UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ DHE DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO Curso de Licenciatura Plena em História EDSON RAMOS DE PAULO JÚNIOR PARALELO LOCAL DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS ESTUDO DE CASO DAS RELAÇÕES BRASIL - CRUZ ALTA/RS Ijuí 2013

2 EDSON RAMOS DE PAULO JÚNIOR PARALELO LOCAL DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS ESTUDO DE CASO DAS RELAÇÕES BRASIL - CRUZ ALTA/RS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para obtenção do grau em Licenciatura Plena em História, na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Orientadora: Prof. Dra. Sandra Maria do Amaral Ijuí 2013

3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 5 CAPÍTULO I 1. ASSEMBLEIA DE DEUS CONSTRUÇÃO E RAÍZES Os embriões do movimento pentecostal A genealogia do pentecostalismo moderno Nasce a Assembleia de Deus Visão Missionária A Assembleia de Deus no Rio Grande do Sul A Assembleia de Deus em Cruz Alta CAPÍTULO II 2. A AUTONOMIA ECLESIÁSTICA DAS IGREJAS NO RS A substituição de Gustavo Nordlund A emancipação das Igrejas no Estado Posse do pastor Brum Gonçalves Terra Os desafios do novo pastor O novo pastor: Aleino Melo da Costa CAPÍTULO III 3. TRANSFORMAÇÕES A Resolução de Santo André A Resolução do 5º ELAD A Assembleia de Deus e as transformações nos grandes centros Status atual Assembleia de Deus em Cruz Alta CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXO A DANIEL BERG ANEXO B GUNNAR VINGREN ANEXO C GUSTAVO E ELISABETH NORDLUND ANEXO D HERBERT NORDLUND ANEXO E PASTOR NILS TARANGER E FAMÍLIA ANEXO F GUSTAVO NORDLUND E NILS TARANGER... 44

4 ANEXO G INTERIOR ANTIGO DO TEMPLO DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CRUZ ALTA ANEXO H INTERIOR ATUAL DO TEMPLO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CRUZ ALTA ANEXO I ANTIGA FACHADA DO TEMPLO EM CRUZ ALTA ANEXO J FACHADA ATUAL DO TEMPLO EM CRUZ ALTA ANEXO L PASTOR ALEINO MELO DA COSTA: PASTOR PRESIDENTE DA IGREJA EM CRUZ ALTA ENTRE 1977 E ANEXO M ATUAL PASTOR PRESIDENTE: PASTOR ELVINO ESTEVAM ANEXO N TRECHO DO DIÁRIO OFICIAL DO RIO GRANDE DO SUL DE 25 DE JUNHO DE 1957 CONSTANDO EMANCIPAÇÃO DA IGREJA EM CRUZ ALTA ANEXO O: ANTIGO TEMPLO DA IGREJA-MÃE EM PORTO ALEGRE ANEXO P: TEMPLO SEDE ATUALMENTE, EM PORTO ALEGRE-RS ANEXO Q: TERMO DE ABERTURA DO PRIMEIRO LIVRO ATA DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CRUZ ALTA, ASSINADA POR HERBERT NORDLUND... 54

5 INTRODUÇÃO A importância da relação pessoal com determinado tema proposto tornase um aspecto fundamental na sua construção. Desta forma, a opção que abordamos para este trabalho apresenta-se como definido devido a este fator. A escolha se dá justamente pelo relacionamento e afinidade pessoal com a história e o desenvolvimento da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em todo o seu universo de ação e esferas. O trabalho em questão se desenvolve numa observação concisa e sucinta em um prisma nacional e municipal trazendo sujeitos que participaram do processo de desenvolvimento desta Igreja desde sua fundação até 2001 e construindo um paralelo com a realidade resultante do período sobre a atualidade. A trajetória das Assembleias de Deus no Brasil tem sua origem na chegada de dois jovens missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém do Pará no dia 19 de novembro de 1910 (COSTA, 1994). A trajetória, no Rio Grande do Sul, iniciou em 3 de fevereiro de 1924 com a chegada dos missionários suecos Gustavo Nordlund, sua esposa Herwig Elisabeth Nordlund e seu filho Herbert Nordlund, que começaram um efusivo trabalho de evangelismo em Porto Alegre que correu o interior do Estado. Os esforços de evangelização alcançam, entre outros municípios, a cidade de Cruz Alta e conforme registro da ata da primeira sessão de Assembleia Geral Ordinária da entidade, esta inclusive presidida por Herbert Nordlund, sua efetiva fundação se dá, mais precisamente, em 4 de agosto de 1935, tendo como seu primeiro pastor Tomé de Souza. As origens da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil estão no movimento que correu o mundo por volta do início do século 20, especialmente na América do Norte, dando origem aos chamados pentecostais, uma alusão derivada da manifestação, segundo a Bíblia, do Espírito Santo entre os discípulos de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Apostólica (Bíblia Sagrada; Atos dos Apóstolos, cap 2, p. 1067). Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren desembarcam em Belém do Pará, jamais alguém pensaria que estes dois jovens suecos estariam iniciando um movimento que alteraria futuramente o panorama religioso e até mesmo social do 5

6 Brasil por meio de suas pregações. Em poucas décadas, a Assembleia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar desde os grandes centros urbanos até remotas comunidades interioranas. A influência sueca teve forte peso no início da formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores. Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. Dado a essa proporção jamais imaginada pelos jovens missionários é que somos instigados a pesquisar a realidade desta Igreja. A pesquisa em questão está dividida em três capítulos. O primeiro trata das relações da Igreja com o movimento pentecostal: as analogias utilizadas pela Igreja com o dia de Pentecoste com um breve histórico deste momento, reconhecendo, com isto, parte do fundamento da doutrina conhecida como pentecostal; o surgimento do pentecostalismo moderno apresentando seus principais precursores; a origem da Assembleia de Deus no Brasil e os pioneiros em solo brasileiro; O desbravamento evangelístico dos primeiros missionários da Assembleia de Deus no Rio Grande do Sul e Cruz Alta. O segundo capítulo faz menção do processo de autonomia eclesiástica das Igrejas no Rio Grande do Sul: as condições de então que levaram a Igreja a realizar mudanças na sua estrutura administrativa, o que resultou no desmembramento da Igreja-Mãe, em Porto Alegre; os antigos modelos de disciplina utilizados pela Igreja em Cruz Alta, documentados nas atas de registro das Assembleias Gerais com apresentação de alguns exemplos ocorridos. O terceiro capítulo fala acerca das diversas transformações da Igreja no que diz respeito ao seu pensamento sobre os usos e costumes no decorrer dos anos bem como a variação de interpretação dogmática dos mesmos; a realidade da Igreja nos dias de hoje como resultado das mudanças com uma nova forma de pensar e de evangelizar. 6

7 CAPÍTULO I 1. ASSEMBLEIA DE DEUS CONSTRUÇÃO E RAÍZES 1.1 Os embriões do movimento pentecostal Para entendermos melhor a identidade da Igreja Evangélica Assembleia de Deus é necessário retomar alguns fundamentos históricos. O movimento pentecostal, conforme conhecemos em nossos dias, tem sua origem nos Estados Unidos da América, mais precisamente no início do século XX. Por sua vez o termo pentecostal, que identifica os vários grupos que compõe o movimento dentro dos seus diversos aspectos de usos e costumes, doutrinas ou dogmas característicos de cada um destes, não nasceu do movimento em si. Durante o passar dos séculos, para a cristandade a conotação do termo tomou outro sentido sem perder sua identidade histórica transmitida e consignada em sua teologia primitiva, apesar da visão de fé existente no termo ter se adaptado a cultura cristã de outra forma quando comparada a visão judaica. O entendimento de judeus e cristãos quanto às relações entre Deus e o homem são opostos e divergentes em muitos aspectos. Portanto cabe aqui destacar por que razão estes grupos são denominados pentecostais: Para Boyer (1966), Pentecoste (gr.. Quinquagésimo) era a segunda das três grandes festas anuais a que devia comparecer todo o judeu. Era chamada Pentecoste, porque era observada no quinquagésimo dia depois do segundo dia de páscoa. Possuía outras denominações como festa das semanas, por serem observadas sete semanas após a Páscoa ou festa das primícias, por se oferecer como primícias os frutos das searas, sete cordeiros do ano, uma vitela e dois carneiros para um sacrifício pacífico, uma cabra para sacrifício de propiciação, tudo baseado nas ordenanças prescritas no Torah. A festa foi instituída com o fim de obrigar os israelitas a dirigirem-se ao tabernáculo, ou ao Templo; a reconhecerem o absoluto domínio de Deus com a espontânea oferta de frutos; e a comemorarem o fato de ter sido dada a Lei, no monte Sinai, no 50º dia depois da saída do Egito, dando graças por este acontecimento. Primeiramente a oferta era de livre vontade apresentada, mas pouco a pouco, como a lei se tornava dura, tornou-se imperativa, 7

8 sendo determinadas a quantidade e a natureza das ofertas, segundo a riqueza do indivíduo. Tais contornos dão conotação quase que como uma espécie de tributo. Na verdade não há relação doutrinária entre o movimento pentecostal atual e a ordenança conforme exposta anteriormente e seguida pelo povo judeu se buscarmos uma base que ensinasse esta relação para a época, até porque ordenanças fazem parte do conjunto de leis cerimoniais judaicas, as quais foram desligadas para o cristianismo que adotou para si apenas a manutenção das leis morais. A associação se deve as ocorrências que se sucederam no início da Igreja Cristã, a qual era composta basicamente por judeus convertidos ao cristianismo. Os acontecimentos que impregnaram o termo atual nestas comunidades estão relacionados com a crença na descida do Espírito Santo, e que teria ocorrido justamente no dia de comemoração da Festa de Pentecostes. Este acontecimento está registrado na Bíblia Sagrada, no capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos: 1 Ao se cumprir o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu a casa onde estavam assentados. 3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar e outras línguas, segundo o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. 6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam dizendo: Vede! Não são porventura, galileus todos esses que aí estão falando? 8 E como os ouvimos cada um em nossa língua materna? 9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, 10 Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos aqui residem, 11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? 12 Todos atônitos e perplexos interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? 13 Outros, porém zombando, diziam: Estão embriagados! (Extraído da Edição da Bíblia Almeida Revista e Atualizada ARA) Foi devido ao fato da crença no fenômeno descrito na referência bíblica ter acontecido no dia da Festa de Pentecostes que o movimento adotou o nome de pentecostal, justamente por crerem na evidência de que o mesmo sinal pode ocorrer pessoalmente entre os crentes de nossos dias da mesma forma que aconteceu no início da era cristã. A crença entende que os indivíduos reunidos naquele ambiente, conforme os registros bíblicos estariam sob a direção e influência do Espírito Santo, o que particularmente se evidenciaria pelo falar em línguas que eram conhecidas pelos povos provenientes de outras nações ( outras línguas - glossolalia) e estavam 8

9 reunidos em Jerusalém para participarem da festa religiosa. Estas línguas, segundo a evidência interna da referência bíblica de Atos dos Apóstolos, não eram previamente conhecidas dos judeus que viveram tal fenômeno. É esta experiência que os pentecostais ensinam e dizem também viverem a qual chamam de Batismo no Espírito Santo, devido as circunstâncias em que aconteceram no dia de Pentecostes, em Jerusalém, com os primeiros cristãos ao desenvolverem esta capacidade de forma sobrenatural. Apesar de não se denominarem pentecostais há também um braço presente no catolicismo denominado Renovação Carismática que também diz comungar da mesma experiência. 1.2 A genealogia do pentecostalismo moderno Para Freston (1993) o pentecostalismo remonta ao avivamento metodista do XVIII (...), na Inglaterra, (...) que introduziu o conceito de uma segunda obra da graça, distinta da salvação (...) a qual seu líder, John Wesley, (...) chamava de perfeição cristã. De acordo com os ensinamentos de Wesley, surge no século XIX, nos Estados Unidos da América o movimento de santificação (holiness) que democratiza a experiência rápida e disponível a todos chamada Batismo no Espírito Santo. Conforme Campos (1995), Charles Parham, fundador do Lar de Curas Betel (1898) e do Colégio Bíblico Betel (1900), na cidade Topeka, Kansas, ensinava: Existiria uma evidência bíblica para o Batismo no Espírito Santo? Após um tempo de pesquisa na Bíblia, os estudantes chegaram a conclusão de que a glossolalia era o sinal que procuravam. Se havia tal evidência na Bíblia, faltava uma experiência em que alguém falasse as novas línguas. Este fato ocorreu na passagem de ano de Durante uma vigília, Agnez Ozman (uma das alunas de Parham) sentiu a necessidade de receber preces com a imposição de mãos. Com a oração, Ozman falou em outras línguas: era o começo do pentecostalismo nos Estados Unidos. (Pentecostalismo: sentidos da palavra divina. São Paulo: Ática, p. 21). Fazendo menção a Parham, Freston (1993) explica: O estopim do movimento pentecostal não foi esse admirador do Ku-Klux- Klan que permitia que negros ouvissem suas aulas somente do lado de fora da porta (Hollenweger 1986), e sim um aluno negro chamado W. J. Seymour, um batista nascido como escravo, que era cego de um olho e trabalhava como garçom. (Protestantes e Política no Brasil: da Constituinte ao impeachment. Unicamp, p. 15.) 9

10 A responsabilidade da disseminação da doutrina pentecostal de forma efetiva foi assumida justamente por William Joseph Seymour, ex-aluno de Parham, que assistia às aulas sentado numa cadeira posta no corredor por ser negro em um período racista ( Segundo Deivis (2008), em 1906, Seymour foi convidado a pregar em Los Angeles, em uma congregação holiness. Lá, ele passou a divulgar o batismo com Espírito Santo, motivo pelo qual a pastora Neely Terry o expulsou da igreja. Seymour alugou então um velho armazém, localizado na Azuza Street, 312, e fundou a Missão da Fé Apostólica, que rapidamente alcançou notoriedade nos Estados Unidos da América, tornando-se o centro irradiador do pentecostalismo para o mundo. Freston (1993) falando sobre a elaboração doutrinária dos pentecostais, argumenta que (...) o que dava ao fenômeno da glossolalia uma centralidade teológica e litúrgica (...), foi o distintivo que fez o pentecostalismo se espalhar rapidamente pela grande rede organizada do movimento holiness, e destaca, como fatores que ajudaram na rápida expansão mundial do pentecostalismo missionários americanos no exterior que mantinham contato com os acontecimentos na pátria, imigrantes nos Estados Unidos em contato com seus países de origem e patrícios emigrados para outros lugares. Desta forma, o pentecostalismo espalha-se pelos Estados Unidos da América chegando até Chicago. Nesta cidade o desenvolvimento nos primeiros anos do movimento foi algo vertiginoso. Sobre o trabalho do movimento em Chicago, Freston coloca: Era a segunda cidade do país, com condições graves de exploração industrial, e marcada pela violência quotidiana e pelo forte movimento operário. A modernidade dos arranha céus de armação de aço convivia com condições sanitárias horrendas. Lá pululavam missões pentecostais das mais diversas etnias, inclusive entre os escandinavos. (Protestantes e Política no Brasil: da Constituinte ao impeachment. Unicamp, p. 15.) O futuro credo religioso da Assembleia de Deus incluiria o seguinte aspecto, baseado na mensagem pentecostal: (...) 9. No batismo bíblico com o Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo com a evidência inicial de falar em novas línguas, conforme sua vontade (At 1.5; 2.4; ; ); 10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação conforme sua soberana vontade ( I Co ); (Edição Jornal Mensageiro da Paz, Ed. 1534, março 2013.) 10

11 É em Chicago que ocorre o primeiro encontro entre os fundadores da Assembleia de Deus no Brasil. Daniel Berg e Gunnar Vingren eram dois imigrantes suecos afetados pela febre das Américas (Vingren, 1973). Do envolvimento que inflamou Chicago naqueles dias que estes dois missionários se viram impelidos a propagar a mensagem pentecostal no Brasil. Assim descreve Berg a chegada ao país: No dia 19 de novembro de 1910, avistamos a cidade de Belém, no Estado do Pará. Estávamos ansiosos por conhecer a terra para a qual o Senhor nos enviara. Todos os passageiros tinham pressa em desembarcar. Parentes e amigos os esperavam no cais. Porém nós, não tínhamos ninguém. Tínhamos chegado a um país estranho. Não conhecíamos aquela cidade nem os seus habitantes. Não entendíamos sequer uma palavra da língua portuguesa. Estávamos no Pará. O problema nosso era saber para onde ir. (Memórias de Daniel Berg, CPAD 1959). A chegada ao Brasil, mais precisamente em Belém do Pará, acontece a 19 de novembro de Segundo Araújo (2011), já na cidade de Belém Daniel Berg e Gunnar Vingren passam a morar no porão da Igreja Batista. Nos cultos e reuniões de oração da Igreja, Vingren e Berg, quando começaram a falar o idioma português, pregavam a respeito do Batismo no Espírito Santo. Celina Martins Albuquerque, membro da Igreja Batista crê na mensagem pentecostal pregada pelos jovens missionários e, de acordo com seu relato, recebe o Batismo no Espírito Santo quando orava pela madrugada em sua casa, no dia 2 de junho de 1911, juntamente com outra senhora de sua igreja, Maria de Nazaré. 1.3 Nasce a Assembleia de Deus Conforme Araújo (2011), o caso das duas senhoras que diziam terem sido batizadas com o Espírito Santo na noite do dia 2 de junho de 1911 rendeu uma séria discussão na Igreja Batista de Belém, haja vista existir forte resistência por parte da maioria de seus integrantes quanto a doutrina pentecostal ensinada pelos missionários suecos. O final da reunião resultou na expulsão de 13 membros, em 13 de junho de No dia 18 do mesmo mês e ano, domingo, com 18 pessoas presentes mais Vingren e Berg, nascia na casa de Celina Albuquerque, a Missão de Fé Apostólica, que em 11 de janeiro de 1918, foi registrada oficialmente como Sociedade Evangélica Assembleia de Deus. 11

12 De acordo com Berg (1959), os jovens missionários suecos juntamente com os primeiros membros da igreja, começaram a realizar cultos em outros locais em Belém e a evangelizar lugares distantes dessa cidade principalmente nas ilhas paraenses. Logo, novos companheiros missionários foram chegando. Segundo Araújo (1911), os primeiros missionários foram Otto e Adina Nelson (1914), Samuel e Lyna Nyströn (1916), Frida Vingren (1917), Joel e Signe Carlson (1918). A igreja também começa a ordenar seus primeiros pastores em solo brasileiro: Isidoro Filho (1912); Absalão Piano (1913); Cipriano de Melo; Pedro Trajano, Adriano Nobre; Clímaco Bueno Aza (1918); José Paulino Estumano de Morais (1919); Bruno Skolimowski (1921). Atuaram entre as Assembleias de Deus no Brasil, missionários escandinavos (suecos, noruegueses e finlandeses) e norte-americanos. Nas primeiras cinco décadas da Igreja, os missionários escandinavos tomaram iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento das doutrinas inerentes ao movimento. Fundaram jornais de caráter evangelístico, criaram a revista Lições Bíblicas para as reuniões de estudos sistemáticos da Bíblia, editaram os primeiros hinários, publicaram livros e folhetos e fundaram a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) em 1940 e que continua em funcionamento nos dias de hoje. 1.4 Visão Missionária Segundo Oliveira (1997), em 1913, a pequena Assembleia de Deus, com apenas dois anos de vida realizou uma incrível façanha, enviando o primeiro missionário, José Plácido da Costa, a Portugal. Oito anos após o envio de José Plácido, a Igreja despediu-se de José Mattos, também o enviando a Portugal. Desde então, a AD tem sido a denominação que possui a mais ampla visão missionária do Brasil. Cerca de 70% das Assembleias de Deus no Brasil estão envolvidas com a obra missionária. César (2000) destaca o fato de que nenhuma denominação evangélica cresceu tão rapidamente como a Assembleia de Deus. Nos primeiros anos ( ), foram realizados 384 batismos. No final da primeira década de existência, a AD estava estabelecida em sete estados da região norte/nordeste (Pará, Amazonas, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas). Em apenas 33 anos 12

13 de atuação ( ), já tinha ocupado todos os estados da federação. Na VIII Assembleia da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), realizada em São Paulo, em 1947, a Assembleia de Deus já era a terceira maior igreja pentecostal do mundo. No Congresso Mundial da Assembleia de Deus realizado em São Paulo no ano de 1997, havia 700 mil assembleianos no Campo de Marte em São Paulo. Hoje se estima que os evangélicos, segundo dados do IBGE obtidos no último Censo, já somam 42,3 milhões no Brasil (22,2%). Destes, segundo o website CPAD NEWS, mais de 12 milhões são assembleianos. 1.5 A Assembleia de Deus no Rio Grande do Sul Segundo o site da Convenção das Igrejas Evangélicas e Pastores da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Sul (CIEPADERGS), A Assembleia de Deus inicia neste Estado com a chegada do missionário sueco Gustavo Nordlund: As atividades da Assembleia de Deus no Estado iniciaram-se no dia 15 de abril de 1924, com o primeiro culto pentecostal na cidade de Porto Alegre. O missionário responsável foi o Pr. Gustavo Nordlund, que juntamente com sua família, chegou ao RS em 2 de fevereiro de 1924 (...) Gustavo Nordlund era o responsável pelo trabalho de todo o Estado e fazia visitas periódicas às igrejas (...) havia determinado que o pastor Herberto atenderia a fronteira e o pastor Olavo Nunes atenderia a serra. As primeiras igrejas na fronteira estavam localizadas em Itaqui, São Borja, Uruguaiana, Alegrete, Quaraí e Itacurubi. Na serra eram Passo Fundo, Nonoai, Palmeira das Missões, Boi Preto e Cruz Alta. A Assembleia de Deus tornou-se grande em toda a parte. As reuniões gerais ocorriam duas vezes por ano, como se fossem Convenções. Os assuntos administrativos eram muito pouco tratados, para que não tirassem o tempo do estudo da Palavra e da Oração. Durante o dia, eram realizados os Estudos Bíblicos, e, à noite, ocorriam os cultos de avivamento. Eram uma semana de festa espiritual e muitos milagres, e maravilhas aconteciam, e Jesus batizava centenas com Espírito Santo, pois os momentos de Oração eram indispensáveis antes de qualquer reunião, e a frequência era maciça. Essas reuniões eram abertas ao público, mas só eram consagrados ao pastorado, irmãos de tempo integral na obra. A igreja não admitia pastor com atividade paralela ao ministério. (Disponível em Conde (1960) da mesma forma faz referência a chegada de Gustavo Nordlund ao Rio Grande do Sul junto da esposa Elizabeth e seu filho Herbert (Herberto) em 03 de fevereiro de 1924, vindos da Suécia. Ainda assevera que as dificuldades enfrentadas foram muitas, pois Gustavo não falava bem a língua portuguesa, não possuía contatos e era desconhecido. Em 15 de abril de 1924, 13

14 Gustavo Nordlund realiza o primeiro culto pentecostal no estado gaúcho com apenas um assistente, João Correia da Rosa, de 70 anos, que entrou no pequeno salão para abrigar-se da chuva. Em 19 de outubro de 1924 foi oficiado o primeiro batismo, onde João Correia da Rosa e mais nove pessoas desceram as águas batismais. Gustavo Nordlund e seu filho Herbert, a partir de Porto Alegre, desbravaram o Rio Grande do Sul, é o que se pode atestar no fragmento extraído anteriormente do website da CIEPADERGS ao citar o trabalho por eles empreendido por todo o estado. 1.5 A Assembleia de Deus em Cruz Alta A Ata da primeira Sessão da Assembleia Geral Ordinária da Assembleia de Deus em Cruz Alta traz registros interessantes quanto aos primeiros integrantes da diretoria da Igreja. A primeira e última folha do livro-ata contém as considerações quanto ao uso a que se destina o mesmo, assinadas pelo próprio Herbert Nordlund, identificado como Procurador Geral da Assembleia de Deus, datada de 01 de agosto de No tocante a primeira ata, datada de 04 de agosto de 1935, consta a citação de que o pastor da igreja seria Tomé de Souza, identificado como seu primeiro pastor. Ainda é registrada nesta reunião a presença de Herbert Nordlund, nesta citado como Tesoureiro da Assembleia de Deus com sede em Porto Alegre e que fora convidado a presidir a reunião. A seguir, a reunião se desenrola da seguinte forma: Passsando-se a ordem do dia foi por unanimidade eleita a Diretoria desta Assembleia de Deus, da qual fazem parte: Presidente Tomé de Souza; Secretário Etuvino Adiers; Tesoureiro Olmiro Gewehr (...) As sessões de Assembleia Geral Extraordinária serão convocadas quando para isso houver necessidade, pelo presidente sempre com antecedência de cinco dias. A Igreja Assembleia de Deus possui uma norma disciplinar estruturada em seus estatutos e regimentos locais. Para Lopes (2008), o fiel batizado que comete um pecado considerado grave é desligado do rol de membros da Assembleia de Deus. Esta pena é imposta de acordo com a interpretação que o dirigente da congregação dá ao ato cometido. O fiel desligado pode continuar 14

15 frequentando os cultos, mas perde por tempo indeterminado o direito de tomar parte em qualquer atividade ou ritual destinado aos membros da Igreja. Assim como acontece no desligamento de um membro da Igreja, o fiel disciplinado (outro tipo de pena) perde também o direito de tomar parte em atividades e rituais destinados aos demais participantes da entidade. A diferença é que a medida disciplinar é uma suspensão por tempo determinado (geralmente três meses). A decisão sobre a aplicação desta punição é, da mesma forma, tomada pelo dirigente de congregação. Nos antigos registros da entidade constam os nomes dos primeiros membros sancionados em Assembleia Geral Extraordinária, conforme ata do dia 16 de agosto de1935 (citamos somente as iniciais dos nomes): Por estarem em desacordo com a Palavra de Deus, foram excluídos do rol de membros, os seguintes irmãos: A. L. e L. F. De acordo com o firmado em reunião desta Assembleia e aprovado por unanimidade, que fique registrado, uma vez que for provado o real arrependimento tão logo sejam os de momento excluídos reintegrados a comunhão caso haja seu expresso pedido. (Ata da Assembleia Geral Ordinária 16 de agosto de 1935) Nas atas seguintes, quase todas irão constar sanções disciplinares. O Pastor Tomé de Souza, primeiro pastor da Assembleia de Deus em Cruz Alta, tem seu último registro de participação em reuniões registrado nesta igreja em 23 de setembro de 1939, conforme consta em ata firmada nesta data. A ata da Assembleia Geral Ordinária de janeiro de 1940 registra o nome do novo pastor, Júlio Adão Michel, bem como empossa a nova diretoria que assim segue: - 1º Tesoureiro: Valter Rodrigues de Souza - 2º Tesoureiro: Manoel Barbosa - 3º Tesoureiro: Felipe Francisco de Souza - 1º Secretário: Etwino Adiers - 2º Secretário(a): Haganuch Fetalian Digno de nota é a preocupação da direção da Igreja com relação a parte doutrinária. A mesma ata faz o registro da posse de professores das classes bíblicas, desta forma distribuídos: Francisco de Souza; - Classe dos adultos: Tomé Francisco de Souza e suplente José - Classe das moças: Marinilda Barbosa e suplente Ondina Moreira 15

16 - Classe das crianças: Gabriela de Souza Adiers e suplente Clara Rodrigues de Souza. A ata de 3 de fevereiro de 1941 consta a assinatura da última reunião presidida pelo pastor Júlio Adão Michel. Conforme registro de 6 de maio de 1941, o Pr. Júlio, por estar assumindo o pastorado da Igreja em Passo Fundo, passaria as funções de presidente interino da Igreja em Cruz Alta ao Pr. Luiz Vicente Neves. A mesma ata ainda registra a transferência de Etwino Adiers, então secretário da Igreja, para Porto Alegre. Por este motivo, assume como 1ª secretária Haiganuch Fetalian. Os vários testemunhos dos primeiros anos da igreja pelo Brasil revelam diversos momentos em que a sociedade não se mostrou amigável a presença do movimento. Araújo (2010) coloca: O homem solidário a mensagem pregada pela Assembleia de Deus, chegou em casa ensanguentado, com o rosto inchado e com as roupas rasgadas. Não sabia explicar o que houve, pois estava muito escuro. A única coisa que sabia era que foi atacado por muitos homens armados de paus. Ao chegar na delegacia para dar parte do acontecido, ouviu o delegado dizer que deu muita sorte e que poderia ter sido pior. Foi aconselhado a abandonar aquelas fantasias e voltar para a Igreja católica. Nesse caso, conclui o delegado, tudo terminaria bem. Na evidência interna de respostas assim percebe-se que autoridades poderiam estar por trás de atos semelhantes para deter o avanço da Igreja pelos mais diversos motivos, não unicamente religiosos. (Memórias de Daniel Berg - Rio de janeiro: CPAD, Pág 25 ) Segundo Maria Graminho do Amaral, a formação da Igreja em Cruz Alta no que diz respeito ao convívio com a sociedade da época em seus anos iniciais, foi diferente daquilo que a literatura relata acerca das Assembleias de Deus instaladas em outras cidades brasileiras. Maria é um dos membros mais antigos da entidade no município. Não revela a idade, mas as informações que presta sobre a Igreja Assembleia de Deus em Cruz Alta possuem mais de 70 anos. Seus pais eram membros da Igreja e ela mesma batizou-se aos 12 anos de idade. Tem, portanto, conhecimento da maior parte da existência da entidade no município. Sobre a sociedade cruzaltense e a Igreja, ela declara: A Igreja sempre teve bom convívio com a sociedade cruzaltense. Ouvíamos falar das dificuldades que irmãos em outras cidades tinham. Nossos pais contavam que em regiões mais interioranas era comum homens entrarem a cavalo nas reuniões e acabarem com as mesmas munidos de relhos e facões. Não lembro de passarmos por isso aqui. A 16

17 sociedade sempre soube respeitar. O porquê da situação não ser conforme o que acontecia com irmãos em outras cidades, não vou saber explicar. Podemos dizer que a nossa relação é muito amigável com todos os setores de nossa cidade. Os órgãos ligados a Igreja como os departamentos de música, de educação, os de ação social refletem essa realidade haja vista que sempre tiveram liberdade para agir fora de quatro paredes, não só hoje, mas desde o início. Isso mostra a simpatia que a sociedade demonstra com a Igreja não a tolhendo de realizar suas atividades. A Assembleia de Deus em Cruz Alta, assim como todas as cidades que possuíam Igrejas instaladas neste primeiro período, foram fruto de ações evangelísticas coordenadas por lideranças suecas, já que, de acordo com Lopes (2008), até 1956, a administração dos campos de trabalho eram todas subordinadas a sede em Porto Alegre. Desta ainda atuaram em solo gaúcho Nels Nelson (1927), Lorentz Thorkildsen (1937) e Nils Taranger (1946), este último norueguês. 17

18 CAPÍTULO II 2. A AUTONOMIA ECLESIÁSTICA DAS IGREJAS NO RIO GRANDE DO SUL 2.1 A substituição de Gustavo Nordlund Conforme abordado, as Igrejas Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Sul iniciaram no interior do Estado a partir de destacamentos enviados por sua sede em Porto Alegre. Portanto, todos os trabalhos eram orientados e coordenados pelo presidente da sede na capital, no caso Gustavo Nordlund. O então modelo de gestão gerou, em determinado momento, insatisfações que culminaram no pedido de afastamento de Nordlund da presidência da entidade. Os motivos de sua saída são descritos por Lopes (2008): Os motivos da saída de Nordlund foram políticos. Havia um movimento dissidente na Assembleia de Deus gaúcha que intentava assumir o comando da denominação. Os nomes destes dissidentes e suas justificativas para promover a cisânea na igreja são omitidos das histórias oficiais. O Estopim da crise foi um culto em comemoração aos 30 anos da Assembleia de Deus no Rio Grande do Sul, realizado em um templo na cidade de Canoas, em 1954, em que Gustavo Nordlund estava presente. Durante esta reunião, a igreja foi invadida por um grupo de pessoas que, aos gritos, tentava subir ao púlpito para tirar de lá os pastores. O que ocorreu à seguir foi uma briga generalizada, só encerrada com a presença da polícia. Após esta ocorrência, outros templos foram invadidos, além de terem sido feitas difamações públicas, através de programas de rádio e pichações nos muros da cidade com palavras de ordem contra o missionário sueco. Esta crise ocasionou o pedido de renúncia de Gustavo Nordlund, que abdicou de todas as atividades exercidas na Assembleia de Deus. Três pastores brasileiros próximos a ele, Jesuíno de Lima, Manoel Dorneles e Orvalino Lemos, ficaram com a responsabilidade de escolher o novo líder da denominação. O nome indicado foi o de Nils Taranger. (A Organização eclesiástica da Assembleia de Deus em Canoas/RS/ Deivis Vânio Lopes. Porto Alegre) A crise instituída obrigou o novo pastor presidente da sede em Porto Alegre, Pr. Nils Taranger, a realizar profundas mudanças nas estruturas de organização das Igrejas espalhadas pelo Estado. Diante dos fatos, o modelo de gestão de então não daria conta em face da extensão do trabalho já desenvolvido. Era necessário pacificar os revoltosos que não estavam satisfeitos com a forma de administração da Igreja no Estado. Caso não houvessem mudanças, novas insurgências localizadas poderiam trazer de volta a instabilidade da Igreja no Rio Grande do Sul. 18

19 2.2 A emancipação das Igrejas no Estado Estudadas as deliberações necessárias, Taranger decidiu então programar e implementar um modelo de administração, o qual está presente até os dias de hoje. Desta forma, haveria uma distribuição de responsabilidades, o que em tese diminuiria as tarefas que normalmente se acumulavam apenas sobre os ombros do pastor presidente da sede em Porto Alegre: Sua gestão foi marcada pela criação da Convenção Estadual CIEPADERGS (Convenção das Igrejas e Pastores das Assembleias de Deus do Rio Grande do Sul), em 1956, que o tornou pastor presidente de todas as igrejas Assembleia de Deus no Rio Grande do Sul. Na ocasião, foram criados dezessete campos autônomos que até então estavam subordinados à sede em Porto Alegre. A Assembleia de Deus, sob a tutela de Nils Taranger, passou também a investir em recursos midiáticos, iniciando em janeiro de 1956 o programa Boas Novas, pela Rádio Farroupilha AM. Foi criado no mesmo ano, a revista Boas Novas, de conteúdo semelhante ao do jornal Mensageiro da Paz, pertencente à Convenção Nacional. No campo social, foram criados o asilo Gustavo Nordlund e a clínica e abrigo Lar Esperança, fundados na década de O investimento em educação teológica se deu com a fundação do Instituto Bíblico Esperança IBE, também na década de Durante a sua administração junto à CIEPADERGS, que transcorreu por 42 anos, entre 1956 e 1998, Nils Taranger autorizou a criação de muitos campos autônomos, culminando, ao final de seu mandato, com a quase totalidade dos 161 campos existentes atualmente. (A Organização eclesiástica da Assembleia de Deus em Canoas/RS/ Deivis Vânio Lopes. Porto Alegre. p. 30). A criação destes dezessete campos autônomos transformou a estrutura da administração eclesiástica da Igreja no Estado. A aparente descentralização de poder era uma tentativa clara de se arrefecerem os ânimos exaltados dos dissidentes, o que se mostrou eficaz. De certa forma, o poder continuou centralizado em Porto Alegre sob a direção de Taranger, uma vez que sendo presidente da convenção que ele mesmo instituíra e, ao mesmo tempo, presidente da antiga sede, a administração seguia, na prática, quase que da mesma forma como antes. A diferença é a de que os pastores locais do interior são denominados, a partir de então, pastores presidentes de suas respectivas igrejas, porém regidos pela Convenção Estadual, da qual Taranger é o presidente. O Estatuto elaborado no início da gestão de Nils Taranger, com data de 28 de dezembro de 1956, apresenta a reforma realizada e mostra as Igrejas emancipadas: 19

20 Capítulo I Das Igrejas e seus afins: Art 1º. Pela presente reforma total de estatutos, a atual Igreja Evangélica Assembleia de Deus, fundada em 19 de outubro de 1924 pelo missionário Gustavo Nordlund, ora registrada no Cartório do Registro Especial de Porto Alegre, a fls 84 e verso do Livro A-4, sob o número de ordem 1585 do Registro de Pessoas Jurídicas, transforma-se e desmembra-se em dezessete igrejas, cada uma das quais assumirá personalidade jurídica própria na forma da lei, mas subordinadas todas a este ato constitutivo, que somente poderá ser alterado, no todo ou em parte por uma Convenção, na forma indicada no capítulo II. Art 2º. As Igrejas ora fundadas, e que se personalizarão, são as de Porto Alegre, Santa Maria, Alegrete, Uruguaiana, Itacurubi, Santa Rosa, Saltinho, São Luiz, Três Passos, Santo Ângelo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Cruz Alta, Caxias do Sul, Ijuí, Rio Grande e Cachoeira do Sul, cada uma dessas quais assumirá a denominação de Igreja Evangélica Assembleia de Deus, com acréscimo do nome do município ou distrito em que tiverem a sua sede (...). Capítulo V Da administração das Igrejas: Art 25º. As Igrejas serão administradas por uma diretoria composta de Presidente, 1º Secretário e 1º Tesoureiro, que as representarão ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente. Art 26. O Pastor ou Missionário é o Presidente nato da diretoria com o título de Pastor-Presidente. (Estatutos das Igrejas Evangélicas da Assembleia de Deus no RS -1956) Dentre as dezessete Igrejas emancipadas, consta a Assembleia de Deus de Cruz Alta. De acordo com a publicação do Diário Oficial do Estado, edição de 25 de junho de 1957, que referenda oficialmente o desmembramento dos novos campos autônomos, as referências descritas acerca da mesma estão relacionadas da seguinte forma: Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Cruz Alta. Sede: João Manoel, nº 900, Cruz Alta. Diretoria: Presidente: Emiliano de Araújo Lopes, brasileiro, casado, Ministro Evangélico, residente a rua João Manoel, 900; Vice- Presidente: Brum Gonçalves Terra, brasileiro, casado, funcionário público, residente a rua Gal Osório, s/n; 1º Secretário: João Antônio Batista, brasileiro, casado, comerciário, residente a Rua Benjamin Constant, nº 95; 2º secretário: Haiganucha Fetalian, brasileira, solteira, funcionaria pública, residente a rua Benjamin Constant, s/n. 1º Tesoureiro: Frei Manoel Pimentel, brasileiro, casado, bancário, residente a rua Procópio Gomes, s/n. (Diário Oficial do RS, edição de 25 de junho de 1957,pág. 16) De fato, o primeiro pastor do agora autônomo campo eclesiástico da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Cruz Alta, conforme registrado no Diário Oficial de 25 de junho de 1957, titulado presidente, foi o Pastor Emiliano Araújo Lopes. Seu vice-presidente era Brum Gonçalves Terra. No livro ata nº 3 percebe-se que em alguns registros das reuniões mensais não há assinatura do presidente, de momento não revelando o motivo. Apenas a assinatura do secretário e vice-presidente (o então evangelista Brum Gonçalves Terra) constam nos documentos. Já na ata da 12ª seção da Assembleia Geral Ordinária do dia 3 de dezembro de 1960, um trecho cita o irmão presidente, 20

21 regressando de estado de convalescência (...), sugerindo que o pastor encontravase enfermo. Nos meses que sucederam, novamente não há registro da presença do pastor na condução das reuniões. No mês de março, na Assembleia Geral do dia 04, a Ata da 3ª seção registra a proposta do vice-presidente de (...) um pequeno aumento no ordenado do irmão Emiliano Araújo Lopes o qual foi aprovado pela Igreja. O aumento foi de CR$ 2000,00. Não há menção do pastor Emiliano até o mês de julho de Posse do pastor Brum Gonçalves Terra No dia 28 de julho de 1961, todos os membros da Igreja Assembleia de Deus em Cruz Alta são convocados para Assembleia Geral Extraordinária. A seguir, o registro da reunião conforme ata elaborada no mesmo dia: Aos 28 dias do mês de julho do ano de 1961, esteve reunida em secção de Assembleia Geral Extraordinária a Assembleia de Deus nesta cidade com sua sede sito a Rua João Manoel, nº 900, a fim de tomar conhecimento do seguinte: Concedida a palavra ao pastor Francisco Martins Garcia, o qual foi incumbido pelo pastor presidente da Convenção dos Pastores do Rio Grande do Sul a fazer a apresentação do irmão Brum Gonçalves Terra, agora como pastor legalmente ordenado e consagrado pela Convenção reunida na cidade de São Luiz Gonzaga em 25/07/1971 e classificado nesta Igreja na falta do extinto irmão Emiliano Araújo Lopes, falecido em 15/07/1961. O pastor Francisco Garcia, após leitura de alguns versos no Evangelho de São João, Cap , fez a apresentação do irmão Brum como pastor deste campo. Estreitando-o em seus braços em um abraço fraternal, entregou a Igreja a qual com júbilo recebeu o seu novo pastor levantados em sinal de aprovação. Em prosseguimento foi cantado o hino 201 da Harpa Cristã; em continuação foi apresentado como vice-presidente o irmão Ambrósio Cena e para tesoureiro o irmão Abílio Timóteo de Souza. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a seção e para constar, lavrei a presente ata que dato e assino. João Antônio Batista 1º secretário. (Ata da 1ª sessão extraordinária - 28 de julho de 1968) De acordo com Josué Marques Terra, filho do pastor Brum Gonçalves Terra, este presidiu a Igreja no município até seu falecimento ocorrido no dia 5 de dezembro de O testemunho dos membros mais antigos, como Maria Graminho do Amaral, cita o pastor Brum como dedicado em seu trabalho e de ilibada reputação perante a sociedade bem como diante da Igreja a qual cuidava com extremado carinho. Ao mesmo tempo sabia usar da autoridade quando necessário. Testemunhos como este são comuns entre a parcela de membros que tiveram a 21

22 oportunidade de conviver com o trabalho do saudoso pastor Brum Gonçalves Terra. Tal respeito e dedicação lhe conferiram a homenagem prestada através de Lei Municipal exarada em 1997: Lei 353/97, Lei nº 353 de 24 de março de 1997: Altera e da nova redação ao art 1º da lei nº 301/96, de 21 de agosto de O Sr. Engº Agrº Luiz Pedro Bonetti, Prefeito Municipal de Cruz Alta-RS, faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores deste município aprovou, e ele sanciona a presente lei que nesta casa, como Projeto de Lei, tomou o nº 3.062/97. Art. 1º.- Altera e dá nova redação ao art. 1º da Lei Municipal nº. 301/96, de 21 de agosto de 1996, que passa a ter a seguinte redação: "Art. 1º. - Altera e dá nova redação ao artigo 1º., da Lei Municipal nº. 285/96, de 23 de maio de 1996, que passa a ter a seguinte redação: Fica denominada de Pastor Brum Gonçalves Terra, uma rua ainda sem denominação, localizada no Bairro Tamoio, perpendicular à Guilherme De Bortoli". Art. 2º.- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º.- REVOGAM-SE as disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CRUZ ALTA-RS, em 24 de março de 1997.ENG. AGRº. LUIZ PEDRO BONETTI. PREFEITO MUNICIPAL. ( ) 2.4 Os desafios do novo pastor Foram quase 16 anos de pastorado de Brum Gonçalves Terra. Compreensível o fato de que os membros da Igreja criaram um vínculo muito forte com seu pastor no exercício do seu pastorado em Cruz Alta. Deduz-se o desafio do novo pastor: conquistar a confiança do povo o qual tinha na figura de seu antigo pastor um forte referencial de conduta e direção na Igreja. Isso significa a preocupação dos membros em saber se o próximo pastor manteria a mesma forma de trabalho e de influência no modo de vida que era ensinado pelo pastor Brum aos membros. O pastor Brum, apesar de ser considerado amável pelos membros antigos, no tocante a usos e costumes era rigoroso. Maria Graminho do Amaral testemunha que no caso contrário, a não observância de tais preceitos poderia ser considerada afronta a Palavra de Deus na interpretação de então e tornava o transgressor passível de sanção disciplinar. Fato este muito comum ser registrado nas atas de Assembleia Geral Ordinária, por ocasião da gestão de pastor Brum: Passando-se para a ordem do dia foi apresentada pelo irmão presidente uma lista nominal dos irmãos que serão excluídos por desobediência a Palavra de Deus, que são os seguintes: J. R., V. R., L. R., M. I. C., R. G. S., D. F., O. S. M., C. S. M. (...). (Ata da 9ª sessão de Assembleia Geral ordinária 31 de agosto de 1961) 22

23 O trecho da Ata da 12ª sessão da Assembleia Geral Ordinária da Igreja Assembleia de Deus de Cruz Alta de 1963, traz outro exemplo de sanção disciplinar aplicada na gestão do pastor Brum: (...) apresentado pelo presidente para ser excluído do rol de membros os seguintes irmãos: L. L., I. O. e T. B., todos por estar em desobediência a Santa Palavra de Deus. Este modelo de sistema de administração autocrática era muito evidente nos textos em que são feitos os seus registros. Maria Graminho do Amaral assevera que houve uma determinada apreensão por parte da Igreja quanto ao temor do novo pastor ter uma conduta liberal. Pelas evidências dos testemunhos bem como dos documentos, a Igreja de então prezava pela manutenção do sistema com todas as suas regras, preceitos e prerrogativas ensinadas pelos pioneiros. 2.5 O novo pastor: Aleino Melo da Costa Entre os documentos oficiais da Igreja, consta uma declaração formulada pelo então secretário da mesma, Zenoé Duarte, a qual versa sobre a posse do novo pastor designado para presidir a Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Cruz Alta. Os detalhes demonstram a relação da influência da Convenção sobre a decisão das designações de pastores. Tal influência se deve a unificação do estatuto a nível de estado desde a emancipação das igrejas em 1957, o que consequentemente torna na prática o comando da entidade centralizado, já que todas as decisões são exaradas do órgão. A Igreja, não encontramos afirmações onde indiquem a oportunidade de escolha de seu pastor uma vez que o estatuto é claro regendo que é de exclusividade da Convenção decidir pela escolha: Declaramos para todos os efeitos legais o seguinte: que em 10 de fevereiro de 1977 reuniu-se a Igreja em Assembleia Extraordinária sob a presidência do pastor João Ferreira, secretário da Convenção dos Pastores do Estado do Rio Grande do Sul com a finalidade de dar posse ao novo pastor escolhido pela Convenção dos Pastores do Estado do Rio Grande do Sul, pastor Aleino Melo da Costa, que assumiu a presidência da Igreja. De acordo com o capítulo V e artigo 26 dos Estatutos da Igreja Assembleia de Deus, o pastor ou missionário é o presidente nato com título de pastorpresidente. A diretoria atual foi eleita em Assembleia Geral Ordinária no dia 02 de janeiro 1982, ficando assim constituída: presidente pastor Aleino Melo da Costa, secretário Zenoé José Duarte, tesoureiro Isaías de Sousa Pereira, esta é a diretoria responsável pela administração da Igreja de acordo com o artigo 25 do capítulo V do já citado estatuto, que outorga a atual a 23

24 representar a Igreja ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente. Portanto declaramos que o pastor Aleino Melo da Costa é o presidente da Igreja Assembleia de Deus possuindo direito de assinar documentos, contratos, movimentar contas em estabelecimentos de crédito em nome da Igreja. (Declaração de posse do pastor Aleino Redigida por Zenoé José Duarte em 23 de julho de 1982) A revista Boas Novas é um órgão de divulgação dos trabalhos da Igreja Assembleia de Deus e de sua Convenção no Rio Grande do Sul. Conforme seu expediente: fundada em junho de 1956 (...) sob a coordenação da Secretaria de Missões da Assembleia de Deus do Estado do Rio Grande do Sul. A edição número 2, ano 1978, trata da impressão que a Igreja tinha do pastor Aleino Melo da Costa, o novo pastor que sucedeu o pastor Brum: Após alguns meses de silêncio voltamos a ocupar as colunas do nosso prestimoso Boas Novas, para informar os nossos prezados leitores a marcha do trabalho neste campo de Cruz Alta e demais municípios que estão sob a jurisdição do abnegado pastor Aleino Melo da Costa. O irmão Aleino tomou posse do trabalho neste campo, dia 10 de fevereiro de 1977, por determinação da convenção dos pastores do Estado do Rio Grande do Sul. Representava o presidente, nesta solenidade, o irmão João Ferreira Filho, pastor de Ijuí, e demais pastores assessores da Convenção. (Muitos outros pastores se fizeram presentes trazendo a sua solidariedade ao pastor Aleino. (...) Não obstante, reinava um clima de grande expectativa em torno do assunto, e por que não dizer, um certo receio de que o novo pastor viesse trazer algumas inovações com relação a doutrina da Igreja, o que sempre foi a maior preocupação do nosso inesquecível pastor Brum, o qual deixou profundos rastros de verdadeiro exemplo, que jamais devemos esquecer. Mas para nossa satisfação, o irmão Aleino Melo da Costa foi taxativo em suas palavras ao fazer seu primeiro pronunciamento perante a Igreja, de que jamais desviaria para esquerda ou direita em benefício de alguém para apoiar o pecado e a vaidade prometendo manter o mesmo nível de disciplina, combatendo intransigentemente contra tudo aquilo que não estiver de acordo com a Palavra de Deus e a doutrina pura e sadia. (Revista Boas Novas Pág 8) A nota publicada na revista, assinada pelo então 1º secretário da Igreja em Cruz Alta, João Antônio Batista, apresenta o perfil de trabalho previamente convencionado pelo pastor Aleino. De fato, um discurso que fosse diferente causaria desconforto entre os membros mais conservadores, portanto era necessário manter a mesma linha de conduta adotada pelo antigo pastor. Isso se comprova na continuação do trecho que faz referência aos trabalhos desenvolvidos por ocasião dos primeiros meses da gestão do pastor Aleino na Assembleia de Deus em Cruz Alta: 24

25 O irmão Aleino tem afirmado reiteradas vezes que se não for para apascentar uma Igreja conservadora da doutrina primitiva, então preferia arrancar pedras nas ruas a perder o seu tempo enganando a Igreja. A palavra não pode mudar (São Mateus, capítulo 24 e versículo 35). Portanto a Igreja de Cruz Alta está de parabéns por receber um verdadeiro homem de Deus, cheio de entusiasmo, dinâmico, honesto, honrado e trabalhador dedicado a obra do Senhor; afinal, possuidor das excelentes qualidades que realmente deve ter um bom ministro. Não deixando de lado as qualidades de um verdadeiro leão quanto a vaidade e o pecado. (Revista Boas Novas Pág. 9) O pastor Aleino, no período que pastoreou a Igreja em Cruz Alta, notabilizou-se por investir maciçamente na construção de novos templos. Muitos municípios vizinhos onde não haviam trabalhos instalados da Igreja foram iniciados na sua gestão como meta de estratégia do trabalho de evangelização: O trabalho de evangelização está em franco progresso, em todos os pontos de pregação nos vários municípios. O Senhor está salvando almas, curando os enfermos, grande número de desviados de muitos anos já voltaram a casa paternal, até famílias inteiras, e também muitos estão recebendo o batismo com o Espírito Santo. (Revista Boas Novas Pág 9) As construções realmente sempre foram uma marca presente na gestão do pastor Aleino. Já em 1977, ou seja, no ano de sua chegada a Cruz Alta, de imediato se aplicou nas obras e entregou congregações com casas pastorais para moradia do ministro local: Já nesta administração foram construídas 2 capelas com residências para o trabalhador, na cidade de Tapera e localidade de Fortaleza dos Valos. E dentro de alguns dias, outra localidade de Espinharedo, no município de Júlio de Castilhos. Em resumo, o trabalho está em franco desenvolvimento, tanto material como espiritualmente. Deus está aprovando todos os passos do nosso prezado pastor Aleino junto como Exma. família, que é um verdadeiro exemplo, graças a Deus por isto. (Revista Boas Novas Pág 9) É notório que diante das afirmações acima, houve maciça aprovação por parte dos membros quanto a conduta pastoral do pastor Aleino na administração da Igreja. Os avanços além das fronteiras do município, atingindo a outros que ainda não havia trabalho fundado, fez com que os membros nutrissem simpatia pela nova gestão. Aliado ao progresso, o pastor Aleino manteve a conduta disciplinar. Por vezes, a aplicação da mesma era até mais rígida do que a forma com que seus antecessores a aplicavam anteriormente. Os atos que eram interpretados como contrários a Palavra de Deus, uma vez analisados e atestando a falta, seus 25

26 responsáveis eram sumariamente sancionados com as penas previstas em estatuto. O exemplo a seguir, extraído de uma Ata de reunião extraordinária de 1991, demonstra como eram realizadas: Aos 17 dias do mês de julho do ano de 1991, às 20 horas, o ministério da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Cruz Alta, reuniu-se em sua sede sito a rua João Manoel nº 900, nesta cidade, sob a direção do pastor Aleino Melo da Costa, para tratar de assuntos referentes a disciplina desta Igreja. Em primeiro lugar houve 30 minutos de oração, seguido de um hino da Harpa Cristã, após foi procedido a leitura da Bíblia Sagrada pelo evangelista Zenoé José Duarte em Tiago Após mais uma oração o evangelista Zenoé passou a direção ao pastor Aleino, o qual fez a leitura no Salmo 133. O pastor após breve comentário sobre a união, logo entrou no assunto chave da reunião, declarando que aquela reunião era uma mesa redonda onde todos os irmãos poderiam se manifestar. O pastor Aleino confessou que em todo o seu ministério era o primeiro caso dessa natureza que iria tratar, pois era com a pessoa do irmão presbítero (...). O pastor Aleino declarou que preferia estar nesse momento realizando a cerimônia fúnebre do irmão (...) como um salvo do que estar tratando de um assunto tão grave assim, mas disse também que já de muito tempo vinha recebendo cartas de acusação contra a pessoa do irmão (...), porém como eram cartas anônimas, nada poderia fazer, só esperava uma oportunidade a qual havia chegado. O irmão pastor chamou o irmão (...) a frente, para que de viva voz declarasse tudo o que havia acontecido, após ter relatado tudo perante o ministério, detalhadamente, o pastor Aleino deu liberdade aos irmãos, para se manifestarem sobre o assunto. A maioria dos irmãos se pronunciaram, no intuito de defender a disciplina da Igreja. Alguns contaram experiências, outros formularam perguntas, mas em nenhum momento se viu alguém acusar. Porém o ministério foi unânime, em defender a disciplina da Igreja, por isso pedia a pena disciplinar. Por fim o pastor apresentou o seu parecer, que era de acordo de que o irmão ficasse disciplinado por 6 meses, e só recuperará os seu ministério após haver apagado essa nódula, porém se por uma desventura, o irmão (...) cair em um hospital no decorrer deste prazo e o caso for grave, e ele clamar perdão, jamais lhe será negado. E como o diácono (...), principal peça de acusação não estava presente, foi concordado por unanimidade que ele também fosse responsabilizado como faltoso, por que não é admissível que um membro da Igreja, quanto mais um obreiro, trabalhar num ambiente tão desagradável como é um motel. (Ata da reunião extraordinária Cruz Alta, 17 de junho de 1991) De fato, a disciplina aplicada desta forma é incomum nos dias de hoje, pois o Direito Penal Brasileiro a desabona, podendo a mesma ser interpretada como Dano Moral conforme o teor aplicado. O processo de democratização que se construiu no país nos últimos anos exige também cuidado na forma de aplicação de penas em todas as suas esferas, por isso as Igrejas devem rever seus sistemas. A época do exemplo acima (1991) ainda se caracterizava por ser um período onde as decisões na Igreja eram simplesmente aceitas sem serem questionadas. A submissão a autoridade da Igreja e seu pastor é uma característica do período. Sobre isto, Lopes (2008) explica: 26

27 A relação dos fiéis com o pastor é de respeito e ao mesmo tempo temor. Não poucas pessoas utilizam a expressão anjo da igreja ao se referirem a ele, mencionando que suas decisões não devem ser questionadas, uma vez que ele é o representante escolhido por Deus e, por esta condição, deve ser obedecido. Há alguns membros e obreiros da igreja que se posicionam contra as atitudes de cunho administrativo tomadas por ele, mas reconhecem que nada podem fazer a não ser orar, uma vez que suas decisões são incontestes. (A Organização eclesiástica da Assembleia de Deus em Canoas/RS/ Deivis Vânio Lopes. Porto Alegre) A atualização quanto as leis fez com que a questão disciplinar nas Igrejas na atualidade fossem abrandadas em seus formatos de aplicabilidade sendo pensado de acordo com a realidade de lei vigente, evitando a exposição ou constrangimentos de seus membros. O pastor Aleino Melo da Costa, conforme o registro constante no website ( Igreja Assembleia de Deus de Cruz Alta, deixa a presidência no ano de 2001, encerrando um ciclo de 24 anos a frente da mesma. É transferido para a cidade de Rio Grande, onde assumiria a presidência da Igreja nesta cidade. Até o dia de hoje é o pastorado mais longevo de um pastor na Igreja Assembleia de Deus de Cruz Alta. da 27

28 CAPÍTULO III 3. TRANSFORMAÇÕES 3.1 A Resolução de Santo André A Assembleia de Deus no Brasil sempre se notabilizou em função da rigidez com que se exigia dos membros o cumprimento das normas estabelecidas, como colocado nos exemplos demonstrados nos capítulos anteriores. Isso inclui, até mesmo, as formas de expressão do modus vivendi. As justificativas defendidas pela cúpula nacional da Igreja foram normatizadas a partir de 1975 através de documento formalizado em Santo André. Conforme Fonseca (2009): No dia 22 de janeiro de 1975 o secretário Geziel Nunes Gomes leu, a pedido do pastor presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, Túlio de Barros Almeida, uma resolução com propostas de normas de usos e costumes das Assembleias de Deus no Brasil. O palco desta resolução foi o encontro realizado na cidade de Santo André, entre os dias 20 e 24 de janeiro, daí o nome pelo qual ficou conhecido esse documento histórico para a igreja: Resolução de Santo André. Seu conteúdo reunia muito dos debates de 45 anos de encontros da liderança assembleiana e várias regras que já vinham sendo praticadas pelos membros desde os primórdios da Assembleia de Deus no Brasil. O conteúdo da Resolução reforçava o caráter conservador da igreja no tocante aos usos e costumes, conforme se pode conferir abaixo: E ser-meeis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separai-vos dos povos, para serdes meus (Lv 20.26). A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, reunida na cidade de Santo André, Estado de São Paulo, reafirma o seu ponto de vista no tocante aos sadios princípios estabelecidos como doutrinas na Palavra de Deus - a Bíblia Sagrada - e conservados como costumes desde o início desta obra no Brasil. Imbuída sempre dos mais altos propósitos, ela, a Convenção Geral, deliberou pela votação unânime dos delegados das igrejas da mesma fé e ordem em nosso país, que as mesmas igrejas se abstenham do seguinte: 1. Uso de cabelos crescidos, pelos membros do sexo masculino; 2. Uso de traje masculino, por parte dos membros ou congregados, do sexo feminino; 3. Uso de pinturas nos olhos, unhas e outros órgãos da face; 4. Corte de cabelos, por parte das irmãs (membros ou congregados); 5. Sobrancelhas alteradas; 6. Uso de minisaias e outras roupas contrárias ao bom testemunho da vida cristã; 7. Uso de aparelho de televisão convindo abster-se, tendo em vista a má qualidade da maioria dos seus programas; abstenção essa que se justifica, inclusive, por conduzir a eventuais problemas de saúde; 8. Uso de bebidas alcoólicas. Essa resolução teve validade por mais de 30 anos (...) (OS IMPRESSOS INSTITUCIONAIS COMO FONTE DE ESTUDO DO PENTECOSTALISMO. Revista História em Reflexão: Vol. 3 n. 5 UFGD - Dourados jan/jun 2009) A elaboração desta resolução tinha por objetivo institucionalizar princípios que há muitos anos já eram exercidos internamente nas Igrejas. A observação em 28

29 se formalizar um documento dá aos pastores a referência necessária para tomarem as medidas cabíveis a possíveis intransigentes que insistam em não seguir as normas já estabelecidas. A resolução, uma vez aprovada, não toma somente a interpretação bíblica para se utilizar como base da aplicabilidade de determinadas sanções disciplinares. No entendimento dos pastores convencionais reunidos em Santo André, isto não significa a exclusão da disciplina à luz da Bíblia e nem um novo sistema, porém a acondicionava aos tempos da época em que foram reafirmados os preceitos que já estavam em curso, já que a Bíblia, sendo um livro milenar, precisaria adaptar-se aos dias modernos de então. A despeito de a Igreja estar em solo brasileiro desde 1911, a decisão que resultou da reunião realizada em 1975, manifesta o desejo dos convencionais de manter o estilo clássico das Assembleias de Deus em todo o Brasil. 3.2 A Resolução do 5º ELAD 1999 Em 1999 o assunto é novamente debatido pela então cúpula da Igreja, no 5º Encontro de Líderes das Assembleias de Deus. Sobre o tema e o evento, comenta Fonseca (2009): (...) somente em 1999 no 5º Encontro dos Líderes das Assembleias de Deus (ELAD), realizado entre os dias 23 e 26 de agosto de 1999, foi apresentada uma reformulação da Resolução de Santo André que foi aprovada nos seguintes termos: Convém, portanto, atualizar a redação da resolução de Santo André, omitindo a expressão como doutrina, ficando assim: sadios princípios estabelecidos na Palavra de Deus a Bíblia Sagrada e conservados como costumes desde o início desta Obra no Brasil. Quanto aos 8 princípios da Resolução [de Santo André], uma maneira de colocar numa linguagem atualizada é: 1. Ter os homens cabelos crescidos, bem como fazer cortes extravagantes; 2. As mulheres usarem roupas que são peculiares aos homens e vestimentas indecentes e indecorosas, ou sem modéstias; 3. Uso exagerado de pintura e maquiagem - unhas, tatuagens e cabelos; 4. Uso de cabelos curtos em detrimento da recomendação bíblica; 5. Mau uso dos meios de comunicação: televisão, Internet, rádio, telefone; 6. Uso de bebidas alcoólicas e embriagantes (OS IMPRESSOS INSTITUCIONAIS COMO FONTE DE ESTUDO DO PENTECOSTALISMO. Revista História em Reflexão: Vol. 3 n. 5 UFGD - Dourados jan/jun 2009) Em uma análise crítica dos dois momentos, notam-se transformações claras: a manutenção do impedimento do cabelo comprido para o homem acrescentando os cortes extravagantes. O acréscimo deste impedimento está atrelado ao momento, já que era fator comum entre os jovens na década de 90. As 29

30 mulheres permanecem a proibição do uso de calças bem como de vestimentas que poderiam ser consideradas indecorosas. No entanto, a proibição do corte de cabelo dá lugar a ideia de que, no caso de não ser excessivo, pode ser realizado. O terceiro item passa por uma drástica mudança, não havendo a categórica proibição do uso de maquiagens, como era peremptoriamente proibido na resolução de Recomenda-se o uso não exagerado de pinturas no cabelo e unhas, não se referindo mais aos cuidados com as sobrancelhas, o que leva a conclusão de que, não havendo exagero, não impede as mulheres de se maquiarem. O quinto item, o que é discutível na Igreja Assembleia de Deus, libera o bom uso da televisão, da internet e do rádio trazendo consideração, inclusive, sobre o telefone. Mantém-se a proibição do uso de bebidas alcoólicas. A apreciação dos dois documentos é analisada por Fonseca (2009): Estes dois documentos que aparecem no livro História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, o primeiro como sendo o coroamento do consenso entre os líderes sobre as normas de usos e costumes, o segundo apenas como um mero indicativo de atualização, na verdade falam de momentos cruciais na história desta instituição no Brasil. Primeiramente é bastante interessante notar que mesmo sendo as normas de usos e costumes um aspecto distintivo da Assembleia de Deus esse foi um tema de difícil consenso nas reuniões convencionais, sendo que somente em 1975, quarenta e cinco anos após a realização da primeira Convenção Geral, foi possível implementar uma resolução normativa sobre o tema. Na década de 1970 a igreja Assembleia de Deus experimentava um crescimento extraordinário e já arrebanhava um número de membros significativo, portanto, um momento que reclamava maior controle doutrinário. Esta condição de perpetuação no quadro religioso brasileiro, aliada às reviravoltas culturais que marcaram os anos Setenta, compõem o contexto de formulação da Resolução de Santo André. Quanto a Resolução do Elad, que implementa mudanças frente a Resolução de Santo André, este quadro é ainda mais complexo. Seu contexto é a década de 1990, década de intensa diversificação e trânsito religioso no Brasil, momento que pôs em voga a expressão mercado religioso empregada por teóricos como Bourdieu (1992) e Berger (1985). Inserida e em evidência no campo religioso, sofrendo as pressões advindas das convulsões deste campo, a Assembleia de Deus tinha como principal meta o aumento de número de fiéis e a manutenção dos que permaneciam no rol de membros. Todavia, se de um lado a Assembleia de Deus enfrentava a concorrência na oferta de bens simbólicos advindo de uma enorme variedade de formas de prática religiosa desinstitucionalizadas, de outro amargava desvantagem frente ao modelo doutrinário neopentecostal, com maior liberdade litúrgica (culto/shows), desprendimento dos tradicionais sistemas de usos e costumes pentecostais, como roupas, maquiagem e a própria televisão. (OS IMPRESSOS INSTITUCIONAIS COMO FONTE DE ESTUDO DO PENTECOSTALISMO. Revista História em Reflexão: Vol. 3 n. 5 UFGD - Dourados jan/jun 2009) 30

31 O abrandamento das normas evidenciado na resolução firmada no 5º ELAD não é simplesmente uma mera impressão. Era na verdade uma estratégia de trabalho que tinha por intuito estancar ou pelo menos diminuir a evasão de membros da instituição que porventura se sentissem atraídos pelos novos movimentos religiosos que surgiam com normas de convivência e regras menos rígidas dos que as clássicas regras presentes nos estatutos e regimentos da Igreja Assembleia de Deus no Brasil. Consequentemente, uma vez que fossem aplicados os novos formatos de trabalho, objetiva-se também uma sensível redução quanto a questão da aplicação das sanções disciplinares internas. Outra questão diz respeito aos novos convertidos, visto que com tantas opções com relação a forma de conduta nos diversos movimentos religiosos que surgiam, dificilmente seriam atraídos a uma Igreja de costumes rígidos. O afrouxamento cedo ou tarde teria de ser uma realidade devido a conjuntura religiosa de então ser transformada. Portanto, para a sobrevivência da entidade as mudanças surgem como necessárias. 3.3 A Assembleia de Deus e as transformações nos grandes centros As mudanças de postura quanto a interpretação bíblico-teológica, a visão de usos e costumes e medidas disciplinares tem como ponto inicial de partida os grandes centros metropolitanos brasileiros. Novas gerações de pastores e líderes no Brasil, na tentativa de agregar mais fiéis recrudesceram drasticamente na forma de tratamento dos membros. O exemplo mais notório presente no Brasil provém de uma Igreja Assembleia de Deus. A Revista Isto É edição nº 2167 de 10 de maio de 2011, apresenta o pastor Samuel Ferreira, proeminente líder da denominação em São Paulo: O evangélico desavisado que entrar no número 560 da avenida Celso Garcia, no bairro paulistano do Brás, poderá achar que não está entrando em um culto da Assembleia de Deus. Maior denominação pentecostal do País estima-se que tenha 15 milhões de adeptos, cerca de metade dos protestantes brasileiros, historicamente ela foi caracterizada pela postura austera, pelo comedimento na conduta e, principalmente, pelas vestimentas discretas de seus membros. Por conta dessa última particularidade, tornouse folclórica por forçar seus fiéis a celebrarem sempre, no caso dos homens, de terno e gravata e, entre elas, de saia comprida, camisa fechada até o punho e cabelos longos que deveriam passar longe de tesouras e tinturas. Era a igreja do não pode. Não podia, só para citar algumas interdições extratemplo, ver tevê, praticar esporte e cultuar ritmos musicais brasileiros(...). No templo do Brás, porém, às 19h30 do domingo 15, um 31

32 grupo de cerca de vinte fiéis fazia coreografias, ao lado do púlpito, ao som de uma batida funkeada. Seus componentes mulheres maquiadas e com cabelos curtos tingidos, calça jeans justa e joias combinando com o salto alto; homens usando camiseta e exibindo corte de cabelo black power outrora sofreriam sanções, como uma expulsão, por conta de tais ousadias. Mas ali eram ovacionados por uma plateia formada por gente vestida de forma parecida, bem informal. Palmas, também proibidas nas celebrações tradicionais, eram requisitadas pelo pastor Samuel de Castro Ferreira, líder do templo e um dos responsáveis por essa mudança de mentalidade na estrutura da Assembleia de Deus, denominação nascida em Belém, no Pará, que irá festejar seu centenário no mês que vem. Muitos chamam de revolução, mas o que eu faço é uma pregação de um evangelho puro, sem acessórios pesados, afirma ele (...). (Revista Isto é Ed 2167, 10 de maio 2011) Obviamente que as transformações oriundas deste meio, aplicadas da forma observada acima irão provocar os setores mais tradicionais da Igreja. Estes abertamente se manifestam como contrários às modificações, defendendo a orientação clássica de liturgia que acompanhou o movimento por décadas. A mesma edição da Revista Isto é traz o que pensa o pastor José Wellington Bezerra da Costa a cerca das inovações de Ferreira: Importante figura no mundo assembleiano, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, 76 anos, presidente da Convenção Geral, não é adepto da corrente liberal. Samuel é um menino bom, inteligente, mas é liberal na questão dos costumes e descambou a abrir a porta do comportamento, afirma. (Revista Isto é Ed 2167, 10 de maio 2011) A fórmula utilizada por Ferreira tem surtido efeito na adição de novos membros, visto que as impressões percebidas por parte de alguns mostram a satisfação em participarem da Igreja sem se sentirem reprimidos por condutas que podem ser reprimidas em outras localidades: Sua Assembleia do pode tem agradado aos fiéis. Meu pai não permitia que eu pintasse as unhas, raspasse os pelos ou cortasse o cabelo, conta a dona de casa Jussara da Silva, 49 anos. Furei as orelhas só depois dos 40 anos. Faz pouco tempo, também, que faço luzes, afirma Raquel Monteiro Pedro, 47 anos, gerente administrativa. Devidamente maquiadas, as duas desfilavam seus cabelos curtos e tingidos adornados por joias pelo salão do Brás, cuja arquitetura, mais parecida com a de um anfiteatro, também se distingue das igrejas mais conservadoras. (Revista Isto é Ed 2167, 10 de maio 2011) Este acondicionamento, além de estar relacionado às ofertas de outros movimentos em proporcionar um espaço menos repressor forçando a 32

33 transformação da Igreja para evitar a evasão de fiéis, também se deve aos novos tempos de elitização da sociedade: A relativização dos costumes da Assembleia de Deus se dá em uma época em que não é mais possível dizer aos fiéis que Deus não quer que eles tenham vaidade. A denominação trabalha para atender a novas demandas da burguesia assembleiana, que, se não faz parte da classe média, está muito perto dela, é urbana e frequenta universidades. É esse filão que está sendo disputado. Uma outra igreja paulista já promoveu show no Playcenter. No Rio de Janeiro, uma Assembleia de Deus organiza o que chama de Festa Jesuína, em alusão à Festa Junina. Segundo o estudioso Alencar, as antigas proibições davam sentido ao substrato de pobreza do qual faziam parte a grande maioria dos membros da Assembleia de Deus. Era confortável para o fiel que não tinha condição de comprar uma televisão dizer que ela é coisa do diabo. Assim, ele vai satanizando o que não tem acesso. (Revista Isto é Ed 2167, 10 de maio 2011) Todas estas condições estão paulatinamente redesenhando a Igreja Assembleia de Deus. O que consequentemente se tornará impossível de conter são o alcance e o avanço de tais mudanças às demais regiões do Brasil que cedo ou tarde também terão de se moldar frente às mudanças. A possível resistência por parte de frações conservadoras em algumas localidades, mesmo que consiga manter a linha tradicional da Igreja em seus aspectos conservacionistas, somente estará adiando o inevitável. 3.4 Status atual Assembleia de Deus em Cruz Alta A Igreja Assembleia de Deus em Cruz Alta, historicamente foi uma referência no sentido de aplicação rigorosa da disciplina quanto aos usos e costumes de seus membros, fato este reconhecido e comentado em todo o Estado. Nos registros de ata das Assembleias Gerais Ordinárias é comum a expressão, como a da Ata de 3 de abril de 1955, (...) foram excluídos por estarem em desacordo com a Palavra de Deus(...), sem registro das razões que motivaram as penas. Raríssimas são as atas que não constam atos disciplinares contra seus membros. Sobre as razões que motivavam medidas disciplinares, Maria Graminho do Amaral relata: Eram as mais variadas. Algumas de se reconhecer que poderiam ser até exageradas e até mesmo desnecessárias, coisas que uma simples 33

34 conversa resolveria evitando a exposição. Mas no entendimento da época eram necessárias para tentar se prezar pela santidade da Igreja. Lembrome das recomendações que os nossos antigos pastores traziam a Igreja: a proibição do corte de cabelo para as mulheres; Evitar o uso de calças compridas, pois se assemelhavam ao vestuário utilizado pelos homens e isso era considerado como reprovação a instrução dada por Deus; a não utilização de nenhum tipo de pintura ou maquiagem, o que era considerado afronta a Deus por modificação da natureza própria dada a nós e criada por Ele; aos homens a não utilização de bermudas ou calções, autorizando apenas o uso da calça comprida; as roupas deveriam ser sempre comedidas para evitar a provocação da sensualidade; De certa forma hoje afrouxou um pouquinho não é? Raramente se observam estas recomendações nos dias de hoje. Mesmo quando as ouvimos, não são apresentadas da maneira contundente como eram ensinadas nas décadas antigas. Acho que os tempos de hoje obrigaram uma mudança por força da lei, talvez, não sei. Mas o certo é que está tudo diferente. Não sou de acordo a apertar muito, mas se vez por outra não se dá um puxãozinho de orelha, as coisas tendem a perder o controle, não é? Acho que mesmo em tempos diferentes, temos de cuidar a santidade porque, apesar de mudarmos, e eu acho que Deus entende isso, Ele não muda, não é verdade? O pastor jubilado Osmar Juvenal da Silva, hoje com 89 anos, por ocasião do desmembramento das Igrejas, em junho de 1957, assumiu a presidência da Igreja Assembleia de Deus em Cachoeira do Sul conforme consta na mesma edição que publicou o desmembramento da Igreja em Cruz Alta. Sobre a Assembleia de Deus em Cruz Alta, o pastor descreve: A Igreja de Cruz Alta sempre deteve a qualidade em ser zelosa aos princípios da defesa de santidade e pureza mantendo por muito tempo o aspecto disciplinar característico de mais de 40 anos atrás, entendendo ser o único meio capaz de mantê-la pura. O fato deste formato se manter em Cruz Alta por tanto tempo se deve, talvez, em função do pastor Aleino conhecer a realidade da Igreja anterior a sua chegada ao município em 1977 e, ao longo dos 24 anos na presidência, procurou ser fiel a mesma na forma que o saudoso pastor Brum conduzia a Igreja de então, o que era desejo da parcela mais conservadora da Igreja. Se houvessem mudanças na presidência neste período em que o pastor Aleino permaneceu em Cruz Alta, acredito que talvez esta situação tivesse se modificado mais cedo. As mudanças vieram com muita força a partir da saída do pastor Aleino tanto na forma de vida como na estrutura organizacional da Igreja. Isso demonstra que a Igreja é mutável em alguns aspectos e manter uma linha de conduta severa e conservadora ao extremo pode ser complicada para um pastor que substitui o trabalho do mais antigo, caso nos dias de hoje queira seguir os passos do antecessor. Com certeza isso vai comprometendo sua relação com os membros. As mudanças provenientes das grandes cidades irradiaram também na Igreja de Cruz Alta. Isto é, com certeza um ponto que todas as Igrejas absorveram, por que aqui seria diferente? Isso é expressivo na Igreja de Cruz Alta, já que no período de 2001 a 2013, ou seja, em apenas 11 anos, depois da saída do pastor Aleino a Igreja em Cruz Alta, ela já teve quatro pastores presidentes. Dois deles saíram por pressão da Igreja, fato este dificilmente admitido em outras épocas por se entender que questionaria a autoridade do pastor e da Convenção que o empossou presidente. 34

35 Atualmente temos a clara percepção que se deve assumir total consciência da evolução e da transformação que ocorre na liturgia das reuniões, nos cultos bem como nos usos e costumes. De fato, mesmo com a mudança impressa no documento emitido no ELAD em 1999, no sentido de amenizar o princípio autocrático do modus vivendi na Assembleia de Deus, a entidade em Cruz Alta possui dificuldade de uniformização na instituição das recomendações, já que os membros da Igreja adquiriram uma mentalidade que, em muitos casos se sobrepõe a discutir, argumentar ou mesmo criticar as ações da autoridade de um pastor presidente, o que não seria comum no status antigo, conforme cita anteriormente a menção de Silva. A expressão saíram por pressão da Igreja, ao se referir a rejeição por parte da maioria da Igreja a alguns pastores que sucederam o pastor Aleino, denota que os membros da Igreja atualmente, ao contrário do que era em décadas passadas já não são tão silenciosos ou silenciados como antes. Dado a essas transformações na personalidade dos membros que a flexibilidade foi um evento inevitável por parte da liderança local. Os reflexos dos grandes centros chegaram a Cruz Alta de forma a obrigar seus pastores a mudarem suas posturas e ouvirem os anseios provenientes da Igreja se eximindo de um posicionamento autoritário e autocrático ao emitir suas decisões, o que coaduna com Silva. Desta forma, atualmente, o status de referência no Estado sobre a questão de usos e costumes e aplicabilidade de rigorosas disciplinas (não que as mesmas não existam, apenas são bem menos frequentes e excessivas quando comparadas as antigas), é um fator que hoje apenas faz parte da história passada da Igreja Assembleia de Deus em Cruz Alta. 35

36 CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisamos de forma concisa a realidade da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em um percurso que abrangeu sua extensão desde seus primeiros fundamentos até a atualidade em um campo de relações em nível de Brasil com uma breve consideração de sua instalação no Estado do Rio Grande do Sul observando a realidade local a partir da Igreja no município de Cruz Alta-RS. No decurso desta pesquisa percebemos como importante neste humilde registro que, apesar de ser sucinto, oferece aos estudiosos dos mais diversos níveis uma visão agrupada das afinidades da instituição com determinados períodos de sua história. Os parâmetros históricos ocorridos com a entidade em Cruz Alta se interconectam com a realidade de Igrejas em outros municípios com fatos que se assemelham. Isto é bem claro quando se abre a janela de observação do tema para o Brasil. A pesquisa se organiza através de fontes coletadas na própria Igreja bem como complementada através de subsídios sócio-antropológicos recolhidos por intermédio de entrevistas. O avanço obtido ao longo dos anos deu a esta igreja o status de maior denominação protestante no Brasil. Esta condição nos dá percepção viva do seu valor no universo religioso do Brasil. Procuramos avaliar peculiaridades desta entidade com a análise de informações históricas que nos levaram a entender a clara evidência de mudanças que fazem parte de um programa estratégico, o que através dos anos tem transformado a denominação e que, de certa forma, é capaz de explicar o quadro de seu desenvolvimento vertiginoso nos últimos anos. A abordagem ora utilizada traz a lume informações que nos dão um entendimento organizacional desta Igreja que já é secular no Brasil. Dado a isto, é clara a extensão de sua importância no cenário nacional em função de que a entidade possui representantes de orientação pentecostal em todas as esferas sociais da nação. De fato a partir deste enfoque se percebe a existência da necessidade de se estudar muito mais sobre outras diversas considerações do movimento pentecostal e que como consequência torna impossível ao pesquisador se referir ao mesmo sem inferir a relação intrínseca que possui com a Igreja Assembleia de Deus, já que a mesma é a pioneira no Brasil na pregação da mensagem pentecostal. 36

37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, João Ferreira de Almeida Tradução Almeida Revista e Atualizada (ARA) da Bíblia Sagrada, São Paulo; Sociedade Bíblica do Brasil ARAÚJO, Isael de Enviado por Deus, Memórias de Daniel Berg; Rio de janeiro: CPAD, BOYER, O. S.. Pequena Enciclopédia Bíblica. São Paulo: Vida, CAMPOS Jr., Luís de Castro. Pentecostalismo: Sentidos da palavra divina. São Paulo: Ática, CÉSAR, Éleben E.; História da Evangelização do Brasil. Viçosa, Ultimato, CONDE, Emilio História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro CPAD FONSECA, André Dionei - OS IMPRESSOS INSTITUCIONAIS COMO FONTE DE ESTUDO DO PENTECOSTALISMO. Revista História em Reflexão: Vol. 3 n. 5 UFGD - Dourados jan/jun FRESTON, Paul. Protestantes e Política no Brasil: da Constituinte ao impeachment. Campinas: Tese de Doutorado em Sociologia, Unicamp, OLIVEIRA, Joanyr As Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, OLIVEIRA, Rok Sonia Naiária de A indumentária e os usos e costumes defendidos pela Assembleia de Deus ( ). REVISTA ISTO É, Edição 2167 de 10 de maio de SILVA, Cláudio José da. A Doutrina dos Usos e Costumes na Assembleia de Deus. Dissertação de mestrado em Ciências da Religião, Universidade Católica de Goiás, VINGREN, Ivar. Gunnar Vingren: o diário do pioneiro. Rio de Janeiro: CPAD, VINGREN, Ivar (org.). Despertamento Apostólico no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD,

38 Sites Consultados: CPAD NEWS Disponível em: CONVENÇÃO DAS IGREJAS EVANGÉLICAS E PASTORES DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO RIO GRANDE DO SUL (CIEPADERGS) Disponível em: t=blog&id=21&itemid=117 SITE ASSEMBLEIA DE DEUS CRUZ ALTA Disponível em: Pastor_Presidente.fire 38

39 ANEXOS ANEXO A DANIEL BERG Dísponível em 39

40 ANEXO B GUNNAR VINGREN Disponível em 40

41 ANEXO C GUSTAVO E ELISABETH NORDLUND Disponível em 41

42 ANEXO D HERBERT NORDLUND Disponível em 42

43 ANEXO E PASTOR NILS TARANGER E FAMÍLIA Disponível em HzW- TkEI/AAAAAAAABPI/BiVQgfrpojw/s1600/nils-e-familia.jpg 43

44 ANEXO F GUSTAVO NORDLUND E NILS TARANGER Fonte: Arquivo Pessoal 44

45 ANEXO G INTERIOR ANTIGO DO TEMPLO DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CRUZ ALTA Fonte: Arquivo Pessoal 45

46 ANEXO H INTERIOR ATUAL DO TEMPLO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CRUZ ALTA Imagem extraída em 15 de outubro de 2013 Arquivo Pessoal 46

47 ANEXO I ANTIGA FACHADA DO TEMPLO EM CRUZ ALTA Fonte: Arquivo Pessoal 47

48 ANEXO J FACHADA ATUAL DO TEMPLO EM CRUZ ALTA Imagem extraída em 15 de outubro de 2013 Arquivo Pessoal 48

49 ANEXO L PASTOR ALEINO MELO DA COSTA: PASTOR PRESIDENTE DA IGREJA EM CRUZ ALTA ENTRE 1977 E 2001 Dísponível em: HUeXNAlwxRR_HB2MM7xZPTJPnSiTmWXWcvnlvvTrD_bGOW3i9Jtvl6QUChpD469PGuF5mi4fYxPvgRQDfiJBwAm1T1UPvCj_zhYMsJL DVYmHV2ixgyMiFv.jpg 49

50 ANEXO M ATUAL PASTOR PRESIDENTE: PASTOR ELVINO ESTEVAM Imagem extraída em 13 de outubro de 2013 Arquivo Pessoal 50

51 ANEXO N TRECHO DO DIARIO OFICIAL DO RIO GRANDE DO SUL DE 25 DE JUNHO DE 1957 CONSTANDO EMANCIPAÇÃO DA IGREJA EM CRUZ ALTA Disponível em: 51

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