 2.278/1997: Cria o Regulamento das Atividades de Aerolevantamento RAA; Decreto nº 4.297/2002: estabelece critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil ZEE e formas de entrada de dados no Sistema de Informações Geográficas compatíveis com as normas e padrões do Sistema Cartográfico Nacional; Decreto 5.334/2005: Altera Decreto , artigos 21 e 22, quanto as normas técnicas da cartografia. Adequa o SGB ao SIRGAS2000 Decreto n /2008: Cria a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais INDE e conceitua Informação Geoespacial; Decreto s/n /2008: Cria a Comissão Nacional de Cartografia Concar; Decreto 7.675/2012: Delega ao MPOG a realização de gestão dos sistemas cartográficos e estatísticos nacionais.
9 Legislação Geográfica Portarias e Resoluções Portaria nº 0637SC-6/FA-61, de 05 de março de 1998: Aprova as Instruções Reguladoras de Aerolevantamento no território nacional Resolução CONCAR 001/2006: Homologa MND/EDGV 1 ª versão (Especificações Técnicas para a Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais) Resolução CONCAR 001/2007: Homologa EDGV -2ª versão Resolução CONCAR 001/2009: Homologa o PMGB (Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil) Resoluções IBGE quanto ao Sistema Geodésico Brasileiro RPR 001/2005:Caracterização do Sistema Geodésico Brasileiro RPR 001/2008: Padronização de marcos geodésicos RPR 22/1983: Especificações e Normas Gerais para Levantamentos Geodésicos RPR 5/1993: Especificações e Normas Gerais para Levantamentos GPS (preliminar) RPR 23/1989: Parâmetros para Transformação de Sistemas Geodésicos RPR 04/ 2012: Retifica a Caracterização do Sistema Geodésico Brasileiro
10 Geodireito Ponto de Partida: Constituição Federal de 1988 Fundamento do Geodireito (art. 43): União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico para reduzir desigualdades regionais O que é Geodireito? É o ramo científico que estuda as diferentes escalas de governança, de forma a compreender a relação Espaço-Estado, por meio do sistema Cartografia-Norma, com o objetivo de espacializar a cidadania. Fonte: IBGE, Taxa de crescimento da população, segundo os municípios Brasil 2000/2010 Divisão e sobreposição de competências em um mesmo espaço (território): União, 26 Estados (+ DF) e municípios.
11 Redemocratização (desde 1988) Critério espacial da norma - exemplos Sistema Espaço - Estado O sistema Cartografia Norma na política agrária: o INCRA e a Lei do Georreferenciamento (Lei /01), obrigatório para desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais; O sistema Cartografia Norma na política urbana: o Estatuto das Cidades e o Cadastro Territorial Multifinalitário; O sistema Cartografia Norma na política ambiental: o Ibama e o georreferenciamento no novo Código Florestal; O sistema Cartografia Norma na política energética: a Aneel e a ANP O sistema Cartografia Norma na política de Propriedade Intelectual: o INPI e as Indicações Geográficas.
12 Critério espacial da norma Introdução à Regulação do Setor Elétrico outubro/2006 Aspectos ambientais O IBGE é responsável pela definição dos biomas e das áreas de influência dos ecossistemas. Essa informação baliza a atuação do Ibama e a aplicação da legislação ambiental. Pesquisa de Informações Básicas Municipais MUNIC: realizada em 2002 pelo IBGE junto ao MMA, trata-se do primeiro levantamento ambiental municipal. Rondônia Fonte: Nasa Conclusões: a) Exógena: Satélites detectam queimadas não informadas por prefeituras (BR 163) b) Endógena: Prefeituras apontam desmatamentos e queimadas não detectadas por satélite. O desmatamento não ocorre por falta de norma, mas por deficiência de fiscalização e de punição adequada. Rondônia Fonte: Nasa
13 Critério espacial da norma Aspectos urbanísticos Cadastro Territorial Multifinalitário: instrumento transversal e estratégico da política urbana CADASTRO TERRITORIAL MULTIFINALITÁRIO: MÚLTIPLAS APLICAÇÕES
14 Critério espacial da norma Aspectos urbanísticos dedução de IPTU por meio Geo Manchas de Inundações 11/ /2011
15 Critério espacial da norma Aspectos energéticos Regulação e fiscalização de serviço público por meio Geo A ANEEL, desde a publicação da Resolução 395/2009, exige que a concessionária de Energia Elétrica forneça anualmente a Base de Dados Geográfica da Distribuidora (BDGD) que irá compor o Sistema de Informação Geográfica Regulatório SIG-R para suporte as suas atividades de regulação, fiscalização e para fins de revisão e reajuste tarifário.
16 INPI e Propriedade intelectual Regulação das Indicações Geográficas Lei n /96 Lei 9.279/1996: Protege a propriedade industrial considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnológico. Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: (...) IV - repressão às falsas indicações geográficas; e Art Não são registráveis como marca: (...) IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente induzir indicação geográfica;
17 TÍTULO IV DAS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS Art Constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou a denominação de origem. Art Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. Art Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. Art A proteção estender-se-á à representação gráfica ou figurativa da indicação geográfica, bem como à representação geográfica de país, cidade, região ou localidade de seu território cujo nome seja indicação geográfica. Art Quando o nome geográfico se houver tornado de uso comum, designando produto ou serviço, não será considerado indicação geográfica. Art O nome geográfico que não constitua indicação de procedência ou denominação de origem poderá servir de elemento característico de marca para produto ou serviço, desde que não induza falsa procedência. Art O uso da indicação geográfica é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos no local, exigindo-se, ainda, em relação às denominações de origem, o atendimento de requisitos de qualidade. Parágrafo único. O INPI estabelecerá as condições de registro das indicações geográficas.
18 INPI e Propriedade intelectual Regulação das Indicações Geográficas Lei n /96 CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS E DEMAIS INDICAÇÕES Art Fabricar, importar, exportar, vender, expor ou oferecer à venda ou ter em estoque produto que apresente falsa indicação geográfica. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Art Usar, em produto, recipiente, invólucro, cinta, rótulo, fatura, circular, cartaz ou em outro meio de divulgação ou propaganda, termos retificativos, tais como "tipo", "espécie", "gênero", "sistema", "semelhante", "sucedâneo", "idêntico", ou equivalente, não ressalvando a verdadeira procedência do produto. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Art Usar marca, nome comercial, título de estabelecimento, insígnia, expressão ou sinal de propaganda ou qualquer outra forma que indique procedência que não a verdadeira, ou vender ou expor à venda produto com esses sinais. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
19 Desafios Fomentar mentalidade de gestão de ativos com base em SIG: Como fundir o SAP com o SIG? alienações, controle de invasões, tributos, meio ambiente, limites patrimoniais e cadastro de confrontantes; Compreender o alcance nos setores intensivos em cartografia: energia, mineração, meio ambiente, transportes, etc.; Desenvolver políticas públicas com base em informação geoespacial, com base em modicidade dos preços; Proteger a propriedade intelectual das informações geoespaciais; Difundir na sociedade a importância dos conhecimentos geoespaciais;
20 Para reflexão Advogado é receita, e não custo; Geógrafo é importante, e não dispensável; Legislação geográfica é complexa e difusa, necessita consolidação; Como padronizar as expressões geográficas previstas em norma? Como ensinar Geografia nas faculdades de Direito? Como ensinar Direito nas faculdades de Geografia? Como formar gestores com conhecimento geojurídico?
21 OBRIGADO! Luiz Antonio Ugeda Sanches
22 Apresentações do evento GGP 2013 Acesse outras apresentações e vídeos das palestras no site:
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