PT Unida na diversidade PT A8-0027/7. Alteração

Transcrição

1 A8-0027/7 7 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Marisa Matias, Pablo Iglesias, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Neoklis Sylikiotis, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Takis Hadjigeorgiou, Luke Ming Flanagan Considerando A a (novo) A-A.Considerando que, num período de crise económica profunda e de aumento das disparidades na UE, é necessário prever um aumento significativo do orçamento da União, a fim de garantir o nível de recursos adequado no orçamento do próximo ano, com particular destaque para os projetos destinados a estimular o crescimento e o emprego digno, erradicar a pobreza e investir em desenvolvimento ecológico, inteligente e sustentável; salientando que as contribuições para esse aumento devem resultar de uma subida dos pagamentos efetuados pelos Estados-Membros com maior RNB e maior rendimento per capita, corrigindo as grelhas de comparticipação atuais, que são distorcidas e injustas; reiterando que é fundamental aumentar o apoio prestado aos Estados-Membros, especialmente aos que já enfrentam a recessão económica, para o investimento em infraestruturas, equipamentos sociais, investigação, inovação e desenvolvimento;

2 A8-0027/8 8 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Marisa Matias, Martina Michels, Pablo Iglesias, Younous Omarjee, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Luke Ming Flanagan N.º 1-A (novo) 1-A. Considera que é necessário um grande plano de investimento público e insiste na necessidade de uma rotura com as atuais políticas da UE se pretendermos que os problemas do crescimento económico sustentável, do desemprego, da pobreza, da exclusão social e das desigualdades (de rendimento) sejam devidamente resolvidos; sublinha que é necessária uma nova estratégia para definir um novo caminho para a Europa, um caminho de pleno emprego, trabalho decente, salários condignos, coesão social e económica e proteção social para todos, que garanta os mais elevados níveis de vida, um caminho que corresponda às necessidades de desenvolvimento de todos os Estados-Membros, em especial dos menos desenvolvidos, e que promova uma convergência real, contribuindo assim para reduzir o desnível de desenvolvimento entre Estados-Membros e as disparidades económicas, sociais e regionais existentes;

3 A8-0027/9 9 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Martina Michels, Marisa Matias, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Pablo Iglesias, Neoklis Sylikiotis, Luke Ming Flanagan N.º 1-B (novo) 1-B. Condena veementemente os cortes orçamentais na ciência e na inovação, em especial os 2,7 mil milhões de euros do programa Horizonte 2020;

4 A8-0027/10 10 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Younous Omarjee, Rina Ronja Kari, Marisa Matias, Pablo Iglesias, Martina Michels, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Malin Björk, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Dennis de Jong, Luke Ming Flanagan N.º 1-C (novo) 1-C. Salienta que o desemprego é a preocupação mais urgente da UE; considera que o relançamento das economias dos Estados-Membros e a criação de novos postos de trabalho requererem uma reversão das medidas de austeridade da UE, a fim de permitir que os Estados-Membros façam avançar as opções políticas que melhor se coadunam com a sua situação específica; considera, por conseguinte, que a criação de postos de trabalho dignos e o crescimento económico sustentável devem constituir o principal foco de atenção do orçamento da UE;

5 A8-0027/11 11 Rina Ronja Kari, Dennis de Jong, Lidia Senra Rodríguez, Luke Ming Flanagan N.º 2-A (novo) 2-A. Considera que a consequência óbvia de um orçamento da UE mais pequeno equivale a menos UE, e não a mais União por menos dinheiro;

6 A8-0027/12 12 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Younous Omarjee, Martina Michels, Marisa Matias, Pablo Iglesias, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Luke Ming Flanagan, N.º 3 3. Salienta que os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento constituem a maior parcela de despesas de investimento do orçamento da UE e são igualmente fundamentais para a criação de emprego, o relançamento do crescimento, a competitividade e a inovação; sublinha que a política de coesão da UE tem sido útil no apoio ao investimento público em áreas económicas vitais e conseguiu resultados tangíveis no terreno que podem ajudar os Estados-Membros a ultrapassar a atual crise e a atingir os objetivos da Estratégia Europa 2020; solicita à Comissão e aos Estados-Membros que envidem todos os esforços para assegurar a rápida adoção dos programas operacionais remanescentes nos próximos meses, a fim de que a sua implementação atinja a velocidade de cruzeiro em 2016; 3. Salienta que os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento constituem a maior parcela de despesas do orçamento da UE e são igualmente fundamentais para a criação de emprego, o relançamento do crescimento, a coesão, a integração e a inovação; sublinha que a política de coesão da UE tem sido determinante no apoio ao investimento público em áreas económicas vitais e tem conseguido resultados tangíveis no terreno que podem ajudar os Estados-Membros a ultrapassar a atual crise, aumentando as dotações para o Fundo de Coesão e os Fundos Estruturais, nomeadamente para o FSE e para programas como o Progress, com especial atenção para o emprego com direitos, a igualdade de direitos e oportunidades e a luta para erradicar a pobreza; salienta a necessidade de dotar os Estados-Membros dos instrumentos necessários para ajudar os seus cidadãos a encontrarem uma forma de sair da crise; destaca, a este respeito, a necessidade especial de investir em áreas como a educação e a mobilidade, a investigação e a inovação e as micro, pequenas e médias empresas, por forma a

7 incentivar a criação de emprego - em particular, de emprego para os jovens; solicita à Comissão e aos Estados-Membros que envidem todos os esforços possíveis para adotar rapidamente os programas operacionais remanescentes nos próximos meses, a fim de que a sua implementação atinja a velocidade de cruzeiro em 2016;

8 A8-0027/13 13 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Younous Omarjee, Rina Ronja Kari, Marisa Matias, Pablo Iglesias, Martina Michels, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Malin Björk, Fabio De Masi, João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou, Luke Ming Flanagan N.º 3-A (novo) 3-A. Relembra que os serviços de segurança social e os respetivos benefícios estão sob pressão em todos os Estados-Membros; salienta que as decisões políticas a nível da UE não devem ter efeitos adversos na disponibilidade e qualidade dos serviços de segurança social e respetivos benefícios nos Estados-Membros, nem na capacidade destes últimos para os financiarem; solicita, portanto, à Comissão que apresente um projeto de orçamento que reforce a capacidade dos Estados-Membros para preservarem os seus sistemas de segurança social;

9 A8-0027/14 14 Dennis de Jong, Liadh Ní Riada, Paloma López Bermejo N.º 3-B (novo) 3-B. Lembra que os fundos regionais, estruturais e de coesão existem para reduzir o fosso entre os diferentes níveis de desenvolvimento económico das regiões da UE; observa com preocupação que uma grande parte destes fundos é paga aos Estados-Membros mais ricos; considera que esta utilização dos fundos é ineficaz e que estes fundos devem ser reservados para Estados-Membros que deles realmente necessitam;

10 A8-0027/15 15 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Younous Omarjee, Pablo Iglesias, Marisa Matias, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Dennis de Jong, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Luke Ming Flanagan N.º 5 5. Salienta a importância da mobilidade transfronteiras enquanto forma de permitir à Europa tirar partido da variedade de qualificações das pessoas, alargando entretanto as oportunidades de formação profissional e emprego a todas as gerações; considera emblemáticos e bem-sucedidos programas como os de colocações Erasmus + para beneficiar, tanto as pessoas, como a economia, pelo que devem ser inteiramente utilizados; recorda, neste contexto, que os aspetos sociais da mobilidade devem ser sempre tidos em conta e que a mobilidade é apenas um dos instrumentos que podem ser utilizados para combater o desemprego, não devendo ser o último recurso; 5. Salienta que a mobilidade transfronteiras não é a solução para o elevado índice de desemprego e insiste em que o orçamento da UE deve apoiar a iniciativa dos Estados-Membros para o crescimento do emprego, em particular aumentando o investimento e promovendo a criação de postos de trabalho em regiões com uma elevada taxa de desemprego; realça o papel da aprendizagem e formação ao longo da vida para permitir à Europa tirar partido da variedade de qualificações das pessoas, alargando entretanto as oportunidades de formação profissional e emprego a todas as gerações; considera que programas bem-sucedidos como o Erasmus + beneficiam tanto as pessoas como a economia, pelo que devem ser inteiramente explorados;

11 A8-0027/16 16 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Rina Ronja Kari, Marisa Matias, Martina Michels, Younous Omarjee, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Malin Björk, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Dennis de Jong, Pablo Iglesias, Takis Hadjigeorgiou, Neoklis Sylikiotis, Luke Ming Flanagan N.º 5-A (novo) 5-A. Destaca que a política de austeridade da UE criou uma pressão em baixa sobre os salários reais nos Estados-Membros, o que prolongará a crise económica e social; entende que o orçamento deve ser utilizado para apoiar os esforços tendentes a aumentar os salários reais e lutar contra o dumping social nos Estados-Membros;

12 A8-0027/17 17 Dennis de Jong, Rina Ronja Kari, Liadh Ní Riada, Malin Björk, Fabio De Masi, João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Pablo Iglesias, Marisa Matias, Luke Ming Flanagan N.º 6-A (novo) 6-A. Entende que é profundamente antidemocrático que a Comissão assuma um poder de controlo cada vez maior dos orçamentos nacionais;

13 A8-0027/18 18 Dennis de Jong, Rina Ronja Kari, Martina Michels, Liadh Ní Riada, Malin Björk, Luke Ming Flanagan N.º 6-B (novo) 6-B. Considera que uma melhor execução do orçamento da UE libertaria recursos significativos; observa que o TCE chama a atenção para o facto de os sistemas de controlos de auditoria dos Estados-Membros só estarem em funcionamento parcialmente; entende que a ausência de sistemas de controlo eficazes e eficientes ao nível dos Estados-Membros tem um efeito negativo no orçamento da UE;

14 A8-0027/19 19 Miguel Viegas, João Ferreira, Inês Cristina Zuber, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Dennis de Jong, Takis Hadjigeorgiou, Neoklis Sylikiotis, Rina Ronja Kari N.º 8 8. Saúda, como um primeiro passo, o Plano de Investimento apresentado pela Comissão, que pode criar o potencial para a mobilização de 315 mil milhões de euros de investimentos em infraestruturas, educação e investigação, bem como em PME e empresas de média capitalização, a fim de compensar o défice no investimento público e privado provocado pela crise económica e financeira; observa que se espera que o orçamento da UE venha a servir de coluna vertebral a este Plano de Investimento, disponibilizando o fundo de garantia de 8 mil milhões de euros requeridos em autorizações e pagamentos para provisionar o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE); considera que a contribuição do orçamento da UE deve produzir um retorno significativo através de um maior efeito de alavancagem; confirma a sua vontade de analisar com a maior atenção a tradução orçamental dos compromissos financeiros da União Europeia para com o BEI com vista à criação do FEIE; Suprimido

15 A8-0027/20 20 Liadh Ní Riada, Fabio De Masi, Marisa Matias, Martina Michels, Curzio Maltese, Paloma López Bermejo, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Lidia Senra Rodríguez, Pablo Iglesias, Luke Ming Flanagan N.º 8 8. Saúda, como um primeiro passo, o Plano de Investimento apresentado pela Comissão, que pode criar o potencial para a mobilização de 315 mil milhões de euros de investimentos em infraestruturas, educação e investigação, bem como em PME e empresas de média capitalização, a fim de compensar o défice no investimento público e privado provocado pela crise económica e financeira; observa que se espera que o orçamento da UE venha a servir de coluna vertebral a este Plano de Investimento, disponibilizando o fundo de garantia de 8 mil milhões de euros requeridos em autorizações e pagamentos para provisionar o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE); considera que a contribuição do orçamento da UE deve produzir um retorno significativo através de um maior efeito de alavancagem; confirma a sua vontade de analisar com a maior atenção a tradução orçamental dos compromissos financeiros da União Europeia para com o BEI com vista à criação do FEIE; 8. Toma nota do Plano de Investimento apresentado pela Comissão como um primeiro passo para o reconhecimento como problema da falta de investimentos na UE; lamenta que o montante efetivo de fundos públicos, essencialmente sob a forma de garantias estatais, seja demasiado baixo para imprimir um verdadeiro estímulo à economia europeia e ultrapassar o défice no investimento público e privado causado pelas políticas de austeridade implementadas na sequência da crise financeira; observa que mesmo o volume total pretendido de 315 mil milhões de euros de investimento ao longo de 3 anos representa anualmente um impulso inferior a 1% do PIB da UE; lembra que a garantia orçamental da UE é inferior a 1% do orçamento da UE ao longo dos próximos 5 anos e que o próprio orçamento da UE é inferior a 1% do PIB da UE; observa que se espera que o orçamento da UE venha a servir de coluna vertebral a este Plano de Investimento, disponibilizando o fundo de garantia de 8 mil milhões de euros requeridos em autorizações e pagamentos para provisionar o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE); insta a

16 Comissão e o Conselho a assegurarem fontes de financiamento alternativas para estes compromissos sem a diminuição dos recursos disponíveis para o Horizonte 2020 e o Mecanismo Interligar a Europa, em particular as ações Marie Curie, o EIT, o JRP e as CCI;

17 A8-0027/21 21 Miguel Viegas, João Ferreira, Inês Cristina Zuber, Fabio De Masi, Liadh Ní Riada, Marisa Matias, Curzio Maltese, Paloma López Bermejo, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Pablo Iglesias, Luke Ming Flanagan, Kostas Chrysogonos, Stelios Kouloglou, Kostadinka Kuneva, Dimitrios Papadimoulis, Sofia Sakorafa N.º 8-A (novo) 8-A. Realça a necessidade de uma estratégia europeia de investimento coerente mediante a criação de um "programa de investimento da UE para o desenvolvimento sustentável e o emprego", dotado de um montante de, no mínimo, 2% do PIB da UE por ano ao longo de 10 anos, programa esse que deveria complementar os esforços similares de investimento público envidados pelos Estados-Membros; observa que esse programa de investimento se financiaria parcialmente a si próprio através de um maior crescimento do PIB e das receitas fiscais; solicita à Comissão e ao Conselho que incluam os recursos financeiros adicionais necessários na sua proposta de orçamento para 2016;

18 A8-0027/22 22 Liadh Ní Riada, Fabio De Masi, Marisa Matias, Martina Michels, Curzio Maltese, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Paloma López Bermejo, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Pablo Iglesias, Takis Hadjigeorgiou, Neoklis Sylikiotis, Luke Ming Flanagan N.º 9 9. Salienta o caráter de adicionalidade e complementaridade entre o Plano de Investimento proposto e o orçamento da UE, assim como o seu empenhamento comum em relançar a economia e impulsionar a criação de emprego; salienta que o orçamento da UE constitui, em si próprio, um importante instrumento de investimento, com papel e missão característicos, que tem prestado resultados tangíveis com um claro valor acrescentado europeu; considera que é necessário envidar todos os esforços para criar sinergias, não só entre o Plano de Investimento e o orçamento da UE, mas também com os orçamentos nacionais, a fim de colmatar a escassez de investimento, assegurar a convergência e a estabilidade na UE e maximizar o efeito das despesas públicas sobre a economia real; salienta, além disso, a importância de eliminar os obstáculos existentes ao investimento, em particular no que respeita à clareza e previsibilidade do quadro regulamentar; 9. Lamenta profundamente que o FEIE não constitua um verdadeiro plano de investimento público para a Europa; salienta a necessidade de desenvolver um "programa de investimento da UE para o desenvolvimento sustentável e o emprego" que garanta a criação de novos postos de trabalho e assegure a transição para uma economia sustentável; solicita um apoio adequado às PME, às microempresas e às empresas sociais; insta os Estados-Membros e a Comissão a reforçarem a utilização das obrigações do BEI e dos instrumentos existentes como os fundos europeus de investimento em apoio de uma estratégia pública de recuperação; salienta que o orçamento da UE constitui, em si próprio, um importante instrumento de investimento, com papel e missão especiais, que tem prestado resultados tangíveis com um claro valor acrescentado europeu; considera que é necessário envidar todos os esforços para garantir o controlo democrático e a prestação de contas relativamente às políticas de investimento da UE, criar sinergias, não só entre esse Plano de

19 Investimento e o orçamento da UE, mas também com os orçamentos nacionais, a fim de colmatar a escassez de investimento, assegurar a convergência e a estabilidade na UE e maximizar o efeito das despesas públicas sobre a economia real, conferindo prioridade ao investimento para reduzir o fosso entre os diferentes níveis de desenvolvimento económico das regiões e Estados-Membros da União Europeia; salienta, além disso, a importância de eliminar os obstáculos existentes ao investimento, em particular no que respeita à clareza e previsibilidade do quadro regulamentar;

20 A8-0027/23 23 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Rina Ronja Kari, Martina Michels, Marisa Matias, Pablo Iglesias, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Malin Björk, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Dennis de Jong, Luke Ming Flanagan N.º 10-A (novo) 10-A. Salienta que é necessária uma reorientação orçamental da despesa militar e de segurança para uma política externa civil e de desenvolvimento, a fim de reduzir a despesa militar a longo prazo; reitera a sua posição de que os fundos da categoria 4 devem ser utilizados para uma política externa pacífica e de matriz civil, que garanta que a União Europeia se torne um ator não violento no mundo; convida a Comissão a conferir prioridade ao papel da União como mediador que procura apenas soluções civis e pacíficas dos conflitos, assegurando ao mesmo tempo que os compromissos da União em relação à erradicação da pobreza, ao desenvolvimento sustentável, aos ODM, ao controlo de armamento, ao regime TNP e ao desarmamento nuclear sejam respeitados;

21 A8-0027/24 24 Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Marisa Matias, Liadh Ní Riada, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou, Luke Ming Flanagan N.º 10-B (novo) 10-B. Rejeita qualquer utilização do orçamento comunitário para financiar uma UE militarista e neoliberal; defende a necessidade de um programa alternativo que favoreça o desenvolvimento sustentável e o reforço de uma procura interna respeitadora do ambiente com base em salários progressivos, o pleno emprego com direitos, a proteção social, a erradicação da pobreza e da exclusão social, bem como a melhoria da coesão social e económica;

22 A8-0027/25 25 Liadh Ní Riada, Pablo Echenique, Martina Michels, Marisa Matias, Pablo Iglesias, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Malin Björk, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Luke Ming Flanagan N.º Nota com preocupação que, apesar de ser um dos lugares mais seguros no mundo, a Europa se defronta com novos tipos de riscos no domínio da segurança interna, os quais requerem uma cooperação e coordenação policial e judiciária mais estreitas, o desenvolvimento de medidas para uma melhor integração e o aumento da coesão social e, simultaneamente, a promoção da estabilidade e da paz em áreas de conflito; salienta que o esforço comum para gerir os fluxos migratórios se situa na encruzilhada da solidariedade interna com a solidariedade externa; relembra o seu apoio ao reforço dos meios da UE e ao desenvolvimento de uma cultura de partilha equitativa dos encargos entre os Estados-Membros em matéria de gestão do asilo e da migração, a fim de garantir fronteiras externas seguras e protegidas no pleno respeito dos valores fundamentais da UE, com particular referência à ação no Mediterrâneo e na fonteira do sudeste da UE; convida a Comissão a propor reforços especificamente orientados dos programas e instrumentos pertinentes, demonstrando assim o empenhamento da UE no 11. Nota com preocupação que a Europa, apesar de ser um dos lugares mais seguros no mundo, se defronta com novos tipos de riscos no domínio da segurança interna, os quais requerem uma alteração das atuais políticas mediante o desenvolvimento de medidas para uma melhor integração e o aumento da coesão social, a garantia de uma cooperação e coordenação policial e judiciária mais estreitas e, simultaneamente, a promoção da estabilidade e da paz em áreas de conflito; recorda que a tendência atual para militarizar os controlos fronteiriços é ineficaz e dispendiosa, além de violar os direitos fundamentais, nomeadamente o direito de requerer asilo; convida a Comissão a propor reforços especificamente orientados dos programas e instrumentos pertinentes, demonstrando assim o empenhamento da UE no tratamento destes desafios;

23 tratamento destas questões;

24 A8-0027/26 26 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Dennis de Jong, Pablo Iglesias, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou, Luke Ming Flanagan N.º 15-A (novo) 15-A. Salienta que o orçamento comunitário deveria ser utilizado de forma a dar prioridade às políticas de convergência real, baseadas no progresso social e na salvaguarda e promoção do potencial de cada país, à criação de emprego, à utilização duradoura dos recursos naturais e à proteção do ambiente, tendo por objetivo uma verdadeira coesão económica e social; rejeita o "Tratado de Estabilidade Orçamental", a "Governação Económica" e o "Pacto para o Euro Mais", que se baseiam na adoção de mais medidas de austeridade e na sua perpetuação a nível tanto da União como dos Estados-Membros e que agravarão a atual crise económica e social, em particular nos países que se encontram numa situação económica e social mais difícil;

25 A8-0027/27 27 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Curzio Maltese, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Fabio De Masi, Paloma López Bermejo, Lidia Senra Rodríguez, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Dennis de Jong, Pablo Iglesias, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou, Luke Ming Flanagan, Marisa Matias N.º 16-A (novo) 16-A. Considera que é necessária uma rotura com as atuais políticas da UE se pretendermos que os problemas do crescimento económico sustentável, do desemprego, da pobreza, da exclusão social e das desigualdades (de rendimento) sejam verdadeiramente resolvidos; salienta que é necessária uma nova estratégia para estabelecer um novo rumo para a Europa, isto é, um rumo de pleno emprego, empregos dignos, salários suficientes para viver, coesão económica e social e proteção social para todos, garantindo os mais elevados níveis de vida, um rumo que contemple as necessidades de desenvolvimento de cada Estado-Membro, em particular dos menos desenvolvidos, favorecendo uma convergência real, contribuindo para reduzir as clivagens de desenvolvimento entre Estados-Membros e as disparidades económicas, sociais e regionais existentes;

26 A8-0027/28 28 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Luke Ming Flanagan N.º 16-B (novo) 16-B. Preconiza a criação de um programa de apoio aos países cuja continuação no euro se tenha revelado insustentável e que proporcione uma compensação adequada pelos prejuízos resultantes de uma saída negociada do euro;

27 A8-0027/29 29 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Liadh Ní Riada, Paloma López Bermejo N.º 16-C (novo) 16-C. Solicita a adoção de planos de emergência para apoiar as economias dos países em que houve uma intervenção da Troica, facultando recursos financeiros e prevendo as derrogações necessárias ao funcionamento das políticas comuns e relativas ao mercado único;

28 A8-0027/30 30 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Martina Michels, Marisa Matias, Liadh Ní Riada, Younous Omarjee, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Kostas Chrysogonos, Malin Björk, Fabio De Masi, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Lola Sánchez Caldentey, Pablo Iglesias, Curzio Maltese, Paloma López Bermejo, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou, Luke Ming Flanagan N.º 16-D (novo) 16-D. Exorta a Comissão a conferir uma verdadeira prioridade à luta contra a pobreza através da proposta de ações específicas em matéria de redução da pobreza e de modalidades para que o orçamento da UE possa completar as medidas a nível dos Estados-Membros, para além dos milhões consagrados à divulgação pública da política;

29 A8-0027/31 31 João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, Martina Michels, Marisa Matias, Dimitrios Papadimoulis, Kostadinka Kuneva, Stelios Kouloglou, Fabio De Masi, Lidia Senra Rodríguez, Pablo Echenique, Tania González Peñas, Luke Ming Flanagan, Curzio Maltese, Paloma López Bermejo, Lola Sánchez Caldentey, Pablo Iglesias, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou, Kostas Chrysogonos, Sofia Sakorafa N.º 17-A (novo) 17-A. Solicita que a atual Estratégia Europa 2020 seja substituída por uma "Estratégia Europeia para a Solidariedade e o Desenvolvimento Sustentável", assente num novo conjunto de políticas económicas, sociais e ambientais que incentivem o investimento nas seguintes áreas: (i) qualidade do emprego em todos os seus aspetos (salários, estabilidade, condições de trabalho e formação) e melhores qualificações, a fim de se conseguir uma mão-de-obra bem formada e altamente qualificada; (ii) infraestruturas básicas e de apoio à indústria; (iii) serviços públicos, a fim de melhorar a sua qualidade; (iv) vigorosa política de coesão, a fim de promover a coesão social e económica; (v) proteção do ambiente e dos recursos naturais; (vi) melhoria das normas laborais, sociais, ambientais e de segurança, a fim de se alcançar uma harmonização que

30 corresponda aos padrões mais exigentes; (vii) economia social; (viii) proteção social, a fim de erradicar a pobreza e lutar contra a exclusão social; (ix) investigação (pública) e inovação, a fim de garantir os seus benefícios para todos; (x) promoção da cultura e da participação cívica; (xi) "desmaterialização" gradual da economia;