SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - CREA-SP
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1 INFORMAÇÂO 094/2012 DAP São Paulo, 19 de outubro de 2012 PROTOCOLO Nº /12 INTERESSADO: Fernando ASSUNTO: Consulta sobre atribuições profissionais de Técnicos de Nível Médio na área de mineração e quanto a honorários cobrados por esses profissionais. 1. IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO O Sr. Fernando solicita informação, via correio eletrônico, quanto à aplicação da Decisão Normativa nº 14 de 25 de julho de 1984 do Confea aos Técnicos de Nível Médio na área de mineração, bem como à exigência, pelo Crea, de piso salarial (salário mínimo profissional) aos engenheiros de minas não extensiva aos Técnicos de Nível Médio. 2. LEGISLAÇÃO A) A Decisão Normativa nº 14, de 25 de julho de 1984 do Confea que disciplina o registro de empresa de mineração e a anotação de responsabilidade técnica foi revogada pela Decisão Normativa nº 90, de 5 de setembro de 2011 do Confea, aplicando-se, doravante, às empresas de mineração as disposições contidas nas resoluções do Confea que tratam sobre registro de pessoas jurídicas nos Creas e sobre os registros e os valores da ART, sendo as atividades relacionadas à mineração conduzidas por profissional habilitado, observadas as competências fixadas nas resoluções do Confea que tratam de atribuições profissionais. B) Decreto nº de 11 de dezembro de 1933: regula o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor. Art Consideram-se da atribuição do engenheiro de minas: a) o estudo de geologia econômica e pesquisa de riquezas minerais; b) a pesquisa, localização, prospecção e valorização de jazidas minerais; c) o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços de exploração de minas; d) o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços da indústria metalúrgica; e) assuntos de engenharia legal, relacionados com a sua especialidade; f) vistorias e arbitramentos concernentes à matéria das alíneas anteriores. C) Lei nº 4.076, de 29 de junho de 1962: regula o exercício da profissão de geólogo. Art. 6º - São da competência do geólogo ou engenheiro geólogo: a) trabalhos topográficos e geodésicos; b) levantamentos geológicos, geoquímicos e geofísicos; Informação nº 094/12-DAP/SUPCOL JBN de 5
2 c) estudos relativos às ciências da terra; d) trabalhos de prospecção e pesquisa para cubação de jazidas e determinação de seu valor econômico; e) ensino das ciências geológicas nos estabelecimentos de ensino secundário e superior; f) assuntos legais relacionados com suas especialidades; g) perícias e arbitramentos referentes às matérias das alíneas anteriores. Parágrafo único - É também da competência do geólogo ou engenheiro-geólogo o disposto no item IX, artigo 16, do Decreto-Lei nº 1.985, de 29 JAN 1940 (Código de Minas). D) Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 do Confea: discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades: Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica; Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Atividade 09 - Elaboração de orçamento; Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 14 - Condução de trabalho técnico; Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação; Atividade 18 - Execução de desenho técnico. Art Compete ao ENGENHEIRO DE MINAS: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução referentes à prospecção e à pesquisa mineral; lavra de minas; captação de água subterrânea; beneficiamento de minérios e abertura de vias subterrâneas; seus serviços afins e correlatos. Art Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo 2 de 5
3 outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade. E) Decreto Federal nº , de 6 de fevereiro de 1985: dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau: Art. 4º - As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: I - executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coordenar equipes de execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção; II - prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes atividades: 1) coleta de dados de natureza técnica; 2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos; 3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra; 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança; 5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho; 6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos; 7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos. III - executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes; IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais especializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando; V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional; VI - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2º graus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistério nesses dois níveis de ensino. F) Lei nº A de 22 de abril de 1966: dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária: Art. 1º - O salário mínimo dos diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária é o fixado pela presente Lei. G) Resolução nº 397, de 11 de agosto de 1995 do Confea: dispõe sobre a fiscalização do salário mínimo profissional: Art. 2º - O Salário Mínimo Profissional é a remuneração mínima devida, por força de 3 de 5
4 contrato de trabalho que caracteriza vínculo empregatício, aos profissionais de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia, Meteorologia e Tecnólogos, com relação a empregos, cargos, funções, atividades e tarefas abrangidos pelo Sistema CONFEA/CREAs, desempenhados a qualquer título e vínculo, de direito público ou privado, conforme definidos nos Arts. 3º, 4º, 5º e 6º da Lei nº A, de 22 de abril de 1966, no Art. 82 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e no Art. 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, sob regime celetista. Art. 3º - Para efeito de aplicação dos dispositivos legais, os profissionais citados no Art. 2º desta Resolução são classificados em: a. diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Arquitetura, de Agronomia, de Geologia, de Geografia, de Meteorologia e afins com curso universitário de 04 (quatro) anos ou mais; b. diplomados pelos cursos regulares superiores, mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Arquitetura, de Agronomia, de Geologia, de Geografia, de Meteorologia e afins, com curso universitário de menos de 04 (quatro) anos. H) Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1989 do Confea: dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia Art. 3º - O registro de pessoa jurídica é ato obrigatório de inscrição no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia onde ela inicia suas atividades profissionais no campo técnico da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia. Art. 9º - Só será concedido registro à pessoa jurídica cuja denominação for condizente com suas finalidades e quando seu ou seus responsáveis técnicos tiverem atribuições coerentes com os objetivos sociais da mesma. 3. ASPECTOS RELEVANTES A Decisão Normativa nº 14 foi revogada pela Decisão Normativa nº 90 de 5 de setembro de 2011, aplicando-se às empresas de mineração as disposições vigentes que tratam de registro de pessoas jurídicas, de registro e valores de ART e de atribuições profissionais. O Decreto Federal nº é posterior à, então, Decisão Normativa nº 14 e definiu as atribuições dos técnicos de grau médio, dentre estes o Técnico em Mineração. A Lei nº 4950-A que dispõe sobre a remuneração profissional tem a sua fiscalização regulamentada pela Resolução nº 397 do Confea e recai em profissionais de nível superior sob o regime celetista. 4. CONCLUSÃO De acordo com o Decreto Federal nº , o Técnico em Mineração detém atribuições para responsabilizar-se por empresa de mineração em atividades de pesquisa e lavra. O salário mínimo profissional é devido aos profissionais da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, inclusive os Tecnólogos, diplomados em cursos regulares superiores com relação de trabalho/emprego sob o regime celetista. Não há legislação que estabeleça honorários 4 de 5
5 ou salário mínimo aos profissionais de nível médio, o que enseja ao Crea fiscalizar o cumprimento do salário mínimo profissional dos profissionais de nível superior com vínculo empregatício (sob regime celetista). Ciente. De acordo. Geol. João Batista Novaes Assistente Técnico-SUPCOL Crea-SP nº Arq. e Urb. Gustavo Antonio Schliemann Gerente DAP/SUPCOL Informação nº 094/12-DAP/SUPCOL JBN de 5
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