UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DESPORTIVO

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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DESPORTIVO A Constitucionalização do Desporto e a Dicotomia do Direito Desportivo: Autonomia Desportiva e a Intervenção Pública RENATA JAMÚS DA COSTA PINTO RIO DE JANEIRO 2011

2 A Constitucionalização do Desporto e a Dicotomia do Direito Desportivo: Autonomia Desportiva e a Intervenção Pública Projeto de Monografia apresentado à AVM Faculdade Integrada, como requisito parcial para obtenção do título de Pós-Graduada em Direito Desportivo. Orientador: Prof. William Rocha. RENATA JAMÚS DA COSTA PINTO RIO DE JANEIRO 2011

3 Ao meu Pai, minha Mãe e meu Irmão, que me mantiveram sempre no caminho do bem.

4 Ao professor Martinho Neves de Miranda e demais mestres que nos orientaram neste curso de Pós-Graduação meus sinceros agradecimentos pela paciência e humildade em dividir conosco seus conhecimentos.

5 A pé e alegre sigo pela Estrada Real. Saudável e livre, o Mundo diante de mim. Walt Whitman

6 RESUMO PINTO, R. J. da Costa. A Constitucionalização do Desporto e a Dicotomia do Direito Desportivo: Autonomia Desportiva e a Intervenção Pública f. Ensaio Cientifico Instituto A Voz do Mestre, Analisam-se as questões relevantes envolvendo a Constitucionalização do Desporto, através do Artigo 6º e 217 da Carta Magna Brasileira. Para melhor compreensão do tema, a introdução volta-se à delimitação do objetivo e da metodologia adotados para a realização do estudo. Na segunda são apresentados os preceitos constitucionais que inseriram o Desporto na regulação Pública. Em seguida são analisadas as interpretações dadas aos artigos dispostos no ordenamento constitucional, sua importância e implicações. A terceira parte dedica-se à conclusão e recomendações finais, onde se pretende analisar de forma sucinta todo o conteúdo exposto. Palavras-Chave: Direito Constitucional do Desporto; Direito Público; Importância da Constitucionalização.

7 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO O Objetivo da Pesquisa O Modelo Metodológico Introdução REFERENCIAL TEÓRICO ACERCA DO TEMA Um Breve Histórico da Legislação Pública Desportiva A Constitucionalização do Desporto e sua Importância A Dicotomia do Direito Desportivo A autonomia desportiva A intervenção pública Autonomia x Intervenção CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA... 30

8 8 1 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 1.2 O Objetivo da Pesquisa O presente estudo objetiva apresentar o modo como a esfera pública do universo jurídico se relaciona com o mundo privado que cerca o Direito do Desporto, além disso procurará mostrar como a autonomia desportiva e a intervenção pública no desporto, com o objetivo de promover políticas públicas e leis que resguardam direitos individuais, são complementares e não excludentes. Questões benéficas como a promoção governamental de políticas públicas graças a constitucionalização do desporto e a ingerência governamental através de leis que por vezes ferem a autonomia desportiva serão discutidas. A interpretação das leis que formam seu arcabouço jurídico, a ingerência histórica do Estado no Mundo Desportivo e a forma como os institutos do Direito Desportivo transitam entre a tênue linha que separa o quê é público do que é privado também fazerm parte do estudo. A apresentação far-se-á dentro do contexto do desporto profissional e do atleta profissional, tendo como marco divisor alguns fatos concretos e ponderações de renomados juristas sobre a interferência estatal no mundo privado do desporto e vice versa. Quando se fizer necessário a legislação pertinente será trazida à baila. 1.3 O Modelo Metodológico O artigo foi erigido através de um levantamento bibliográfico e documental que identificou as matérias doutrinárias feitas em obras dos doutrinadores e órgãos públicos ligados à matéria. Para isso, existe um elenco de obras, debates e acórdãos emitidos em

9 9 tribunais especializados que servirão de base para a sua construção. Através da leitura e comparação cientifica deste material serão destacados conceitos e suas explicações, divergências e pontos em comum. 1.4 Introdução No ano de 1990, na Bélgica, Jean Marc Bosmam, sem saber, fez ultrapassar uma barreira até então aparentemente intransponível no Direito Desportivo: a supremacia da decisão pública de um tribunal envolvendo um universo, até então eminentemente privado, como o do futebol. O jogador pediu sua desvinculação do clube pelo qual atuava. Contrariando as regras desportivas o Tribunal de Liége (Bélgica) declarou o atleta livre para assinar contrato com qualquer outra entidade de prática desportiva. A atitude de Bosmam e a decisão do tribunal geraram discussões a aceleraram um processo de desenvolvimento da relação público-privado no desporto. Depois dele outros casos vieram, estes apenas para corroborar a idéia de não podemos imaginar a existência de um Direito Desportivo sem a real e imprescindível interferência do Estado. Mesmo sendo de suma importância para a construção de uma legislação que podemos reputar como sendo exclusiva do desporto, não podemos afirmar que a regulação legal contemporânea se orienta por um monopólio jurídico do direito estatal mas sim pela relação conflitual entre vários quadros jurídicos, entre os quais o desportivo, e a normatividade estatal. Por isso, é interessante entender o Direito Desportivo através de uma abordagem pluralista, sem nunca destinar sua legislação fundamental a uma única fonte. O ponto primordial que devemos destacar para a relação Público-Privada existente no Desporto Nacional veio com a constitucionalização do mesmo através do artigo 217 da Carta Magna Nacional. Ao mesmo tempo em que destina autodeterminação aos entes desportivos, abre brechas para que o Estado interfira no mundo do Desporto,

10 10 seja através de Políticas Públicas, seja através de diretrizes infraconstitucionais para regular as relações jurídico desportivas. Em 1988, quando o Desporto passou a ser tema constitucional o embate públicoprivado sequer era levantado. Apenas anos depois com a chamada Lei Zico (Lei n /93) é que os primeiros embates começaram a se apresentar. A reforma da Lei Zico nos regalou a chamada Lei Pelé (Lei n /98), hoje ainda vigente, mas que à época gerou profundas discussões, posto que um dos seus artigos tratava exatamente de interferir na decantada Autonomia Desportiva, consagrada no Artigo 217, inciso I da CF. A Lei Pelé obrigava, e depois sugeria que as Entidade de Prática Desportiva assumissem a denominação jurídica de sociedades anônimas, as S/A s. Veremos ao longo do Referencial acerca do tema que essas questões serviram, e muito para desenvolver uma vasta, porém ainda pouca doutrina jurídico-desportiva nacional.

11 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ACERCA DO TEMA 2.1 Um Breve Histórico da Legislação Pública Desportiva O primeiro momento em que vemos o Desporto como tema de legislação pública data de Julho de 1938, através do Decreto nº 526m 1 que tinha como escopo discorrer sobre questões relacionadas com a atividade cultural do país. Vemos aqui uma clara fusão do desporto com a cultura. Inclinação essa que somente começou a ser abolida a partir de criação de órgão próprio para a regulação da atividade desportiva, como veremos adiante. O desprestígio do desporto era, então, evidente. A alínea destinada ao tema era a última do artigo 1º do referido decreto (grifo nosso): Art. 2º O Conselho Nacional de Cultura será o órgão de coordenação de todas as atividades concernentes ao desenvolvimento cultural, realizadas pelo Ministério da Educação e Saúde ou sob o seu controle ou influência. Parágrafo único. O desenvolvimento cultural abrange as seguintes atividades: a) a produção filosófica, ciêntífica e literária; b) o cultivo das artes; c) a conservação do patrimônio cultural (patrimônio histórico, artístico, documentário, bibliográfico, etc.) d) o intercâmbio intelectual; 1 BRASIL Decreto-Lei nº 526, de 1º de Julho de Diário Oficial da União. Seção 1. 05/07/1938. p Disponível em: < em: 22 de Maio de 2010.

12 12 e) a difusão cultural entre as massas através dos diferentes processos de penetração espiritual (o livro, o rádio, o teatro, o cinema, etc.); f) a propaganda e a campanha em favor das causas patrióticas ou humanitárias; g) a educação cívica através de toda sorte de demonstrações coletivas h) a educação física (ginástica e esportes); i) a recreação individual ou coletiva. Apenas com a criação da Comissão Nacional de Desportos, através do decreto nº 1056 de 19 de Janeiro de é que podemos efetivamente falar em um início da legislação pública desportiva. Ainda sim, foi algo extremamente superficial. Criou-se uma comissão que tinha a incumbência de fazer um minucioso estudo sobre o problema dos desportos no Brasil e apresentá-lo para o pentão presidente Getúlio Vargas em sessenta dias. Ocorre que esses dois meses duraram mais que dois anos e somente em 1941 foi promulgado o Decreto-Lei nº que eu seu escopo foi o responsável por estabelecer as bases da organização dos desportos em todo país. Álvaro Melo Filho tratou de definir este Decreto como aquele que: (...) cuidou dos mais variados aspectos, traçando o plano de sua estruturação, regulamentando as competências desportivas, adotando medidas de proteção, consagrando o princípio de que as associações desportivas exerciam atividades de caráter cívico, dispondo sobre a adoção das regras internacionais, proibindo o 2 BRASIL. Decreto-Lei nº 1056, de 19 de Janeiro de Diário Oficial da União. Seção 1. 21/01/1939. p Disponível em: < Acessado em 21 de Maio de BRASIL. Decreto-Lei nº 3199 de 14 de Abril de Diário Oficial da União. Seção 1. 18/04/1941. p. 1. Disponível em:< Acessado em 21 de Maio de 2010.

13 13 emprego de capitais no objetivo de aferimento de lucros, impondo a obrigatoriedade da atenção dos desportos amadores às associações que mantivessem o profissionalismo, de modo a evitar o efeito desportivo predatório 4. Se sucedeu a esse decreto o de número 3617 de 15 de Setembro de , que te a incumbência de estabelecer as bases para a organização do desporto unversitário no país. As bases para a inserção da matéria desportiva em sede constitucional continuaram através de decretos que tinham a mesma faceta de organizar e regulamentar a estrutura desportiva. Podemos citar os Decretos-Lei nº 5342 de 1943 que dispunha sobre a competência do CND e disciplinava algumas modalidades desportivas -, nº 7674 de 1945 que instituia a obrigatoriedade de um órgão fiscal para cada entidade ou associação desportiva e o de nº 8458 de 1945 que regulamentou o registro dos estatutos das associações desportivas. Estes decretos tiveram o condão de deixar um território legislativo montado para que a matéria fosse reconhecida em sede constitucional. Porém, a inserção do desporto no texto Magno nacional só ocorreu em No capítulo II que diz respeito a União o artigo 8º menciona em seu inciso XVII, alínea q 6 o seguinte texto: Art. 8º Compete à União: (...) XVII - legislar sôbre: 4 MELO FILHO, Álvaro. O Desporto: na ordem Jurídico-Constitucional Brasileira. São Paulo. Malheiros: BRASIL. Decreto-Lei nº 3617, de 15 de Setembro de Diário Oficial da União. Seção 1. 17/09/1971. p Disponível em :< Acessado em 21 de Maio de BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 24 de Janeiro de Disponível em:< Acessado em 21 de Maio de 2010.

14 14 (...) q) diretrizes e bases da educação nacional; normas gerais sôbre desportos; (...) Porém, a questão foi apenas uma tratativa de delegação de competência para legislar. Um prenúncio de que algo estaria por vir. Ocorre que, novamente, o desporto ficou adstrito a leis de oportunidade, ainda não fazendo parte de um projeto nacional. Somente com a Constituição Federal de 1988 o desporto foi previsto e reconhecido em norma constitucional. A constitucionalização efetiva do desporto é o que veremos no tópico a seguir. 2.2 A Constitucionalização do Desporto e sua Importância Importa dizer que, em 1975 com a Lei nº de 08 de Outubro foram inseridas normas gerais sobre o desporto, além dela a Lei nº de 02 de Setembro de 1976 trouxe as regras que regulavam as relações de trabalho do atleta profissional de futebol. Porém, como ressalta Emile p. J. Boudens: Com a promulgação da Constituição, a Lei no 6.251, de 1975 perdeu a razão de ser por absoluta incompatibilidade com os fundamentos do Estado democrático. Depois, foi formalmente revogada pela Lei n 8.672, Lei Zico, que entrou em vigor em julho de 1993, ou seja, depois de um vácuo legislativo de quase cinco anos. A Lei no 6.354, de 1976 sobreviveu ate 24 de marco de 1998, quando foi rendida pela Lei n 9.615, Lei Pele, sob o argumento de que o quadro legal existente não permitia tornar efetivo o dever constitucional do fomento das praticas desportivas (cf. Exposição de Motivos PL 3633, de 1997). Segundo este

15 15 documento, era notório o estado de desorganização da pratica desportiva no país. A normatização do desporto na Carta Magna de 88 chegou no momento em que o mesmo precisava de um respaldo constitucional, um pilar forte, para que a legislação infra-constitucional conseguisse se modernizar. Em que pese a enorme demora em ser reconhecido constitucionalmente, somente após 88 podemos falar em uma verdadeira evolução na legislação desportiva nacional. Para se entender a importância de termos a questão do Desporto inserida no contexto constitucional trazemos à baila breves definições dos nossos juristas sobre o Direito Constitucional. O mestre José Afonso Silva diz que a constituição é um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma do seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento dos seus órgãos e o limite de sua ação 7. Daqui temos que ter em mente que a Constituição define a competência do estado e até onde ele pode alcançar (dentre outras coisas). Outro grande mestre, Luis Roberto Barroso, define constituição como sendo um sistema de normas. Ela institui o Estado, organiza o exercício do poder político, define os direitos fundamentais das pessoas e traça os fins públicos a serem alcançados 8. Dito isto, temos como entender o quê significam os dispositivos deposrtivos constitucionais (se é que assim os podemos chamar). A Constituição Federal de 88 constitucionalizou o desporto como norma jurídica, em seu artigo 217, abaixo transcrito: Art É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: 7 SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo, 8 ed. São Paulo: Malheiros, 1984, p BARROSO, Luis Roberto. Curso de Direito Constitucional, 13ª Edição, Editora Saraiva, pag. 39.

16 16 I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento; II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-profissional; IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, reguladas em lei. 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final. 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. Diga-se de passagem que a inserção do Desporto no âmbito constitucional também representou o reconhecimendo de uma Jusitça Desportiva independente. Como bem nos mostra Álvaro Melo Filho a Carta Magna brasileira é a única do Mundo a reservar lugar para a criação e significação de uma Justiça Desportiva. Diz, o insigne mestre que a Justiça Desportiva Brasileira é a única no mundo a ter lugar resercado na Carta Magna de um país. E complemente: (...) tanto que, na Suiça, sede dos princípais entes diretivos do desporto mundial, na ausência de um dispositivo legal específico, a instauração de vias de direito internas e de órgãos judiciare nas federações desportivas lastreia-se no princípio da autonomia em que se funda o direito de associação. 9 9 MELO FILHO, Álvaro. Direito Desportivo. Temas Candentes de Justiça Desportiva. Revista Brasileira de Direito Desportivo Volume 16.. São Paulo. Ed. IOB, 2009, pp. 07.

17 17 A questão da autonomia desportiva é de certa forma tão interessante que em outros países do Mundo, na ausência de uma Justiça Desportiva independente, usa-se este princípio basilar para nortear questão de direito que venham a surgir entre entes desportivos. Ainda sobre o tema autonomia dentro da Justiça Desportiva vemos que o Art. 217, parágrafos 1 e 2 da Constituição Federal apresenta como deverão ser ingressados processos na Justiça Desportiva e em que momento poderão, entidades de prática depostiva e demais interessado, ingressar na chamada Justiça Comum. Art É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, reguladas em lei. 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final. A opção pela constituição de uma Justiça Desportiva desatrelada do Poder Judiciário se deve a necessidade de dinamicidade, celeridade e tipicidades peculiares dos casos que envolvem o mundo do desporto. Apenas para finalizar o tema autonomia na Justiça Desportiva trazemos mais alguns ensinamentos do mestre Álvaro Melo Filho no que tange ao raio de incidência dos poderes de julgar da Justiça Desportiva. Antes, apresentamos dois aritgos, um do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e outro da Lei 9.615/98 (a Lei Pelé). Art. 111 do CBJD A imposição das sanções de suspensão, desfiliação ou desvinculação, pelas entidades desportivas, com o objetivo de manter a ordem desportiva, somente serão aplicadas após decisão definitiva da justiça desportiva. Parágrafo único O procedimento para os efeitos do caput são os previstos nas alíneas c, incisos II, dos artigos 25 e 27, deste Código, mediante remessa de ofício.

18 18 Art. 48 da Lei 9.615/98 Com o objetivo de manter a ordem desportiva, o respeito aos atos emanados de seus poderes internos, poderão ser aplicadas, pelas entidades de administração do desporto e de prática desportiva, as seguintes sanções: (...) 2o As penalidades de que tratam os incisos IV e V deste artigo somente poderão ser aplicadas após decisão definitiva da Justiça Desportiva. Diante desses artigos, que personificam a questão da Autonomia Desportiva no âmbito da Justiça Desportiva, trazemos à baila os ensinamentos de Álvaro Melo Filho mais uma vez: A Justiça Desportiva tem, constitucional e legalmente, sua esfera competencial adstrita `a disciplina e às competições desportivas, não albergando as infrações à ordem desportiva, dotadas de índole adminsitrativa stricto sensu. Vale dizer, a Justiça Desportiva não tem poderes para atuar em derredor de infrações que se colocam no raio do direito de associação, por exemplo, eleições de dirigentes ou prestação de contas que estão na esfera interna corporis dos entes desportivos dirigentes privados, cuja impugnação, quando ocorrer, deve submeter-se à Justiça Comum, e nunca à Justiça Desportiva, pois se há infringência é sobre normas de estatuto social ou sobre legislação civil. 10 Este artigo, num só tempo, apresenta inúmeras questões importantes para o Desporto enquanto prática social de todo indíviduo, enquanto prática profissional, enquanto fato de natureza privada (autonomia) e enquanto aspirante a ramo jurídico independente. 10 MELO FILHO, Álvaro. Direito Desportivo. Temas Candentes de Justiça Desportiva. Revista Brasileira de Direito Desportivo Volume 16.. São Paulo. Ed. IOB, 2009, pp. 08.

19 A Dicotomia do Direito Desportivo A autonomia desportiva A autonomia desportiva é uma garantia constitucional, claramente disposta no artigo 217, inciso I da Constituição Federal. Deve o Estado respeitar e observar a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações quanto à sua organização e funcionamento, ou seja, em poucas palavras o legislador originário inseriu o quê podemos chamar de princípio basilar do desporto nacional. Princípio é, por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondolhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico. Violar um princípio é muito mais grave do que transgredir uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais. Vemos, claramente, que a intenção foi a de conceder autonomia para que regras próprias, inerentes a cada modalidade desportiva, pudéssem ser criadas sem a interferência Estatal. A ideia foi dar liberdade para que ordenamentos jurídicos típicos desportivos surgissem do embrião constitucional. A legislação desportiva autônoma, desta forma, tem origem nos regulamentos (autônomos) das Federações que representam cada modalidade, porém não devendo se afastar da legislação desportiva estatal, que tem o condão de cumprir uma atividade harmonizante. Álvaro Melo Filho, em sua obra Direito Desportivo: Aspectos Teóricos e Práticos indica que:

20 20 o postulado constitucional (art.217,i) reforça um attribut de la liberté civile (Butler) outorgado, explicitamente, às associações desportivas, tendo como limites o respeito à ordem pública, às normas jurídicas fundamentais e ao direito de personalidade dos associados. 11 A razão de ser da autonomia desportiva é dar aos entes desportivos a capacidade de buscar soluções, fórmulas ou debates para resolver deus problemas. Desta forma, criase uma teia de relacionamentos, onde os entres trocam e dividem, compartilham e absorvem novas experiências. Assim, conseguem adequar suas peculiaridades na moldura jurídica que necessitam enquanto organização junto a uma atuação, que delimita sua forma de funcionamento. Sempre lembrando que devem ser resguardados os limites impostos pela legislação desportiva nacional e internacional (quando houver entidade internacional de prática desportiva que controle as regras de determinado jogo) A intervenção pública O contraponto para a Autonomia Desportiva é a Intervenção Pública. É imprerioso observar, porém, que esta intervenção estará ligada a tudo aquilo que não estiver contido na esfera autônoma que protege o desporto quando o tomamos em seu conceito restrito desporto enquanto modalidade particular de prática desportiva. Interessante notar que existe uma enorme camada dentro do universo desportivo que pode e deve ser abarcada pelo poder Estatal. Se observarmos a própria localização constitucional do tema, veremos que trata-se de um direito comum a todos os cidadão, e 11 MELO FILHO, Álvaro. Direito Desportivo. Aspectos teóricos e práticos. São Paulo. Ed. Thomson, 2006, pp. 28.

21 21 por isso, deve ser regulado e influenciado pelo poder Estatal. A seção III Do desporto está inserida no Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto. Ambos, seção e capítulo, estão no Título III da Constituição Federal Da Ordem Social. A ordem social, por disposição constitucional, diz respeito ao primado do trabalho, e tem como objetivo o bem-estar e a justiça social. Visto isso, percebemos que o fim maior do Desporto dentro do texto constitucional é pertencer a Ordem Social. Portanto, aqueles que se envolvem com o desporto, sejam atletas profissionais ou praticantes do esporte em alto rendimento, altetas amadores, atletas que praticam o esporte com a conotação educacional ou mesmo os torcedores, todos, possuem o direito ao olhar regulador, interventor e fomentador do Estado. Em um autêntico sistema de equilíbro vemos que a Intervenção Pública estará onde necessite haver uma força maior que resguarde o bem estar e a justiça social. Assim, por exemplo, nas relações do torcedor com a entidade de prática desportiva, deverá haver um texto legal estatal que regule as relações entre estes dois pólos detentores de direitos e deveres. O Estatuto do Torcedor, Lei número /2003 é a Lei Estatal que, inerferindo no mundo do desporto, sem ferir a autonomia desportiva, regular as relações entre torcedor e Mundo do Desporto. A Lei número /2006, conhecida como Lei de Incentivo ao Esporte, atraiu para si diversos olhares. Quase nenhum de reprovação, uma vez que, apesar de traçar normas e diretrizes que interferiram no universo desportivo, ela o fez tendo como fim almejado o objetivo constitucional de bem estar e justiça social. A lei de incentivo procurou estabelecer os pilares para a construção de políticas públicas específicas para cada tipo de prática desportiva: de alto rendimento, educacional ou para fins recrativos. A história da intervenção estatal no desporto foi extremamente combatida por conta da criação, em abril de 1942, através do Decreto-Lei número 3.199, do CND. Vivamos o período ditatorial de Getúlio Vargas, e o órgão por ele criado, integrante do então Ministério da Educação e Saúde, cujos membros indicados pelo Presidente da República tinham por atribuição, organizar e disciplinar a prática desportiva, reconhecendo-se nesta um eficiente processo de educação física e espiritual da juventude, bem como, uma alta expressão da cultura e da energia nacionais.

22 22 Ao longo da História, a ingerência estatal na atividade desportiva angariou antipatias doutrinárias e no próprio meio desportivo, não coincidentemente, à mesma medida em que o futebol profissional foi adquirindo contornos econômicos. O fim do CND, em 1993, com a entrada em vigor da Lei nº 8.672/1993, conhecida como Lei Zico, foi comemorada por muitos doutrinadores, como Álvaro Melo Filho que o intitulava como um órgão de atuação policialesca e, na condição de ferrenho defensor da autonomia desportiva, menciona: A propósito, é irrecusável que este Decreto-lei nº 3.199/41 nasceu objetivando o controle, pelo Estado, das atividades desportivas, menos talvezcom o intuito de promovê-las e dar-lhes condições de progresso, que pelanecessidade política de vigiar as associações desportivas de modo a impedir e inibir as atividades contrárias à segurança, tanto do ponto de vista interno, como externo. 12 Os defensores do afastamento estatal das atividades desportivas, rechaçando a intervenção característica dos regimes ditatoriais, buscam socorro no argumento de que a ingerência do Estado em tais períodos, dava-se como forma de controle da sociedade e não em razão do apelo social exercido pela prática desportiva, especialmente do futebol. É bom lembrar que existe uma diferença em Intervenção para o Bem Comum e outros tipos de intervenção, realizados em períodos que muitos países viviam um momento negro em suas histórias políticas. Como nos mostra o Professor Martinho Neves de Miranda em sua obra O Direito no Desporto : De fato, a história infelizmente registra a utilização do desporto com fins políticos (...). Basta recordar que os jogos Olímpicos de 1936, realizados em Berlim, testemunharam o empenho da 12 MELO FILHO, Álvaro. O Desporto na Ordem Jurídico-Constitucional Brasileira. São Paulo: Malheiros, 1995, p. 26.

23 23 Alemanha hitleriana em demonstrar a supremacia da raça ariana perante o Mundo. 13 Mais adiante o Professor Martinho conclui, porém, que é legal e dever do Estado ser ativo em determinados momentos. Ele nos explica: (...) quando se insere a organização desportiva no âmbito do patrimônio cultural brasileiro, está-se automaticamente trazendo o Estado para atuar nesse contexto pela dupla via do incentivo e da fiscalização, haja vista que a seção II, do capítulo III, do título VIII, da C.F., que cuida da questão cultural, confere ao Estado o papel tanto de estimulador dessas atividades, quanto de guardião do seu desenvolvimento, como forma de preservar a solidez de sua estrutura. O Brasil hoje vive uma Democracia. Em tese, e na prática, a busca é pela regulação e interferência naqueles pontos em que o Desporto interfere na vida de todos. No momento em que ele pode ser obsevardo na sua couraça mais SOCIAL e DIFUSA. Quando esta nuance surgir, junto com ela deverá estar a olhar regulador, asseguratório e fomentador Estatal Autonomia x Intervenção O Direito Desportivo que podemos chamar de privado tem sua origem, enquanto normatividade específica, na essência do próprio jogo e nas suas regras exclusivas de regulação da prática desportiva. Neste tema encontramos o caráter autônomo e privado do desporto para com o domínio público da vida social, fato que se consolidou com a sua evolução e constituição num fenômeno cada vez mais complexo, ou como indica o portugues Carlos Nolasco um sistema institucionalizado de práticas competitivas Neves de Miranda, Martinho. O Direito no Desporto. Lúmen Iuris. Rio de Janeiro pag 80 e NOLASCO, Carlos, As jogadas jurídicas do desporto ou o carácter pluralista do direito do desporto, Revista Crítica de Ciências Sociais nº60, 2001, pp

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