CARTAS E MOÇÕES DOS ENCONTROS REGIONAIS DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

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1 CARTAS E MOÇÕES DOS ENCONTROS REGIONAIS DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

2 Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais Presidência da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Executiva Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar, Sala 600 CEP Brasília/DF Tel.: (61) presidencia.cnpct@mds.gov.br Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais Ministério do Meio Ambiente Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 7º andar, Sala 700 CEP Brasília/DF Tel.: (61) /1666/ secretariaexecutiva_cnpct@mma.gov.br 2 CARTAS E MOÇÕES

3 APRESENTAÇÃO A Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT) realizou cinco encontros regionais de povos e comunidades tradicionais no período de dezembro de 2013 a setembro de Esses encontros aconteceram nas cidades de Salvador BA, Belém PA, Cuiabá MT, Curitiba PR e Vitória ES. O presente documento apresenta as cartas políticas elaboradas pela sociedade civil reunida em cada um desses eventos, juntamente com as moções que foram lidas e aprovadas em plenária. Ao todo, participaram dos encontros mais de 900 representantes dos segmentos de povos e comunidades tradicionais, membros dos governos federal, estadual e municipal, entidades de apoio e assessoramento e academia. Dentre os segmentos, estiveram representados: povos indígenas; comunidades quilombolas; povos ciganos; faxinalenses; pomeranos; povos e comunidades tradicionais de terreiros; pescadores/as artesanais; seringueiros/as; extrativistas; quebradeiras de coco babaçu; ribeirinhos/as; gerazeiros/as; fundo e fecho de pasto; retireiros do Araguaia; pantaneiros/as; raizeíras; andirobeiras/os; morroquianos; caiçaras; caatingueiros/as; vazanteiros/as; apanhadoras de flores sempre-vivas; veredeiros/ as; caboclos; ilhéus; benzedeiros; catadoras de mangaba, além da juventude desses grupos e de membros de conselhos e comissões estaduais e municipais. As cartas traduzem as pautas, reivindicações, anseios e desejos dos povos e comunidades tradicionais das cinco regiões brasileiras. Dentro dessa diversidade étnica, identitária, de tradições, linguagens e biomas, as questões comuns que perpassam esses povos e comunidades foram afirmadas no coletivo, bem como assumidas questões específicas de alguns segmentos. Espera-se que essas cartas, assim como as moções, possam subsidiar e servir de referência para toda a construção participativa que está sendo feita em prol do fortalecimento da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT) e da implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT). Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais CARTAS E MOÇÕES 3

4 REGIÃO NORDESTE

5 Carta Aberta dos Povos e Comunidades Tradicionais da Região Nordeste Nós, presentes no Encontro Regional de Povos e Comunidades Tradicionais do Nordeste, realizado entre os dias 16 a 19 de Dezembro de 2013 em Salvador BA - manifestamos nossas preocupações com o agravamento da violação dos direitos humanos e fundamentais dos Povos e Comunidades Tradicionais no Brasil, em especial do Nordeste, por ser historicamente uma das regiões mais discriminada e desassistida do País e invisibilizada na maioria das Políticas Públicas. Consideramos que existem muitos desafios em nossa região como conflitos territoriais, ameaça a integridade humana e socioambiental, intolerância religiosa, cerceamento direito de ir e vir e racismo institucional. Reconhecemos o compromisso dos setores do governo em caminhar juntos com os PCT, no entanto queremos o compromisso do Estado brasileiro, no respeito a autoafirmação dos segmentos e na efetivação e ampliação das Políticas públicas afirmativas. Queremos a garantia dos direitos constitucionais por meio da aprovação do PL 7447/10 como marco legal, para continuidade e ampliação dos importantes programas e ações que vem sendo desenvolvidos e que devem ser concretizados. Reafirmamos a importância da CNPCT na construção do Decreto 6040/07, como espaço de diálogo permanente e núcleo orientador para as realizações e execuções e monitoramento das políticas públicas. Ansiamos por uma politica de Gestão compartilhada que valorize a participação e controle social como garantia de empoderamento dos PCTs. Assim, a diversidade dos Povos e Comunidades Tradicionais dos oito estados do Nordeste representados neste encontro, baseados em nossos ancestrais, lutamos por um presente com dignidade e ensejamos um futuro melhor para nossos descendentes, com garantia de nossos territórios, das nossas manifestações socioculturais, tradicionais, ambientais e organizacionais. Bahia, 19 de Dezembro de 2013 Catadoras de mangaba, Fundo e Fecho de Pasto, Povos Indígenas, Povos Ciganos, Comunidades Extrativistas, Pescadores Artesanais, Quebradeiras de cocos de Babaçu, Ribeirinhos, Povos de Terreiros, Povos do Cerrado, Quilombolas, Geraizeiros. CARTAS E MOÇÕES 5

6 6 CARTAS E MOÇÕES REGIÃO NORTE

7 Carta Aberta dos Povos e Comunidades Tradicionais da Região Norte incluindo o estado do Maranhão Nós, POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS, POVOS CIGANOS, FAXINALENSES, POMERANOS, POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIROS, PESCA- DORAS E PESCADORES ARTESANAIS, SERINGUEIROS, EXTRATIVISTAS, QUEBRA- DEIRAS DE COCO BABAÇU, RIBEIRINHOS, GERAZEIROS, FUNDO DE PASTO, RE- TIREIROS DO ARAGUAIA, PANTANEIROS, RAIZEIRAS e ANDIROBEIRAS reunidos no Encontro Regional de Povos e Comunidades Tradicionais na cidade de Belém, estado do Pará entre os dias 02 e 05 de junho de 2014, com o objetivo de discutir e avaliar a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) manifestamos nossas preocupações com o atual cenário político do Brasil no que diz respeito aos direitos constitucionais dos povos e comunidades tradicionais, ao mesmo tempo em que reivindicamos que os poderes constituídos reflitam e considerem que somos os responsáveis pela preservação da grande riqueza cultural e da sociobiodiversidade que constitui este País. Portanto, ao final deste encontro manifestamos nossas reivindicações: 1. Secularmente os povos e comunidades tradicionais estiveram organizados e constituíram espaços de luta com base em sua resistência às diferentes formas de opressão. As últimas décadas foram marcadas por significativos avanços na luta dos povos e comunidades tradicionais do Brasil. Do ponto de vista jurídico e político alcançamos um nível de organização capaz de tensionar o Estado, pautar nossas demandas e afirmar nossos direitos. Destacamos o art. 231 que trata da demarcação das terras indígenas; o art. 68 do ADCT da Constituição Federal de 1988; o Decreto 4.887/2003 que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação dos territórios quilombolas; a criação em 2006 da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais CNPCT (Decreto de 13 de julho); o Decreto 6.040/ 2007 que institui a PNPCT e mais recentemente o PL 7.447/2010(em tramitação). 2. Apesar disso, o Estado brasileiro tem se mostrado conivente diante das constantes pressões feitas por setores ruralistas que insistem em atacar dispositivos de lei que garantem nossos direitos constitucionais, como é o caso da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº. 3239/2004 CARTAS E MOÇÕES 7

8 em trâmite no Supremo Tribunal Federal contra o Decreto 4.887/2003, PEC 215, PEC 038 e PLP 227 e a Portaria 303 da AGU, além dos vários Projetos de Lei contrários aos nossos direitos em trâmite no Congresso Nacional. 3. Destacamos aqui a violência física e moral que vem sofrendo os povos indígenas, que, além de terem seus territórios invadidos e com inúmeros empreendimentos sendo construídos e a criminalização de suas lideranças, não tem tido a oportunidade de dialogar de forma respeitosa com o governo federal. Destacamos ainda, o investimento midiático violento contra os Povos e Comunidades de Terreiro que tem gerado mortes, agressões físicas e morais, além de estimular na sociedade brasileira o ódio racial e religioso contra estes povos e comunidades. Registramos também que a omissão do Estado brasileiro e sua conivência em concessões públicas para rádios e TVs, além do apoio financeiro às atividades ditas culturais do segmento GOSPEL ferem frontalmente o princípio da laicidade do Estado. 4. Em que pese a Convenção 169 da OIT, o Estado brasileiro sequer dignou-se a reconhecer todos os povos e comunidades tradicionais que compõem a sociedade brasileira como sujeitos de direitos perante a OIT. É de se destacar, os quilombolas somente foram reconhecidos como sujeitos de direitos da referida Convenção porque denunciaram o Estado brasileiro na OIT, tendo este organismo internacional recomendado ao Brasil o devido reconhecimento dos quilombolas para efeitos da Convenção 169 da OIT. Atualmente o governo brasileiro reconhece apenas os quilombolas e os povos indígenas como sujeitos de direitos da Convenção 169, renegando os demais. 5. No que se refere ao direito de consulta normatizado pela Convenção 169, enfatizamos o entendimento que o mesmo já existe e deve ser aplicado pelo Estado e acionado em qualquer tempo pelos povos interessados. A regulamentação do artigo 6º da referida convenção dever ser visto como mais um instrumento assegurador dos direitos territoriais destes povos e comunidades. 6. Dito isto, AFIRMAMOS ao Estado brasileiro que nós, Povos e Comunidades Tradicionais reunidos neste Encontro, cujas condições sociais, econômicas e culturais nos diferenciam dos demais segmentos da sociedade brasileira e por esta razão em cumprimento ao princípio da auto- 8 CARTAS E MOÇÕES

9 definição presente na referida convenção, REQUEREMOS O IMEDIATO reconhecimento do Estado brasileiro perante a OIT de todos os povos e comunidades tradicionais como sujeitos de direitos da Convenção 169 porque assim já nos consideramos. 7. EXIGIMOS do Estado brasileiro o devido respeito ao direito de consulta normatizado pela Convenção 169, art.6º, todas as vezes que forem previstas medidas legislativas e administrativas que dizem respeito aos povos e comunidades tradicionais, assim como, diante de quaisquer empreendimentos executados em nossos territórios, sejam estes contínuos ou descontínuos. Ainda sobre a Convenção 169, EXIGIMOS também participar dos benefícios econômicos gerados pelos grandes projetos de desenvolvimento que incidam diretamente sob nossos territórios. 8. Concebemos por território toda área que de alguma forma é utilizada e ocupada para a reprodução social e cultural das nossas comunidades. São também áreas fundamentais para a prática de nossa ancestralidade constituindo-se, dessa maneira, nossa identidade. 9. Portanto, o acesso ao território em sua plenitude, de fato e de direito, se desdobra na irrenunciável tarefa do Estado brasileiro de efetivar nossos direitos humanos e políticas públicas, tais como: promoção de uma política de comunicação eficiente e adequada às comunidades e povos tradicionais; educação diferenciada que atenda às realidades culturais, sociais e às particularidades de cada grupo social (Lei e Lei ); direito à saúde, educação; saneamento básico; meio ambiente; energia verdadeiramente limpa e sustentável; nacionalização das bacias hidrográficas; soberania alimentar; aperfeiçoamento dos instrumentos de efetivação das políticas públicas. 10. Atualmente, muitos dos nossos povos e comunidades tradicionais sofrem pelo total abandono do Estado em não dispor de uma política pública firme, não dispor de uma legislação apropriada que seja capaz de nos retirar da invisibilidade jurídica e nos tornar, efetivamente, sujeitos de direitos sociais. Esta histórica omissão do Estado se transforma, na maioria das vezes, em discriminação por parte de outros segmentos da sociedade em relação a estes grupos. Soma-se a esta mazela social, a inexistência de um órgão no âmbito do Estado brasileiro forte o suficiente para promover a dignidade humana destes povos e comunidades tradicionais corroborando para a efetivação da legislação vigente referida aos povos e comunidades tradicionais. CARTAS E MOÇÕES 9

10 11. Apontamos aqui, o caso dos povos ciganos que não dispõem de um instrumento jurídico nacional que lhes garanta acesso às escolas, educação de qualidade, saúde, etc., sobretudo, uma política que impeça a exposição à violência física dos povos ciganos a cada lugar que montam acampamento, como é o caso dos Calons. Em outros casos, o próprio poder público municipal dispõe de legislação que proíbe a entrada e o respectivo acampamento de ciganos Calons no município. O modo de vida dos povos ciganos requer do Estado brasileiro, na sua totalidade (União, Estados e Municípios) adoção de medidas legais que assegurem o pleno uso e ocupação do território, a exemplo, o Termo de Autorização de Uso TAUS (Portaria MP 100, de 03/06/2009). 12. A aceleração dos processos para criação de Unidades de Conservação de Uso Sustentável como melhor maneira de assegurar a permanência das populações extrativistas, e a preservação dos recursos naturais e a biodiversidade desses territórios. 13. EXIGIMOS que o Estado brasileiro retome imediatamente o processo de criação e regularização fundiárias das reservas extrativistas, garantindo a participação dos povos e comunidades tradicionais na gestão ambiental integrada das áreas protegidas, demarcação das terras indígenas e reconhecimento e titulação de territórios quilombolas, até então parados por razões políticas e / ou burocráticas nos órgãos responsáveis. Este cenário de total abandono da política de regularização fundiária dos territórios tradicionais se revela em conflitos envolvendo mortes, agressões físicas de lideranças, além do que se constitui num verdadeiro etnocídio dos povos e comunidades tradicionais. Neste sentido, responsabilizamos o Estado brasileiro pelas mortes e agressões nas várias modalidades sofridas por estes povos. 14. EXIGIMOS do Estado brasileiro reconhecimento e inclusão no Programa Educacional brasileiro da diversidade linguística dos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro: Yorubá, Ewe, Fon, Bantu, Kikongo, Kibundo, Ubundo, Muxikongo. 15. EXIGIMOS que o Estado brasileiro reconheça e proteja os conhecimentos tradicionais dos Povos e Comunidades Tradicionais como forma de preservação de suas tradições culturais e ancestrais. 16. EXIGIMOS que o Estado brasileiro combata o racismo institucional praticado contra os Povos e Comunidades Tradicionais. 10 CARTAS E MOÇÕES

11 Por fim, EXIGIMOS que o Estado brasileiro respeite todos os direitos territoriais dos povos e comunidades tradicionais, previstos na legislação nacional e internacional e proteja nossos territórios, pois, constituímos o patrimônio cultural e ambiental deste País. Que o governo federal se digne a cumprir a efetivação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais criando uma Secretaria Nacional de Articulação de Políticas para os Povos e Comunidades Tradicionais, vinculada à Presidência da República, com orçamento próprio e estrutura adequada para uma articulação institucional capaz de efetivar políticas públicas para o nosso povo nas diferentes esferas governamentais. Com a força de nossa ancestralidade e resistência, fortalecemos nossas alianças e reafirmamos o compromisso permanente de lutar pela proteção dos nossos territórios, pois sem eles o povo brasileiro não tem identidade. CARTAS E MOÇÕES 11

12 MOÇÃO DE REPÚDIO Destinatário: Ministério de Minas e Energia Proponente: Povos e Comunidades Tradicionais da Região Norte Data: 04/07/2014 Conteúdo: Os/As participantes do Encontro Regional de Povos e Comunidades Tradicionais do Norte do Brasil que abaixo subscrevem, solicitam que após lida e assinada, essa moção seja enviada ao Ministério de Minas e Energia em repúdio às práticas implementadas pelo Ministério de Minas e Energia na concessão de terras utilizadas por comunidades tradicionais nas áreas quilombolas para pesquisas, sondagens e perfurações por empresas nacionais e internacionais na busca das riquezas minerais, construções de hidroelétricas, barragens, e outros tipos de concessões que têm ocorrido com países da América Latina e caribenha, como Bolívia, Colômbia, Peru e Costa Rica. Além do destaque no espaço territorial brasileiro: Marabá - PA, Chapada da Natividade - TO, Natividade - TO, Bico do Papagaio - TO, Combinado - TO e nos Estados do Maranhão, Pernambuco, Natal, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso. 12 CARTAS E MOÇÕES

13 MOÇÃO DE REPÚDIO Proponente: Povos e Comunidades Tradicionais da Região Norte Data: 04/07/2014 Conteúdo: Os Povos e Comunidades Tradicionais abaixo assinados presentes no Encontro Regional de Povos e Comunidades Tradicionais em Belém-PA, vêm a público repudiar os descasos por parte do Governo Federal, pelo abandono da política de criação de Unidades de Conservação de Uso Sustentável RESEX. Negando, assim, o que temos de mais sagrado que é a garantia do lugar de nossa produção sustentável, moradia e manutenção do nosso modo de vida. Situação essa, que obriga um cidadão geraizeiro, do norte de Minas, dos mais brasileiros que temos, a fazer greve de sede em frente ao Palácio do Planalto, cobrando a sua indignação. A fim de não presenciarmos cenas como essa, cobramos a imediata retomada da política de criação das Reservas Extrativistas. Assim como a resolução da regularização fundiária e acesso aos territórios quilombolas e demarcação das terras indígenas. CARTAS E MOÇÕES 13

14 REGIÃO CENTRO OESTE 14 CARTAS E MOÇÕES

15 Carta Aberta dos Povos e Comunidades Tradicionais da Região Centro Oeste Território não se negocia, não se vende, não se troca. É o espaço sagrado onde fazemos crescer a vida, nossa cultura e jeito de viver, nos organizar, ser livres e felizes 1 Nós, POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS, POVOS CIGANOS, FAXINALENSES, POMERANOS, POVOS E COMUNIDADES DE TERREIROS, PESCADORAS E PESCA- DORES ARTESANAIS, SERINGUEIROS, EXTRATIVISTAS, RIBEIRINHOS, GERAZEI- ROS, FUNDO DE PASTO, RETIREIROS DO ARAGUAIA, PANTANEIROS, RAIZEIRAS, ANDIROBEIRAS, POVOS MORROQUIANOS e CAIÇARAS reunidos no Encontro Regional de Povos e Comunidades Tradicionais na cidade de Cuiabá, estado do Mato Grosso entre os dias 12 e 15 de Agosto de 2014 com o objetivo de discutir e avaliar a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), manifestamos nossas preocupações com o atual cenário político do Brasil no que diz respeito à violação dos direitos constitucionais dos povos e comunidades tradicionais, e no exposto no Decreto 6.040/ 2007, e reivindicamos que os poderes constituídos cumpram as normas que garantam a preservação da grande riqueza cultural e da sociobiodiversidade que constitui este País e apresentamos nossas reivindicações: 1- Que se dê cumprimento à Convenção 169 da OIT e demais legislações pertinentes, ouvindo-se previamente os PCTS em consultas públicas para obter consentimento ou não quanto à realização de qualquer proposta de ações, projetos, empreendimentos (Hidrovia, hidrelétrica, rodovias, ferrovias, Mineração, PCHs, Monoculturas), necessariamente respeitando e contemplando o modo de vida e territórios dos POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS. Destacamos a reivindicação de que não mais sejam construídas hidroelétricas e PCHs em todo território mato-grossense. 2- A retirada imediata do caráter de urgência do PL 7735/2014 que regula acesso ao patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados e a repartição dos benefícios derivados da utilização da biodiversidade, tendo em vista que os PCTS não foram ouvidos previamente, conforme determina a Convenção 169 da OIT e Resolução CONAMA CARTAS E MOÇÕES 15

16 3- Repudiar a ADI 3239 que questiona o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades Quilombolas, conforme estabelecido pelo Decreto 4887/ Criação de um Zoneamento Socioeconômico e ecológico específico de proteção e defesa do bioma Pantanal e várzeas do Araguaia, por inteiro, entre Planalto e Planície, e implantação de medidas urgentes para recomposição e proteção das APPs, das nascentes, nas margens e afluentes do Rio Paraguai. 5- Execução e fortalecimento das políticas de apoio e manejo para os pescadores e pescadoras artesanais, mediante a destinação de recursos; e que haja um turismo de contemplação ao bioma Pantaneiro e Cerrado/ Araguaia. 6- Paralisação imediata de Licenciamento ambiental para construção de hidrelétricas e hidrovia na região do Pantanal e do Araguaia. 7- Criação de um instrumento legal que garanta a proteção e proibição de desmatamento das espécies frutíferas nativas do Cerrado e Pantanal. 8 Exigimos o cumprimento da Politica dos PCTs em nível Federal, Estadual e Municipal para garantir a permanência dos Povos e Comunidades Tradicionais nos Territórios ocupados tradicionalmente e o acesso aos recursos naturais para reprodução física e cultural dos povos e comunidades, mediante titulação de seus territórios. 9 - Exigimos a implantação de Infraestrutura adequada às realidades socioculturais e demandas dos Povos e Comunidades Tradicionais e a garantia dos seus direitos afetados direta ou indiretamente por projetos, obras e empreendimentos. 10- Exigimos uma educação diferenciada, de acordo com as características próprias de cada povo ou comunidade; com reconhecimento, fortalecimento e formalização da cidadania; atenção à saúde diferenciada; acesso às políticas públicas universais de inclusão social; segurança pública e direitos humanos. 11- Exigimos recursos específicos para projetos de inclusão social destinados aos povos e comunidades tradicionais. 12- Exigimos a proteção e valorização das práticas e conhecimentos tradi- 16 CARTAS E MOÇÕES

17 cionais e o fomento e implementação de projetos de produção sustentável. 13- Exigimos a criação de conselhos estaduais de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais, garantindo-se recursos para o seu adequado funcionamento. 14- Exigimos a extinção da isenção de impostos sobre agrotóxicos e demais insumos agrícolas. 15- Exigimos a fiscalização de utilização de agrotóxicos, respeitando-se as áreas de produção de alimentos da agricultura familiar, bem como no entorno de rios e nascentes, de modo a protegê-los, especialmente, dos transgênicos. E que seja barrada qualquer tentativa de expansão das plantações de soja em territórios pantaneiros. 16- Exigimos que a União, Estados e Municípios realizem estudos epidemiológicos para identificação das causas de doenças que têm levado à morte de pessoas das comunidades tradicionais e outras que vivem em zonas rurais, especialmente onde há grandes plantações de soja, cana-de- -açúcar, milho, algodão, café, trigo, batata, arroz, pastagens. 17- Exigimos a destinação de recursos para a infraestrutura, material e de pessoal para a fiscalização do uso de agrotóxicos, caça e pesca ilegal nos territórios dos PCTs. 18- Exigimos o reconhecimento dos povos e comunidades de terreiro como integrantes da agricultura familiar. 19- Exigimos da ANVISA e do Ministério da Saúde o reconhecimento da cultura e tradição dos raizeiros, para que tenham autorização para produção e comercialização de medicamentos e cosméticos caseiros. 20- Exigimos o cumprimento da legislação ambiental para impedir a autorização de mineração nos territórios dos PCTs, promovendo-se fiscalizações regulares pelos órgãos ambientais Federais, Estaduais e Municipais e pelos Departamentos Federais, Estaduais e Municipais de mineração, em especial, na comunidade tradicional Antônio Maria Coelho no Município de Corumbá-MS. 21- Exigimos o apoio, com repasse de recursos financeiros, para trabalhar a sensibilização da população de Luciara - MT quanto a criação de uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável. A sensibilização e informação da população do município se faz necessária diante dos conflitos de setembro de CARTAS E MOÇÕES 17

18 22 - Criação de um Estatuto dos Povos Ciganos com garantia dos direitos e preservação de sua cultura e tradição. Promover a regularização fundiária destinada a esses povos, e promover a inclusão social e garantia de políticas públicas específicas a estes povos, em todas as esferas governamentais. Por fim, às margens do rio Cuiabá, acolhidos pelo som dos ganzás dos povos pantaneiros e ungidos com as águas do Rio Paraguai queremos manifestar os sonhos de cada povo e comunidade que entrando na ciranda pantaneira se manifestavam de diversas formas com cantos e danças do povo cigano, a benção dos orixás e Nkisi dos povos e comunidades de terreiros, as tradições das festas de santos dos pantaneiros, as varas dos pescadores, a sabedoria no uso dos recursos naturais pelos extrativistas, as ervas das raizeiras, a sabedoria e espírito guerreiro dos indígenas, o axé dos quilombolas, a lida do gado dos retireiros do Araguaia, os clamores dos morroquianos, a moda dos geraizeiros, a linguagem dos pomeranos, os artesanatos Caiçara e das tradições dos fundos de pasto, nos manifestamos. Dessa forma, acreditamos na sensibilidade dos governos Federal, Estadual e Municipal e demais instituições envolvidas na proteção dos direitos dos PCTs e que tenhamos uma resposta oficial. 18 CARTAS E MOÇÕES

19 MOÇÃO DE REPÚDIO Destinatário: Presidência da República / Senado Federal Proponente: Povos e Comunidades Tradicionais do Centro-Oeste Data: 15/08/2014 Conteúdo: Moção de repúdio dos Povos e Comunidades Tradicionais em relação a PEC 215/2000, que propõe a transferência de competência do Executivo para o Legislativo na demarcação de terras indígenas e homologação das terras já demarcadas. CARTAS E MOÇÕES 19

20 MOÇÃO DE REPÚDIO Destinatário: Presidenta Dilma Rousseff Proponente: Sociedade Civil de Povos e Comunidades Tradicionais Data: 14/08/2014 Conteúdo: As organizações da sociedade civil, reunidas durante o Encontro Regional dos Povos e Comunidades Tradicionais Etapa Centro-Oeste em Cuiabá/MT, no período de 12 à 15/08/2014, apoiam as criações das reservas de Desenvolvimento Sustentável Mato Verolinho / Luciara MT; Nascente do Ancião / Idiabina MG; Riacho dos Cavalos / Rio Pardo MG e Entorno da ESEC Taiamã / Cárceres MT. Garantindo, desta forma, a manutenção das Comunidades Tradicionais em seus territórios. 20 CARTAS E MOÇÕES

21 MOÇÃO DE REPÚDIO Destinatário: Presidência da República C/C: Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria Geral da Presidência da República, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério Público Federal 6º Câmara. Proponente: Organizações sociais / Povos e Comunidades Tradicionais Data: 14/08/2014 Conteúdo: As organizações da sociedade civil, representantes dos povos e comunidades tradicionais, reunidas no encontro regional dos povos e comunidades tradicionais, etapa Centro-Oeste, realizado em CUIABÁ/MT, no período de 12 à 15/08/2014, por entenderem que não houve qualquer discussão com os povos e comunidades tradicionais acerca do tema apresentam a presente moção de repúdio ao PL 7735/2014, em tramitação no Congresso Nacional, que trata do Acesso a recursos genéticos e ao conhecimento tradicional associado. CARTAS E MOÇÕES 21

22 REGIÃO SUL

23 Carta Aberta dos Povos e Comunidades Tradicionais da Região Sul Os ataques aos Direitos Constitucionais dos Povos Indígenas e dos Povos e Comunidades Tradicionais nos soam como verdadeiros golpes políticos, que aparecem a todo o momento e intervêm na Constituição Federal através das PECs, PLPs e Portarias atuando em ofensivas contra os direitos constituídos. São exemplos recentes o PL 7735/2014, a PEC 215/2000, a Portaria 303/2012 (AGU - Advocacia Geral da União), a PLP 227/2013, a PEC 237/2013, a INC 6346/2014, o PDC 1471/2014, o PL 3654/2008, o Projeto de Decreto Legislativo 326/2007 e o Projeto de Decreto Legislativo 44/2007, dentre outros. Toda esta movimentação legal institucional culmina no esfacelamento do processo executivo da demarcação das terras indígenas e na usurpação dos direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais, resultando em uma anulação prática dos seus direitos já reconhecidos pela Constituição Federal. Paulatinamente, os ruralistas, os banqueiros, a indústria farmacêutica e de cosméticos, a bancada evangélica, a especulação em torno dos recursos naturais e da propriedade da terra vêm deteriorando as condições de existência Povos e Comunidades Tradicionais, transformando os seus direitos em objeto de negociação política no Congresso Nacional. A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, ao definir como primeiro EIXO ESTRATÉGICO o Acesso aos Territórios Tradicionais e aos Recursos Naturais como forma de garantir a reprodução física, cultural e econômica, reconhece que estes grupos se apresentam em desvantagem social, política e econômica em relação a este tema. Diante da longa história de ausência de políticas públicas inclusivas e participativas, diretamente voltadas às especificidades das comunidades ciganas, por exemplo, ressaltamos a necessidade de avanços mediante a construção democrática e adoção de diretrizes específicas para estes grupos, resguardando a sua diversidade. Os ciganos apresentam-se numa situação de invisibilidade. Quando a sociedade os vê, não os enxerga, pois os percebe pela ótica do preconceito. Para a transformação dessa realidade, se faz necessária a formulação de políticas públicas, especialmente na área educacional.

24 O combate ao preconceito e à falta de estatísticas confiáveis sobre o número de indivíduos ou de famílias ciganas se apresentam como condição sine qua non para que o povo cigano saia da condição de invisibilidade social e tenham reconhecidos e garantidos os seus direitos enquanto cidadãos, com a preservação da diversidade linguística e o conhecimento tradicional das comunidades ciganas. Estas comunidades se apresentam nômades (ou não) e o território é algo de extrema importância para eles, o que não é entendido pelos parâmetros eurocêntricos. Neste contexto, há que se criar mecanismos de Territorialidade, isto é, demarcar espaços que possam ser referências territoriais aos povos ciganos nômades ou seminômades. Os nossos jovens precisam estar juntos com as nossas tradições, com os nossos costumes e, numa dinâmica intensa, onde a comunicação impera, não temos mais atrativos para que a juventude queira estar conosco. Sabemos que os jovens são responsáveis pela continuidade de nossas tradições e que num projeto de sociedade mais justa, o fomento à educação libertadora e contrária a quaisquer manifestações discriminatórias, racistas, machistas, homofóbicas ou xenofóbicas pode ser um objetivo revolucionário. Devemos ficar atentos à nossa continuidade, assim como participar de um projeto coletivo que provoque a maior participação e preocupação na manutenção da vida destes jovens. Por isso, caracterizar a criança e jovem, que trabalha junto à sua mãe ou família, de exploração ao trabalho, é algo que fere não somente a moral dos Povos e Comunidades Tradicionais, como seu modo oral de passar conhecimento e cultura. Nesta perspectiva, por entender que as políticas públicas são ferramentas que promovem a diminuição das desigualdades e da promoção do crescimento e do desenvolvimento responsável do País, reiteramos neste Encontro Regional Sul de Povos e Comunidades Tradicionais, demandando as seguintes ações a) Aceleramento e desburocratização dos processos de demarcação das unidades territoriais haja vista a paralisação destes processos nestes últimos quatro anos e a sempre crescente necessidade da titularidade dos territórios destes povos para o avanço no desenvolvimento e implantação de outras políticas públicas. b) Combate ao desmatamento das araucárias, importante, tanto simbolicamente como economicamente, para os povos e comunidades do Sul do país, garantindo sua proteção e combatendo o avanço das plantações de pinheiros e do agronegócio. 24 CARTAS E MOÇÕES

25 c) Programas de fomento de políticas de ensino da língua pomerana em municípios com presença deste povo; fomento, incentivo e salvaguarda do patrimônio material e imaterial; acesso e permanência na terra e territórios camponeses; assento de representantes pomeranos em conselhos e comitês de educação, cultura e infraestrutura em esferas municipais, estaduais e federais. d) Valorização e reconhecimento das línguas dos troncos linguísticos Bantu, Yorubá e Ewe-Fon, com inclusão nas grades curriculares, em acordo ao que preconiza a Lei /2003. e) Recategorização de Unidades de Conservação de Proteção Integral (como parques, Estações Ecológicas e Reservas Biológicas), sempre que estas unidades estiverem impactando territórios tradicionalmente ocupados por povos e comunidades tradicionais, em Unidades de Conservação de Uso Sustentável. f) Proteção aos territórios dos povos e comunidades tradicionais contra a especulação imobiliária desordenada. g) Reconhecimento dos territórios dos Povos e Comunidades de Terreiro - sejam esses urbanos ou rurais como Territórios Tradicionais, garantindo-lhes seus direitos constitucionais, visto que estes são cotidianamente discriminados e perseguidos na sua organização social, cultural, religiosa, ancestral e econômica, garantindo aos Povos e Comunidades de Terreiro a implementação de políticas já elaboradas para a manutenção sustentável destas comunidades. h) Retomada do Programa Luz para Todos, que será finalizado e ainda não contemplou todos os povos e comunidades tradicionais que tanto necessitam desta estrutura. Evocamos a prorrogação do Programa para que mais comunidades possam ter este benefício. i) Que sejam criados mecanismos que garantam o direito dos pescadores e pescadoras artesanais serem consultados antes da implantação de grandes empreendimentos, como barragens e portos, visto que são frequentemente excluídos do processo de consultas e audiências públicas e têm sido impactados de forma irreversível por estes empreendimentos. j) Garantia de que os projetos de saneamento básico não utilizem os mares e rios, territórios pesqueiros, como vias de escoamento dos dejetos produzidos. CARTAS E MOÇÕES 25

26 k) Que seja retomado o processo de regularização dos territórios dos Ilhéus atingidos pelo Parque Nacional da Ilha Grande e APA. l) Retomada imediata pelo Ministério da Pesca e Aquicultura da emissão do Registro Geral da Pesca para os pescadores e pescadoras artesanais. m) Retomada do processo de criação de Resex e RDS costeiras e marinhas. n) Que o Estado impeça o avanço da indústria perolífera para as áreas próximas das RESEX costeiras e marinhas. Assim, em se reconhecendo os espaços-territórios, como locais de tradição, de cultura e de modos e visão de mundo distintos, pode-se utilizar das prerrogativas dos direitos humanos, na prevenção e reação às constantes violências às quais as nossas lideranças sofrem pelo Estado. A violência, seja física ou simbólica, se apresenta diariamente para nossas lideranças comunitárias, ora invadindo Terreiros e Tendas Ciganas, ora criminalizando todas as lideranças dos Povos e Comunidades Tradicionais. Se faz necessário o reconhecimento por parte do Estado e a implantação de políticas públicas que possam ser amenizadoras deste panorama hoje existente. Exigimos que o Estado brasileiro reconheça os Povos e Comunidades Tradicionais como sujeitos de direito da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Exigimos, ainda, que o Estado brasileiro retire do Congresso Nacional o PL.7735/2014, que trata do acesso ao patrimônio genético e repartição de benefícios, mas que desconsidera os direitos dos povos e comunidades tradicionais. Finalizando, repudiamos totalmente o uso indiscriminado de agrotóxicos, que contaminam nossos recursos naturais, causam doenças e mortes na nossa população, interferem na má formação de nossas crianças, matam nossos animais. Entendemos este ser um prejuízo enorme para a Nação brasileira. Propomos que sejam criadas zonas de amortecimento em torno dos territórios dos PCTs, pois assim diminuirão os impactos sobre estes. 26 CARTAS E MOÇÕES

27 MOÇÃO DE REPÚDIO Destinatário: Presidência da República Proponente: Sociedade Civil da CNPCT Data: 27/08/2014 Conteúdo: Nós, Povos e Comunidades de Terreiro, que historicamente lutamos pela formulação e implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidade Tradicionais (CNPCT), viemos por meio desta, repudiar o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidade Tradicionais de matriz Africana (2013, 2015), coordenado pela SEPIR, por desrespeitar o conceito da PNPCT e seu principal instrumento de implementação. A CNPCT, que constrói coletivamente e reconhece o conceito Povos e Comunidades de Terreiros como segmento social legítimo e representativo. A Portaria Interministerial nº 138/dez 2012, que em seu artigo 5º indica conceitualmente e se seguia pelo Decreto 6040/2007, fica claro que o Plano não segue o decreto. CARTAS E MOÇÕES 27

28 MOÇÃO DE APOIO Destinatário: Secretária Geral da Presidência da República Proponente: Povos e Comunidades Tradicionais Data: 27/08/2014 Conteúdo: Nós, povos e comunidades tradicionais reunidos em Curitiba por ocasião do Encontro Regional de Povos e Comunidades Tradicionais da Região Sul, consideramos que o Estado brasileiro ao criar o Decreto 6040/07 que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais garantiu um marco legal de reconhecimento dos Povos e Comunidades Tradicionais, seus territórios, suas identidades e modo de vida. Estes elementos constituem um patrimônio cultural brasileiro diverso, pluriétnico e multicultural, o que consideramos a maior riqueza do nosso País. Portanto compreendemos e nós reconhecemos no que estabelecer conceitualmente e normativamente a convenção 169 da OIT, como sujeitos de direito da mesma. Por conta disso reivindicamos que o Estado brasileiro se digne a reconhecer formalmente junto a OIT os Povos e Comunidades Tradicionais como sujeito de direito da convenção 169 e crie mecanismos que garantam nossa participação de forma digna e adequada nas deliberações referentes a elaboração dos procedimentos de consulta conforme a convenção. 28 CARTAS E MOÇÕES

29 MOÇÃO DE APOIO Destinatário: Congresso Nacional Proponente: Sociedade Civil Data: 27/08/2014 Conteúdo: Nós, participantes do Encontro Regional Sul de Povos e Comunidades Tradicionais, ocorrido em Curitiba/PR nos dias 25 a 28 de agosto de 2014, enviamos ao Congresso Nacional nossa manifestação de apoio à rápida aprovação do texto original do PL 7447/2010 que tramita nesta casa, transformando em Lei a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, garantindo e reafirmando assim os direitos conquistados. CARTAS E MOÇÕES 29

30 MOÇÃO DE APOIO Destinatário: Secretaria Geral da Presidência da República Proponente: Povos e Comunidades de Terreiros Data: 27/08/2014 Conteúdo: Os representantes de povos e comunidades de terreiro da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos povos e Comunidades tradicionais (CNPCT), vem por meio desta moção solicitar que o IBGE estabeleça diálogo permanente e sistemático com os referidos representantes, entendendo que a comissão é o Fórum legítimo de diálogo com Povos e Comunidades de Terreiro, que se constitui no principal instrumento de implementação da Política Nacional de Desenvolvimento de Povos e Comunidades Tradicionais Decreto 6040 de 07 de fevereiro de Destaca-se que a CNPCT é uma instância deliberativa e consultiva para a formulação e implementação de Políticas Públicas que afetam os Povos e Comunidades de Terreiro. 30 CARTAS E MOÇÕES

31 MOÇÃO DE APOIO Destinatário: Secretaria Geral da Presidência da República Proponente: Povos e Comunidades de Terreiros Data: 27/08/2014 Conteúdo: As organizações da Sociedade Civil presentes no Encontro Regional Sul de Povos e Comunidades Tradicionais, realizado no período de 25 a 28/8/2014 em Curitiba-PR, se solidarizam com a cota e a causa dos Povos Ciganos, cuja bandeira se faz pela demanda de uma ação política voltada para uma ação identitária dentro de um sistema capitalista excludente. Uma omissão histórica vergonhosa, e principalmente pela falta de uma política pública voltada para essas comunidades. Nas contradições da gestão pública muito se deixa a desejar nas questões dessas comunidades tradicionais que seguem à luz de século XXI, clamando pelo reconhecimento, e, pontuar acima de tudo a omissão nas demandas associadas à ação políticas na promoção e no desenvolvimento sustentável dessas sociedades ditas tradicionais. Ao longo da história, a comunidade cigana tem sido vitimada pela convivência secular com o preconceito, com a exclusão social e com conceitos estigmatizados da cultura e da história de um povo que em muitos contextos se viu forçado à submissão no mundo dos não ciganos. Importante se faz reconhecer que em todos esses processos as comunidades ciganas formaram uma imensa resistência no seu caminhar histórico, preservando a sua cultura, e reafirmando na tradição oral toda a força do povo cigano. CARTAS E MOÇÕES 31

32 REGIÃO SUDESTE 32 CARTAS E MOÇÕES

33 Carta Aberta dos Povos e Comunidades Tradicionais da Região Sudeste Entre os dias 16 a 18 de setembro de 2014, estiveram reunidos em Vitória Espírito Santo, por ocasião do Encontro Regional Sudeste de Povos e Comunidades Tradicionais, organizado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT) lideranças dos Povos Indígenas; Comunidades Quilombolas; Povos e Comunidades de Terreiro; Caiçaras; Pescadores (as) artesanais; Geraizeiros; Ciganos; Pomeranos; Caatingueiros; Fundo e Fecho de Pasto; Faxinalenses; Extrativistas; Vazanteiros; Apanhadores de Flores Sempre-Vivas; Veredeiros; Raizeiras; Caboclos; representações governamentais da CNPCT, além de convidados de núcleos de pesquisa e órgãos estaduais, com o objetivo de avaliar e aprimorar a implementação da PNPCT, com ênfase ao acesso aos territórios e regularização fundiária, além de avaliar a atuação e o funcionamento da CNPCT, inclusive sua conformação atual. CONSIDERAÇÕES: Considerando que os povos e comunidades tradicionais ocupam parte considerável e constituem um contingente populacional significativo na região Sudeste, garantindo a preservação da grande riqueza multiétnica e pluricultural, e da sociobiodiversidade que constitui o País e a região. Considerando que os povos e comunidades tradicionais estão organizados e constituíram espaços de luta, com base em sua resistência às diferentes formas de opressão, na manutenção de seus territórios e seus modos de vida. Considerando o art. 3º inciso I- do Decreto 6040/07, os Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro usam território e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica e que em todas as Comunidades Tradicionais de Terreiros são vivenciados valores de organização coletiva, cosmovisão e tradições, incluindo a relação com o espaço sagrado oriundo de diferentes contextos culturais e ancestrais, entendendo a natureza integrada e sacralizada. Considerando as conquistas legais, consubstanciadas nos artigos 215 e 216 da Constituição Federal, no art. 68 do ADCT (dos Direitos Territoriais Quilombo- CARTAS E MOÇÕES 33

34 las), no capítulo VII da CF (dos Direitos Territoriais e Políticos Dos Povos Indígenas), nos tratados internacionais ratificados pelo governo brasileiro (Convenção 169 da OIT, Convenção da Diversidade Biológica, Convenção da Diversidade Cultural, Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, dentre outros), a Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, a Lei /2009, que dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, a Lei /2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica e dá outras providências, a Lei , de 14 de Janeiro de 2014, que institui a Política Estadual para o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais, os Decretos s/nº de 13 de julho de 2006 e 6.040/2007, que instituem a Comissão e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, o decreto nº 7747/12 que institui a Politica Nacional de Gestão Territorial de Terras Indígenas (PNGATI), o Decreto 8243/14, que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), dentre outros dispositivos legais estaduais e municipais. Considerando que mesmo com as garantias legais acima enumeradas, o Estado brasileiro tem sido conivente diante das pressões constantes feitas por setores ruralistas, que insistem em atacar dispositivos legais que garantem os direitos de Povos e Comunidades Tradicionais, a exemplo da Ação Direta de Inconstitucionalidade ADIN nº 3.239/2004, em trâmite no STF contra o Decreto 4887/2003, o Projeto de Emenda Constitucional PEC 215/2000, que transfere para o Congresso Nacional a aprovação da demarcação das Terras Indígenas e Territórios, Quilombolas, a Portaria 303/2012 da Advocacia Geral da União (AGU), a Portaria 419 FUNAI, que altera os procedimentos de identificação e delimitação das Terras Indígenas, além dos vários projetos de leis contrários aos nossos interesses. Considerando os Planos já consolidados, executados e em execução, notadamente o Plano Prioritário para Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais , o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (Portaria SEPPIR nº 138/12), os Programas e Ações governamentais constantes no PPA Considerando que grande parte dos territórios tradicionalmente ocupados por PCTs foram e estão sendo impactados pela grilagem e afazendamento, por monoculturas, obras e empreendimentos (Hidrelétricas, Portos, Estaleiros, Parques Eólicos, Mineração, Gasodutos e Minerodutos, Poços de Exploração de Petróleo, Rodovias, etc.); pela Pesca Industrial, Carcinicultura, Hidrovias, atividades portuá- 34 CARTAS E MOÇÕES

35 rias (dragagens para manutenção de acesso de navios, lavagem dos porões com poluição das águas; esgoto/óleo; bioinvasão - espécies exóticas que vêm na água de lastro dos navios; poluição sonora; movimento e intensidade de luz artificial de grandes embarcações, o que resulta na diminuição dos cardumes e na perda de apetrechos de pescas); pela sobreposição de Unidades de Conservação de Proteção Integral e territórios tradicionalmente ocupados, pela especulação imobiliária (casas de veraneio, condomínios de luxo, resorts e demais complexos turísticos), dentre outros agentes expropriatórios. Considerando a omissão deliberada, inércia e morosidade nos processos de regularização fundiária dos territórios dos Povos e Comunidades Tradicionais, constituindo de uma sequência de decisões técnicas e políticas por parte dos órgãos governamentais que estão impedindo a conclusão dos processos de regularização fundiária, incluindo a paralisação de centenas de processos administrativos nos arquivos do Estado brasileiro, mesmo daqueles plenamente informados que aguardam decisão final. Considerando que parte dos Povos e Comunidades Tradicionais têm sido sistematicamente vítima de racismo ambiental, representado pela ação de agentes desenvolvimentistas, que os empurram para áreas marginalizadas, forçando-os a conviver com um cotidiano de envenenamento, degradação, dejetos químicos, dentre outros. Considerando que também os Povos e Comunidades Tradicionais são vítimas contumazes do racismo e sexismo institucional nos vários aparatos do Estado brasileiro, com violação de direitos individuais e coletivos, manifestações de intolerância religiosa e xenofobia (indisposição e repulsa para com as diferenças). Considerando que as lideranças dos povos e comunidades tradicionais, de movimentos sociais que os representam, famílias têm sido alvos constantes de perseguição, ameaças de morte, por parte de antagonistas, criminalização e penalização por parte dos órgãos governamentais e pelo próprio judiciário, que são coniventes com interesses macroeconômicos; Considerando que além da expropriação dos seus territórios tradicionais, boa parte das comunidades estão sendo vampirizadas continuamente por pesquisadores e agentes governamentais, ou não, que sob pretexto de valorizar as suas práticas e conhecimentos tradicionais na proteção da biodiversidade, promovem verdadeiros saques e violação de direitos, sobretudo quanto à repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos dos saberes no manejo da biodiversidade. CARTAS E MOÇÕES 35

36 EXIGEM: - O imediato reconhecimento e regularização fundiária dos territórios de povos e comunidades tradicionais, incluindo: - A demarcação, homologação e registro das Terras Indígenas da região Sudeste; - A regularização e titulação dos territórios quilombolas, com destaque para o Quilombo do Gurutuba/MG, o Quilombo São Domingo/ES, o Quilombo da Marambaia/RJ, Vargem do Inhaí, Mata dos Crioulos e Quartel do Indaiá Diamantina/MG, Quilombo de Praia, Quilombo da Lapinha- Norte de MG, Quilombo do Sertão da Fazenda, Ubatuba/SP, Quilombo de Bombas Iporanga/SP, Quilombo de Camburi/SP, Quilombo do Cabral/ RJ, Quilombo Bracuir/RJ, dentre outros, tendo seus limites definidos de acordo com a real necessidade das comunidades. - Que o Incra conclua a demarcação e titulação do território quilombola de São Cristovam, Retiro e São Pedro/ES. - O reconhecimento dos espaços/territórios que integram os povos e comunidades tradicionais de terreiros na sua totalidade simbólica, entendida para além da sua divisão meramente física, geográfica e territorial e que o Estado brasileiro assuma a responsabilidade de proteção, acesso e preservação desses espaços; - Que não sejam mais criadas unidades de conservação de proteção integral sobre territórios tradicionais e que sejam feitas revisões de limites e recategorização das UCs de Proteção Integral sobrepostas aos territórios tradicionalmente ocupados, para Unidade de Uso Sustentável (a exemplo do Parque Nacional das Sempre-vivas/MG para Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Parque Nacional Serra do Cipó/MG, Monumento Natural dos Pontões Capixaba, Parques estaduais do Lagoa do Cajueiro e Verde Grande - Norte de Minas, Reserva Ecológica da Juatinga/RJ, Estação Ecológica Juréia-Itatins/SP, Parque Nacional da Serra da Bocaina/SP-RJ, Parque Estadual da Serra do Mar-SP, Parque Estadual da Ilha do Cardoso/ SP, Parque Estadual Turístico Alto Ribeira- PETAR dentre outras). - Garantia em lei de permanência dos PCTs em seus territórios, bem como o uso sustentável dos recursos naturais, incluindo a fauna e a flora nas áreas de proteção integral; - Criação imediata das RESEX Areião e Tamanduá a favor das comuni- 36 CARTAS E MOÇÕES

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