LISTA DE SIGLAS. CDHMP: Centro de Direitos Humanos e Memória Popular. DADDH: Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem

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2 LISTA DE SIGLAS ONG: Organização não governamental ONU: Organização das Nações Unidas OEA: Organização dos Estados Americanos CADH: Convenção Americana de Direitos Humanos CIDH: Comissão Interamericana de Direitos Humanos SIDH: Sistema Interamericano de Direitos Humanos Corte IDH: Corte Interamericana de Direitos Humanos CDHMP: Centro de Direitos Humanos e Memória Popular DADDH: Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem DIDH: Direito Internacional dos Direitos Humanos DUDH: Declaração Universal dos Direitos Humanos CF/88: Constituição Federal de 1988 CP: Código Penal PM: Polícia Militar DPE: Defensoria Pública do Estado MPE: Ministério Público do Estado STF: Supremo Tribunal Federal STJ: Superior Tribunal de Justiça RE: Recurso Extraordinário EC: Emenda Constitucional CEDAW: Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher 2

3 Sumário 1. INTRODUÇÃO INSTITUCIONAL HISTÓRICO DO SISTEMA INTERAMERICANO COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO Da Comissão Da Corte IDH A JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Da Comissão Da Corte IDH FUNÇÃO, DECISÕES E SUA EXECUÇÃO As funções tanto da Comissão quanto da Corte estão elencadas em seus estatutos, como se verá adiante, e expressam qual é o papel de cada um desses órgãos em seu origem. Assim, a partir da análise das funções institucionalmente estabelecidas, será possível compreender o papel de cada um desses órgão no âmbito do Sistema Interamericano Da Comissão Da Corte IDH OS INSTRUMENTOS REGIONAIS DE PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem de 2 de maio de Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) de 22 de novembro de Convenção Interamericana para Prevenir, e Punir a Tortura de Protocolo de São Salvador de Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará) de CASO A: CRIME DE DESACATO E LIBERDADE DE EXPRESSÃO (DANIEL NASSIF DOS SANTOS Vs. BRASIL) ASPECTOS FÁTICOS COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE NORMAS DO SIDH E LEGISLAÇÃO NACIONAL BRASILEIRA DO CRIME DE DESACATO, ASPECTOS JURÍDICOS E HISTÓRICOS QUE ENSEJARAM A SUA TIPIFICAÇÃO NO CÓDIGO PENAL (ART. 331 DO CÓDIGO PENAL) DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO INFORMES DA RELATORIA PARA LIBERDADE DE EXPRESSÃO E A DERROGAÇÃO DO CRIME DE DESACATO

4 4. CASO B: NOGUEIRA DE CARVALHO E OUTROS V. BRASIL (SITUAÇÃO DOS DEFENSORES DOS DIREITOS HUMANOS NAS AMÉRICAS) ASPECTOS FÁTICOS OS DEFENSORES E DEFENSORAS DOS DIREITOS HUMANOS E O DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Instrumentos Jurídicos De Proteção A Situação Dos Defensores E Defensoras Dos Direitos Humanos Na América OS DEFENSORES E DEFENSORAS DE DIREITOS HUMANOS E O SISTEMA INTERAMERICANO Mecanismos De Proteção Jurisprudência CASO C: GONZÁLEZ E OUTRAS CAMPO ALGODOEIRO V. MÉXICO (VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES) ASPECTOS FÁTICOS O SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Proteção Normativa À Mulher Adotada Pelo SIDH - Amparo Jurisdicional Da CIDH Normativas Específicas Do Caso González Vs. México CONFLITO ENTRE A SOBERANIA DE UM ESTADO E AS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES Conceito De Soberania Relativismo e Universalismo Pluriversalismo Conceito De Violência De Gênero REFERÊNCIAS

5 1. INTRODUÇÃO É notável que Estados próximos tendem a compartilhar valores e outras características, seja pelo patrimônio cultural comum, seja pela maior facilidade no intercâmbio de ideias. Assim, torna-se mais fácil a tais Estados, acordar na criação de um sistema regional, especialmente no que diz respeito à proteção aos direitos humanos que tem, inegavelmente, assumido papel cada vez mais relevante no cenário internacional. De alcance regional, o Sistema Interamericano de Direitos Humanos se constitui como o principal instrumento disponível no continente na busca pela garantia desses direitos. Nesse sentido, a simulação simultânea das duas câmaras constituintes do sistema interamericano na SOI 2014 irá possibilitar a vivência mais aproximada dos estudantes com a realidade da estrutura judiciária protetiva existente. Enquanto profissionais do meio jurídico, ou mesmo enquanto cidadãos, sob a jurisdição do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH) é de grande importância conhecer o funcionamento dos organismos que o compõem. Para além disto, os casos a serem discutidos abordam questões de extrema relevância. O Caso A, que terá sua admissibilidade discutida no âmbito da Comissão, se refere à compatibilidade entre a previsão do ordenamento jurídico brasileiro do crime de desacato e o direito à liberdade de expressão, positivado na Convenção Americana de Direitos Humanos. O Caso B, por sua vez, a ser discutido apenas na Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), trata da não persecução criminal dos responsáveis pelo assassinato de advogado norte rio-grandense, atuante na defesa dos direitos humanos, o qual havia denunciado a existência de grupo de extermínio na Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Tal caso traz a relevante discussão acerca da situação dos protetores dos direitos humanos nas Américas e das dificuldades compartilhadas pelos indivíduos de diversos países. O Caso C, a ser discutido em ambas as câmaras, se deu no México. Não obstante, a discussão da necessidade de maior atuação estatal para a proteção aos direitos das mulheres e das crianças, é temática atual em muitos dos países americanos, os quais sofrem as mazelas de sociedades ainda bastante conservadoras e patriarcais. 4

6 2. INSTITUCIONAL Nesta seção, serão abordados os aspectos institucionais do Sistema Interamericano de Proteção aos direitos humanos. Desse modo, será feita uma breve análise do histórico do Sistema Interamericano. Desde a fundação de seus órgãos de controle, quais sejam, a Corte e a Comissão, como também a criação de seus instrumentos normativos. Além disso, se abordará, separadamente, o funcionamento, a composição, aspectos jurisdicionais e de competência, as decisões de cada um dos órgãos e, por fim, a sua execução. 2.1 HISTÓRICO DO SISTEMA INTERAMERICANO A IX Conferência Interamericana, a qual aprovou a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (DADDH), 1948, e a Carta da OEA, iniciou a formação do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH). A primeira mostrou-se de extrema relevância normativa por ser a base para o sistema regional de proteção aos direitos humanos. Já o segundo instrumento normativo citado, ou seja, a Carta da OEA, revelou-se como a primeira estrutura a estabelecer parâmetros democráticos no cenário internacional com vista a promover a proteção dos direitos humanos Em novembro de 1969 foi celebrada, em São José da Costa Rica, a Conferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos. Nela, os delegados dos Estados membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) redigiram a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH), que entrou em vigor em 1978, quando o décimo instrumento de ratificação de um membro da OEA foi depositado. Tal aprovação deu-se diante da necessidade de se caracterizar uma força normativa às normas estabelecidas na Carta e na Declaração supramencionadas, positivando, dessa forma, os mecanismos de proteção e promoção dos direitos humanos e determinando a organização e competência do Sistema Interamericano, instituindo dois órgãos competentes para investigar violações a direitos humanos, sendo eles a CIDH e a Corte IDH. Nessa senda, os primórdios do surgimento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) não podem ser desvinculados da construção da Organização dos Estados Americanos (OEA). Durante a Quinta Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores da OEA, realizada em Santiago do Chile, em 1959, foi aprovada uma resolução a 5

7 qual reconheceu os avanços alcançados desde a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (DADDH) 1948, determinando a necessidade da elaboração de uma Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), além disso, criando a CIDH com a função de promover o respeito a esses direitos. Outrossim, em 1961, a supracitada Comissão passou a observar a situação dos direitos humanos em diversos países através de visitas in loco, demonstrando a necessidade de serem ampliadas suas funções. Posto isso, em 1962, na Oitava Reunião de Consulta, realizada em Puntadel Este, os ministros recomendaram ao Conselho da OEA que os mesmos procedessem uma reforma no estatuto da Comissão, com o objetivo de ampliar e fortalecer suas atribuições. Nesse sentido, em 1965, perante a Segunda Conferência Interamericana Extraordinária, concretizou-se a reforma no estatuto. A principal modificação foi a atribuição do poder de analisar petições individuais e formular recomendações. Porém, configura a consolidação da Comissão a edição do Protocolo de Buenos Aires, em 1967, o qual constituiu a primeira reforma à Carta da OEA, inserindo o art. 106 e elencando a CIDH como um de seus órgãos principais. Outro marco importante na evolução do sistema SIDH reside na entrada em vigor, em meados de 1978, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969, que corresponde à institucionalização convencional do sistema interamericano de proteção. Para alcançar esse estágio, foi necessário esperar quase uma década, desde a adoção da Convenção em A presente data, vinte e cinco nações americanas ratificaram ou aderiram à Convenção, sendo elas: Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, Dominica, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela. Trinidad e Tobago denunciou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, por uma comunicação dirigida ao Secretário-Geral da OEA em 26 de maio de A Convenção Americana estabeleceu como seu órgão judicante, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, encarregada de sua interpretação e aplicação, e com o 1 CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. Tratado de Direito Internacional dos Direitos Humanos Volume III. Porto Alegre: Sergio Fabris Editor, CORTE IDH. I/a courthisto., Disponível em: < Acesso em: 03 abr

8 propósito principal de julgar casos de supostas violações dos direitos humanos consagrados na Convenção 3. No entanto, o Tribunal não pôde ser estabelecido e organizado até a entrada em vigor da Convenção. Em 22 de maio de 1979, os Estados partes da Convenção elegeram os juristas que, com a sua capacidade pessoal, foram os primeiros juízes a compor a Corte. A primeira audiência da Corte foi realizada nos dias 29 de junho e 30 de 1979, na sede da OEA em Washington, DC. Atualmente, a Corte está sediada na cidade de São José, na Costa Rica COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO A seguir, serão analisadas a composição e o funcionamento tanto da Corte quanto da Comissão. Assim, descrever-se-á quem faz parte de cada um dos órgãos, bem como a maneira através da qual eles desenvolvem as suas funções dentro do Sistema Interamericano Da Comissão Inicialmente, cabe salientar que o funcionamento da Comissão encontra-se subdividido em um duplo tratamento normativo. Assim, tal órgão se submete à jurisdição da Carta da OEA bem como à da Convenção Americana de Direitos Humanos. Nesse sentido, a respeito da atribuição de estabelecer a estrutura, competência e normas de funcionamento da Comissão, o art. 106 da Carta de Bogotá 5 atribui tal dever à CADH. Logo, dispõe o art da Convenção supracitada, delimitando a composição da 3 CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. Tratado de Direito Internacional dos Direitos Humanos Volume III. Porto Alegre: Sergio Fabris Editor, CORTE IDH. I/a court histo., Disponívelem: < Acessoem: 03 abr Artigo Haverá uma Comissão Interamericana de Direitos Humanos que terá por principal função promover o respeito e a defesa dos direitos humanos e servir como órgão consultivo da Organização em tal matéria.uma convenção interamericana sobre direitos humanos estabelecerá a estrutura, a competência e as normas de funcionamento da referida Comissão, bem como as dos outros órgãos encarregados de tal matéria. (OEA. Carta de Bogotá. Disponível em: < 41_Carta_da_Organiza%C3%A7%C3%A3o_dos_Estados_Americanos.htm>. Acesso em: 01abr. 2014). 6 Artigo 34 - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos compor-se-á de sete membros, que deverão ser pessoas de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de direitos humanos. (OEA. Convenção Interamericana de Direitos Humanos. Disponível 7

9 Comissão, assim como prevê seu regulamento, art Essa será composta de sete membros (comissários) eleitos a título pessoal pela Assembleia Geral da OEA, de uma lista de candidatos proposta pelos governos membros. No entanto, os signatários possuem a faculdade de propor três nomes candidatos, devendo um desses ser nacional de Estado diferente do proponente. Os membros serão eleitos a cada quatro anos, podendo, ainda, serem reeleitos uma única vez Da Corte IDH 9 Além da Comissão, o sistema da CADH também contempla a existência de outro órgão: a Corte Interamericana de Direitos Humanos. A Corte é uma instituição judicial autônoma e não está vinculada a OEA. Ao Contrário da Comissão que já existia na época a Corte foi criada pela Convenção Americana, mais precisamente através do art. 33. A Corte IDH é composta por sete juízes. A escolha dos membros da Corte é feita pelos Estados que ratificaram a Convenção em uma sessão da Assembleia Geral da OEA. Cada Estado pode propor uma lista de um a três nomes, a qual deve ser composta de nacionais dos Estados membros da OEA. Um país pode propor a candidatura de alguém que seja nacional de outro Estado. Inclusive, caso o Estado proponha o máximo de três nomes, um desses deve ser necessariamente de outro país. Finda a eleição, os escolhidos passarão a exercer um mandato de seis anos e só poderão gozar de uma reeleição. em: < Acesso em: 01 abr. 2014). 7 Disponível em: < Acesso em: 01 abr Artigo 37 - Os membros da Comissão serão eleitos por quatro anos e só poderão ser reeleitos uma vez, porém o mandato de três dos membros designados na primeira eleição expirará ao cabo de dois anos. Logo depois da referida eleição, serão determinados por sorteio, na Assembleia Geral, os nomes desses três membros. Não pode fazer parte da Comissão mais de um nacional de um mesmo Estado. (OEA. Convenção Interamericana de Direitos Humanos. Disponível em: < Acesso em: 01 abr. 2014). 9 RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 2. ed.são Paulo: Saraiva,

10 Além dos sete juízes, um caso específico pode contar com um juiz ad hoc, se o Estado-réu não possui um nacional em exercício na Corte. Todavia, a partir da Opinião Consultiva n. 20, tal instituto ficou restrito às demandas oriundas de comunicações interestatais. Ainda, a partir da Opinião Consultiva supracitada, passou a estar restrita a possibilidade de um juiz nacional do Estado-réu atuar no caso, em demandas iniciadas pela Comissão. A Corte funciona em sessões ordinárias e extraordinárias, uma vez que não é um tribunal permanente. No caso dos períodos extraordinários, devem ser convocados pelo presidente ou através de solicitação da maioria dos juízes. Assim como a OEA, a Corte possui como idiomas oficiais o espanhol, o inglês, o português e o francês. No que diz respeito às tomadas de decisões, o quórum mínimo do tribunal é de cinco juízes, devendo ser alcançada a maioria simples entres os presentes. Ocorrendo empate, o presidente será o responsável pelo voto decisivo. 2.3 A JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA A partir de agora, serão tratados os aspectos jurisdicionais e relativos á competência da Corte e da Comissão. Para tanto, primeiro é preciso estabelecer a diferença entre estes dois conceitos que permeiam o mundo jurídico. A Jurisdição, no caso do Sistema Interamericano, pressupõe a função estabelecida por seus instrumentos normativos aos quais se submetem os Estados-parte de resolver os conflitos que tenham como plano de fundo à ofensa de um desses Estados às normas extraídas da Convenção Americana e dos tratados complementares, os quais serão estudados no tópico 2.5. A Competência, por sua vez, compreende o âmbito de exercício dessa função jurisdicional pré-estabelecida. Dessa forma, para entender o funcionamento do Sistema Interamericano, é importante analisar como tais se conceitos se aplicam à Comissão e à Corte. 9

11 2.3.1 Da Comissão A Comissão, como já mencionado, submete-se a dois instrumentos normativos complementares. De início, figura como um dos órgãos principais da OEA inserida pelo Protocolo de Buenos Aires, , assim como pela Convenção Americana de Direitos Humanos. Encontra-se guiada, principalmente, por esta Convenção, a qual normativiza a composição estrutural da Comissão como essencial para o funcionamento do Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos (SIDH), pela Carta de Bogotá 11 e pela Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem. Destarte, não deve ser feita distinção em relação às suas funções básicas, havendo, nesse sentido, uma complementaridade dos mecanismos. No que concerne ao âmbito da OEA, tem-se um viés político das decisões, sendo essas submetidas à Assembleia Geral da organização para deliberação e imposição de possíveis sanções políticas. Todavia, em adendo, existe uma perspectiva jurídica implementada por meio da convenção retro, por intermédio da Corte Interamericana de Direitos Humanos, promovendo a fiscalização e aplicação de medidas mais severas frente à ocorrência de graves violações aos direitos humanos. Nesse ínterim, ao peticionar a CIDH, através de petição escrita, podem arguir perante este órgão, consoante o art. 44 da CADH 12, pessoas, organizações não governamentais ou o próprio Estado. Consecutivamente, há de ser analisada a admissibilidade da causa, tendo como requisito primordial o prévio esgotamento dos recursos internos, com exceções expressas no art. 46, 2, e, posteriormente, a materialidade. Neste último quesito, a Comissão 10 Disponível em: < 31_Protocolo_de_Buenos_Aires.htm>. Acesso em: 01 abr Recomendamos, para aprofundamento, a leitura dos artigos 106 e 54. (OEA. Carta de Bogotá. Disponível em: < 41_Carta_da_Organiza%C3%A7%C3%A3o_dos_Estados_Americanos.htm>. Acesso em: 01abr. 2014). 12 Artigo 44 - Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado Parte. (OEA. Convenção Americana de Direitos Humanos. Disponível em: < Acesso em: 01 abr. 2014). 10

12 procede conforme artigo 48, f, à fase de conciliação 13. Finalizada a segunda etapa, com resultados insatisfatórios, edita-se um primeiro relatório recomendativo ao Estado violador, ausente de caráter vinculante ou coercitivo. Nesse, determina-se ao denunciado a implementação de ações que devem ser cumpridas com o objetivo de sanar a violação constatada perante a análise do caso. Tendo em vista a ratificação da Convenção pelo Estado denunciado, procede-se, em caso de insuficiência do relatório, o encaminhamento do caso a CIDH, a qual se caracteriza pelo poder jurídico e obrigacional das suas sentenças 14. Contudo, o Estado membro da OEA que não tenha ratificado a CADH, ou ainda, não tenha reconhecido a jurisdição da Corte, estará impossibilitado de ser julgado perante essa. Desta feita, seu caso passará pelo crivo da Comissão, a qual emitirá dois relatórios, sendo o segundo veiculado apenas na impossibilidade de o caso ser levado a Corte Da Corte IDH A Corte é um tribunal internacional que, conforme o art. 33 da Convenção Americana, possui competência para conhecer de casos contenciosos, quando o Estado-réu tenha aceitado expressamente através de declaração unilateral a sua jurisdição. Até o presente momento, 20 Estados americanos aceitam a competência contenciosa da Corte. São eles: Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname e Uruguai 16. Para exercer a sua jurisdição, a Corte precisa ser provocada. Assim, a legitimidade ativa para acionar o tribunal pertence à Comissão Interamericana e aos próprios Estados. Dessa forma, 13 RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p Idem. p Ver artigo 51. (OEA. Convenção Americana de Direitos Humanos. Disponível em: < Acesso em: 01 abr. 2014)

13 para que um particular possa ter a sua demanda julgada pela CorteIDH, o caso deve ser apresentado primeiramente à Comissão que, se considerar necessário, remeterá o litígio à Corte. Como descreve André de Carvalho Ramos: A Comissão, após o não acatamento das conclusões do seu Primeiro Informe pelo Estado, pode acioná-lo perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos, caso o Estado tenha reconhecido a jurisdição da Corte. Como já abordado, o artigo 51 da Convenção estabelece o prazo de até três meses contados da remessa do Primeiro Informe ou Relatório ao Estado interessado sobre o caso para que a Comissão acione a Corte. Tal prazo não é fatal, podendo ser prorrogado, desde que com fundamento nas circunstâncias do caso concreto e de modo razoável. 17 A legitimidade passiva, por outro lado, é exclusiva dos Estados, uma vez que a Corte não se destina a julgar particulares. Como foi possível observar, uma das grandes peculiaridades e principal foco de críticas da doutrina especializada em relação à Corte diz respeito à limitação do direito de ação internacional do indivíduo, uma vez que apenas a CIDH e os Estados podem demandar diretamente. Gradualmente, a própria Corte vem reformando o seu regulamento no sentido de amenizar o problema. Antes de 2009, a faculdade de elaborar a petição inicial era exclusiva da Comissão, sendo a vítima chamada posteriormente a integrar a lide, como espécie de assistente. A partir da entrada em vigor do atual regulamento 18 que atingiu todas as demandas apresentadas após 01 de janeiro de 2010 as vítimas ou seus representantes passaram a ter a responsabilidade de apresentar a petição inicial, quando intimados, atuando em todas as etapas como verdadeira parte litigante. A Comissão, agora, participa do processo como uma espécie custos legis, intervindo quando achar necessário. Além disso, importante destacar a 17 RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, CORTE IDH. REGULAMENTO DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Disponível em: < Acesso em: 07 abr

14 figura do Defensor Interamericano, profissional destinado a representar as vítimas quem não tenham recursos tarefa que antes pertencia à Comissão. 2.4 FUNÇÃO, DECISÕES E SUA EXECUÇÃO As funções tanto da Comissão quanto da Corte estão elencadas em seus estatutos, como se verá adiante, e expressam qual é o papel de cada um desses órgãos em seu origem. Assim, a partir da análise das funções institucionalmente estabelecidas, será possível compreender o papel de cada um desses órgão no âmbito do Sistema Interamericano. Além disso, será analisada a natureza de suas decisões e o modo através de qual estas são executadas Da Comissão Quanto à função da CIDH, seu estatuto preleciona nos arts.18, 19 e 20 19, além disso, diferencia essas atribuições entre os Estados que ratificaram a CADH e os que não o fizeram. Nesse sentido, o art. 20, do Estatuto, dispõe que, em relação aos países que não ratificaram a esta Convenção, a função da Comissão é (I) prestar especial atenção à observância dos direitos humanos mencionados na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem; (II) examinar as comunicações que lhe forem submetidos e qualquer outra informação disponível; dirigir-se ao governo de qualquer Estado membro não Parte da Convenção, a fim de obter as informações que considere adequadas e fazer recomendações; (III) verificar se os procedimentos e recursos de cada Estado membro que não seja parte da Convenção foram devidamente aplicados e esgotados OEA. Estatuto da CIDH. Disponível em: < Acesso em: 05 abr Artículo 20 - Enrelaciónconlos Estados miembros de laorganización que no son partes de laconvención Americana sobre Derechos Humanos, lacomisióntendrá, además de lasatribucionesseñaladasenel artículo 18, lassiguientes:a. prestar particular atención a latarea de laobservancia de losderechos humanos mencionados enlos artículos I, II, III, IV, XVIII, XXV y XXVI de ladeclaración Americana de losderechos y DeberesdelHombre; b. examinar lascomunicaciones que lesean dirigidas y cualquierinformacióndisponible; dirigirse al gobierno de cualquiera de los Estados miembros no partes enlaconvenciónconelfin de obtenerlasinformaciones que considere pertinentes y formularlesrecomendaciones, cuandolo considere apropiado, para hacer más efectivalaobservancia de losderechos humanos fundamentales; c. verificar, como medida previa al ejercicio de laatribución prescrita enel inciso b. anterior, si losprocesos y recursos internos de cada Estado miembro no parte enlaconvenciónfuerondebidamente aplicados y agotados. (OEA. Estatuto da CIDH. Disponível em: 13

15 De outra forma, o estatuto da CIDH prevê, em seu art , suas funções em face da ratificação da Convenção Americana de Essa convenção também dispõe acerca da matéria no art Nessa perspectiva, cabe a Comissão receber as petições iniciais na forma escrita, que podem ser submetidas por qualquer pessoa, organização não governamental ou Estado, consoante já explanado. Dando procedência à demanda arguida em face da Comissão, essa passa à análise do mérito da causa. Nesse aspecto, têm-se a consecução de quatro mecanismos base para o encaminhamento, posteriormente, do caso à Corte em caso de ratificação da CADH ouà Assembleia Geral da OEA em caso de ratificação apenas da Carta de Bogotá. O primeiro deles é a fase de conciliação, a qual busca uma solução amistosa do < Acesso em: 05 abr. 2014). 21 Artículo 19 - Enrelaciónconlos Estados partes enlaconvención Americana sobre Derechos Humanos, lacomisiónejercerá sus funciones de conformidadconlasatribuciones previstas enaquella y enel presente Estatuto y, además de lasatribucionesseñaladasenel artículo 18, tendrálassiguientes: a. diligenciar las peticiones y otrascomunicaciones, de conformidadconlodispuestoenlos artículos 44 al 51 de laconvención; b. comparecer ante la Corte Interamericana de Derechos Humanos enlos casos previstos enlaconvención; c. solicitar a la Corte Interamericana de Derechos Humanos que tome las medidas provisionales que considere pertinentes enasuntos graves y urgentes que aún no estén sometidos a suconocimiento, cuando se haganecesario para evitar dañosirreparables a las personas; d. consultar a la Corte acerca de lainterpretación de laconvención Americana sobre Derechos Humanos o de otros tratados sobre laprotección de losderechos humanos enlos Estados americanos; e. someter a laconsideración de laasamblea General proyectos de protocolos adicionales a laconvención Americana sobre Derechos Humanos, conelfin de incluir progresivamenteenelrégimen de protección de lamismaotrosderechos y libertades, y f. someter a laasamblea General, para lo que estime conveniente, por conductodel Secretario General, propuestas de enmienda a laconvención Americana sobre Derechos Humanos.(OEA. Estatuto da CIDH. Disponível em: < Acesso em: 05 abr. 2014). 22 Artigo 41-A Comissão tem a função principal de promover a observância e a defesa dos direitos humanos e, no exercício do seu mandato, tem as seguintes funções e atribuições:a. estimular a consciência dos direitos humanos nos povos da América; b. formular recomendações aos governos dos Estados membros, quando o considerar conveniente, no sentido de que adotem medidas progressivas em prol dos direitos humanos no âmbito de suas leis internas e seus preceitos constitucionais, bem como disposições apropriadas para promover o devido respeito a esses direitos; c. preparar os estudos ou relatórios que considerar convenientes para o desempenho de suas funções; d. solicitar aos governos dos Estados membros que lhe proporcionem informações sobre as medidas que adotarem em matéria de direitos humanos; e. atender às consultas que, por meio da Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos, lhe formularem os Estados membros sobre questões relacionadas com os direitos humanos e, dentro de suas possibilidades, prestar-lhes o assessoramento que eles lhe solicitarem; f. atuar com respeito às petições e outras comunicações, no exercício de sua autoridade, de conformidade com o disposto nos artigos 44 a 51 desta Convenção; e g. apresentar um relatório anual à Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos. (OEA. Convenção Americana de Direitos Humanos. Disponível em: < Acesso em: 01 abr. 2014) 14

16 conflito. Em seguida, não logrando êxito o procedimento anterior, procede-se a edição do primeiro informe, de caráter recomendativo, o qual constata ou não a violação à Convenção Americana. Havendo a constatação de violação ao tratado mencionado, disponibiliza-se o período de três meses para que o Estado denunciado adeque-se às recomendações contidas no relatório 23. Dessa maneira, verificando-se que o primeiro informe não tenha sido cumprido pelo Estado, processa-se o encaminhamento do caso à Corte, nas hipóteses de o Estado ter ratificado a CADH, ou encaminha-se a controvérsia à Assembleia Geral da OEA. Contudo, a Comissão possui a faculdade de não submeter, mesmo sendo constatadas as violações, o caso aos órgãos supra 24. Há, ainda, tendo em vista a averiguação de violações continuadas mesmo após a submissão do caso ao crivo da Comissão, a possibilidade da determinação de medidas cautelares. As quais, caracterizam-se por serem de urgência, visando estancar a forte violação aos direitos humanos 25. Tais medidas, no entanto, não constituem prejulgamento da lide Da Corte IDH A Corte desenvolve suas atividades em duas esferas diferentes: a contenciosa e a consultiva. A função contenciosa diz respeito ao julgamento de lides trazidas a Corte pela Comissão ou por um Estado, já a função consultiva se dá através da emissão de pareceres, solicitado pelos Estados, conforme dispõe o art. 64 da CADH: Artigo Os Estados-membros da Organização poderão consultar a Corte sobre a interpretação desta Convenção ou de outros tratados concernentes à proteção dos direitos humanos nos Estados americanos. Também poderão consultá-la, no que lhes compete, os órgãos enumerados no capítulo X da Carta da Organização dos Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p Idem. Idem. p OEA. Convenção Americana de Direitos Humanos. Disponível em: < Acesso em: 01 abr

17 Os pareceres da Corte, ao contrário das sentenças, não possuem força vinculante, não podendo ser estabelecido qualquer tipo de obrigação ao Estado que solicite a opinião consultiva. Por outro lado, no exercício da função contenciosa, como já introduzido na seção 2.3.2, a Corte julga a responsabilidade dos Estados no que diz respeito a violações dos direitos consagrados na CADH e em outros pactos do Sistema Interamericano. As sentenças proferidas pela Corte são finais e inapeláveis, possuindo força vinculante. 2.5 OS INSTRUMENTOS REGIONAIS DE PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Como brevemente mencionado em tópico anterior, os instrumentos regionais de proteção são os textos jurídicos através dos quais são extraídas as normas aplicáveis no âmbito do Sistema Interamericano. O principal deles é a Convenção Americana de Direitos Humanos, que pode ser considerada a norma-base do Sistema Interamericano algo comparável, em termos de importância, a Constituição de um Estado. Todavia, não devem ser desprezados os demais tratados e declaração, que funcionam de maneira complementar à Convenção Americana Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem de 2 de maio de 1948 A Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem de 1948 foi o primeiro instrumento internacional relativo aos direitos humanos, com um conteúdo geral. Estabelece esse mecanismo normativo, os direitos essenciais do homem, os quais não derivam do fato de ele ser um cidadão de determinado Estado 27. Nesse sentido, as nações americanas reconhecem que, quando o Estado legisla, não cria direitos inerentes à pessoa humana, apenas os reconhece no sentido de que esses já estão postulados, independentemente de seu reconhecimento. Hodiernamente, a declaração constitui-se como uma fonte de obrigação para os membros da OEA OEA. Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Disponível em: < Acesso em: 06 abr OEA. Convenção Americana de Direitos Humanos. Disponível em: < Acesso em: 01 16

18 2.5.2 Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) de 22 de novembro de 1969 O Pacto de São José da Costa Rica tem seus antecedentes na Conferência Interamericana, realizada em 1945, no México. Como resultado das deliberações ocorridas durante os dias de reuniões, tem-se a determinação à Comissão Jurídica Interamericana para que se prepare um projeto de declaração 29. No entanto, em 1959, no Chile, a Quinta Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores atentou para a necessidade iminente de se formular uma convenção de direitos humanos. Em 1967, a CIDH apresentou um novo projeto, para tanto foi realizada a convocação da Conferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos, a qual, em 1969, adotou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos 30. Tal convenção estabeleceu a criação da Corte IDH e os meios de proteção dos direitos humanos, assim como elenca os direitos e deveres referentes aos Estados e indivíduos Convenção Interamericana para Prevenir, e Punir a Tortura de 1985 Mediante o Protocolo de Cartagena das Índias, em 1985, em que foi aprovada a reforma à Carta da OEA, os Estados membros adotaram a Convenção em epígrafe. Esse ato normativo define, rigorosamente, o conceito de tortura e a responsabilização por sua perpetração. Assim, por meio desse mecanismo, os Estados se comprometeram em punir e prevenir qualquer tipo de tratamento cruel, desumano e degradante 32. abr OEA. Comissão Interamericana de Direitos Humanos.Disponível em: < Acesso em: 06 abr Idem. Idem. Idem. 17

19 2.5.4 Protocolo de São Salvador de 1988 O Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos Econômicos Sociais e Culturais, mais conhecido como Protocolo de San Salvador, foi firmado em 1988, tratando dos direitos sociais, econômicos e culturais que não foram disciplinados na Convenção Americana. Já em seu art. 1, estabelece a obrigação do Estadoparte de adotar medidas reais que permitam a implementação efetiva dos direitos sociais, econômicos e culturais, observando-se regras de direito interno e a realidade de cada país Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará) de 1994 A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher Convenção de Belém do Pará foi editada pela OEA em 1994, sendo o primeiro tratado internacional destinado a proteger os direitos humanos das mulheres e que reconhece expressamente a violência contra a mulher enquanto problema de alta incidência na sociedade. 18

20 . CASO A: CRIME DE DESACATO E LIBERDADE DE EXPRESSÃO (DANIEL NASSIF DOS SANTOS Vs. BRASIL) A lide baseia-se no conflito entre o crime de desacato e o princípio da liberdade de expressão celebrado na Convenção Americana de Direitos Humanos. Trata-se de um caso fictício criado com o objetivo de fomentar o debate sobre a (in)compatibilidade entre a lei criminal brasileira e o Pacto de São José da Costa Rica. Portanto, a finalidade que se busca é a promoção de um debate sobre a primazia dos tratados de direitos humanos sobre as legislações internas dos Estados membros do SIDH e da possibilidade de harmonização de tais normas para se garantir a máxima proteção ao homem. 3.1 ASPECTOS FÁTICOS Em 26 de abril de 2013, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE) 33 denunciou o Estado brasileiro à CIDH, alegando violação do art. 13 do Pacto de São José, o qual assegura a liberdade de pensamento e de expressão 34. A transgressão sobre a qual o Estado brasileiro é demandado perante a Comissão arquiteta-se em volta do caso Daniel Nassif dos Santos. A suposta vítima, em 4 de abril de 2011, após um dia de trabalho, retornava para seu lar, em sua motocicleta, quando, abruptamente, foi abordado por uma patrulha da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PM/RN), a qual o revistou e insinuou que ele portava drogas ilícitas em sua mochila. Indignado por tal agravo e dominado pelo nervosismo do momento, 33 Art. 134, CF/88, in verbis: A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, 2º. Constituição Federal. Art. 4º, VI, da Lei Complementar Federal nº 80, de 12 de janeiro de 1994, in verbis: Art. 4º - São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras: VI representar aos sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos, postulando perante seus órgãos; 34 Convenção Americana Sobre Direitos Humanos. Pacto de San José. Disponível em: Acesso em: 28 fev

21 Nassif bradou, furiosamente, palavras ofensivas contra o sargento Siqueira. Em razão dessa manifestação de pensamento, o sargento decretou a prisão do trabalhador por crime de desacato, o levando para a delegacia com o fim de lavrar o auto de prisão em flagrante, junto ao delegado de plantão. Após a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra Nassif dos Santos, tendo como base o crime de desacato tipificado no art. 331 do Código Penal (CP), in verbis: Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. Segundo a denúncia, os insultos provocados pelo acusado contra funcionário público em serviço configuram crime de desacato, passível, portanto, de punição criminal. Em seguida, a DPE alegou, em sua tese, que o artigo da CADH, referente à liberdade de pensamento e expressão, derrogou o crime de desacato, conforme o entendimento da Relatoria para a Liberdade de Expressão da CIDH 35. Ressaltou, ainda, que o Supremo Tribunal Federal (STF), no Recurso Extraordinário (RE) /SP 36, tomando como base a tese do Ministro Gilmar Mendes, reconheceu que os Tratados de Direitos Humanos, incorporados no sistema jurídico brasileiro antes da Emenda Constitucional (EC) nº 45 como é o caso do Pacto de São José da Costa Rica, têm valor superior às leis ordinárias, denominado de supralegalidade dos tratados internacionais de direitos humanos. Aduziu, por fim, que por essas razões, o sistema jurídico brasileiro tem o dever legal de não aplicar em seus julgados apenas o controle de constitucionalidade, mas, também, o controle de convencionalidade devido à hierarquia supralegal das normas de direito internacional. 35 CAPÍTULO V - LEIS DE DESACATO E DIFAMAÇÃO CRIMINAL. Disponível em < >. Acesso em: 16 fev EMENTA: PRISÃO CIVIL. Depósito. Depositário infiel. Alienação fiduciária. Decretação da medida coercitiva. Inadmissibilidade absoluta. Insubsistência da previsão constitucional e das normas subalternas. Interpretação do art. 5º, inc. LXVII e 1º, 2º e 3º, da CF, à luz do art. 7º, 7, da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica). Recurso improvido. Julgamento conjunto do RE nº e dos HCs nº e nº É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Disponível em: < +OU ACMS.%29&base=baseAcordaos&url= Acesso em: 01 mar

22 Não obstante o esforço da Defensoria em basear-se na recomendação da Relatoria e na Teoria do Controle de Convencionalidade, o juiz do 1º Juizado Especial Criminal condenou Daniel Nassif dos Santos pelo crime de desacato. Na fundamentação da sentença, o magistrado defendeu que esse tipo penal encontra-se perfeitamente em vigor, sendo, portanto, passível de aplicação. Refutou, ainda, a aplicação do controle de convencionalidade, afastando a possibilidade de derrogação sofrida pelo art. 331, CP, pela incidência do Pacto de São José na legislação interna. Em seus argumentos, defende que normas de direito internacional, mesmo que versem sobre direitos humanos, não possuem o condão de derrogar normas internas incompatíveis, sendo tal prerrogativa destinada às normas editadas pelo Poder Legislativo brasileiro. Não satisfeita com tal condenação, a DPE recorreu à Turma Recursal segunda instância de apreciação nos juizados especiais, reforçando os mesmos argumentos de sua tese principal. No entanto, o resultado não foi satisfatório para a defesa, pois a Turma Recursal não acatou o pedido, fundamentando que a liberdade de pensamento e expressão celebrada na CADH não autoriza que se pronunciem expressões injuriosas, ofensivas e humilhantes a quem quer que seja, nem mesmo contra servidor público no exercício de suas funções, descabendo, assim, a derrogação do referido crime pela norma de direito internacional. Assim, transitou em julgado o acórdão que condenou o acusado à 12 (doze) meses de reclusão em regime aberto, com suspensão condicional da execução da pena, e multa.após essa decisão, não tendo vislumbrado quaisquer possibilidades de recurso, a DPE denunciou o Estado brasileiro à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, alegando violação do art. 13 do Pacto de São José da Costa Rica, o qual assegura a liberdade de pensamento e expressão. 3.2 COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE NORMAS DO SIDH E LEGISLAÇÃO NACIONAL BRASILEIRA Uma das grandes finalidades do SIDH é a busca pela compatibilização entre os tratados internacionais que versam sobre direitos humanos previstos no seu sistema e as legislações internas dos Estados membros. No entanto, a sistematização desse processo se mostra complexa e repleta de desafios. É evidente que em uma sociedade globalizada os tratados revestem-se de grande relevância para o sistema jurídico internacional, sobretudo após atrocidades acometidas em desfavor do ser humano no bojo de governos ditatoriais. 21

23 Nesse contexto, a efetividade das normas internacionais de direitos humanos vem crescendo progressivamente, uma vez que trazem consigo normas imperativas jus cogens 37 - o que é emblemático, pois possibilita às Cortes internacionais a judicialização dos conflitos e, com isso, uma garantia institucional à preservação de seu conteúdo 38. As normas de jus cogen ssão definidas pelo art. 53 da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 como normas gerais, imperativas e inderrogáveis, capazes de limitar a vontade política dos Estados quando da elaboração e aplicação de normas jurídicas, tanto no plano internacional quanto no interno. Assim, tratados internacionais e legislações domésticas antinômicas às normas de jus cogens devem ser consideradas nulas 39. É nesse cenário que o SIDH arquiteta-se em torno de uma estrutura normativa de direitos humanos, cuja finalidade é a tutela, aplicação e concretização das normas peremptórias consagradas nos Tratados. Esse sistema desenvolveu-se num período histórico marcado por ditaduras militares, que subjugaram os direitos humanos com execuções, desaparecimentos, torturas e prisões infundadas 40. Nesse sentido, afirma Flávia Piovesan que a região latino americana tem um duplo desafio: romper com o legado autoritário das ditaduras e consolidar o regime democrático de proteção aos direitos humanos Art. 53 da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969: (...) uma norma imperativa de direito internacional geral é a que for aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados no seu conjunto como norma à qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por uma nova norma de direito internacional geral com a mesma natureza. Convenção de Viena Sobre o Direito dos Tratados entre Os Estados e Organizações Internacionais ou entre Organizações Internacionais. Disponível em: < a_sobre_direito_dos_tratados-.pdf>. Acesso em: 02 abr PINTO, Cristiano Vieira Sobral. Controle de Convencionalidade na Proteção dos Direitos Humanos: Entre o Supremo Tribunal Brasileiro e a Corte Interamericana. Disponível em: < Acesso em: 02 abr MOREIRA, Thiago Oliveira. Fundamento do Direito Internacional Público: O Direito Internacional e as Normas de Jus Cogens: Uma questão filosófica. Disponível em: < Acesso em: 02 abr PINTO, Cristiano Vieira Sobral. Controle de Convencionalidade na Proteção dos Direitos Humanos: Entre o Supremo Tribunal Brasileiro e a Corte Interamericana. Disponível em: < Acesso em: 02 abr PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e Justiça internacional. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p

24 Nessa linha de raciocínio, a Comissão e a Corte IDH passaram a ter o dever de fiscalizar e implementar medidas capazes de levar os Estados membros à adequarem sua normativa interna em relação às normas de direitos humanos celebradas no âmbito do SIDH. Essa necessidade de compatibilização da legislação doméstica em face dos instrumentos internacionais chama-se Controle de Convencionalidade das leis 42. Tal controle subdivide-se em duas vertentes. A primeira delas, o controle de convencionalidade internacional, é realizado no âmbito do Sistema, através de suas decisões, pareceres, recomendações e relatórios. A segunda vertente, o controle de convencionalidade doméstico, é desempenhado por juízes e tribunais nacionais dos Estados membros. No presente tópico, será analisado o sistema de compatibilização de normas internacionais de direitos humanos em face do sistema jurídico interno brasileiro. Para tanto, é importante esclarecer como se organiza a hierarquia dos tratados dessa natureza no ordenamento jurídico brasileiro e como essa posição habilita ou não o Judiciário a analisar a compatibilidade de leis e atos normativos, tendo-os como referência. Percebe-se, após breve estudo sobre este tema, que diversas são as correntes doutrinárias e jurisprudenciais que se erguem com a finalidade de criar um entendimento sólido quanto ao conflito entre normas internacionais de direitos humanos e normas internas. Vê-se que o posicionamento sobre a hierarquia de tais tratados está longe de ser pacificado. Segundo Portela, as normas internacionais de direitos humanos, pelo seu alto grau de relevância, deveriam revestir-se de hierarquia, no mínimo, constitucional, ou até supraconstitucional 43. Entretanto, a história do ordenamento jurídico brasileiro até 1988 revela que os tratados jamais se revestiram dessa hierarquia. Antes da CF/88, os tratados eram incorporados com hierarquia de lei ordinária, baseado no entendimento firmado no julgamento do RE n , em 1977, pelo qual o STF firmou o posicionamento de que os tratados internacionais estão em paridade com a Lei Federal. Por consequência, concluiu ser aplicável o princípio segundo o qual a norma posterior revoga a norma anterior com ela incompatível 44. Essa perspectiva, ademais, afronta 42 PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e Justiça internacional. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 2ª ed. Bahia: JusPodivm, 2010, p SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, Tribunal Pleno, RE /SE. Relator: Xavier de Albuquerque, Brasília, DF, 01. Jun. 77. DJ , p

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